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RESUMO
ABSTRACT
*A Biblioteca Virtual em Saúde (http://www.bvsalud.org ) foi lançada em 1998 pela BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informação em Ciências da Saúde.
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revisão, publicação, indexação e disseminação. Es- e bases de dados, em formato impresso ou auto-
sas etapas podem ser subdivididas em instâncias in- matizado, como meio de aumentar a visibilidade
termediárias, correspondendo a diferentes esquemas das publicações científicas.
de classificação.1,9 No fluxo tradicional, as etapas são
seqüenciais, dependentes no tempo e no espaço, com A estrutura do fluxo tradicional da comunicação ci-
a participação de diferentes atores, não conectados entífica traz uma série de limitações que restringem o
entre si. Os resultados de cada etapa são comunica- acesso aos documentos publicados. Dentre as princi-
dos por meio de documentos impressos, transporta- pais limitações destacam-se: o tempo entre prepara-
dos fisicamente de uma instância a outra. ção dos manuscritos, aprovação, edição, impressão e
distribuição, que leva de meses a anos, dependendo
Na primeira etapa do fluxo da comunicação científica, da gestão desse fluxo nas revistas científicas; as difi-
os autores redigem trabalhos resultantes de pesquisa culdades de acesso e os custos de distribuição das
ou de reflexão teórica. Terminada a redação, os autores revistas impressas, restritas basicamente a coleções
submetem os trabalhos a uma editora ou revista cientí- de bibliotecas, não acessíveis durante todo o tempo e
fica para publicação. Na etapa seguinte, conhecida a todo público; o alto custo das assinaturas cobradas
como revisão por pares, outros membros da comuni- por editoras ou distribuidoras privadas e até mesmo
dade científica, especialistas no tema desenvolvido pelas sociedades científicas; a necessidade contínua
pelo autor, comentam e validam os trabalhos submeti- de ampliação de espaços para arquivamento das co-
dos para publicação. Esse processo de revisão por pa- leções impressas. Essas limitações atingem todos os
res é lento, baseado na submissão de manuscritos países, sobretudo os em desenvolvimento.
digitados em folhas de papel e dependente de expedi-
ção por meios tradicionais, como os correios postais. Para superar essas limitações, desde as primeiras dé-
Os trabalhos submetidos à aprovação dos comitês edi- cadas do século XX, começaram a surgir propostas
toriais de revistas ou editoras podem retornar ao autor para eliminar a publicação das revistas em fascícu-
quantas vezes forem necessárias para sua aprovação. los, privilegiando a publicação de separatas. Na área
Os manuscritos passam ainda por revisão de lingua- da saúde, o National Institutes of Health (NIH), dos
gem científica e adequação aos padrões para publica- Estados Unidos, lançou o Information Exchange
ção. Como se pode deduzir, esse processo pode levar Group, com o objetivo de estimular o contato direto
meses ou anos, até que o trabalho seja publicado, en- entre pesquisadores e o intercâmbio de separatas de
volvendo vários membros da comunidade científica. artigos não publicados pelo sistema formal de comu-
nicação científica. Apesar dos resultados positivos,
Os trabalhos aprovados seguem para a etapa de pu- essa iniciativa foi extinta em poucos anos por pres-
blicação, na qual atuam profissionais da área de são das editoras comerciais.* Esse sistema pode ser
editoração, que processam textos e imagens. Após a considerado o precursor dos arquivos abertos, implan-
publicação, os documentos são distribuídos ou ad- tados somente após o advento da Internet.
quiridos por usuários e instituições e/ou processa-
dos e registrados em bases de dados de instituições FLUXO DA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
intermediárias no fluxo da comunicação científica, ELETRÔNICA
como as bibliotecas e centros de informação. O aces-
so a essas bases de dados é restrito e muitas vezes Nas últimas décadas do século XX, a Internet alterou
requer solicitações formais às bibliotecas ou às ins- não apenas a dinâmica do fluxo da comunicação cien-
tituições produtoras de bases de dados. Igualmente, tífica, mas também o modo de fazer ciência, com a
a obtenção das publicações recuperadas depende integração da comunidade científica com outros seto-
da disponibilidade física dos documentos nas cole- res da sociedade, atuando em redes transdisciplinares
ções de bibliotecas, nem sempre próximas ou aces- e heterogêneas de colaboração entre instituições de
síveis aos usuários. natureza variada. A evolução dessas redes de colabo-
ração foi facilitada pelos avanços dos meios de comu-
A disseminação é feita em forma impressa ou por nicação e da Internet. O processo de produção do co-
serviços de consulta a bases de dados bibliográfi- nhecimento científico passou a ser não-linear, com
cas. O acesso remoto a bases de dados foi iniciado participação de todos os interessados, desde o momento
na década de 1970, utilizando terminais remotos, da concepção das pesquisas até a aplicação de seus
conectados por teleprocessamento. Nessa mesma resultados, trazendo conseqüências tanto para as eta-
época, foram criados serviços de disseminação sele- pas de redação como de validação. Esta última, antes
tiva de informação, utilizando-se das bibliografias restrita à comunidade científica, passa também a ser
*Lemos AAB. Presente e futuro do periódico científico. Correio Brasiliense, 1968. Disponível em http://www.briquetdelemos.com.br/briquet/
briquet_lemos6.htm [acesso em 30 mar 2006]
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realizada pela comunidade em geral, que pode verifi- links entre bases de dados, aumentando a visibilidade
car a confiabilidade dos resultados e as implicações da produção científica. “A revolução digital está ofe-
sociais dos avanços de pesquisas.4,7 recendo alternativas tanto para a condução das etapas
no processo da comunicação científica como para quem
Assim, a evolução do fluxo da comunicação científi- as executa”, segundo relatório de simpósio promovi-
ca na era eletrônica vai além da publicação eletrôni- do pela Academia Nacional de Ciências (The National
ca de documentos, incluindo a adoção de transfor- Academies) dos Estados Unidos.6
mações nos padrões de comportamento da comuni-
dade científica e sua relação com a sociedade. “Além A publicação eletrônica de revistas científicas permite
da dimensão inovadora que a Internet aporta como que os artigos estejam disponíveis imediatamente após
tecnologia de meio de publicação, surge a dimensão aprovação pelos editores. Essa modalidade de publica-
de caráter político que preconiza o conhecimento ção contribui para aumentar a visibilidade dos resulta-
científico como bem público, indispensável para o dos de pesquisa e diminuir o tempo entre a aprovação
desenvolvimento social e econômico” (Packer,9 2005). dos trabalhos e sua publicação em formato impresso. O
artigo científico passa a ser uma unidade informacional
A linearidade e a seqüencialidade, inerentes ao modelo independente, embora reunido posteriormente em fas-
tradicional, foram substituídas por um fluxo de comu- cículos, enquanto permanecerem vigentes os princípios
nicação ágil, rápido, dinâmico e, por vezes, interativo, tradicionais. Informações complementares e versões em
desenvolvido no espaço virtual criado pela Internet. O outros idiomas podem ser incluídas nos sites das revis-
novo fluxo permite a convergência entre autores, revi- tas, constituindo valor agregado à forma impressa. A
sores e editores (produtores da informação), bibliotecas publicação em papel e a organização em fascículos no
e centros de informação (intermediários) e usuários (lei- novo fluxo de comunicação científica passam a ser
tores e pesquisadores) e estimula o compartilhamento subprodutos do formato eletrônico.
de idéias e experiências. A comunicação se dá por meio
de mensagens e arquivos digitais transferidos automati- O fluxo da comunicação científica foi também favore-
camente de uma etapa a outra, que podem estar visíveis cido pela possibilidade de criação de espaços de co-
e acessíveis a vários desses atores simultaneamente, in- municação entre os cientistas, por meio de fóruns de
dependentemente de distâncias físicas. discussão e comunidades virtuais, utilizados desde o
início das pesquisas até a redação dos trabalhos. Mui-
Além de abrir novas possibilidades de interação, a pu- tos editores abriram, nos sites das revistas, espaços para
blicação eletrônica acrescentou uma nova etapa no flu- discussão dos artigos pela comunidade científica. Os
xo da comunicação científica: o da geração de medidas comentários agregados ao final de cada artigo contri-
e de indicadores para avaliação. A avaliação permeia buem para o desenvolvimento da ciência e constituem
todas as etapas: os autores podem acompanhar os indi- nova modalidade de validação de resultados. Mueller5
cadores do fluxo de aprovação de seus trabalhos; os (1994) destaca o reconhecimento e pareceres de ou-
editores e revisores, os do fluxo de revisão por pares, tros cientistas como as maiores motivações dos auto-
gerenciando prazos de maneira eficiente; os pesquisa- res ao publicar trabalhos científicos.
dores, editores e gestores, o número de acessos, comen-
tários e citações recebidas e concedidas. O movimento de acesso aberto, iniciado em 2001, vem
garantindo a publicação livre de documentos em meio
O trabalho em rede e as facilidades da publicação ele- eletrônico, com a preservação de direitos autorais, desde
trônica permitem que os atores alternem os papéis de- que citadas as fontes. Nessa linha, vêm se fortalecendo
sempenhados nas várias etapas do fluxo de comunica- os repositórios de revistas de acesso livre e os arquivos
ção científica: os autores assumem funções das edito- abertos institucionais e temáticos. Segundo relatório
ras quando publicam seus trabalhos em sites pessoais, da Academia Nacional de Ciências6 dos Estados Uni-
arquivos abertos ou repositórios institucionais, sem dos, os editores têm permitido que sejam auto-arqui-
necessidade de intermediários; os editores tornam-se vados nesses repositórios artigos publicados em suas
produtores de bases de dados quando criam, nos sites revistas, no formato final do manuscrito aprovado, ime-
das revistas, formas de acesso a campos específicos de diatamente ou após alguns meses, em função das polí-
dados (autor, assunto, data e outros) em toda a cole- ticas de acesso das revistas onde foram publicados os
ção; os produtores de bases de dados atuam como pro- artigos. Seguindo essa tendência, em maio de 2005, o
vedores de informação quando garantem o acesso aos NIH, do Department of Health and Human Services,*
textos completos, ao mesmo tempo em que promovem dos Estados Unidos lançou política segundo a qual
*National Institutes of Health. Department of Health and Human Services. Policy on enhancing public access to archived publications
resulting from NIH-funded research. Estados Unidos, 2005. Disponível em http://grants.nih.gov/grants/guide/notice-files/NOT-OD-05-022.html
[acesso em 15 mar 2006]
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todos os autores que receberam financiamento total A SciELO foi a primeira iniciativa de acesso aberto em
ou parcial do NIH e publicaram os resultados das pes- países em desenvolvimento, iniciada em 1997, no Bra-
quisas em revistas científicas, devem depositar uma sil, com a publicação de dez títulos de revistas, quatro
cópia do manuscrito aprovado pelas revistas, em sua da área da saúde. Em maio de 2006, a SciELO Brasil
biblioteca digital, o PubMed Central.* incluiu 160 títulos, 83 (52%) das ciências da saúde e
também indexados na base de dados LILACS. Em toda
A Internet democratizou o acesso à informação, per- a rede de coleções SciELO, que abrange países da
mitindo que os países adotassem metodologias e América Latina e Caribe, Espanha e Portugal, há 167
tecnologias similares, independentemente de seu es- títulos da área da saúde.
tágio de desenvolvimento. Os países em desenvol-
vimento foram e serão os maiores beneficiados com O Portal de Revistas Científicas da BVS registra cerca
a publicação eletrônica, que permitiu superar bar- de 8.600 revistas científicas correntes da área da saú-
reiras de visibilidade e acesso à literatura que publi- de, das quais 50% estão disponíveis em formato ele-
cam, antes praticamente inacessível no cenário in- trônico. Das 5.236 revistas indexadas na base
ternacional. Nesse sentido, a BIREME vem desen- MEDLINE e registradas no Portal da BVS, 3.457 (66%)
volvendo na BVS iniciativas de acesso aberto como estão em formato eletrônico, em acesso aberto ou con-
a SciELO - Scientific Electronic Library Online.** trolado. No caso das revistas publicadas em países da
Em setembro de 2005, promoveu debate que culmi- América Latina e Caribe e indexadas na base de dados
nou na aprovação da “Declaração de Salvador sobre LILACS, a percentagem de revistas eletrônicas passou
Acesso Aberto: a perspectiva dos países em desen- de 18% em 2001 para 78% em 2006.
volvimento”,*** que insta aos governos a priorizar
nas políticas científicas o fortalecimento das publi- O aumento da visibilidade das revistas eletrônicas de
cações em acesso aberto, de repositórios e de outras saúde pública pode ser verificado pelos indicadores
iniciativas pertinentes, que contribuam para inte- de acesso e de citações da SciELO. As revistas com
grar a produção dos países em desenvolvimento no maior índice de visitas na SciELO Brasil são a Revis-
escopo mundial do conhecimento. ta de Saúde Pública e a Cadernos de Saúde Pública,
que respondem por 9% das consultas à coleção. Na
AS REVISTAS ELETRÔNICAS NA ÁREA DA coleção SciELO Saúde Pública, as revistas brasilei-
SAÚDE ras além de serem as mais consultadas, são também as
mais citadas. Essa coleção especializada,****** lan-
As revistas científicas representam a forma mais visí- çada em 1999, inclui oito títulos mais representati-
vel de publicação eletrônica, embora o modelo possa vos da área, publicados em seis países e indexados
ser aplicado a todo tipo de documento bibliográfico. em bases de dados internacionais. O número de con-
Na base LILACS,**** 30% dos documentos publi- sultas a revistas dessa coleção ultrapassou os dois
cados nos últimos 10 anos estão disponíveis na milhões de acessos mensais em 2006.
Internet, dos quais 2% correspondem a outros docu-
mentos que não são artigos de revistas. DESAFIOS E PERSPECTIVAS
A primeira revista científica eletrônica foi a Online As mudanças no fluxo de comunicação científica após
Journal of Current Clinical Trials, publicada em 1992 o advento da Internet refletem uma profunda revisão
pela OCLC - Online Computer Library Center, em Ohio, de valores culturais, sociais e econômicos ainda em
Estados Unidos, com textos completos e gráficos. Em processo. Além de exigir dos atores adaptação cons-
março de 2006, o Directory of Open Access tante às novas tecnologias, elas exigem a superação
Journals***** (DOAJ), coordenado pela rede de bi- das resistências à transitoriedade e confiabilidade das
bliotecas da Lund University, na Suécia, registrava versões eletrônicas, e aos padrões de comunicação aca-
2.160 revistas eletrônicas publicadas em acesso aber- dêmica vigentes. Como afirmam Oliveira & Noronha8
to, das quais 595 permitem consulta por artigos. As (2005), “para que a comunicação digital seja plena-
revistas da área da saúde no DOAJ são 312, dentre mente aceita pela comunidade científica devem ser
estas 77 de saúde pública. As revistas ibero-america- discutidas e definidas questões que ainda não foram
nas das coleções SciELO estão registradas no DOAJ. solucionadas como a garantia de autoria e de direitos
autorais, permanência e validade da informação e po- Nesse período de transição, padrões vêm sendo man-
líticas de acesso por parte de editoras”. tidos aparentemente de forma contraditória e algu-
mas questões permanecem sem resposta. Algumas re-
A publicação eletrônica foi anunciada como solução vistas adotam a publicação de artigos online imedia-
para problemas de metodologias e tecnologias ultra- tamente após aprovação, mas os publicam muito tem-
passadas no fluxo da comunicação científica, com a po depois na forma impressa. A publicação impressa
possibilidade de romper padrões das revistas cientí- torna-se cada vez mais um subproduto da publicação
ficas impressas, existentes há quase 400 anos, ou até eletrônica e pode estar sendo mantida neste caso,
de extingui-las. Contudo, embora existam atualmen- apenas para atender padrões do fluxo tradicional ou
te inúmeras revistas eletrônicas, a publicação eletrô- preservar os conteúdos em outro formato. Pode-se ar-
nica continua reproduzindo ou aprimorando padrões gumentar que a manutenção da publicação impressa
estabelecidos. Em 1968, Lemos* afirmava que no é necessária, pois o acesso à Internet é privilégio de
futuro o periódico seria substituído por outras mídias, poucos e as publicações impressas podem chegar a
como a gravação de imagens e sons com relatos dos comunidades ainda não integradas à rede mundial.
pesquisadores, mas esse nível de ousadia e criativi- Por outro lado, a distribuição de revistas científicas
dade ainda é utilizado de forma experimental nas re- impressas também não garante seu acesso em todas
vistas científicas. Há poucas revistas totalmente ele- as comunidades.
trônicas, ou que exploram as potencialidades da pu-
blicação eletrônica, promovendo a utilização de ima- Uma inovação introduzida pela revista Science** é a
gens dinâmicas, sons e outros recursos multimídia, publicação de versões em formato impresso, eletrôni-
além de links entre o texto e fontes citadas. O texto co e digital. A diferença entre a versão eletrônica e a
eletrônico poderia ser dinâmico, permitindo ao leitor digital é que a última é cópia exata da impressa, com
percorrer os mesmos caminhos utilizados pelos auto- seções não disponíveis na versão eletrônica. Os assi-
res na preparação dos manuscritos ou no desenvolvi- nantes da versão digital podem adquiri-la a um custo
mento das pesquisas, com conexão irrestrita entre inferior, imprimi-la ou armazená-la em seus computa-
documentos e sites disponíveis na rede eletrônica. As dores. O objetivo é permitir a preservação de coleções
citações no texto poderiam ser substituídas pelo aces- completas pelos assinantes em seus computadores e o
so ao documento original; a descrição de procedi- acesso ao material publicitário, que constitui suporte
mentos, por imagens dinâmicas ou vídeos; as entre- financeiro da revista, mantendo, portanto, valores tra-
vistas e debates, por mensagens gravadas em áudio e dicionais na comunicação científica.
vídeo. A publicação eletrônica não deveria ser uma
réplica da impressa, mas ainda o é. A publicação eletrônica trouxe perspectivas infini-
tas para promover mudanças na cultura da comunica-
Os desafios consistem na utilização de todas as ção científica. O acesso livre pela Internet contribui
potencialidades dos meios eletrônicos, aprimorando para a democratização e o acesso eqüitativo à infor-
os aspectos positivos e os padrões de qualidade do mação científica. A abertura de espaços de interação
fluxo de comunicação científica tradicional e defi- e convergência entre autores, editores e usuários pode
nindo políticas que sustentem a nova estrutura, que contribuir para a inserção de novos atores no fluxo de
garantam a preservação e distribuição da informação comunicação científica, promovendo a utilização
como bem público. ampla de resultados de pesquisa científica.
REFERÊNCIAS
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briquet_lemos6.htm [acesso em 30 mar 2006]
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Castro ECF
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