Você está na página 1de 4

Escola e Curso Habilis

Campina Grande – PB, 08/10/2019.

Disciplina: Literatura

Turma: 2º ano

Integrantes: Emilie Moura, Júlia Falconi, Maria Eduarda Barbosa, Maria Eduarda Moraes.

Arte Naïf
Estudo histórico
Arte naïf é um conceito da crítica e história da arte desenvolvido a partir do reconhecimento da
obra de Henri Rousseau (1844-1910), um pintor autodidata que expôs suas pinturas no Salão dos
Independentes de Paris, em 1886. Suas pinturas despertaram a ironia de críticos acadêmicos, que o
chamaram de naïf (ingênuo ou inocente, em francês), mas foram valorizadas por figuras da vanguarda
como o poeta Guillaume Apollinaire, o dramaturgo Alfred Jarry, e os pintores Robert Delaunay, Paul
Signac, Picasso, Matisse, Paul Gauguin e Kandinsky. Elas não guardavam nenhuma das convenções da
arte acadêmica, a corrente dominante, contra a qual os Independentes lutavam, e tampouco se
assemelhavam com eles, em geral alinhados às correntes impressionista e pré-modernista. Segundo
Maria Helena Freitas, "quando o artista Henry Rousseau foi rotulado com o termo naïf, com o objetivo
de menosprezar a sua obra, ocorreu o inverso; as inúmeras críticas desfavoráveis, que no início levou o
público às risadas, com o passar do tempo, acabaram por despertar a atenção e curiosidade para
conhecer o seu trabalho, com a posterior aceitação do seu estilo".

Legado da Arte Naif


A partir deste modelo as características do seu estilo foram projetadas sobre a obra de inúmeros
outros artistas, do passado e do presente, identificando padrões gerais recorrentes. A aceitação desta
forma de arte cresceu constantemente ao longo do século XX, foi mesmo uma influência importante
para algumas correntes da vanguarda, e nas últimas décadas vem ganhando um público mais amplo de
especialistas e leigos. Muitas exposições são programadas pelo mundo todos os anos, muitos museus se
dedicam exclusivamente a esta forma de manifestação, e em muitos outros ela tem algum espaço.
Mesmo assim, ainda permanece como uma expressão marginal no grande mercado, e para muitas
pessoas essa arte sequer é arte verdadeiramente.

Principais artistas
Henri Rousseau foi um artista francês que nasceu em 1844. Sem formação acadêmica, o pintor
foi autodidata teve sua produção julgada na época, pois segundo os críticos, eram obras consideradas
"infantis", porém, teve o reconhecimento das vanguardas artísticas europeias, sendo considerado o
precursor da arte naïf.

(Mandrill na Selva)
Camille Bombois nasceu em 1883, na França. Foi um pintor de origem humilde que trabalhou na
lavoura na adolescência e nas horas livres gostava de pintar telas. Tinha demasiado apreço em
representar cenas de circo e, mais tarde, ingressou em um circo itinerante. Seu trabalho foi comparado
ao de Henri Rousseau, devido ao caráter ingênuo de suas pinceladas.

(Before Entering the Ring)

Séraphine Louis foi uma artista francesa. Ela nasceu em 1864 e vinha de uma família pobre. Órfã
de pai e mãe, foi criada pela irmã mais velha. Não teve formação acadêmica, mas apreciava pintar.
Encontrou na natureza e na arte uma forma de deixar sua existência mais feliz.

(Deux Grandes Marguerites)


Análise das propostas técnicas do movimento
 Autodidata, resultado da inexistência de formação acadêmica no campo artístico;
 Recusa ou mesmo desconhece o uso dos cânones da arte acadêmica;
 Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa;
 Não existe perspectiva geométrica linear. O artista não utiliza as regras da perspectiva, definida
pelos renascentistas, como a redução do tamanho dos objetos proporcionalmente à distância, a
redução da intensidade das cores e da precisão dos detalhes de acordo com a distância;
 Detalhamento das figuras e dos cenários;
 Desprezo pela representação fiel da realidade;
 Colorido exuberante;
 Pinceladas contidas com muitas cores.

Você também pode gostar