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NO BRASIL
Relatório de Pesquisa
Arranjo de Governança Interfederativa na Região
Metropolitana do Recife com Base no Estatuto
da Metrópole
Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão
Ministro Esteves Pedro Colnago Junior
Presidente
Ernesto Lozardo
Diretor de Desenvolvimento Institucional
Rogério Boueri Miranda
Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das
Instituições e da Democracia
Alexandre de Ávila Gomide
Diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas
José Ronaldo de Castro Souza Júnior
Diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas
e Ambientais
Constantino Cronemberger Mendes
Diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação
e Infraestrutura
Fabiano Mezadre Pompermayer
Diretora de Estudos e Políticas Sociais
Lenita Maria Turchi
Diretor de Estudos e Relações Econômicas e
Políticas Internacionais
Ivan Tiago Machado Oliveira
Assessora-chefe de Imprensa e Comunicação
Mylena Pinheiro Fiori
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria
URL: http://www.ipea.gov.br
EQUIPE TÉCNICA
Este Relatório de Pesquisa é um produto do Acordo de Cooperação Técnica (ACT no 03019.000147/2015-83) entre a
Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea e a Agência Estadual de Planejamento e
Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem do Governo do Estado de Pernambuco
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo,
necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins
comerciais são proibidas.
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................... 9
2 ESTRUTURA INSTITUCIONAL E NORMATIVA DA RM DO RECIFE............................................................................... 11
3 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO: O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PDUI...................................... 16
4 MECANISMOS E INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO DA AÇÃO METROPOLITANA................................................ 20
5 OS DEBATES LEGISLATIVOS E JUDICIAIS SOBRE A GESTÃO METROPOLITANA.......................................................... 21
6 A ADEQUAÇÃO DA LCE NO 10/1994........................................................................................................................ 22
7 PROPOSIÇÕES PARA A REESTRUTURAÇÃO DO SGM................................................................................................ 23
8 NOVAS AGLOMERAÇÕES URBANAS NO ESTADO..................................................................................................... 23
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................ 25
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR................................................................................................................................ 26
FIGURA 1
RM do Recife (agosto de 2016)
A Constituição do Estado de Pernambuco de 1989, art. 37, inciso XXVII, fala em:
Junto a isso, a referida constituição, em seu art. 95, indica que “o estado poderá
articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico, social e cultural, visando ao
seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais” (Pernambuco, 1989). O § 1o
deste artigo dispõe que a lei complementar estadual definirá:
II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais
integrantes dos planos estaduais e municipais de desenvolvimento econômico e social, que deverão
ser devidamente aprovados (Pernambuco, 1989).
O governador do estado, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 69, inciso II, da
Constituição do Estado, e tendo em vista a competência atribuída ao estado pelos artigos 1o,
parágrafo único, 13, parágrafo único, e 15 da Lei Federal no 6.766, de 19 de dezembro de 1979,
para definição de normas relativas ao exame e anuência prévia, com vistas à aprovação de projetos
de parcelamento do solo urbano e de alterações de uso de solo rural para fins urbanos, na Região
Metropolitana do Recife.
Decreta:
Art. 2o – A Fidem deverá esclarecer aos interessados sobre as áreas a serem loteadas, com base nas
diretrizes estabelecidas pelo Plano de Desenvolvimento Integrado e pelo Mapa de Estrutura de
Programas, aprovados pelo Conselho Deliberativo da Região Metropolitana do Recife, e sobre as
normas para aprovação de loteamento, definidas por Decreto do Poder Executivo Estadual.
Agência Condepe/Fidem
Secretaria executiva e apoio técnico Câmaras Técnicas Setoriais (CTS)
Fundo de Desenvolvimento da
RM do Recife (FUNDERM)
Câmara
Câmara Câmara Metropolitana Câmara Metropolitana
Câmara Metropolitana de Metropolitana
Metropolitana de Desenvolvimento de Meio Ambiente
Desenvolvimento Social de Política de
de Transporte Urbano e Ordenamento e Saneamento
(CMDS) Defesa Social
(CMT) Territorial (CMDUOT) (CMMAS) (CMPDS)
2.3.1 CONDERM
O CONDERM é um órgão deliberativo e consultivo presidido pelo secretário de
Planejamento e Gestão de Pernambuco, sendo a Condepe/Fidem a secretaria executiva
desse colegiado.
Em 1975 – como instrumento financeiro de caráter rotativo – foi instituído, por meio
da Lei no 7.003, de 2 de dezembro de 1975, o FUNDERM, destinado ao financiamento
total ou parcial, sob a forma de empréstimo ou a fundo perdido, voltado às atividades de
planejamento do desenvolvimento da RM do Recife; à gestão dos negócios relativos a essa
RM; à execução das FPICs no âmbito metropolitano; e à realização e operação de serviços
urbanos de interesse metropolitano.
As CTS são:
• a CMDUOT;
• a CMT;
• a CMMAS;
• a CMDS; e
• a CMPDS.
A composição das CTS metropolitanas é a seguinte:
Base cartográfica
Pretende ajudar no planejamento e na gestão do desenvolvimento estadual e é uma das
atribuições da Condepe/Fidem. A base cartográfica planialtimétrica integra o acervo da
instituição e está disponível para a população que deseje realizar consultas ou adquirir o
material. Os mapas contêm informações detalhadas sobre relevo, sistema viário, drenagem,
locais de mata e reservas ecológicas, possibilitando a visualização de toda a área em um
único documento. O acervo cartográfico da agência é formado pelas séries compostas
por fotografias aéreas, ortofotocartas, cartas altimétricas, cartas planimétricas e temáticas,
referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).
FIGURA 3
Modelo de gestão proposto para a RM do Recife
Agência
Condepe/Fidem
CTS
1 CTS
7
CTS
2 CTS
6
CTS
CTS CTS
3
4 5
Instância executiva
Agentes Consórcios
delegados setoriais
O art. 14 da referida lei discorre sobre o que pode constituir a receita do FUNDERM:
I – recursos de natureza orçamentária que lhe forem destinados pela União, pelo estado e pelos
municípios situados na Região Metropolitana do Recife;
QUADRO 1
Aspectos convergentes e ausências de normativas: comparação LCE no 10/1994 – SGM com EM
Lei no 13.089/2015 – EM LCE no 10/1994 – SGM
Incidência da lei: RMs e aglomerações urbanas já constituídas; futuras
Incidência da lei: RM do Recife.
unidades regionais.
Define princípios, diretrizes e o sistema de gestão compartilhado Estabelece o SGM e as medidas administrativas e legais de apoio à
e pactuado. execução das FPICs.
Estrutura
Sobre Petrolina, vale destacar que, com base na Lei Complementar no 113, de 19 de
setembro de 2001, e pelo Decreto no 4.366, de 9 de setembro de 2002, ambos do governo
federal, o município faz parte de uma Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento
(RIDE), como polo dessa região em Pernambuco. A RIDE tem como objetivo articular
e harmonizar as ações administrativas da União, dos estados e dos municípios para a
promoção de projetos que visem à dinamização econômica e provisão de infraestruturas
necessárias ao desenvolvimento em escala regional desses territórios.
Além disso, essa região é composta por municípios da Bahia, de cujo estado Juazeiro é
o polo, e pelos municípios pernambucanos de Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa
Vista. Estes últimos, em conjunto com Petrolina, potencializam-se como mais um território
suscetível à classificação de aglomerado urbano em Pernambuco, à luz do que estabelece
o EM. Isto ocorre tanto em virtude de uma análise dos indicadores secundários expostos
anteriormente quanto pela já existente capacidade de articulação de ações administrativas
que esse território possui em nível estadual e federal.
Esse cenário demonstra que, antes do marco legal e regulatório do EM, já havia
uma leitura de arranjo territorial em que os municípios fizessem parte de organismos
geridos e coordenados por entes técnicos (estaduais, no caso do TES, e federais, no caso
da RIDE – Petrolina/Juazeiro), com o propósito de contribuir para o fortalecimento
regional e o desenvolvimento sustentável dessas zonas. Junto a isso, os contextos em
que os investimentos públicos ocorrem em territórios no estado têm servido para ampliar
o discurso da territorialização em Pernambuco. Goiana, por exemplo, vive uma clara
iminência de se tornar uma centralidade econômica ao norte da RM. No médio e no longo
prazo, Salgueiro, com sua posição estratégica ao abrigar a Plataforma Logística Multimodal
e com os investimentos existentes no Sertão – Transnordestina, Canal do Sertão, Eixo de
Integração de Bacias etc. –, se caracterizará como outra importante centralidade econômica
(está em andamento um Plano Regional de Desenvolvimento Sustentável para o local,
executado pela Condepe/Fidem, em convênio com a Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste – Sudene).
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O EM estabelece a instituição de RMs e aglomerações urbanas pelas leis complementares
estaduais, nas quais, mediante o cumprimento dos requisitos legais, municípios
limítrofes – por meio de governança interfederativa – compartilharão o planejamento e
o exercício de FPICs.
Por fim, seria preciso envidar esforços das entidades metropolitanas junto ao Ministério
das Cidades para que sejam ampliados planos, políticas, programas, projetos e ações para as
RMs como forma de garantir a efetiva implementação do EM.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
EDITORIAL
Coordenação
Cláudio Passos de Oliveira
Supervisão
Andrea Bossle de Abreu
Revisão
Carlos Eduardo Gonçalves de Melo
Elaine Oliveira Couto
Lis Silva Hall
Mariana Silva de Lima
Rava Caldeira de Andrada
Vivian Barros Volotão Santos
Bruna Oliveira Ranquine da Rocha (estagiária)
Lorena Sant’Anna Frontoura Vale (estagiária)
Editoração eletrônica
Aline Cristine Torres da Silva Martins
Carlos Henrique Santos Vianna
Mayana Mendes de Mattos (estagiária)
Vinícius Arruda de Souza (estagiário)
Capa
Andrey Tomimatsu
Livraria Ipea
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