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A EVOLUÇAO DA ANALISE
ORGANIZACIONAL NO BRASIL
(1961-93)
PALAVRAS·CHAVE:
Análise Organizacional, teoria
organizacional, variáveis orçe-
nizacionais, análise de conteú-
do, administração brasileira.
KEYWOROS:
Organizalional Analysis, orga·
tiuetionel theory and bens-
viour, Brazilian administrat/on
and management, organizatio-
nal variables, content analysis.
Se uma primeira divisão pode ser in- poderia ser enriquece dor, especialmente
troduzida na reação dos que se ocupam a partir dos anos 30, quando a emergên-
da área, ela vai gerar entusiamo entre al- cia do intervencionismo estatal passa a
guns que acreditam ter encontrado um demandar administradores profissionais.
novo instrumento a ser aplicado para ex- Nesse período a Revista do Serviço Público
plicar a realidade administrativa brasilei- (RSP) constituiu-se no único periódico
ra e também para aprimorá-la, aproxi- do gênero existente no Brasil. Embora
mando-a dos níveis de desempenho dos com interrupções no período 1974-1981,
países de onde as idéias são provenien- a RSP - que existe desde 1937 - foi edita-
tes. Outra reação é a de receber a Análise da até 1989, estando em vias de ter sua
Organizacional, especialmente a produ- publicação reiniciada neste ano, por ini-
zida nos Estados Unidos, com grande ciativa da Escola Nacional de Adminis-
cautela, seja pelo enorme distanciamento tração Pública (ENAP).
cultural, econômico e administrativo que Um estudo baseado na produção
nos separa daquele país, seja pela possí- em Análise Organiza-
vel "ideologização" das teorias que se cional constante na
acredita não separáveis da posição in- Revista de Adminis-
questionável de potência hegemônica tração (RA) da USP,
dos Estados Unidos ao longo da maior e na Revista de Ad-
parte do século XX. ministração PÚ-
blica (RAP),
da FGV, pode
também am-
Os artigos constantes da RAE - Revista pliar o espec-
de Administração de Empresas - no período tro de análise -
que vai de sua fundação, em 1961, até o que será
1993, constituíram-se no objeto empírico realizado em
do presente estudo. etapa poste-
Nosso objetivo foi realizar uma análi- rior.
se histórica, que permitisse identificar - Do total de
ainda que preliminarmente - as origens artigos publicados
e a evolução da Análise Organizacional pela RAE no perío-
no Brasil. Trata-se de uma análise de ten- do em questão, seleciona-
dências, obviamente, não-exaustiva. mos aqueles referentes à Análise Organi-
A RAE foi considerada representativa zacional, no sentido anteriormente expli-
da produção em Análise Organizacional, citado. Foram classificados, assim, 184
não somente pelo importante papel de- artigos.
sempenhado pelo órgão que a publica - Nosso objetivo constituiu-se em efe-
a EAESP /FGV - na consolidação do es- tuar uma análise de conteúdo destes arti-
tudo sistemático da Administração, gos. Para tanto optamos por classificá-los
como pela sua longevidade - a maior em função de três indicadores:
sem interrupções, no gênero, no Brasil.
Cabe mencionar que o corte histórico a escola ou perspectiva teórica utiliza-
efetuado (pós-60) deve influenciar os re- da pelo autor do texto ao escrevê-lo. O
sultados obtidos, uma vez que, nesse pe- autor adquire, implícita ou explicita-
ríodo, o núcleo analítico básico dos estu- mente, uma posição? Utiliza instru-
dos organizacionais já estava consolida- mental de análise facilmente atribuível
do (até mesmo desenvolvimentos recen- a esta ou àquela escola? Neste item, fo-
tes, como a Teoria de Sistemas e o Con- ram consideradas ainda, além das es-
tingencialismo) havendo, inclusive, colas tradicionalmente conhecidas na
grande volume de análises críticas às Teoria Geral da Administração, pers-
teorias pioneiras (especialmente à cha- pectivas teóricas recentes, não-consoli-
mada Teoria Clássica ou Administração dadas ou emergentes, tais como o Ho-
Científica). lismo, Teoria Z, Teoria do Caos, Reen-
Neste sentido, o estudo dos primór- genharia, Qualidade Total etc. Nosso
dios da Análise Organizacional no Brasi I objetivo foi o de apreender as escolas
--
Behaviorismo
Estrutu rali sm o/B urocracia abordados? O período analisado (1961-93) é indi-
~ Teoria de Sistemas Qual a base cativo das principais preocupações da
Contingencialismo empírica dos época, especialmente as décadas de 60 e
Desenvolvimento Organizacional
textos produ- 70 quando a análise estrutural de organi-
-
Administração por Objetivos
Cultura Organizacional zidos? Tratam- zações, sempre fazendo uso de variáveis
Oualidade Total (TOM) se de variáveis derivadas do modelo americano, in-
Administração Participativa comportamen- fluenciaram a literatura.
Teoria Z tais ou estru- A aplicabilidade acabou em boa parte
Mudança Organizacional
turais? Rela- ficando com as escolas designadas por
Estratégia Empresarial
Análises Epistemológicas cionadas às Behaviorismo e Estratégia Empresarial.
abordagens A razão não surpreende, pois embora se-
sociológicas, veramente criticada em diversos círcu-
psicológicas ou políticas? Estas variá- los, especialmente pelos gestaltistas e
veis foram estabelecidas, inicialmente, psicólogos que se distribuem ao redor de
a partir daquelas estudadas pelas es- um paradigma freudiano, o behavioris-
colas ou perspectivas teóricas consoli- mo ainda oferece ao administrador e ao
dadas, reservando-se um espaço para consultor que pratica a intervenção orga-
aquelas que iriam emergindo da pró- nizacional, um instrumento simples e se-
pria investigação. Esta classificação foi guro. Alterar comportamento é algo inte-
efetuada com o objetivo de verificar ligível, concreto e especialmente percep-
em que situações, "partes" da empre- tível no mundo de organizações e admi-
sa ou objeto empírico a Análise Orga- nistradores. Mecanismos de racionaliza-
nizacional recai; ção, pulsões e motivações enfrentam
maiores dificuldades num mundo sem-
os autores referidos com maior fre- pre dominado pela mística de resulta-
qüência pelos que escreveram na dos, de preferência, rápidos.
RAE. Que referências bibliográficas A aplicabilidade também se manifes-
são comumente utilizadas nos arti- ta na perspectiva da Estratégia Organi-
gos? A que autores os escritos da RAE zacional. A medida que esta é domina-
remetem com maior freqüência? da por resultados, o administrador tem
Quais os mais utilizados no Brasil? na estratégia um grande elemento inte-
Em que períodos? Com este último grador que abraça diversas variáveis ou
item objetivou-se "fechar o cerco" e aspectos da organização. Coisas aparen-
permitir que a análise de conteúdo temente tão específicas e até distantes
fosse realizada. como objetivos, estrutura organizacio-
nal, diferenciação vertical, complexida-
Análise de conteúdo de estrutural e processos organizacio-
A partir das três categorias classifica- nais diversos encontram na estratégia
das - escolas ou posições teóricas, variá- importante elo interligador. Isto sem
-
sileiros. Ela exis- nação. Igualmente quando se trata de
o~~--------~--------~~ te na produção processos e comportamento humano em
61-70 71-80 81-93 de outros países, contextos organizacionais, as variáveis
Estrutura Organizacional mas não ocupa vem preferencialmente do Behaviorismo
ll)g Processo Decisório um percentual e de setores da Psicologia - como social e
Missão/Metas/Objetivos Organizacionais
tão grande da clínica - e apenas secundariamente de
Recursos Humanos
produção acadê- outras escolas psicológicas, da Psicologia
Motivação
Ambiente Organizacional mica. Um livro experimental ou diferencial.
Tecnologia marcante da As sete variáveis mais tratadas são en-
abordagem epis- contradas separadas das demais de me-
temológica como nor freqüência de tratamento na figura 3.
o de Gibson Burrell e Gareth Morgan. São elas, em ordem decrescente: estrutu-
Sociological paradigms and organizational ra organizacional, processo decisório,
analusis, foi publicado em 1979, fez gran- objetivos/metas/missão, recursos huma-
de sucesso e não teve, até o momento, nos, motivação, ambiente organizacional
uma segunda edição, permanecendo es- e tecnologia.
gotado . .'i O conjunto de variáveis mais aborda-
. É também indicativo da maneira como das é indicativo de que a Análise Orga-
autores brasileiros "epistemologizam" a nizacional utilizou variáveis de duas dis-
questão, a forma como enfocam aborda- ciplinas, a Sociologia e a Psicologia, e
gens recentes no mundo organizacional, também da "perspectiva" estratégica das
como Análise Cultural de Organizações organizações. Estrutura organizaciona I é
ou Simbolismo Organizacional, não se uma dimensão típica e fundamental de
atendo necessariamente ao conteúdo es- uma perspectiva que utiliza tanto variá-
pecífico destas abordagens, mas subme- veis weberianas como do funcionalismo.
tendo-as a um crivo epistemológico. Tecnologia é também uma variável que
Exemplos seriam ocupar-se em indagar pode ser vista como tendo sido incorpo-
se o simbolismo organizacional amplia rada em explicações de estrutura organi-
efetivamente o conhecimento que pode- zacional, embora em si mesma possa in-
mos ter das organizações ou se a análise dicar presença do Contingencialismo.
cultural é ou não uma forma de manipu- Motivação e recursos humanos consti-
lação de símbolos com o objetivo de sub- tuem a presença de variáveis e tópicos
meter agentes e membros da organiza- que têm origem na Psicologia. A desig-
ção. Não podemos deixar de registrar a nação RII inclui também artigos que li-
impressão de que a ênfase em epistemo- dam com questões de liderança, pequeno
5. BURREL, G., MORGAN, G. logia denota um certo "aristocracismo" grupo e dinâmica grupal, tópicos típicos
Sociological paradigms and ot- da Psicologia Social.
cientifico que é exatamente o oposto do
ganizational analisys. Londres:
Heinemann Educational Books, pragmatismo da "mão na massa" ou Missão, metas e objetivos organizacio-
1979. hands OI!. nais são considerados típicos da perspcc-
livro foi publicado no início dos anos 60 1n1c1O,um autor interessante e estimu-
e traduzido para o português pouco de- lante que motivou tanto autores voltados
pois, tendo se tornado muito difundido a conflitos entre dimensões individuais e
como uma introdução à Análise Organi- organizacionais, como profissionais de
zacional numa perspectiva funcionalista recursos humanos .10
e comparativa. O Argyris das décadas de 80 e 90, sem
A lista inclui dois "sobreviventes": perder a coerência com o que fez ante-
Chris Argyris e Peter Drucker, que já es- riormente, passa a tratar de mudança or-
tavam presentes nos anos 60 e 70, conti- ganizacional e individual. São estas duas
9. DRUCKER,P. The practice of nuam escrevendo e influenciando a Aná- preocupações que continuam responden-
management. New York: Harper
lise Organizacional nos anos 90. Ambos do pela atualidade de Argyris no mo-
and Row, 1954, traduzido para
o português como Prática da são exemplos de longevidade aliada à mento, e que o tornam interessante, não
administração de empresas. capacidade de se manterem atuantes só no mundo da mudança organizacio-
São Paulo: Pioneira, 1981; _ nal, do treinamento e desenvolvimento
An introductory view of mana-
num campo tão sujeito a modismos,
gement, 1973, traduzido para o onde autores e idéias são freqüentemen- de recursos humanos, como igualmente
português como Introdução à te entronizados para rapidamente serem atuante na área educacional.
Administração. São Paulo: Pio- Retomando os autores contidos na fi-
esquecidos. Para que pudessem ser so-
neira, 1984; __ Innovation
and entrepreneurship, 1985, breviventes, Argyris e Drucker se ocupa- gura 5, podemos agrupar alguns como
traduzido para o português ram de coisas diferentes em períodos di- Paul Lawrence e Jay Lorsch, Joan Wood-
como Inovação e espírito em- ward, Tom Burns e G. M. Stalker, à conta
versos. O Peter Drucker dos anos 60 e 70
preendedor. São Paulo: Pionei-
ra, 1987: __ Managing for the se popularizou e adquiriu influência da abordagem contingencial. Os primei-
tuture. New York: Truman Talley através de seu famoso e muito difundido ros foram Tom Bums e G. M. Stalker,
Books-Duttom, 1992; __ The
The practice of management, publicado no com o seu The managemeni of innooation,
post capitalist society, Oxford:
Buterworth-Heinemann, 1993. final da década de 50 e o seu famoso An entre nós mais citado que lido, mas que
introduciorv view of managemeni, publica- foi a largada para a "perspectiva" con-
10. ARGYRIS, Chris. Persona- do em meados dos anos 70. Estes dois tingencial.H O trabalho de P. Lawrence e
lity and organization. New York:
Harper and Row, 1957; Integra- textos eram do tipo abrangente e genera- J. Lorsch, Organizational cnuironmeni - ihe
ting the individual and the orga- lista, () que fez de Drucker quase o protó- managemeni of integraiion and dijferentia-
nization, New York: John Willey, tipo do guru da Teoria Geral da Admi- iion.í? e a monografia de J. Woodward,
1964; _ ....Organizational lear-
ning: a theory of action pets- nistração. Os seus textos dos anos 80 e os Industrial organization, tiveram impacto
pective, Reading: MA:Addison- dois últimos, nesta década, já se dirigem decisivo nos anos 70.13
Wesley, 1978; __ Overco- a tópicos diferentes, mantendo um estilo A presença de Douglas McGregor é
ming organizational defenses,
Allyn and Bacon, 1990; traduzi- ensaístico ou de coletânea de pequenos devida exclusivamente às suas famosas
do para o português como En- artigos. Entre eles estão lnnouation and Teoria X e Teoria Y, apresentadas no The
frentando defesas empresariais: entrepreneurship, Managing for lhe [uture e human side (~f enierprise, uma colocação
facilitando a aprendizagem or-
ganizacional, Rio de Janeiro: The post capitatist society. 9 que é um pouco tardia da Escola das Re-
Campus. 1992. Chris Argyris iniciou sua carreira ocu- lações Humanas, porém precursora dos
pando-se de uma interface nevrálgica e estilos participativos de gestão .14
11. BURNS, T., STALKER, G. M.
The management of tnnovstion. sempre fecunda, tanto para o pesquisa- Os nomes de A. Etzioni e J. D. Thornp-
Londres: Tavistock, 1961. dor como para o executivo e consultor. son podem ser remetidos ao estruturalis-
Trata-se das relações entre indivíduo e mo, através de dois textos: A compara tive
12. LAWRENCE.P, LORSCH,J
Organizational environment.
organização. A exploração deste tópico analysis af complex organizations e Organi-
Boston: Harvard Business norteou a produção intelectual do autor zations in aciion, respectivamente. 15 Am-
School Press, 1967. durante os anos 60 e parte dos anos 70. bos tiveram seu momento e seu espaço
Foi () período em que se fez mais presen- de influência, particularmente nos anos
13. WOODWARD, Joan. Indus-
trial organization: theory and te também no material publicado na 70. Foram presenças e perspectivas que
practice. London: Oxford Uni- RAE. Argyris é utilizado especialmente praticamente desapareceram ao longo
versity Press, 1965.
para realçar uma organização virtual- dos anos 80.
14. McGREGOR, D. The human mente opressiva, castradora e asfixiante,
side of enterprise. New York: e indivíduos em graus diversos de des-
Me Graw Hill. 1966.
valimento e indefensabilidade. As for-
15. ETZIONI, A. A comparative mas individuais de reação à ameaça or- A grande evidência presente na produ-
analysis of comp/ex organizatio- ganizacional, que podem ir da indiferen- ção brasileira, acumulada ao longo de
na/, New York: Free Press, mais de trinta anos, é que continua-
ça à adesão compulsiva, abrem caminho
1961; THOMPSON, J. D. O(ga-
nizations in action, New York: para a motivação, o envolvimento e no- mos consumidores, repetidores e di-
McGraw Hill, 1967. vos estilos de gestão. Argyris foi, desde o vulgadores de idéias produzidas alhu-
-- ---
ros seguem a tendência do momento mesma ten-
nos países onde as idéias se originam, dência é en- 5% 7%
o que acarreta também a presença dos contrada. Tal
ARGYRIS LORSH
diversos modismos que se sucedem na se deve à pró- BLAU McGREGOR
produção da área. pria maneira BURNS scorr
-
como a ciência DRUCKER SIMON
A produção é predominantemente aca- é produzida e ETZIONI TAYLOR
KAHN THOMPSON
dêmica, tanto na temática, como no es- à enorme con-
••
KATZ WEBER
tilo e na abordagem. Não poderia ser centração da LAWRENCE WOODWARD
diferente, já que a RAE é um periódico capacidade
acadêmico. Se olharmos para periódi- científica em
cos claramente profissionais e dirigi- número reduzido de países. Atual-
dos a um público de Administração mente o eixo Estados Unidos, Europa
que não é acadêmico, como é o caso da Ocidental e Japão respondem por cer-
revista quinzenal Exame, constatare- ca de 90% da produção científica
mos que matérias de Análise Organi- mundial. Neste modo de organização
zacional são muito raras e, quando in- do mundo e da produção científica os
seridas, o são de forma light e sempre países que constituem o eixo referido
vinculada a problemas da prática ad- são estabelecedores de paradigmas
ministrativa. O fato de a Análise Orga- que os demais centros e autores, loca-
nizacional ter chegado ao país junta- lizados fora do eixo, tendem a adotar
mente com o ensino escolarizado de e seguir. A questão é que sendo o co-
Administração e o seu caráter de bus- nhecimento científico, em princípio e
ca de um espaço científico para a refle- sem aprofundar aqui discussão de
xão, sobre a prática administrativa, ex- problema tão complexo, dotado de
plicam a predominância de um tom universalidade, a sua validade permi-
acadêmico. A decorrência é que a par- tiria sua utilização para conhecer, ana-
te da produção brasileira voltada e en- lisar e gerar aplicações em todas as la-
volvida com aplicabilidade é reduzida. titudes e não apenas no eixo em que
Pode-se mesmo afirmar que a maioria são produzidas. A afirmação da uni-
dos autores têm por Administração versalidade é aceita em geociências,
um interesse que exclui a gestão, cen- exatas e biológicas. Mas quando che-
trando-se em reflexão, crítica e elabo- gamos às ciências humanas e sociais
ração teórica. levanta-se a questão do relativismo
cultural e temporal. E a área de Análi-
A produção nacional é de reduzida se Organizacional recebe também este
originalidade, o que é perceptível pe- tipo de advertência por parte de al-
los autores mais freqüentemente refe- guns autores. São as sempre ouvidas
ridos, quase todos norte-americanos e cautelas contra o que vem da Europa e
pelas variáveis versadas no material da América do Norte em nome da es-
produzido, também integrantes de es- pecificidade brasileira e de que, por-
colas ou conjuntos teóricos desenvol- tanto, é necessária uma Teoria Admi-
vidos fora do país. Esta não é caracte- nistrativa Brasileira. Esta posição foi
rística exclusiva da Análise Organiza- entre nós primeira e claramente de-
90 Artigo recebido pela Redação da RAE em abril/94, avaliado e aprovado para publicação em maio/94.