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Linguística
Unidade I:
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Unidade: Correntes Modernas da Linguística
Introdução
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O Funcionalismo
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Para compreendermos o que Jakobson quis dizer, seria melhor
entendermos primeiro o termo “funções da linguagem”.
Trask (2004, p.121) afirma que a linguagem é utilizada para realizar uma
série de funções que podem ser comunicativas, ou não. Veja alguns exemplos:
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2. O receptor – quando se tem por objetivo atingir a(s) pessoa(s) a quem a
mensagem é dirigida, fazendo-as tomar uma determinada atitude, está
se fazendo uso da função conativa. Ela é bastante comum nos textos
publicitários, ou nas mensagens motivacionais.
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Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
co.mu.ni.ca.ção
sf (lat communicatione) 1 Ação, efeito ou meio de comunicar. 2 Aviso,
informação; participação; transmissão de uma ordem ou reclamação. 3 Mec
Transmissão. 4 Relação, correspondência fácil; trato, amizade. 5 Sociol
Processo pelo qual idéias e sentimentos se transmitem de indivíduo para
indivíduo, tornando possível a interação social.
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(Dicionário Michaelis Online)
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Podemos concluir, pelos elementos apresentados, que a Linguística
Sistêmica de Halliday, dá grande importância ao texto como objeto de análise,
e, por conseguinte, para os elementos responsáveis pela coesão e coerência.
A Pragmática
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capazes de compreender o sentido cômico da mensagem, pois, inicialmente,
conhecemos a fama de gulosa da personagem Magalí, criada por Maurício de
Sousa, bem como entendemos que, quando o pipoqueiro pergunta: “E a
garotinha?”, ele tinha em mente: “A garotinha também vai querer um saco de
pipocas?”
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simplesmente “Tenho”, mas entende que essa pessoa quer saber “Que horas
são?”, e assim você a informa do horário atual.
Todo esse repertório faz parte de uma cultura comum e, apesar dos
elementos textuais não explicitarem o que se quer comunicar, há interação
entre as pessoas envolvidas.
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Teoria dos Atos de Fala
Essa teoria, desenvolvida por John Austin, foi um dos pontos iniciais da
Pragmática e embasa-se na ideia de que “a linguagem não tem uma função
descritiva, mas uma função de agir. Ao falar, o homem realiza atos” (FIORIN,
2005, p.166).
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de um enunciado performativo e é a elas que Austin dedicará parte de seus
estudos sobre este assunto.
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estaremos descrevendo ações e não as realizando por nossas palavras.
A teoria dos atos de fala serviu de base para muitos outros estudos
pragmáticos como as questões relacionadas à polidez do discurso, às Unidade: Correntes Modernas da Linguística
variações sócio-culturais e às máximas conversacionais.
Máximas Conversacionais
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denominadas máximas conversacionais. São elas:
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Uma última distinção que precisa ser estabelecida entre os conceitos
propostos pela Pragmática refere-se aos pressupostos e subentendidos.
Vejamos, portanto, do que se trata.
Pressupostos e Subentendidos
Veja o exemplo:
O segundo conteúdo implícito depende de um contexto particular, não Unidade: Correntes Modernas da Linguística
sendo necessariamente aplicável a qualquer situação. Temos aqui um implícito
denominado subentendido.
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Por seu lado, os subentendidos são as informações que se pode inferir
de um enunciado dependendo das situações de comunicação. Dessa forma,
um mesmo enunciado pode conter subentendidos diferentes para diferentes
indivíduos.
Análise da Conversação
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O Projeto NURC iniciou suas pesquisas na UNICAMP, na década de 1980, e, posteriormente, um
segundo grupo de pesquisas foi aberto com sede na USP.
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http://americancorner.hu/userfiles/Image/conversation1.jpg Acesso 02/03/10
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Dentre os itens observados na AC estão:
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Numa conversa espontânea não é possível prever o rumo que esta irá
tomar, entretanto, pode-se observar uma cooperação entre os participantes, de
modo a gerar um processo de produção de sentidos, estruturado e funcional.
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T9 L: que idade têm”
T10 R: têm já 15 anos / ela vai fazê 15 e ela vai fazê 12
T11 L: é né
T12 R: é
Com relação à transcrição, ela precisa ser o mais fiel possível, sem a
interferência ou interpretação do pesquisador. Por essa razão, não se pode
completar ou adaptar elementos que não ficaram audíveis.
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NORMAS PARA TRANSCRIÇÃO
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as realizações entonacionais (tom de voz, velocidade da fala) e gestuais
(sorriso, olhar, gestos) que ocorrem durante a conversação, pois, ao falarmos,
utilizamos não somente a voz, mas também o corpo e podemos tanto confirmar
nossas palavras pelas informações não verbais, quanto, em certos momentos,
podemos dizer algo diferente por meio de nossas atitudes durante o processo
de conversação.
Bons estudos!
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Profª. Ms.Sandra Moreira
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