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Dessa forma, ao levar em conta os dez anos do estabelecimento do NASF como vetor do
apoio matricial nas redes de saúde, evidencia-se a necessidade avaliar esse processo,
buscando estabelecer prioridades para as agendas de pesquisa e intervenção a partir
desses serviços.
51. Oliveira MM, Campos GWS. Apoios matricial e institucional: analisando suas
construções. Cienc Saude Colet. 2015; 20(1):229-38.
52. Vingilis E, Paquete-Warren J, Kates N, Crustolo A, Greenslade J, Newman S.
Descriptive and process evaluation of a shared primary care program. Internet J Allied
Health Sci Pract. 2007; 5(4):1-10.
53. Kelly BJ, Perkins DA, Fuller JD, Parker SM. Shared care in mental illness: a rapid
review to inform implementation. Int J Ment Health Syst. 2011; 5:31.
A necessidade de debate sobre esse tema advém dos problemas que são enfrentados tanto em
nível local quanto mundial sobre o mau uso dos medicamentos. Segundo dados da OMS, é
estimado que mais da metade dos medicamentos sejam inadequadamente prescritos,
dispensados e/ou vendidos, e que metade dos pacientes os utilizem incorretamente[3]. No
Brasil, a maior causa de intoxicações está relacionada aos medicamentos segundo dados do
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX)[4].
Mudanças na Política
Nacional de Atenção Básica:
entre retrocessos e desafios
A Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido pensada, internacionalmente, desde o início
do século XX, com destaque para o seu desenho no relatório Dawson de 1922,
materializando-a na figura do médico geral, no contexto de uma rede territorial de serviços
nucleada a partir dos centros primários, com autoridade sanitária regional. Esta formulação
serviu de base para a construção do Serviço Nacional de Saúde inglês, importante
referência de sistema público e universal de saúde1.
A conferência internacional de Alma Ata, no final dos anos 1970, influenciada pelo cenário
político econômico dos países e pelos custos do setor saúde2, incorporou elementos
dessas experiências, propondo os cuidados primários em saúde como elemento central
para mudanças no setor saúde e na vida social3.
Diferentes países do mundo têm APS no seu sistema de saúde. O ideário de Alma Ata é
frequentemente destacado como marco fundamental para a APS, com traduções e
incorporações heterogêneas nos países, ora como APS seletiva, ora como APS ampliada,
com forte influência de organismos internacionais5.