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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil
Disciplina: Estruturas de Concreto II
Professor: Rafael Alves de Souza
a
lad
tro
on
oC
sã
a
lad
tro
on
T oC
Figura 1 - Modelo de treliça espacial para cálculo de vigas de concreto armado à torção
no intervalo de 30º ≤ θ ≤ 45º. Deve-se observar que na combinação de torção com força
cortante, o projeto deve prever ângulos de inclinação das escoras de concreto θ
coincidentes para os dois esforços.
er
Sempre que a torção for necessária ao equilíbrio do elemento estrutural, deve existir
armadura destinada a resistir aos esforços de tração oriundos da torção. A Figura 2
eV
P
ide
Sl
Asw f
ρ sl = ρ sw = ≥ 0,2 ctm
bw ⋅ s f ywk
a
lad
Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da torção de compatibilidade, é
possível desprezá-la, desde que o elemento estrutural tenha a adequada capacidade de
adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados sem considerar os
efeitos por ela provocados. A Figura 3 procura ilustrar alguns casos de torção de
tro
compatibilidade.
on
P
P
oC
Figura 3 - Exemplos práticos de torção de compatibilidade
sã
er
eV
sd
ide
Sl
2 - Resistência à Torção Pura
2.1) Critérios de Cálculo
Tsd ≤ Trd 2
a
Tsd ≤ Trd3
lad
Tsd ≤ Trd 4
tro
Trd2 representa o limite dado pela resistência das diagonais de concreto comprimidas,
sendo calculado pela NBR 6118 (2003) através da seguinte expressão:
on
Onde: oC
α v 2 = (1- fck)/250, com fck em MPa;
θ = Ângulo de inclinação das diagonais de concreto, arbitrado no intervalo 30º≤ θ ≤45º;
Ae = Área limitada pela linha média da parede de seção vazada, real ou equivalente,
incluindo a parte vazada;
sã
Trd3 representa o limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo do
elemento estrutural. Essa parcela é calculada pela seguinte expressão:
eV
A
Trd3 = 90 ⋅ f ywd ⋅ 2 Ae ⋅ cot θ
s
sd
Onde:
Trd 4 representa o limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais,
paralelas ao eixo do elemento estrutural. Essa parcela é definida pela seguinte
expressão:
Sl
A
Trd 4 = s ⋅ f ywd ⋅ 2 Ae ⋅ tg θ
u
Onde:
a
A Figura 4 ilustra, qualitativamente, as respostas de duas vigas de seção retangular
lad
sujeitas à torção. A primeira de seção maciça e a outra de seção vazada com o mesmo
contorno da primeira, ambas com a mesma armadura de torção. As duas seções
apresentam momentos torçores últimos praticamente iguais e os ensaios mostram que a
resistência à torção é mobilizada, quase que integralmente, junto a capa externa da
tro
seção transversal.
on
T oC
sã
er
eV
l
Figura 4 - Ensaio experimental de peças submetidas à torção
De acordo com a NBR6118 (2003), para seções cheias, a seção vazada equivalente se
sd
define a partir da seção cheia com espessura de parede equivalente he dada por:
A
he ≤
ide
u
he ≥ 2 ⋅ c1
Onde:
Sl
O momento de torção total deve ser distribuído entre os retângulos conforme sua rigidez
a
elástica linear. Cada retângulo deve ser verificado isoladamente com a seção vazada
equivalente discutida anteriormente, no caso de seções poligonais convexas cheias.
lad
Assim, o momento de torção que cabe ao retângulo; (Tsdi ) é dado por:
a i ⋅ bi
3
Tsdi = Tsd
tro
ai 3 ⋅ bi
Onde:
on
a = menor lado do retângulo;
b = maior lado do retângulo.
vazada equivalente.
Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envolvendo as
er
estribo deve ser maior ou igual a 5,0 mm, sem exceder 1/10 da largura da alma da viga.
Maiores detalhe sobre os ganchos dos estribos podem ser encontrados no item 9.4.5.4
da NBR6118 (2003).
sd
2 cm 2 cm
ah ≥ av ≥
φ barra φ barra
1,2 φ 0,5φ
agregado agregado
a
lad
tro
on
oC
sã
er
eV
sd
ide
Sl
3 - Solicitações Combinadas
3.1) Flexão e Torção
a
lad
No banzo comprimido pela flexão, a armadura longitudinal de torção pode ser reduzida
em função dos esforços de compressão que atuam na espessura efetiva he e no trecho
comprimido Au correspondente à barra ou feixe de barras consideradas. As tensões
principais de compressão na região comprimida à flexão devem ser limitadas a 0,85 fcd,
tro
sendo a tensão principal calculada em estado plano de tensões por:
on
σ fd σ fd
2
σ II = + + τ td 2
oC 2 2
Tsd
τ td =
2 ⋅ Ae ⋅ he
er
seguinte expressão:
Vsd Tsd
+ ≤ 1,0
Vrd 2 Trd 2
ide
Onde:
Vsd e Tsd são os esforços de cálculo que agem concomitantemente na seção.
Sl
4 - Exemplo Prático
Para a viga em concreto armado apresentada abaixo, pde-se dimensionar e detalhar as
armaduras longitudinais e transversais necessárias para absorver os esforços de
momento fletor, força cortante e momento torçor. Utilizar aço CA50, concreto C25 e
cobrimento de armaduras de 2,0 cm.
a
5 kN m/m
lad
50 cm
30 kN/m
tro
6,0m
30 cm
on
oC
90KN +
DEC
- 90KN
15KN m +
sã
- DET
15KN m
er
90KN m -
eV
-
+ + DMF
45KN m
sd
Vrd 2 = 0,27 ⋅ α v 2 ⋅ f cd ⋅ bw ⋅ d
f ck
α v = 1 − = 0,90
250
Sl
1,6
d = h − c − φt − φ l = 50 − 2 − 1 − = 46,20cm
2 2
2,5
Vrd 2 = 0,27 ⋅ 0,90 ⋅⋅ 30 ⋅ 46,20 = 601,425 kN
1,4
Como Vrd 2 > Vsd = 1,4 ⋅ 90 = 126 kN tem-se grande possibilidade de não ocorrer a ruptura
da diagonal do concreto comprimido.
Vsd ≤ Vrd 3 = Vc + Vsw
Asw Vsw
=
s 0,9 ⋅ d ⋅ f ywd ⋅ (senα + cos α )
Asw 126
= = 6,96 cm ² / m
a
s 0,9 ⋅ 0,462 ⋅ 43,48
lad
Vsd < 0,67 ⋅Vrd 2 → s max = 0,6 ⋅ d = 27,72 cm < 30 cm
Asw,min f ctm
tro
ρ sw, min = ≥ 0,2
bw ⋅ s ⋅ senα f ywk
2 2
f ctm = 0,3 ⋅ f ck = 0,3 ⋅ 25 = 2,56 MPa
3
on
3
b) Dimensionamento à Flexão
sã
Para Mk = 90 KN.m
er
x 23 = 0,259 ⋅ d = 11,96cm
x34 = 0,628 ⋅ d = 29,01cm
eV
Md
x = 1,25 ⋅ d 1 − 1 −
0,425 ⋅ bw ⋅ d ⋅ f cd
2
sd
1,4.90.100
x = 1,25 ⋅ 46,20 1 − 1 − x = 8,04cm → Domínio 2
0,425 ⋅ 30 ⋅ 46,20 ⋅ (2,5 / 1,4)
2
ide
Md 1,4.90.100
As = = = 6,74cm² → 3φ 20mm
Sl
0,15
As ,min = ⋅ bw ⋅ h = 2,25cm ²
100
c) Dimensionamento à Torção
C1
a
Cálculo da parede e da área equivalente:
lad
A 0,30 ⋅ 0,50
he ≤ = = 0,093 m = 9,375 cm
u 2 ⋅ (0,3 + 0,5)
2
he ≥ 2 ⋅ c1 = 2 ⋅ 2 + 1 + = 8 cm
tro
2
Será adotado he = 8cm
Ae=(30-8) (50-8)
on
Ae=924cm²
oC
2,5
sã
A90 Tsd 21
= = = 2,61cm ² / m (As por face).
s f ywd ⋅ 2 ⋅ Ae ⋅ cot θ 43,48 ⋅ 2 ⋅ 924 ⋅ 10 −4 ⋅ cot g 45º
sd
Asl Tsd 21
= = = 2,61cm ² / m
u 2 ⋅ Ae ⋅ fywd ⋅ tgθ 2 ⋅ 924 ⋅ 10 ⋅ 43,48 ⋅ tg 45º
−4
ide
Asw f
ρ sl = ρ sw = ≥ 0,2 ⋅ ctm
bw ⋅ s f ywk
Sl
2
A 25 3
ρ sl = ρ sw = sw ≥ 0,2 ⋅ 0,3
bw ⋅ s 500
Asw
= 0,102% ⋅ b = 3,07cm ² / m
s
A A
Logo 90 = sl = 3,07cm ² / m
s u
d) Solicitações Combinadas
d.1) Flexão + Torção
σ fd σ fd
2
σ II = + + τ td 2 ≤ 0,85 ⋅ fcd = σ c
2 2
a
Rsd
lad
z
d
Rcd x
tro
0,8x
s fd
on
z = d − 0,4 ⋅ X
oC
Rcd = σ fd ⋅ Ac → Rcd = σ fd ⋅ Ac
M ud
M ud = Rcd ⋅ z → Rcd =
z
sã
Igualando Rcd nas duas expressões anteriores, pode-se obter a seguinte expressão:
er
M ud
σ fd =
Ac ⋅ z
eV
2
Para Mk = 90 (Situação mais crítica), tem-se d = 50 − 2 − 1 − = 46cm
1
sd
1,4 ⋅ 90 ⋅ 100
σ fd = = 1,51kN / cm²
30 ⋅ 0,8 ⋅ 8,08 ⋅ (46 − 0,4 ⋅ 8,08)
TSd 1,4 ⋅ 15
ide
τ td = = = 0,14kN / cm ²
2 ⋅ Ae ⋅ he 2 ⋅ 924 ⋅ 0,08
2
1,51
Sl
1,51
σ II = + + 0,14 2
= 1,52kN / cm²
2 2
σ c = 0,85 fcd ≅ 1,52kN / cm²
σ II ≅ σ c OK !
d.2) Cortante e Torção
Vsd Tsd
+ ≤ 1,0
Vrd 2 Trd 2
126 21
+ = 0,56 ≤ 1,0 OK !
601,425 59,4
a
e) Resumo das Armaduras Calculadas
lad
e.1) Armaduras Transversais
Asw
= 6,96cm ² / m (Cortante)
tro
s
A90
= 3,07cm ² / m (Torção)
s
on
Estribos por face (Torção + Cortante):
6,96
3,07 + = 6,55 cm² / m φ10c / 10cm
oC
2
u
eV
= 136cm
ide
136
= 34 cm < 35cm → Ok!
4
5 - Referências Bibliográficas
a
lad
tro
on
oC
sã
er
eV
sd
ide
Sl