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Os principais teóricos do darwinismo social foram o polonês Ludwig O macrofuncionalismo se caracteriza pela unidade orgânica que con-
Gumplowicz, que explicava a evolução sociocultural mediante o conflito sidera fundamental: os esquemas em larga escala. Foi o italiano Vilfredo
entre os grupos sociais; o austríaco Gustav Ratzenhofer, que utilizou a Pareto quem permitiu a transição entre o organicismo e o funcionalismo,
noção do choque de interesses para explicar a formação dos processos quando concebeu o conceito de sistema, conferindo-lhe correta formulação
sociais; e os americanos William Graham Sumner e Albion Woodbury abstrata. A forma da sociedade, segundo ele, é determinada pela interação
Small, para os quais a base dos processos sociais residia na relação entre entre os elementos que a compõem e a interação desses elementos com o
a natureza, os indivíduos e as instituições. todo, o que implica a existência de uma determinação recíproca entre
diversos elementos: a introdução de qualquer mudança provoca uma
O darwinismo social assumiu conotações claramente racistas e sectá- reação cuja finalidade é a recuperação do estado original (noção de equilí-
rias. Entre suas premissas estão a de que as atividades de assistência e brio sistêmico).
bem-estar social não devem ocupar-se dos menos favorecidos socialmente
porque estariam contribuindo para a destruição do potencial biológico da O microfuncionalismo desenvolveu-se na área de análise dos grupos
raça. Nesse sentido, a pobreza seria apenas a manifestação de inferiorida- em sua dinâmica e não na área do estudo da sociedade como um sistema.
de biológica. O americano Kurt Lewin, com a teoria sobre os "campos dinâmicos", con-
juntos de fatos físicos e sociais que determinam o comportamento de um
Formalismo. A terceira corrente teórica do pensamento sociológico, indivíduo na sociedade, abriu novos caminhos para o estudo dos grupos
que definiu a sociologia como o estudo das formas sociais, independente humanos. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
de seu conteúdo, legou à sociologia um detalhado estudo sobre os aconte-
cimentos e as relações sociais. Para o formalismo, as comparações devem Sociedade
ser feitas entre as relações que caracterizam qualquer sociedade ou institu- A definição mais geral de sociedade pode ser resumida como um siste-
ição, como, por exemplo, as relações entre marido e mulher ou entre ma de interações humanas culturalmente padronizadas. Assim, e sem con-
patrão e empregado, e não entre sociedades globais, ou entre instituições tradição com a definição anterior, sociedade é um sistema de símbolos,
de diferentes sociedades. O interesse pela comparação entre relações valores e normas, como também é um sistema de posições e papéis.
permitiu à sociologia alcançar um nível mais amplo de generalização e
conferiu maior importância ao indivíduo do que às sociedades globais. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos sociais, podendo ser a-
Essa segunda característica abriu caminho para o surgimento da psicologia inda um sistema institucional, por exemplo, sociedade anôni-
social. ma, sociedade civil, sociedade artística etc. A origem da palavra sociedade
vem do latim societas, que significa associação amistosa com outros.
Os dois ramos principais dessa corrente são o formalismo neokantiano
e o fenomenológico. O primeiro, baseado na divisão kantiana do conheci- O termo sociedade é comumente usado para o coletivo de cidadãos de
mento dos fenômenos em duas classes -- o estudo das formas, considera- um país, governados por instituições nacionais que aspiram ao bem-estar
das a priori como certas, e dos conteúdos, que seriam apenas contingentes dessa coletividade. Todavia, a sociedade não é um mero conjunto de indiví-
-- teve grandes teóricos nos alemães Georg Simmel, interessado em duos vivendo juntos em um determinado lugar, é também a existência de
Para Karl Marx, a sociedade sendo heterogênea, é constituída Mas, por outro lado, acreditamos muitos de nós que a sociedade é um
por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias dos que possu- saco cheio de batatas literalmente iguais, que os indivíduos são aí, apenas,
em o controle dos meios de produção, ou seja, as elites. Numa sociedade um epifenômeno do social.
capitalista, o acúmulo de bens materiais é valorizado, enquanto que o bem- Termos como população, sociedade, sociedade civil, multidão, mora-
estar coletivo é secundário. dores, populares, etc., são, a esse respeito, exemplares. Estes termos
Numa sociedade dividida em classes, o trabalhador troca sua força de reenviam para um comportamento zoológico, igual, mimético, unívoco, sem
trabalho pelo salário, que é suficiente apenas para ele e sua família se vírgulas, apenas com um ponto final.
manterem vivos, enquanto que o capitalista acumula capital (lucro), que é o A sociologia de questionário, a quantofrenia, a estatística que evacua o
símbolo maior de poder, de prestígio e status social. pensamento, constituem a formulação científica (ou assim suposta) da
crença de uma sociedade sem indivíduos. Na sua busca de disciplina do
A exploração do trabalhador se dá pela mais-valia, a produção é superi- diferente, eles remetem para uma entidade igual o que não é, de fato,
or ao que recebe de salário, sendo o excedente da produção o lucro do igual. Nem podia ser. Os deuses não têm essa palavra no seu dicionário.
capitalista, que é o proprietário dos meios de produção. Assim se concretiza Ora, perdoem o truísmo, não há nenhuma sociedade que não seja com-
a ideologia do capitalista: a dominação e a exploração do operá- posta por indivíduos diferentes. Nenhuma casa faz sentido se não for
rio/trabalhador para obtenção do lucro. percebida pelo esforço "individual" de cada tijolo.
Para Marx, falta ao trabalhador a consciência de classe para superar a Não é possível uma sociedade se, intersubjetivamente, os indivíduos
ideologia dominante do capitalista e assim finalmente realizar a revolução, não se sentirem sociais, seja qual for o tipo de sociedade ou de grupo que
para se chegar ao socialismo. tivermos em vista.
Max Weber não tem uma teoria geral da sociedade concebida, sendo Não importam a densidade, a extensão, a simetria de estilos de vida, o
que está mais preocupado com o estudo das situações sociais concretas padrão de privações do Bairro Polana Caniço A: este bairro só tem sentido
quanto à suas singularidades. Além da ação social, que é a expressão do enquanto entidade plural, social, se o Sr. Julai, o Sr. Massamba, a Sra.
comportamento externo do indivíduo, trabalha também o conceito de poder. Albertina e tantos outros se sentirem moradores diferentes, "eles-mesmo".
A sociedade, para Weber, constitui um sistema de poder, que perpassa Oficina de soliologia
todos os níveis da sociedade, desde as relações de classe a governados e
governantes, como nas relações cotidianas na família ou na empresa. O Karl Marx – indivíduo x sociedade
poder não decorre somente da riqueza e do prestígio, mas também de outras
Antes de vermos qual a visão que Karl Marx oferece sobre a relação
fontes, tais como: a tradição, o carisma ou o conhecimento técnico-racional.
entre indivíduo e sociedade devemos fazer algumas considerações biográ-
O poder por meio da dominação tradicional se dá através do costume, ficas sobre este autor.
quando já está naturalizada em uma cultura e, portanto, legitimada. Por
Marx viveu no século XIX. Nasceu em 1818 e faleceu entre 1883. Sua
exemplo, uma fonte de dominação tradicional é o poder dos pais sobre os
juventude, portanto, teve como ambiente a Europa agitada pelas ideias da
filhos, do professor sobre o aluno etc.
revolução francesa e sufocada pelo exército de Napoleão.
O domínio do poder carismático ocorre quando um indivíduo submete
A obra que escreveu reflete de maneira muito estreita a sua participa-
os outros à sua vontade, por meio da admiração/fascinação e sem uso da
ção nos eventos mais marcantes de sua época.
violência. O líder carismático controla os demais pela sensação de proteção,
que atrai as pessoas ao seu redor. Durante as agitações políticas de 1848 já era um lider político movi-
mento operário europeu. Neste período ele vivia num ambiente hostil as
A ação racional com relação aos fins ocorre na burocracia, visando or-
suas ideias e por conta delas constantemente ele fugia ou era expulso dos
ganizar as transações tanto comerciais como estatais, para que funcionem
países onde era levado pela tarefa da propaganda política.
de forma eficiente. Por conta dessa organização, os indivíduos são submeti-
dos às normas e diretrizes da empresa ou do Estado, para que o funciona- Esta opção política impactou sobremaneira sua obra, que consiste ba-
mento dessas organizações seja eficiente e eficaz. Orson Camargo sicamente numa interpretação do novo mundo que estava nascendo na
Europa e que agora chamamos de mundo moderno.
Sociedade “e” indivíduo
Sua obra então é basicamente uma interpretação deste movimento da
O indivíduo que depende do social
história em direção ao nosso mundo marcado por uma violenta transforma-
Julgo que todos sabemos quanto amamos distinguir as "pessoas" da ção social.
"sociedade", o eu do nós. Regra geral achamos que a sociedade é um todo
Viveu num período em que os países europeus estavam conhecendo
indiviso do qual, porém, nos podemos destacar sempre que quisermos.
novos problemas sociais. A natureza original destes problemas sociais
Parece tudo uma questão de entrar ou de sair de casa, tudo parece resu-
repousavam sobre a nova forma de organização da sociedade que tinham
mir-se a uma simples operação de adição ou de subtração, desde que
a curiosa característica de ao mesmo tempo permitir uma imensa acumula-
E, de acordo com esses autores Mas quem ajuda a preservar e cuidar dos espaços públicos? A popu-
lação é a responsável por manter os espaços públicos preservados. Entre-
As leis históricas de determinada fase não constituem simples modos tanto, muitas pessoas contribuem para a destruição desses espaços,
de manifestação de leis mais gerais mas, pelo contrário, todas as leis são muitos monumentos são pichados e destruídos por essas pessoas.
instrumentos conceptuais criados com a finalidade de dominar as tensões
sociais em suas origens teóricas (Id., ibid., p.35). Sabemos que os atos de destruição e deterioração dos espaços públi-
cos é crime e o infrator pode ser preso. Dessa maneira, como cidadãos,
Esse modo de operar o controle gera um aumento do aparato social. temos o papel de garantir que os espaços públicos sejam preservados, a
Cada vez mais, as leis procuram abranger as múltiplas e possíveis conscientização dessa preservação deve fazer parte da rotina e da vida da
formas de expressão dos indivíduos, regulando-as e podando-as a ponto população.
de, em nosso atual estado, não enxergarmos outras possibilidades. A Vimos anteriormente a diferença entre espaços públicos e privados,
complexidade do sistema somente revela a extrema socialização que tolhe mas falamos somente em relação a quem pertence esses espaços, agora
a expressão individual em sua origem criativa. Nesse ponto, revela-se, falaremos sobre a utilização desses espaços pela população; veremos que
intensamente, a oposição entre indivíduo e sociedade. alguns espaços privados são utilizados como espaços públicos. Mas
A dinâmica da sociedade como correlação funcional de homens ex- como? Isso será simples de compreender!
pressa-se, no plano mais elevado, no fato de que o curso da História nos O supermercado no qual fazemos nossas compras é um espaço priva-
permite ajuizar, a tendência de socialização dos homens é para aumentar, do, ou seja, ele é uma propriedade privada, possui um dono. Porém, ele é
isto é, em termos gerais, há cada vez mais sociedade (Id., ibid., p.37). utilizado como espaço público, pois qualquer cidadão que queira realizar
Encontramo-nos, agora, diante do imprescindível objeto das ciências suas compras pode ir ao recinto a fim de adquirir ou não alguma mercado-
sociais: as relações entre indivíduos e instituições, a tensão entre liberdade ria.
e dominação. "A interação e a tensão do indivíduo e da sociedade resu- Mas as pessoas podem ir aos supermercados em qualquer horário?
mem, em grande parte, a dinâmica de todo o complexo" (Id., ibid., p.53).
Não, todos os espaços privados que são estabelecimentos comerciais
Uma atitude edificante diante desse objeto é a da crítica que aponta os (supermercados, shopping centers, açougues) e estabelecimentos de
limites do que está posto e sinaliza para a superação. Esta implica em que serviços (bancos, salão de beleza) possuem horários de funcionamento,
o indivíduo possa emergir através de uma tomada de consciência da sua portanto as pessoas podem utilizar esses espaços respeitando seus horá-
situação, diante do todo histórico e imediato, que possa entender os meca- rios.
nismos de captura subjetiva do aparato social e determinar as regras
sociais efetivando-se enquanto um dos pólos na dinâmica dialética. Existem também espaços públicos que possuem horários de funcio-
namento, como escolas, museus, bibliotecas, parques, instituições públicas
Finalizando, consideramos procedente a seguinte posição dos autores: de serviços à comunidade (bancos, postos de saúde), os cidadãos somen-
te podem utilizar esses espaços dentro dos horários de funcionamento. Ao
5. O dirigismo contratual com o advento do Estado social. 1. Cf. KOZICKY, Katia: "A Estrutura Aberta da Linguagem do Direi-
to: Vagueza e Ambiguidade". Curitiba, mimeo, s/d, bem como WARAT, Luis
Note-se que o dirigismo contratual se verifica através da intervenção Alberto: O Direito e sua Linguagem. Porto Alegre: Fabris, 1984, pp. 76 s.
do Estado nos contratos, inicialmente no sentido de efetivar o equilíbrio
entre as partes contratantes, criando normas gerais com esse intuito. 2. A expressão é de HART, Herbert: O Conceito de Direito. Lisboa:
Posteriormente, o interesse social é trazido à tona, com o estado ditando Fundação Calouste Gulbenkian, 1996, p. 137.
as regras no sentido de preservá-lo(37). Vemos aí uma clara aplicação da 3. HART, Herbert: O Conceito de Direito. (n.2), pp. 155 s.
teoria de Hannah Arendt, quando ela salienta o surgimento da esfera
social, fazendo com que certos princípios anteriormente próprios da esfera 4. Para uma análise sobre o conceito de modernidade e distinção
privada viessem a integrar a seara pública, visto que o social nada mais é entre modernidade central e modernidade periférica, cf. NEVES, Marcelo:
do que uma junção deles. O objetivo do dirigismo, pois, é efetuar uma "Do Pluralismo Jurídico à Miscelânea Social: o Problema da Falta de
limitação à autonomia privada, no sentido de que ela fica tolhida, na medi- Identidade da(s) Esfera(s) de Juridicidade na Modernidade Periférica e
da em que certos aspectos da realidade jurídico-contratual já estão prees- suas Implicações na América Latina". Anuário do Mestrado em Direito, n. 6.
tabelecidos a partir de normas jurídicas estatais. Recife: Universitária (UFPE), 1993, pp. 313-357. Tal ideia de modernidade
assenta seus pilares na diferenciação das ordens normativas, em que se
Como se vê, trata-se sempre da atuação do poder público na atividade pode distinguir, por exemplo, o direito da moral e da religião, o que no
econômica limitando a forma de contratar, a liberdade ou não de contratar tempo antigo, dito primitivo, não era observado.
(o que na época do Estado liberal era impensável), a liberdade de poder ou
não escolher a outra parte contratante etc(38). 5. Muito embora a concepção do welfare state seja consagrada
pela Constituição Federal, na verdade o que se verifica é uma inércia cada
Exemplo típico de dirigismo contratual está no seguro obrigatório dos vez mais acentuada do Estado em tutelar todo o direito, o que cria uma
automóveis. Percebam que, neste tipo de contrato, o particular, em primei- crise (na acepção leiga) do chamado direito dogmático. Maiores detalhes,
ro lugar, é obrigado a contratar, ou seja, uma vez adquirido um automóvel, cf. MAIA, Alexandre da: "O Movimento do Direito Alternativo e sua Influên-
surge a obrigação de contratar, haja vista que o seguro é uma espécie de cia no Poder Judiciário da Comarca do Recife". Revista da OAB – Secção
contrato no nosso direito positivo. Além de o particular ter que contratar, de Pernambuco. Recife: OAB – TS, 1997, pp. 41-62.
não pode ele, de igual sorte, determinar com qual seguradora contratar:
Sociologia 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6. Para um estudo sobre tópica, cf. VIEHWEG, Theodor: Tópica e 25. Todas as referências sobre as teses jusnaturalistas foram estu-
Jurisprudência. Brasília: Departamento de Imprensa Nacional, 1979, bem dadas em ADEODATO, João Maurício: "Ética, Jusnaturalismo e Positivis-
como GARCÍA AMADO, Juan Antonio: Teorias de la Topica Juridica. mo no Direito". Anuário dos Cursos de Pós-Graduação em Direito, n. 7.
Madrid: Civitas, 1988, ambos passim. Recife: Universitária (UFPE), 1995, pp. 199-216.
7. A expressão é de ADEODATO, João Maurício : O Problema da 26. Cf. ECO, Umberto: O Nome da Rosa. São Paulo-Rio de Janeiro:
Legitimidade - no Rastro do Pensamento de Hannah Arendt. Rio de Janei- Record, 1986, em que há uma amostra do poder da igreja na época em
ro: Forense Universitária, 1989, p. 113. questão.
8. A distinção entre "natureza" e "mundo" está esboçada em A- 27. GROTIUS, Hugo: De Jure de Belli ac Pacis (Del Derecho de la
RENDT, Hannah: A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitá- Guerra y de la Paz). Madrid: Reus, 1925, vol. I, p. 54 apud ADEODATO,
ria, 1997, p. 10, em que a autora salienta que o mundo é um "artifício João Maurício: "Ética, Jusnaturalismo e Positivimo no Direito". Anuário dos
humano", e a natureza é "a única capaz de oferecer aos seres humanos Cursos de Pós-Graduação em Direito (n. 24), p. 206.
um habitat no qual eles possam mover-se e respirar sem esforço nem
artifício". Fica bem claro que são dois conceitos distintos, em que o mundo 28. Cf. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n. 6), p. 47 e s.,
seria um sucedâneo da vita activa, em suas formas, sobre a natureza. quando fala do surgimento da ideia do social, nos moldes tratados supra.
9. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n.7), p. 31. 29. FERRAZ JR., Tercio Sampaio: Introdução ao Estudo do Direito -
Técnica, Decisão, Dominação (n. 11), p. 136.
10. ADEODATO, João Maurício: O Problema da Legitimidade - no
Rastro do Pensamento de Hannah Arendt (n. 6), p. 114. 30. O que fundamenta a tese da existência de um pluralismo jurídi-
co em sociedades subdesenvolvidas, e as teorias do chamado direito
11. ADEODATO, João Maurício: O Problema da Legitimidade - no alternativo, bem como a tentativa de explicação por parte da teoria dos
Rastro do Pensamento de Hannah Arendt (n. 6), pp.; 116-118. sistemas, em especial no que tange à autopoiese do direito moderno. Para
um estudo detalhado desses temas, cf. LUHMANN, Niklas: Legitimação
12. ADEODATO, João Maurício: O Problema da Legitimidade - no pelo Procedimento. Brasília, UnB, 1980, MAIA, Alexandre da: "O Movimen-
Rastro do Pensamento de Hannah Arendt (n. 6), p. 118. Assim não o faz o to do Direito Alternativo e sua Influência no Poder Judiciário da Comarca
tradutor de A Condição Humana, empregando os ter- do Recife" (n. 5) pp. 41-62, NEVES, Marcelo: A Constitucionalização Sim-
mos labor, trabalho e ação. Cf. FERRAZ JR., Tercio Sampaio: Introdução bólica. São Paulo: Acadêmica, 1994, TEUBNER, Gunther: O Direito como
ao Estudo do Direito - Técnica, Decisão, Dominação. São Paulo: Atlas, Sistema Autopoiético. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989,
1994, pp. 134-138, em que o referido autor utiliza os mesmos termos do TEUBNER, Gunther (org.): Autopoietic Law: a New Approach to Law and
tradutor para o português da referida obra de Hannah Arendt. Cf. tb. LA- Society. Berlin-New York: Walter de Gruyter, 1987.
FER, Celso: Hannah Arendt - Pensamento, Persuasão e Poder. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 28 s, especificamente na p. 29, em que o 31. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concepções
autor opta por traduzir labor por trabalho, o mesmo entendimento de Adeo- Atuais. São Paulo: Saraiva, 1986, p.10.
dato.
32. Percebe-se nitidamente a diferença do conceito de liberdade
13. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n.6), p. 15. dos antigos para o desenvolvido pela teoria do Estado liberal. Muito embo-
ra a liberdade fosse também um dever, no sentido de se respeitar o contra-
14. FERRAZ JR., Tercio Sampaio: Introdução ao Estudo do Direito - to social, na verdade a teoria serviu de base para que as relações jurídicas
Técnica, Decisão, Dominação (n. 11), p. 134. entre particulares passassem à margem dos olhos do Estado.
15. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n. 6), p. 36. 33. É justamente no Estado moderno em que a teoria do negócio ju-
16. Cf. nota 11, infra. rídico surge no mundo ocidental. Cf. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato -
Exigências e Concepções Atuais (n. 30), p. 13.
17. ADEODATO, João Maurício: O Problema da Legitimidade - no
Rastro do Pensamento de Hannah Arendt (n. 6), p. 119. Tal distinção tem 34. Cf. ZOLA, Émile: Germinal. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1997,
fundamento, pois, como a atividade do labor era de subsistência, os bens em que o autor, num belíssimo romance, expõe a realidade do trabalho
que são fruto de sua atividade têm por função o consumo imediato por indigno, porém devidamente justificado pelos detentores do poder, dos
quem o produziu, a fim de saciar suas necessidades básicas. mineiros de carvão na França de fins do Séc. XIX. É um retrato fiel do que
se transformou o Estado liberal.
18. A expressão é de FERRAZ JR., Tercio Sampaio: Introdução ao
Estudo do Direito - Técnica, Decisão, Dominação (n. 11), p. 135. 35. Cf. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concep-
ções Atuais (n. 30), p. 11.
19. Note-se que até nesse aspecto a ideia de liberdade não está
presente no labor antigo: o homem estaria sempre preso às necessidades 36. Cf. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concep-
de sustento, e vivia para supri-las. Como ele inexoravelmente deve cuidar ções Atuais (n. 30), pp. 10-12.
de seu sustento enquanto ser vivo, não pode sair do âmbito da oikia(casa), 37. Cf. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concep-
local de atividade do labor, pois, se assim acontecer, põe-se em cheque a ções Atuais (n. 30), p. 25
noção de humanidade.
38. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concepções
20. FERRAZ JR. Tercio Sampaio: Introdução ao Estudo do Direito - Atuais (n. 30), p. 27.
Técnica, Decisão, Dominação (n. 11), p. 23.
39. LÔBO, Paulo Luiz Neto: O Contrato - Exigências e Concepções
21. ADEODATO, João Maurício: O Problema da Legitimidade - no Atuais (n. 30), p. 28.
Rastro do Pensamento de Hannah Arendt (n. 6), p. 120.
40. Cf. AFTALIÓN, Enrique & VILANOVA, José: Introducción al De-
22. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n. 6), p. 31. recho. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, 1994, pp. 903 s
23. ARENDT, Hannah: A Condição Humana (n. 6), p. 35-36. O pa-
O Estado e os Direitos Humanos: uma visão em perspecti-
pel do discurso sempre é salientado por Hannah Arendt, que chega a
afirmar que o uso da força para convencer as pessoas não poderia ser va
usado e nível de ação, pois o uso dela seria próprio de quem não possui o Maria Bernadette de Moraes Medeiros
dom da palavra, de quem não é livre, de quem precisa, como o pater
familias, impor sua vontade sem liberdade. Introdução
24. Sobre essa distinção, cf. FERRAZ JR., Tercio Sampai- Vivemos um período de grande perplexidade neste início de século. O
o: Introdução ao Estudo do Direito - Técnica, Decisão, Dominação (n. 11), progresso e a grande profundidade das mudanças na capacidade científi-
p. 24. ca, tecnológica e produtiva levantam questionamentos até então impensá-
Dia Nacional dos Direitos Humanos (Portugal) 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liber-
dades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie,
A Assembleia da República de Portugal, reconhecendo a importância seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra nature-
da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovou em 1998 uma za, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
Resolução na qual institui que o dia 10 de Dezembro passa a ser condição.
considerado o Dia Nacional dos Direitos Humanos.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição po-
Referências lítica, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma
1. ↑ Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem gover-
adoptada e proclamada pela Resolução 217A (III) da Assembleia Geral das no próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
2. ↑ a b Natural rights. The Columbia Electronic Encyclopedia, 2005. Artigo III.
3. ↑ Peter Jones. Rights. Palgrave Macmillan, 1994, p. 73 Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pesso-
4. ↑ Carta Africana de Direitos Humanos e de Povos al.
5. ↑ Aproximaciones a los Derechos Humanos de Cuarta Generación
6. ↑ Os Direitos Humanos na Idade Moderna e conteporânea Artigo IV.
7. ↑ Direitos Humanos de 4ª Geração Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o
8. ↑ A Quinta Geração de Direitos Fundamentais tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegi- Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais compe-
dos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como tentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais
último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita,
pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar
Artigo XVIII. será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos,
bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência
e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos hu-
pelo culto e pela observância, em público ou em particular. manos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compre-
ensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou
Artigo XIX.
religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este manutenção da paz.
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar,
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução
receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e indepen-
que será ministrada a seus filhos.
dentemente de fronteiras.
Artigo XXVII.
Artigo XX.
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultu-
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação
ral da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico
pacífica.
e de seus benefícios.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e
Artigo XXI. materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística
da qual seja autor.
1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu pa-
ís diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. Artigo XXVIII.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em
seu país. que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam
ser plenamente realizados.
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada A realização dos direitos humanos pelo Estado
como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de Se a primeira geração dos direitos humanos consistiu na definição e
exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição preservação das liberdades fundamentais – de locomoção, de religião, de
de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. pensamento e opinião, de docência e aprendizado, de correspondência, de
voto etc., a segunda, inaugurada no início deste século, correspondeu à
Direitos humanos e responsabilidade do Estado. montagem de um mecanismo estatal que dispensasse, a todos, certas
prestações sociais consideradas básicas, como a educação, a saúde, as
FÁBIO KONDER COMPARATO oportunidades de trabalho, a moradia, o transporte, a previdência social. A
diferença específica entre essas duas gerações de direitos humanos é de
Desde as primeiras formulações teóricas modernas, na Europa Ociden- primeira intuição: enquanto o respeito à liberdade supõe a não-interferência
tal do século XVIII, os direitos humanos apareceram estreitamente vincula- estatal na esfera de vida própria do ser humano, seja individualmente, seja
dos ao Estado. Mas uma vinculação, contraditoriamente, positiva e negati- em grupos sociais, a realização daquelas prestações sociais implica, ao
va ao mesmo tempo. contrário, uma sistemática intervenção do Estado nas relações privadas,
limitando a liberdade individual ou grupal. Assim as liberdades são, basi-
camente, direitos humanos contra a ação estatal, ao passo que a exigência
A concepção de direitos naturais do homem, anteriores e superiores à
de prestações sociais se dirige contra a omissão do Estado.
organização institucional dos Poderes Públicos (ou seja, aquilo que se
convencionou denominar Estado), foi sem dúvida a grande arma de com- De qualquer forma, tanto num campo quanto no outro, os direitos fun-
bate contra a monarquia absoluta da época. Diante da concentração de damentais da pessoa humana só se realizam graças à boa organização
todos os poderes num só indivíduo, sustentou-se a necessidade de se dos Poderes Públicos.
criarem instituições impessoais para o exercício do mando: ou seja, a
necessidade de se erigir um Estado, em lugar de se entronizar um monar- Quanto às liberdades
ca. No entanto, a Revolução Francesa, ao final do século, veio demonstrar No que tange à liberdades, como já foi assinalado, a proteção estatal
que a concentração de poderes incontroláveis, nesse organismo impesso- passa pela eficiente atuação do Poder Judiciário. Não farei o elenco de
al, acarretava abusos iguais ou superiores aos do ancién régime. O Estado todos os remédios judiciais aptos à defesa das liberdades, mas vou deter-
moderno aparece assim, concomitantemente, desde o seu nascimento, me nos principais e, ainda assim, de modo a chamar a atenção unicamente
como o protetor e o principal adversário dos direitos humanos. sobre os aperfeiçoamentos jurídicos que se impõem.
Essa contradição, aliás, estava ínscia no famoso teorema de Rousse- Comecemos pelo primeiro, cronologicamente, dos remédios judiciais
au, o qual constitui, como disse ele: “O problema fundamental” do Contrato de defesa das liberdades: o habeas corpus. Ele se destina, como se sabe,
social: “encontrar uma forma de associação que defenda e proteja, de toda a proteger a livre locomoção, a liberdade de ir e vir e, portanto, a de não
a força comum, a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual cada ser preso, exilado ou confinado, fora das hipóteses delituosas ou dos casos
um, unindo-se a todos, só obedeça no entanto a si mesmo e continue tão excepcionais (estado de sítio), definidos na Constituição e nas leis.
livre quanto antes”. Rousseau reconhecia que a sociedade política implica
a necessária submissão dos homens uns aos outros, e que isto representa A respeito do habeas corpus, gostaria de lembrar que se trata de um
a negação de uma liberdade natural. Mas entendia que era possível encon- provimento judicial criado no direito inglês, com as peculiaridades próprias
trar uma fórmula social que preservasse a superioridade dos direitos inatos desse sistema jurídico. No direito anglo-saxônico, com efeito, os tribunais
do homem, com a transformação de força em poder e da liberdade em do rei sempre ostentaram uma supremacia sobre todas as demais autori-
liberdade civil. Não escondeu, toda via, seu ceticismo quanto à generaliza- dades, inclusive eclesiásticas, como manifestações institucionais da própria
ção desse tipo de associação política, fundada no consenso geral. Pôr a lei soberania da Coroa. O habeas corpus faz parte do gênero dos writs ou
acima da vontade dos homens, dizia, equivale à quadratura do círculo em ordens judiciais que não podem ser descumpridas, sob pena do cometi-
geometria. mento do delito gravíssimo de contempt of court, equivalente ao crime de
lesa-majestade.
Seja como for, a concepção política de Rousseau fundava-se no pos-
tulado de que o Estado só se legitima quando existe para proteger os Ora, a especialidade do habeas corpus, na classe do writs, parece ter
direitos naturais do homem. Qualquer desvio dessa finalidade última, por se perdido, ou não se ter jamais realizado, fora do ambiente anglo-
menor que fosse, transformaria a livre associação em intolerável opressão saxônico. Na tradição inglesa, a ordem judicial, que consiste na imediata
e justificaria a ruptura do vínculo associativo. apresentação do detido ao magistrado, a fim de que este possa se infor-
mar, direta e pessoalmente, da existência individual do paciente.
Ora, a humanidade veio a conhecer, neste século, organizações esta-
tais cuja capacidade de opressão superou, de longe, tudo o que se havia Entre nós, no entanto, essa providência utilíssima foi desde o início
experimentado, até então, ao longo da história. Alguns desses Estados substituída pelo pedido de informações judiciais à autoridade coatora. Não
absolutíssimos filiaram-se a uma ideologia que, nos seus albores, manifes- é difícil imaginar o que significa isso, em termos de demora na solução
tou as mais expressas reservas quanto ao poder estatal e propugnou judicial, de possibilidade de ocultação do tratamento desumano infligido ao
mesmo a supressão, pura e simples, do Estado. Como sabido, todos os paciente nesse meio tempo, ou mesmo de transferência abusiva do preso
primeiros socialistas, inclusive o jovem Marx, vaticinaram o desapareci- de uma autoridade para outra, para nos darmos conta de como pode ser
mento do Estado com o advento irrelutável do socialismo. Este, ao realizar frustrada, na prática, essa garantia judiciária da liberdade de locomoção.
plenamente a liberdade e a igualdade de todos, sem divisões de classes, Pense-se, por exemplo, no caso mais banal de pedido de habeas corpus
dispensaria definitivamente a opressão estatal. O Marx provecto, no entan- numa imensa comarca como São Paulo: a necessidade de distribuição do
to, seguido e aperfeiçoado por Lênin, pregou a instalação da ditadura do feito entre as diferentes varas competentes, a autuação do pedido em
A nacionalidade é fundamental no direito político porque determina a VI - de oficial das Forças Armadas.
condição de cidadania, da qual é pressuposto necessário, já que apenas VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitu-
os nacionais podem participar da vida política plena; no direito civil, por cional nº 23, de 1999)
integrar um dos estados da pessoa e condicionar o gozo dos direitos; e nos
direitos administrativo, fiscal e penal, nos quais a condição de nacional tem § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
influência decisiva. A questão do apátrida é um dos problemas ainda não
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude
resolvidos por divergências de leis nacionais ou ausência de leis ou
de atividade nociva ao interesse nacional;
práticas internacionais.
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela
No Brasil, dispositivo constitucional estabelece que são brasileiros
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
natos os que nasceram no país, mesmo os filhos de estrangeiros que não
estejam a serviço de sua pátria, e os filhos de pais brasileiros no exterior a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
registrados em repartição brasileira; e naturalizados os estrangeiros que (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
adquiriram a nacionalidade brasileira segundo as normas em vigor.
Adquiriram nacionalidade brasileira os estrangeiros residentes no Brasil em