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14 Sábado Mar
2015 Arcano Dezassete do Tarot –
Por Gabriel Marcos
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COMENTÁRIO
Corresponde à letra PHE do alfabeto hebraico.
Nas Estrelas depara-se com a Omnipotência do Sol Central do Oitavo Sistema cuja
Substância Única (Svabhâvat) se manifesta como Fohat e Kundalini. Este Arcano
expressa o Esplendor da 6.ª Cadeia de Mercúrio do actual 4.ª Sistema de Evolução
Universal, assim todo ele no presente dando projecção ao próprio 6.º Sistema ou
Universo sob a égide do respectivo Dhyan-Choan ou Luzeiro, o Deus AKBEL, com
isso igualmente implicando a projecção do 5.º Universo do Deus ARABEL, fincando
assim a solução do Futuro cósmico. Este é o Arcano das Supremas Revelações, ou
seja, pelo qual o Subjectivo se torna Objectivo, destarte assegurando a tudo quanto
vive neste Universo a ESPERANÇA na IMORTALIDADE.
“Na 6.ª Raça-Mãe (da 6.ª Ronda de Evolução), os Seres Andróginos (Homens
Perfeitos) terão asas na cabeça e nos pés, como mercurianos para o Sexto
(Luzeiro); começa também a formar Devas (Deuses) do 6.º Sistema. No final, tais
asas desaparecerão das costas. O 6.º Sistema, como se viu, será formado de
Devas. Nas duas últimas Raças (da presente Ronda), principalmente na sétima, as
asas servirão como palmas de luz no alto da cabeça, nos ombros e nos pés. E isto
para que no final se transformem em Astros (Jivas Siderais ou Pequenos Luzeiros)
até se fundirem nos 7 Sóis que são os 7 Ishwaras dos 7 Sistemas em torno do
Oitavo, ou da Causa das Causas, Oceano Sem Praias ou Mar de Akshara (o Akasha
Superior como Éter Universal onde se agita a Substância Única), que é o seu nome.
Fohat e Kundalini (Energias Espiritual e Material) em luta (ou atrito estratégico
donde resulta o movimento e a evolução) durante 7 Eternidades darão começo a
nova volta de 7 Sistemas. Está visto que as formas apendiculares de cada Raça, em
cada Universo, aumentam (cada vez mais perfeitas e rarefeitas) colectivamente na
Humanidade.”
No crivo da Evolução presente na marcha para Futuro e graças aos esforços
inauditos do Deus AKBEL, fica firmada a ESPERANÇA do Homem actual poder
tornar-se plenamente PITRI-JAGAD, o “Senhor da Criação”, segundo as escrituras
sagradas de Agharta. Motivo de trazermos aqui a Revelação do Mestre. Assim,
também, no concerto da Evolução Humana os homens são classificados em
categorias estelares, segundo o mesmo JHS:
A letra hebraica Phe relacionada com este Arcano, também possui o sentido de
“revelação”. É uma letra dupla feminina de cor vermelha que se associa à Actividade
Inteligente do Espírito Santo, ou seja, do 3.º Logos Criador na Terra manipulando
Kundalini. Simbolicamente representa a boca, a palavra. Hieroglificamente expressa
o poder do verbo, a palavra criadora.
Na lâmina vêem-se sete estrelas cerceando uma oitava central maior, dourada de
esplendor azul. É Mercúrio trazendo em seu bojo Vénus, Hermes e Afrodite, ou seja,
o Hermafrodita como Homem Perfeito por ter equilibrado em si as duas polaridades
sexuais tornando-se um verdadeiro Andrógino ou Uraniano Perfeito, o que se retrata
em Epimeteu libertando o seu irmão Prometeu como o aspecto celestial de AKBEL
resgatando o aspecto humano de ARABEL, antanho manifestado como ALUZBEL.
As sete estrelas cercando a oitava maior igualmente aludem aos sete Logos
Planetários em torno do Logos Solar, aos quais a tradição judaico-cristã chama de
Mikael, Gabriel, Samael, Rafael, Sakiel, Anael e Kassiel. E também, numa escala
superior, aos sete Logos Solares em torno do Oitavo manifestado deste Sistema de
Evolução balizado por Sirius, estrela alfa da constelação do Cão Maior, que afinal
vem a revelar o 3.º Aspecto manifestado do mesmo Logos Central.
Não deixa de ser curioso que a palavra Zodíaco (“Roda dos Animais Sidéreos”, ou
seja, as 12 Hierarquias Criadoras) deriva daquela outra Sirius. Senão, veja-se: o
nome dado pelos gregos e egípcios à estrela Sirius o u Sirio, a mais brilhante do
firmamento em nossa Era, era Sothis. Os calendários lunares aferidos pela estrela
Sothis passaram a ser chamados de calendários sothíacos entre as raças
descendentes da Atlântida. Com o abrandamento do S em Z e do Th em D,
originou-se o actual vocábulo Zodíaco, para definir o ano terrestre com precisão
dividindo-o em 12 meses ou casas, expressas por doze signos representados pelos
sete planetas tradicionais: Sol (domingo ou Soledia), Lua (segunda-feira ou
Lunedia), Marte (terça-feira ou Martedia), Mercúrio (quarta-feira ou Mercudia),
Júpiter (quinta-feira ou Jovedia), Vénus (sexta-feira ou Venusdia), Saturno (sábado
ou Saturdia).
Nos Colégios Iniciáticos, quase sempre aparecem entre os membros nos graus
preliminares aqueles com notável e predominante influência da Lua. Ao início
progridem bem, acatam e chegam mesmo a praticar os ensinamentos ministrados,
mas, regra quase geral, passado algum tempo afastam-se da corrente solar devido
ao seu jugo à influência lunar, com isto comportando-se como escravos das
influências psicofísicas externas, onde por norma a imagem substitui a ideia.
Esse facto foi motivo para o Mestre JHS proferir: “São muitos os que entram na
Instituição com os pés e poucos os que entram com o coração. Quem deseja
verdadeiramente servir a Humanidade através dos Mestres, invés da Humanidade o
servir através da Instituição?”
Naturalmente que tipos puros quase inexistem, excepto entre os Mestres e Iniciados.
Portanto, na escolha do ramo é preciso considerar o conjunto das influências
actuantes sobre o ser humano.
Na Terra, hoje, onde poderá encontrar-se o pedestal dos altos Deuses ou elevados
Caprinos? Precisamente em SINTRA, a SURA-LOKA, Âmbula da Vida Universal e
alavanca charneira da sua evolução, consignada CAPITAL ESPIRITUAL DA
EUROPA estendendo o seu braço ao BRASIL, a SÃO TOMÉ DAS LETRAS ou
TASSU no Estado de Minas Gerais do Sul, para onde peregrinam já as Mónadas
ibero-europeias destinadas a constituir o escol da Raça Dourada do Futuro.
Devemos informar que os Augustos Seres interiorizados sob Sintra estão num
estágio evolucional tão elevado que não estabelecem qualquer contacto com as
gentes da superfície, tanto mais que por certo não seriam entendidos. A
sensibilidade deles é muito refinada devido à sua Iniciação Assúrica, e qualquer
relação externa tão-só resultaria num desprestígio completo da Obra do Eterno na
Face da Terra.
Voltando ao Arcano XVII, no Tarot ele ocupa o meio da segunda fila onde marca, tal
como o Arcano VI que se lhe sobrepõe, a passagem de uma fase da Iniciação para
outra. Ora se o Amoroso, no domínio activo, passa da teoria à prática, a alma do
místico, guiado pelas Estrelas, alcança o discernimento sobre a sua relação com o
Eu Superior.
O sono é, pois, uma fonte de informação que não deve ser desdenhada. Graças a
ele afasta-se a cortina do mistério, permitindo alguns olhares furtivos que fazem
adivinhar um outro mundo. Os sonhos foram os primeiros iniciadores da
Humanidade.
O que se passa quando, à noite cerrando os olhos a tudo quanto nos cerca,
partimos para o desconhecido? Comparemo-nos ao mergulhador que, terminado o
seu trabalho, retorna à superfície onde se despoja do seu escafandro. Que contraste
entre o fundo da água, onde a vista pelo escafandro só permite uma distância
ínfima, e o vasto horizonte luminoso que ele avista logo que respira o ar livre.
Porém, suponhamos que toda a lembrança do alto se apaga para aquele que
mergulha novamente de volta ao seu penoso labor nas profundezas das águas.
Assim nos representamos nas nossas semi-trevas em estado de vigília,
comparativamente à luminosa emancipação que o sono nos propicia. Não se
embriaga ainda a nossa alma, ainda que não se canse como o nosso corpo;
enquanto este repousa, a nossa inteligência emocional permanece incorporeamente
activa. Resulta daí que a noite traz conselho (diz o povo que “o travesseiro é bom
conselheiro”) em virtude da clarividência adquirida pelo adormecido
temporariamente liberto do cárcere carnal, com o qual exerce a sua actividade
terrena mesmo que não tenha consciência imediata dessa clarividência extraterrena.
Quando adormecemos preocupados com uma resolução a tomar ou com um
problema a resolver, acontece muitas vezes que ao despertar encontramos uma
determinação precisa, uma resposta ao que nos atormenta. Tudo se explica pela
intervenção da nossa espiritual pequena estrela azul dourada, que soube interrogar
as suas irmãs maiores.
Jovem, Humanidade, Iniciação, leva-nos a exaltar o nosso luso Arcano XVII com
palavras reproduzidas do vidente e profeta Irineu, até agora desconhecidas do
público geral:
“Ó tu, sereno Peregrino da Vereda, que ouves o SOM ETERNO das Sete Trombetas
Divinas, espera que os Tempos cheguem e o Som de todas elas sejam Um só com a
minha Tónica. Tu não mais morrerás até chegar esse Grande Dia, porque tu és
Imortal com a serenidade leal e respeitosa da tua própria bagagem terrena. Vês
aquele grande MURAL que Me separava de ti, e a ti de quantos outros se tornaram
servos fiéis da sua Estrela-Guia? Não, tu não o vês mais, e sim as águas que
correm dos Quatro Rios Sagrados. E que tomam em baixo a forma de um Lago. É
neste que tu e eles se banham, por ser o reflexo do Grande Mar em cujas Águas EU
mesmo me banho. Caminha, olha e canta o HINO SERENO DA TUA PRÓPRIA
SERENIDADE.”
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