Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Texto Completo PDF
Texto Completo PDF
Texto Completo PDF
Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Viçosa, como
parte das exigências do Programa de
Pós-Graduação em Fitotecnia, para
obtenção do título de Magister
Scientiae.
VIÇOSA
MINAS GERAIS - BRASIL
2007
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Siqueira, Rosileyde Gonçalves, 1975-
S618c Crescimento e acúmulo de nutrientes em bucha
2007 vegetal (Luffa cylindrica) / Rosileyde Gonçalves
Siqueira. – Viçosa, MG, 2007.
xiv, 48f. : il. (algumas col.) ; 29cm.
Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Viçosa, como
parte das exigências do Programa de
Pós-Graduação em Fitotecnia, para
obtenção do título de Magister
Scientiae.
_______________________________ _______________________________
Profa. Herminia Emilia Prieto Martinez Prof. Paulo Cezar Resende Fontes
(Co - Orientadora)
_______________________________ _______________________________
Pesq. José Flávio Lopes Pesq. Marinalva Woods Pedrosa
___________________________________________
Prof. Ricardo Henrique Silva Santos
(Orientador)
“Não se contente em trilhar
um caminho estabelecido.
Ao contrário, vá para onde
não há caminho algum
e deixe seu rastro.”
Muriel Strode
ii
Aos meus irmãos
Rômulo e Rosilainy,
Pelo exemplo de força e coragem,
por todo o carinho, amizade e apoio.
OFEREÇO
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me mostrar a luz nos momentos difíceis e por colocar no meu
caminho pessoas maravilhosas quando precisei.
À Universidade Federal de Viçosa (UFV), em especial ao Departamento de
Fitotecnia, pela oportunidade de realização do curso.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
pela concessão da bolsa de estudos.
Ao professor Ricardo Henrique Silva Santos, pela orientação, paciência, pelos
ensinamentos transmitidos, e principalmente pela amizade.
À Mara e ao Vicente Madaleno, pela amizade e ajuda prestada no
Departamento de Fitotecnia.
Aos meus conselheiros: Prof. Paulo Roberto Cecon e Profa. Herminia Emilia
Prieto Martinez, pelo apoio e pela instrução na execução do trabalho.
Ao José Flávio Lopes, Marinalva Woods Pedrosa e Prof. Paulo César Resende
Fontes, pelas ricas contribuições a este trabalho e pela participação na banca de tese.
A todos os colegas e amigos do Laboratório de Agroecologia, um
agradecimento especial por todos os momentos que passamos juntos, pelo convívio,
amizade e ajuda incondicional.
Aos funcionários da Horta Velha, por toda dedicação com que me auxiliaram
na condução do experimento.
Aos funcionários do Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, Domingos e
Tatá, pela amizade e apoio na realização das análises químicas.
À minha cunhada e irmã Joseana, pela amizade, apoio e por acreditar em mim
em todos os momentos.
A todos os amigos, pelo apoio incondicional, compreensão e pela dedicação.
Enfim, a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste
trabalho.
Muito obrigada.
iv
BIOGRAFIA
v
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................... viii
LISTA DE TABELAS......................................................................................... ix
RESUMO............................................................................................................. xi
ABSTRACT......................................................................................................... xiii
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 1
2. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 5
2.1. Localização e características da área experimental.............................. 5
2.2. Características do solo......................................................................... 5
2.3. Produção de mudas.............................................................................. 6
2.4. Preparo do solo e instalação do estaleiro............................................. 6
2.5. Plantio, espaçamento e adubação de base............................................ 7
2.6. Parcela e delineamento experimental................................................... 7
2.7. Controle fitossanitário e adubação de cobertura.................................. 7
2.8. Irrigação e capina................................................................................. 8
2.9. Coleta de dados de crescimento........................................................... 8
2.9.1. Massa da matéria seca................................................................. 8
2.9.2. Colheita dos frutos...................................................................... 8
2.10. Determinação do teor e quantidade de nutrientes nas
9
plantas.........................................................................................................
2.11. Análise estatística dos dados.............................................................. 10
3. RESULTADOS e DISCUSSÃO...................................................................... 11
3.1. Crescimento......................................................................................... 11
3.2. Acúmulo de macronutrientes............................................................... 14
3.2.1. Nitrogênio................................................................................... 14
3.2.2. Fósforo........................................................................................ 17
3.2.3. Potássio....................................................................................... 19
3.2.4. Cálcio.......................................................................................... 22
vi
Página
3.2.5. Magnésio..................................................................................... 25
3.2.6. Enxofre........................................................................................ 28
3.3. Acúmulo de micronutrientes............................................................... 31
3.3.1. Cobre........................................................................................... 31
3.3.2. Ferro............................................................................................ 33
3.3.3. Manganês.................................................................................... 35
3.3.4. Zinco........................................................................................... 37
3.4. Produção de frutos e exportação de nutrientes..................................... 39
4. CONCLUSÕES............................................................................................... 45
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 46
vii
LISTA DE FIGURAS
Página
viii
LISTA DE TABELAS
Página
ix
Página
x
RESUMO
xi
foi de 0,90 m, do diâmetro superior foi de 6,23 cm, do diâmetro médio foi de 8,17 cm,
do diâmetro inferior foi de 10,62 cm e a uniformidade de diâmetro foi de 1,30. Aos 240
DAT, os frutos corresponderam a 80,3% da matéria seca total acumulada pela planta.
Do total dos nutrientes acumulados na planta ao final do experimento, os frutos
exportaram 40,0% do nitrogênio, 54,6% do fósforo, 60,1% do potássio, 25,2% do
cálcio, 50,8% do magnésio e 57% do enxofre. O potássio foi o nutriente mais exportado
pelos frutos, com um total de 93,76 kg ha-1, seguido pelo nitrogênio com 25,36 kg ha-1,
pelo fósforo com 15,46 kg ha-1, pelo cálcio com 13,55 kg ha-1, pelo magnésio com 5,48
kg ha-1 e por último pelo enxofre com 3,54 kg ha-1. O ferro foi o micronutriente mais
exportado pelos frutos, com um total de 346,09 g ha-1, seguido pelo zinco com 89,68 g
ha-1, pelo manganês com 84,28 g ha-1, e por último pelo cobre com 31,83 g ha-1.
xii
ABSTRACT
Plants present an average o 5% of mineral nutrients in its dry mass, but there
area wide differences in nutrient accumulation among species, and the total nutrient
amount required by crop depends on its productivity. Besides, the nutrient absorption
varies according to plant development stage and it is enhanced by flowering and fruit
formation and growth. The plant growth analysis allows the evaluation of the mass and
nutrient accumulation progress in different plant organs. The goal of this project was to
determine the growth and nutrient absorption in different organs of an access of Luffa
cylindrica. The nutrient content in plant tissue and mass accumulation were determined
at 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210 and 240 days after transplant (DAT). Each plot
presented two plants and the experiment was set up in completely randomized design
and four repetitions, totalizing 32 plots limited by each trellis area. At each sampling
date plants were cut at soil level and separated in leaves, stems and flowers and fruits,
and determined the fresh mass. Samples of each plant organ were dried in oven and it
was determined the dry mass and its nutrient content. The data was then submitted to
analysis of variance and regression analysis. The maximum of total dry mass production
occurred at 231.01 DAT, with and accumulation of 9.69 kg pl-1. The leaves dry mass
represented 14.04%, the stems dry mass 27.34% and the flowers and fruits accumulated
dry mass represented 58.51% of the total aboveground dry mass. Nitrogen and calcium
were more accumulated in the leaves, while phosphorus, potassium, magnesium and
sulfur were more accumulated in the flowers and fruits. Potassium was the
macronutrient more absorbed by the plants, followed by nitrogen, calcium, phosphorus,
magnesium and sulfur, in decreasing order. Iron and manganese were more accumulated
in the leaves, while copper and zinc were more accumulated in flowers and fruits.
Among the micronutrients, iron presented the highest absorption by the plant, followed
in decreasing order by manganese, copper and zinc. In commercial fruits, the average
length was 0.90 m, the top diameter average was 6.23 cm, the middle diameter average
xiii
was 8.17 cm, the average basal diameter was 10.63 cm and the diameter uniformity was
1.30. At 240 DAT the fruits represented 80.3% of the total plant accumulated dry mass.
Of the total nutrients accumulated by the plants at the end of the experiment, the fruits
exported 40.0% of the nitrogen, 54.6% of the phosphorus, 60,1% of the potassium,
25.2% of the calcium, 50.8% of the magnesium and 57.0% of the sulfur. Potassium was
the more exported nutrient by the fruits, presenting 93.77 kg ha-1 of K exported,
followed by nitrogen (25.37 kg ha-1), phosphorus (15.46 kg ha-1), calcium (13.55 kg ha-
1
), magnesium (5.48 kg ha-1) and sulfur (3.54 kg ha-1). Iron (346.09 g ha-1) was the
micronutrient more exported by fruits, followed by zinc (89.68 g ha-1), manganese
(84.28 g ha-1) and copper (31.83 g ha-1).
xiv
1 INTRODUÇÃO
1
espessura. Tais características irão intervir diretamente no valor do produto no
mercado.
A bucha vegetal foi avaliada como matéria prima para suporte para produção de
xarope de açúcar invertido (Poças et al., 2004) e como matriz para propagação de
Philodendron (Gangopadhyay et al., 2004).
Trata-se de um produto biodegradável, orgânico, de baixo custo energético, com
ótima adaptabilidade tanto às condições climáticas brasileiras quanto aos hábitos
culturais da nossa população. Concomitantemente, é crescente o interesse da sociedade
por produtos naturais, produzidos dentro de padrões ecológicos e associados à
agricultura familiar, características atendidas pela produção de bucha em Minas Gerais.
A literatura hoje se encontra em total deficiência em relação às condições
agronômicas adequadas ao cultivo da bucha, possível devido apenas à informações
fornecidas por agricultores e dados extrapolados de culturas da mesma família.
Segundo Santos & Siqueira (2004), existe uma enorme variação quanto à
produtividade alcançada, qualidade e preço conseguido pelo produto. Estes mesmos
autores afirmam que esta variação ocorre em função de diferentes doses e formulações
de adubos utilizadas pelos agricultores que, sem informações consistentes, variam seu
sistema de cultivo conforme suas próprias observações ou visando economia nos
custos, muitas vezes de modo ineficiente.
A grande variação na duração da safra, passível de ser estendida até cinco
meses, e na produtividade alcançada, segundo Santos & Siqueira (2004), é indício de
que se trata de uma cultura que requer elevadas quantidades de nutrientes para seu
pleno desenvolvimento.
O acúmulo e a distribuição dos nutrientes minerais na planta dependem de seu
estádio de desenvolvimento (Marschner, 1995; Goto et al., 2001). Este acúmulo
intensifica-se com o florescimento, a formação e o crescimento dos frutos (Raij et al.,
1996; Haag et al., 1981).
O desenvolvimento fenológico da Luffa cylindrica é dividido em cinco fases
(Diaz, 1997). A primeira fase é a germinação da semente, com início aos 4 a 5 dias após
a semeadura e se completa após 2 semanas, época ideal para o transplantio; a segunda
fase é de crescimento lento, mas com início de formação das flores após quatro
semanas; na terceira fase ocorre um rápido crescimento vegetativo e intensa floração,
finalizando na 10° semana; a quarta fase é um período de seleção de frutos e manejo de
guias, que se prolonga até a 14° semana e a quinta fase começa com o início da colheita
2
se estendendo até a 36° semana. Este mesmo autor descreve o período de polinização à
colheita com duração de 6,5 a 7 semanas. É importante salientar que este estudo foi
realizado na Costa Rica, e que a duração de cada fase pode variar com as condições
climáticas assim como com o acesso utilizado.
As curvas de acúmulo de nutrientes determinadas para algumas espécies de
cucurbitáceas têm mostrado comportamento bem semelhante entre si. O acúmulo de
nutrientes segue o mesmo padrão da curva de acúmulo de massa seca, geralmente
apresentando três fases distintas, em que a primeira fase apresenta uma lenta absorção,
seguida de um incremento intenso na absorção até atingir o ponto máximo, a partir do
qual ocorre um pequeno declínio (Lima, 2001; Araújo et al., 2001; Prata, 1999).
Conforme se observa na Tabela 1, análise realizada na bucha vegetal produzida
na mesma área, no ano anterior a este experimento, a maior concentração dos nutrientes
encontram-se na casca do fruto, que não é comercializada e poderia retornar ao sistema
de produção via compostagem ou incorporação direta no solo.
N P K Ca Mg S Cu Fe Mn Zn
--------------------------%--------------------------- ----------------ppm--------------
Casca 1,09 0,24 0,71 0,99 0,24 0,25 16 4310 109 40
Fibra 0,28 0,02 0,15 0,08 0,03 0,01 4 141 0 4
3
Diante da inexistência de informações sobre o desenvolvimento e nutrição da
bucha vegetal e perante sua ascensão como material passível de ser utilizado em
diferentes finalidades, ressalta-se a necessidade de trabalhos cujo objetivo seja
quantificar o crescimento da planta, assim como os nutrientes acumulados e exportados
pela cultura.
4
2 MATERIAL E MÉTODOS
5
Tabela 3 - Resultados das análises químicas do solo da área experimental, proveniente
da camada de 0 - 20cm.
P K Ca2+ Mg2+ Zn Fe Mn Cu B
------mg/dm3----- ----cmolc/dm3---- ---------------------------mg/dm3-------------------
93,8 155 3,2 0,7 9,0 82,8 90,7 5,3 0,94
Continuação da Tabela 3.
pH Al3+ H+Al SB CTC(t) CTC(T) V m MO
3
H2O -----------------------cmolc/dm --------------------- ----------%-------- dag/kg
5,8 0,0 4,13 4,30 4,30 8,43 51 0 1,79
6
estaleiro foram bambu e arame n°16, estes últimos espaçados de 0,5 m sobre o
estaleiro.
O transplantio foi realizado aos 30 dias após semeadura, sendo abertas covas de
40 x 40 x 40 cm, no espaçamento de 4,0 m x 4,0 m, resultando em uma população de
625 covas ha-1. Este maior espaçamento foi utilizado para fornecer condições de pleno
desenvolvimento da planta, sem que houvesse competição entre elas. Três mudas foram
plantadas por cova, sendo uma muda retirada após o pegamento, aos 30 dias após
transplantio.
A adubação mineral de plantio foi realizada a partir de recomendações de Melo
et al. (1998) para a cultura, sendo aplicados 40 g cova-1 de N (sulfato de amônio), 300 g
cova-1 de P2O5 (superfosfato simples) e 150 g cova-1 de K2O (KCl), além de 10 litros
cova-1 de composto orgânico. Estas doses correspondem a 25 kg ha-1 de N, 187,5 kg ha-1
de P2O5 e 93,75 kg ha-1 de K2O (KCl) , juntamente com 3750 kg ha-1 de composto
orgânico.
7
encontrada na cultura, causando elevadas perdas na produtividade e na qualidade da
fibra.
As adubações de cobertura foram realizadas a cada 30 dias após o transplantio
das mudas, sendo aplicados 200 g cova-1 da formulação 20.05.20 durante a fase de
crescimento vegetativo e 200 g cova-1 da formulação 12.06.12 a partir do florescimento,
segundo recomendação de Ávila, (2002), que corresponde a 125 kg ha-1 de 20.05.20 e
125 kg ha-1 de 12.06.12.
8
amarelecimento, quando apresentavam menor massa e o pedúnculo amarronzado. Não
houve queda de frutos.
Foi contado o número de frutos comerciais por planta e determinados o
comprimento, massa da matéria fresca, diâmetros superior, médio e inferior de cada
fruto. O dados de diâmetro superior foi retirado à 3 cm do pedúnculo, o diâmetro médio
na região mediana do fruto e o diâmetro inferior, à 3 cm da base do fruto. O índice de
uniformidade de diâmetro foi calculado dividindo o diâmetro inferior pelo diâmetro
superior.
Sub-amostras foram retiradas de diversos pontos (superior, médio e inferior) dos
frutos, determinando-se sua massa da matéria fresca. Tais amostras foram
acondicionadas em sacos de papel e colocadas em estufa a 70°C até atingir massa
constante, determinando-se a massa da matéria seca. As sub-amostras continham tanto a
casca quanto a fibra e a semente dos frutos.
Para efeito de acompanhamento do crescimento, os dados de massa da matéria
seca dos frutos comerciais colhidos entre as datas de amostragens, foram computados
juntamente com os dados da amostragem seguinte. Os frutos colhidos na data da
amostragem, que se encontravam pouco desenvolvidos, mal formados ou ainda não
tinham atingido o ponto de maturação considerado neste experimento, foram
computados juntamente com os frutos comerciais para a determinação da matéria seca e
de nutrientes totais da planta.
9
concentração de cada nutriente pela massa da matéria seca do referido órgão, naquela
data.
10
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Crescimento
Tabela 4 - Equações de regressão ajustadas para a matéria seca dos diferentes órgãos da
planta, em função de dias após o transplantio (x).
Órgão Equação R2
Folhas ŷ = - 0,1339 + 0,001474x + 0,0001796x2 – 0,0000006839x3 0,91
Caule e ramos ŷ = 0,7190 - 0,03676x + 0,0005322x2 - 0,000001458x3 0,99
Flores e frutos ŷ = -0,1178 - 0,004998x + 0,0001304x2 0,94
Parte aérea total ŷ = 1,1144 - 0,05916x + 0,0009940x2 - 0,000002499x3 0,96
11
O caule e ramos apresentaram um elevado crescimento até os 121,67 DAT,
acumulando 60% da matéria seca total nestes órgãos. Por volta dos 120 DAT a massa
do caule e ramos superou a massa das folhas. O crescimento do caule atingiu o ponto
máximo aos 201,68 DAT, acumulando 2,99 kg pl-1 de matéria seca.
A produção de flores e frutos iniciou aos 60 dias após o transplantio. A
matéria seca acumulada nestes órgãos da planta aumentou ao longo do ciclo da cultura
no campo. Aos 240 DAT o acúmulo de matéria seca foi de 6,19 kg pl-1.
Folhas
Caule e ramos
10
Flores e frutos
9
Parte aérea total
8
Massa da matéria seca (kg pl )
-1
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
Na curva de crescimento da parte aérea total de bucha vegetal observa-se que até
os 132,59 DAT (ponto de inflexão da curva), a planta acumulou cerca de 50,77% de
matéria seca, sendo 32,92% acumulado pelas folhas, 36,58% pelo caule e ramos, e
30,69% pelas flores e frutos. A partir desta data os acúmulos foram se tornando menores
até o ponto máximo da curva.
O ponto de máximo acúmulo total se deu aos 231,01 DAT, com um acúmulo de
9,69 kg pl-1 de matéria seca. Neste ponto (Tabela 5), a matéria seca das folhas
correspondeu a apenas 14,04% da matéria seca total, a matéria seca do caule e ramos a
27,34%, e com uma grande contribuição, a matéria seca acumulada pelas flores e frutos
12
foi de 58,61% da matéria seca acumulada na planta. Estes dados indicam que esta
alteração de força de drenos na planta, com o início do processo reprodutivo,
proporciona maior translocação de carboidratos e outros compostos da parte aérea para
os frutos, como conseqüência do predomínio da fase reprodutiva sob a fase vegetativa
(Marschner, 1995).
Tabela 5 – Matéria seca acumulada nos diferentes órgãos da planta, na data de máximo
acúmulo após o transplantio (DAT).
13
3.2 Acúmulo de macronutrientes
3.2.1 Nitrogênio
Órgão Equação R2
Folhas ŷ = 4,3063 - 0,2229x + 0,007698x2 – 0,00002615x3 0,93
2 3
Caule e ramos ŷ = 8,3686 - 0,4223x + 0,006449x – 0,00001777x 0,96
Flores e frutos ŷ = 12,2582 - 0,2164x + 0,001413x2 0,90
Parte aérea total ŷ = 10,5978 - 0,5745x + 0,01419x2 – 0,00004262x3 0,97
O acúmulo máximo de nitrogênio nas folhas ocorreu aos 180,51 DAT, com um
total de 61,09 g pl-1, com posterior queda, período em que houve um aumento acentuado
no acúmulo de nitrogênio nos frutos. Sabe-se que o nitrogênio é transportado no xilema
e redistribuído principalmente no floema, em processos relativamente rápidos
(Malavolta et al., 1997).
O acúmulo de nitrogênio no caule foi inferior às folhas. O acúmulo máximo
alcançado foi de 39,74 g pl-1, aos 202,9 DAT.
O conteúdo de nitrogênio dos frutos seguiu a curva de acúmulo de matéria seca
dos frutos, com relativo aumento até o final do ciclo da cultura no campo. Aos 240 DAT
o acúmulo total de nitrogênio nos frutos foi de 41,71 g pl-1.
14
Folhas
Caule e ramos
120 Flores e frutos
Parte aérea total
110
100
Acúmulo de nitrogênio (g pl )
-1
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
15
Tabela 7 – Nitrogênio acumulado nos diferentes órgãos da planta, na data de máximo
acúmulo após o transplantio (DAT).
16
3.2.2 Fósforo
Órgão Equação R2
Folhas ŷ = 0,5584 - 0,05379x + 0,0013x2 -0,0000043x3 0,95
2 3
Caule e ramos ŷ = 7,5283 - 0,3172x + 0,0039x - 0,00001058x 0,88
Flores e frutos ŷ = - 1,1957 – 0,0071x + 0,00047x2 0,96
Parte aérea total ŷ = 9,8545 - 0,4399x + 0,0061x2 - 0,000016x3 0,97
17
Folhas
Caule e ramos
45
Flor e frutos
Parte aérea total
40
35
Acúmulo de fósforo (g pl )
-1
30
25
20
15
10
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
18
3.2.3 Potássio
19
Folhas
Caule e ramos
260
Flores e fruto
240 Parte aérea total
220
Acúmulo de potássio (g pl )
-1
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
20
de matéria seca da planta, sendo o potássio o nutriente mais acumulado na planta,
seguido pelo nitrogênio. Resultados semelhantes foram encontrados por Grangeiro et al.
(2005) e Grangeiro et al. (2004), que relatam que o potássio foi o nutriente mais
absorvido pela planta de melancia, também seguido pelo nitrogênio. Segundo Silva
Júnior et al. (2006), o potássio foi o nutriente mais acumulado em melão, seguido pelo
cálcio e posteriormente pelo nitrogênio. Os teores de potássio em pepino, melão e
melancia podem superar os teores de nitrogênio em órgãos maduros e metabolicamente
ativos (Bennett, 1993).
21
3.2.4 Cálcio
As folhas da bucha vegetal acumularam 65,071 g pl-1 de cálcio aos 194,80 DAT,
ponto de máximo acúmulo pelas folhas. Este valor foi bem superior aos acúmulos no
caule e nos frutos. O acúmulo de cálcio no caule e ramos aumentou linearmente com o
crescimento da planta, seguindo o comportamento do potássio, neste mesmo órgão. O
acúmulo total no caule aos 240 DAT foi de 16,107 g pl-1 de cálcio. Em relação às flores
e frutos, o acúmulo de cálcio aumentou ao longo do ciclo da cultura no campo,
superando o acúmulo no caule próximo aos 200 DAT. O acúmulo total nos frutos aos
240 DAT, foi de 22,069 g pl-1 de cálcio. A concentração de cálcio nas folhas é
normalmente maior que em órgãos de baixa transpiração como frutos frescos e
tubérculos (Marschner, 1995), pelo fato do cálcio ser conduzido principalmente pela
corrente transpiratória (Malavolta et al., 1997).
22
Folhas
Caule e ramos
100 Flores e frutos
Parte aérea total
90
80
Acúmulo de cálcio (g pl )
-1
70
60
50
40
30
20
10
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias após transplantio
23
Tabela 13 – Cálcio acumulado nos diferentes órgãos da planta, na data de máximo
acúmulo após o transplantio (DAT).
24
3.2.5 Magnésio
25
Folhas
Caule e ramos
20
Flores e frutos
18
Parte aérea total
16
Acúmulo de magnésio (g pl )
-1
14
12
10
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
O ponto de máximo acúmulo do magnésio na parte aérea total se deu aos 214,74
DAT com um acúmulo de 17,954 g pl-1 do nutriente. Após essa data, o declínio na curva
de acúmulo de magnésio coincide com o período de elevado acúmulo de potássio na
planta. Segundo Malavolta et al. (1997), altas concentrações de cálcio e principalmente
de potássio no meio, podem inibir competitivamente a absorção de magnésio, fenômeno
comum em culturas exigentes em potássio.
Do total de magnésio acumulado aos 214,74 DAT (Tabela 15), o acúmulo nas
folhas e, nas flores e frutos, pouco diferiu, apresentando 41,82% e 42,38%,
respectivamente. O acúmulo no caule e ramos, nesta mesma data, foi de 16,7% do
magnésio total. Resultados semelhantes foram encontrados por Silva Júnior et al. (2006)
e Kano (2002), em meloeiro, e Grangeiro et al. (2004), em melancieira, sendo o menor
acumulado no caule e ramos, e o maior nas folhas. Segundo Marschner (1995), a
elevada quantidade de magnésio nas folhas deve-se provavelmente ao fato deste
elemento ter um papel fundamental como átomo central na molécula de clorofila.
26
Tabela 15 – Magnésio acumulado nos diferentes órgãos da planta, na data de máximo
acúmulo após o transplantio (DAT).
27
3.2.6 Enxofre
Órgão Equação R2
Folhas ŷ = 0,6118 - 0,02706x + 0,0005129x2 -0,000001577x3 0,92
Caule e ramos ŷ = 0,5529 - 0,0285x + 0,0004949x2 – 0,00000149x3 0,96
2 3
Flores e frutos ŷ = 4,3988 - 0,1276x + 0,001109x – 0,000002299x 0,90
2 3
Parte aérea total ŷ = 2,2304 - 0,10286x + 0,001554x - 0,000004155x 0,94
28
Folhas
Caule e ramos
11
Flores e frutos
10 Parte aérea total
Acúmulo de enxofre (g pl )
-1 7
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
O acúmulo máximo de enxofre se deu aos 210,27 DAT com um total de 10,717
g pl-1, sendo, portanto, o macronutriente menos acumulado na planta. Resultado
semelhante foi encontrado por Grangeiro et al. (2005), sendo o enxofre o
macronutriente acumulado em menor quantidade na cultura da melancia, atingindo aos
70 DAT 1,75 g pl-1.
As folhas foram responsáveis por 27,32% do enxofre total acumulado aos
210,27 DAT, o caule e ramos por 23,98% e as flores e frutos por 48,53% (Tabela 17).
As folhas foram responsáveis por 31%, caule e ramos por 36% e os frutos por 33% do
enxofre acumulado na cultura da melancia (Grangeiro et al., 2005). Resultado contrário
foi encontrado por Kano (2002) em meloeiro, onde as folhas foram responsáveis pelo
maior acúmulo de enxofre.
29
Tabela 17 – Enxofre acumulado nos diferentes órgãos da planta, na data de máximo
acúmulo após o transplantio (DAT).
A exigência de enxofre para crescimento ótimo varia entre 0,1 a 0,5% da matéria
seca das plantas (Marschner, 1995). Resultado coerente foi encontrado neste
experimento, sendo a concentração média de enxofre de 0,11% da matéria seca da
planta.
30
3.3 Acúmulo de micronutrientes
3.3.1 Cobre
O acúmulo de cobre nas folhas superou o acúmulo no caule e ramos até os 179
DAT. Aos 181,93 DAT, ponto de acúmulo máximo, as folhas acumularam um total de
21,129 mg pl-1 do nutriente. No caule e ramos, o acúmulo máximo ocorreu aos 196,54
dias com 21,948 mg pl-1 de cobre.
O acúmulo de cobre nas flores e frutos aumentou até o final do experimento,
com um acúmulo de 52,806 mg pl-1 do nutriente aos 240 dias.
31
Folhas
80 Caule e ramos
Flores e frutos
70 Parte aérea total
60
40
30
20
10
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
O acúmulo máximo na parte aérea total ocorreu aos 213,55 DAT, com 80,662
mg pl-1 de cobre. Em relação ao total acumulado pela planta, 22,64% foi acumulado nas
folhas, 26,11% no caule e 51,24% nas flores e frutos (Tabela 19). Resultados diferentes
foram encontrados por Kano (2002) e Belfort (1995) em plantas de melão, sendo o
maior acúmulo de cobre nos órgãos vegetativos e o menor nas flores e frutos.
32
3.3.2 Ferro
O acúmulo de ferro pelas folhas, caule e ramos, flores e frutos, aumentou até o
final do experimento. Comportamento similar foi encontrado por Thomaz et al. (1975)
in Haag & Minami (1981), em plantas de espinafre, sendo lineares as curvas de acúmulo
de ferro nos órgãos.
Aos 240 DAT, as folhas acumularam o total de 2093,42 mg pl-1 de ferro. O
acúmulo máximo de ferro no caule aos 240 DAT foi de 541,51 mg pl-1 e nos frutos foi
de 478,13 mg pl-1.
33
Folhas
3600 Caule e ramos
Flores e frutos
3300
Parte aérea total
3000
2700
2100
1800
1500
1200
900
600
300
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
34
3.3.3 Manganês
O acúmulo máximo nas folhas ocorreu aos 182,78 DAT, com 538,040 mg pl-1 de
manganês. No caule e ramos a quantidade máxima acumulada foi de 248,891 mg pl-1 de
manganês, aos 225,38 DAT, e nas flores e frutos, de 141,825 mg pl-1 deste nutriente aos
221,90 DAT.
35
Folhas
900 Caule e ramos
840 Flores e frutos
Parte aérea total
780
720
O maior acúmulo na parte aérea total foi aos 197,54 DAT, com 887,202 mg pl-1
de manganês. Desse total, 58,96% foram acumulados nas folhas, 26,21% no caule e
ramos, e 14,83% nas flores e frutos (Tabela 23). Resultados semelhantes foram
encontrados por Kano (2002) e Belfort (1985), na cultura do melão, sendo as folhas
responsáveis pelo maior acúmulo de manganês na planta.
36
3.3.4 Zinco
Órgão Equação R2
Folhas ŷ = - 6,4878 + 0,09546x + 0,00992x2 – 0,000036x3 0,88
Caule e ramos ŷ = 9,5205 - 0,5515x + 0,009282x2 – 0,00002526x3 0,99
Flores e frutos ŷ = - 17,6623 + 0,1746x + 0,002061x2 0,96
2 3
Parte aérea total ŷ = 9,7328 - 0,9360x + 0,02535x – 0,00007028x 0,95
37
Folhas
280 Caule e ramos
Flores e frutos
260
Parte aérea total
240
220
200
O acúmulo máximo na parte aérea total foi aos 220,32 DAT, com 275,016 mg
pl-1 de zinco. Deste total, 31,17% foi acumulado nas folhas, 24,88% no caule e ramos, e
43,94% nas flores e frutos (Tabela 25). Resultados semelhantes foram encontrados por
Kano (2002) e Belfort (1985), sendo o acúmulo de zinco nos frutos superior às folhas e
caule na cultura do melão.
38
3.4 Produção de frutos e exportação de nutrientes
39
produtividades alcançaram 18 frutos cova-1, mas contabilizavam frutos de todos os
tamanhos. Na Costa Rica, Diaz (1997), relatou uma produção média entre 25 e 30 frutos
planta-1, a nível nacional, com espaçamento de 1,25 m entre fileiras e 0,70 m entre
plantas, ou seja, 11.428 plantas ha-1. Deve-se salientar que as características,
comprimento, peso e diâmetro das buchas, não foram informados pelo autor, e devido
ao pequeno espaçamento utilizado por ele, deve-se tratar de outro acesso que não o
estudado neste trabalho. O autor relata que existe uma relação entre maior número de
frutos, menor tamanho e peso dos mesmos.
A redução no número de frutos comerciais produzidos após os 195 DAT, deve-
se, provavelmente, a acentuada queda de temperatura nos meses de maio a julho de
2006, período correspondente a 195 aos 240 DAT. Segundo Silva (1982), em condições
de baixas temperaturas, em plantas de cucurbitáceas, o crescimento paralisa e ocorre
uma redução na fotossíntese, impedindo o desenvolvimento dos frutos. Isso foi
observado na curva de acúmulo de matéria seca nas folhas, onde o ponto máximo foi
aos 170 DAT com posterior queda deste.
22 Frutos totais
Frutos comerciais
20
18
16
-1
Número de frutos planta
14
12
10
0
0 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
40
A Figura 13 apresenta as curva de acúmulo de matéria seca nos frutos colhidos e
frutos comerciais. Observa-se que ambas apresentaram modelo cúbico de regressão e
seguiram o mesmo comportamento ao longo dos dias após o transplantio.
Na curva de acúmulo de matéria seca de frutos colhidos, aos 156 DAT, ponto de
inflexão da curva, 59,8% da matéria seca total dos frutos já havia sido acumulada.
Houve um elevado incremento logo após essa data, alcançando um acúmulo máximo
aos 208 dias com 2,939 kg planta-1.
A curva de acúmulo de matéria seca de frutos comerciais apresentou ponto de
inflexão aos 149 DAT, com acúmulo de 64,2% da matéria seca total dos frutos. O
acúmulo máximo foi aos 197 DAT com 2,214 kg planta-1 de matéria seca.
Frutos colhidos
3,0
Frutos comerciais
2,5
Massa seca de frutos (kg planta )
-1
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
41
Tabela 27 - Equações de regressão ajustadas para a exportação de nutrientes pelos
frutos em função de dias após transplantio (x).
Órgão Equação R2/r2
Nitrogênio ŷ = 12,8358 - 0,257077x + 0,001553x2 0,70
Fósforo ŷ = - 1,1443 - 0,00162x + 0,000456x2 0,96
Potássio ŷ = - 49,3415 + 0,8307x 0,92
Cálcio ŷ = 2,7979 - 0,0773x + 0,00065x2 0,93
Magnésio ŷ = 9,6559 - 0,2476x + 0,002092x2 – 0,000004482x3 0,91
Enxofre ŷ = 4,6416 - 0,1335x + 0,00114x2- 0,000002358x3 0,90
2 3
Cobre ŷ = 24,777 - 0,735235x + 0,00646342x – 0,0000122742x 0,97
Ferro ŷ = - 0,001632 - 0,34348x + 0,0110448x2 0,98
Manganês ŷ = 157,1 - 4,57596x + 0,0402241x2 – 0,000089766x3 0,83
Zinco ŷ = - 14,6623 + 0,106483x + 0,00230212x2 0,95
Aos 240 DAT, os frutos correspondiam a 80,3% da matéria seca total acumulada
pela planta. Do total dos nutrientes acumulados na planta ao final do experimento, os
frutos exportaram 40,0% do nitrogênio, 54,6% do fósforo, 60,1% do potássio, 25,2% do
cálcio, 50,8% do magnésio e 57% do enxofre.
Nitrogênio
Fósforo
Exportação de macronutrientes pelos frutos (g pl )
160
-1
150
Potássio
Cálcio
140
Magnésio
130
Enxofre
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 60 90 120 150 180 210 240
Dias após transplantio
42
Conforme a Tabela 28, o potássio foi o nutriente mais exportado pelos frutos,
com um total de 93,767 kg ha-1, seguido pelo nitrogênio com 25,369 kg ha-1, pelo
fósforo com 15,465 kg ha-1, pelo cálcio com 13,554 kg ha-1, pelo magnésio com
5,482kg ha-1 e por último pelo enxofre com 3,543 kg ha-1. Segundo Grangeiro et al.
(2004), as quantidades totais de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre
exportadas pelos frutos de melancia foram 106,4; 11,1; 118,0; 4,3; 6,8 e 6,0 kg ha-1,
respectivamente.
43
Exportação de micronutrientes pelos frutos (mg pl )
Cobre
-1
600
Ferro
550 Manganês
500
Zinco
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 60 90 120 150 180 210 240
Dias Após Transplantio
Conforme a Tabela 29, o ferro foi o nutriente mais exportado pela cultura, com
um total de 346,09 g ha-1, seguido pelo zinco com 89,68 g ha-1, manganês com 84,28 g
ha-1, e por último pelo cobre com 31,83 g ha-1.
44
4 CONCLUSÕES
O ponto de máxima produção total de matéria seca ocorreu 231,01 DAT, com um
acúmulo de 9,69 kg pl-1.
A matéria seca das folhas correspondeu a 14,04%, a matéria seca do caule e ramos a
27,68%, e a matéria seca acumulada pelas flores e frutos foi de 58,51% da matéria
seca acumulada na planta.
O maior acúmulo de nitrogênio e cálcio ocorreu nas folhas, enquanto que fósforo,
potássio, magnésio e enxofre, foram mais acumulados nas flores e frutos.
O potássio foi o macronutriente mais absorvido pela planta, seguido pelo nitrogênio,
cálcio, fósforo, magnésio e enxofre, nesta ordem.
O maior acúmulo de ferro e manganês ocorreu nas folhas, enquanto que cobre e
zinco foram mais acumulados nas flores e frutos.
O ferro foi o micronutriente mais absorvido pela planta, seguido pelo manganês,
cobre e zinco, nesta ordem.
Aos 240 DAT, os frutos corresponderam a 80,3% da matéria seca total acumulada
pela planta.
O potássio foi o nutriente mais exportado pelos frutos, com um total de 93,767 kg
ha-1, seguido pelo nitrogênio com 25,369 kg ha-1, pelo fósforo com 15,465 kg ha-1,
pelo cálcio com 13,554 kg ha-1, pelo magnésio com 5,482kg ha-1 e por último pelo
enxofre com 3,543 kg ha-1.
O ferro foi o micronutriente mais exportado pelos frutos, com um total de 346,09 g
ha-1, seguido pelo zinco com 89,68 g ha-1, pelo manganês com 84,28 g ha-1, e por
último pelo cobre com 31,83 g ha-1.
45
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENNETT, W.F. Nutrient deficiencies & toxicities in crop plants. Minnesota, 202p.,
1993.
BISOGNIN, D.A. Origin and evolution of cultivated cucurbits. Ciência Rural, Santa
Maria, v.32, n.5, p.715-723, 2002.
COLL, J.B.; RODRIGO, G.N.; GARCÍA, B.S.; TAMÉS, R.S. Fisiologia vegetal,
Madrid, 662p., 1995.
DIAZ, G.A.G. Aspectos técnicos sobre el cultivo del paste (Luffa cylindrica). Ministério
de agricultura y ganaderia, Costa Rica, 38p, 1997.
46
GRANGEIRO, L.C.; CECÍLIO FILHO, A.B. Acúmulo e exportação de macronutrientes
pelo híbrido de melancia Tide. Horticultura Brasileira, Brasília, v.22, n.1, p.93-97, jan-
mar. 2004.
HEISER, C.B., SCHILLING, E.E. The genus Luffa: a problem in phytogeografy. In:
BATES, D.M., ROBINSON, R.W., JEFFREY, C. Biology and utilization of the
Cucurbitaceae. Ithaca and London : Cornell University, p.120-133, 1990.
47
RAIJ, B. VAN; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C.
Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2.ed. Campinas:
Instituto Agronômico & Fundação IAC, 285p.1996.
SILVA JÚNIOR, M.J. da; MEDEIROS, J.F. de; OLIVEIRA, F.H.T. de; DUTRA, I.
Acúmulo de matéria seca e absorção de nutrientes pelo meloeiro “pele-de-sapo”. R.
Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.10, n.2, p.364–368, 2006.
48