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Portuguesa ~ Site Oficial

25 Quarta-feira
Feb 2015 Arcano Dez do Tarot – Por
Gabriel Marcos
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Corresponde à letra IOD do alfabeto hebraico.

Nome segundo a interpretação vulgar: A RODA DA FORTUNA.

Nome segundo a interpretação de São Germano: A ESFINGE. SUBLIMAÇÃO.

Nome segundo a interpretação de Cagliostro: FORTUNA. RETRIBUIÇÃO.

Nome segundo a interpretação do Anjo da Palavra: O CRIADOR NA CRIATURA. A


INFLUÊNCIA DE DEUS.

O Arcano X, expresso por uma roda, simboliza os ciclos evolucionais de tudo quanto
existe. Subindo por um lado da roda e descendo pelo outro, encontram-se as duas
interessantes figuras de HERMANUBIS e TIFON, enquanto no topo posta-se a
ESFINGE. O nome vulgar desta lâmina é A RODA DA FORTUNA, cujo sentido nela
encerrado é tão vasto que daria para preencher vários compêndios de ciências
herméticas. Em todas as antigas tradições desde a chinesa, hindu, tibetana, mongol
persa e dos demais povos do Extremo Oriente e da Ásia Menor, chegando às pré-
colombianas da América e celto-galaicas da Península Ibérica, o símbolo da roda é
presença constante. Na Tradição Iniciática das Idades ela assinala não só o destino
como também o círculo dos renascimentos a que toda a criatura humana está
encadeada pela mesma Lei do Destino ou Causalidade, que é quem rege e
determina os nascimentos, mortes e renascimentos. A isso Cagliostro denomina de
RETRIBUIÇÃO, como alusão directa à mesmíssima LEI DE CAUSA E EFEITO
(KARMA). A roda fatídica dos renascimentos é tradicionalmente chamada de
SAMSARA, a da Actividade nos três Mundos da Forma (Mental – Astral – Físico),
girando perpetuamente sob o impulso duas Energias Universais de FOHAT e
KUNDALINI, respectivamente assinaladas por ERMANUBIUS e TIFON, mas sob o
influxo de uma terceira Energia Universal que as alenta e equilibra, como seja
PRANA que a ESFINGE vem a representar.

No plano moral ERMANUBIS é o DEUS bom, o AGAT dos gregos, o bom GÉNIO
que ampara o Homem dando-lhe boa inspiração levando-o a escolher o caminho do
Bem. Trata-se da inspiração interior que eleva às regiões sublimes do Espírito
assinalado por ERMANUBIS como pólo positivo ou superior. É a SUBLIMAÇÃO
(DHARMA) referida por São Germano.

Mas geralmente o Homem, por seu livre-arbítrio, prefere eleger o caminho aberto
pelos seus desejos. Para as criaturas humanas é bom o caminho que lhes satisfaça
os desejos e lhes dê prazer. Pois sim, se essa tendência for de natureza superior,
mental ou espiritual (SKANDHA), entra aí ERMANUBIS; mas se for simples desejo
passional (NIDHANA) entra em cena o DEMÓNIO tentador, SET ou TIFON.

TIFON expressa o poder obstaculizante: as paixões desenfreadas e tudo quanto


seja grosseiro mesmo sendo efémero. É o pólo negativo ou inferior da evolução. O
Homem é levado, portanto, por esses dois impulsos: pelos instintos animais (Tifon) e
pelas inspirações angelicais (Ermanubis). Quer praticando o bem, quer praticando o
mal, o Homem está sempre sujeito à Roda dos Renascimentos. Se pratica o bem,
colhe alegria e paz; se pratica o mal, colhe tristeza e dor de toda a ordem. Estes
opostos são transitórios porque o fim é alcançar a Perfeição Absoluta, que não é
bem nem mal mas a LEI como estado de SER.

Acima dessa polaridade domina a ESFINGE na sua quádrupla expressão: cabeça


de anjo, flancos de touro, asas de águia e garras de leão. Este simbolismo é
deveras notável por representar em resumo o Universo vivente. Tem-se nele tanto
os valores das 3 Cadeias Planetárias passadas projectados na presente 4.ª Cadeia
quanto as conquistas nas 3 Rondas – reproduzindo em escala menor as 3 Cadeias
do Passado – levadas a cena pelo Género Humano na actual 4.ª Ronda da mesma
4.ª Cadeia.

As asas de águia referem-se à 1.ª Cadeia de Saturno (SHANI-LOKA) evoluiu a


Hierarquia ASSURA (ou ARQUEU); as garras de leão aludem à 2.ª Cadeia Solar
(SURYA-LOKA) onde se formou a Hierarquia AGNISVATTA (ou ARCANJO); a
cabeça de anjo indica a 3.ª Cadeia Lunar (CHANDRA-LOKA) na qual se
desenvolveu a Hierarquia BARISHAD (ou ANJO); finalmente, os flancos de touro
têm a ver com actual 4.ª Cadeia Terrestre (BHUMI-LOKA) onde evolui a Hierarquia
JIVA (ou HUMANA).

Na escala das Rondas da presente 4.ª Cadeia, as asas de águia simbolizam os


Assuras dirigindo o Homem-Mineral desde o Plano Mental, dando-lhe o germe da
Mente; as garras de leão expressam os Agnisvattas encaminhando o Homem-
Vegetal desde o Plano Astral, fornecendo-lhe o princípio da Emoção; a cabeça de
anjo revela os Barishads orientando o Homem-Animal desde o Plano Etérico,
fornecendo-lhe o princípio da Vitalidade; por fim, os flancos de touro – animal
totémico da Terra – expressam o Homem-Homem em desenvolvimento no Plano
Físico da 4.ª Ronda, coadjuvado pelas três Hierarquias anteriores.

Denota-se que na Esfinge a cabeça humana domina sobre o corpo anímico ou


animal em estado de repouso ou passividade. Representa o domínio da Mente
sobre a Emoção, do Pensamento sobre o Psiquismo, e assim também a Autoridade
Espiritual sobre o Poder Temporal. Mas também não deixa de indicar os Ciclos
Cósmicos que faltam realizar-se para a complementação do Universo (Sistema de
Evolução) e do Homem: as 5.ª, 6.ª e 7.ª Cadeias Planetárias e as afins Rondas
Terrestres de Vénus, Mercúrio e Júpiter, o que no JIVA corresponde à adquirição
dos estados conscienciais de Homem-Anjo, Homem-Arcanjo e Homem-Arqueu, o
que Tradição Iniciática denomina de DWIJA, DHARANI e DHYANI.

Tudo isso é representado pela imagem tradicional de JANUS TRICÉFALO em que


cada uma das suas quatro faces afirma: Regnabo (Reinarei) – 1.ª Hierarquia na
criação do Universo; Regno (Reino) – 2.ª Hierarquia no Universo criado; Regnavi
(Reinava) – 3.ª Hierarquia nas criaturas do Universo; Sum sine Regnum (Estou sem
reino) – 4.ª Hierarquia em formação no Universo.

A Esfinge indica, pois, a Unidade, o Andrógino unido que se torna múltiplo através
da polaridade, que é expressa por Ermanubis ou o Cinocéfalo e por Tifon, um
subindo e outro descendo na alegoria do Arcano.

Os hebreus ligavam a ideia do binómio bem-mal dos actos, sentimentos e


pensamentos ao IOD, décima letra simples feminina de cor branca do alfabeto
hebraico, a qual corresponde na língua portuguesa ao J e também ao I e Y.
Hieroglificamente representa a manifestação potencial, a adoração eterna.
Simbolicamente designa a mão, sobretudo o dedo indicador, aparecendo como que
mostrando aos homens o seu destino. Os antigos consideravam o dedo indicador
como indicativo da autoridade julgadora, autoridade esta traduzida no gesto comum
usado para impor a vontade pessoal à de outrem, estendendo o dedo de modo
imperioso quando quer ameaçar e obrigar os outros a dizerem e fazerem o que quer
que seja. Daí decorre que os quiromantes relacionem esse dedo ao signo de Júpiter,
atribuindo-lhe as ideias de posição de comando e de julgamento por um poder
imperante. No entanto, também convém observar que o dedo indicador expressando
essas ideias tem uma configuração característica, pois as suas falanges possuem
determinadas dimensões relacionadas à Matemática Oculta, a qual pode revelar a
tendência para o Sacerdócio e a Adoração a Deus, ademais sabendo-se que o
sacerdote canonicamente investido, de modo a ser representação e potência do
Eterno entre os homens, tem o poder de julgar, condenar ou absolver.

Sem dúvida o IOD liga-se ao episódio bíblico daquela famosa mão que apareceu no
banquete do rei Baltazar, traçando na parede as palavras MANE – THECEL –
PHARES (“pesado, medido, contado”), que o profeta Daniel traduziu como: “O
destino viu que praticaste o mal, e portanto o teu fim será desastroso”. Também se
pode traduzir essa frase com as seguintes palavras: “Contados estão os teus dias,
porque as tuas acções foram medidas e pesadas”.

Os tarólogos vulgares dão a esta lâmina o significado de sorte, ambição,


predisposição para as descobertas e invenções. Mas muito mais além do sentido
divinatório que é sempre falível como toda e qualquer das artes psiquistas ditas
“ciências divinatórias”, pseudo-ocultistas, tem-se que o IOD relaciona-se com o
órgão sexual masculino, razão de ser considerado como indicador do germe da vida
ou germe vital. Com efeito, o Arcano X representa o Princípio da Vida que como
PRANA vem a ser a origem do indivíduo e a semente da Individualidade
impulsionando ao contínuo vir-a-ser. É, pois, o Princípio gerador dando o primeiro
impulso à existência individualizada que é JIVA, ou por outra, PRANA
INDIVIDUALIZADO. É assim a Roda da Fortuna, boa ou má, como a mesma Roda
dos Renascimentos mas que pode ser superada por todo aquele que souber
responder às perguntas implacáveis da Esfinge: – Ou me decifras (vences, superas
o destino fatal) ou te devoro (escravizas, sujeitas ao destino fatal): Quem sou?
Donde venho? Para onde vou?

Consoante a orientação legada pelo Supremo Dirigente desta Obra Divina na Face
da Terra, o Professor Henrique José de Souza (JHS), observa-se que o seu
propósito principal foi o de proporcionar aos seus discípulos a adquirição do Poder
d e Kriya-Shakti, o dom original de criar pelo poder místico do vontade que
caracteriza os Homens Superiores, os preclaros Adeptos da Grande Fraternidade
Branca, afirmando que A ENERGIA PERSEGUE O PENSAMENTO.

Na COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA, aqui em Portugal, quando se


ingressa no primeiro dos seus Graus Iniciáticos aprende-se a mentalizar o Globo
Azul com a palavra PAX triangulada em amarelo ouro. Com o decorrer dos Graus
vão-se praticando as Yogas correspondentes a cada um deles. Qual é o efeito
prático dessas Yogas? Proporcionar aos discípulos o desenvolvimento do Poder de
Kriya-Shakti.

Ao princípio vai-se construindo os veículos superiores com a energia gerada pela


acção dos pensamentos e sentimentos, estimulando os órgãos nos quais se pensa
com forma geométrica, cor, som e número característicos. É a construção desses
veículos superiores, ou seja, o desenvolvimento da Tríade Espiritual que permite
superar a Lei do Karma representada pela Roda do Destino neste Arcano X.

Dos sete Poderes de KUNDALINI Kriya-Shakti é o sexto. Trata-se da Energia


Emotiva dirigida conscientemente que materializa e corporifica o Ideal Místico
mediante o Poder da Supra-Vontade e da Supra-Emoção , que vem a relevar os
Santos e Sábios. O Mestre Iluminado tem sempre a finalidade precípua de
desenvolver pelo Poder de Kriya-Shakti a Alma colectiva dos seus discípulos, ou
daqueles a quem salvou do materialismo agreste na sua faina espiritual. E pelo
desenvolvimento dessa Alma colectiva criam-se as condições para oportunamente
acontecer a derradeira METÁSTASE AVATÁRICA com um e todos.

Neste Arcano a Alma Humana é simbolizada por Tifon enquanto a Espiritual a é por
Ermanubis, as quais quando se unem perfeitamente identificadas entre si
transformam-se na Esfinge, ou seja, no Andrógino Divino que é o Adepto Perfeito.
Trata-se da consumação da Suprema Eucaristia Mental e Coracional onde a parte
masculina (Kartri) une-se à feminina (Shakti) no mais perfeito dos consórcios
amorosos resultando num único Ser. Trata-se do mistério da Mónada que se biparte
ao início da manifestação em aspectos feminino e masculino para colher as
experiências necessárias à sua evolução no Mundo das Formas, que através de
vidas esparsas (aspectos separados), quer através de vidas integrais (aspectos
juntos), como GÉMEOS ESPIRITUAIS ou DEVA-PIS até finalmente voltarem a unir-
se no final de um Ciclo de Evolução e evolarem-se aos páramos celestes do
Segundo Trono, readquirindo a sua condição de Andrógino unido (Adam-Kadmon)
após terem-se manifestado no Terceiro Trono como Andrógino separado (Adam-
Heve), padrão da Humanidade.

A doutrina das Almas Gémeas é por demais profunda e sagrada para que seja
inteiramente divulgada num texto público como este, sob risco de profanação,
bastando a advertência quanto à prudência em não se deixar confundir por almas
simpáticas unidas pelos laços do bom Karma (rajas-tamas) com Almas Gémeas
(satva-rajas) unidas pelo inquebrantável cordão espiritual de Sutratmã como
parcelas de uma única Mónada. Almas Gémeas têm-se em HENRIQUE – HELENA,
Cristo – Maria, Budha – Budhai, Krishna – Krishnaya e poucas mais ante a multitude
de almas simpáticas que o Karma encadeou entre si nos ciclos de vidas ou
reencarnações. É durante estas que as almas humanas semeiam e colhem as
experiências necessárias à transformação do seu estado energético passivo em
cinético activo, assim superando o mesmo Karma (termo oriundo da raiz sânscrita
kry, “accionar, acção”) cujos laços fatais das causas e efeitos enleiam-no num
destino repleto de imprevistos, consequências do seu passado no presente que
levam a concluir:
Quando o discípulo supera, com o auxílio dos processos adoptados
na Iniciação, o ciclo das vidas sucessivas ou reencarnações, o Bem
e o Mal tornam-se relativos para ele por tomar consciência e
participar da própria LEI como SER, o que dispõe-no acima dos
códigos de moral e dos descalabros de imoral, não como amoral
(que é ausência de razão) mas como CONSCIENCIAL, ou antes,
SUPRA-MENTAL. Torna-se Adepto Perfeito da LEI que é o
PENSAMENTO DE DEUS programado e pragmático para cada
Ciclo de Manifestação, maior ou menor, pouco importa, e é assim
que usufrui a imortalidade dos Seres Viventes mesmo estando no
mundo dos mortais, para os quais será um Avatara na mais
excelente e benéfica das influências. Esta é a maior fortuna que a
Verdadeira Iniciação oferece, a da realização do Criador na Criatura,
onde na “escalada das estrelas” o Homem se torna mais Homem e
Deus mais Deus.

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