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GSM
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Por solicitação do Reino Unido, uma versão do GSM operando na faixa de 1800 MHz
foi incluída no processo de especificação. Este sistema foi designado com Digital
Cellular System (DCS 1800), embora a denominação GSM 1800 seja atualmente mais
utilizada. Posteriormente, foi feita uma adaptação do GSM para a faixa de 1900 MHz
com a finalidade de atender aos requisitos do PCS (Personal Communications System)
americano. Estas versões entraram em operação a partir de 1995. Atualmente (2009) o
GSM responde por mais de 80% do mercado de telefonia celular. Os seguintes fatores
foram os que mais contribuíram para o sucesso do GSM:
O SISTEMA GSM
Este sistema é responsável por todas as funções relacionadas com a transmissão rádio.
Esta unidade, também conhecida por ERB (Estação Rádio Base), é constituída
basicamente pelo equipamento rádio que faz ligação com as MSs de uma determinada
célula.
O PIN vem desabilitado para que o usuário utilize normalmente o aparelho. Entretanto,
caso se deseje maior segurança o PIN deve ser ativado logo após sua aquisição. Antes
de ser personalizada essa senha geralmente é a mesma para todos os chips de uma
mesma operadora, por isso é recomendável que esta senha seja alterada por meio do
menu do celular. Se um PIN incorreto for introduzido três vezes consecutivas, o cartão
fica bloqueado, e só pode ser desbloqueado com um código de oito dígitos denominado
PUK (PIN Unblocking Key) que também fica armazenado no SIM. Caso este número
também seja digitado de forma errada, o SIM fica bloqueado e só poderá ser
desbloqueado com a ida do usuário à operadora.
Trata-se de uma base de dados centralizada da rede, que armazena e gerencia todas
assinaturas da rede móvel pertencentes a uma operadora específica. Atua como
memória permanente para fornecer informações de um usuário até que a assinatura do
mesmo seja cancelada. A informação armazenada inclui:
- Identidade de assinante
- Serviços suplementares de assinante
- Informação de localização de assinante
- Informação de autenticação de assinante
O HLR pode ser implementado no mesmo nó de rede com o MSC ou como uma base de
dados independente. Caso a capacidade de um HLR seja excedida pelo número de
assinantes, outros HLRs podem ser acrescentados.
Unidade funcional, conectada por enlaces de dados a outros componentes da rede como
os MSCs e as BSCs. Através desta unidade a operadora monitora e controla diversos de
parâmetros do sistema. Dependendo do tamanho da rede pode haver vários OMCs.
O controle centralizado de uma rede é feito pelo NMC. É necessário apenas um NMC
em cada rede, o qual controla os OMCs subordinados. A vantagem desta estrutura
hierárquica é que os operadores do NMC pode ficar concentrados na análise de
informações do sistema de longa duração, ficando o pessoal de cada OMC responsável
pela avaliação de informações regionais de curta duração. A funcionalidade de OMC e
NMC podem ser combinadas no mesmo nó de rede físico ou instaladas em diferentes
locais.
Esta interface utiliza o protocolo LAP-Dm, onde a letra m se refere ao enlace rádio com
a MS, o qual é também compatível com a rede RDSI.
Esta interface é especificada pelas normas do GSM. A camada física utiliza um enlace
de 2 Mbit/s padrão UIT-T (Setor de Desenvolvimento da União Internacional de
Telecomunicações)
2.2.4 Interfaces C, D, E, F e G
Estas interfaces foram padronizadas pelo protocolo MAP (Mobile Application Part)
que por sua vez utiliza como suporte o Sistema de Sinalização número 7 (SS#7). Vale
lembrar neste ponto que a necessidade de sinalização em uma rede celular é muito
maior que em uma rede fixa devido a mobilidade do usuário. Para suprir estas funções o
GSM desenvolveu o MAP. Por outro lado, o SS#7 é o padrão adotado pela UIT que
utiliza um canal dedicado para a transmissão de mensagens. Em um sistema de telefonia
fixa, além dos troncos com os canais de voz, é necessário que exista entre as centrais
telefônicas um sistema de sinalização por onde são trocadas mensagens responsáveis
pelo estabelecimento de uma chamada entre dois assinantes. Além das aplicações
relacionadas ao tráfego telefônico, o SS#7 possibilita, na parte do usuário móvel, a troca
de informações, entre centrais ou bases de dados, não relacionadas ao estabelecimento
de circuitos telefônicos.
2.2.5 Interfaces B e H
As interfaces B entre MSC e VLR e H entre HLR e AUC não estão padronizadas, pois
se tratam normalmente de interfaces internas entre estas unidades (MSC/VLR e
HLR/AUC).
Cada rede telefônica precisa de uma estrutura especifica para encaminhar as chamadas
de entrada para a central correta e em seguida para o assinante. Em uma rede móvel,
essa estrutura é muito importante porque os assinantes são móveis. Como os assinantes
se deslocam através da rede, estas estruturas são utilizadas para monitorar sua
localização.
2.3.1 Célula
A área de serviço de uma PLMN corresponde ao conjunto de células para o qual uma
operadora de rede oferece cobertura radioelétrica e acesso.
Definida pela área geográfica onde um assinante pode obter acesso a uma rede GSM.
CÓDIGOS DE IDENTIFICAÇÃO
TABELA II
O canal lógico é definido em função do tipo de mensagem transmitida pelo canal físico.
A Fig. 3.3 mostra os diversos tipos de canais lógicos do padrão GSM. A seguir serão
descritos os canais lógicos do padrão GSM.
a) Normal (ou de voz) – utilizado em taxa plena (full rate) ou meia taxa (half rate). No
primeiro caso a taxa de transmissão é de 13 kb/s e no segundo 6,5 kb/s;
Conforme pode ser observado na Fig. 3.3, dependendo da função de controle, estes
canais possuem uma estrutura bem mais complexa.
Taxa Plena
(TCH/F)
Canais de Tráfego Móvel - Base
(TCH) Base - Móvel
Meia Taxa
(TCH/H)
Correção de Freqüência
(FCCH)
Canais de Radiodifusão
(Broadcast) Sincronização
(SCH)
Controle Associado
Rápido (FACCH)
Estes canais também ocupam a janela 0 da portadora BCH e são utilizados para
estabelecer e suportar um enlace dedicado entre a BTS e MS. Existem 3 (três) tipos de
canais de controle comum:
i) Canal de Busca (Paging Channel – PCH): Utilizado pela BTS para chamar
um determinado terminal na rede;
3.2 RAJADAS
e) Rajada simulada – similar à rajada normal e usada para preencher janelas de tempo
(slots) inativas da portadora do BCCH. Este procedimento, denominado qualidade de
monitoração, possibilita a medida contínua da potência do BCCH.
A Fig. 3.5 mostra a estruturação temporal do GSM tendo por referência o canal de
tráfego (taxa completa) da janela 1 do quadro TDMA. No multiquadro desta figura
observa-se que os quadros 0 a 11 e 13 a 24 transportam este canal. No quadro 12 a
janela encontra-se vazia e no quadro 25 a janela 1 transporta o SACCH associado a este
canal de tráfego. Esta posição do SACCH é mesma para todas a janelas ímpares (1, 3, 5
e 7). No caso das janelas pares (0, 2, 4 e 6), O SACCH ocupa o quadro 12 ficando vazia
uma janela no quadro 25. A janela vazia é preenchida quadro se opera com canais de
tráfego em meia taxa, uma vez que neste caso são necessários 2 SACCH.
Para os canais de controle que utilizam o canal zero de um quadro TDMA, conforme
ilustrado na Fig. 3.6, o multiquadro é composto por 51 quadros correspondendo a uma
duração de 235,4ms (51x4,615ms). Considerando que existem diversos canais lógicos
de controle, a Fig. 3.7 mostra o arranjo normal do canal zero nos enlaces direto e
reverso do GSM.
A MS pode ocupar uma posição qualquer dentro da célula. Devido à mobilidade dos
usuários, a distância entre a MS e a BTS varia. Consequentemente, o tempo de
propagação nos enlaces direto e reverso apresenta variações. Entretanto, a técnica
TDMA não tolera desvios de tempo, uma vez que tem que haver um sincronismo
preciso entre a transmissão e a recepção das rajadas de dados. Rajadas transmitidas por
diferentes MSs em janelas adjacentes não devem estar superpostas por mais de um
período de guarda, mesmo que os tempos de propagação sejam muitos diferentes.Para
evitar colisões (Ver Fig. 3.8), o início da transmissão de uma MS deve estar avançada
proporcionalmente à distância entre a mesma e a BTS. Este processo de ajustamento das
transmissões é denominado alinhamento adaptativo do quadro.
O ajuste necessário é dado pelo tempo de propagação relativo ao trajeto de ida e volta
entre a BTS e a MS. Em outras palavras, o ajusto refere-se a duas vezes o tempo de
propagação entre estas estações. Desta forma, a faixa de compensação para evitar
superposição das rajadas situa-se entre zero (sem compensação) e a duração de 31,5
bits, isto é, 116μs, possibilitando ajustar até uma distância máxima de 35km entre a
BTS e a MS.
3.5 – SALTO EM FREQUÊNCIA
O GSM usa salto em freqüência lento (SFH – Slow Frequency Hoping) para evitar os
efeitos causados por desvanecimento seletivo e por interferência co-canal. Esta técnica
implica na utilização de freqüências portadoras distintas a cada quadro TDMA.
Consequentemente, a taxa de salto é de 217 quadros/s que equivale a 10-3 x (4,615)-1 /s.
Esta técnica está ilustrada na Fig. 3.9.
Por outro lado, a interferência co-canal depende da localização relativa de duas MSs que
utilizam a mesma freqüência portadora. Em que pese o emprego da distância de re-uso
no cálculo da distância entre as estações, sempre haverá um certo nível de interferência
co-canal entre as mesmas. Utilizando esquemas diferentes de salto para as duas células
com re-uso de freqüência, a probabilidade de interferência co-canal será bastante
reduzida e limitada no máximo a uma fração de tempo correspondente à duração de um
quadro TDMA. Neste contexto, a vantagem que se tem com o salto em freqüência é a
possibilidade de reduzir o fator de reuso em áreas de tráfego intenso.
O equipamento GSM é fabricado com a possibilidade de operar ou não com salto em
freqüência. A decisão de empregar ou não esta técnica é da operadora. Cumpre ainda
informar que os canais FCH, SCH, BCCH e AGCH não utilizam o salto em freqüência.
A razão de tal procedimento é facilitar a localização destes canais pela MS.
CAPÍTULO 4
CODIFICAÇÃO E MODULAÇÃO
Fig. 4.3 – Desempenho dos codificadores EFR e AMR FR em função da relação C/I
No caso do AMR HR tem-se um menor número de modos: 7,95; 7,4; 6,7; 5,9; 5,15 e
4,75 kb/s. As curvas da MOS em função da relação C/I apresentam um comportamento
similar ao mostrado na Fig. 4.3. Entretanto, para se obter um mesmo valor de MOS o
AMR HR requer uma relação C/I mais elevada.
Os 260 bits por períodos de 20ms na saída do codificador da fonte são classificados em
3 (três) classes: Ia, Ib e II. Esta classificação tem por base a sensibilidade relativamente
ao erro de bit. A classe Ia reúne os 50 bits mais sensíveis ao erro e que trazem maior
impacto na qualidade da voz. Por esta razão devem ter maior proteção. A estes bits é
aplicado um código de bloco do tipo CRC (Cyclic Redundancy Check) que acrescenta 3
bits de redundância aos 50 bits de entrada.
Na classe Ib estão 132 bits que, embora importantes, são menos críticos do que os bits
da classe Ia. Estes bits são reordenados em conjunto com os bits da classe Ia da forma
indicada na Fig. 4.4. Observe-se nesta figura o acréscimo de 4 bits de cauda (zeros) após
o conjunto reordenado.
A etapa final deste processo é dada por uma codificação convolucional de taxa 1/2 que
engloba os bits das classes Ia e IB, os bits de redundância e os bits de cauda
correspondendo a uma total de 189 bits. Na saída deste codificador tem-se então 378
bits aos quais se somam os 78 bits da classe II que não são codificados. Os 456 bits por
20 ms resultantes do processo definem a taxa de transmissão de 22,8 kb/s para o AMR
FR. Relativamente ao AMR HR a taxa de transmissão final é de 12,2 kb/s.
Conforme comentado anteriormente, o AMR tem a vantagem de ajustar taxa de
codificação a medida que variam as condições do canal de transmissão. Assim, o AMR
aumenta a taxa de codificação de canal sempre que houver condições desfavoráveis. A
Tabela III ilustra a característica de adaptabilidade do AMR.
12,2 10,6
10,2 12,6
7,95 14,85
FR 7,4 15,4
6,7 16,1
5,9 16,9
5,15 17,65
4,75 18,05
7,95 3,45
7,4 4,0
6,7 4,7
HR
5,9 5,5
5,15 6,25
4,75 6,65
4.3 ENTRELAÇAMENTO DE BITS
O entrelaçamento de bits constitui uma proteção usual contra os erros de rajada que
acontecem quando as condições desfavoráveis do canal de transmissão permanecem por
períodos que cobrem um grande número de bits. No caso do GSM, utiliza-se o seguinte
procedimento. Cada bloco de 456 bits na saída do codificador do canal é dividido em 8
(oito) sub-blocos de 57 bits. Estes sub-blocos são entrelaçados como mostra a Fig. 4.5.
Os números se referem à ordem dos bits na sequência original.
4.4 MODULAÇÃO
A técnica de modulação utilizada no GSM é denominada GMSK (Gaussian Minimum
Shift Keying). Esta técnica constitui uma variação da modulação MSK (Minimum Shift
Keying) onde os dados passam através de um filtro cuja característica de resposta de
freqüência tem forma Gaussiana. Esta filtragem reduz os lobos laterais do espectro de
frequência, minimizando a interferência de canal adjacente. Por outro lado, como a
modulação MSK pode também ser vista como um caso especial do esquema FSK
(Frequency Shift Keying), a amplitude constante do envelope do sinal possibilita o uso
de amplificadores de potência sem requisitos de linearidade como é o caso dos
amplificadores classe C. Estes amplificadores têm um custo de produção relativamente
baixo, um alto grau de eficiência e operam por longo tempo sem necessidade de
recarregar as baterias.
Na modulação GMSK a largura de faixa normalizada definida pelo produto entre a
largura de faixa B e tempo de duração de um bit é dada por BT = 0,3. este valor foi
escolhido com um compromisso entre a eficiência espectral e a interferência entre
símbolos. A Fig. 4.7 apresenta uma comparação entre as densidades do espectro de
potência para a modulações QPSK (ou OQPSK), MSK e GMSK com BT = 0,3 em
função da freqüência normalizada em termos de taxa de transmissão (R).
Fig. 4.7 – Densidade do espectro de freqüência para as modulações QPSK
(ou OQPSK), MSK e GMSK com BT = 0,3
CAPÍTULO 5
RAND: RAND é um número aleatório de 128 bits gerado pelo AuC. É usado
durante a fase inicial da seqüência de autenticação do GSM;
SRES (Signed Response): SRES um número de 32 bits que resulta da aplicação do
algoritmo A3 tendo RAND como entrada;
Kc (Chave de criptografia): o Kc é uma chave de 64 bits, usada para cifrar e decifrar
os dados transmitidos entre o terminal e a estação base durante a comunicação. A
chave Kc é gerado pelo algoritmo A8, no AuC e no SIM, tendo como entrada o
RAND e a chave de identificação original Ki.
Observa-se que a chave de autenticação do usuário está protegida fisicamente, uma vez
que está armazenada somente no servidor AuC e embutida no cartão SIM.
b) A rede visitada submete então sua identificação, juntamente com o IMSI do usuário
ao Centro de Autenticação (AuC), que responde com trio contendo o RAND, o SRES e
a Kc. O SRES contido no trio é gerado no AuC pela utilização do algoritmo A3, tendo
como parâmetros de entrada o número aleatório RAND e a chave Ki de autenticação do
usuário. Da mesma forma, a chave de sessão Kc é gerada utilizando-se o algoritmo A8.
Nota-se que apesar da rede visitada conhecer tanto o SRES quanto a chave Kc para esta
sessão de comunicação particular, a mesma não dispõe de qualquer informação sobre a
chave Ki de autenticação do usuário;
c) Em seguida, a rede visitada envia o número aleatório RAND de 128 bits à estação
móvel;
e) A rede visitada compara o SRES que recebeu como uma resposta da estação móvel
com o SRES recebido anteriormente do AuC e armazenado no VLR. Se os dois valores
de SRES forem idênticos, a ligação será autorizada; caso contrário, será rejeitada;
f) Se a ligação for autorizada, o cartão SIM no terminal móvel calcula também sua
própria versão da chave Kc, utilizando o RAND e a chave de autenticação de usuário Ki
como entradas do algoritmo A8. Nota-se que a chave de Kc não é transmitida entre a
estação base e a estação móvel, sendo gerada independentemente em cada uma;
Após o terminal móvel ser executa-se uma série de operações visando encontrar a rede
GSM, sincronizar-se e registrar-se na mesma.
2. A seguir, o terminal móvel recebe o canal lógico FCCH para ajustar sua
freqüência;
4. O MSC solicita à BSC que seja atribuído um canal de tráfego ao terminal móvel;
6. O MSC envia então o pedido para a rede fixa. O usuário móvel passa a ouvir o toque
de chamada.
5.5 HANDOVER