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CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM - 3.º ANO - 5.

º SEMESTRE 2018/2019
UNIDADE CURRICULAR: ENFERMAGEM DE SAÚDE INFANTIL E PEDIATRIA

ESIP- TEÓRICO_PRÁTICAS 2019

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

I – INTRODUÇÃO

O crescimento é um processo único e individual, mas isso não invalida a existência


de padrões, ordenados e contínuos valores mais frequentes nos aspectos
quantitativos. Há necessidade de avaliar o crescimento e desenvolvimento,
interpretando os valores e aptidões psicomotoras.

Nas situações descritas vai encontrar valores comuns no crescimento e alterações


ao longo desse fabuloso processo.

Deve debruçar-se sobre os gráficos de percentis fornecidos e olhar atentamente os


diapositivos fornecidos para poder resolver as situações.

Também em relação ao desenvolvimento, encontrará duas situações. Compare com


a escala de Mary Sheridan e analise.

Bom trabalho

O PROFESSORES

JORGE APÓSTOLO

DULCE GALVÃO
REGINA AMADO

ANA PERDIGÃO

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO RECÉM-NASCIDO AO


ADOLESCENTE

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AULAS TEÓRICO-PRÁTICAS

SITUAÇÃO 1

O João é uma criança de 12 meses de idade que apresenta 9,650 kg, tem um
comprimento de 75,5 cm e um Perímetro Cefálico de 47 cm. A evolução dos indicadores
do crescimento neste período 1.º ano de vida foi a seguinte:

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Nascimento - P15.

Dois meses - P25 (a meio do corredor entre o P15 e o P50)

Três meses – P25 (a meio do corredor entre o P15 e o P50)

Seis meses - P50.

Nove meses – P50 – P85 (a meio do corredor entre o P50 e o P85)

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QUESTÕES

a. Trace as curvas respectivas em todos os indicadores referidos e considerando a


série (nascimento, dois meses, três meses, seis meses, doze meses).

Assinalar nos gráficos e desenhar a curva, juntando os pontos com uma linha.

b. Identifique os valores obtidos nos indicadores do crescimento em cada um dos


períodos considerados.

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Peso - Nascimento – 2,865 kg; dois meses - 5,090 kg; três meses – 5,859 kg; 6
meses – 7,900 kg; nove meses – 9,539 kg; doze meses – 9,650 kg

Comprimento - Nascimento – 47,922 cm; dois meses – 53,352 cm; três meses –
56,982 cm; 6 meses – 67,484 cm; nove meses – 73,305 cm; doze meses – 75,5 cm

Perímetro cefálico - Nascimento – 33,145 cm; dois meses – 38,293 cm; três meses
– 39,963 cm; 6 meses – 43,369 cm; nove meses – 45,789 cm; doze meses – 47 cm

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c. Calcule o incremento médio mensal em cada um dos indicadores aos três meses,
entre os três e os seis meses e entre os seis e os doze meses.

Incremento médio mensal –

Peso – Três meses – 998 g; Entre os três e os seis meses - 680 g; Entre os seis e os
doze meses – 292 g.

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Comprimento - Três meses – 3,02 cm; Entre os três e os seis meses – 3,50 cm;
Entre os seis e os doze meses – 1,34 cm.

Perímetro cefálico - Três meses – 1,93 cm; Entre os três e os seis meses – 1,13 cm;
Entre os seis e os doze meses – 0,60 cm.

SITUAÇÃO 2

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1. A Francisca é uma criança de 2 anos de idade. Teve um peso de nascimento de 3,550
kg, uma estatura de 51 cm e um perímetro cefálico de 33,5 cm. Até aos 4 meses o
aumento ponderal foi de 265 g no primeiro mês, 875 g no segundo mês, 675 g no
terceiro mês e 535 g no quarto. Calcule os seguintes dados:

a. Partindo do princípio que manteve a curva/corredor a partir dos 4 meses, qual


o peso e respectivo percentil aos 12 e 24 meses.

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Aos 4 meses – Peso - 6,00 kg. Percentil 25 (Novas curvas corresponde ao P15/50)

Aos 12 Meses - Peso – 8,250 kg-8,500 kg. Percentil - P 25 (Novas curvas corresponde ao
P15/50)

Aos 24 meses - Peso – 10,600 kg. Percentil 25 (Novas curvas corresponde ao P15/50)

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Esta criança parte do P50 e cresce abaixo da mediana no primeiro quadrimestre.
Apresenta estes valores que não se alteram até aos 24 meses porque encontrou um
corredor do qual não saiu. A partir do 4.º mês faz um crescimento ponderal normal.

SITUAÇÃO 3

1. Supondo que a mãe de um bebé de 3 meses de idade lhe refere que este somente
aumentou cerca de 550 gramas por mês e que o seu sobrinho, da mesma idade, vai

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aumentando bastante mais, 900 gramas, analise criticamente cada uma das respostas
seguintes:

a. Isso não tem importância nenhuma, pois 550 gramas é muito bom, escusa de se
preocupar.

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b. Compreendo a sua preocupação ao comparar a sua criança com outra, mas todas
as crianças são diferentes, têm o seu próprio ritmo de crescimento. O que
interessa é que lhe pareça que está bem. O peso segue uma evolução normal.

c. Isso é preocupante, pois, por este andar, realmente o seu bebé vai ser mais
pequeno

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d. De facto a criança deve ser encaminhada investigada adequadamente pois o
aumento ponderal é insuficiente.

SITUAÇÃO 4

1. O Marco tem 5 anos de idade, pesa 21 kg e tem 110 cm de estatura. Teve um peso
de nascimento de 3,200 kg, por volta do ano de idade tinha 10,10 kg, aos dois anos

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de idade tinha 13 kg. Aos 3 anos tinha 16 kg e aos 4 anos tinha 19 kg. A estatura
seguiu o P50.

a. Interprete toda a situação, socorrendo-se da interpretação dos Percentis de


relação peso/estatura - IMC, e dê pistas para uma abordagem consequente e de
primeira linha.

BMI = Weight in Kilograms

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(Height in Meters) x (Height in Meters)
or
Weight in Kilograms
BMI = ( ) x 10,000
(Height in centimeters) x (Height in centimeters)
IMC nascimento – 12,80; IMC 1 ano – 17,48; IMC 2 anos – 16,78; IMC 3 anos 17,36;
IMC 4 anos – 17,90

Criança com IMC de 17,35 kg/m2 e percentil acima de 85 portanto, excesso de peso. Terá começado um
cruzamento de percentis IMC que se acentuou ao longo do primeiro ano de vida mas só tem excesso de
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peso ao terceiro ano. Salientar que a estatura se tivesse progredido na mesma proporção, seria uma
criança grande e não com excesso de peso.
Provável intervenção de primeira linha teria a ver com alimentação, perceber a história alimentar era
fundamental…ver as questões de inatividade física e o ver TV…

SITUAÇÃO 5

1. O Rodrigo tem 18 meses de idade e na avaliação de desenvolvimento tirámos as


seguintes notas:

Vinha pela mão da mãe e ao ver um brinquedo no chão apanhou-o de imediato.


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Ao ser-lhe pedido que construísse uma torre com cubos ele assim procedeu
empilhando três cubos. Foi perguntado à mãe se ele fazia rabiscos, tendo a mãe dito
que sim. Esta aquisição pôde ser confirmada. Utilizou automaticamente a mão
esquerda.

Ao ser-lhe mostrado um livro com bonecos ele folheou 2 a três páginas de cada vez.
Não respondeu a muitas questões mas a mãe confirmou que ele tem um vocabulário
já muito extenso..e que compreende tudo. Na consulta, usámos o Tomás, um boneco
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articulado que faz as maravilhas das crianças. Pedimos ao Rodrigo que mostrasse no
boneco a boca, o nariz, os olhos, as orelhas. De seguida mostrou nele próprio as
mesmas partes do corpo.

Pedimos-lhe que alimentasse o Tomás com uma colher, imaginando que a colher
tinha alimento. Assim o fez, segurando quer a colher quer o copo, sem que
aparentemente os entornasse.

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Quisemos pegá-lo ao colo mas rejeitou-nos, tendo a mãe referido que era muito
arisco com estranhos.

A mãe disse-nos ainda que era um diabrete em casa e que necessitava de muita
atenção. Perguntamos ainda se já pedia a par ir à casa de banho tendo a mãe referido
que sim e o treino de controlo de esfíncteres estava a decorrer bem. A mãe referiu
ainda que já queria participar em actividades domésticas.

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Analise o desenvolvimento psicomotor desta criança, identificando as
performances em cada área, utilizando a escala de Mary Sheridan.

Basicamente uma criança de desenvolvimento adequado para os dezoito meses nas quatro áreas de
desenvolvimento: Motora grossa; motora fina; audição e linguagem; e adaptação social

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2. O Rui tem 3 meses de idade e na avaliação de desenvolvimento tirámos as seguintes
notas:

Em decúbito ventral há apoio nos antebraços mas em decúbito dorsal há


movimentos arrítmicos e postura não totalmente simétrica. Na manobra de puxar a
sentar, a cabeça pende para trás ou para frente dependendo da fase da manobra. De
pé flecte os joelhos, não fazendo apoio.

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Tem preferencialmente as mãos fechadas, não brincando com as mesmas, sendo
incapaz de segurar qualquer objecto.

Há dúvidas sobre se consegue seguir um objecto em movimento. Apresenta


estrabismo e pestanejo de defesa.

A mãe refere que é muito irritadiço, algo que confirmámos porque em todas as
manobras apresentava choro agudo e hipertonicidade.

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Pareceu-nos que havia muita dificuldade em se virar para o som. Não sorri mesmo
para a mãe.

Analise o desenvolvimento psicomotor desta criança, identificando as


performances em cada área, utilizando a escala de Mary Sheridan.

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Lactente que aos dezoito meses apresenta sinais de alarme em todas as áreas de
desenvolvimento quatro áreas de desenvolvimento: Motora grossa; motora fina;
audição e linguagem; e adaptação social. Identificamos como sinais de alarme:

 Em decúbito dorsal há movimentos arrítmicos e postura não totalmente simétrica.

 Na manobra de puxar a sentar, a cabeça pende para trás ou para frente dependendo da fase da
manobra

 Mãos fechadas, não brincando com as mesmas

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 Incapaz de segurar qualquer objecto e atirá-lo

 Não seguir um objecto em movimento (apesar de dúvidas)

 Irritado, choro agudo e hipertonicidade

 Dificuldade em se virar para o som. Não sorri

https://www.youtube.com/watch?v=tqc8gKuXs3s
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https://www.youtube.com/watch?v=rCypSE45M7g
https://www.youtube.com/watch?v=Krro2UYcPjY

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