Você está na página 1de 26

Artrite Reumatoide

A Artrite Reumatoide é uma doença crônica, inflamatória, cuja principal característica é a


inflamação das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam estar
comprometidos. Qualquer pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a
doença. No entanto, ela é mais comum em mulheres por volta dos 50 anos de idade.
Pessoas com história de Artrite Reumatoide na família têm mais risco de desenvolver a
doença.

Fisiopatologia
A AR é uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico,
que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar
o próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como
sinóvia).

Causas
O aparecimento da Artrite Reumatoide decorre de vários fatores, os quais incluem
predisposição genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente infecções virais e
bacterianas, A causa mais importante é a tendência genética, sabe-se que alguns
pacientes com a doença não apresentam estes genes e a presença destes genes não
significa que a doença irá sempre aparecer. Infecções periodontais (infecções nas
estruturas de suporte dos dentes como ossos, ligamento periodontal e gengiva) podem
predispor ao aparecimento da doença, pessoas que fumam ou são fumantes passivos
têm grande risco de desenvolver a doença. Exposição ambiental como os poluentes do
tipo sílica (grupo de minerais usados em fabricação de vidros), também podem predispor
à doença. Fatores hormonais também estão relacionados com Artrite Reumatoide e isto
justifica o fato de a doença ocorrer três vezes mais em mulheres.

Sintomas
Os sintomas da artrite reumatoide costumam se manifestar primeiramente nas
articulações menores, como as juntas que ligam os dedos às mãos e os dedos dos pés
aos pés. À medida que a doença progride, os sintomas podem se espalhar para os
pulsos, joelhos, tornozelos, cotovelos, quadris e ombros. Na maioria das vezes, os
sintomas se manifestam nas juntas em ambos os lados do corpo.

Articulações inchadas, quentes e dolorosas (artrite ou sinovite), geralmente


acompanhada de rigidez para movimentá-las principalmente pela manhã, a fadiga
também é uma manifestação frequente.
Artrite corresponde à inflamação de algum dos componentes da estrutura articular
(cartilagem articular, osso subcondral ou membrana sinovial).

Sinovite é a inflamação da membrana sinovial (que recobre a cápsula articular),


geralmente, manifesta-se por vermelhidão, inchaço, calor, dificuldade de movimento e dor.

Diagnóstico
O diagnóstico da Artrite Reumatoide é clínico, ou seja, baseia-se na história clínica e no
exame físico feito pelo médico. Mas alguns exames complementares, de sangue ou de
imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem a atividade inflamatória, o fator
reumatoide, o anticorpo antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), radiografias das
articulações acometidas e, eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas,
em caso de dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras doenças,
dependendo de cada caso.

Complicações
A evolução é progressiva sem o tratamento adequado, sintomas como desvios e
deformidades decorrentes do afrouxamento ou da ruptura dos tendões e das erosões
articulares alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens,
cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos dentre os achados tardios da AR à
incapacidade física

A AR é uma doença que não atinge só as articulações, mas também pode inflamar os
vasos, olhos, pulmões, o coração e sistema nervoso (manifestações extra articulares). As
manifestações extra-articulares correlacionam-se com pior prognóstico.

Tratamento
Conforme dito antes, trata-se de uma doença autoimune inflamatória crônica. Assim,
uma vez diagnosticada a doença, deve-se fazer o acompanhamento continuado com o
reumatologista. Os medicamentos que controlam a doença são os que regulam essa
autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas
e outros órgãos. São da classe dos imunossupressores que funcionam muito mais como
reguladores do sistema imunitário. Até que as medicações específicas atuem, outros
medicamentos (os analgésicos ou anti-inflamatórios), para controle sintomático das dores
e inflamação, podem ser utilizados.

Não tem cura, mas a Artrite Reumatoide pode ser bem controlada e ter seus sintomas
resolvidos quando se atinge a remissão da doença. Remissão é uma fase em que a
doença deixa de estar ativa. Os medicamentos que podem causar remissão da doença
são o metotrexate, a leflunomida e os biológicos (abatacepte, adalimumabe,
certolizumabe, etanercepte, golimumabe, infliximabe, rituximabe e tocilizumabe).

A inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar
à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para
as atividades da vida diária. O tratamento adequado e precoce pode prevenir a ocorrência
de deformidades e melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença

Cuidados de enfermagem
Mudar de posição frequentemente para evitar a rigidez das articulações, é recomendável
uma dieta equilibrada e rica em cálcio pelo risco aumentado de osteoporose que os
pacientes com a Artrite Reumatoide têm, praticar atividade física, sobretudo para manter o
condicionamento cardiovascular. É também importante manter o fortalecimento da
musculatura como um todo, pois os músculos dão sustentação às articulações. As
atividades não devem ser exaustivas e nem causar impacto, e, nos períodos de atividade
da doença, o repouso deve ser indicado. Um programa específico de exercícios pode ser
orientado pelo médico, fisioterapeuta ou educador físico, após avaliação cuidadosa de
cada caso, administrar o medicamento conforme a prescrição medica verificar e anotar
mudanças da pressão arterial, aplicar bolsa térmica conforme for pedido.
Artrite Gotosa
A gota é uma forma de artrite que causa episódios súbitos e graves de dor, sensibilidade,
rubor, e tumefação das articulações. Afeta em geral uma articulação em cada vez. Pode
afetar também outras articulações, como as do joelho, tornozelo, pé, mão, punho,
cotovelo. A gota em geral não passa de uma articulação para outra. Quem tem gota em
uma articulação não vai necessariamente tê-la em outra.

A gota ocorre geralmente em três fases:

1. Dor e tumefação súbitas na articulação, que em geral cessam ao cabo de 5 a 10 dias.

2. Um período sem sintoma nenhum, porem podendo ser seguido de outros episódios
agudos graves.

3. Após alguns anos, sem nenhum tratamento podem ocorrer tumefação e rigidez
persistentes, com dor leve e moderada, em uma ou mais articulações.

O primeiro ataque de gota geralmente ocorre á noite, Os episódios repetidos podem lesar
a(s) articulação afetada.

Causas
Traumatismos articulares

Ingestão excessiva de álcool

Cirurgias

Uso de determinados diuréticos

Doenças graves e súbitas

Dietas de impacto

Quimioterapia
Ingestão excessiva de certos alimentos
Após vários anos, os cristais de ácido úrico podem acumular-se na articulação e nos
tecidos circunjacentes, formando grandes depósitos denominados tofos, que têm o
aspecto de caroços debaixo da pele. Os tofos são encontrados com frequência ao redor
das articulações afetadas por ataques de gota anteriores, em cima dos dedos das mãos e
dos pés e na borda externa da orelha.

Fisiopatologia
O ácido úrico em geral dissolve-se no sangue e passa para a urina através dos rins. Na
pessoa com gota, os níveis de ácido úrico no sangue ficam tão altos que se formam
cristais de ácido úrico, que se depositam nas articulações e em outros tecidos, causando
inflamação do revestimento da articulação (sinóvia).

Quase todas as pessoas que tem gota têm níveis aumentados de ácido úrico no sangue
(hiperuricemia ).

A hiperuricemia é causada por uma das situações seguintes, ou por ambas:

Os rins não conseguem livrar-se do ácido úrico com rapidez suficiente.

O organismo produz ácido úrico demais.

Utilizam os diuréticos para livrar o organismo do excesso de líquidos e para diminuir a


pressão arterial. Os diuréticos, entretanto, podem comprometer a capacidade dos rins de
eliminar o ácido úrico no sangue.

Podem também desempenhar papel importante na hiperuricemia e na gota as


características hereditárias e fatores como dieta, peso e uso de álcool.

Sintomatologia
Dor e tumefação articulares súbitas e graves

Pele lustrosa avermelhada ou violácea ao redor da articulação

Extrema sensibilidade na área da articulação

Diagnóstico
O médico pode colher amostra de sangue amostra de sangue para determinar os níveis
de ácido úrico. O achado de cristais de ácido úrico no líquido articular constitui a forma
mais segura de se fazer o diagnóstico da gota.

Complicações
Os cristais de ácido úrico podem formar pedra nos rins, nos ureteres, ou na própria
bexiga. Vários fatores podem permitir a formação desses depósitos. Podem ocorrer
depósitos quando você não bebe a quantidade e líquidos suficientes para que a urina
possa dissolver todo o ácido úrico.

Tratamento
O tratamento consiste principalmente em tomar medicamentos e controlar a dieta. Os
objetivos são aliviar a dor, abreviar a duração da inflamação durante em episodio agudo,
prevenir episódios futuros e evitar lesões nas articulações. O tratamento deve ser
adaptado para cada pessoa e pode necessitar de alterações.

Utilizam medicações para:

Avaliar a dor e a tumefação do episódio agudo

Prevenir episódios futuros

Prevenir ou tratar os tofos

Evitar cálculos de ácido úrico nos rins.

Alimentos a serem evitados:

Sardinhas, anchovas e frutos do mar.

Ave domestica e carnes

Miúdos (rim, fígado)

Legumes (feijão, soja, ervilha).

Cuidados na Enfermagem
Aliviar a dor

Administrar medicamentos que aliviam a dor e ensinar a sua auto administração,


conforme prescritos.

Incentivar boa ingestão de líquidos para ajudar na excreção do ácido úrico e reduzir a
possibilidade de formação de cálculos.

Instruir o paciente sobre a necessidade de tomar os medicamentos prescritos de


maneira regular, porque as interrupções no tratamento podem precipitar crises agudas.

Facilitar a mobilidade

Elevar e proteger as articulações afetadas durante a crise aguda.

Ajudar nas atividades diárias.

Incentivar exercício e a manutenção de uma atividade rotineira na gota crônica, exceto


durante as crises agudas.

Proteger os tofos que estejam drenando, cobrindo e aplicando pomadas de antibiótico,


conforme necessárias.
Lúpus
O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune,
cujos sintomas podem surgir em vários órgãos de forma lenta e progressiva. São
reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com
manchas na pele e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são agredidos. Por
ser uma doença do sistema imunológico, que é culpado pela fabricação de anticorpos e
organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem
LES ela pode ter distintos tipos sintomas em diversos locais do corpo.

O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres
são muito mais abordadas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco
mais frequente em pessoas mestiças e nos afrodescendentes.
No Brasil, não temos números corretos, mas as estimativas indicam que existem cerca de
65.000 pessoas com lúpus, sendo predomínio às mulheres. Acredita-se assim que uma a
cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a doença

Fisiopatologia
O papel da imunidade celular na patogênese do LES ainda não está bem estabelecido.

Normalmente, o sistema imunológico produz proteínas chamadas anticorpos, cuja


função é proteger o organismo das eventuais agressões. Estes agentes agressores,
capazes de determinar a produção de anticorpos, são chamados de antígenos.

Em uma desordem imunológica, o sistema imunológico defensivo perde sua habilidade


de diferenciar entre antígenos e suas próprias células e passa a direcionar anticorpos
contra o próprio organismo. O sistema imunológico passa então a direcionar anticorpos
contra si mesmo auto–anticorpos.

Os auto-anticorpos acabam reagindo com ele mentos do próprio organismo formando


complexos imunológicos. Esses complexos imunológicos crescem-nos diversos tecidos,
causando todo tipo de lesões, como inflamação, danos teciduais e dor.

O sistema imunológico ataca e destrói tecidos do corpo “pensando” que eles são
estranhos. Ocorre uma diminuição da atuação do T supressor, ou uma intensa
estimulação do T auxiliar.

Por causa dessas alterações acredita-se que a patogenia envolva algum defeito básico
na manutenção da auto-tolerância com ativação das células B (linfócitos B). Esse
processo pode ocorrer secundariamente a alguma combinação de defeitos hereditários na
regulação das células T auxiliares (Th-T helper). Acredita-se também que o defeito
primário ocorra nas células T CD4 que impulsionam as células B auto antígeno
específicas a produzir anticorpos. Estes defeitos acabam resultando na degradação
celular e produção de auto-anticorpos contra vários antígenos nucleares.

Causa
A causa do LES não seja conhecida. Portanto pessoas que nascem com disposição
genética para desenvolver a doença, em algum momento, após uma interação com
fatores ambientais, passam a exibir alterações imunológicas. O desequilíbrio na produção
de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em
vários órgãos como na pele, mucosas, pleura e pulmões, articulações, rins etc. o sintoma
que a pessoa desenvolve, depende do tipo de autoanticorpo que a pessoa tem e, que
como o desenvolvimento de cada anticorpo se relaciona às características genéticas de
cada pessoa, cada pessoa com lúpus tende a ter manifestações clínicas específicas.

Sintomas
Os sintomas do LES são diversos e caracteristicamente alteram de intensidade de
acordo com a etapa de atividade ou remissão da doença. É muito comum que a pessoa
apresente manifestações gerais como cansaço, desânimo, febre baixa, emagrecimento e
perda de apetite.
As manifestações podem ocorrer devido à inflamação na pele, articulações, rins, nervos,
cérebro e membranas que recobrem o pulmão e o coração. Outras manifestações podem
ocorrer devido à redução das células do sangue, devido a anticorpos contra essas
células. Esses sintomas podem aparecer isoladamente, ou em conjunto e podem ocorrer
ao mesmo tempo ou de forma sequencial. Crianças, adolescentes ou mesmo adultos
podem apresentar inchaço dos gânglios, que geralmente é acompanhada por febre e
pode ser confundida com os sintomas de infecções como a rubéola ou mononucleose. As
manifestações clínicas mais frequentes são:
Lesões de pele: ocorrem em cerca de 80% dos casos, ao longo da evolução da doença.
As lesões mais características são manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso
do nariz, nomeadas lesões em asa de borboleta e que não deixam cicatriz. As lesões
discoides, que também ocorrem mais frequentemente em áreas expostas à luz, são bem
demarcadas e podem deixar cicatrizes com atrofia e alterações na cor da pele. Na pele
também pode ocorrer vasculite, causando manchas vermelhas, dolorosas em pontas dos
dedos das mãos ou dos pés. Outra manifestação muito característica no LES é o que se
chama de fotos sensibilidade, que nada mais é do que o desenvolvimento de uma
sensibilidade desproporcional à luz solar. Neste caso, com apenas um pouco de
exposição à claridade ou ao sol, podem surgir tanto manchas na pele como sintomas
gerais como cansaço ou febre.
Articulares: a dor com ou sem inchaço nas juntas ocorre, em algum período, em mais de
90% das pessoas com LES e envolve principalmente as juntas das mãos, punhos, joelhos
e pés. A artrite ocorre com períodos de melhora e piora. Às vezes também surgem
tendinites.
A inflamação das membranas que recobrem o pulmão e coração, podendo ser leves e
assintomáticas, ou, se manifestar como dor no peito. Caracteristicamente no caso do
pleuris, a dor ocorre ao respirar, podendo causar também tosse seca e falta de ar. Na
pericardite, além da dor no peito, pode haver palpitações e falta de ar.
Inflamação nos rins: é uma das que mais preocupam e ocorre em cerca de 50% das
pessoas com LES. No início pode não haver qualquer sintoma, apenas alterações nos
exames de sangue e/ou urina. Nas formas mais graves, surge pressão alta, inchaço nas
pernas, a urina fica espumosa, podendo haver diminuição da quantidade de urina.
Quando não tratada rapidamente e adequadamente o rim deixa de funcionar causado a
insuficiência renal e o paciente pode precisar fazer diálise ou transplante renal.
Alterações neuropsiquiátricas: são menos frequentes, mas podem causar convulsões,
alterações de humor ou comportamento, depressão e alterações dos nervos periféricos e
da medula espinhal.
Sangue: as alterações nas células do sangue são devido aos anticorpos contra estas
células, causando sua destruição. Assim, se os anticorpos forem contra os glóbulos
vermelhos vão causar anemia, contra os glóbulos brancos vai causar diminuição de
células brancas e se forem contra as plaquetas causarão diminuição de plaquetas. Os
sintomas causados pelas alterações nas células do sangue são muito variáveis.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através do reconhecimento pelo médico de um ou mais dos
sintomas. Alterações nos exames de sangue e urina são muito características, eles
também são usualmente usados para a final do diagnóstico. Não existe um exame que
seja exclusivo do LES, a presença do exame chamado FAN (fator ou anticorpo
antinuclear), especialmente com títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas
característicos de LES, permite o diagnóstico com muita certeza. Outros testes
laboratoriais como os anticorpos anti-Sm e anti-DNA são muito específicos, mas ocorrem
em apenas 40% a 50% das pessoas com LES. Ao mesmo tempo, alguns exames de
sangue e/ou de urina podem ser solicitados para auxiliar não no diagnóstico do LES, mas
para identificar se há ou não sinais de atividade da doença.

Tratamento
O tratamento da pessoa com LES depende do tipo de manifestação apresentada,
portanto, ser individualizado. Dessa forma a pessoa com LES pode necessitar de um, dois
ou mais medicamentos em uma fase ativa da doença e, pouco ou nenhum medicamento
em outras fases não ativas ou em remissão. O tratamento sempre contém remédios para
regular as alterações imunológicas do LES e de medicamentos gerais para regular
alteração que a pessoa apresente em consequência da inflamação causada pelo LES,
como hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor etc.
Os medicamentos que atuam na modulação do sistema imunológico no LES incluem os
corticoides, os antimaláricos e os imunossupressores, em especial a azatioprina,
ciclofosfamida e micofenolato de mofetil. É necessário o uso dos fotoprotetores que
devem ser aplicados diariamente em todas as áreas expostas à claridade e produto deve
ser reaplicado, ao longo do dia, para garantir o seu efeito protetor. Os sintomas mais leves
podem ser tratados com analgésicos, anti-inflamatórios e/ou doses baixas dos corticoides
(prednisona - 5 a 20 mg/ dia). Manifestações mais graves do LES, as doses dos
corticoides podem ser bem mais elevadas (prednisona - 60 a 80 mg/ dia). Quando há
envolvimento dos rins, do sistema nervoso, pulmões ou vasculite é necessário o emprego
dos imunossupressores em doses variáveis de acordo com a gravidade do acometimento.
Um aspecto importante no uso desses medicamentos é a atenção necessária quanto ao
risco aumentado de infecções, já que eles diminuem a capacidade do indivíduo de
defender-se contra infecções, incluindo a tuberculose. Em pacientes com LES grave, com
rápida evolução, pode-se utilizar altas doses de glicocorticoide por via endovenosa. O uso
da cloroquina ou hidroxicloroquina está indicado tanto para as formas mais leves quanto
nas mais graves e deve ser mantido mesmo que a doença esteja sobcontrole, pois
auxiliam na manutenção do controle do LES.
Além do tratamento com remédios, as pessoas com LES devem ter cuidado especiais
com a saúde incluindo atenção com a alimentação, repouso adequado, evitar condições
que gerem estresse e atenção rigorosa com medidas de higiene. Devem-se evitar
alimentos ricos em gorduras e o álcool. Quem está aproveitando anticoagulantes por ter
apresentado trombose, deve ter um cuidado especial que é a manutenção de uma dieta
“monótona”, ou seja, parecida em qualidade e quantidade todos os dias, para que seja
possível um controle adequado da anticoagulação. Pessoas com hipertensão ou
problemas nos rins, devem diminuir a quantidade de sal na dieta e as com glicose
elevada, devem restringir o consumo de açúcar e alimentos ricos em carboidratos. Outra
medida de ordem geral é evitar os anticoncepcionais com estrogênio e o cigarro, está
relacionado à piora dos sintomas do LES. Pessoas com LES devem ter medidas de
proteção contra a irradiação solar, evitando ao máximo expor-se à claridade, além de
evitar a luz do sol diretamente na pele, pois além de gerarem lesões cutâneas, também
podem causar agravamento da inflamação em órgãos internos outras medidas e atividade
física regular, preferencialmente aeróbia que ajuda não só para o controle da pressão e
da glicose no sangue, mas também contribui para melhorar a qualidade dos ossos e
melhorando o sistema imunológico. O objetivo geral dos cuidados com a saúde para as
pessoas com LES é permitir o controle da atividade inflamatória da doença e minimizar os
efeitos colaterais dos medicamentos. Quando o tratamento é feito de forma adequada,
incluindo o uso correto dos medicamentos em suas doses e horários, com a realização
dos exames necessários nas épocas certas, comparecimento às consultas nos períodos
recomendados e os cuidados gerais acima descritos, é possível obter um bom controle da
doença e melhorar de forma significativa a qualidade de vida das pessoas com LES.

Cuidados de enfermagem
Orientar o paciente para evitar a exposição ao sol e a luz artificial;
Orientar quanto à dieta hipossódica no caso de edemas;
Observar e anotar o aparecimento de descamação e prurido na pele;
Cortar e limpar as unhas do paciente;
Orientar para não coçar a pele;
Promover alívio da dor;
Observar queixas relatadas;
Controlar sinais vitais, diurese e peso diário.
Exercícios previnem fraqueza muscular e fadiga.
Acompanhar a evolução clínica;
Prevenir complicações e infecções;
Restabelecer e manter o equilíbrio hidroeletrolítico;
Restabelecer e manter a integridade cutânea, mucosa e tissular;
Promover apoio emocional, social e espiritual;
Proporcionar conforto, higiene e segurança;
Proporcionar condições para sono e repouso
Fibromialgia

Fibromialgia é uma doença em que a pessoa sente dores durante longos períodos com
sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos sensíveis do
corpo, a fibromialgia está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores
de cabeça, formigamentos, problemas de memória, ansiedade, depressão. Uma das
particularidades da pessoa com fibromialgia é a grande sensibilidade do toque e a
compressão de partes do corpo. A doença é bastante frequente no Brasil ela esta
presente em cerca de 2% a 3% das pessoas, e ela se acomete mais nas mulheres
quando ela se encontra na faixa dos 30 aos 50 anos. Mais existe casos dela se acometer
em pessoas mais velhas em adolescentes e também em crianças.

Fisiopatologia
Os pesquisadores acreditam que essa doença é causada pela forma como o cérebro
processa os sinais de dor.

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que
estão frequentemente associados a esta síndrome.

Os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior a dor, do que


pessoas sem fibromialgia. Por que o cérebro de uma pessoa com uma fibromialgia
interpreta uma dor de forma exagerada aos estímulos, que nesse processo ativa todo o
sistema nervoso, e nesse processo faz a pessoa sentir mais dor. Essa doença pode
aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como traumas físicos e
psicológicos ou até mesmo depois de uma infecção grave. E o comum é que ela se
manifeste com uma dor crônica que se progride para todo o corpo.

Sintoma
A dor associada à fibromialgia é constantemente descrita como uma dor presente em
diversas partes do corpo, pessoas que tem essa doença frequentemente acordam já se
sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por muitas horas devido à fadiga que
sente acometida pela doença. O sono também é constantemente interrompido por causa
da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, a exemplo a
insônia. Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal
sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável) elas também sentem dormência e
formigamento nas mãos e nos pés e tem redução na capacidade de se exercitar.

Diagnostico
É essencialmente e exclusivamente clinico durante uma consulta o médico obtém as
seguintes informações, na qual são essenciais. E os sintoma mais importante para o
diagnostico são: a dor generalizada, dificuldade para dormir, cansaço ou a sensação de
cansaço, e a fadiga durante todo o dia e o índice de severidade dos sintomas que causa o
impacto com diagnostico da fibromialgia.

Complicações
Se o paciente não se atentar com os sintomas, e não procurar um clinica, para que ele
possa ser diagnosticado e entrar em tratamento, seus músculos e articulações podem
chegar a um nível de inflamação muito alto, e seus sintomas tendem a cada vez mais se
agravar, no qual o corpo do paciente pode não aguentar o grau da doença, (ou seja, as
dores com grande intensidade), pois com os músculos e articulações inflamadas e o
agravamento da doença, ele não terá forças para aguentar o peso do próprio corpo, e
pode passar a viver em cadeira de rodas.

Tratamento
Ele é feito através de medicamentos como anti-inflamatórios e analgésicos e atividades
físicas. Os anti-inflamatórios e analgésicos atuam no tratamento apenas para amenizar as
dores, pois a fibromialgia não tem cura só apenas amenização das dores. E os
antidepressivos atuam no psicológico dos pacientes para manter o controle da depressão,
em relação às atividades físicas, são de acordo em que se encontra o grau da doença do
paciente, e tem que ter um acompanhamento de um especialista, no tratamento também
se pode incluir fisioterapias com um acompanhamento médico, e de um fisioterapeuta,
todos esses processos de medicamentos e atividades, tendem a melhorar o estado do
paciente, amenizando suas dores, melhorando o seu estado clinico.

Cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem consistem em ser multidisciplinar através de terapia medica
psicológicos exercícios físicos. Nisso também inclui um tratamento baseado em exercícios
físicos como aeróbicos sem carga, e sem grandes impactos, melhorando o estado do
paciente sem causar dores e nem danos as suas articulações, durante esse processo vai
causando um relaxamento e fortalecimento muscular, nisso reduz as dores do paciente e
melhora as suas qualidades de sono.
Outros recursos que são frequentes utilizada é terapia manual, técnicas de relaxamento,
e exercícios terapêuticos hidroterapia.
No tratamento também inclui o uso de analgésicos, como liberação de morfinas e
antidepressivos. Os antidepressivos agiram no organismo causando a sensação de bem
esta e de alto controle.
Artrite Psoriásica
A palavra psora, do grego, significa prurida, coceira, sintoma frequente em pacientes que
possuem doença cutânea. A psoríase caracteriza-se pelo aparecimento de lesões
avermelhadas, escamosas, que acometem principalmente joelhos, cotovelos e couro
cabeludo. Entretanto, estas lesões podem surgir em qualquer parte do corpo. A primeira
descrição de psoríase foi feita no final do século 18, mas acredita-se que Galeno (129-200
d.C.), médico e filósofo romano, já o havia feito anteriormente. A artrite psoriásica ocorre
em igual porcentagem em homens e mulheres, a maioria já na vida adulta. Raras vezes
há manifestações nas juntas antes de haverem na pele. E quase 90% dos pacientes com
psoríase nunca desenvolvem doença articular. Exceção importante faz-se aos pacientes
psoriásicos que apresentam deformidades nas unhas. Estes têm tendência maior ao
desenvolvimento de artrite psoriásica.

A transmissão genética de psoríase já foi descrita há mais de 200 anos. Observe-se que
esta doença tem frequência aumentada em algumas famílias. Sua base genética é
complexa e o padrão de herança não foi ainda completamente esclarecido.
Alguns dos genes envolvidos são únicos para psoríase, mas são frequentes na
população, distribuídos em todo o mundo e em geral têm efeitos pequenos. Na maior
parte dos casos, a doença é multifatorial, envolvendo a interação entre vários genes com
desencadeantes ambientais (infecções, medicações, estímulos antigênicos, estresse
físico e/ou emocional).
A psoríase desenvolve-se em aproximada mente 50% dos irmãos de pessoas com esta
doença quando ambos os pais são afetados; em.
16% quando somente um pai tem psoríase; e em 8%, quando nenhum dos pais é afetado.
Em relação à artrite psoriásica, o risco de ter a doença entre irmãos em relação ao risco
na população geral é superior a 27, valor muito mais alto que o da psoríase, que está
entre 4 e 11, A prevalência de psoríase é 19 vezes maior entre parentes de primeiro grau
de pacientes com artrite psoriásica em relação à população em geral.

Como ocorre a artrite psoriásica


As estatísticas variam de países e de raça, porém acredita-se que entre 5% e 40% das
pessoas que têm psoríase podem ter dor e inflamação das articulações. Assim como na
doença da pele, o acometimento articular atinge mais as pessoas da raça branca.
Homens e mulheres são afetados iguais. A grande maioria das pessoas que têm artrite
psoriásica apresenta a doença de pele antes das dores articulares, porém há alguns
poucos casos em que se podem notar queixas de dores nas jun tas antes da doença na
pele. O aumenta o risco de um paciente com psoríase cutânea desenvolver artrite, inclui a
presença de lesões em unhas, envolvimento cutâneo mais extenso (quanto à área de pele
afetada) e também história familial de artrite psoriásica.

Existem cinco formas de apresentação da artrite Psoriásica


1 – Forma oligoarticular (envolvimento de poucas articulações inflamadas) – Atinge menos
que cinco juntas, particularmente grandes articulações, como joelhos, tornozelos e unhas,
podendo envolver também pequenas articulações das mãos e pés. Esta é a forma de
inicio mais comum.

2 – Forma poliarticular, ou seja, de muitas juntas inflamadas ao mesmo tempo;


assemelha-se a outro tipo de reumatismo, chamado artrite reumatoide. Pode evoluir com
deformidades articulares. Envolve mãos, pés, joelhos e tornozelos.

3 – Acometimentos das articulações distais dos dedos das mãos (as que estão próximas
às unhas, que frequentemente também estão acometidas).

4 – Forma mutilante, como o nome está dizendo, provoca grandes destruições nas juntas,
principalmente mãos e pés.

5 – Envolvimento preferencial da coluna é a forma mais rara, mas provoca dor constante
na coluna vertebral, evoluindo com limitações físicas.

Dactilite

Envolvimento dos tecidos que estão em volta das articulações confere a esta doença um
caráter especial, pois quando alguma articulação de um dedo, seja das mãos ou dos pés,
é acometida junto com uma inflamação das estruturas que envolvem esta articulação,
observamos um inchaço geral que chamamos de dactilite, que quer dizer uma inflamação
de todo o dedo.

Entesite

Outros locais, fora das juntas, que também podem se inflamar são os tendões,
especificamente aonde eles se fixam aos ossos; chamamos estes locais de enteses, e a
inflamação destes locais designamos de entesite. A descrição faz lembrar uma tendinite,
mas, na verdade, é um pouco mais extensa que isto, pois envolve tam- bém a parte óssea
onde o tendão está ancorado. As formas mais comuns de entesite são as do tendão de
Aquiles, da fáscia plantar (sola do calcanhar) e dos ossos pélvicos.

Lesões nas unhas são comuns em quem tem artrite


psoriásica.
Depressões, hemorragias debaixo da unha e até mesmo destruição completa da unha
(onicólise), estando associadas ao acometimento das articulações interfalangeanas
distais (pequenas articulações dos dedos próximas às unhas).

Doenças que podem estar associadas à artrite Psoriásica

Hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo dois, obesidade e distúrbios dos lipídios
(colesterol e triglicerídeos). Todas estas alterações aumentam o risco de doenças
cardíacas e vasculares (infarto e derrame).

Diagnostico

O diagnóstico da psoríase é principalmente clínico. A curetagem metódica de Brocq, que


consiste no raspado das lesões com cureta, sinal da vela a curetagem destaca escamas
semelhantes às encontradas na raspagem de uma vela; e sinal do orvalho sanguíneo –
após a retirada das escamas, encontra-se superfície vermelho brilhante com pontos
hemorrágicos. O diagnóstico da artrite psoriásica também é clínico, se trata de um
espôndilo artrite, cujas características são fator reumatoide negativo, ausência de nódulos
subcutâneos, articulações dos membros inferiores, ombros e pequenas articulações das
mãos.
O hemograma pode mostrar anemia. Os exames de atividade inflamatória estão quase
sempre elevados, mas de maneira discreta. A glicemia pode encontrar-se elevada e o
aumento das taxas de glicose ter algum grau de correlação com a doença. A dosagem de
ácido úrico também pode estar aumentada. Colesterol e triglicerídeos correlacionam-se
com aumento do ácido úrico e obesidade. Nos casos em que as manifestações clínicas
suscitam dúvidas, pode-se lançar mão da biópsia com exame histopatológico (retirada de
pequeno fragmento da lesão que é analisado no microscópio) que mostra alterações
sugestivas de psoríase como aumento da camada mais superficial da pele (a epiderme) e
aumento do número de células inflamatórias e de vasos sanguíneos na camada abaixo, a
derme.

Tratamento

A artrite psoriásica sem tratamento pode evoluir para deformidades irreversíveis. A


escolha do tratamento dependerá das estruturas acometidas em cada paciente. O
tratamento convencional é feito inicialmente pelo uso de anti-inflamatórios não hormonais
e drogas remissivas de doença (como o metotrexato, a sulfassalazina, a lefluno- mida e a
ciclosporina). Atualmente, os agentes biológicos liberados para o uso no tratamento da
artrite psoriásica são o infliximabe, o etanercepte, o adalimumabe e o golimumabe.

Aproximadamente 7% dos pacientes precisam de tratamento cirúrgico para


Correção de alguma articulação após 13 anos de doença.
Os exercícios fazem parte do tratamento da doença e devem ser orientados e
supervisiona- dos por um profissional habilitado: fisioterapeuta,
educador físico, terapeuta ocupacional, médico. Nunca devem produzir dor ou cansaço. E
não de- vem causar esforço excessivo nas articulações.

É importante movimentar a articulação, mesmo estando edemaciada, pois o repouso


prolongado pode ser prejudicial. Lembre-se: os exercícios não devem provocar dor.
Alguns pacientes podem beneficiar-se do uso do gelo, outros do uso de
banhos quentes, bolsas térmicas, etc. Esses tratamentos, se utilizados corretamente, não
levam a piora do quadro.
As doenças articulares são causas de limitação das atividades físicas. Por isso, o
recomendado é fazer exercício aeróbio de baixo impacto, como caminhadas, bicicleta
ergométrica, hidroginástica e natação. Esses exercícios devem ser feitos três vezes por
semana, durante 40 minutos.

Cuidados de Enfermagem

Banhos de sol nos horários entre 7e 10 horas e após as 16 horas são benéficos para a
remissão da psoríase;
O paciente não deve usar substâncias sistêmicas ou tópicas (ex: ervas) sem orientação
médica, nem mesmo anti-inflamatórios, betabloqueadores, antimaláricos e lítio;
Não deve puxar as escamas da pele e nem "esfregá-las" durante o banho, pois isso
pode resultar em traumatismos (Fenômeno de Koebner);
Os banhos não devem ser nem muito quentes e nem muito frios;
As unhas de uma pessoa com psoríase devem ser aparadas regularmente;
Para evitar o ressecamento e fissuras na pele, é indicado utilizar emolientes, desde que
prescritos pelo médico;
Durante o tratamento sistêmico está proibida a ingestão de bebida alcoólica.
Proporcionar apoio para as proeminências ósseas; Realizar mudança de posicionamento
de acordo com suas possibilidades; - Realizar higiene das lesões duas vezes ao dia.
Realizar posicionamento do paciente de acordo com suas possibilidades; - Orientar a
importância da movimentação passiva no leito; - Realizar massagem de conforto de
acordo com aceitação da paciente.
Alimentar a paciente no horário das refeições; - Realizar higiene oral antes e após as
refeições; Discutir hábitos alimentares incluindo preferências e intolerâncias; Prestar
assistência compatível com as necessidades do cliente.
Organizar os cuidados de Enfermagem de forma a não interromper os períodos de
repouso; Administrar sedativos prescritos; Proporcionar o conforto e bem-estar do
paciente no leito.
Oferecer apoio psicológico e emocional; Dar oportunidade para que exponha seus
sentimentos e suas vontades; Orientá-la a procurar apoio multidisciplinar;
Esclerose lateral amiotrófica

Sinônimos: ela, doença de lou gehrig, doença de charcot


A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso,
que acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitante, sendo uma
das mais temidas doenças conhecidas.
Em cerca de 10% dos casos, a ELA é causada por um defeito genético. Nos demais
casos, a causa é desconhecida.
Na ELA, os neurônios se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar
mensagens aos músculos. Isso finalmente gera enfraquecimento dos músculos,
contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. A
doença piora lentamente. Quando os músculos do peito param de trabalhar, fica muito
difícil respirar por conta própria.

Causas
As causas também podem estar relacionadas aos seguintes fatores:
Mutação genética. Várias mutações genéticas podem levar à doença herdada, que
aparece quase idêntico à forma não herdada da doença. Desequilíbrio químico. As
pessoas com ELA têm, geralmente, níveis de glutamato mais elevados do que o normal.
Essa substância é um mensageiro químico no cérebro, localizado em torno das células
nervosas em seu fluido espinhal. O excesso de glutamato é conhecido por ser tóxico para
algumas células nervosas.
Doença autoimune. Às vezes, o sistema imunológico de uma pessoa começa a atacar
algumas das próprias células saudáveis do corpo por engano, o que pode levar à morte
de neurônios também, por exemplo,
Mau uso de proteínas. Extraviadas proteínas no interior das células nervosas podem
levar a uma acumulação gradual de formas anormais destas proteínas nas células,
eventualmente, fazendo com que as células nervosas morram.
A ELA afeta aproximadamente cinco de cada 100 mil pessoas em todo o mundo .

Fatores de risco
Não existem fatores de risco conhecidos, exceto ter um membro da família que tenha a
forma hereditária da doença, já que fatores genéticos parecem estar envolvidos nas
causas de Esclerose lateral amiotrófica.

Sintomas
Os sintomas geralmente não se desenvolvem até depois dos 50 anos, mas podem
começar em pessoas mais novas também. As pessoas com ELA têm uma perda gradual
de força e coordenação muscular que finalmente piora e impossibilita a realização de
tarefas rotineiras, como subir escadas, levantar-se de uma cadeira ou engolir.
Os músculos da respiração e da deglutição podem ser os primeiros a serem afetados.
Conforme a doença piora, mais grupos musculares podem manifestar problemas.
A ELA não afeta os sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato). Ela raramente afeta o
funcionamento da bexiga, dos intestinos, ou a capacidade de pensamento e raciocínio de
uma pessoa.
Os sintomas incluem:
Dificuldade para respirar
Engasgar com facilidade
Babar
Gagueira (disfemia)
Cabeça caída devido à debilidade dos músculos do pescoço
Cãibras musculares
Contrações musculares
Normalmente afeta primeiro uma parte do corpo, como o braço ou a mão.
Posteriormente resulta na dificuldade de levantar objetos, subir escadas e caminhar.
Paralisia
Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras)
Alterações da voz, rouquidão.
Perda de peso
.

Diagnóstico
O exame físico mostrará algumas deficiências físicas que podem estar relacionadas à
ELA. Pode haver tremores, espasmos e contrações musculares, ou perda de tecido
muscular (atrofia). Atrofia e contrações involuntárias da língua são comuns.
A pessoa pode ter um jeito de andar rígido ou desajeitado. Os reflexos são anormais. Há
mais reflexos nas articulações, mas pode haver perda do reflexo faríngeo. Alguns
pacientes têm problemas para controlar o choro ou o riso. Isso às vezes é chamado de
"incontinência emocional".
Possíveis testes incluem:
Exames de sangue para descartar outras doenças
Teste respiratório para verificar se os músculos do pulmão foram afetados
Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical para garantir
que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante a ELA.
Eletromiografia para ver quais nervos não funcionam corretamente
Teste genético se houver um histórico familiar de ELA
Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça para excluir outras
doenças
Estudos de condução nervosa
Testes de deglutição
Punção lomba
.Tratamento
Não há cura conhecida para ELA. O tratamento para a doença começa
com um medicamento chamado riluzol. O riluzol reduz a velocidade de
progressão da doença e prolonga a vida do paciente.
A participação de um nutricionista é muito importante, pois os pacientes com
ELA tendem a perder peso. A própria doença aumenta a necessidade de
ingestão de alimentos e calorias. Ao mesmo tempo, os problemas de deglutição
podem fazer com que seja difícil comer o suficiente.
Os dispositivos respiratórios incluem máquinas usadas somente durante a
noite e ventilação mecânica constante.
Não há cura para ELA. Com o tempo, as pessoas com ELA perdem
progressivamente a capacidade funcional e de cuidar de si mesmas. O óbito
em geral ocorre dentro de três a cinco anos após o diagnóstico. Cerca de 25%
dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos depois do diagnóstico

Complicações
Aspiração de comida ou líquido
Perda da capacidade de cuidar de si mesmo
Insuficiência pulmonar
Pneumonia
Escaras (úlceras de pressão)
Perda de peso acentuada

. Cuidados de enfermagem
Mudança de posição do paciente para diminuir pressão mantida em um único
ponto de apoio; troca frequente de roupa de cama ou de almofadas; colchão
especial; cuidado oral; banho pelo menos uma vez ao dia; dispensarão
adequadas de urina e fezes.
Administração adequada de fluidos e de alimentos (sondas) previne
complicações urinárias ou de evacuação, A fisioterapia motora e a fisioterapia
respiratória, reabilitação, usa de órteses ou de uma cadeira de rodas ou outras
medidas ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a função muscular
e o estado de saúde geral, auxílio para as atividades diárias, moral, companhia,
e apoio.

Síndrome de Sjögren
É uma doença autoimune de causa desconhecida que afeta as glândulas
lacrimais e salivares, causando olho e boca seca. Os sintomas de olho seco
podem apresentar-se como sensação de areia nos olhos ou de corpo estranho,
dificuldade para abril os olhos pela manhã, vermelhidão. A boca seca leva a
dificuldade de comer alimentos secos sem ingerir líquido, feridas pequenas nos
cantos da boca.

Causa

A causa é ainda indefinida, entretanto, causas ambientais genéticas ou


autoimunes, estão relacionadas com o aparecimento da doença.

Tratamento

Usar colírios constantemente para lubrificar os olhos e evitar lesões como


úlcera de córnea, usar saliva artificial, ingerir muito líquido, higiene oral, ir ao
dentista frequentemente. Tratar os órgãos acometidos com medicações.
Manter pele-hidratada especialmente com hidratantes com pouca água para
não evaporar rapidamente.

Fatores de Risco
Porém, para que a síndrome de Sjögren apareça, não bastam à herança
genética, alguns outros fatores ambientais ainda não esclarecidos, como
infecções por certos vírus ou bactérias, parecem ser necessários para que o
sistema imunológico dos pacientes geneticamente susceptíveis passe a agir de
forma perigosa. Cerca de metade dos pacientes com síndrome de Sjögren
apresenta também outra doença autoimune associada, como lúpus, artrite
reumatoide, esclerodermia ou tireoidite.

Sintomas
Olhos secos e boca seca são os sintomas mais típicos da síndrome de
Sjögren.
A inflamação das glândulas lacrimais reduz a produção de lágrima e interfere
na lubrificação dos olhos, levando a sintomas, como olhos vermelhos, olhos
ressecados, ardência ou sensação de corpo estranho, coceira ou visão
borrada.
A inflamação das glândulas salivares provoca redução da produção de saliva,
levando à boca seca, garganta seca, dificuldades para engolir, alterações no
paladar, rouquidão, aumenta de cáries, e lesões nos dentes, gengivas, língua e
lábios. Nas crianças, a inflamação e inchaço da glândula parótida são muito
comuns, podendo o quadro ser confundido com caxumba.
Além das glândulas lacrimais e salivares, podem também ser atacadas outras
partes do corpo. A inflamação das glândulas vaginais, responsáveis pela
lubrificação da vagina também é comum, levando à secura vaginal, dor durante
o ato sexual e aumento da frequência de infecções ginecológicas,
principalmente candidíase. Cansaço e alterações menstruais também são
relativamente comuns.
Sintomas menos comuns atrite fenômeno de Raynaud, aumento de linfonodos,
lesões dos rins, lesões dos nervos e músculos. Inflamação dos vasos
sanguíneos, chamada vasculite, que pode danificar os tecidos do corpo que
são nutridos por estes vasos inflamados.

Diagnóstico
Ela e uma doença difícil de diagnosticar, pois os sinais e sintomas variam de
pessoa para pessoa. Além disso, os clássicos sintomas de olhos e boca seca
ocorrem em várias outras doenças, podendo também ser um efeito colateral de
uma série de medicamentos.
A biópsia de glândula salivar pode ser recomendada. O procedimento é feito
através da remoção de um pequeno pedaço de tecido a partir da porção interna
do lábio inferior.
Exames oftalmológicos para determinar se a produção de lágrimas está normal
também são úteis
– Teste de Schirmer: neste teste, um pequeno e fino pedaço de papel filtro é
inserido suavemente entre a pálpebra e o canto interno do olho. O papel é
removido depois de vários minutos, e a umidade no mesmo é medida.
– Teste de Rosa Bengala: este teste detecta lesões nos olhos, principalmente
na conjuntiva e na córnea, causadas pela secura crônica do mesmo.

Tratamento
Atualmente, não há cura para a síndrome de Sjögren. No entanto, os
tratamentos podem melhorar os sintomas e prevenir as várias complicações da
doença.
O tratamento visa reduzir os sintomas mais incômodos. Os olhos secos são
tratados com lágrimas artificiais aplicadas regularmente durante o dia ou com
gel aplicado à noite.
Para aumentar a salivação, o uso de balas ou goma de mascar sem açúcar é
útil. Beber ou apenas molhar a boca com goles de água durante o dia também
é importante para mantê-la bem hidratada.
Como as cáries são muito comuns, devem-se escovar os dentes após qualquer
refeição. Uma visita ao dentista deve ser feita 2 vezes por ano.
A hidroxicloroquina é um medicamento muito usado em alguns pacientes com
síndrome de Sjögren. Nos pacientes com doença sistêmica, acometendo vários
órgãos, o uso de drogas imunossupressoras, como corticoides, azatioprina,
metotrexato, rituximab e ciclofosfamida podem ser necessárias.

Cuidados de enfermagem
Administrar lagrima e saliva artificial, molhar a boca do paciente
frequentemente incentivar mascar chiclete para estimular a salivação ficar
atento ao aparecimento de infecções fúngicas na boca e carie incentivar uso de
hidratante labial e nasal, incentivar o uso de creme hidratante e bloqueador
solar, administração dos medicamentos prescritos, deixar o ambiente do leito
tranquilo e relaxante para o sono

Síndrome de Behçet
A síndrome de Behçet foi descrita por Hipócrates no ano 5 A.C , sendo
relacionada a ulcerações bucais e genitais à inflamação ocular doença é
identificada por Cirurgião, Dentista, porque envolve a mucosa bucal com
episódios de úlceras recorrentes e dolorosas que podem impedir a higiene
bucal, facilitando o estabelecimento e piorando a gengivite.
A doença de Behçet predominante inclui a mucosa bucal, pele, olhos e também
pode envolver a mucosa urogenital, sistema nervoso, sistema respiratório,
músculos e grandes vasos, tendo condições patológicas que ameaçam a vida.

Fisiopatologia
E uma doença alto imune, ou seja, células de defesa do corpo atacam o próprio
corpo.

Sintomas
Lesões afetosas recorrentes há aproximadamente dez meses as quais
provocaram dificuldade na fonação e deglutição. Na anamnese, referia
amigdalites frequentes com aumento de volume em região submandibular
bilateralmente alem de dores articulares assim como dificuldade na fonação e
deglutição. Ao exame extra bucal observa-se lesão em região nasal, exame
intrabucal, observa-se lesão ulceradas em língua e lábios.

Diagnostico
A síndrome de Behçet é difícil de estabelecer um diagnostico, pois não existe
um diagnostico especifico para esta síndrome, o critério requer a presença de
ulcerações na cavidade bucal, com tudo é reconhecido que 2 a 3 % dos
pacientes não tem essa característica.

Causa
A Causa e a patogenia da síndrome de Behçet são ainda pouco claras, a
evidencias de fatos genéticos, imunológicos e infecciosos.
Critérios específicos da doença
Ulcerações recorrentes: Aftas maiores, menores ou herpetiformes;
Ulcerações genitais recorrentes: Ulcerações semelhantes a aftas;
Lesões oculares: uveite posterior ou anterior células em vitral sobe exame de
lâmpada fenda; vasculite da retina;
Lesões cutâneas: eritena nodoso, pseudofoliculite ou lesões pápulo-
pustulares;nódulos acqueneiformes observados nos pacientes após a
adolescência,que não estão usando corticosteroides;
Teste positivo de pategia: leitura medica em 24 a 48 horas
A natureza integrante dessa síndrome é baseada em sinais e sintomas, a
síndrome apresenta ulcerações oro genitais recorrentes, uveitse, incluindo
envolvimento sistêmico articular, gastrointestinal, cardiopulmonar, neurológico e
vascular, sendo ela por prolongados períodos de tempo. A também o
comprometimento vascular na síndrome Behçet que pode consistir em
tromboflebitis,aneurisma e oclusões artérias,percebido em aproximadamente
25% dos pacientes.

Tratamento
O pode ser feito com corticosteroides tópicos ou intralesionais. Nos casos mais
graves, esses tratamento pode ser combinado ao uso oral de colchicina ou
dapsona.Os pacientes resistentes a esse tratamento conservador
frequentemente requerem o uso de talidomida, de baixa dose de metotrexato
ou corticosteroides sistêmicos. As alterações sistêmicas ou oculares graves
requerem o uso de corticosteroides, ciclosporina, azatioprina, interferonalfa
dois A.

Cuidados de enfermagem
Ficar atendo a verbalização do paciente quanto à dor, perfusão periférica e
tissular, risco para infecção. Assistência de enfermagem adequada na higiene
da cavidade ocular, faríngea e íntima, hidratação com a pele, apoio
psicoemocional, para que ele retorne o mais rápido possível a atividades de
vida diária.

Você também pode gostar