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TÍTULO I - DAS
PESSOAS NATURAIS
DA PERSONALIDADE
E DA CAPACIDADE
No art. 12 do Código Civil, que, ao prescrever “toda pessoa é capaz de direitos e deveres”, emprega
Personalidade e o termo “pessoa” na acepção de todo ser humano, sem qualquer distinção de sexo, idade, credo ou
capacidade jurídica raça.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil. Capacidade de direito e capacidade de exercício: À aptidão oriunda da personalidade para
adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil dá-se o nome de capacidade de gozo ou de
direito.
Personalidade
natural Para que uma pessoa adquira personalidade jurídica, será suficiente que tenha vivido por um segundo
Poder-se-ia até mesmo afirmar que, na vida intrauterina, tem o nascituro, e na vida extrauterina, tem o embrião,
personalidade jurídica formal.
No que atina aos direitos personalíssimos, ou melhor, aos da personalidade, visto ter a pessoa carga genética
diferenciada desde a concepção, seja ela in vivo ou in vitro passando a ter a personalidade jurídica material,
alcançando os direitos patrimoniais.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa Se nascer com vida, adquire personalidade jurídica material, mas, se tal não ocorrer, nenhum direito patrimonial terá.
começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os Ante as novas técnicas de fertilização in vitro e do congelamento de embriões humanos
direitos do nascituro levantou-se um problema relativo a considerar juridicamente o nascitum. A vida tem
início com a concepção no ventre materno.
Momento da Para alguns autores, o nascituro só será “pessoa” quando o ovo fecundado for
consideração jurídica implantado no útero materno, sob a condição do nascimento com vida.
do nascituro
O início legal da consideração jurídica da personalidade é o momento da penetração
do espermatozoide no óvulo, mesmo fora do corpo da mulher.
Com isso, parece-nos que a razão está com a teoria concepcionista, que resguarda
desde a concepção os direitos do nascituro
Àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito encarrega desse ofício, em razão de
parentesco, de ordem civil ou de designação judicial, sob pena de anulabilidade.
I – Os maiores de 16 e
menores de 18 anos; Só poderão praticar atos válidos se assistidos pelo seu representante.
II – Ébrios habituais ou
viciados em tóxicos: Alcoólatras, dipsômanos e toxicômanos
Art. 4º São incapazes,
relativamente a certos atos ou III – Aqueles que, por causa transitória ou Os fracos de mente, surdos mudos e portadores de anomalia psíquica que
àmaneira de os exercer. permanente, não puderem exprimir sua apresentem sinais de desenvolvimento mental incompleto, comprovado e
vontade. declarado em sentença de interdição, que os tornam incapazes de praticar atos na
vida civil, sem a assistência de um curador.
Aqueles que, comprovada, habitual e desordenadamente, dilapidam seu patrimônio, fazendo gastos excessivos.
IV – Os Pródigos Interdição do pródigo: Privado dos atos que possam comprometer seus bens, não podendo alienar, emprestar, dar
quitação, transigir, hipotecar, agir em juízo e praticar, em geral, atos que não sejam de mera administração
Art. 6º A existência da pessoa natural cessa a personalidade jurídica da pessoa natural, que
termina com a morte; presume-se esta, deixa de ser sujeito de direitos e deveres, acarretando:
quanto aos ausentes, nos casos em que Morte real: a) dissolução do vínculo conjugal e do regime matrimonial;
a lei autoriza a abertura de sucessão b) extinção do poder familiar; dos contratos personalíssimos, com prestação de serviço e mandato;
definitiva c) cessação da obrigação, alimentos com o falecimento do credor; do pacto de preempção; da obrigação
oriunda de ingratidão de donatário; á extinção de usufrutos; da doação na forma de subvenção periódica
e do encargo da testamentaria.
Parágrafo único.
O ato de disposição pode ser livremente
revogado a qualquer tempo
Art. 9º Serão registrados em registro
público:
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato
de disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes.
Parágrafo único.
O ato previsto neste artigo será
admitido para fins de transplante, na
forma estabelecida em lei especial. Art. 10. Far-se-á averbação em registro
público:
Parágrafo único.
Em se tratando de morto, terá legitimação para
requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária
Ninguém pode ser constrangido a submeter-se,
com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por pelo direito internacional público
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação
de sua inscrição no registro.
Nações estrangeiras, Santa Sé e organismos
internacionais (ONU, OEA, Unesco, FAO etc.).
São pessoas jurídicas de direito privado:
As pessoas jurídicas de direito público INTERNO.
As associações; as sociedades; as fundações; as
organizações religiosas; os partidos políticos; as
São civilmente responsáveis por atos dos seus agentes
empresas individuais de responsabilidade limitada.
que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado
ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece
a sua residência com ânimo definitivo
Nos contratos escritos, poderão os contratantes
especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os o objetivo, que é a fixação da pessoa em dado lugar, e o
direitos e obrigações deles resultantes. subjetivo, que é a intenção de ali permanecer com animo
definitivo.
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: Admite também que, excepcionalmente, pode haver casos em que
uma pessoa natural não tenha domicílio certo ou fixo, ao estabelecer
I – da União, o Distrito Federal;
que aquele que não tiver residência habitual, como, p. ex., o caixeiro-
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; viajante, o circense, terá por domicilio o lugar onde for encontrado.
III – do Município, o lugar onde funcione a administração
municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção
as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem manifesta de o mudar.
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar
lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio
a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde
para os atos nele praticados.
vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no
as circunstâncias que a acompanharem.
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no
tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
A pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital
de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;