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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Edson Dutra Bittencourt

Relatório de estágio I

Porto Alegre

2019
EDSON DUTRA BITTENCOURT

Relatório de estágio I

Relatório de estágio I do curso de Engenharia Civil


do Centro Universitário Metodista IPA, apresentado
como requisito parcial para obtenção de nota.

Orientador: Prof.ª Juliana Azevedo Bernardes.

Porto Alegre

2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
1.1. OBJETIVOS ................................................................................................... 3
1.2. DADOS DA EMPRESA CONCEDENTE ........................................................ 3
1.3. DADOS DA OBRA ......................................................................................... 3
2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 6
2.1. DESENHO TÉCNICO .................................................................................... 6
2.1.1. Tipos de desenho técnico ........................................................................ 6
2.1.2. Formas de elaboração e apresentação do desenho técnico ................... 7
2.1.3. Padronização dos Desenhos técnicos ..................................................... 7
3. ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ......................... 9
3.1. ELABORAÇÃO DOS PROJETOS.................................................................. 9
4. ANEXOS ............................................................................................................. 11
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ........................................................................ 15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO

1.1. OBJETIVOS

A função do estágio é oferecer, aos aprendizes, o conhecimento prático das


funções profissionais. Ele possibilita, aos estudantes, um contato empírico com as
matérias teóricas que lhes são passadas em sala de aula. Trata-se do entendimento,
hoje consolidado pelos educadores, de que a teoria, sem a prática, é incompleta,
prejudicando o acesso imediato ao mercado de trabalho. O estágio visa a superar este
problema.
A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno,
considerando que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e
bem preparados. Ao chegar à universidade o aluno se depara com o conhecimento
teórico, porém muitas vezes, é difícil relacionar teoria e prática se o estudante não
vivenciar momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano (MAFUANI, 2011).
A atividade de estágio desenvolvida no estágio 1, compreendeu na realização
de projetos arquitetônicos com as seguintes representações: plantas de localização e
implantação, plantas baixas, cortes, plantas de cobertura e fachadas.
A seguir são discriminadas e detalhadas as atividades realizadas no período
do estágio.

1.2. DADOS DA EMPRESA CONCEDENTE

O estágio foi realizado na empresa Engenheiros Lilian, Marcio e Natália, sob


supervisão do Engenheiro Civil Marcio Ferreira Gomes. Esta é uma empresa de
Engenharia civil e Arquitetura, que tem como objeto principal de trabalho a confecção
de projetos (arquitetônicos, estruturais, hidráulicos, etc.), atuando forte em Porto
Alegre e na Grande Porto Alegre.
A sede da empresa encontra-se na Rua Engenheiro Oscar de Oliveira Ramos
2709, Restinga Nova, Porto Alegre – RS, 91790-050 Brasil.

1.3. DADOS DA OBRA


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Segundo Sperling (2001), um projeto arquitetônico é normalmente dividido em


etapas conforme o grau de aprofundamento do problema, o que implica um percurso
que se inicia em associações criativas e livres e se direciona para definições com maior
precisão material-dimensional. Um projeto pode ser entendido como um conjunto de
simulações que mapeiam respostas para problemas colocados, noção que pede a
maior aproximação possível do problema através do uso de ferramentas ambientes que
vislumbrem o ambiente de ação do objeto a criar. Tradicionalmente, o projeto
arquitetônico começa pelo croqui. Do desenho manual, transfere-se os dados para o
computador.
Antes de iniciar cada projeto, é necessário realizar uma recolha de dados, que
consiste primeira e principalmente numa conversa com o cliente para saber o que ele
quer, qual o tipo de projeto, se vai ser comercial, residencial, ambos, etc, e saber
exatamente o que ele quer que apresente no projeto. Por exemplo, se for o projeto de
uma residência, saber quantos quartos, se terá sala de jantar unida com a sala de estar
ou separada desta se haverá suítes e quantas, se na área externa irá ter piscina,
churrasqueira, entre outros detalhes.
Em seguida estão algumas definições retiradas da NBR 6492 (1994), para
melhor entendimento dos projetos descritos:
Planta de situação: Planta que compreende o partido arquitetônico como um
todo, em seus múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do
tipo e porte do programa, assim como para a finalidade a que se destina. Nota: Para
aprovação em órgãos oficiais, esta planta deve conter informações completas sobre
localização do terreno.
Planta de locação (ou implantação): Planta que compreende o projeto como um
todo, contendo, além do projeto de arquitetura, as informações necessárias dos projetos
complementares, tais como movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica
e de drenagem, entre outros. Nota: A locação das edificações, assim como a das
eventuais construções complementares são indicadas nesta planta.
Plantas de edificação: Vista superior do plano secante horizontal, localizado a,
aproximadamente, 1,50 m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável
para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados
necessários. Nota: As plantas de edificação podem ser do térreo, subsolo, jirau, andar-
tipo, sótão, cobertura, entre outros.
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Cortes: Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no
sentido longitudinal, seja no transversal. Nota: O corte, ou cortes, deve ser disposto de
forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos. Pode haver
deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser assinalados, de
maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser marcados os
cortes longitudinais e vice-versa.
Fachada: Representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes
transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. DESENHO TÉCNICO

O Desenho Técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia


e da arquitetura. Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a
execução e a interpretação da linguagem gráfica do Desenho Técnico exige
treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para
representar formas tridimensionais. Pode-se dizer que, para interpretar um desenho
técnico, é necessário enxergar o que não é visível. A capacidade de entender uma
forma espacial, a partir de uma figura plana, é chamada de visão espacial. ( PEARSON
2012).
No século XVII o matemático francês Gaspar Monge criou, utilizando projeções
ortogonais, um sistema com correspondência entre os elementos do plano e do
espaço, chamado de Geometria Descritiva.
No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi
necessário normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-
la numa linguagem gráfica que, no contexto internacional, simplificasse a
comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações simplificasse a
comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas.
A International Organization for Standardization – ISO - normalizou a forma de
utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia e da
arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.

2.1.1. Tipos de desenho técnico

Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas


indústrias e alguns exemplos de utilização são:
 Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas nas indústrias
mecânicas, aeroespaciais, químicas, farmacêuticas, petroquímicas,
alimentícias etc.
 Projeto e construção de edificações com todos os seus detalhamentos
elétricos, hidráulicos, elevadores etc.
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 Representação de relevos topográficos e cartas náuticas.


 Desenvolvimento de produtos industriais.
 Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos.
 Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais,
sistemas de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento
de resíduos.
 Projeto e construção de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte,
aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.

2.1.2. Formas de elaboração e apresentação do desenho técnico

Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por


computadores porque existem vários softwares que facilitam a elaboração e
apresentação de Desenhos Técnicos.
Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias os primeiros
desenhos, que darão início à viabilização das ideias, são desenhos elaborados à mão
livre, chamados de esboços

2.1.3. Padronização dos Desenhos técnicos

Para transformar o Desenho Técnico em uma linguagem gráfica foi necessário


padronizar seus procedimentos através de normas técnicas que são seguidas e
respeitadas internacionalmente.
• Cada país elabora suas normas técnicas que são acatadas em todo o seu
território.
• No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.
• Os órgãos responsáveis pela normalização em cada país criaram a
Organização Internacional de Normalização – ISO.
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• As normas que regulam o Desenho Técnico são normas editadas pela ABNT
e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISSO
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3. ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Durante o estágio, foram realizadas atividades de levantamento das informações


necessárias para a elaboração de projeto arquitetônico, como localização do terreno
e medidas para a elaboração da planta baixa.

3.1. ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

Tendo em conta as dimensões possíveis para a residência, é feito um esboço à


mão da planta baixa do pavimento térreo e superior e também da cobertura.
Então Iniciou-se pela Planta de Localização, que é realizada com o auxílio de
um mapa base da cidade no programa AutoCad, sendo este, o programa utilizado
para realização de todo o projeto. Para fazer essa Planta é retirada do mapa base
apenas a quadra em questão, com os devidos lotes e as ruas que a cercam. O lote
em questão deve ser devidamente destacado e cotado.
Em seguida é feita a Planta de situação, onde vai então aparecer a área a ser
construída, a área de calçada, a área construída já existente no terreno, a localização
da rede de esgoto, o Norte, as cotas (que são essenciais), o local da guia rebaixada,
a rua da fachada principal, e outros detalhes.
Depois, faz-se a Planta baixa do Pavimento Térreo e a Planta baixa do
Pavimento Superior, onde está explícito a divisão dos ambientes, mostrando também
o tamanho de cada um destes, espessura das paredes, o local das janelas e portas e
suas dimensões, o piso de cada local, sendo todos estes detalhes escolhidos pelo
contratante.
A Planta de cobertura é a etapa seguinte, nela é representada a inclinação, que
é escolhida de acordo com o tipo de telhado, com o modelo que será feito, como
deseja o contratante, mas dentro das normas.
Deve estar representado na Planta, o caimento das águas, as calhas e rufos
quando existente, os tubos de queda, todos com suas devidas dimensões. O beiral
quando possui e é importante a representação da projeção da edificação em linha
tracejada e a localização dos cortes.
Após feito todo esse processo passa-se a colocar tudo em pranchas para
posterior impressão e entrega ao cliente, nesta, além de possuir todas essas
representações apresentadas acima, é feito o carimbo. Segundo a NBR 6492, o
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carimbo deve estar no canto inferior direito das folhas de desenho, deve ser reservado
ao carimbo destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos. Devem
constar da legenda, no mínimo, as seguintes informações: identificação da empresa
e do profissional responsável pelo projeto; identificação do cliente, nome do projeto
ou do empreendimento; título do desenho; indicação sequencial do projeto (números
ou letras); escalas; data; autoria do desenho e do projeto; indicação de revisão.
Também possui informação das áreas, coeficiente de aproveitamento, taxa de
ocupação, taxa de infiltração, quantidade de pranchas e conteúdo presente na
mesma. De seguida o carimbo deste projeto.
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4. ANEXOS

Figura 1: Planta de Implantação (Fonte: Autor, 2019)

Figura 2: Planta Baixa (Fonte: Autor, 2019)


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Figura 3: Planta de Cobertura (Fonte: Autor, 2019)


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Figura 4: Corte AA (Fonte: Autor, 2019)


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Figura 5: Corte BB (Fonte: Autor, 2019)

Figura 6: Fachada (Fonte: Autor, 2019)


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5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
O estágio supervisionado I, em uma empresa de construção civil, ofereceu a
oportunidade de se envolver em atividades práticas e aplicar o conhecimento teórico
no dia-a-dia profissional. Além de que, esta prática, esclareceu termos e atividades
que muitas vezes não foram bem compreendidos em sala de aula. O envolvimento
com profissionais experientes e a própria convivência, facilitam a inserção do
estagiário no mercado de trabalho, devido o contratante já conhecer o perfil do futuro
profissional.
A realização de projetos arquitetônicos, muitas vezes é apontado com pouca
importância por alunos do curso de Engenharia Civil, visto que este, é dito por eles,
trabalho para arquitetos, porém, com esta experiência de estágio, constatei que é de
grande importância a completa compreensão do projeto por Engenheiros Civis, pois a
partir deste que ele irá observar todos os detalhes e passar para seus funcionários os
comandos para execução da obra, então, se não o compreender bem, não o fará de
forma eficiente.
Para o estagiário, além de ter aprendido muito com o estágio, ou seja, a
aprendizagem do conhecimento técnico de projetos, o estágio propicia a passagem
por uma série de outras experiências, como interação com diferentes classes sociais,
liderança de grupo, execução de obra e a própria gestão e administração de uma
empresa. E concluiu que a boa relação entre os colegas de trabalho é de suma
importância para que haja um ambiente, embora profissional, muito agradável,
lembrando também, a necessidade da entreajuda entre os mesmos.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação


de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

SPERLING, David Moreno. O projeto arquitetônico, novas tecnologias de


informação e o museu Guggenhein de Bilbao. São Paulo, 2001.

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