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REDAÇÃO COMENTADA

Tema: A prática de bullying nas escolas do Brasil

Introdução: Apesar de definida a tese, é necessário contextualizar o tema. Em outras palavras,


o leitor precisa saber o motivo da temática ser um problema, para ele poder focalizar o real
interesse e a devida função do texto. Assim, a utilização de conhecimentos externos faz-se ne-
cessária, ou a conceituação, para que seja compreendida a mensagem.

Desenvolvimento I: É necessário atentar-se ao início do parágrafo, pelo fato de ter sido utili-
zado o termo “antes de mais nada”, indicando uma interação conversacional no texto. Não é
recomendado dar esse formato de interação, uma vez que se pode substituir por termos como
“em primeiro lugar”, “em primeira análise”, entre outros. Além disso, há a clara necessidade de
comprovação dos pontos de vista levantados.

1 É evidente que a prática do bullying não é uma temática recente


2 no contexto global. Na atualidade brasileira esse tipo de agressão também
3 é presente, sendo uma questão governamental a partir de 2016, ano
4 em que a prevenção e combate ao bullying se tornaram lei. Desse modo,
5 faz-se necessário evidenciar as motivações da prática, assim como cons-
6 cientizar a população, seja no ambiente familiar ou escolar, de uma luta
7 recente para o cenário nacional.
8 Antes de mais nada, é necessário compreender a importância das
9 escolas para o combate ao ato. Isso porque é por meio dela que a exposição
10 dos atos será dada, assim como a importância do diálogo para auxiliar os
11 jovens. Isso acaba acarretando à falta de espaço para que o jovem sinta
12 confiança em expor suas aflições; não obstante, também ressalta a impor-
13 tância de as instituições educacionais abordarem o assunto dentro e fora
14 da escola, para que o jovem se sinta seguro perante aos outros alunos e
15 até mesmo em relação aos professores.
16 Apesar da prática ser praticada, majoritariamente, no ambiente
17 escolar, a família também possui grande importância para o combate
18 desse ato. Para isso, porém, é necessário que haja atenção dos responsá-
19 veis sobre os jovens para a percepção dos sinais. De acordo com a pesquisa
20 feita em 2017 pela Escola de Enfermagem de Riberão Preto (USP), a má
21 relação com os familiares é um dos fatores que afetam o comportamen-
22 to das crianças e adolescentes dentro da sala de aula, gerando inúmeros
23 problemas para os jovens.
24 Fica claro, portanto, que por essa ser uma prática recente no con-
25 texto brasileiro, necessita ser abordada para sua real erradicação. De-
26 ve-se levar a discussão do assunto para o ambiente familiar, através de
27 orientações da própria escola, para que os responsáveis sejam alertados
28 e possam compreender o que se passa com suas crianças. Somente assim
29 será possível evitar que novas Carries sofrerão no ambiente escolar, possi-
30 bilitando-as o diálogo e melhores relações futuras.

Desenvolvimento II: Ao contrário do primeiro desenvolvimento, pode ser visto nesse parágrafo
a construção de conhecimentos gerais para evidenciar o argumento. No entanto, não há uma
conclusão do que o dado pode oferecer, o que pode influenciar para uma ineficiência do co-
nhecimento trazido, sendo necessária a complementação de ideias.

Conclusão: Uma vez abordado nos parágrafos de desenvolvimento a intervenção da escola e da família, deve-se levar
para a intervenção soluções com os mesmos agentes. Sendo assim, faz-se necessário evidenciar a importância da esco-
la para a erradicação da prática do bullying, além de detalhar como e para qual finalidade a ação será feita.
REDAÇÃO EXEMPLAR

Tema: A prática de bullying nas escolas do Brasil

Sugestão de reescrita:

1 É evidente que a prática do bullying não é uma temática recente no contexto global. Em 1977 já se

2 apresentava no contexto cinematográfico as consequências desse problema, através do filme Carrie, a Estranha,

3 em que a tímida jovem protagonista sofre uma armadilha pensada por seus colegas de classe para humilhá-la
4 no baile de formatura. Na atualidade brasileira esse tipo de agressão também é presente, sendo uma questão
5 governamental a partir de 2016, ano em que a prevenção e combate ao bullying se tornaram lei. Desse modo,
6 faz-se necessário evidenciar as motivações da prática, assim como conscientizar a população, seja no ambiente

7 familiar ou escolar, de uma luta recente para o cenário nacional.

8 Em primeiro lugar, é necessário compreender a importância das escolas para o combate ao ato. Isso

9 porque é por meio dela que a exposição dos atos será dada, assim como a importância do diálogo para auxiliar os
10 jovens. Segundo o IBGE, em 2015 a maior incidência dos casos desse tipo de agressão ocorre nas escolas, tendo
11 a aparência física como principal recorte. Isso é devido ao não comprometimento escolar em cumprir a lei do
12 combate ao bullying, acarretando à falta de espaço para que o jovem sinta confiança em expor suas aflições; não
13 obstante, também ressalta a importância de as instituições educacionais abordarem o assunto dentro e fora da
14 escola, para que o jovem se sinta seguro perante aos outros alunos e até mesmo em relação aos professores.
15 Apesar da prática ser praticada, majoritariamente, no ambiente escolar, a família também possui grande
16 importância para o combate desse ato. Para isso, porém, é necessário que haja atenção dos responsáveis sobre
17 os jovens para a percepção dos sinais. De acordo com a pesquisa feita em 2017 pela Escola de Enfermagem de
18 Riberão Preto (USP), a má relação com os familiares é um dos fatores que afetam o comportamento das crianças
19 e adolescentes dentro da sala de aula. Nesse sentido, uma vez que o espaço de acolhimento se vê corrompido, os
20 problemas externos tendem a se agravar e, consequentemente, trazendo mais problemas para a pessoa que sofre
21 com o bullying. Como no ambiente cinematográfico, por ter uma mãe e um ambiente familiar desequilibrado,
22 Carrie não possuía meios para expressar seus sentimentos sobre a escola e seus anseios em relação aos colegas.
23 Fica claro, portanto, que por essa ser uma prática recente no contexto brasileiro, necessita ser abordada
24 para sua real erradicação. Sendo assim, deve-se abordar o tema nas escolas, por meio de aulas informativas,
25 com a presença de um psicólogo, para que o jovem tenha segurança de expor seus sentimentos e apresentar seus
26 anseios, uma vez que um profissional da área da saúde conseguirá direcioná-lo para um melhor tratamento. Além
27 disso, deve-se levar a discussão do assunto para o ambiente familiar, através de orientações da própria escola,
28 para que os responsáveis sejam alertados e possam compreender o que se passa com suas crianças. Somente assim
29 será possível evitar que novas Carries sofrerão no ambiente escolar, possibilitando-as o diálogo e melhores relações
30 futuras.

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