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LAUDO DE VISTORIA VISUAL

DA

EDIFICAÇÃO SEDE DA CGVS

DA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DO

MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE


DA EDIFICAÇÃO
Trata-se de uma edificação de seis pavimentos, com aproximadamente 3000 m2 de
área total, idade aproximada de 35 anos, conta com, dois elevadores para atender os seis
pavimentos, o abastecimento d’água conta com reservatório inferior e superior. Constitui
um prédio estruturado em concreto armado de lajes, vigas e pilares e em todas as fachadas,
abaixo e acima das janelas formam-se abas de concreto armado. Uma edificação que sofreu
uma reforma geral em 2001, com a finalidade de adaptá-lo para uso da Coordenadoria de
Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre.
Desde o referido ano, não houve mais nenhuma manutenção significativa com o caráter de
reparo e/ou pintura, assim como, adequação de seu consumo energético, do Quadro Geral
de Baixa Tensão (QGBT), mesmo tendo sido adquiridos diversos novos equipamentos
durante este período.

DA VISTORIA
Foi realizada uma vistoria visual numa sexta-feira, dia 21 de agosto do corrente ano,
após a ocorrência prolongada de chuvas, que persistiu aproximadamente de uma semana.
Com base nesta vistoria visual e registros fotográficos, pudemos observar algumas
manifestações patológicas na referida edificação, que pela gravidade constatada, orienta-se
contratar com brevidade um laudo pericial. Laudo este que teria a finalidade de
aprofundar os estudos das manifestações patológicas apontadas no presente laudo e outras a
serem observadas durante a perícia.
Utilizou-se máquina fotográfica que permite boa aproximação para registro de
manifestações patológicas em pontos de difícil acesso.
A vistoria foi motivada pela ocorrência de desplacamento de uma porção de
concreto do 3° andar e que fazia parte do cobrimento da armadura do pilar P31A (P31A,
referência utilizada nas plantas de formas, fazendo parte do processo nº 80552/76 da
SMOV, PM – PA), neste ponto. Na mostra desta porção de concreto observou-se manchas
de corrosão do aço de armadura do pilar. A foto de aproximação do ponto de
desplacamento evidencia a corrosão do aço da armadura do referido pilar no ponto indicado
do 3° andar.
O desplacamento de concreto foi evidenciado pela queda da porção de concreto
sobre um beiral de policarbonato existente no andar térreo e coletado para testemunho.

CONDIÇÕES GERAIS DA EDIFICAÇÃO E AVARIAS A SEREM REPARADAS


A equipe de manutenção da Secretaria Municipal de Saúde do município de Porto
Alegre não tem estrutura suficiente para dar suporte à manutenção que a edificação em
questão necessita. A pintura, em muito, está abaixo do desempenho esperado, quanto à
proteção das superfícies contra infiltrações das águas das chuvas e de drenagem dos
aparelhos de ar condicionados.
Observam-se várias fissuras em pilares e alvenaria, manchas de umidade nas faces
internas das paredes externas e junto aos aparelhos de ar condicionados.
Muitas das divisórias internas, portas e fechaduras estão danificadas, necessitando
de substituição.

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Diversas válvulas de descargas estão necessitando de reparos ou substituição. O
sistema de bombeamento de água potável, do reservatório inferior para o superior, necessita
de reparos ou substituição de peças.
Observam-se alguns vazamentos nos sanitários, como decorrência, a existência de
bolhas e inchamento de parte do revestimento de paredes destes ambientes e degradação de
forros de gesso.
Algumas tampas de concreto armado de caixas de passagem, na circulação da área
externa à edificação, estão rompidas e devem ser substituídas. Diversas placas de basalto na
área externa estão soltas e devem ser reassentadas.
A laje de concreto armado de um abrigo de passagem de automóveis, anexa à
edificação, apresenta sua pintura, em sua superfície inferior, totalmente solta ou com bolhas
de infiltração, decorrente de avarias no telhado sobre essa superfície.
A cobertura lateral, de proteção ao acesso do prédio, construída em policarbonato,
encontra-se bastante danificas, requerendo substituição de algumas placas deste material.
Diversos sanitários apresentam desgaste do rejunte de seu revestimento cerâmico,
devendo ser reaplicado. Muitos equipamentos nos sanitários e banheiros devem ser
repostos, como porta-papel higiênico, porta-sabonete líquido e porta papel-toalha.
Diversos lavatórios de banheiros e sanitários e pias de copas devem ser reparados ou
substituídos.
Reparos e substituição de diversas placas de pisos vinílicos e rodapés. Recomenda-
se reparo dos degraus e patamares das escadas revestidos em granitina.
Recomenda-se instalação de ventilação mecânica nos sanitários do térreo, assim
como, aumento da eficiência da ventilação do poço de ventilação dos sanitários dos
andares, através da instalação e um exaustor mecânico/eólico, de funcionamento por
acionamento de presença, a ser instalado no topo do mesmo.
Instalação de iluminação artificial focada para o interior do poço de ventilação, com
a finalidade de auxiliar na iluminação dos respectivos sanitários, instalando acionamento
permanente, ou por sensor de presença. O poço deverá ser pintado de branco para melhor
refletir a iluminação.
Reparos e repintura das portas internas, e principalmente, repintura com tinta
ignífuca, as portas de retardo ao fogo, localizadas nas entradas das salas, a partir da
circulação principal.
Reinstalar interruptores dos sanitários no interior dos privativos, individualizando-
os.
Substituição de algumas persianas e de alguns mobiliários.
Revisão e reparo da iluminação e indicação de emergência.
Há aproximadamente um ano e meio, os aparelhos de ar condicionados sofreram
manutenção e limpeza. Para esse procedimento, foram retirados todos os aparelhos. Em
suas respectivas reinstalações, não foram religados os drenos de águas, que são decorrentes
da condensação da umidade, oriunda de seu funcionamento. A edificação conta com uma
canalização externa que esgota suas águas no coletor pluvial predial. As águas não
canalizadas adequadamente nessa canalização deságuam sobre as abas de concreto armado,
existentes em posições inferiores às janelas e abaixo dos aparelhos de ar condicionados.

O FENÔMENO DA INFILTRAÇÃO
A infiltração em fachadas e abas horizontais é decorrente das possibilidades de
percolação das águas de chuva ou de drenagem pelas superfícies não impermeáveis. Na

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particularidade da edificação em questão, podemos afirmar, que a causa da perda de
impermeabilidade é decorrente da perda do desempenho da pintura, por falta de
manutenção.
O concreto, assim como, as alvenarias quando sujeitos à variação higrotérmica
sofrem variações nas dimensões de seus materiais porosos, provocando fissuras em seu
maciço. A variação de umidade na matriz de concreto, assim como nas alvenarias, gera
retrações e expansões em seus maciços, provocando fissuras. Ocorre que o concreto, assim
como, as alvenarias, constituem materiais que não resistem a tensões significativas de
tração, resultando, portanto, em fissuração.
As estruturas de concreto e as alvenarias cerâmicas, comumente estão associadas
como estrutura e vedação respectivamente. Ocorre que os dois elementos se comportam
diferentemente, quando absorvem umidade. As alvenarias costumam expandir mais que os
concretos. Portanto, esta diferença é que, normalmente, provocam fissuras. Sempre que os
fenômenos associados acima ocorrem tem-se um quadro de infiltração somatizada. O
fenômeno da infiltração tende a agravar-se ao passar do tempo, caso não haja nem um tipo
de intervenção para corrigi-lo.

OCORRÊNCIAS DE INFILTRAÇÕES NAS PAREDES EXTENAS DA EDIFICAÇÃO E


OUTRAS PATOLOGIAS NO REVESTIMENTO
Em um levantamento geral, observou-se infiltração de água da chuva em vários
pontos da edificação, concentrando sua intensidade nas fachadas sudeste e sudoeste dos
andares superiores. Em especial, causando danos estruturais mais significativos no ponto de
encontro das duas fachadas.
Pode-se afirmar que as infiltrações da edificação têm três origens: Infiltrações
causadas pelos drenos dos aparelhos de ar condicionados; Infiltrações causadas pela ação
das chuvas; Infiltrações causadas por avarias em telhados.
Nas infiltrações causadas pelos drenos dos aparelhos de ar condicionados as águas
oriundas desses aparelhos, associada à falta de desempenho da pintura na sua função de
impermeabilidade, provocam infiltrações permanentes pelas fissuras. Observou-se este
fenômeno após a manutenção e limpeza dos ar condicionados. Estas infiltrações apresentam
uma particularidade agravante, com relação às demais. Uma vez que, essas ocorrem
praticamente durante todo o ano, em dias de grande incidência de sol, momentos em que os
elementos envolvidos (concretos e alvenarias) encontram-se bastante dilatados e porosos,
as superfícies da edificação tornam-se, consideravelmente, mais suscetíveis a absorção de
água, favorecendo, portanto o fenômeno da infiltração.
As infiltrações causadas pela ação das chuvas são sazonais e têm sua intensidade no
inverno, associadas à falta de desempenho da pintura na sua função de impermeabilidade,
portanto, provocam infiltrações com intensidade em períodos prolongados de chuvas.
As infiltrações causadas pelas avarias em telhados podem ser observadas na laje do
anexo (passagem coberta de automóveis), localizada nos fundos da edificação. Observou-se
também infiltrações pelos telhados, na laje e parede, abaixo da caixa d`água, na laje de
forro da sala da coordenação e salas dos fundos da edificação, principalmente auditório e
sala do servidor geral, localizados no último andar (andar de cobertura). As avarias podem
ser decorrentes da não vedação ou danificação das algeroz, telhas quebradas ou trincadas.
Observam-se nas faces internas das paredes externas manifestações patológicas de
formação de manchas de umidade com desenvolvimento de bolor, argamassa do
revestimento descolada internamente da alvenaria, em placas compactas ou por

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desagregação completa, a superfície do revestimento apresenta fissuras de conformação
variada, revestimento em processo de descolamento por carbonatação insuficiente, no
período da cura. O bolor tem sua manifestação em fachadas com menos incidência de sol.
Algumas patologias de revestimento podem ter como causa a carbonatação
insuficiente, que para a argamassa é importante, pois determina uma boa cura. A
carbonatação insuficiente pode ser em função do engrossamento da camada de emboço e
reboco, que por norma é admitido 2cm e 2mm, respectivamente. Outro fator determinante
pode ter sido resultado de uma argamassa rica em cimento, pouco porosa, que dificultasse a
penetração do anidrido carbônico no período de cura do revestimento. A pintura precoce
também pode determinar carbonatação insuficiente.
Expansão da argamassa de assentamento ocorre predominantemente no sentido
vertical e pode ser identificada por fissuras na horizontal.
As manifestações patológicas de infiltrações encontram-se demonstradas na
sequência de fotos abaixo.

Localização das fotos em planta:

5
Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
6º andar, fundos,
fachada sudoeste,
sala servidor.

Foto 1

Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
6º andar, fachada
sudoeste, sala
servidor, fundos.

Foto 2

6
Infiltrações
decorrentes das águas
de avarias do telhado.
6º andar, frente,
fachada nordeste,
frente.

Foto 3

Infiltrações
decorrentes das águas
da drenagem dos ar
condicionados.
6º andar, fachada
sudoeste, frente.

Foto 4

7
Infiltrações
decorrentes das águas
da drenagem dos ar
condicionados.
6º andar, fachada
sudoeste, frente.

Foto 5

Infiltrações
decorrentes das águas
da drenagem dos ar
condicionados.
6º andar, frente,
fachada sudoeste.

Foto 6

8
Infiltrações
decorrentes das águas
das chuvas, defeitos
construtivos.
6º andar, frente,
fachada sudoeste.

Foto 7

Infiltrações
decorrentes das
águas das avarias
do telhado, abaixo
caixa d’água.
6º andar,
fundos, fachada
sudeste.

Foto 8

9
Infiltrações
decorrentes das
águas das avarias
do telhado, abaixo
caixa d’água.
6º andar,
fundos, fachada
sudeste.
Foto 9

Localização das fotos em planta:

10
Infiltrações
decorrentes das
águas de
drenagem dos ar
condicionados.
5º andar,
frente, fachada
sudoeste.

Foto 10

11
Infiltrações
decorrentes das
águas de
drenagem dos ar
condicionados.
5º andar,
frente, fachada
sudoeste.

Foto 11

Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
5º andar, frente,
fachada nordeste.

Foto 12

12
Infiltrações
decorrentes das
águas de drenagem
dos ar
condicionados.
5º andar,
fachada sudoeste,
frente.

Foto 13

Infiltrações
decorrentes das
águas de
chuvas.
5º andar,
fachada sudeste,
fundos.

Foto 14

13
Infiltrações
decorrentes das
águas de chuvas.
5º andar,
fachada sudoeste,
fundos.

Foto 15

Infiltrações
decorrentes de
vazamento do
sanitário.
5º andar,
corredor.

Foto 16

14
Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
4º andar, frente,
fachada sudoeste .

Foto 17

15
Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
4º andar, frente,
fachada sudoeste.

Foto 18

Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
4º andar, fachada
sudoeste, frente.

Foto 19

16
Infiltrações
decorrentes das águas
de drenagem dos ar
condicionados.
4º andar, fachada
sudoeste, frente.

Foto 20

Infiltrações
decorrentes das águas
de chuvas.
4º andar, fachada
sudeste, fundos.

Foto 21

17
Infiltrações
decorrentes das
águas de chuvas.
4º andar,
fachada nordeste,
fundos.

Foto 22

Infiltrações
decorrentes das águas
das chuvas.
4º andar, fachada
sudoeste, fundos.

Foto 23

18
Localização das fotos em planta:

Infiltrações
decorrentes das águas
da drenagem dos ar
condicionados,
3º andar, frente,
fachada nordeste.

Foto 24

19
Localização das fotos em planta:

Infiltrações
decorrentes das águas
das avarias do
telhado, anexo à
edificação.
1º andar, fundos,
fachada sudeste.

Foto 25

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SOLUÇÃO COMUMENTE ADOTADA

Faz-se necessário religar os drenos dos aparelhos de ar condicionados nas


canalizações existentes.
Deve-se remover os revestimentos soltos, pulverulentos, com bolor e preparar o
substrato para posterior reparo.
Proceder a aplicação de sela trincas, conforme recomendação do fabricante e
posterior repintura de todas as fachadas com qualidade da tinta, no mínimo, com tipo
fachada (tintas com maior grau de elasticidade).
As fissuras não ativas, com maiores espessuras, (superiores a 0,1 mm) e
profundidade (superior a 25mm) devem sofrer um processo de grampeamento ou curativo,
com produtos resistentes à tração, decorrentes das movimentações dos materiais.

O FENÔMENO DAS PATOLOGIAS EM CONCRETO E CORROSÃO DO AÇO


Carbonatação
• O gás carbônico reage quimicamente com hidróxido de cálcio
• O hidróxido de cálcio é responsável pela alcalinidade do concreto, mantendo o ph
em torno de 12,5, (meio alcalino)
• Esta reação resulta em neutralizar o efeito passivador do concreto na armadura, ao
baixar o ph dos níveis de ± 12,5 para 9 (meio ácido)
• Os efeitos visíveis da carbonatação são formações de manchas brancas ou
“estalactites”
• A carbonatação quando avançada gera retração e conseqüentementes fissuras

A carbonatação constitui um fenômeno causador de fissuras, principalmente em


concretos, cujo efeito deletério, a despassivação do aço, provoca corrosão do mesmo,
fazendo com que aumente de volume e, por sua vez, fissura principalmente o combrimento
das barras de aço dessas peças (pilares, vigas e lajes). A carbonatação provoca também
retração da matriz do concreto, causando, da mesma forma, consequentes fissuras. O gás
carbônico, emitido pelo escapamento dos motores dos automóveis, se constitui fonte
determinante para o fenômeno da carbonatação.

Movimentação térmica, Carbonatação e Umidade, quando associadas também


causam fissuração
• A variação de temperatura provoca movimentação térmica dos materiais que resulta
em fissuras;
• A reação de carbonatação quando avançada gera retração e conseqüentemente
fissuras;
• A variação de umidade na matriz de concreto gera retração e expansão de seu
maciço provocando fissuras;
O concreto constitui um material que, pelas suas características, não resiste a
tensões de tração significativas, resultando em fissuração.

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A OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS NO CONCRETO E NO AÇO DA ARMADURA
DA EDIFICAÇÃO
As superfícies de concreto da edificação que tiveram maior incidência de umidade
apresentaram fissuração, que associado a carbonatação, cuja fonte de gás carbônico é
garantida pela circulação permanente de carros no entorno da mesma, constitui as
condições necessárias para agravamento do problema.
O principal elemento estrutural afetado, visualmente observado, foi o pilar P31A.
As manifestações patológicas de concreto armado estão demonstradas na sequência
de fotos abaixo.

Identificação dos pilares em planta:

22
Balanço de
apoio de parte do
pilar P31A

Foto 26

Projeção do
pilar P31A e
estado geral

Foto 27

23
Projeção do
pilar P31A e
estado geral

Foto 28

Projeção do
pilar P31A e
estado geral

Foto 29

24
Projeção do
pilar P31A e
estado geral

Foto 30

Desplacamento
do pilar P31A

Foto 31

25
Desplacamento
do pilar P31A e
corrosão do aço

Foto 32

Desplacamento
do pilar P31A e
corrosão do aço

Foto 33

26
Fissuração do pilar
P31A, infiltração,
corrosão do aço e
desplacamento do
concreto de cobrimento

Foto 34

Fissuração do pilar
P31A, infiltração,
corrosão do aço e
desplacamento do
concreto de cobrimento

Foto 35

27
Pontos generalizados
Fissuração do pilar
de fissuração do pilar
P31A, infiltração,
P31A e corrosão do aço
corrosão do aço e
desplacamento do
concreto de cobrimento

Foto 36

Pontos
generalizados de
fissuração do pilar P31A
e possível corrosão do
aço, infiltração e
desplacamento do
concreto de cobrimento

Foto 37

28
Pontos generalizados
de fissuração do pilar
P31A, ponto de
infiltração e corrosão do
aço

Foto 38

Pontos generalizados
de fissuração do pilar
P31A, ponto de
infiltração e corrosão do
aço

Foto 39

29
Acúmulo de
vegetação e infiltração
da fachada sudeste,
encontro P31A com
aba

Foto 40

Pontos
generalizados de
fissuração do pilar
P31A, infiltração e
corrosão do aço

Foto 41

30
Pontos com
armadura aparente no
pilar P12, térreo,
acesso principal

Foto 42
Edificações
Localizadas junto a orla do
Lago Guaíba apresentam
concentração, naturalmente,
maior de umidade,
edificação lindeira à
edificação sede da
Vigilância Municipal.

Foto 43

31
Edificações
Localizadas junto a orla
do Lago Guaíba
apresentam concentração
maior de umidade,
edificação lindeira à
edificação sede da
Vigilância Municipal.

Foto 44

Condições gerais da
laje superior do
reservatório da
edificação, sede da
Vigilância Municipal.

Foto 45

32
Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
algeroz e alvenaria da
platibanda.

Foto 46

Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
algeroz e alvenaria da
platibanda, com várias
tentativas de reparos.

Foto 47

33
Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
alvenaria de bloco
cerâmico e estrutura de
concreto armado da caixa
d’água e casa de máquinas,
assim como, diversos
mapas de infiltração na
alvenaria (pintura vencida).

Foto 48

Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
algeroz e alvenaria da
casa de máquinas.

Foto 49

34
Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
algeroz e alvenaria da
casa de máquinas.

Foto 50

Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
algeroz e alvenaria da casa
de máquinas, assim como
junto às pingadeiras da
esquadria.

Foto 51

35
Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
alvenaria de bloco
cerâmico e estrutura de
concreto armado, assim
como, diversos mapas de
infiltração na alvenaria
(pintura vencida).

Foto 52

Pontos de infiltração,
através da fissuração, na
zona de contato entre
alvenaria de bloco
cerâmico e estrutura de
concreto armado, assim
como, diversos mapas de
infiltração na alvenaria
(pintura vencida).

36
Foto 53

Pontos de infiltração,
através da fissuração, na zona
de contato entre alvenaria de
bloco cerâmico e estrutura de
concreto armado, assim
como, diversos mapas de
infiltração na alvenaria
(pintura vencida).

Foto 54
SOLUÇÃO COMUMENTE ADOTADA

PROCEDIMENTOS DE REPARO E RECUPERAÇÃO DOS PILARES, VIGAS E LAJES

ACOMPANHAMENTO PELO RESPONSÁVEL

1) Preparo da superfície de concreto dos pilares, vigas e lajes:


a) Remover todos e quaisquer materiais soltos, desagregados ou com pouca aderência
(consistência), cobrimento de concreto do aço que esteja oco, com ponteiro e
marreta ou mecanicamente (furadora pneumática) ou ainda jato-de-granalha, seco
ou úmido, FOTO 5.3 e 5.4, ilustração abaixo;
b) Apicoar a superfície de concreto, tornando-a irregular, melhorando assim a
ancoragem do concreto novo FOTOS 5.3 e 5.4, ilustração abaixo;
c) Remover material solto (poeiras e grãos) com escova de cerdas de aço;
d) Limpar superfície do concreto com solventes voláteis (acetona industrial) com
estopa, pincel ou algodão;

2) Preparo da superfície do aço (armadura de ferro exposta):


a) Remover placas de corrosão mais grossas do aço com constantes marteladas ou
aplicação de jato-de-granalha (seco ou úmido);
b) Remover camada fina de corrosão e oxidação com escova de cerdas de aço ou jato-
de-granalha (seco ou úmido);

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c) Limpar superfície do aço com solventes voláteis (acetona industrial) com estopa,
pincel ou algodão;

3) Preparo e pintura das superfícies de concreto e aço dos pilares, vigas e lajes:
a) Saturar a superfície de concreto, a recuperar, borrifando água, FOTO 5.6, ilustração
abaixo;
b) Aplicação de “anado de sacrifício” na superfície do aço (armadura de ferro),
constituído de NITROPRIMER Zn (produto da Fosroc, COMO EXEMPLO):
FOTOS 5.5 e 5.7, ilustração abaixo;
c) Aplicar primer rico em zinco, NITOPRIMER Zn, na superfície da armadura e
esperar a secagem por 30 minutos;
d) Aplicação de “ponte de aderência” na superfície do concreto, constituída por
NITOBOND AR (produto Fosroc, COMO EXEMPLO) procurar contato internet:
FOTOS 5.5 e 5.7, ilustração abaixo;
e) Aplicar ponte de aderência constituída por pasta de cimento aditivada com
NITOBOND AR, na relação 3:1:1 (três partes cimento uma, NITOBOND AR: uma,
água) em volume, ilustração abaixo;
f) Aplicar argamassa polimérica à base de cimento (groute), RENDEROC S2 (produto
Fosroc, COMO EXEMPLO) para cobrimento da armadura e recomposição da
peça de concreto, ilustração abaixo;
g) Pressionar fortemente a argamassa RENDEROC S2 contra a superfície de concreto
a ser reparada, em camadas seqüências de 1,0 cm até atingir a máxima espessura
desejada, FOTOS 5.8 e 5.9, ilustração abaixo;

4) Acabamento dos reparos


a) Utilizar desempenadeira de madeira ou de feltro, FOTO 5.10, ilustração abaixo;
b) Executar movimentos circulares em número suficiente à regularização da superfície
de acabamento;

5) Cura ou “endurecimento e secagem do concreto”;


a) Aplicar duas demãos de NITOBONDE AR;
b) Pulverizar (borrifar) ou, após iniciar o endurecimento, aplicar com trincha ou rolo, a
cada demão deixar secar, conforme instruções (30 minutos), FOTO 5.11, ilustração
abaixo;

6) OBSERVAÇÕES:
a) Existem produtos similares produzidos pela Sika, Vedacite, Holderchem, Oto
Baugarten, MC Bauchman, Basf S.A e outros.
b) Deve-se ler com cuidado as instruções dos produtos;
c) Para os reparos de concreto com mais de 2,5 cm de profundidade devem-se usar
argamassas RENDEROC com sistemas de compensação de retração, ver catálogo;
d) CUIDADOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: trabalhar com luvas e óculos de
segurança e em locais ventilados.

38
Ilustrações do reparo:

39
SOLUÇÃO ILUSTRATIVA : RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
DOS PILARES, VIGAS E LAJES (ABAS)
• Suspeita de falta de armadura
– Grampear trincas ativas (0,5 a 1,5cm)

•Tratamento da armadura

Limpeza aço – jateamento granalha

Proteção galvânica
Proteção com pintura
inibidora de corrosão,
pintura com zinco
(camada de sacrifício).

40
SOLUÇÃO ILUSTRATIVA : RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
DOS PILARES, VIGAS E LAJES (ABAS)

• Tratamento do
concreto

Pintura a base epóxi


formar ponte de aderência

41
SOLUÇÃO ILUSTRATIVA : RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
DOS PILARES, VIGAS E LAJES (ABAS)

EXEMPLO
Cobrimento do
aço recuperado com
argamassa estrutural

CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A perda de impermeabilidade das superfícies de fachadas é decorrente da perda do
desempenho da pintura, por falta de manutenção, fator que tem permitido diversos tipos de
infiltrações.
Os principais tipos de Infiltrações são determinados pelos drenos dos aparelhos de
ar condicionados, pela ação das chuvas e por avarias em telhado.
As infiltrações no telhado, através da zona de contato de algerozas e calhas com as
alvenarias de platibandas, são generalizadas, portanto, torna-se prudente avaliar como
solução adotada, a possibilidade do arrancamento do referido telhado e posterior
impermeabilização da laje de cobertura.
As infiltrações têm provocado danos à edificação, desde manchas de umidade,
empolamentos, bolor e bolhas na pintura das paredes de alvenaria, como fissuração no
contato entre paredes de alvenaria e elementos de concreto. Observa-se também fissuração
nas abas de concreto e pilares, provocando desplacamentos de concreto, principalmente do
cobrimento dos aços da armadura dessas peças.
As infiltrações através das paredes e laje da casa de máquinas e paredes da sala do
servidor de dados principal da Vigilância Municipal, podem acarretar em perda, tanto do
referido servidor como dos motores dos elevadores, ambos com valores significativos de
reposição.
Associada a infiltração pudemos observar que os elementos estruturais de concreto
armado também vêm sofrendo com o fenômeno da carbonatação, certamente, garantida
pela emissão de escapamentos dos veículos, contribuindo na aceleração da corrosão do aço
das armaduras.
Tendo em vista o quadro apresentado, se torna urgente a contratação de um laudo
pericial, para aprofundar danos estruturais não detectados pela vistoria e laudo visual,
principalmente no que tange aos pilares e em especial ao pilar P31A.
Outras medidas devem ser tomadas com urgência, como religação dos drenos dos
aparelhos de ar condicionados, recuperação dos elementos estruturais, correção das fissuras
e repintura da edificação.

BIBLIOGRAFIA
CINCOTTO, Maria Alba, Patologia das argamassas de revestimento: análise e
recomendações, Tecnologias de Edificações IPT, São Paulo, 1988, Editora PINI.
THOMAZ, Ercio, Trincas em Edifícios, causas, prevenção e recuperação, São Paulo, 1989,
Editora co-edição IPT/EPUSP/PINI.
HELENE, Paulo, Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto, São
Paulo, 1992, Editora PINI.
UEMOTO, Kai Loh, Problemas de pintura na construção civil, Tecnologias de Edificações
IPT, São Paulo, 1988, Editora PINI.
HELENE, Paulo, Corrosão de armaduras para concreto armado, Tecnologias de
Edificações IPT, São Paulo, 1988, Editora PINI.

Porto Alegre, 02 de setembro de 2009.


Felice José Laner
Engenheiro Civil
Mestre em Patologia da Construção
Matrícula 312414

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