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H1N1

A gripe H1N1 é em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe.
Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, sendo assim
conhecida devido a pandemia entre 2009 e 2010. Seus sintomas são bem parecidos
com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O que
diferencia a gripe comum da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de
saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em
superfícies e lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de
contaminação. (FIO CRUZ, RJ 2016)

Infecção pelo vírus


O vírus causador da gripe H1N1 contém genes dos vírus influenza A humano,
suíno e aviário, é caracterizado por uma combinação de genes que não haviam sido
ainda identificados entre os vírus de origem humana ou de suínos. Existem 16
subtipos conhecidos de hemaglutininas (HA) virais e 9 subtipos conhecidos de
proteínas neuraminidases (NA) encontradas nas superfícies dos vírus influenza A, as
quais podem recombinar-se para criar novas variações de vírus da gripe. (JORNAL
BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA, 2009).
O modo de transmissão do vírus Influenza A em humanos, incluindo o H1N1
de origem suína, ocorre principalmente através do contato com gotículas e, de
pequenas partículas de gotículas, expelidas quando as pessoas tossem. Há também
uma possibilidade para transmissão através de contato com superfícies ou objetos
contaminados com materiais respiratórios ou gastrintestinais. Uma vez que há a
descrição de casos de diarreia e vômitos, a potencial transmissão viral pelas fezes, e
subsequente transmissão fecal oral, deve ser considerada e investigada. Não há
transmissão do vírus pela ingestão de carne suína. (JORNAL BRASILEIRO DE
PNEUMOLOGIA, 2009).
De acordo com o Jornal Brasileiro de Pneumologia (2009) a confirmação
diagnóstica, deve ser feita uma coleta de amostras clínicas de acordo com as
orientações fornecidas pelo Ministério da Saúde. Secreções respiratórias também
devem ser coletadas utilizando a técnica de aspirado de nasofaringe com frasco
coletor de secreção, uma vez que a amostra obtida por essa técnica concentra um
maior número de células.

Sintomas
Os principais sintomas apresentados são: infecção aguda das vias aéreas
com presença de febre (temperatura ≥ 37,8°C), com variação na temperatura após
dois ou três dias e voltando ao normal em torno do sexto dia de evolução. A febre
geralmente é mais presente em crianças.
Sinais e sintomas são geralmente de aparecimento súbito, como:
o Calafrios.
o Mal-estar.
o Cefaleia.
o Mialgia.
o Dor de garganta.
o Artralgia.
o Prostração.
o Rinorreia.
o Tosse seca.
o Diarreia.
o Vômito.
o Fadiga.
o Rouquidão.
o Hiperemia conjuntival.
(MINISTERIO DA SAÚDE, BRASÍLIA/DF, 2017)

Cura
A cura da gripe H1N1 está associada a diagnóstico precoce e tratamento
adequado. Por isso que é importante boa alimentação, beber bastante líquido e ter
hábitos saudáveis de vida. A cura varia de acordo com o organismo de cada pessoa
e existe medicação específica para esse tipo de tratamento, por exemplo o Tamiflu
que é um medicamento antiviral. Mas, para o início do tratamento é necessário o
diagnostico pra confirmação da doença. (FERNANDES, 2014)
Tratamento
O tratamento inclui medicamentos de repouso, por exemplo: o acetaminofeno
(também conhecido como o paracetamol, é um analgésico e antipirético), ou
Ibuprofeno para aliviar a febre e as dores no corpo. Um outro tratamento que é feito é
com o uso de fosfato de oseltamivir (Tamiflu) que também se usa nas primeiras 48
horas, depois dos sintomas, deve-se usar por 5 dias. Todavia, esses antivirais podem
limitar o comprimento e a gravidade da H1N1, assim como todo remédio, esse também
tem os seus efeitos colaterais. Não são apropriados para todas as pessoas com H1N1,
sendo prescrito apenas para pessoas com algumas complicações como a pneumonia
e a bronquite aguda. (OPAS, 2017)
De acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2015, do Ministério da
Saúde, o uso do antiviral fosfato de oseltamivir é indicado para todos os casos que
apresentam síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal com
condições e fatores de risco para complicações. (MINISTERIO DA SAÚDE, BRASIL,
2017)
O maior benefício em prevenir falência respiratória e óbito foi demonstrado
nos casos que receberam tratamento até 72 horas, em casos pacientes gestantes, em
qualquer trimestre, infectadas pelo vírus influenza A(H1N1)pdm09, contudo só foi
possível o resultado devido o tratamento ter iniciado quatro dias após o aparecimento
dos sintomas, quando comparado com casos que receberam o antiviral após cinco
dias do início do quadro clínico.(MINISTERIO DA SAUDE, BRASÍLIA/DF, 2017).
Medicamentos ultizados no tratamento:
 Zanamivir(para pacientes de alto risco);
 oseltamivir(tramifur);
 Prophylaxis;
 Aspirina (para febre e dores);
 Trinedal;
 Paracetamol.
Cuidados de prevenção
As medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas, são basicamente
intervenções não farmacológicas, adotadas para redução de riscos de adquirir ou
transmitir doenças agudas de transmissão respiratória, incluindo o novo vírus
influenza A(H1N1), são:
o Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar
os olhos, boca e nariz E após tossir, espirrar ou usar o banheiro
o Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
o Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir
ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
o Indivíduos com síndrome gripal devem evitar entrar em contato com outras
pessoas suscetíveis;
o Indivíduos com síndrome gripal devem evitar aglomerações e ambientes
fechados
o Manter os ambientes ventilados;
o Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso,
utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

(MINISTERIO DA SAÚDE, BRASÍLIA/DF, 2009)

Vacina
Para o controle da influenza é necessária uma vigilância qualificada, em
conjunto com ações de imunização anuais, direcionadas especialmente aos grupos
mais vulneráveis e com grande chance de risco para desenvolver complicações. A
vacinação anual contra influenza é a principal medida utilizada para prevenção da
doença, pois pode ser administrada antes do contato com o vírus e é capaz de
promover imunidade durante o período de circulação sazonal do vírus influenza
reduzindo o agravamento da doença. (MINISTERIO DA SAUDE, BRASÍLIA/DF, 2017)
Foi estabelecido pelo Ministério da saúde seguintes prioridades para
vacinação:
 Adultos e crianças a partir dos seis meses de idade com doença pulmonar ou
cardiovascular crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito
insulinodependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias;
 Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou
HIV-positivos;
 Pacientes submetidos a transplantes;
 Profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes
mencionados anteriormente.
 Pessoas de 60 anos e mais, por ocasião das campanhas anuais.

Complicações
A evolução da gripe (influenza) dura cerca de sete dias, embora a tosse, o mal-
estar e a fadiga estejam presentes por algumas semanas. Alguns casos podem
evoluir com complicações, sendo as mais comuns:
o Pneumonia bacteriana.
o Sinusite.
o Otite.
o Desidratação.
o Piora de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes.
o Pneumonia primária por influenza
(MINISTERIO DA SAÚDE, BRASÍLIA/DF, 2017)

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