Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Faculdade de Engenharia de Pesca. Instituto de Estudos Costeiros. Universidade Federal do Pará.
Bragança, Pará. Brasil. *galileu@ufpa.br
2
Departmento de Medicina Veterinária. Universidade Federal de Lavras. Lavras, Minas Gerais. Brasil.
3
Departmento de Zootecnia. Universidade Federal de Lavras. Lavras, Minas Gerais. Brasil.
RESUMO
Os ritmos biológicos são definidos como envolvidas na transdução do sinal fótico para
qualquer evento que se repete de maneira regular estabelecer um rítmo circadiano em peixes. O
em um organismo, sendo um evento cíclico carac- acoplamento entre essas estruturas pode variar
terizado por um ambiente do qual o animal pode se em cada indivíduo de acordo com as condições
adaptar. Os peixes, quando submetidos ao ciclo fisiológicas e ambientais, resultando em uma
diário de luz/escuro do fotoperíodo demonstram plasticidade no sistema circadiano de peixes
um padrão de atividade locomotora que os podem teleósteos. A manipulação do fotoperíodo com
classificar como diurnos, noturnos e crepuscula- objetivo de aprimorar o crescimento dos peixes
res. Este ciclo de luz/escuro tem sido considerado tem se tornado cada vez mais frequente dentro da
um dos mais importantes fatores ambientais produção de várias espécies de interesse comer-
sincronizadores do ritmo biológico, sendo o fator cial. O fotoperíodo, dentre outros fatores
chave para sincronização do ritmo de atividade em ambientais, é o que apresenta maior influência
peixes. O ciclo alimentar também atua como um sobre o relógio biológico dos peixes ao afetar o
potente sincronizador sobre o controle da atividade ganho de peso, a ingestão de alimento, a eficiência
locomotora. Este é demonstrado através da alimentar, o gasto de energia, a atividade locomo-
atividade alimentar antecipatória como ritmo bioló- tora, a reprodução, bem como outros parâmetros
gico, isto é, a capacidade em que os peixes fisiológicos relacionados ao estresse. Portanto, o
conseguem prever com habilidade e antecipar controle e o conhecimento fisiológico deste ritmo
um recorrente evento que é a alimentação. biológico torna-se fundamental para otimização
Estas respostas antecipatórias à alimentação da produção de peixes.
provavelmente funcionam sob um controle
endógeno, onde os peixes precisam otimizar a SUMMARY
captura do alimento, assim como os processos
digestivos e metabólicos, para poder concentrar Biological rhythms are defined as any event
a ingestão de alimento em um menor intervalo de that repeats on a regular basis in an organism; they
tempo, melhorando, portanto, a utilização dos are cyclical events, synchronized by an
nutrientes. O controle do relógio biológico em environmental cue. When fish are submitted to the
peixes é considerado como um multifotorreceptor daily light/dark cycle of the photoperiod, they
e sistema multioscilador. A existência de um show a pattern of locomotor activity that can be
oscilador circadiano tem sido sugerida através da classified as diurnal, nocturnal or crepuscular.
pineal, retina e o cérebro, estando estas estruturas This cycle of light/dark has been considered as
one of the most important environmental factors movimentos da terra são responsáveis por
which synchronize biological rhythms, particularly recorrentes ciclos periódicos vivenciados
as a key factor for the rhythmic synchronization pelos organismos vivos. Sob tais ciclos, os
of activity in fish. The feed cycle also acts as a animais têm desenvolvido comportamentos
potent synchronizer on the control of locomotor
e mecanismos fisiológicos para antecipar
activity. This is demonstrated by feed anticipation
previsíveis mudanças no ambiente, conse-
activity as a biological rhythm, i.e., the capacity
with which fish can skillfully predict and anticipate
guindo, portanto, otimizar os processos bio-
the recurring event of regular feeding. These lógicos (Aschoff, 1981; Vera et al., 2009).
anticipatory responses to feeding probably work As mudanças ambientais atuam como um
under an endogenous control, where fish need to Zeitgeber, ou seja, um sincronizador que
optimize the capture of food as well as the digestive arrastam os ritmos biológicos em suas
and metabolic processes required in order to periodicidades, amplitude e fase (Rensing e
concentrate the feed intake in a shorter period of Ruoff, 2002; Vera et al., 2009). Várias
time, thus improving the use of nutrients. The condições devem ser atendidas para que um
biological clock in fish is generally considered to fator ambiental possa ser considerado como
be controlled by a multiphotorreceptor and um válido Zeitgeber. Portanto, quando o
multioscillator system in which pineal gland, brain
animal é exposto a um determinado fator
and retina are the main structures involved in the
externo deve haver uma relação entre a fase
photic signal transduction which establishes a
circadian rhythm in fish. The coupling between
estável e o sincronizador do ritmo. Uma vez
these structures can vary between species and que o sincronizador é suprimido, o ritmo
individuals according to physiological and biológico de funcionamento deve ser free-
environmental conditions, resulting in a plasticity run, ou seja, de livre curso da fase previa-
of the circadian system in teleost fish. Manipulation mente determinada pelo Zeitgeber (Vera et
of the photoperiod in order to enhance fish growth al., 2009).
has become increasingly common in the production Nos vertebrados, os ritmos biológicos
of several commercial species. The photoperiod, têm sido classificados de acordo com sua
among other environmental factors, presents the periodicidade, podendo ser ultradiano, que
greatest influence on the biological clock of fish, são ciclos que se repetem em intervalos de
affecting weight gain, feed intake, feed efficiency, até 20 horas; circadianos que são ciclos que
energy expenditure, locomotor activity, repro-
se repetem em intervalos de 20 até 28 horas;
duction, and other physiological parameters related
to stress. Therefore, improving our knowledge on
e infradianos que são ciclos que se repetem
the physiology of biological rhythms is essential to em intervalos maiores do que 28 horas (He-
optimize the production of fish. rrero et al., 2003; Schulz e Leuchtenberger,
2006). Dentro destes ritmos, o ciclo
RITMOS BIOLÓGICOS circadiano é considerado o mais importante
fator ambiental sincronizador dos ritmos
Os ritmos biológicos são definidos como biológicos (Vera et al., 2007) e presente nos
qualquer evento que se repete de maneira mais variados grupos de vertebrados e in-
regular em um organismo. Os ritmos mais vertebrados, sendo, portanto, um dos mais
estudados são aqueles relacionados às estudados (Vera et al., 2009).
mudanças ambientais, sendo um evento cí- Entretanto, o sincronizador Zeitgeber
clico caracterizado por um ambiente do qual compreende não só apenas os ciclos
o animal pode se adaptar. Por outro lado, as geofísicos, como também os relacionados a
mudanças não periódicas são irregulares e ciclos sociais ou com a disponibilidade de
afetam a expressão rítmica, apresentando alimento. O ciclo de disponibilidade alimen-
também um significado ecológico (Morgan, tar também é considerado um dos mais im-
2004). portantes sincronizadores para vários gru-
Os ciclos geofísicos criados pelos pos de vertebrados (Sánchez-Váquez et al.,
glândula pineal é luz sensitiva e não requer duas espécies, oftalmectomizadas, também
dos olhos para controle rítmico da produção não teriam um ciclo circadiano independente,
de melatonina (Ekstrom e Meissl, 1997). Este sendo a produção de melatonina noturna
sistema pode ser considerado como não suprimida, mantendo-se nos níveis como
especializado, com as células da pineal durante o dia. Entretanto, uma fundamental
atuando tanto na percepção da luz como na diferença com mamíferos permanece, sendo
produção de melatonina. Este fato também que a falta de um aparente ciclo circadiano
confirma que a melatonina produzida pelos independente levaria a produção de
olhos, nestas espécies, não contribui para melatonina na ausência dos olhos, no caso
os níveis plasmáticos (Migaud et al., 2007). de mamíferos (Migaud et al., 2007). Da mesma
Um diferente sistema circadiano, inter- maneira, uma organização circadiana também
mediário, pode ser exemplificado com dependente da fotorecepção da retina tem
seabass e bacalhau oftalmectomizados, que sido sugerida em um dos peixes mais primi-
resultou em um significante decréscimo da tivos, o peixe bruxa Eptatretus burgeri
produção de melatonina no período noturno (Kabasawa e Ooka-Souda, 1989).
(Migaud et al., 2007). Tais resultados As diferenças na organização circadiana
corroboram com estudos prévios com que se encontra entre os peixes são, em
seabass (Falcón et al., 2007), pássaros grande parte, em consequência da rápida
(Brandstatter, 2003) e anfíbios (Wright et adaptação a determinados nichos fóticos
al., 2006). Em todas estas espécies, os re- dentro dos quais os grupos têm sido
sultados sugerem que tanto os olhos quanto submetidos por uma variedade de pressão
a glândula pineal são necessários para sus- de seleção desconhecida (Reebs, 2002;
tentar a amplitude total dos ritmos de Migaud et al., 2007; Vera et al., 2009; Falcón
melatonina. Assim, a luz percebida pelos et al., 2010). Os peixes, sem dúvida, têm
olhos pode regular a síntese de melatonina evoluído durante longos períodos nos am-
pela glândula pineal, provavelmente, através bientes mais adversos, sendo que essa
de projeções neurais no cérebro (Yáñez e evolução deve-se a vários fatores, como
Anadón, 1998). Tais diferenças entre a por exemplo, a temperatura, o nível da água,
produção de melatonina pela pineal e retina a disponibilidade de alimento, a predação,
podem ser devido a diferentes papéis como também pelo fotoperíodo que regula o
funcionais, sendo a melatonina provenien- sistema circadiano (Migaud et al., 2007).
te da glândula pineal, a real indicadora Essas diferenças no eixo circadiano dos
endócrina do ciclo circadiano (Migaud et peixes teleósteos sugerem claramente que
al., 2007; Falcón et al., 2007; Falcón et al., uma mudança tem ocorrido dentro dessa
2010). Por outro lado, a melatonina originária classe em direção a um sistema circadiano
dos olhos pode estar envolvida em proteção compartimentado, similar ao que ocorre em
parácrina e adaptação de retina (Falcón et mamíferos (Migaud et al., 2007; Falcón et
al., 2003; Migaud et al., 2007). al., 2010). Assim, mais estudos anatômicos
A tilápia e o catfish apresentam muitas da pineal e projeções da retina fazem-se
outras diferenças em relação ao sistema necessários para melhor compreender estes
circadiano em comparação ao salmão, truta, resultados.
seabass, goldfish e o bacalhau. Trata-se da
existência de um terceiro tipo de sistema FOTOPERÍODO E CRESCIMENTO EM
circadiano, sendo este especializado. Neste PEIXES
sistema, a glândula pineal poderia ser não
luz sensitiva ou muito menos sensitiva do A manipulação do fotoperíodo com obje-
que de outras espécies de teleósteos. Além tivo de aprimorar o crescimento dos peixes
disso, alguns resultados sugerem que estas tem se tornado cada vez mais frequente
te quando se utiliza períodos extremos de que durante a criação, cuidados devem ser
fotoperíodos (24L:0E ou 24E:0L) muito dife- tomados para determinar a preferência do
rente do seu meio natural (Villamizar et al., fotoperíodo de uma determinada espécie
2011). (Villamizar et al., 2011). Assim, mais inves-
Regimes longos ou constante de luz tem tigações a este respeito são necessárias
demonstrado um efeito negativo no para estabelecer uma estratégia adequada
desenvolvimento de larvas de várias de cultivo das mais diversas espécies de
espécies (Villamizar et al., 2011). Segundo peixes.
Villamizar et al. (2009), larvas de sea bass
Europeu mantidas em condições de luz cons- FOTOPERÍODO E REPRODUÇÃO EM
tante (24L:0E) desenvolveram nadadeiras e PEIXES
dentes mais rápido do que as sob condições
de 0L:24E e 12L:12E. No entanto, sob estas Apesar da temperatura ser considerada
condições, tiveram seu bem estar compro- como o principal fator ambiental responsável
metido, como demonstrado pela reduzida pela reprodução (Migaud et al., 2002), tem
inflação da bexiga natatória 17 dias pós- sido demonstrado recentemente que a
eclosão. Sendo assim, embora o regime de manipulação do fotoperíodo também tem
luz constante proporcione o melhor um importante papel no desenvolvimento
crescimento das larvas, as mesmas não reprodutivo dos peixes (Migaud et al., 2006).
apresentavam uma adequada inflação da Segundo Amano et al. (2004), o fotoperíodo
bexiga natatória, a qual é inflada, sobretudo é responsável pelo desenvolvimento
à noite, quando as larvas dirigem-se a gonadal, exercendo uma ação direta no eixo
superfície para apanhar ar e escapar de hipotálamo-hipófise-gonadas dos peixes
potenciais predadores. teleósteos ao estimular ou inibir a produção
Além de problemas no processo de de hormônio liberador de gonadotrofina
inflação da bexiga natatória, sob-regime (GnRH), de hormônios hipofisários (FSH e
constante de luz, também há registros de LH) e outros hormônios que modulam a
deformações do esqueleto de larvas de reprodução e a maturação dos gametas. As
algumas espécies de peixes. Exemplo de tal gonadotrofinas regulam a maturação dos
fato é alta porcentagem de indivíduos gametas, estimulando as gônadas a sinteti-
com má formação da mandíbula quando zar hormônios esteróides.
larvas de sea bass Europeu foram mantidas Variações sazonais no comprimento do
em constante condição de luz (Villamizar dia estão envolvidas na iniciação da
et al., 2009). Resultado semelhante foi gametogênese em Perca fluviatilis (Migaud
demonstrado com larvas de Senegal sole et al., 2004). Um regime de luz contínua inibe
Solea senegalensis mantidas em constante a reprodução desta espécie em machos e
condição de luz, as quais apresentaram ele- fêmeas que apresentam baixos níveis de
vada proporção de má formação da mandí- hormônios esteróides ao longo do ciclo
bula quando comparadas com as sob o reprodutivo (Migaud et al., 2003). A
fotoperíodo de 12L:12D (Blanco-Vives et manipulação do fotoperíodo não influenciou
al., 2010). Além disso, os mesmos autores a maturação de fêmeas de Hippoglossus
ainda demonstraram alta taxa de mortalidade hippoglossus, no entanto, a proporção de
das larvas mantidas sob 24L:0E e 0L:24E machos maduros foi significativamente
quando comparadas com o fotoperíodo de menor em grupos criados sob luz contínua
12L:12E. (Imsland e Jonassen, 2005). Sob regime de
Como demonstrado nos exemplos luz contínua, não foram observados nenhum
supracitados, fica claro que generalizações peixe maduro ou alguma evidência de
não podem ser feitas entre espécies, sendo desenvolvimento gonadal e elevação dos
1997; Biswas et al., 2006a). Os fatores exter- As respostas terciárias ao estresse são
nos, ou seja, os agentes estressores são ocasionadas devido à exposição crônica,
detectados pelo animal, chegando esta ou seja, de modo contínuo dos animais aos
informação ao hipotálamo. Em seguida, vias agentes estressores, podendo levar a
neurais aferentes do sistema nervoso sim- alterações patológicas, como redução dos
pático partem do hipotálamo e chegam às processos reprodutivos, diminuição da
células cromafins do rim, promovendo então ingestão de alimento, da taxa de crescimento
a liberação de catecolaminas. Os níveis das e vulnerabilidade a doenças (Oba et al.,
catecolaminas se elevam rapidamente, 2009). Segundo Pankhurst eVan Der Kraak
ocorrendo a liberação na corrente sanguí- (1997) a exposição de salmonídeos a agen-
nea e uma distribuição por todo organismo, tes estressores leva à supressão do eixo
iniciando uma série de efeitos, como aumen- hipotálamo-hipófise-gônadas e resulta na
to da atividade respiratória e cardiovascular diminuição dos níveis dos hormônios
(Oba et al., 2009). Além disso, os fatores sexuais. Em machos, a exposição crônica
liberadores de corticotrofinas (CRFs), que aos agentes estressores resultou na
são transportados do hipotálamo para a redução dos níveis de gonadotropinas na
hipófise estimulam a produção e secreção hipófise, diminuição dos níveis plasmáticos
do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) de testosterona e 11-ceto-testosterona, le-
(Wendelaar Bonga, 1997). Assim, o ACTH vando a redução dos testículos e números
é liberado na corrente sanguínea, chegando de espermatozóides, quando comparado
ao tecido interrenal onde estimula a com animais em homeostase. Nas fêmeas
produção de hormônios corticosteróides, expostas aos agentes estressores ocorre a
sendo o cortisol o principal hormônio. Os diminuição de gonadotropinas, estradiol
níveis de ACTH podem se elevar rapi- circulante e vitelogenina plasmática, pre-
damente após ação de um agente estressor cursora do vitelo. Além disso, o estresse
ou um fator externo, sendo seguido pelo está envolvido com a mortalidade e
aumento dos níveis de cortisol. Esta sobrevivência das larvas (Jobling, 1994).
liberação é controlada por feedback nega- Os peixes são suscetíveis a mudanças
tivo sobre a hipófise e hipotálamo quando ambientais agudas e crônicas, demons-
os níveis de cortisol plasmáticos estão ele- trando alguma resposta a esse estresse
vados. Estas rápidas alterações são (Barton e Iwama, 1991; Wendelaar Bonga,
conhecidas como respostas primárias ao 1997; Biswas et al., 2004). Em peixes
estresse (Oba et al., 2009). teleósteos, a elevação plasmática dos níveis
A liberação de catecolaminas como de cortisol e glicose é reconhecida como as
também de cortisol apresenta como principais respostas ao estresse, sendo
consequência alterações bioquímicas e amplamente utilizada como indicador dessa
fisiológicas, sendo conhecidas como resposta (Barton e Iwama, 1991; Barton,
respostas secundárias ao estresse. Algumas 1997; Biswas et al., 2006a). O nível basal de
destas respostas são: hiperglicemia, cortisol plasmático varia entre as diversas
hiperlactecemia, diminuição das reservas espécies de peixes, sendo que, para tilápia
glicogênicas, lipólise, inibição da síntese do Nilo, Oreochromis niloticus estes níveis
protéica e redução dos níveis de ácido se encontram entre 22-78 ng.mL-1 (Barreto,
ascórbico (Oba et al., 2009). Além disso, 2002), em Leuciscus cephalus 250 ng.mL -1
pode ocorrer aumento no catabolismo de (Pottinger et al., 2000) e em Brycon
proteínas musculares e alterações nos níveis amazonicus 90 ng.mL-1 (Rocha et al., 2004).
plasmáticos de aminoácidos, ácidos graxos Em situações de estresse agudo pode ocorrer
livres e colesterol (Pickering e Pottinger, rápido aumento dos níveis de cortisol
1995; Milligan, 2003; Rocha et al., 2004). plasmáticos, sendo que estes níveis podem
triptofano e a serotonina, também têm sido podem ser marcados por fatores ambientais,
demonstradas atuarem como efeito mitiga- como por exemplo, o ciclo luz/escuro, assim
dor da capacidade de resposta ao estresse como pela alimentação, sendo este último
em peixes (Tejpal et al., 2009). Neste contex- evidenciado pela presença da atividade ali-
to, Lepage et al. (2002), em estudo com truta mentar antecipatória. Além disso, é possível
arco-íris (Oncorhynchus mykiss), demons- manipular os fatores que controlam os rit-
traram que houve uma neutralização da mos biológicos nos peixes, permitindo assim
elevação do cortisol plasmático nos peixes a modulação do comportamento locomotor
alimentados com altos níveis de L-triptofano. e alimentar nestes animais.
De maneira similar, López-Patiño et al. (2013), O ciclo diário de luz/escuro é considera-
em estudo com Solea senegalensis, do o mais importante fator ambiental
demonstraram que a adição de melatonina sincronizador dos ritmos biológicos, sendo
nos tanques de peixes submetidos a dessa forma um dos mais estudados. Assim,
situações de estresse, resultou em uma vários estudos com peixes demonstraram
redução dos níveis de cortisol e da que com a manipulação do fotoperíodo é
glicogenólise no fígado destes peixes. possível influenciar o crescimento, a
Desta forma, torna-se evidente o efeito reprodução e até mesmo a homeostase
da melatonina sobre a alguns parâmetros destes animais.
fisiológicos relacionados ao estresse, Além disso, é evidente a existência de
indicando uma relação entre o eixo uma grande plasticidade nos ritmos biológi-
melatoninérgico e o eixo relacionado ao cos dos peixes, sendo a variação da
estresse. Este efeito é demonstrado em preferência do regime de luz espécie especí-
algumas espécies de peixes, onde a mela- fica e dependente do período de desen-
tonina aparece neutralizando, por exemplo, volvimento em que se encontram os animais.
o incremento do cortisol plasmática me-
diante situações de estresse (López-Patiño AGRADECIMENTOS
et al., 2013).
Ao Conselho Nacional de Pesquisa
CONSIDERAÇÕES FINAIS (CNPq) e à Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo
Os peixes, como os outros vertebrados, apoio financeiro para realização da pes-
apresentam ritmos biológicos. Estes ritmos quisa.
BIBLIOGRAFIA
Adewolu, M.A.; Adeniji, C.A. and Adejobi, A.B. K. and Yamamori, K. 2004. Effects of
2008. Feed utilization, growth and survival of photoperiod on gonadotropin-releasing hormone
Clarias gariepinus (Burchell, 1822) fingerlings levels in the brain and pituitary of underyearling
cultured under different photoperiods. male barfin flounder. Fisheries Sci, 70: 812-
Aquaculture, 283: 64-67. 818.
Ali, M.A 1992. Rhythms in fishes. Plenum Press. Aranda, A.; Madrid, J.A. and Sánchez-Vázquez,
New York. 236 pp. F.J. 2001. Influence of light on feeding
Almazán-Rueda, P.; Van Helmond, A.T.M.; Verreth, anticipatory activity in goldfish. J Biol Rhythm,
J.A.J. and Schrama, J.W. 2005. Photoperiod 16: 50-57.
affects growth, behaviour and stress variables Aschoff, J. 1981. A survey of biological rhythms.
in Clarias gariepinus. J Fish Biol, 67: 1029- In: Handbook of behavioral neurobiology. Vol 4.
1039. Biological rhythms. J. Aschoff (Ed.). Plenum.
Amano, M.; Yamanome, T.; Yamada, H.; Okuzawa, New York. pp. 3-10.
Azpeleta, C.; Martínez-Alvarez, R.M.; Delgado, emphasis on the response and effects of
M.J.; Isorna, E. and De Pedro, N. 2010. Melatonin corticosteroids. Annu Rev Fish Dis, 1: 3-26.
reduces locomotor activity and circulating cortisol Bayarri, M.J.; Muñoz-Cueto, J.A.; López-Olmeda,
in goldfish. Horm Behav, 57: 323-329. J.F.; Vera, L.M.; Rol de Lama, M.A.; Madrid, J.A.
Azzaydi, M.; Madrid, J.A.; Zamora, S.; Sánchez- and Sánchez-Vázquez, F.J. 2004. Daily loco-
Vázquez, F.J. and Martínez, F.J. 1998. Effect of motor activity and melatonin rhythms in Senegal
three feeding strategies (automatic, ad libitum sole (Solea senegalensis). Physiol Behav, 81:
demand-feeding and time-restricted demand- 577-583.
feeding) on feeding rhythms and growth in Bernier, N.J. and Peter, R.E. 2001. The hypo-
European sea bass (Dicentrarchus labrax L.). thalamic-pituitary-interrenal axis and the con-
Aquaculture, 163: 285-296. trol of food intake in teleost fish. Comp Biochem
Bapary, M.A.J.; Amin, M.N.; Takeuchi, Y. and Phys B, 129: 639-644.
Takemura, A. 2011. The stimulatory effects of Bezerra, K.S. Santos, A.J.G.; Leite, M.R.; Silva,
long wavelengths of light on the ovarian A.M. e Lima, M.R. 2008. Crescimento e
development in the tropical damselfish, sobrevivência da tilápia chitralada submetida a
Chrysiptera cyanea. Aquaculture, 314: 188- diferentes fotoperíodos. Pesqui Agropecu Bras,
192. 43: 737-743.
Baras, E. 2000. Day-night alternation prevails over Biswas A.K. and Takeuchi, T. 2002. Effects of
food availability in synchronising the activity of different photoperiod cycles on metabolic rate
Piaractus brachypomus (Characidae). Aquat and energy loss of both fed and unfed adult
Living Resour, 13: 115-120. tilapia Oreochromis niloticus: part II. Fisheries
Barcellos, L.J.G.; Kreutz, L.C.; De Souza, S.M.G.; Sci, 68: 543-553.
Rodrigues, L.B.; Fioreze, I.; Quevedo, R.M.; Biswas, A.K.; Maita, M.;Yoshizaki, G. and Takeuchi,
Cericato, L.; Soso, A.B.; Fagundes, M.; Conrad, T. 2004. Physiological responses in Nile tilapia
J.; De Almeida Lacerda, L. and Terra, S. 2004. exposed to different photoperiod regimes. J
Hematological changes in jundiá (Rhamdia Fish Biol, 65: 811-821.
quelen, Quoy and Gaimard, Pimelodidae) after Biswas, A.K.; Morita, T.;Yoshizaki, G.; Maita, M.
acute and chronic stress caused by usual and Takeuchi, T. 2005a. Control of reproduction
aquacultural management, with emphasis on in Nile tilapia Oreochromis niloticus (L.) by
immunosuppressive effects. Aquaculture, 237: photoperiod manipulation. Aquaculture, 243:
229-236. 229-239.
Barcellos, L.J.G.; Nicolaiewsky, S.; De Souza, Biswas, A.K.; Seoka, M.; Inagaki, H. and Takii, K.
S.M.G. and Lulhier, F. 1999. Plasmatic levels of 2010. Reproduction, growth and stress
cortisol in the response to acute stress in Nile response in adult red sea bream, Pagrus major
tilapia, Oreochromis niloticus (L.), previously (Temminck e Schlegel) exposed to different
exposed to chronic stress. Aquac Res, 30: 437- photoperiods at spawning season. Aquac Res,
444. 41: 519-527.
Barreto, R.E. 2002. Estressor social facilita Biswas, A.K.; Seoka, M.; Inoue, Y.; Takii, K. and
estresse na tilápia do Nilo? Dissertação Kumai, H. 2005b. Photoperiod influences the
(Mestrado). Universidade do Estado de São growth, food intake, feed efficiency and
Paulo. Botucatu. 38 pp. digestibility of red sea bream (Pagrus major).
Barton, B.A. 1997. Stress in finfish: past, present Aquaculture, 250: 666-673.
and future - a historical perspective. In: Iwama, Biswas, A.K.; Seoka, M.; Takii, K. Maita, M. and
G.K.; Pickering, A.D.; Sumpter, J.P. e Schreck, Kumai, H. 2006b. Effect of photoperiod
C.B. (Eds.). Fish stress and health in aquaculture manipulation on the growth performance and
(Society for Experimental Biology Seminar Se- stress response of juvenile red sea bream
ries 62). Cambridge University Press. Cambridge. (Pagrus major). Aquaculture, 258: 350-356.
62: 1-33. Biswas, A.K.; Seoka, M.; Takii, K.; Maita, M. and
Barton, B.A. and Iwama, G.K. 1991. Physiological Kumai, H. 2006a. Stress response of red sea
changes in fish from stress in aquaculture with bream Pagrus major to acute handling and
and nocturnal (tench). Comp Biochem Phys A, M.M. and Takemura, A. 2010. Effect of cortisol
144: 180-187. on melatonin production by the pineal organ of
López-Patiño, M.A.; Conde-Sieira, M.; Gesto, M.; tilápia, Oreochromis mossambicus. Comp
Librán-Pérez, M.; Soengas, J.L. and Míguez, Biochem Phys A, 155: 84-90.
J.M. 2013. Melatonin partially minimizes the Nikaido, Y.; Ueda, S. and Takemura, A. 2009.
adverse stress effects in Senegalese sole Photic and circadian regulation of melatonin
(Solea senegalensis). Aquaculture, 388-391: production in the Mozambique tilápia
165-172. Oreochromis mossambicus. Comp Biochem
Madrid, J.A.; Boujard, T. and Sánchez-Vázquez, Phys A, 152: 77-82.
F.J. 2001. Feeding rhythms. In: Houlihan, D.; Oba, E.T.; Mariano, W.S. e Santos, L.R.B. 2009.
Jobling, M.; Boujard, T. (Eds.). Food Intake in Estresse em peixes cultivados: agravantes e
Fish. Blackwell Science. Oxford. pp. 189-215. atenuantes para um manejo rentável. In: Tavares-
Migaud, H.; Davie, A.; Martinez-Chavez, C.C. and Dias, M. (Ed.). Manejo e Sanidade de Peixes em
Al-Khamees, S. 2007. Evidence for differential Cultivo. 1ª ed. Embrapa Amapá. Macapá. pp.
photic regulation of pineal melatonin synthesis 226-247.
in teleosts. J Pineal Res, 43: 327-335. Pankhurst, N.W. and Van der Kraak, G. 1997.
Migaud, H.; Fontaine, P.; Kestemont, P.; Wang, N. Effects of Stress on Reproduction and Growth
and Brun-Bellut, J. 2004. Influence of of Fish. In: Iwama, G. K.; Pickering, A.D.; Sumpter,
photoperiod on the onset of gonadogenesis in J.P.; Scheck, C.B. (Eds.). Fish Stress and Health
Eurasian perch Perca fluviatilis. Aquaculture, in Aquaculture (Society for Experimental Biology,
241: 561-574. Seminar Series 62). Cambridge University Press.
Migaud, H.; Fontaine, P.; Sulistyo, I.; Kestemont, P. Cambridge. pp. 73-93.
and Gardeur, J.N. 2002. Induction of out-of- Petit, G.; Beauchaud, M.; Attia, J. and Buisson, B.
season spawning in Eurasian perch Perca 2003. Food intake and growth of largemouth
fluviatilis: effects of rates of cooling and cooling bass (Micropterus salmoides) held under
durations on female gametogenesis and alternated light/dark cycle (12L: 12D) or exposed
spawning. Aquaculture, 205: 253-267. to continuous light. Aquaculture, 228: 397-401.
Migaud, H.; Mandiki, R.; Gardeur, J.N.; Kestemont, Pickering, A.D. and Pottinger, T.G. 1989. Stress
P.; Bromage, N. and Fontaine, P. 2003. Influence responses and disease resistance in salmonid
of photoperiod regimes on the Eurasian perch fish: Effects of chronic elevation of plasma
gonadogenesis and spawning. Fish Physiol cortisol. Fish Physiol Biochem, 7: 253-258.
Biochem, 28: 395-397. Pickering, A.D. and Pottinger, T.G. 1995. Biochemical
Migaud, H.; Wang, N.; Gardeur, J.N. and Fontaine, effects of stress. In: Hochachka, P.W.;
P. 2006. Influence of photoperiod on repro- Mommsen, T.P. (Eds.). Environmental and
ductive performances in Eurasian perch Perca ecological biochemistry. Elsevier. Amsterdam.
fluviatilis. Aquaculture, 252: 385-393. pp. 349-379.
Milligan, C.L. 2003. A regulatory role for cortisol in Pierson, P.M.; Lamers, A.; Flik, G. e Mayer-Gostan,
muscle glycogen metabolism in rainbow trout N. 2004. The stress axis, stanniocalcin, and ion
Oncorhynchus mykiss Walbaum. J Exp Biol, balance in rainbow trout. Gen Comp Endocr,
206: 3167-3173. 137: 665-678.
Montoya, A.; López-Olmeda, J.F.; Garayzar, A.B.S. Pottinger, T.G.; Carrick, T.R.; Appleby, A. and
and Sánchez-Vázquez, F.J. 2010. Synchroni- Yeomans, W.E. 2000. High blood cortisol levels
zation of daily rhythms of locomotor activity and and low cortisol receptor affinity: is the chub,
plasma glucose, cortisol and thyroid hormones Leuciscus cephalus, a cortisol-resistant
to feeding in Gilthead seabream (Sparus aurata) teleost? Gen Comp Endocr, 120: 108-117.
under a light-dark cycle. Physiol Behav, 101: Rad, F.; Bozaoðlu, S.; Gözükara, S.E.; Karahan, A.
101-107. and Kurt, G. 2006. Effects of different long-day
Morgan, E. 2004. Ecological significance of photoperiods on somatic growth and gonadal
biological clock. Biol Rhythm Res, 35: 3-12. development in Nile tilapia (Oreochromis
Nikaido, Y.; Aluru, N.; McGuire, A. Park, Y.; Vijayan, niloticus L.). Aquaculture, 255: 292-300.
Randall, C.; North, B.; Futter, W.; Porter, M. and of growth of juvenile Atlantic halibut
Bromage, N. 2001. Photoperiod effects on (Hippoglossus hippoglossus L.). Aquaculture,
reproduction and growth in rainbow trout. Trout 190: 119-128.
News, 32: 403-410. Taylor, J. and Migaud, H. 2009. Timing and duration
Reebs, S. G. 2002. Plasticity of diel and circadian of constant light affects rainbow trout
activity rhythms in fishes. Rev Fish Biol Fisher, (Oncorhynchus mykiss) growth during autumn–
12: 349-371. spring grow-out in freshwater. Aquac Res, 40:
Rensing, L. and Ruoff, P. 2002. Temperature 1551-1558.
effect on entrainment, phase shifting, and Taylor, J.F.; Migaud, H.; Porter, M.J.R. e Bromage,
amplitude of circadian clocks and its molecular N.R. 2005. Photoperiod influences growth rate
bases. Chronobiol Int, 19: 807-864. and plasma insulin-like growth factor-I levels in
Rocha, R.M.; Carvalho, E.G. and Urbinati, E.C. juvenile rainbow trout, Oncorhynchus mykiss.
2004. Physiological responses associated with Gen Comp Endocr, 142: 169-185.
capture and crowding stress in matrinxã Brycon Tejpal, C.S.; Pal, A.K.; Sahu, N.P.; Kumar, J.A.;
cephalus (Gunther, 1869). Aquac Res, 35: 24- Muthappa, N.A,Vidya, S. and Rajan, M.G. 2009.
29. Dietary on supplementation on L-trhyptophan
Rodriguez, A.; Castello-Orvay, F.E. and Gisbert, E. mitigates crowding stress and augments the
2009. Somatic growth, survival, feed utilization growth in Cirrhinus mrigala fingerling.
and starvation in European elver Anguilla Aquaculture, 293: 272-277.
anguilla (Linnaeus) under two different Thorpe, J.E.; Morgan, R.I.G.; Pretswell, D. and
photoperiods. Aquac Res, 40: 551-557. Higgins, P.J. 1988. Movement rhythms in juvenile
Sánchez-Vázquez, F.J.; Aranda, A. and Madrid, Atlantic salmon, Salmo salar L. J Fish Biol, 33:
J.A. 2001. Differential effects of meal size and 931-940.
food energy density on feeding entrainment in Toguyeni, A.; Fauconneau, B.; Boujard, T.; Fostier,
goldfish. J Biol Rhythm, 16: 58-65. A.; Kuhn, E.R.; Mol, K.A. and Baroiller, J. 1997.
Sánchez-Vázquez, F.J.; Madrid, J.A.; Zamora, S. Feeding behaviour and food utilisation in tilapia,
and Tabata, M. 1997. Feeding entrainment of Oreochromis Niloticus: Effect of sex ratio and
locomotor activity rhythms in the goldfish is relationship with the endocrine status. Physiol
mediated by a feeding-entrainable circadian Behav, 62: 273-279.
oscillator. Comp Biochem Phy A, 181: 121-132. Trippel, E.A. and Neil, S.R.E. 2003. Effects of
Sánchez-Vázquez, F.J.; Madrid, J.A.; Zamora, S.; photoperiod and light intensity on growth and
Iigo, M. and Tabata, M. 1996. Demand feeding activity of juvenile haddock (Melanogrammus
and locomotor circadian rhythms in the goldfish, aeglefinus). Aquaculture, 217: 633-645.
Carassius auratus: Dual and independent Vera, L.M.; Cairns, L.; Sánchez-Vázquez, F.J. and
phasing. Physiol Behav, 60: 665-674. Migaud, H. 2009. Circadian rhythms of locomo-
Sánchez-Vázquez, F.J.; Zamora, S. and Madrid, tor activity in the Nile Tilapia (Oreochromis
J.A. 1995. Light-dark and food restriction cycles niloticus). Chronobiol Int, 26: 666-681.
in sea bass: Effect of conflicting zeitgebers on Vera, L.M.; De Pedro, N.; Gómez-Milán, E.; Delga-
demand-feeding rhythms. Physiol Behav, 58: do, M.J.; Sánchez-Muros, M.J.; Madrid, J.A. and
705-714. Sánchez-Vázquez, F.J. 2007. Feeding entrain-
Schulz, U.H. and Leuchtenberger, C. 2006. Activity ment of locomotor activity rhythms, digestive
patterns of South American silver catfish enzymes and neuroendocrine factors in goldfish.
(Rhamdia quelen). Braz J Biol, 66: 565-574. Physiol Behav, 90: 518-524.
Seth, M. and Maitra, S.K. 2010. Photoreceptor Vera, L.M.; Madrid, J.A. and Sánchez-Vázquez,
proteins and melatonin rhythm generating F.J. 2006. Locomotor, feeding and melatonin
AANAT in the carp pineal: Temporal organization daily rhythms in sharpsnout seabream
and correlation with natural photo-thermal cues. (Diplodus puntazzo). Physiol Behav, 88: 167-
J Photoch Photobio B: Biol, 99: 21-28. 172.
Simensen, L.M.; Jonassen, T.M.; Imsland, A.K. and Villamizar, N.; Blanco-Vives, B.; Migaud, H.; Davie,
Stefansson, S.O. 2000. Photoperiod regulation A.; Carboni, S. and Sánchez-Vázquez, F.J.
2011. Effects of light during early larval 1994. Integrated responses to exhaustive
development of some aquacultured teleosts: A exercise and recovery in rainbow trout white
review. Aquaculture, 315: 86-94. muscle: acid-base, phosphogen, carbohydrate,
Villamizar, N.; García-Alcazar, A. and Sánchez- lipid, ammonia, fluid volume and electrolyte
Vázquez, F.J. 2009. Effect of light spectrum and metabolism. J Exp Biol, 195: 227-258.
photoperiod on the growth, development and Wendelaar Bonga, S. E. 1997. The stress response
survival of European sea bass (Dicentrarchus of fish. Physiol Rev, 77: 591-625.
labrax) larvae. Aquaculture, 292: 80-86. Wright, M.L.; Francisco, L.L.; Scott, J.L.;
Villamizar, N.; Herlin, M.; López, M.D. and Sánchez- Richardson, S.E.; Carr, J.A.; King, A.B.; Noyes,
Vázquez, F.J. 2012. Daily spawning and loco- A.G. and Visconti, R.F. 2006. Effects of bilateral
motor activity rhythms of European sea bass and unilateral ophthalmectomy on plasma
broodstock (Dicentrarchus labrax). Aquacultu- melatonin in Rana tadpoles and froglets under
re, 354-355: 117-120. various experimental conditions. Gen Comp
Wang, C.; King, W. and Woods, C. 2004. Endocr, 147: 158-166.
Physiological indicators of divergent stress Yáñez, J.and Anadón, R. 1998. Neural connections
responsiveness in male striped bass broodstock. of the pineal organ in the primitive bony fish
Aquaculture, 232: 665-678. Acipenser baeri: A carbocyanine dye tract-
Wang, Y.; Heigenhauser, G.J. and Wood, C.M. tracing study. J Comp Neurol, 398: 151-161.