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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA _____ª VARA
CÍVEL DA COMARCA DE SOROCABA - SP
VALTER DOS SANTOS, brasileiro, (estado civil), (profissão), inscrita no CPF/MF sob o n.
____________, titular da carteira de identidade (RG) nº ______________________-SSP/SP, residente e
domiciliada na Rua Francisco Simões dos Santos, n. 151, Jardim São Camilo, CEP 18.078-
161, Sorocaba/SP, por meio de seus advogados (mandato incluso), com escritório jurídico
situado na Av. Itavuvu, n. 3.560, Jd. Santa Cecília, Sorocaba - SP, onde recebem intimações,
vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
ação de obrigação de fazer decorrente da não transferência de veículo, c/c
indenização por danos morais e materiais.
Por outro lado, REQUER a Autora a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro
no disposto na Lei n. 1.060/50, c.c. o art. 4˚, § 1˚, da Lei n. 7.510/86, Lei n. 7.871/89 e art. 5˚,
inc. LXXIV, da CF, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, sem
condições, no momento, de arcar com as custas decorrentes do processo, sem prejuízo do
sustento próprio e de sua prole, conforme Declaração de Hipossuficiência inclusa (doc.
anexo).
2. SÍNTESE DA INICIAL.
A Autora, em maio de 2012, efetuou a venda do veículo FIAT TIPO de placas AAA-0000,
chassi 0000, código RENAVAM 000001 de cor azul, ao indivíduo que conhecia apenas pelo
prenome “TIAGO”.
Tal indivíduo efetuo o pagamento acordado (R$ ....................), assumindo a propriedade do
veículo, garantindo que providenciaria a transferência do referido automóvel.
Ocorre que, doravante, o comprador desapareceu, passando a chegar na residência da
Autora, diversas multas de trânsito, (conforme doc. anexos).
Diante de tais fatos, e, tendo em vista a localidade dos cometimentos das infrações de
trânsito, ou seja, todas na Avenida John Boyd Dunlop, Campinas/SP, a Autora resolveu
perscrutar por conta própria, montando campana no endereço acima, sendo que, na data
de 05 de setembro de 2016, logrou em deparar-se com o Sr. OSMAR RODRIGUES DA
SILVA, o qual adquiriu o referido veículo em maio de 2012, utilizando-se, estranha,
do prenome falso de “TIAGO”.
Compelido diretamente pela Autora - que inclusive sinalizou acionar a Polícia Militar no
local do flagra -, o Requerido afirmou que de fato havia contraído várias multas de trânsito
e que pretendia “rodar com o veículo até este ser apreendido, pois tratava-se de um
veículo velho” (sic).
Na mesma data, ou seja, dia 05/09/2016, o Sr. OSMAR, para não se submeter à PM no local,
ainda firmou um contrato de compra e venda de veículo com a Autora (doc. anexo).
(3º) Objetivando minorar os prejuízos ao seu nome, a Autora vem suportando despesas
com IPVA e multas (conforme restará provado no decorrer da presente demanda), razão
pela qual tais despesas deverão ser ressarcidas pelo Requerido (danos materiais), e;
(4º) Em decorrência justamente do veículo ainda estar registrado em nome da Autora, caso
ocorra algum acidente automobilístico, esta certamente terá obrigação solidária no evento,
o que pode lhe causar enormes prejuízos morais e patrimoniais, decorrentes de eventual
sentença condenatória, o que seria inaceitável e injusto;
Diante dos fatos aqui narrados, e, tendo em vista que o Sr. Osmar afirmou, categoricamente,
que ostenta a intenção de “rodar com o veículo até que seja apreendido”, opção não resta
à Autora senão suplicar através da presente ação, a imediata intervenção do Poder
Judiciário, objetivando, liminarmente e inaudita altera pars, a expedição do competente
mandado judicial visando obrigar o Requerido a efetivar a imediata transferência do
veículo e das dívidas advindas deste, para o seu nome, no prazo a ser estipulado por este r.
Juízo, sob pena de multa diária.
Na hipótese do Requerido não cumprir com a liminar - ou seja, deixar de realizar
imediatamente a transferência do automóvel -, a Autora também se vale da prerrogativa
insculpida no artigo 294 e parágrafos, do CPC, para REQUERER inauldita altera pars, seja
determinada a busca e apreensão do veículo, devendo este ficar apreendido até que a
transferência de titularidade seja realizada.
Por derradeiro, a presente ação visa, ao final, a condenação do Demandado em danos
materiais (decorrentes das multas e IPVAs que já foram pagos pela Autora), bem como em
danos morais (em virtude de todo o transtorno psicológico gerado pelo Demandado em
detrimento da Requerente).
É o relato no essencial.