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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
MESTRADO EM GEOTECNIA

Caracterização pedológica do município de Vitória de


Santo Antão para uso na irrigação

Discente: Hugo Manoel Henrique


Docente: Silvio Romero de Melo Ferreira

Recife, Agosto de 2013


Caracterização pedológica do município de Vitória de Santo Antão para uso na irrigação

1 – INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural essencial à existência e manutenção da vida, ao bem-estar
social e ao desenvolvimento socioeconômico. No Brasil, a promoção de seu uso sustentável vem
sendo pautada por discussões nos âmbitos local, regional e nacional, na perspectiva de se
estabelecerem ações articuladas e integradas que garantam a manutenção de sua disponibilidade em
condições adequadas para a presente e as futuras gerações.
O uso adequado da terra é o primeiro passo em direção à preservação do recurso natural
solo, e à agricultura correta e sustentável. Para isso, deve-se empregar cada parcela de terra de
acordo com a sua aptidão, capacidade de sustentação e produtividade econômica, de tal forma que
os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para seu melhor uso e benefício, ao
mesmo tempo em que são preservadas para gerações futuras. Os processos de degradação estão
associados a fatores edáficos, climáticos e antrópicos. A intensidade e a taxa de desenvolvimento
desses processos são ampliadas pelo uso e manejo inadequados da terra (desmatamento
indiscriminado, exploração acima da capacidade de suporte, uso intensivo de grades de discos no
preparo do solo etc.), que expondo o solo aos fatores intempéricos induzem à destruição gradativa
de suas propriedades físicas, químicas e biológicas. A irrigação é a pontada como uma das
principais causas da degradação do solo, fato que se dá por vários motivos, alguns deles são, uso
indiscriminado de água, uso da irrigação em solos que não tem capacidade adequada de receber a o
tipo de irrigação utilizada, entre outros. Com isso se faz necessário estudo voltado para classificação
do solo para uso na irrigação.
A classificação de solos de por si só não tem significado prático, contudo, nos mapas de
solos, se reveste de grande importância posto que faz a ligação entre a legenda (semântica) e o
corpo real existente na paisagem (tema) expresso pelos delineamentos contidos nos mapas. Assim,
um profissional ao fazer uso de um mapa de solos, está visualizando uma distribuição de volumes
reais que ocupam uma certa área na paisagem, cada um deles apresentando organização,
constituição e comportamento diferenciados, demandando portanto, usos e manejos
particularizados. O profissional usa portanto os mapas de solos porque esses lhe dão uma
visualização da distribuição dos solos na paisagem, e, em conjunto com outros elementos que
possam se fazer necessários, lhe municia de dados imprescindíveis para estabelecer a planificação
de seu trabalho e de uso do solo na referida área.
O objetivo deste trabalho é caracterizar os tipos de solos encontrado no município de Vitória
de Santo Antão-PE, pela Embrapa, para fins de uso na irrigação, com isso sugerindo as melhores
áreas para uso de irrigação para fins agrícola.

2 - ÁREA ESTUDO
Vitória de Santo Antão situa-se na meso-região Mata e na micro-região Vitória de Sto Antão
O núcleo urbano de Vitória de Santo Antão é o de maior porte demográfico e funcional dentre os
demais situados na bacia do Tapacurá, A expressão espacial desse crescimento é o grande número
de bairros populares e de baixa renda localizados ao norte da BR-232 e a sudeste da cidade - entre
o rio Tapacurá e a PE-045 (Figura 1).
Inserido no clima regional quente e úmido tipo As’ da classificação de Köppen, com
temperatura média de 26ºC, tem os meses de março a maio como os mais chuvosos. O rio Tapacurá,
no trecho considerado como área de influência direta do empreendimento, recebe pela margem
esquerda a contribuição dos riachos Gameleira e Jurubeba, enquanto que pela margem direita
desaguam os riachos Itapessirica, Natuba, Pacas e Bento Velho. Além disso, recebe pequenas
contribuições locais, de riachos que se formam a aproximadamente 1,5 km das margens do próprio
rio. O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa no
outono/inverno tendo início em dezembro/janeiro e término em setembro. A precipitação média
anual é de 1310 mm (CPRM, 2005). A vegetação é predominantemente do tipo Floresta
Subperenifólia, com partes de Floresta Hipoxerófila. A agricultura é desenvolvida principalmente
pelo plantio da cana de açúcar e pequeno produtores de hortaliças.

Figura 1: Localização do município de Vitória de Santo Antão-PE

3 – PEDOLOGIA
Segundo EMBRAPA (2000) Classes de solos predominantes encontrados no município de
Vitoria de Santo Antão-PE, (figura 2).

I – Podzólicos Vermelho-Amarelos
Estes solos ocupam significativas áreas dentro do município onde constituem associações
diversas, inclusive com os Podzólicos Amarelos e Vermelho-Escuros, ocorrendo sob florestas
subperenifólia e subcaducifólia. Estão presentes com mais de 100 km² de área. São solos profundos
a muito profundos, raramente pouco profundos, desenvolvidos de granitos, granodioritos e diversos
tipos de gnaisse com ou sem influência dos sedimentos do Grupo Barreiras ou de outras coberturas
carentes de melhor estudo. São solos com argila de atividade baixa, em superfície, a textura mais
encontrada varia na faixa média e em subsuperfície, de média a argilosa. Bem a moderadamente
drenados, apresentam-se, por vezes, com horizonte Bt de coloração variegada, dificultando a sua
classificação taxonômica. Os tipos de horizontes superficiais A proeminente e A moderado são os
mais encontrados. Tais horizontes apresentam estrutura moderada pequena granular e em blocos
pequenos subangulares. A estrutura do horizonte Bt é fraca a moderada ou moderada a forte em
blocos angulares e subangulares, com ou sem presença de cerosidade. O relevo varia de suave
ondulado até o montanhoso. De acordo com estas características, estes solos apresentam baixa
fertilidade natural.

II - Podzólicos Amarelos
Os solos desta classe apresentam as características gerais da classe dos Podzólicos mas
foram individualizados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo, por critério de cor. Assim o
horizonte de acumulação de argila, B textural (Bt), apresenta tipicamente coloração amarelada,
onde os teores de ferro geralmente são baixos. Geralmente são solos com argila de atividade baixa e
não solódicos. A sua amplitude de variação se faz, principalmente, segundo o material originário, o
clima e sua posição na paisagem. No Estado de Pernambuco tem-se os seguintes casos: Podzólicos
Amarelos desenvolvidos de sedimentos do Grupo Barreiras, na Zona Úmida Costeira; Podzólicos
Amarelos desenvolvidos de rochas do Pré- Cambriano em áreas úmidas incluindo os “Brejos de
Altitude”; Podzólicos Amarelos desenvolvidos de rochas do Pré-Cambriano em áreas secas.

III – Latossolo Amarelo


Compreende solos que apresentam as características gerais dos Latossolos, mas que são
individualizados, em nível hierárquico imediatamente abaixo, fundamentalmente por critério de cor.
Possuem horizonte B latossólico (Bw) de coloração amarelada, fração argila, essencialmente,
caulinítica, e na grande maioria dos casos baixos teores de óxidos de ferro. Na Zona úmida costeira
(Litoral e Mata), região onde predominam as formações de florestas, em reflexo ao clima úmido e
onde o material de origem se refere a sedimentos da Formação Barreiras do Período Terciário, ora
influenciados ou mesmo derivados de rochas do Pré- Cambriano, os Latossolos Amarelos destes
ambientes tipicamente apresentam uma coesão natural, isto é, de natureza genética, RIBEIRO (1998
e RESENDE (2000).
Exceto os Latossolos Amarelos coesos da Zona da Mata, os demais são solos de boas
condições físicas, de fácil manejo e mecanização, facilitando a penetração de raízes, com boa
capacidade de armazenamento d’água, particularmente os mais argilosos. Os Latossolos Amarelos
da Zona da Mata são desenvolvidos principalmente de sedimentos do Grupo Barreiras do Terciário,
às vezes sendo influenciados ou mesmo derivados de rochas do Pré-Cambriano, como acontece com
os Latossolos Amarelos que ocupam os topos aplainados dos relevos em forma de colinas (morros
tipo meia laranja) ou mesmo as encostas acidentadas de relevo forte ondulado e montanhoso, que
ocorrem sobretudo na Zona da Mata Sul. São solos profundos e muito profundos, bem drenados,
com predominância de textura argilosa e muito argilosa, raramente média. Nos tabuleiros,
predominam em relevo plano e suave ondulado, mas nas áreas de morro são encontrados em relevo
desde ondulado até o montanhoso. Apresentam horizonte superficial com maior ocorrência do tipo
A moderado e proeminente, mas raramente tem ocorrência do tipo húmico. A vegetação natural
primitiva está representada pela floresta subperenifólia, seguida da floresta subcaducifólia, que na
maior parte das áreas já se encontram substituídas, principalmente pela cultura da cana-de-açúcar, e
em menor proporção com fruticultura e culturas como: inhame, mandioca, entre outras. São solos
álicos e distróficos, com muito baixa e baixa fertilidade natural, forte a moderadamente ácidos, com
variação de pH de 4,3 a 5,5; para o manejo racional destes solos, há necessidade do uso de
fertilizantes e corretivos.
IV – Gleissolos
São solos minerais hidromórficos com horizonte glei iniciando dentro de 50 cm da
superfície do solo ou entre 50 e 125 cm desde que precedido por horizontes com presença de
mosqueados abundantes. Esta classe compreende solos mal a muito mal drenados, formados em
terrenos baixos, e que possuem características que resultam da influência do excesso de umidade
permanente ou temporário, devido ao lençol freático elevado ou mesmo à superfície, durante um
determinado período do ano. São desenvolvidos principalmente nos ambientes de várzeas, áreas
deprimidas, planícies aluvionares, locais de terras baixas, vinculadas a excesso d'água, ou mesmo
em bordas de chapadas em áreas de surgência de água subterrânea. Devido às circunstâncias de
terem origem em situações de aportes de sedimentos e também devido ao microrrelevo dos terrenos,
esses solos usualmente não apresentam um padrão de distribuição uniforme das características
morfológicas, físicas e químicas ao longo do perfil e nem horizontalmente. O material de origem
destes solos é constituído por sedimentos recentes não consolidados, argilosos, argiloarenosos e
arenosos referidos ao Holoceno, podendo ter ou não algum acúmulo de matéria orgânica. Estes
sedimentos procedentes de regiões a montante das baixadas formam camadas mais ou menos
estratificadas, e normalmente são de natureza granulométrica relativamente diferenciada. Desta
forma, resultam solos com perfis bastantes variados. Fisicamente são solos mal ou muito mal
drenados, exceto se artificialmente drenados.

V – Bruno Não Cálcicos


São solos minerais, não hidromórficos, eutróficos, com elevada soma de bases, tipicamente
pouco profundos, com a presença de um horizonte B textural de cor vermelha ou avermelhada com
argila de atividade alta e subjacente a um horizonte A moderado ou fraco. Nestes horizontes,
comumente ocorre uma pedregosidade constituída predominantemente de calhaus, cascalhos e
matacões de quartzo, às vezes distribuída apenas na superfície do solo. São moderadamente ácidos a
praticamente alcalinos. Quanto à topografia, ocupam, na maioria das vezes, superfícies com relevos
suave ondulado e plano (0 a 8% de declividade), mas ocorrendo também em áreas com partes
onduladas (8 a 20% de declividade). A consistência seca normalmente varia de ligeiramente dura a
muito dura, de friável a firme, no estado úmido, e de ligeiramente plástica a plástica e de
ligeiramente pegajosa a pegajosa no estado molhado.
De modo geral, pode-se dizer que a classe dos solos Brunos Não Cálcicos apresentam as
seguintes características gerais:
a) São, tipicamente, solos pouco profundos e, na maioria absoluta, apresentam seqüência de
horizontes A, Bt e BC, com 50 a 90 (68±12) cm de profundidade, até o topo da camada CR. Essa
pequena profundidade constitui a restrição básica para o uso agrícola, com implicações diretas em
outros fatores limitantes, especialmente, riscos de erosão.
b) Possuem pedregosidade na parte superficial (algumas vezes, englobando o topo ou todo o
horizonte); o que se verifica, em maior quantidade, na zona semi-árida do sertão, onde pode chegar
a formar pavimento desértico.
c) Quase todos possuem pequena espessura do horizonte A, com 8 a 25 (15 ±5) cm; com
exceção dos Brunos Não Cálcicos planossólicos.
d) - Esses solos possuem ótimas condições químicas e mineralógicas, o que revela uma
elevada fertilidade e favorece a alta produtividade constatada, quando são submetidos à utilização
agrícola, especialmente com uso da irrigação.

VI – Planossolos e Solonetz Solodizados


São solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, morfologicamente e fisicamente similares,
tendo como característica distintiva a presença de um horizonte B plânico (modalidade especial de
horizonte Bt) subjacente a um horizonte (A) ou (A+E) e de uma mudança textural abrupta. O
horizonte B plânico tem como características marcantes os tipos de estruturas de sua constituição
(prismática, colunar, em blocos ou combinações destas formas, podendo ainda conter partes
maciças de tamanho variado) e a dominância de cores acinzentadas em reflexo as condições de
deficiência de drenagem. Além destas características, também apresentam estruturas adensadas,
duras a extremamente duras quando secas, e ainda podendo compreender materiais com diversos
níveis de cimentação. Em termos taxonômicos, este horizonte tem precedência diagnóstica em
relação ao horizonte glei, e perde em relação ao horizonte plíntico. Em função da saturação por
sódio no horizonte B plânico, estes solos são grupados em duas classes: PLANOSSOLOS e
SOLONETZ SOLODIZADOS.

VII – Solo Litólico


Esta classe compreende solos minerais, tipicamente rasos (menos de 50 cm de
profundidade), pedogeneticamente pouco evoluídos, tendo um horizonte superfical A assente
diretamente sobre a rocha ou sobre um horizonte C, ou mesmo sobre um horizonte B em início de
formação, cuja espessura e, ou, outros atributos não atendem aos requisitos completos de qualquer
tipo de horizonte B diagnóstico. São, portanto, solos com seqüência de horizontes mais comuns do
tipo A, R; A, C, R; As demais características morfológicas, bem como suas características físicas,
químicas e mineralógicas são muito variadas, a depender, sobretudo, da natureza do material de
origem e das condições climáticas. São, portanto, solos que guardam íntima relação com o material
originário e comumente apresentam na sua constituição fragmentos ou pedaços de rochas em
diversos estágios de decomposição, presença significativa de minerais primários de fácil
decomposição, cascalhos, calhaus, entre outras frações grosseiras. São solos rasos e, em geral,
apresentam restrinções de uso em função do relevo movimentado, pedregosidade, rochosidade,
riscos de erosão, etc. São, portanto, considerados solos de muito baixo potencial ou inadequados
para fins de uso agrícola.
Figura 2: Tipo de solos do município de Vitória de Santo Antão-PE, EMBRAPA (2001).

3 - METODOLOGIA
3.1 – CLASSIFICAÇÃO DAS TERRAS PARA FINS DE IRRIGAÇÃO
A seleção de terras para irrigação compreende uma análise criteriosa dos fatores físicos e
econômicos, sendo utilizados sistemas de classificação de solos, e deve inicialmente identificar as
áreas de terras que tem produtividade adequada para garantir consideração daquela área para o
desenvolvimento da irrigação LIMA (1994), para esse estudo levaremos em conta apenas os fatores
físicos, tais como: solo (profundidade efetiva, textura e fertilidade); topografia (declividade);
drenagem (boa drenagem ou má drenagem)
3.1 - Graus de aptidão:
-Solo
Profundidade efetiva
1 : maior que 120 cm - Alto.
2 : compreendida entre 120 e 80 cm - Médio.
3 : compreendida entre <80 cm - Baixo.
Textura
1 : Média (franco-arenosa, franca, franco-argilo-arenosa, franco-argilosa). - Alto
2 : Argilo-arenosa ou argilosa. Friável - Médio.
3 : Arenosa, siltosa, argilosa - Firme – Baixo.
Fertilidade
É avaliada através da disponibilidade de nutrientes, acidez, bases trocáveis, saturação de bases e
alumínio.
1 : Boa - Alto
2 : Regular - Médio
3: Baixa – Baixo

- Topografia
1 : plana: declividade inferior a 2%, sem micro-relevo - Alto.
2 : ondulada: declividade entre 5 e 10%; ou menor que 5%, com pendentes curtos - Médio
3 : forte ondulada: declividade entre >20%; ou entre >10%, com pendentes curtos - Baixo

- Drenagem
Refere-se às dificuldades de descarga das águas de drenagem superficial, para os cursos de água
naturais que é o requerimento de drenagem superficial e subsuperficial.
1 : livres ou pequenas - Alto.
2 : médias - Médio.
4 : sem possibilidades de escoamento – Baixo.

3.2 GRAU DE APTIDÃO

Foi atribuídos faixas de valores para cada fator encontrado, logo em seguido se fez a média

aritmética entre os valores encontrado, chegando ao grau de aptidão.


O grau de aptidão para o uso do solo para fins de irrigação foram estipulados de forma quantitativa

com a seguinte escala, tabela 1. É importante que ressaltar que esses valores não têm fins

estatísticos, foram usados apenas com o intuito de se obter as médias para a classificação da aptidão

do solo ao uso na irrigação.

: Alto 1-0,7
Médio 0,69-0,31
Baixo 0,3-0
Alto: Oferece todas condições de apontadas neste estudo para o uso do solo para irrigação;

Médio: Os fatores estudados já oferecem alguma limitação para o uso do solo, porém com potêncial

a ser explorado;

Baixo: Solo não indicado para o uso de irrigação, as condições estudas são desfavoráveis.

4 – RESULTADOS
Para os solos Podzólicos Vermelho Amarelos, Podzólicos Amarelos e Latossolos Amarelos,
se constatou as melhores condições para o uso de irrigação, apesar de ter seu grau de aptidão como
médio, são bastantes utilizados no estado para fins agrícola irrigados.
Já os solos Bruno não Cálcico e Planossolos e Solonetz Solodizados eles foram devidamente
classificados, são de aptidão média, porém deve-se ter cuidados no manejo da irrigação visto que
são solos de pouca profundidade e suscetíveis a erosões.

Gleissolos e solos Litólicos não se recomenda o uso de irrigação sobre essas unidades
pedológicas. Já que são de baixa fertilidade, a topografia é inapropriada tem restrição de drenagem
e profundidade, prejudicando o sistema radicular de muitas culturas. Figura 2 segue mapa com
classificação do grau de aptidão para o uso do solo com fins na irrigação.
Figura 2: Grau de aptidão dos principais solos encontrados na cidade de Vitória de Santo
Antão-PE.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A agricultura irrigada é de suma importância na contribuição para criação de empregos,


inserção da dimensão competitiva e da modernização produtiva na agricultura e redução dos
desequilíbrios regionais e sociais. Porém é necessário se conhecer diversos fatores para poder
implantar um sistema de irrigação, dentre esses fatores se faz o conhecimento da pedologia da área.
Vitória do Santo Antão dispõe de grande área para agricultura, e com bom potencial para irrigação,
as regiões com solo Podzólicos Amarelos e Podzólicos Vermelho – Amarelos, são os solos
predominantes no município e com melhor potência para irrigação, ocupando menores poções os
Latossolos também são de grande potenciais para uso na irrigação. Para o Planossolos e Bruno não
cálcicos, deve tomar cuidado, pois são solos propícios a erosão. Nas regiões com solos Litólicos e
Gleissolos não se indica o uso de agricultura, portanto o uso de irrigação.
6 - BIBLIOGRAFIA CITADAS

CPRM - Serviço Geológico do Brasil - Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água
subterrânea. Diagnóstico do município de Vitória de Santo Antônio, estado de Pernambuco.
Organizado [por] João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza
Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvã o, Simeones Neri Pereira, Jorge Luiz Fortunato de
Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuáriass - Levantamento de


reconhecimento de baixa e média intensidade dos solos do Estado de Pernambuco. Organizado
[por] José Coelho de Araújo Filho.[et al.]: Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2000.

LIMA, S.L - Apostila: Solos: Formação; Classificação; Erosão; Manejo e Conservação do


Solo. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Apostila), 1994. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAe44AI/classificacao-terras-irrigacao-prof-sergio-lima Acessado:
03/08/2013.

REZENDE, J.O. Solos coesos dos tabuleiros costeiros: limitações agrícolas e manejo. Salvador:
SEAGRE-SPA, 2000, 117p. il. (Série Estudo Agrícolas, 11).

RIBEIRO, L. P. - Os Latossolos Amarelos do Recôngavo Baiano: gênese, evolução e


degradação. Salvador, 1998. 99p.

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