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U-SWEAT-Biosense

Biossensor de ureia no suor

Dispositivos Médicos I
Professora Anna Sardinha

Trabalho realizado por:


Marlene Rodrigues 170242041
Dispositivo médico que possibilita detetar os níveis
de Ureia no suor:

Trata-se de um dispositivo que permite mesurar a quantidade de ureia que


é excretada pelo suor.
O suor é constituído essencialmente por água. No entanto, é possível,
também, encontrar substâncias como cloreto de sódio e ureia. Estas
substâncias, nos Humanos, tendem a ser acumulados no suor de pacientes
insuficiência renal. Este fluido é libertado pelas glândulas sudoríparas na
pele dos mamíferos.
Ureia é uma substância produzida no fígado a partir da amônia, resultante
do metabolismo das proteínas. Esta é filtrada pelos rins e
consequentemente excretada através da urina e do suor.
A quantificação de ureia é de grande importância, pois a partir deste dado
podemos constatar a boa funcionalidade ou não dos rins. Estudos
comprovaram que os níveis de ureia no suor estão dependentes da boa
funcionalidade dos rins, responsáveis pela filtração desta substância.
Observou-se que pacientes com insuficiência renal tendem a libertar uma
maior quantidade de ureia no suor que os pacientes saudáveis.
Portanto, com este dispositivo é possível identificar a possibilidade de
problemas renais de forma rápida. No entanto, não consegue detetar de
forma especifica o problema que o paciente apresenta, sendo que em caso
de altos níveis de ureia no suor deverão ser realizados outros exames
subsequentemente que indiquem com mais especificidade o problema
existente.
Constituintes:

- Biossensor constituído por um bio recetor com urease;


- Interface externa;
- “Penso” onde se encontra o biossensor;

Modo de Utilização:
É um dispositivo de fácil utilização sendo que apenas é necessário colocar o
“penso” onde se encontra o biossensor no corpo num local onde seja
possível observar a produção suor. Ativar o dispositivo e ler os resultados
no software, para onde são enviados os dados.
O dispositivo tem maior eficácia se usado durante atividades que permitam
a produção de suor. Desta forma, o dispositivo consegues analisar a
quantidade de ureia mais eficientemente.

Classificação do dispositivo:

Trata-se de um dispositivo:
- Da classe I, sendo que não advém de riscos para o paciente.
- Duração: Temporário;
- Não invasivo;
Modo de funcionamento:

Após a colocação do dispositivo, o biossensor irá entrar em contacto com o


suor, realizará a análise e transmitirá os seus dados através de uma conexão
sem fios para uma interface externa, permitindo que o paciente ou o
médico possa ler os níveis de ureia.
A análise é realizada graças ao biossensor eletroquímico, que que utiliza
um transdutor que consiste num elemento biológico, que reconhece o
analito alvo e o elétrodo, que se trata de um transdutor, que "traduz" o
fenômeno do bio reconhecimento num sinal elétrico útil. Portanto
podemos observar no biossensor três constituintes essenciais,
nomeadamente:

 Um elemento sensor biológico, que neste caso trata-se de uma enzima.


A enzima que irá ser utilizada será a Urease. Esta enzima catalisa a
hidrólise da ureia em dióxido de carbono e amónia. Desta forma dá-se a
conversão desta enzima em amónia que é detetável pelo sensor.

Reação:

(NH₂)₂CO + H₂O → CO₂ + 2NH₃

As principais razões para se utilizar as enzimas como biossensor são a


habilidade de catalisar uma larga escala de reações, terem potencial
para detetar diversos tipos grupo de analitos (substrato, produto,
inibidores, e modeladores de atividade catalítica) e a adequabilidade
com vários métodos de transdução para deteção do analito.

Apesar da existência de inúmeras possibilidades de sensores biológicos,


as enzimas são mais indicadas, pois não são consumidas em reações, o
biossensor pode ser usado mais do que uma vez e a sua especificidade
apoia á facilidade de deteção dos níveis da substância em questão,
sendo que apenas detetará esta. No entanto, a vida útil do sensor é
limitada pela estabilidade da enzima.

 o transdutor ou o elemento detetor, que se trata de um elemento que


transforma o sinal resultante da interação da ureia com o elemento
biológico num outro tipo de sinal pode ser mais facilmente medido e
quantificado. É utilizada neste transdutor um elétrodo seletivo de
amónia, que permitirá apenas obter dados relativamente a esta
substância.
 dispositivo de leitura do biossensor, constituído por processadores
eletrónicos que irá ser responsável pela exibição dos resultados obtidos,
isto é, a quantidade de ureia no suor.

Sensor Biológico: Formação de iões de


amónia e dióxido de
ENZIMA -> UREASE
carbono

Transdutor:

Elétrodos sem sensíveis á amónia

Transformação e envio Leitura da quantidade


das informações para de amónia através dos
o software elétrodos
Figura 1: Estrutura de um
biossensor

Vantagens:
O biossensor para retirar os níveis de ureia é:
- É, praticamente, imediato a obter a quantidade de ureia;
- Fácil de utilizar, um individuo normal pode facilmente o utilizar;
- Fiável na obtenção dos dados, graças á especificidade;
- Economicamente mais rentável e simples que os outros exames;

Limpeza/ Desinfeção:

O dispositivo deve ser desinfetado através de uma desinfeção química de


baixo nível, pois trata-se de um dispositivo que apresenta baixo risco de
infeções. Não deve ser lavado manualmente, pois a utilização de água
poderá corromper as funcionalidades deste.
A desinfeção química diminui o risco de estragos, principalmente, para o
biossensor. Poderá ser utilizado como desinfetante o álcool etílico a 70%
através de fricção moderada.
Bibliografia:
Figura 1: Estrutura de um biossensor
https://www.google.com/search?biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=UVXXXKK8KuWAjLs
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