Todavia, a Revolução Liberal e a posterior ascensão de Napoleão Bonaparte trouxe certa
instabilidade econômica ao país, cuja industrialização só conseguiu consolidar suas bases a partir do Século XIX. A industrialização estava apoiada sobre o principal combustível desta revolução: o carvão. levou a burguesia ao poder e deu a ela toda a máquina estatal de subsídio aos seus interesses industrialistas Durante a Segunda Guerra Mundial, a proximidade do país com a principal potência do Eixo, a Alemanha, e as consequentes excursões do exército de Hitler no país, trouxeram grande devastação para sua economia. Porém, a França conseguiu se recuperar economicamente, através do forte aporte financeiro pelo governo dos EUA, através do Plano Marshall. Principais regiões Paris, Lyon e Alsácia-Lorena. Principais setores automobilístico, o farmacêutico, o aeroespacial e o têxtil. Eventos Com vistas a interromper o declínio industrial em sua estrutura produtiva, promover a modernização e a competitividade do setor, foi lançado, em setembro de 2013, a iniciativa Nova França Industrial (NFI). Para o professor Jean Luc Gaffard, pesquisador da SciencesPo, a especificidade da desindustrialização francesa reside no desmantelamento e a dispersão de grandes conglomerados industriais franceses na sequência da liberalização financeira do final dos anos 1980. Em maio de 2015, a NFI entrou em sua segunda fase, com um expressivo plano de investimentos. o governo francês instituiu um benefício fiscal, em caráter excepcional, sob a forma de uma superdepreciação acelerada (suramortissement) para empresas que investissem em sua modernização produtiva no período abril de 2015 a abril de 2017. Esse benefício fiscal extraordinário foi da ordem de € 5 bilhões. O país acumulou um significativo déficit de investimento produtivo em relação aos seus principais competidores, estimado em 100 bilhões de euros em 2010 As causas da desindustrialização são múltiplas e se devem em sua maior parte, às estratégias de terceirização das empresas industriais e aos ganhos de produtividade. o desmantelamento e a dispersão de grandes grupos industriais na sequência da liberalização financeira do final dos anos 1980 e crescimento da fundos de investimento no capital das empresas industriais francesas. Segundo o professor Gaffard, o modelo industrial francês, tal como surgiu na década de 1950, fazia parte de uma tradição estatista, também verificada em outros países, tal como Alemanha, Itália e Japão. A ruptura desse modelo na França ocorreu no final da década de 1980. O desmantelamento dos conglomerados e as recomposições prosseguiram na década de 2000 e os fundos estrangeiros se tornaram cada vez mais importantes como investidores no capital das empresas francesas, impondo como objetivo a maximização do valor das ações em detrimento de visões estratégicas de longo prazo. entre 1997 e 2009, os fundos de investimento, notórios “investidores impacientes”, entraram no capital, com participação acima de 5%, de 39 das 60 maiores empresas da França contra 19 na Alemanha. Comparado com outros países europeus, a França foi o único país que não registrou queda na taxa média de investimento após 1999, ocasião em que se verificou forte declínio das margens de lucro. Crise de 2008 Em 2009, com intuito de reativar a economia, o então presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou o Programa de Investimentos do Futuro (PIA), com o objetivo aumentar a competitividade francesa, incentivando a pesquisa básica e tecnológica e a inovação Os investimentos públicos do programa foram mantidos pelo presidente François Hollande, que ampliou as dotações em 2014 (PIA2) e em 2016 (PIA3). Desde junho de 2012, o governo francês se envolveu diretamente na promoção da modernização do aparelho produtivo e na recuperação da competitividade industrial 1789 Inicio da revolução francesa