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10 PASSOS

PARA IMPLEMENTAR UM PROGRAMA DE

COMPLIANCE
Na área corporativa, Compliance é
um conjunto de medidas que visa
cumprir e observar rigorosamente
a legislação à qual a empresa se
submete. A função é monitorar e
garantir que todos os
colaboradores de uma empresa
estejam de acordo com as
práticas de conduta da mesma.

Para colocar o programa em


prática, é preciso seguir
alguns passos fundamentais:
1
Criar uma equipe
independente para
aplicar o programa

É fundamental que os dirigentes da


organização garantam o empoderamento e a
independência para que a equipe de Compliance possa implementar o
programa e auditar sua efetividade.
Para atuar na função de Compliance não é preciso ter uma formação
específica, pois diversas experiências profissionais enriquecem ainda
mais a equipe. É interessante que o profissional possa reunir
características que o permitam desempenhar as atividades, como:

• Aptidão para compreender o conjunto de • Acessibilidade para esclarecer dúvidas


normas, leis e diretrizes que regulam o dos diversos níveis da organização;
ambiente onde a organização está inserida;
• Se manter atualizado para antever
• Compreensão da cultura da organização, mudanças nos ambientes regulatórios e
seu contexto e à caráter de suas atividades; cenários econômicos que possam
impactar as atividades da organização;
• Competência para criar parcerias com os
setores da organização; • Segurança para expor o pensamento sem
receio de represálias ou ameaças;
• Facilidade para comunicar-se com todos
os níveis da organização, assim como • Independência para tomadas de decisões
órgãos reguladores, fiscalizadores e sem sofrer pressão ou influência das
auditorias; relações por afinidade;

• Capacidade de persuasão para mudar os • Valores éticos que possam ser


comportamentos dos colaboradores da observados através de suas atitudes.
organização;
2
Verificar riscos
e desenvolver
políticas que
possam extingui-los

Gestão de riscos faz parte dos pilares do Compliance, trabalhando para


prevenir e detectar situações que possam prejudicar a integridade da
empresa. Nessa etapa é preciso seguir a metodologia abaixo:

A Identificar os riscos;

B Avaliar seus impactos na organização, sempre buscando


preservar o valor do negócio;

C Mitigar os riscos e potencializar as oportunidades criando


políticas e atividades de controle e monitoramento;

D Monitorar incertezas para atuar no momento certo.


3
Instituir
princípios!

É preciso comunicar, através de documentos, os conjuntos de normas,


padrões de conduta e código de ética a serem seguidos.

Público interno: todos os colaboradores desde o alto escalão, não


importando cargo;

Público externo: fornecedores, prestadores de serviços e parceiros.


4 Investir na
divulgação e
treinamento

O processo de Compliance será


mais uma questão entre muitas
prioritárias na organização. É
preciso garantir que a visão seja
devidamente comunicada em
todos os níveis organizacionais,
disseminando a cultura da
integridade.
É fundamental treinar os
colaboradores a partir da
implantação do programa para
que saibam como agir.
5 Conflito de
Interesses

Este, é um cenário onde o julgamento profissional é indevidamente


analisado, com base em interesses que não são da empresa (interesse
primário), ou seja, acontece quando julgamentos e tomadas de
decisões dos profissionais estão a favor de interesses próprios
(interesse secundário), em detrimento dos da organização.
O programa de Compliance precisa focar em um mecanismo para
prevenir potenciais situações onde as decisões possam acontecer de
forma subjetiva, mediante a simples exposição de uma ideia,
desfavorecendo o melhor argumento técnico, trazido por quem não tem
qualquer espécie interesse pessoal no resultado.

Este mecanismo deve ser baseado em:

1. Treinamento e conscientização 2. Canal de denúncias que garanta


permanente sobre código de ética e confidencialidade e anonimato;
conduta;

3. Apuração (investigação interna) das 4. Aplicação de medidas disciplinares.


situações detectadas como conflito de
interesse;
6 Estabelecer
um canal de
denúncias

O canal deve estar acessível para que os colaboradores e o público


externo possam buscar orientação em caso de dúvidas, orientação
sobre conduta ou quando desejam denunciar algo. Aqueles que
colaboram com o canal de comunicação realizando denúncias
devem ter a garantia de que não sofrerão represálias ou ameaças.
7 Investigação
Interna

Para colocar em prática o processo de investigações internas, é preciso


garantir, sobretudo, o sigilo da operação. Pois se houver vazamento de
informações, os envolvidos podem destruir provas, evidências e até
ameaçar testemunhas, atrapalhando o processo. Outro ponto
importante é o anonimato dos denunciantes. Apenas os responsáveis
pelos canais de denúncias e os investigadores devem saber a fonte da
denúncia.

Dessa forma, durante as investigações internas de Compliance é


preciso considerar:

1. A vida pessoal e a privacidade das pessoas não


devem ser investigadas;

2. É necessário que haja um motivo justo para dar


início à investigação;

3. Todo sistema e infraestrutura da empresa podem


ser usados no processo;

4. É preciso documentar as provas


obtidas, até mesmo para eventual
apresentação em juízo, caso o
assunto se torne litigioso.
8 Estabelecer
medidas
disciplinares

Aqueles que violarem os conjuntos de normas, padrões de conduta e


código de ética estabelecidos devem receber medidas para punir
suas condutas sempre que for detectado.

ADVERTÊNCIA VERBAL
• Agende uma reunião para conversar com o colaborador em local privado;
• Seja claro ao comunicar que a advertência verbal é consequência do não cumprimento das
regras;
• Comunique ao colaborador as próximas consequências em caso de reincidência.

ADVERTÊNCIA ESCRITA
• Entregue uma carta ao colaborador comunicando o motivo desta advertência;
• Mencione as políticas da organização em relação ao problema ocorrido;
• Comunique que a melhoria na conduta deverá ser imediata e evidente para que o
colaborador não receba outras medidas.

DEMISSÃO
• É preciso verificar se existem motivos reais e evidências para a demissão;
• Consulte um advogado para garantir que seja comprovada a quebra das regras da
organização;
• É preciso se assegurar de que todos os processos de confidencialidade e privacidade sejam
seguidos.
9
Monitorar a
efetividade do
programa de
Compliance

É preciso criar um mecanismo de avaliação regular com objetivo de


verificar se o programa de Compliance está funcionando conforme
esquematizado, se a conscientização está gerando efeito nos
colaboradores e se os riscos identificados previamente estão sendo
mitigados como determinado.

Além disso, é preciso verificar se os indicadores como de confiança


do consumidor e o engajamento interno dos colaboradores estão
permitindo fechar mais negócios sólidos para a organização.
10 Investir em
Capacitação

Embora este passo tenha sido deixado por último, é de longe o mais
importante. É preciso que todos os colaboradores participantes do
programa de Compliance, não importando suas formações e
experiências profissionais, se capacitem através de programas de
Pós-Graduação em Compliance para que toda a equipe consiga
responder de forma estratégica aos desafios do negócio, gerando
competitividade e alavancando a performance da organização.

Para alcançar esse propósito, conte a nova Especialização em


Direito, Ética Empresarial e Compliance da UNINOVE. O curso
será realizado em parceria da universidade com o IBDEE (Instituto
Brasileiro de Direito e Ética Empresarial) e o IBEJI (Instituto Brasileiro
de Estudos Jurídicos da Infraestrutura) e conta com um corpo
docente de alto nível acadêmico, com profunda experiência de
mercado no segmento de direito, o que os torna capazes de propor
soluções a partir dos desafios específicos deste segmento,
antecipando tendências e demandas mais atuais para a profissão.

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