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EDNA HEIDBREDER

Doutora em Filosofa, proe8sora emérita da


Universidade de WeUesle !"ass#, Estados Unidos$
%&I'()(*IA& D( &+'U)( 

-radu./o de0
)AUR( &# B)AND1
2ou
%rimeira edi.ao em sn3iés 4 5677
&e3unda edi.do em in3la 569:
primeira edi./o em espan;ol 5697
%rimeira edi./o em portu3us 56:<

=i2>n?ta edi./o em portl5#3U8 5685


-itulo ori3inal0
&E@EN %&1'H()(*IE&
'apa de0
WI)&(N -ADEI
&E@EN %&1'H()(*IE&, 5 edition,  Edna Heidreder# 'opiCri3;t, 5677, -;e
'entur 'ompan# -raduido e puliado om permiss/o de
Appleton'entur?'rots, Division o "eredit;

%ulis;in3 'ompan#
Direitos reservados para os poises de
lin3ua portu3uesa pela
EDI-(RA "E&-RE 2(U

IN-R(DUG(

5
&I&-E"A& DE %&I'()(*IA0 &UA FUNG( E &I*NIFI'AD(
+ um pouo paradoal o ato de sur3irem tantos sistemas de psiolo3ia no
solo norte?ameriano# A psiolo3ia, prinipalmente nos Estados Unidos, tem?
se empen;ado a undo para tornar?se uma inia e a inia por naturea
astém ?s de inda3a.Jes Kue n/o seCam aseadas e onstituLdas por atos#
Apesar disso n/o eiste nMmero sufiente de atos em toda a psiolo3ia
para ormar um sistema Mnio e ompleto#

Nin3uém sae disso mel;or Kue os prprios psilo3os# @erifam, pelo


proesso omum de assoia./o, n/o somente a ine3Ovel porea de sua
inia, omo tamém a ra3ilidade e a alsidade de 3rande parte da
matéria Kue s/o soliitados a aeitar omo verdadeira# (s psilo3os est/o
onstantemente eaminando os traal;os de seus ole3as e a;ando Kue
n/o s/o ons# E, Kuase sem ;esitar, epJem os pontos raos e as al;as
Kue enontram#
"al atravessamos o limiar dessa Covem inia prOtia e CO desonfamos
n/o ser tudo pa e ;armonia P sua somra vemos Kue os 3rupos de
traal;adores Kue enontramos representam n/o s uma divis/o de
traal;o neessOria mas tamém um estado de luta interna# ( mais positivo
dos 3rupos em luta talve seCa omposto por Covens estudantes de
psiolo3ia animal e omparada Kue, em sua maior parte, se or3ul;am de ser
ostinados e realistas e de se ;aver desartado das insi3nifQnias de uma
psiolo3ia Kue tratad i;entes# D Am,ati/ d o,irriJr:saniite ientLLieos e
al3uns5Spaéi est/r onvenidJWdi Kue afié55iJT ifaneira de realiar esta
ami./o é pareerem o mais eatamente possLvel om seus viin;os
primos, os fsiolo3istas# &/o, em sua maioria, Covens onfantes e
resolutos, imuLdos
?2
5

5
Edna Heidreder
%sioio3,as do &éulo 
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da é Kue, aendo eperinias nas ori3ens da matéria e do mMsulo,
est/o?se aproundando no Qma3o das oisas#
Um 3rupo menos ativo, mas nem por isso menos onvito, e onsiente da
sineridade de sua inia, é o ormado pelos psilo3os eperimentais#

%ara
inluirestes,
todosa os
palavra
Kue X, Vepe!
realiam5pesKuisas
rimentalV pelo
n/o émétodo
apliada no sentido de
eperimental omum
P inia natural em 3eral, mas naKuele espeial e oulto de indiar aKueles
Kue est/o na lin;a de desendnia Kue provéY mais
efiente do mundo, tund oJiWil;ie5Wundt, em )eipi3# A psiolo3ia
eperimental, neste sentido, reere?se P matéria espeial, aperei.oada na
Aleman;a, e liderada nos Estados Unidos prinipalmente por EdSard
Bradord -it;ener, um dos alunos in3leses de Wundt# &eus representantes
tLpios s/o os Vintrospeionistas treinadosV, Kue areditam ser o eame da
onsinia a verdadeira un./o da psiolo3ia# &eu traal;o, se3undo
afrmam, ei3e treinamento espeial e mOimo uidado devido aos
aparel;os Kue oneeram e montaram para servir?l;es de auLlio, s/o, Ps
vees, ;amados de Vpsilo3os de instrumentos de metalV# Representam a
aristoraia eistente na 3era./o passada# Alimentam a idéia Kue a sua
psiolo3ia, Kue eles deseCam onservar, é a Kue tem resistido e ontinuarO a
resistir aos emates do tempo#
(s dois 3rupos ol;am, um tanto desonfados, para um tereiro, Kue se
oupa da eperimenta./o e medi./o das araterLstias mentais pois
eiZte pouo ma,tér-al d/s outras inias tradiionais nos redutos dos
psiometristas !mental ?testers$ ? pouos instrumentos de metal Kue dem
um ar da di3nidade austera da Lsia e tampouo ratos ranos para dar a
impress/o das oisas palpOveis da iolo3ia# Entretanto, eiste uma 3rande
Kuantidade de dados numérios# %ois, talve mais do Kue KualKuer outro
3rupo de psilo3os, os
psiometristas aperei.oaram o modo matemOtio de pensar, ue a
ien53tonsidera t/o apropriado e, lidando om urvas
de distriui./o, oefientes de orrela./o e dispositivos estatLstios mais
proundos, empreenderam a tarea de medir a inteli3nia e outras
araterLstias mentais, e de oterem a maior soma possLvel de inorma./o
sore as mesmas, na orma Kue o tratamento Kuantitativo permitisse#
Intimamente assoiados a este 3rupo, na realidade n/o se distin3uindo
laramente dele, est/o os Kue traal;am em
psiolo3ia apliada# Entre eles enontram?se os Kue enren ta
os prolemas do omério e da indMstria ? a sele./o de empre3ados, a
administra./o do pessoal, a elimina./o da adi3a industrial, os métodos
mais efientes de puliidade, a ilumina./o e o areCamento das Orias# AL
tamém est/o os psilo3os lLnios, Kue traal;am em esolas, nos
Cuiados
!K de menores, nas lLnias de orienta./o inantil, em omo em ?éV
institui.Jes para os déeis mentais, os psiopatas e os louos,
prourando ontriuir, pela mel;or ompreens/o das pessoas so seus
uidados, a ailitar?l;es a adapta./o P vida normal# Na psiolo3ia apliada
enontram?se tamém os psilo3os eduaionais, oupados n/o s om os
vOrios prolemas da aprendia3em e do ensino, mas tentando,
ultimamente, medir as apaidades e as aptidJes dos alunos e a efinia
dos vOrios métodos eduaionais#
Estes 3rupos, nen;um dos Kuais apresenta uma delimita./o eata,
Cuntamente om outros 3rupos ainda menos em defnidos e muitos
indivLduos isolados, ormam o onCunto dos psilo3os# Emora ada 3rupo
possa li3ar?se impereptivelmente om outros de um modo ompleto, desde
os mais eatos, onstituLdos pelos estudiosos da psiolo3ia eperimental e
animal até o mais reente e mais novato dos paiometristas, todos eles
disutem reiproamente o valor e a valide de seus traal;os# Além disso,
deatem a valide do traal;o dos outros memros de seu prprio 3rupo#
Nin3uém é apa de ritiar t/o em um psilo3o Kue estuda o animal,
omo outro estudante de psiolo3ia animal os ataKues mais airrados
ontra os psiometristas provm de outros psiometristas# =uem estiver
empen;ado na tarea ompliada de prourar atos, sae ? e sae om
espeial onvi./o Kuando o assunto pertene ao seu prprio ampo ? omo
é raro eles serem otidos do mananial da é, da esperan.a e das ;ipteses
em Kue se aseiam, omo é reK[ente desapareerem em mera ilus/o, e se
persistirem, omo é peKueno o seu valor provOvel, Kuando omparados om
o seu valor aparente na ale3ria da desoerta# -al pessoa, naturalmente,
n/o aredita, de imediato, em KualKuer por./o maior do suposto

on;eimento Kuesomente
provado# Aredita um seu ole3a
Kuandodeo tiver
traal;o l;e apresente
verifado omo ato
ompletamente,
sumetendo?o a todas as provas rLtias Kue on;e.a#
Isso tudo é muito om para a Covem inia psiol3ia# %orKue KualKuer
oisa Kue suna deste tratamento omo sendo ato, passando pela rLtia
mais ardente, eliosa e persistente, deve ter no seu erne o tra.o de
teimosia Kue torna um ato real# &e os testes de inteli3nia ou as leis do
aprendi?
5:
Edna Heidreder
%siolo3ias io &éulo 
5<
ado ou *estalten ou ainda os re\eos ondiionados sorevivem P
manipula./o de seus rLtios ativos, é porKue eiste neles al3uma oisa,
assim omo ;avia na pedra arremessada pelo Dr# 2o;nson em sua réplia
motora ao Bispo Ber]ele porKue oereem uma resistnia real P violnia
e inteli3 ia ;umanas#
E, elimente, a puCan.a da nova inia é evidente n/o s nos deates
omo em seus esor.os# (s ontendores s/o pareidos pelo menos em um

ponto s/o
inrLvel, todosos
ontam inansavelmente ativos#
erros de seus ratos, 'om uma
alulam dedia./o Kuase
os oefientes de
orrela./o e re3istram as india.Jes de pesos suspensos# E o resultado de
toda essa aplia./o e de toda essa rLtia é o estaeleimento oasional de
um ato, ou o Kue é mais reK[ente e Kuase t/o om, a Kueda de um
do3ma#
Além disso, no desenrolar dessa luta desenvolveu?se um proundo respeito
para om a inia em si# Em presen.a de inias mais anti3as, a
psiolo3ia sente um pouo do respeito do novi.o pelo seu mestre, al3o da
admira./o inveCosa dos nouveau ri;es pela aristoraia eistente# &ente
tamém o mesmo interesse ansioso temendo Kue o seu modo de viver
deie de se3uir os padrJes do meio soial e o seu prprio desvelo em
manter aKueles padrJes transparee, Ps vees, em uma superioridade
Cataniosa em rela./o Ps prOtias Kue ;O t/o pouo tempo ;avia aprendido
a desprear# "as essa C atQnia é ompensadora e superfial# %ois, esta
Covem inia rO3il, assim omo muitas outras oisas novas e rO3eis, estO
em onsiente de seus deeitos# Ela ompara os seus 3rOfos tosos e
suas orrela.Jes duvidosas om a notOvel preis/o da Lsia, e ;e3a a
duvidar de Kue tudo esteCa em# %orKue so sua a3ita./o, eiste o anseio
de atos onretos e de uma ténia se3ura# A intolerQnia arro3ante Kue Ps
vees demonstra em rela./o a KualKuer oisa Kue n/o ten;a reeido o
sinete da inia é, pelo menos em parte, um erto uidado e iMme Kue
sente pela inte3ridade de seu on;eimento, Kuase i3ual ao despreo sutil
de Baon pelas pretensJes dos aristotélios de sua époa# %ois, em seus

pouos
tamémanos de eistnia,
etiismo, Kue paraa uma
psiolo3ia adKuiriu
inia n/o s
é o ome.o daatividade omo
saedoria# &ae
Kue on;ee pouo e Kue esse pouo é eperimental# A psiolo3ia n/o pode
mostrar nen;um aervo imponente de atos sae Kue sua maior virtude é a
deis/o em se3uir o método ientLfo, e Kue na mel;or das ;ipteses, tenta
introduir aKuele método em urna re3i/o, onde até
a3ora as perKuiri.Jes da inia n/o ;aviam penetrado# Aima de tudo, a
psiolo3ia estO a par da 3rande neessidade do elemento onreto, do Kual
KualKuer inia é, em 3rande parte, onstituLda e aprendeu a ol;ar om
desaprova./o, Kuase om temor, toda inda3a./o Kue n/o seCa ortemente
apoiada em atos#

Ent/o, por Kue se ormaram todos estes sistemas^ %or Kue a psiolo3ia, Kue
estO t/o empen;ada em se tornar uma inia, onstri estruturas de
pensamento espeulativo Kue n/o poderO, durante anos, verifar por meio
de atos eistentes^
Em suma, porKue atin3iu uma posi./o onde tal onduta é de todo
inevitOvel# Nin3uém é apa de afrmar atualmente as irunstQnias eatas
Kue estimulam o pensamento ? a palavra VpensamentoV é usada neste aso
para indiar as atividades re\etoras e riadoras do inteleto Kuando em
onronto om a oserva./o e a eperimenta./o ? porém as ondi.Jes
3erais s/o astante on;eidas para tornar evidente Kue a psiolo3ia n/o
se3uiria amin;os inteletualistas se n/o tivesse sido estimulada# &oreu a
a./o dos trs mais poderosos inentivos ao pensamento0 um on;eimento
ada ve maior, um interesse proundo e uma dMvida persistente#
( on;eimento estimula, Ps vees, o pensamento, porém a sua dosa3em
deve ser levada em onta ? nem demasiado muito nem demasiado pouo#
&e uma pessoa estivesse de posse de todos os atos de um determinado
assunto, seu pensamento sore ele essaria automatiamente# &eu
prolema estaria resolvido n/o mais ;averia motivo para pensar# ( adulto
ulto n/o preisa pensar Kuando responde a per3untas omo0 =uanto s/o
sete vees ino^ =ual é a omposi./o KuLmia da O3ua^ =uais s/o as leis
do movimento de NeSton^ 2O estarO de posse desses on;eimentos ou os
mesmos estar/o ailmente ao seu alane# 2O ;ouve uma époa, na ;istria
da ra.a ;umana e Kuem sae mesmo na dos indivLduos, em Kue essas
per3untas susitaram um 3rande esor.o mental, porém atualmente
despertam apenas as assoia.Jes adeKuadas, de modo mais ou menos
rOpido# De maneira idntia, um indivLduo nada pensa se n/o possuir
nen;um ato# A maioria das pessoas, provavelmente, pensa muito pouo, ou
mesmo n/o pensa, sore diereniais ou a esrita unial e sore as atuais
intri3as polLtias em "ontene3ro# Na maior parte delas, os atos importantes
est/o ausentes e temos, portanto, alta dos prprios materiais om os Kuais
o pensamento a3e# Este é, sem dMvida, o motivo pelo Kual a
%siolo3]s do &éulo 
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Edna Hedreder
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nossa maioria n/o pensa mais sore a teoria da relatividade de Einstein,
pelo menos sore seus prinLpios undamentais# De ato, eistem al3uns
aspetos da teoria sore os Kuais pensamos enaramo?la omo uma idéia
revoluionOria, omo um eito inteletual ril;ante, omo uma desoerta
Kue ei3e uma revis/o dos modos undamentais de oneer o universo
Lsio, omo uma outra india./o do Kue o pensamento matemOtio é apa
de realiar# "as isto aontee em parte porKue ns on;eemos al3uma
oisa sore idéias revoluionOrias, eitos inteletuais, revisJes de oneitos
undamentais, e a apaidade de raioLnio matemOtio# %odemos se3uir
satiseitos até onde o on;eimento nos ondua, mas n/o nos leva muito
lon3e saemos Kue ;O al3uma oisa por trOs disso# Realmente, o interesse
provoado pela teoria de Einstein é uma eelente amostra do 3rau de
on;eimento Kue tem proailidade de estimular o pensamento# &aemos
Kue eiste al3uma oisa estimulante n/o saemos eatamente o Kue seCa#
Nossa uriosidade é espia.ada temos um ome.o, sentimos um impulso
para se3uir até o fm# E o ato do impulso n/o nos levar a adKuirir sufiente
on;eimento da Lsia e da matemOtia Kue nos ondua a uma
ompreens/o total, n/o si3nifa Kue n/o ten;a sido despertado em ns o
impulso para pensar, mas sim Kue o mesmo n/o é astante orte para nos
permitir aastar os ostOulos, ou ainda Kue estes s/o superiores Ps nossas
or.as# Isto n/o Kuer dier Kue o pensamento esse Kuando atin3e os limites
do on;eimento ele supre o on;eimento om a ria./o tem orte
tendnia para ompletar o Kuadro inaaado de al3um modo ? a todo o
usto# Uma ultura limitada é peri3osa Custamente porKue desperta o
pensamento riador, e este, emora possa, muitas vees, onduir P
verdade, em outras leva ao ridLulo ou a um erro peri3oso#
"as o pensamento, naturalmente, n/o é simplesmente uma oorrnia do
inteleto# ( interesse tamém é importante# %ensamos a respeito das oisas
a Kue damos importQnia, e possivelmente os nossos pensamentos mais
vi3orosos e laros s/o apliados nos assuntos Kue mais diretamente se
relaionem om nossos interesses pessoais# + por isso Kue a totalidade dos
mel;ores pensamentos do mundo ? onsideran do nesse aso o pensamento
da ;umanidade em 3eral, e n/o a de pouos pensadores onsa3rados ?
onsiste provavelmente de assuntos tais omo realiar al3um
empreendimento muito deseCado, o Kue os ami3os e os inimi3os estar/o
aendo# e omo onse3uir al3uma espéie de salva./o, tempo?
ral ou eterna# ( pensamento Kue produ maior estLmulo no mundo é aKuele
Kue tem al3um apoio no destino do ;omem e de seus aaeres# A teoria de
'opérnio ;amou a aten./o n/o tanto por ei3ir uma nova onep./o do
universo Kuanto por pedir uma nova vis/o do ;omem, daL em diante n/o
mais omo persona3em entral# E o darSinismo é interessante,
prinipalmente pelas suas onseK[nias para a ;umanidade porKue
apresenta o ;omem n/o omo oCeto de uma aten./o espeial, mas
simplesmente omo uma das muitas ormas Kue o protoplasma adKuiriu em
um mundo Kue n/o oi eito espeialmente para nen;uma delas# =ualKuer
assunto Kue os ;omens onsiderem omo inluindo o seu prprio em?estar,
tem oa proailidade de estimular o pensamento, emora a Kualidade
deste seCa determinada por outras ondi.Jes além da naturea e da
ma3nitude de sentimento nele ontido#
( pensamento relaiona?se tamém om a a./o, e por meio dela, om a
dMvida# %ensamos o Kue vamos aer, prinipalmente Kuando nossas
maneiras anti3as de aer as oisas sorem interernia, ou Kuando
desorimos
? a desoertaKue
de n/o
Kue tm mais
o Kue utilidade#
pareia + ent/o pode
onveniente Kue duvidamos e a dMvida
deiar de s?lo ?é
prova de Kue um novo aCuste deve ser eito# -alve num animal
pereitamente aCustado ossesupér\uo o pensamento# "as Kuando al3uma
oisa vai mal, o pensamento pode ser Mtil e é provOvel Kue apare.a# =uando
um motor pOra, o seu dono proura saer por Kue parou Kuando seu
traal;o vai mal, ele analisa a situa./o e Kuando seu Weltans;auun3
!osmovis/o$ sore modifa./o de tal orma Kue se veCa, n/o mais num
papel deseCado, e sim num outro Kue é ridLulo ou insi3nifante, é lan.ado
em seu &turm und Dran3 de uma a3ita./o inteletual de propor.Jes ainda
maiores# A dMvida si3nifa Kue um novo aCuste deve ser eito, e na solu./o
dos aCustamentos ;umanos o pensamento é muitas vees utiliado, emora
nem sempre isso aonte.a#
Eistem inMmeros eemplos, ora do ampo da psiolo 3ia, Kue
apresentam estas ondi.Jes em unionamento# N/o
oi por aaso Kue os 3randes sistemas raionalistas de Des artes, de
)eini e de Espinosa oram estaeleidos aps a
Renasen.a ;aver ol;ido os seus primeiros rutos do on;eimento e da
dMvida sore assuntos intimamente li3ados om
a eliidade e a salva./o ;umanas# + espeialmente interes sante Kue a
prpria desonfan.a para om o inteletualismo
medieval ten;a provoado uma resposta do mesmo 3nero# Baon, por ser
um rLtio dos métodos raionalistas da
_
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
5
Idade "édia, deiou sua ontriui./o para a inia n/o tanto pela
utilia./o do novo método Kue preoniava, Kuanto

por se3uir outro mais pareido om o anti3o método Kue despreava, (
Novum (r3anum, emora seCa um ar3umento
e uma orienta./o para o método indutivo, n/o representa om
eemplo daKuele método# + uma anOlise ponderada do Kue
deve ser eito se deseCamos oter o on;eimento ientLfo
e n/o o resultado de um aMmulo sistemOtio de asos oservados e
re3istrados, positivos e ne3ativos, dos prolemas
reais tratados pelo pensamento ;umano# "esmo o empirismo ti rLtio de

)o]e
do Kueepor
Hume oianOlise
uma otidoretrospetiva
menos pela oserva./o 6 real da mente em a./o,

e raional do inteleto em rela./o Ps pretensJes, sore as Kuais aKueles


autores eram t/o étios# ( empirismo desare& ditou as pretensJes
eessivas do inteleto por meio de um
eame das mesmas, eito de uma orma mais inteletual do Kue empLria
em sua essnia#
%ortanto, n/o é de admirar Kue a psiolo3ia Kue, de aordo om suas
normas vi3entes, deveria ontentar?se om a sria onKuista de atos,
ten;a?se empen;ado, Ps vees, em disussJes e produido sistemas de
pensamento paraotidos
ausentes e ser/o os Kuaissomente
os atos em
omprovados est/o reon;eidamente
um uturo remoto# %ois a psiolo3ia
estO erada pelas ondi.Jes de tal pensamento# (s seus atos s/o astante
numerosos para serem su3estivos, mas n/o o sufiente para serem
onlusivos as dMvidas s/o inMmeras o seu tema estO primo dos
interesses pessoais Kue n/o eistem no aso da inia pura, mas Kue tm
3rande proailidade de despertar o interesse dos seres ;umanos# Nestas
irunstQnias, é natural para um psilo3o entrar em inda3a.Jes omo o
seria para um Lsio air em dire./o ao entro da -erra, se o entro de
3ravidade de seu orpo n/o estivesse entre seus pontos de apoio#
"as, o Kue si3nifa tudo isso para os sistemas de psiolo3ia^ Basiamente,
si3nifa Kue eles devem ser enarados omo produtos de seres viventes,
traal;ando em meio P dMvida, aos interesses e aos on;eimentos
inompletos, a fm de onse3uirem mel;ores aCustamentos Ps irunstQnias
espeiais Kue os irundam# A naturea, a un./o e as limita.Jes dos
sistemas est/o todas presentes nesta maneira de one?los#
Isto si3nifa, pelo menos, Kue os sistemas de psiolo3ia n/o devem ser
onsiderados omo orma.Jes totalmente impariais ou n/o emotivas,
determinadas somente pela l3ia e
pela evidnia# Em nen;um aso é prudente onsiderar os sistemas omo
separados das situa.Jes espeiais Kue l;es de# ram ori3em ? ou seCa, das

tradi.Jes,
sentimentosonven.Jes, padrJes,
pessoais Kue preoneitos
onstituem e, Ps vees,
a sua a3a3em# dos vi3orosos
A ori3em mais
omum dos sistemas estO na insatisa./o om um sistema mais anti3o, a
Kuera de um modus vivenli ientLfo e o aandono de um modus
vivendi, Kue aran3e a desor3ania./o do ;Oito e da emo./o, em omo o
estLmulo do inteleto, difilmente darO ori3em a uma atividade totalmente
serena e desinteressada# A resposta normal P desoerta de Kue a maneira
de viver de um indivLduo al;ou é a de tentar outra, apesar de a nova
maneira poder estar aseada em um on;eimento inompleto, omo era a
anterior# -alve o método puramente raional de enrentar a situa./o osse
o de suspender o C ul3amento até Kue se tivesse toda a evidnia, porém
suspend?lo indefnidamente é uma a./o muito sofstiada, nem sempre
apropriada Ps maneiras
pro3resso ientLfo tem rudes e inéditas
sido otido de vees
muitas uma inia nova# Atualmente
pela aeita./o de o
respostas erradas, inompletas ou eperimentais aseadas nos dados
disponLveis, e orri3indo as respostas P medida Kue mais dados s/o otidos#
A psiolo3ia, pelo menos, tem tido pouo ito em sustar o seu pensamento
a meio amin;o tem respondido Ps Kues# tJes Kue l;e s/o diri3idas
ormando sistemas, ada um dos Kuais é para os seus adeptos um
prenMnio da verdade e im pro3rama de a./o ? ao mesmo tempo uma oisa
om a Kual se traal;a e para Kuem se traal;a# %or onse3uinte, um
sistema de psiolo3ia n/o é somente uma norma de onduta, mas tamém
de moral# + possLvel Kue para os adeptos de um dado sistema a Custifativa
para a sua aeita./o deva ser enontrada em al3o pareido om a flosofa
do Vomo seV de @ai;in3er# "as aKuele Kue oserva e estuda o sistema deve
v?lo da mesma maneira Kue um psilo3o v as a.Jes de um rato em um
lairinto0 omo um onCunto de a.Jes ompleas e variadas Kue s/o as
maneiras mais ou menos efientes de atin3ir um determinado oCetivo#
Isto si3nifa por sua ve Kue os sistemas de psiolo3ia devem ser
enarados n/o omo postulados do on;eimento ientLfo, mas sim omo
instrumentos om os Kuais o on;eimento ientLfo é produido n/o omo
desri.Jes de um ato ientLfo, mas omo meios de adKuirir um ato
ientLfo# Representam a arma./o dentro da Kual a estrutura da inia
psiol3ia estO sendo er3uida, t/o neessOria e provisria


Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
7
omo a prpria arma./o n/o é identifada om a estrutura em si, todavia
n/o poderia eistir sem ela# &/o os instrumentos mediante os Kuais o
on;eimento é otido, porém t/o dierentes dele omo os instrumentos
s/o diversos do minério de Kue provm# Inundem entusiasmo nos Kue neles
traal;am, mas s/o t/o dierentes do traal;o, omo a inspira./o o é da
produ./o# (ereem um pro3rama de a./o tLpio e, Ps vees, atraente, mas
o pro3rama n/o deve ser onundido om a realia./o# + diLil saer o Kue
mais ressaltar0 se a indispensailidade do instrumento ou se o ato de ele
ser um instrumento#
-alve se deva ressaltar a primeira ;iptese, se onsiderarmos a ondi./o
da psiolo3ia na atualidade# %ois a psiolo3ia, om sua etremada devo./o
ao? método ientLfo, torna?se, Ps vees, ri3idamente antiinteletualista#
Reon;ee, naturalmente, Kue a espeula./o desempen;a um papel
le3Ltimo no pensamento ientLfo, Kue a distin./o entre oserva./o e
espeula./o n/o é asoluta, e Kue as duas realmente se omplementam#
"as a sua atitude ativa n/o é t/o simplesmente raional# -alve devido P
atualidade da separa./o entre psiolo3ia e flosofa, ou devido a um
sentimento a3udo da neessidade de atos oservados, muitos psilo3os
enaram a espeula./o om suspeita e desa3rado, Kuase om
ressentimento e pavor# %ois muitos deles est/o ainda um tanto temerosos
de serem metaLsios, e ;amam de metaLsio, de modo erto ou errado,
Kuem estaelee teorias sem verifO?las por meio de atos# ( Kue temem
naturalmente n/o é o pensamento, mas aKuele Kue se aasta dos atos e
fa além de seu alane# %orém todo pensamento anteipa?se ao ato isso
a parte de sua prpria naturea e a dieren.a entre pensamento ientLfo
e Vmera espeula./oV estO na dieren.a da rela./o entre as ria.Jes do
pensamento e os atos pelos Kuais preisam ser provados# ( pensamento
Kue mantém sua lin;a de omunia./o om o ato de um modo rano e
ativo, é ientLfo o Kue assim n/o é, n/o passa de Vmera espeula./oV#

Nen;um sistema de psiolo3ia pode, nem pretende, no momento, ser


estaeleido por atos# Assim omo nen;um sistema a3e om indieren.a
total em rela./o aos atos# A verdade é Kue a psiolo3ia n/o possui, no
momento, nMmero sufiente de atos om os Kuais possa testar seus
sistemas# &ua arnia de atos a om Kue evite a espeula./o a sua alta
de atos a om Kue reorra P prOtia, e assim o a de maneira or.ada#
E sur3e novamente a per3unta0 %or Kue a psiolo3ia n/o aandona os seus
sistemas e se dedia a oli3ir os atos de Kue tem tanta neessidade^ A
resposta para tal per3unta é a Custifativa dos sistemas0 Kue sem eles
pouos atos seriam aessLveis# %ois o on;eimento ientLfo n/o é
simplesmente aumulado é mais provOvel Kue se desenvolva sore
;ipteses Kue apresentam KuestJes defnidas e Kue atuam omo entros de
or3ania./o em usa do on;eimento# AliOs, se3undo a Histria, a inia
n/o pro3rediu por ter se3uido o método desrito por Baon ? isto é, pela
onstante
oletQnea de dados e o apareime;to de 3eneralia.Jes# ( prprio Baon
delarou Kue a simples aumula./o n/o é sufiente porém nem mesmo a
aumula./o sistemOtia e uidadosa Kue Baon delineou, om suas
uidadosas ompara.Jes de asos positivos e ne3ativos, e suas anota.Jes
dos 3raus variOveis de Kualidade nas vOrias irunstQnias, oi realmente a
onte de muitas das desoertas da inia# =uase sempre a introspe./o
preede a evidnia sistemOtia é mais provada do Kue su3erida por ela é,
sem dMvida, a oportunidade para a aKuisi./o da evidnia# FreK[entemente
as vitrias da inia s/o otidas por meio de ;ipteses ainda n/o
onfrmadas pelos atos e Kue depois se tornam a ase de uma pesKuisa
ativa e inteli3ente orientada partiular? mente no sentido de um
determinado orpo de evidnia, o Kual provarO ou n/o o assunto em
deate# As suposi.Jes aseadas em evidnias imprprias tm tido 3rande
in\unia e, na prOtia real, s/o instrumentos indispensOveis, utiliados
re3ularmente pela inia#
+ por esse motivo Kue os sistemas apareem de modo t/o evidente e t/o
assoiados P psiolo3ia ontemporQnea# Um sistema pode desempen;ar a
sua un./oser,
provando provando ser erto
em parte, erto ou errado
e, em ou,errado#
parte, o Kue é(s
mais provOvel,
prprios erros de um
sistema, sendo prinipalmente em defnidos e deisivos, podem omentar
a ausa da inia revelando erros Kue n/o preisam ser repetidos# (s
sistemas proporionam orma, aaamento e dire./o a um empreendimento
Kue sem isso seria impreiso e sem oCetivo e mais ainda, transmitem
interesse e desvelo pelo empreendimento# %ois a inia n/o vive s de
atos, nem mesmo de atos e ;ipteses apenas# %reisa da ale3ria do
omate e da esperan.a da realia./o, e, evidentemente, Ps vees do
tempero da malLia e da eita./o de onorrer om os outros e para a
psiolo3ia atualmente isto si3nifa esolas e sistemas#

 Eina Heidredet
'onsiderados so esse aspeto, omo pro3ramas de a./o e ases de moral,
os sistemas podem ser onsiderados omo sintomas si3nifativos da
situa./o da psiolo3ia em ertos lu3ares, em ertas époas e nas m/os de
determinados 3rupos de pesKuisadores e tamém omo india.Jes dos
aspetos da psiolo3ia Kue pareem estar reeendo maior nase do Kue o
neessOrio, num dado onCunto de irunstQnias# N/o é o aso de se
lastimar o ato de ;aver uma valoria./o eessiva da psiolo3ia, pois ela
atrai a aten./o para assuntos importantes, estimula a rLtia e, Kuase
ertamente, é ompensada por uma valoria./o eessiva no sentido
oposto em outras époas e lu3ares# %ois o pro3resso da inia n/o pode ser
onsiderado o traal;o de um s ;omem ou de um 3rupo de ;omens, a
inia é um 3rande empreendimento soial, no Kual as ontriui.Jes mais
valiosas de um indivLduo podem ser os seus maiores erros#
+ desse ponto de vista, ent/o, Kue os sistemas de psiolo3ia ser/o
onsiderados neste estudo n/o omo ertos ou errados, nem omo
aproima.Jes mais ou menos ompletas ao on;eimento, mas na medida
de sua in\unia no desenvolvimento real da inia psiol3ia# %odem ser
mel;or ompreendidos n/o omo afrma.Jes de um ato ientLfo, nem
omo resumos do on;eimento eistente, mas omo proessos e maneiras
de ;e3ar ao on;eimento, omo etapas provisrias, porém neessOrias ao
desenvolvimento de uma inia, omo ria.Jes de traal;adores Kue, num
empreendimento onuso e, Ps vees, depressivo, devem onservar n/o s
o seu 3aro mas tamém a sua ener3ia# %ois nuna é demais repetir Kue a
inia n/o a3e somente P lu da ra/o, mas assim omo outros
empreendimentos, é uma aventura inerta, Kue se passa
Vas on a dar]lin3 piam
Vomo numa planLie esura,
&Sept Sit; onused alarms o stru33le and \i3t;
@arrida por alarmes onusos da luta e deandada,
W;ere i3norant armies las;  ni3;tV# `
(nde i3norantes eéritos se ;oam P noite#V
` @ersos fnais da é5er poesia de "att;eS Arn(ld, VDover Bea;V#
!N# da Ed#$

II

%&I'()(*IA %R+?'IEN-FI'A

-ales !:_?98 a#'#$ HerOlito !979?<9 a#'#$ Demrito !:_?


?7<_ a#'#$ AnaO3oras !66?8 a#'#$ &rates !7:?778 a#'#$ %lat/o !<?
78 a#'#$ Aristteles !78?7 a#'#$ Desartes !596:?
?5:9_$ Hoes !5988?5:<6$ )o]e !5:7?5<_$ Ber]ele !5:89?
?5<97$ Hume !5<55?5<<:$ ant !5<?58_$ Reid !5<5_?5<6:$
Hartle !5<_9?5<9<$ BroSn !5<<8?58_$ Hamilton !5<88?589:$ 2ames "III
!5<<7?587:$ 2# &tuart "iii !58_:?58<7$ &péner !58_?56_7$ Espinosa
!5:7?5:<<$ )eini !5::?5<5:$ )amettrie !5<_6?5<95$ 'aanis !5<9<?
58_8$ 'ondilla !5<59?5<8_$ Rousseau !5<5?5<<8$ Wolb !5:<6?5<9$
Herart !5<<:?585$ @ol]mann !58?58<<$#
uando estudamos os sistemas de psiolo3ia é Kuase ori3atrio investi3ar o
seu passado# ( prprio ato de eles apareerem tardiamente no
pensamento ;umano si3nifa Kue os prolemas Kue apresentam estiveram
durante lon3os anos ormando afnidades mal defnidas e alian.as
omprometedoras, Kuase despereidas pela aten./o oservadora da
inia# Esta nova inia da psiolo3ia estO ontinuamente desorindo
Kue seus prolemas prediletos possuem ;istria Kue os termos Kue utilia
apresentam implia.Jes Kue os li3am om pontos de vista anteriores, e Kue
suas onlusJes s/o, muitas vees, determinadas pelo ;Oito e pela
assoia./o# &eu amin;o nuna é uma lin;a reta estO sempre sendo
arrastada de um lado para outro pela atra./o de al3um onCunto de
on;eimentos ou de opini/o, do Kual nem sempre tem onsinia# "uitas
vees as mudan.as de seu pensamento e o prprio onteMdo de seus
oneitos s/o determinados por atos ;istrios Kue suederam ;O entenas
de anos#
-eoriamente, e em sua orma fnal, um sistema de psiolo3ia é uma vis/o
onCunta de todo o ampo da psiolo3ia omo um todo onsistente e
unifado# Admite Kue as minMias aparentemente atias Kue eistem
dentro de seu Qmi
:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
<
to, se orem em ompreendidas, podem ser postas em ordem e larea0
Kue é possLvel defnir a matéria estudada, estaeleer o prolema prinipal,
oniliar os métodos de investi3a./o, determinar as rela.Jes om outros

tipos de on;eimento,
determinar identifar
as araterLstias os elementos
prprias e indiar oou proessos
seu Osios,
eso.o 3eral ou
orienta./o araterLstia# 'on;eer um sistema é saer omo ele se porta
em rela./o a todos estes assuntos e prinipalmente saer o ponto de vista
do Kual os onsidera# %ois o ponto prinipal de um sistema de psiolo3ia é a
posi./o da Kual ele en3loa o seu ampo, a posi./o privile3iada a partir da
Kual eamina os dados onretos da inia e da Kual distin3ue um padr/o
oerente Kue l;es dO unidade#
"as, seCam Kuais orem os sistemas de psiolo3ia, n/o s/o simplesmente
estruturas l3ias estOtias, ompletas, Kue possam ser onsideradas omo
tantas outras oisas independentes, separadas e ompletas, para serem
analisadas ora das ondi.Jes Kue l;es deram ori3em# %ois os sistemas de
psiolo3ia atualmente eistentes ? os onCuntos de atos e suposi.Jes Kue
a3em omo sistemas ? n/o s/o, muitas vees, sistemas no eato sentido da
palavra, nem, ertamente, orma.Jes de pensamento, ;ermétias e
ompletas, elaoradas de modo onsistente em todos os seus detal;es# 5
%elo ontrOrio, resultam de lon3as e, Ps vees, osuras orrentes de
desenvolvimento ;istrio porKue a psiolo3ia, omo KualKuer outro
empreendimento do inteleto ;umano
? talve mais do Kue a maioria ? tem estado suCeita a onusJes,
ompromissos, e mal?entendidos, muitos dos Kuais tm sua ori3em em
passado remoto#
+ partiularmente si3nifativo o ato de o interesse pela psiolo3ia
desenvolver?se n/o s tarde, mas tamém por aaso# ( pensamento evoluiu
aparentemente sem introspe./o a flosofa ome.a om a osmolo3ia, e a
inia om a astronomia e a Lsia# Isto n/o Kuer dier Kue os seres
;umanos n/o esteCam desde o inLio interessados neles mesmos# Est/o
interessados pelo mundo em primeiro lu3ar porKue o ;aitam, porKue este
ontém as oisas Kue a;am importantes# %orém a sua prpria eistnia e
naturea, emora or?
5 A epress/o Vsistema de psiolo3iaV da orma em Kue é usada neste livro
n/o India neessariamente uma onstru./o ompleta e ;ermétia# Reere?
se antes a KualKuer esor.o em aran3er o ampo da psiolo3ia so um
ponto de vista defnido e assim reunir os atos# %or esse motivo, oram
Inluldas al3umas interpretaJes da psiolo3ia Kue os prprios autores n/o
onsideram VsistemasV no sentido eato do termo#
mem o entro do Kual todos os interesses ;umanos irradiam, oram, no
inLio, simplesmente supostas omo ertas# ( pensamento, no ome.o, n/o
tem onsinia de seu e3o, porKue isto implia um modo de oservO?lo de
erta orma omo Kuem oserva outros oCetos, uma perep./o do e3o Kue
nuna estO livre do interesse prprio mas Kue, n/o ostante, dO indLios de
desprendimento inteletual# Ei3ir uma eplia./o do e3o e de seus modos
de a3ir si3nifa inKuirir a seu respeito, e isto s poderO ser eito depois Kue
a primeira impress/o de onsiderO?lo omo uma ertea tiver até erto
ponto desapareido#
+ por isso Kue a psiolo3ia, Kue no inLio é ;umana, ome.a om
oserva.Jes Kue s/o ao mesmo tempo seundOrias em rela./o Ps tareas
superiores do inteleto# Em flosofa, é mais provOvel Kue se enontre a
psiolo3ia omo epistemolo3ia# Em seus esor.os para ompreender o
universo, os flsoos deparam?se, mais edo ou mais tarde, om o
pensamento0 V'omopodemos on;eer^V, e esta per3unta dO ori3em a um
eame dos proessos ;umanos de on;eimento# As inda3a.Jes
psiol3ias sur3em, tamém, na étia e na teoria soial e polLtia as
KuestJes reerentes P onduta do ;omem para om seus onidad/os e
para om o Estado orientam ailmente a aten./o para a prpria naturea
do ;omem# Em inia, a psiolo3ia proveio da fsiolo3ia, prinipalmente da
fsiolo3ia dos r3/os dos sentidos, Kue pareiam ser as vias de omunia./o
entre o mundo eterior e o da eperinia pessoal e Lntima# %or outro lado,
tamém em suas vidas diOrias e no trato om seus semel;antes, os seres
;umanos s/o ori3ados a aprender, pelo menos dentro das normas
imediatas e simples do om senso, al3o sore as maneiras ;umanas# Além
disso, seCa Kual or o ponto de partida do Kual os seres ;umanos se
onsiderem, s/o de modo Kuase irresistLvel, envolvidos em KuestJes
relativas ao seu prprio valor e em?estar ? sore a sua posi./o na naturea,
sua ori3em e destino, o si3nifado da eistnia e
suas possiilidades de salva./o# Desde o inLio, as oserva.Jes dos ;omens
sore a naturea ;umana s/o provavelmente eivadas ? do ponto de vista da
inia pura ? pelas esperan.as, deseCos e temores ;umanos# "esmo
Kuando a psiolo3ia sur3e omo disiplina isolada, tra al3uma oisa de
flosofa, de étia e de senso omum# 'omo resultado, o primeiro passo no
sentido de ompreender os sistemas psiol3ios da atualidade onsiste
numa vis/o 3eral, emora re
8
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
6

ve, de al3uns dos relevantes pontos de vista psiol3]os do passado#


Isto n/o si3nifa ser possLvel retornar ao prinLpio# "esmo nas primitivas
osmolo3ias 3re3as, antes de ter sido eita a distin./o entre a mente e o
orpo, muitas das onep.Jes enontradas na moderna psiolo3ia, muitas
das suas maneiras peuliares de lidar om seu material, CO eistiam e, em
3eral, CO tin;am amadureido# Uma dessas oi a tentativa, eita durante todo
o perLodo osmol3io, no sentido de reduir o universo a seus elementos
mais simples# (s anti3os 3re3os, om a mais asoluta ;onestidade, Kueriam
saer de Kue era eito o mundo, Enontraram uma resposta Kuando
analisaram a sua ompleidade omo era vista em al3um elemento isolado ?
a3ua, ar, Otomos ?? ou num sistema de elementos# A tarea a Kue se
propuseram era a de reduir o ompleo ao simples, e sua afrma./o era a
de Kue o ompleo e a variedade onstituem o mundo da aparnia, em
ontraste om a realidade suCaente, Kue é simples# Estas duas oisas
nuna deiaram de impressionar o inteleto ;umano# Impliam Kue o
universo ou al3uma parte do mesmo Kue esteCa sendo estudada podem ser
ompreendidos se desorirmos as unidades de Kue se ompJem# A Lsia
enontrou tais unidades no Otomo a iolo3ia, nas élulas e a psiolo3ia,
dependendo do ponto de vista adotado, nas idéias simples, sensa.Jes, ou
tra.os do omportamento Kue inluem as assoia.Jes elementares de
estLmulo?resposta# "as, seCa Kual or a unidade, o prinLpio de onstru./o é
sempre o mesmo inlui de al3uma orma, 3rosseira ou sutil, a onep./o do
universo omo sendo omposto de partes, ou mistura de elementos simples#
%ara um ser perKuiridor, omo é o ;omem, isto onstitui um lon3o passo no
sentido de tornar o mundo inteli3Lvel# &ae do Kue este é eito pode ver
omo as partes se aCustam umas Ps outras se tivesse as partes, poderia
oloO?las Cuntas# A verdade é Kue a simpli# idade atraente Kue arateria
este ponto P primeira vista, torna?se menos pereptLvel Kuando o
eaminamos sur3em difuldades Kue n/o s/o de imediato evidentes# (
método é satisatrio e Mtil desde Kue n/o se ol;e om muita uriosidade
além dos limites do om senso# &ua efOia tem sido provada vOrias vees
por meio de realia.Jes em suedidas e n/o resta dMvida Kue é uma das
respostas mais prontas e efaes dos seres ;umanos em ae de situa.Jes
ompleas# + um método Kue aparee amiMde, de uma orma ou de outra,

na tentativa de tratar om material psiol3io#


4 Demrito, o Mltimo dos anti3os osmlo3os, é um eemplo desta maneira
de enarar as oisas na orma mais ompleta onse3uida pelo pensamento
3re3o# A sutilea dos 3re3os n/o ;avia permitido Kue as espeula.Jes
osmol3ias prosse3uissem sem rLtia# No ome.o do séulo @I a#'#,
-ales, o primeiro flsoo 3re3o Kue a ;istria re3istra, ;avia enontrado a
sua unidade em uma sustQnia onreta, a O3ua# "as esta posi./o era
somente um ponto de partida, e a ;istria do desenvolvimento Kue se
se3uiu oi sempre de espeula./o suCeita P rLtia# 'omo onseK[nia
desse desenvolvimento, era de um séulo e meio mais tarde, sur3iu a
afrma./o de Demrito, isenta das difuldades mais omuns das primitivas
espeula.Jes, lara, inteli3Lvel, ompleta e astrata# &e3undo Demrito, o
universo é onstituLdo por Otomos# Estes s/o peKuenas partLulas de
matéria em movimento elas se movem de vOrias maneiras s/o dierentes
em taman;o e orma, porém movem?se de aordo om uma neessidade ou
uma lei# ( ;omem, assim orno o resto do mundo, é omposto de Otomos
da alma e Otomos do orpo, amos materiais mas Kue dierem uns dos
outros por serem os primeiros mais sutis e mais ativos# (s pensamentos e
atos do ;omem, todos os aonteimentos de sua vida s/o determinados de
orma t/o rL3ida omo os ursos das estrelas# Em Demrito o atomismo
estO li3ado ao materialismo e ao determinismo de um modo em defnido,
os Kuais em seu pensamento sur3em em seus aspetos mais laros e
menos amL3uos e om suas implia.Jes l3ias nas a.Jes e destinos do
;omem, pereitamente identifados#
Um se3undo desenvolvimento sur3iu orno urna rLtia do primeiro# "uito
antes da époa de Dernrito, ;ouve flsoos Kue pereeram as
difuldades do artiLio aparentemente simples de reduir o mundo em seus
elementos# Um deles oi HerOlito, Kue epressou o seu desa3rado de um
modo um tanto paradoal em sua tese se3undo a Kual toda a naturea era
ormada pelo elemento o3o# "as, emora HerOlito se reerisse ao o3o
num sentido literal ? do mesmo modo omo -ales onsiderava a O3ua ? via,
omo sua araterLstia prinipal, a instailidade ou a varia./o# No erne do
universo n/o enontrou nen;uma sustQnia duradoura, nada slido, nada
permanente, Kue pudesse servir omo elemento estOvel# As prprias
montan;as, oservou ele, n/o s/o as mesmas de uma époa para outra,
nem de um dia para outro, nin3uém pode pisar duas vees no mesmo urso
de O3ua# &omente a varia./o é real0 V-odas as oisas
7_
Edni HeidreCer
\uemVé o seu ensinamento prinipal# Em sua essnia, esta doutrina é uma
rLtia do senso omum# VAs oisasV n/o s/o reais est/o ontinuamente se
desvaneendo, transormandose em seus opostos# (s sentidos podem
indiar o Kue paree ser orpos onretos, mas o pensamento, indo além
das aparnias, peree a realidade, Kue é varia./o# EnKuanto o om senso

via oisas,
idntia HerOlito
PKuela viapela
usada proessos, e aoKue
Lsia atual, assim aer
estO empre3ou
despoCando uma teoria
a matéria de
sua estailidade e solide# A importQnia deste modo de pensar para a
psio## lo3ia é lo3o pereida# Um psilo3o n/o pode ter o menor
on;eimento novo da matéria Kue estuda, sem Kue perea n/o estar
tratando om partes ou partLulas de KualKuer oisa estOvel ou onreta,
mas sim om proessos mutOveis# "esmo nos sistemas de psiolo3ia Kue
reduem o seu material a elementos, estes, Kuer seCam ases da onsinia
ou de um omportamento, s/o defnidos omo proessos# + verdade Kue,
tendo sido defnidos omo proessos, s/o muitas vees na prOtia tratados
omo unidades fas, porKue é orte o ;Oito de pensar em termos de
unidades fas# %orém, Kuando a aten./o é diri3ida diretamente para um
material psiol3io,
ato inevitOvel# o arOter
A psiolo3ia deontinuamente
estO varia./o apresenta?se
;amandoomo sendo um
a aten./o para o
ato de estar tratando om proessos e aonteimentos#
Um tereiro desenvolvimento oi aKuele iniiado por AnaO3oras# 'omo
HerOlito, ele areditava Kue uma redu./o a elementos simples n/o
epliava ompletamente o mundo, mas a sua rLtia oi menos radial do
Kue a de HerOlito# N/o fou perpleo por pensar Kue n/o eiste sustQnia,
e Kue, portanto, n/o eistem elementos# AnaO3oras, realmente, deendia a
eistnia de um nMmero indefnido de elementos Kualitativos dierentes#
&eu prolema sur3iu da suposi./o de Kue, emora os elementos ossem
on;eidos, far?

?se?ia ainda inapa de desrever o mundo omo o vemos# 'onsiderava a


disposi./o dos elementos t/o importante Kuanto sua eistnia# A ordem do
mundo deve ser epliada, em omo as partes Kue o onstituem, e esse
prinLpio ordenador ele enontrou no nous, al3o semel;ante P inteli3nia
ou ra/o ;umana, mas n/o ainda em ontraste om a matéria# Esta
doutrina é importante para a psiolo3ia, em parte porKue esol;e um
proesso psiol3io Kue reee aten./o espeial e tamém porKue, ao
;amar a aten./o para o prolema da disposi./o, da ordem, do padr/o,
apresen %siolo3ia
do &éulo 

75
ta um prolema Kue reK[entemente reaparee em psiolo3ia# + este Mltimo
detal;e ? o protesto ontra o ato de onsiderar a redu./o dos elementos
omo uma eplia./o ompleta
? Kue dO P flosofa de AnaO3oras o seu prinipal si3nifado para a
moderna psiolo3ia# + uma opini/o intimamente relaionada om os
ontLnuos protestos ontra as vOrias ormas do sensaionismo, e n/o diere
muito da revolta Kue o movimento da *estalt, um dos mais reentes em
psiolo3ia, estO diri3indo ontra o atomismo psiol3io de nossos dias#
Um Kuarto movimento representa um modo muito dierente de desrever o
universo# &ua ori3em estO assoiada ao nome de %itO3oras, e sua doutrina
ensina Kue a realidade pode ser ompreendida por meio dos nMmeros# Na
esola pita3ria, esta doutrina assumiu o arOter de uma reli3i/o# Foi
erada por ensinamentos mLstios, antOstios e, Ps vees, triviais, e e?se
aompan;ar por ertas re3ras espeLfas e aparentemente sem sentido,
omo, por eemplo, a proii./o do uso do eiC/o# "as a tentativa para
on;eer o mundo em termos Kuantitativos é em si mesma da mais alta
importQnia, sendo interessante Kue ten;a sur3ido t/o edo# A inia, em
seu esor.o para oter um on;eimento eato, sempre se tem unido
avidamente ao pensamento Kuantitativo e, omo veremos mais adiante, a
aplia./o em suedida dos métodos Kuantitativos ao material psiol3io
oi, dentro da ;istria, um dos atores deisivos Kue feram da psiolo3ia
uma inia#
"as aos pouos, no transurso dessas investi3a.Jes sore a naturea do
universo, em meio a todas essas teorias, ada Kual onsiderando?se erta e
todas provando a sua eatid/o om um erto 3rau de plausiilidade, sur3iu
uma dMvida de outra espéie ? a per3unta V'omo podemos on;eer^V# Em
primeiro lu3ar, isto n/o era uma per3unta psiol3ia n/o era V'omo
on;eemos^V mas V'omo podemos on;eer ^V e provoada menos por
uriosidade sore o proesso do on;eimento do Kue pelo interesse sore
a validade do mesmo# No entanto, este interesse pela validade do
on;eimento provoou investi3a.Jes sore os seus proessos# 2O de ;O
muito os flsoos ;aviam eito distin./o entre o on;eimento adKuirido
pelos sentidos daKuele otido pela ra/o# Haviam tamém oservado Kue o
on;eimento é relativo, Kue é ;umano, onse3uido a partir de um ponto de
vista ;umano, eivado de maneiras ;umanas de oter o on;eimento# (
primo passo seria investi3ar se KualKuer método ;umano de oneer o
mundo poderia ter validade
Edna Heidreder
%siolo3ia# do &éulo 
77
oCetiva se a investi3a./o sore a naturea Mltima da realidade n/o é, em
Mltima anOlise, um tanto inMtil#
(s sofstas, partindo deste ponto de vista, deram uma dire./o inteiramente
nova ao pensamento 3re3o# %assaram de modo defnitivo da osmolo3ia
para as oisas ;umanas, e assim vieram a interessar?se por assuntos Kue
podem ser ;amados, em sentido amplo, psiol3ios# Além disso, seu
estudo era prOtio# Era inevitOvel Kue a prpria aundQnia de espeula.Jes
sore o universo, a eii./o de eplia.Jes suessivas, todas i3ualmente
plausLveis, aaasse por impressionar al3umas mentes, prinipalmente pela
inutilidade de tal espeula./o# (s sofstas, de KualKuer orma, reusaram?se
a se oupar om tentativas de ompreender a naturea undamental da
realidade# Dediaram?se, em ve disso, P sua profss/o, Kue era o ensino da
flosofa omo norma de vida, e da retria e dialétia omo ;ailidades
prOtias# De modo delieradamente superfial e ;ailmente prOtio,
aeitaram, mediante pa3amento, treinar os Covens nas artes da persuas/o ?
as Kuais eram muito Mteis na *réia onde os ;omens suiam ao poder
onvenendo os seus semel;antes e dominando as massas# Havia,
naturalmente, sofstas e sofstas, representando uma esala de inte3ridade
inteletual Kue ia desde o 3osto pelo eerLio livre da inteli3nia rLtia
até o deseCo de Vaer o pior pareer mel;orV# %orém, KuaisKuer Kue ossem
as suas idéias sore a utilidade ou n/o da dialétia, estavam interessados
pelo proesso em si# Enontravam nele al3uma oisa em Kue se oupar,
al3o Kue podia ser eerido, ultivado e ontrolado, e além disso, Kue ? n/o
importando a naturea Mltima da realidade ? era de valor no mundo dos
assuntos da vida diOria# 'om uma atitude uriosamente idntia P da
moderna psiolo3ia apliada, dediaram?se a realia.Jes espeLfas e
situa.Jes onretas, muito mais interessados em manipular o imediato e o
real do Kue em mer3ul;ar no undamental e no proundo# &eria um erro,
naturalmente, atriuir aos Kue atualmente traal;am em psiolo3ia
apliada as idéias assoiadas aos sofstas 3re3os, mas KualKuer Kue osse o
ponto de partida terio de suas atividades, al3uma oisa é idntia no
temperamerito de amos# A 3rande virtude da psiolo3ia apliada é a sua
li3a./o enéfa om o real e o imediato, o seu ;Oito de manter?se
prima, ou pelo menos, P vista de materiais Kue os seres ;umanos podem
maneCar e ontrolar#
Uma onseK[nia indireta dos ensinamentos dos sofstas oi a flosofa de
&rates, uma das f3uras mais pito resa
da ril;ante soiedade de Atenas, no séulo @ antes de 'risto# &rates era
eio, enantador, entrio, soiOvel e 3eneroso a prinipal atividade de
sua vida ora atrair os Covens para as onversas flosfas e daL, por meio
de uma ;Oil ar3umenta./o, a?los ver Kue suas idéias sore os assuntos
undamentais da vida, mesmo os mais triviais, eram onusas e
ontraditrias# ( seu oCetivo era oloar seus ouvintes ante a neessidade
de defnir as suas palavras de maneira eata, e ori3O?los a desorir o Kue
a ra/o mostrava omo verdadeiro# ( suesso Kue oteve aendo aKueles
Kue o ouviram duvidar de verdades aparentemente vias, oi t/o 3rande
Kue, em sua vel;ie, oi Cul3ado e ondenado P morte, so ausa./o de
minar a reli3i/o do Estado e orromper a Cuventude#
Da mesma orma Kue os sofstas, &rates areditava Kue a investi3a./o
sore a naturea do universo é inMtil mas, ao ontrOrio deles, areditava Kue
um tipo de on;eimento pode ser otido ? o do prprio eu# Além disso,
areditava Kue é este tipo de on;eimento Kue os ;omens realmente
neessitam, e Kue l;es pode indiar o Kue devem aer, permitindo?l;es
assim levar vida virtuosa# &rates areditava Kue a virtude é o resultado do
on;eimento e Kue o mal é asiamente i3norQnia ? um anti3o eemplo
da ren.a enontrada amiMde em psiolo3ia Kue afrma ser o prinLpio
raional ou inteletual o Kue prevalee no ;omem# Areditava, ainda, Kue a
verdade estO implLita no inteleto ;umano Kue ela neessita apenas ser
etraLda e purifada# %ara demonstrar esta asser./o, onse3uiu Kue um
esravo n/o ensinado, auiliado somente por per3untas ;Oeis, desorisse
por si mesmo Kue o Kuadrado da ;ipotenusa de um triQn3ulo é i3ual P soma
dos Kuadrados dos outros dois lados#
Apesar disso, &rates estava mais interessado na naturea inte3ral do
;omem do Kue em KualKuer de suas ;ailidades individuais# Em essnia,
seu interesse pelos seres ;umanos era étio, e este ato é responsOvel por
um dos tra.os araterLstios de sua aorda3em psiol3ia# 'onsidera os
;omens n/o omo unidades isoladas, mas sempre em rela./o om seus
semel;antes e o Estado# De erto modo, esta idéia é a mesma dos atuais
e;avioristas, Kue areditam no estudo do or3anismo total em suas
rela.Jes om o meio amiente# Realmente, o e;aviorismo em seus
primeiros tempos pretendeu interessar?se muito pelo amiente Lsio, ao
passo Kue &rates estava interessado prinipalmente pelo amiente soial
mas ultimamente o e;aviorismo tem dado
7
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
79
ada ve maior nase Ps in\unias soiais na vida ;umana e estO ada
ve mais se aproimando dos prolemas étios#
4 ( mais amoso aluno de &rates oi %lat/o, Kue estaeleeu pela primeira
ve uma distin./o defnida entre a mente e a matéria, distin./o essa Kue
tem apareido de modo astante destaado na ps]olo3ia até os nossos dias#
%lat/o era um aristorata, tanto por nasimento Kuanto por temperamento,
um ;omem Kue tin;a pouo interesse pelas oisas omuns da eistnia
diOria, e Kue se dediou de modo mais ompleto possLvel P vida inteletual,
pois areditava Kue vivendo pelo inteleto, o ;omem estaria eprimindo as
suas maiores possiilidades# Em sua vida de ontempla./o, impressionou?se
proundamente pela dieren.a entre as idéias, Kue s/o maniestadas pela
ra/o e os oCetos Kue s/o revelados pelos sentidos e oloando as idéias
num mundo a elas pertenente, onsiderava?as t/o reais Kuanto as do
mundo on;eido pelos sentidos# As idéias, oservou %lat/o, possuem uma
perei./o Kue nuna é enontrada nas oisas onretas# A idéia da elea,
por eemplo, é permanente, sem deeitos, imutOvel, asoluta ao passo Kue
as oisas elas, Kue s/o onitas somente em rela./o a uma outra, s/o
impereitas, mutOveis e ontin3entes# %ara %lat/o pareia evidente Kue tudo
Kue é permanente, pereito, imutOvel e asoluto deveria ser mais real do
Kue os orpos pereLveis, mutOveis e impereitos os Kuais, por mais elea
Kue pudessem onter, poderiam apenas se aproimar da elea pura#
%ortanto, pressupcs um mundo de idéias, do Kual o mundo VrealV ? aKuele
revelado pelos sentidos ? é apenas uma pia impereita# A matéria é a
sustQnia na Kual as idéias se epressam por si mesmas, mas a sua
prpria naturea torna impossLvel a suO pereita epress/o, porKue impJe

suas
%lat/oprprias limita.Jes
n/o somente sore elas
estaeleeu umae as despoCaentre
distin./o de sua purea#e Assim,
a mente a matéria,
mas tamém assoiou tais termos a onCuntos de valores opostos# A mente
oi identifada om o em e o elo# A matéria era o inimi3o, a parte mais
inerior do ;omem e do universo, al3o para ser omatido e suCu3ado# Esta
distin./o, Cuntamente om os valores atriuLdos por %lat/o aos termos, tem
permaneido até ;oCe# Eiste ainda uma tendnia no pensamento diOrio
para onsiderar a mente omo sulime e a matéria omo inerior# Em al3uns
setores, entretanto, ;ouve uma uriosa invers/o# (s triunos da inia
moderna tm sido os da inia Lsia o método e o ponto de vista
ientLfos tm estado assoiados om o estu d
da naturea Lsia e para aKueles Kue adKuiriram um onCunto de valores
dierente do de %lat/o ? Kue onrontam o Kue é ientLfo om aKuilo Kue
n/o é, em lu3ar do nore e do vil ? a mente e a matéria troaram de lu3ar
na esala de valores# + a matéria Kue se entre3a P inia é a mente Kue
pertura e é intratOvel# %or etapas simples, a mente é identifada em
primeiro lu3ar om o mais elevado em, em se3uida om o Kue é ineOvel e
inaessLvel, e fnalmente om o Kue é mLstio e n/o ientLfo e em
onseK[nia, a distin./o platcnia, em 3rande parte através dos valores
Kue ainda se atm Ps suas palavras, até ;oCe reperute na inia#
=uando %lat/o onsiderava os ;omens, pensava neles naturalmente do
ponto de vista de seu prprio interesse pela vida do inteleto# 'lassifando
as or.as ;umanas desde a mais elevada até P mais aia, itava em
primeiro lu3ar a ra/o, Kue reside na ae.a depois, a ora3em, Kue se
enontra no peito os sentidos e os deseCos, Kue fam no adome# %lat/o
onsiderava essas or.as omo partes da alma e por isso utiliou um modo
de pensar idntio ao Kue seria mais tarde ;amado de auldade
psiol3ia# Reon;eeu tamém as dieren.as individuais entre os ;omens#
No Estado ideal, a RepMlia, os ;omens deveriam ser esol;idos para seus
vOrios misteres de aordo om suas ;ailidades# (s dotados de ra/o
superior seriam diri3entes os Kue possuLssem ora3em seriam 3uerreiros o
resto da ;umanidade seria omposta de artesJes, omeriantes,
traal;adores e esravos
? neessOrios ao Estado, porém de lasse inerior aos militares e estadistas,
da mesma orma em Kue os deseCos e os sentidos s/o ineriores P ora3em
e P ra/o# Esta parte do pensamento de %lat/o, entretanto, teve poua
in\unia sore a psiolo3ia moderna# A prinipal onte de sua in\unia
estO na distin./o entre a mente e a matéria e sua identifa./o da mente
om o etraterreno ? e Kue ainda persiste na ren.a mantida por al3uns
psilo3os de Kue o mental nuna poderO ser oCeto de on;eimento
ientLfo#
"as os prprios 3re3os n/o desistiram de tentar ompreender a mente#
Aristteles, aluno e suessor de %latOo, e até erto ponto seu rival, ao tentar
aer uma avalia./o ompreensLvel do ser ;umano, diri3iu?se Ps oisas da
mente, de maneira idntia a tudo o mais na ordem natural# Entretanto, sua
distin./o entre a mente e a matéria n/o oi a mesma de %lat/o# %ensou mais
em termos de matéria e orma# No modo de ver as oisas e em
temperamento, Arist#
7:
Edna Hetdreder
%8iolo3ias do &éulo 
7<
teles era muito dierente de %lat/o# Estava interessado pelo onreto e pelo
real ao ontrOrio de %lat/o, e desviando sua aten./o naKuela dire./o, n/o
enontrou uma dieren.a marante entre a matéria e a mente ou, omo
diia, entre a materia e a orma# -in;a a impress/o de Kue uma n/o podia
eistir sem a outra# A orma eiste no oCeto onreto, afrmava ele, n/o
omo uma entidade separada# A matéria é orma potenial, o oCeto real é a
orma atualiada na matéria, é a uni/o de orma e matéria# ( mOrmore é
matéria para a estOtua esta é a orma atualiada no mOrmore# Além disso,
a distin./o entre a orma e a matéria n/o é asoluta o mOrmore, Kue é
matéria para a estOtua, é orma para as or3ania.Jes ineriores da matéria#
Desse modo a realidade onreta dispJe?se em uma seK[nia na Kual é
impossLvel indiar um ponto KualKuer e dier Kue de um lado ;O matéria, e
de outro, orma# Este oneito de ontinuidade, emora desrito num

onteto
muitas muitona
vees, dierente
psioIo3idoatual#
de Aristteles tamém
(s psilo3os é o mesmo
modernos enontrado,
da mesma orma
Kue Aris tteles, Kuando em presen.a de dados onretos, a;am im
possLvel far limites rL3idos e estOveis n/o podem indiar uma lin;a
divisria entre os proessos onsientes e inonsientes, entre a inteli3nia
e a deilidade mental, a raiva e o temor, a sanidade e a insanidade mental,
o instinto e a ra/o, a inQnia e a maturidade, a psiolo3ia e a fsiolo3ia#
)idam muito menos om dieren.as asolutas do Kue om seK[nias nas
Kuais eistem 3rada.Jes ontLnuas entre os etremos#
 Relaionado intimamente om o oneito de matéria e orma estO o
ostume de epliar os encmenos em un./o de suas ausas Mltimas#
Aristteles e uma ee./o P re3ra de Kue a orma nuna eiste isolada# A
orma fnal, o &er &upremo, n/o pode de maneira al3uma ser matéria# +,
portanto, orma pura e desde Kue a matéria se esor.a para resultar em
orma, esta orma fnal é o alvo para o Kual toda a naturea se enamin;a#
%or onse3uinte, a naturea toda, inluindo a ;umana, é epliada
teleolo3iamente omo tendendo para um fm ou oCetivo# "as omo a
inia trata om ausas primas, om aonteimentos imediatamente
anteriores a um dado eeito, n/o oi avorOvel a esta no./o da teleolo3ia#
(utra implia./o do esKuema 3eral de Aristteles, entretanto, apareeu de
modo pronuniado na psiolo3ia moderna# No mundo da naturea,
Aristteles desore Kue a matéria e a orma sempre se relaionam# &e o
orpo

todo osse um ol;o, a alma seria a vista# ( orpo eiste por ausa da alma,
porém, a alma eiste somente no orpo e através do orpo# Em outras
palavras, as atividades da alma s/o aKuelas dos r3/os orporais# + t/o
impossLvel deseCar e ter impulsos sem as estruturas Lsias adeKuadas Jmo
ener3ar sem ol;os# 'onsidera os proessos psiol3ios individuais omo
atividades e un.Jes das estruturas Lsias, Kue se realiam em um mundo
onde tal atividade é defnitivamente relaionada om uma erta onstitui./o
Lsia#
"as na alma, Aristteles a distin./o entre a parte mortal e a imortal# As
atividades Kue s/o un.Jes das estruturas do orpo pereem om o mesmo,
porém eiste no ;omem um inteleto ativo Kue n/o é uma un./o do orpo#
+ este inteleto
imortal, ativo
e oi esta Kue
parte deAristteles
seu ensino,delara ser simples, imaterial
o seu reon;eimento e
do inteleto
ativo, Kue ei3iu o maior interesse dos telo3os medievais#
Em arésimo ao seu tratamento dos proessos psiol3ios dentro do
esKuema 3eral das oisas, Aristteles e uma ontriui./o defnida P teoria
psiol3ia em seu estudo da memria, prinipalmente em sua amosa
enunia./o dos prinLpios da assoia./o# Estes prinLpios ? assoia./o por
ontraste, por i3ualdade e por onti3[idade no tempo e no espa.o ? oram
dados omo re3ras empLrias# Na maneira aparentemente ausal das idéias
se apresentarem, Aristteles n/o via o aaso, mas sim uma lei# -anto a
onep./o 3eral de assoia./o Kuanto as re3ras prprias Kue ormulou

eereram
mais tarde#uma 3rande in\unia no desenvolvimento da psiolo3ia séulos
Aristteles oi o Mltimo dos 3randes flsoos da anti3[idade# &ua morte, no
Mltimo Kuartel do Kuarto séulo antes de 'risto, assinala o enerramento do
perLodo mais ori3inal e produtivo do pensamento 3re3o# Entre as flosofas
Kue \oreseram durante os séulos fnais do mundo anti3o, as idéias
sustentadas pelos estios e epiuristas s/o as mais interessantes para a
psiolo3ia devido Ps atividades ontrastantes Kue eles assumiam naKuilo
Kue pode ser onsiderado uma aplia./o prOtia da psiolo3ia# As duas
esolas se ouparam prinipalmente om o prolema de onse3uir o
mOimo da vida ;umana# Em 3eral, os estios apoiavam a supress/o, e os
epiuristas eram avorOveis P epress/o dos impulsos naturais# (s estios
areditavam na sumiss/o do deseCo P ra/o por amor P virtude, Kue devia
ser usada
76
78
Edita Hed,reder
pelo seu valor intrLnseo os epiuristas areditavam na disiplina da
epress/o dos impulsos naturais a fm de oter a eliidade e a
tranK[ilidade# + interessante oservar Kue os proessos dessas duas esolas
rivais persistem até ;oCe nas modernas teorias sore o ontrole da naturea
;umana, e na oten./o da eliidade e da virtude#
Dessa maneira, Kuando a psiolo3ia era ainda uma parte da flosofa, muitos
dos padrJes de pensamento Kue deveriam tornar?se proeminentes mais
tarde, CO ;aviam apareido# Isto n/o Kuer dier Kue os atuais modos de
pensar oram onsientemente emprestados dos anti3os, nem Kue as
desoertas da inia moderna CO estivessem implLitas nas anti3as
espeula.Jes# Antes si3nifa Kue os mesmos prolemas sur3iram na vida
;umana, oram pereidos da mesma maneira, e deram ori3em aos
mesmos métodos para resolv?los# NaKuela époa, omo a3ora, eistiam os
prolemas dos elementos e da orma, das partes e do todo, da rela./o entre
a mente e o orpo, da un./o e da estrutura, dos proessos e da sustQnia,
e do ontrole e orienta./o da naturea ;umana para oter a realia./o, a
virtude e a eliidade#
Do ponto de vista das ontriui.Jes positivas para a psiolo3ia ientLfa, a
Idade "édia é relativamente sem importQnia# &ua ontriui./o
araterLstia aos prolemas psiol3ios a;a?se nos estudos esolOstios
sore a naturea e os atriutos da alma# "as, omo todos saem, esses
estudos oram muitas vees menionados omo sendo a prpria antLtese do
método ientLfo# N/o ome.am om per3untas, mas om uma verdade CO
aeita, aseada na autoridade# Ao avan.ar, n/o se utiliavam da oserva./o
e da indu./o, mas se apoiavam no desenrolar minuioso das implia.Jes
dos oneitos e na dedu./o l3ia das onseK[nias# N/o usavam,
enfm, a evidnia dos atos mas a sua validade l3ia# &eu método de
pensar tem sido usado omo o eemplo par eeliene da espeula./o sem
ase, do raioLnio traal;ando sem o lastro dos atos empLrios# -odavia, os
eeitos ne3ativos dessa mesma prOtia oram da mais Ita importQnia para a
inia# "uitas das araterLstias da inia ? de ato, n/o a sua naturea
essenial, mas um nMmero apreiOvel de seus tra.os aidentais ? podem ser
epliadas omo uma revolta ontra os eessos de tal método# A sua
avers/o pelo do3matismo e o seu temor pelas espeula.Jes n/o provadas
s/o pereitos soreviventes das atitudes emoionais desenvolvidas na luta
neessariamente violenta ontra o apelo P autoridade e a urOtia da
dedu/o v# au o

%siolo3ias do &éulo 
esolastiismo medieval ;avia tornado a moda inteletual vi3ente#
( perLodo moderno da flosofa, entretanto, estO repleto de anteipa.Jes das
psiolo3ias da atualidade# 'ontém, realmente, tantas previsJes de
prolemas e teorias Kue est/o sendo estudados ;oCe em dia, Kue é
impossLvel tentar aer uma desri./o ampla dos mesmos# "uitos pontos de
vista interessantes e su3estivos em si mesmos devem ser postos de lado, e
a aten./o deverO se limitar Ps lin;as de pensamento Kue possuem al3uma
rela./o ;istria evidente om o desenvolvimento do ponto de vista
ientLfo em psiolo3ia# ( Kue apresenta maior seK[nia l3ia é a lin;a

de investi3a./o
a ant, rLtia
e Kue teve entreKue
os se reere
seus a Desartes,
suprodutos aos empiristas
o sur3imento in3leses
de duas e
esolas
de psiolo3ia pré?ientLfa, o assoiaionismo na *r/?Bretan;a e o
;erartism( na Aleman;a#
"uito perto da onte deste movimento estava René Desartes, uCa ora na
primeira metade do séulo @II é inteiramente tLpia do inLio do perLodo
moderno pela sua revolta ontra o do3matismo da tradi./o esolOstia# (
prprio Desartes, entretanto, n/o passava de um reelde por
temperamento# Era um ;omem etremamente raoOvel, sinero, muito
auteloso, Kue, emora se tivesse devotado P proura do saer, desoriu,
ao atin3ir a maturidade, Kue nada eistia Kue ele souesse om ertea#
@erifando Kue podia duvidar de al3umas das maiores ren.as dos ;omens,
deidiu delieradame\te utiliar a dMvida omo um método ? duvidar de
tudo Kue osse possLvel duvidar, na esperan.a de ;e3ar ao evidente por si
e ao induitOvel# Desoriu Kue podia duvidar astante0 da eistnia de
Deus, do mundo, e mesmo da eistnia de seu prprio orpo# De uma oisa
n/o podia duvidar0 era o ato de Kue estava duvidando, e a ertea de Kue
sua dMvida ? isto é, seu pensamento ? eistia, deu?l;e
o undamento para seu sistema# Estaeleeu sua onvi./o na amosa
rase0 V%enso, lo3o eistoV, e a onsiderou omo um aioma# Estaeleeu,
portanto, a ren.a em sua prpria eistnia omo um ser pensante, e daL
por um proesso de raioLnio dedutivo, a ren.a na eistnia de Deus e do
mundo, inluindo o seu prprio orpo Lsio# &ua prova da eistnia de
Deus onsistia no ar3umento Kue ele, Kue duvidava e era um ser impereito,
n/o ostante possuLa a idéia de Deus, um ser pereito# E uma ve Kue o
pereito n/o pode depender do impereito, é neessOrio admitir a eistnia
de Deus para poder ter a idéia Dele# Ent/o, se Deus
_
Edna Heid)reder psiolo3ias do &éulo 
5
eiste, o mundo deve eistir, porKue as idéias Kue ns pereemos lara e
distintamente omo verdades ? n/o aKuelas Kue aeitamos simplesmente
pela evidnia da ima3ina./o e dos sentidos ? devem ser verdadeiras,
VporKue do ontrOrio n/o poderia ser Kue Deus, sendo totalmente pereito e
vera, as tivesse oloado em nsV# Assim Desartes ;e3ou om o seu
raioLnio a tudo aKuilo Kue a sua dMida ;avia destruLdo# A dieren.a entre
o seu primeiro estado e o Mltimo n/o era uma dieren.a nos oCetos da
ren.a, mas no ato de Kue os mesmos estavam a3ora estaeleidos
raionalmente#
Este ponto é si3nifativo# =uer dier Kue emora Desartes omatesse o
do3matismo do pensamento esolOstio, n/o ataou os seus métodos
inteletualistas# Reorria P ra/o em lu3ar da eperinia# &e eiste al3o em
Desartes mais notOvel do Kue o esor.o delierado de um ompleto
etiismo, é a sua é serena no poder do inteleto ;umano para eslareer a
onus/o reinante#  primeira vista, paree Kue Desartes n/o leva em
onta a possiilidade de a ra/o ser inadeKuada para tal tarea# =uando
desoriu Kue n/o podia ter ertea de nada, lan.ou m/o da ra/o omo
uma oisa natural e dediou?se sistematiamente P tarea de elaorar um
undamento inteletual estOvel para o universo# Deseriu um notOvel 3olpe
na suservinia medieval P autoridade, mas, ao assim aer, utiliou o
método dedutivo Kue é t/o araterLstio do pensamento medieval Kuanto o
seu do3matismo#
?N Eistem vOrias afrma.Jes de Desartes Kue s/o de espeial interesse
para a psiolo3ia# A de maior alane entre elas é o seu dualismo Kue,
emora dierente do de %lat/o em sua ori3em, é idntio em seus eeitos#
De aordo om Desartes, eistem duas sustQnias0 mente e matéria, a
sustQnia pensante e a etensa# Esta onep./o oloou?o em al3umas
difuldades interessantes e eslareedoras ;avia separado a mente e a
matéria de modo t/o ompleto Kue a;ava diLil CuntO?las novamente de
orma ;armcnia# Um resultado desta situa./o oi a teoria de Kue os
animais, por n/o possuLrem res o3itans, ou sustQnia pensante, s/o
autcmatos ? uma interpreta./o dos or3anismos vivos ompleos Kue é
espeialmente interessante P lu das reentes interpreta.Jes meaniistas
do omportamento animal e ;umano# Desartes oi, na realidade, um
ompleto meaniista em reernia a todo o mundo material# Areditava
Kue todas as a.Jes do orpo ;umano ? os movimentos dos mMsulos e
tendJes, as atividades da respira./o, mesmo os pro esso
da sensa./o ? podem ser epliadas de aordo om prinLpios meQnios#
Foi Desartes, de ato, Kue introduiu o oneito de a./o re\ea, t/o
lar3amente usado desde ent/o nas eplana.Jes meaniistas dos proessos
orporais# -odavia, Desartes se asteve de onsiderar os seres ;umanos
omo meros autcmatos areditava Kue em ada pessoa ;avia uma alma
provida de ra/o, uma sustQnia pensante, Kue tin;a o poder de diri3ir e
alterar o rumo meQnio dos aonteimentos# Esta alma a3e através da
3lQndula pineal na ase do érero, e in\uenia os movimentos do orpo,
a3indo sore os espLritos animais no san3ue, o Kual entrando por um nervo
ou outro determina Kue movimento deve ser eetuado# "as, a a./o do orpo
em si, emora suCeita P dire./o da alma, é puramente meQnia# A rela./o
entre a mente e o orpo, omo Desartes a via, é, portanto, de intera./o# A
mente a3e sore o orpo da maneira Kue aaamos de desrever, e sore a
in\unia do orpo através da sensa./o, emo./o e a./o# Desartes deiou
de epliar omo duas sustQnias t/o dierentes podem se in\ueniar
reiproamente, porém estaeleeu a posi./o do dualismo e do
interaionismo om a mOima larea e assim reafrmou a distin./o entre a
mente e a matéria no pensamento moderno#
(utro ponto dos ensinamentos de Desartes Kue tem uma one/o direta
om a psiolo3ia é a sua ren.a nas idéias inatas# Desartes, Kue era t/o
om matemOtio Kuanto flsoo, admitiu Kue eistem ertas verdades
neessOrias ou aiomas Kue onstituem a ase do on;eimento
demonstrOvel# -ais verdades, se3undo admitia, s/o inerentes P naturea
;umana e Kuando pereidas s/o evidentes por si mesmas# Apesar de sua
inten./o de duvidar de tudo, Desartes n/o ar3umentou sore a eistnia
das idéias inatas# Esta Kuest/o da dMvida, entretanto, oi susitada por
al3uns de seus rLtios, e alan.ou tal importQnia Kue se tornou o ponto de
partida da lon3a série de investi3a.Jes, pelas Kuais os flsoos da *r/?
Bretan;a desenvolveram o seu empirismo rLtio#
Um deles, ontemporQneo mais vel;o de Desartes, oi -;omas Hoes,
monarKuista ritQnio, rude e ostinado, Kue esreveu um erto nMmero de
tratados sore a naturea ;umana, nos Kuais deu espeial aten./o Ps
rela.Jes do ;omem om o Estado# ( )eviat/, puliado em 5:95, dois anos
aps a eeu./o de 'arlos 5, oi talve o mais importante deles# Este livro é
em primeiro lu3ar um tratado de polLtia, mas ao lado de seu tratamento
das KuestJes polLtias eiste

Eina Heidreder
uma tendnia Kue é de espeial interesse para a psiolo3ia, ou seCa, a de
super?raionaliar a onduta ;umana, ( prinipal oCetivo de Hoes era
Custifar o poder asoluto do 3overno# Assim o e epliando antes de tudo
Kue ;O um impulso natural em todos os ;omens para onse3uir o Kue
Kuerem e tudo o Kue podem oter# Este impulso, entretanto, ondu
inevitavelmente ao on\ito# 'ada um estO em luta om todos os outros
nin3uém estO se3uro ada um estO, até erto ponto, derrotado em seus
oCetivos# Esta situa./o intolerOvel termina Kuando os ;omens, impelidos
pelo medo e pelo e3oLsmo, pereem Kue podem onse3uir se3uran.a e
maior proveito das oisas oas da vida, desistindo de seu direito natural de
tomar tudo o Kue podem, e pereendo em troa a 3arantia de prote./o
ontra as a3ressJes e depre?# da.Jes de seus semel;antes, %orém, este
estado de oisas s pode ser mantido se ;ouver um poder astante orte
para impc?lo, e este é estaeleido Kuando os omponentes do Estado
onordam em arir m/o de seus direitos e poderes, em avor de uma
autoridade entral# Este aordo voluntOrio é a Custifativa para o poder
asoluto daKuele Kue 3overna#
Do ponto de vista da psiolo3ia, é si3nifativo no estudo de Hoes o uso
Kue a da idéia de V;omem raionalV, isto é, de Kue a onduta ;umana é
dominada pela ra/o# Emora o medo e o e3oLsmo, de ato, seCam
onsiderados os motivos da a./o, a ra/o su3ere Vondi.Jes onvenientes
de paV e orienta a orma da onduta# ( medo e o e3oLsmo atuam de uma
orma alulada e n/o se maniestam Ps e3as# Em outras palavras, é a
ra/o Kue ontrola a situa./o# Dessa maneira, Hoes ornee outro
eemplo da tendnia 3eral de pensarmos no ;omem .omo sendo um
animal raional, de epliar a seK[nia de suas a.Jes omo planeCadas e
previstas, em lu3ar de determinadas pelo aaso e omo sendo diri3idas
fnalmente por onsidera.Jes inteletuais, ao invés de por al3uma oisa t/o
irraional omo o sentimento, a emo./o, e os inidentes da vida# A
psiolo3ia estO ontinuamente desorindo Kue os seres ;umanos 3ostam
de atriuir P ra/o o maior papel nos seus aaeres e é um sinal evidente
do poder desta tendnia o ato de ela apareer no Lnio e realista Hoes,
Kue nuna oi ausado de tentar desrever a naturea ;umana de uma
orma lisonCeira, por mLnima Kue osse#
%orém, a atitude de Hoes em rela./o ao ;omem raional oi menos uma
epress/o propriamente sua do Kue do modo de pensar orrente na époa#
De ato, isto é si3nifa?

%siolo3ias do &éulo 
7
tivo porKue é uma epress/o daKuele modo de pensar# (utras ontriui.Jes
de Hoes para a psiolo3ia, entretanto, ariram novos ;oriontes# Uma
delas é um tratamento 3eral dos proessos psiol3ios Kue os oloa de
modo ineKuLvoo na orrente dos aonteimentos naturais# Hoes ;avia?se
impressionado pela ora de *alileu e, aproveitando?se da possiilidade
su3erida de uma eplia./o naturalista, tentou desrever toda a atividade
;umana, inlusive a psiol3ia, em un./o do movimento# A sensa./o, Kue
é a onte do on;eimento, é movimento omuniado pelo oCeto eterno
ao érero# A ima3ina./o e a memria s/o ontinua.Jes daKuele
movimento Vsentido deadenteV é a epress/o usada por Hoes# A mente
n/o tem onteMdo, por mais ompleo Kue seCa, Kue n/o possa ser reduido
a estes termos# "esmo as seK[nias de pensamento, por mais oasionais
Kue possam pareer, s/o parte da lei natural# Da mesma orma Kue as
idéias s/o determinadas pelos oCetos a3indo sore os sentidos, assim
tamém as transi.Jes de uma idéia para outra s/o determinadas pelas
rela.Jes Kue elas mantm entre si na eperinia iniial# Naturalmente, isto
implia o prinLpio Osio do assoiaionismo0 isto é, Kue uma idéia suede
a outra n/o por aaso, mas de aordo om uma lei# Foi em rela./o a isto
Kue Hoes e uma distin./o entre as duas espéies de pensamento Kue
oram desde ent/o ;amadas assoia./o livre e ontrolada# Na primeira,
Vdi?se Kue os pensamentos va3ueiam e pareem n/o ter rela./o entre si,
omo aontee no son;oV na se3unda, eiste al3um Vpensamento interno
para 3overnar e diri3ir os outros Kue vm a se3uirV# E ainda, mesmo no
Vordenamento onusoV aparente da assoia./o livre, Hoes onsiderava o
urso do pensamento omo determinado# &ua psiolo3ia oi materialista,
meaniista e determinista em seu todo, na Kual mesmo as mais ausais
ima3ina.Jes do ;omem tm o seu lu3ar em uma orrente ordenada de
aonteimentos Kue onstituem o mundo da naturea#
N/o oi Hoes, entretanto, mas seu ontinuador, 2o;n )o]e, Kuem susitou
a Kuest/o espeLfa Kue deu impulso ao empirismo ritQnio# Do ponto de
vista da psiolo3ia, )o]e situa?se no ponto de partida de dois movimentos#
Um deles, uma série de investi3a.Jes rLtias eetuadas por Ber]ele, Hume
e ant, resultou na destrui./o da anti3a psiolo3ia raional, um sistema de
pensamento Kue, pretendendo um on;eimento da alma aseado na
intui./o e na dedu./o, sustentava Kue o seu on;eimento é demonstrOvel
omo
%8iolo3ias do &éulo 
9

Edna Heidlreder

asolutamente
maniestando?sevOlido, ( outro
em parte oi um movimento
na flosofa mais positivo,
do senso omum da esolao Kual,
esoesa,
e em parte nos ensinamentos dos assoiaionistas ritQnios, resultou em
uma psiolo3ia Kue, emora osse empLria por ser oposta P raional, n/o
;e3ou a se tornar eperimental#
A ori3em do prolema de )o]e é astante interessante# Durante um deate
om al3uns ami3os, oorreu?l;e Kue, omo n/o estivessem ;e3ando a um
aordo, sua primeira tarea seria desorir Kuais os assuntos Kue est/o P
sua altura, e Kuais os Kue est/o além de sua al.ada# &u3eriu, portanto, essa
Kuest/o e onordou em apresentar seu modo de pensar sore ela, na
prima reuni/o do 3rupo# Dessa orma, reuniu suas idéias sore o assunto

em orma resumida,
inteli3ente, o mantevemas este prolema,
oupado por vOriasapresentado assim
vees durante vintede orma
anos t/o
de sua
vida laoriosa# &ua resposta fnal oi dada no Essa onernin3 Human
Understandin,K, puliado em 5:6_, Kuando o autor tin;a 98 anos de idade#
( prolema de )o]e, é preiso notar, n/o era elusivament psiol3io#
'omo os flsoos 3re3os, estava interessado prinipalmente na validadE do
on;eimento n/o eaminava o proesso do on;eimento pelo seu valor
intrLnseo# Foi puramente oasional sua per3unta V'omo on;eemos^V# Em
essnia, a per3unta era V( Kue onordamos em aeitar omo
on;eimento verdadeiro^V# Em primeiro lu3ar, o empreendimento de )o]e
oi uma investi3a./o epistemol3ia, mas desviou a aten./o para os
prolemas psiol3ios#
=uando )o]e eaminou a onstitui./o do on;eimento, onveneu?se de
Kue todo on;eimento é derivado de uma Mnia onte, a eperinia# "as a
eperinia em si é de duas espéies0 uma provém da sensa./o, outra da
re\e/o em outras palavras, uma parte é proveniente dos oCetos sensLveis
do mundo eterior, e outra da perep./o das un.Jes de nossa prpria
mente# N/o eistem outras ontes de on;eimento# N/o eistem idéias
inatas# Um ponto em Kue )o]e insiste de modo espeial é o de Kue ns n/o
ome.amos a vida om uma reserva de aiomas ou verdades neessOrias#
Através de pO3inas e mais pO3inas, desenadeia uma 3uerra ontra a no./o
de Kue a mente esteCa provida de idéias independentes da eperinia#
Iniialmente a mente é Vum papel em rano, desprovida de atriutos, sem
nen;uma idéiaV# VNada eiste no inteleto Kue n/o ten;a passado antes
pelos
sentidosV0 esta rase é, Ps vees, onsiderada uma ormula./o da teoria do
on;eimento de )o]e# A sensa./o e a re\e/o nos d/o idéias simples, as
Kuais s/o o material om Kue é ormado todo o pensamento ;umano#
%ara )o]e, tudo isso era de interesse e importante, porKue mostrava as
apaidades e, prinipalmente, as limita.Jes da ompreens/o ;umana# Isso
l;e deu um ritério para provar a validade do on;eimento# &e pudéssemos
desorir a ori3em real de uma idéia, a eperinia, tal idéia seria aeitOvel
se n/o se
ilusria pudesse
? teria enontrar
entrado um undamento
urtivamente naaseada
e n/o seria eperinia, ela seria
em atos# A anOlise
do on;eimento de )o]e, entretanto, teve um si3nifado tanto
epistemol3io Kuanto psiol3io# Estaeleeu no pensamento da époa
uma onep./o atomLstia da mente ? uma onep./o da mente omo
sendo omposta de unidades ominadas de vOrios modos# %roporionou
um onCunto de idéias simples e um plano de or3ania./o mental Kue
mostrou ser neessOrio somente desorir omo as idéias simples s/o
reunidas, a fm de ompreendermos a mente ;umana e todas as suas
possiilidades# + este aspeto positivo do ensino de )o]e, sua esperan.a
de tornar a mente inteli3Lvel em un./o de unidades e suas omina.Jes,
Kue levou ao aperei.oamento da esola do assoiaionismo psiol3io#
%orém, os lados ne3ativo ou rLtio do pensamento de )o]e tamém
tiveram onseK[nias importantes# A eplia./o do on;eimento eita por
)o]e, omo sendo omposto de idéias simples, Cuntamente om sua
tentativa de desrever o on;eimento de um mundo real eterior, levou?o
a distin3uir entre Kualidades primOrias e seundOrias# As primOrias s/o
aKuelas tais omo o movimento, a etens/o, a orma, a solide e o nMmero,
Kue eistem no oCeto em si# As seundOrias s/o, por eemplo, as ores,
saores e sons, Kue dependem do aparel;o sensorial do or3anismo# Assim,
a solide realmente eiste no mundo eterior mas n/o a or porKue ela é
al3o para a Kual ns ontriuLmos, por serem os nossos r3/os dos sentidos
de um erto tipo#

"as, eiste al3uma dieren.a real entre as Kualidades primOrias e


seundOrias^ Esta per3unta oi eita por *eor3e Ber]ele, notOvel Covem
irlands, Kue se tornou mais tarde ispo de 'lone# Ber]ele ormulou esta
per3unta em 5<5_, no livro A -reatise onernin3 t;e %rinipies o Human
noSled3e# De inteiro aordo om )o]e, salientou Kue o nosso
on;eimento do mundo eterior nos ;e3a através
:
Edna Heidreder
dos sentidos# -udo o Kue saemos sore uma ma./, por eemplo, é aKuilo
Kue os nossos sentidos nos transmitem# &aemos Kue é vermel;a, doe e
aromOtia porKue temos sensa.Jes de vis/o, paladar e olato saemos Kue
é slida e possui volume, porKue temos sensa.Jes de tato ? porKue
sentimos sensa.Jes na pele e nos mMsulos Kuando oereem resistnia P
press/o, ou Kuando aemos movimentos dos mMsulos ao toO?la# Eiste,
ent/o, al3uma dieren.a entre o nosso on;eimento de solide e volume,
Kue s/o Kualidades primOrias, e as da vermel;id/o e do aroma, Kue s/o
seundOrias^ -odas s/o provenientes da sensa./o e de nen;uma outra
onte# ( prprio )o]e delarou0 VDando?se o aso de impedir o ol;o de ver
a lu ou as ores o ouvido de ouvir o som o paladar, de saorear e o nari,
de ;eirar provar?se?O Kue todas as ores, saores, odores e sons, em sua
orma de idéias individuais, desapareem e essamV# Ber]ele levou
simplesmente o raioLnio de )o]e um passo adiante# A solide, o volume e
todas as outras Kualidades primOrias s/o i3ualmente on;eidos somente
através da perep./o, e est/o eatamente no mesmo aso das Kualidades
seundOrias# A ma./ é, toda ela, sensa./o nada mais é sen/o sensa./o o
seu esse é peripi# A doutrina prinipal de Ber]ele é a de Kue ser onsiste
em ser pereido, e para estaeleer esta irunstQnia reorreu
diretamente P eperinia# 'onfante em Kue a a.an;a é impossLvel, pede
ao leitor para ima3inar KualKuer das Kualidades dos oCetos ? tanto
primOrias Kuanto seundOrias ? sem uma mente Kue as perea Retirai a
perep./o, di ele, e a Kualidade desaparee# Assim omo n/o pode eistir
vermel;o sem a perep./o do vermel;o, n/o pode ;aver solide sem a
perep./o da mesma# %ara tornar mais laro, n/o eiste sustQnia

material#
além 'on;eemos
delas somente
e se o tentarmos as Kualidades
e onluirmos Kuesensoriais
eiste umanuna vamos
sustQnia
imanente nelas, al3o Kue as mantém e Kue l;e é prprio, nada estaremos
aresentando# Estaremos aendo simplesmente uma delara./o vaia,
ompletamente 3ratuita e sem undamento e, em Mltima anOlise,
inoneLvel# )o]e, Kue se ape3ou ao senso omum, onservou um nMleo
de sustQnia material no mundo eterior Ber]ele, Kue aderiu a um
método de raioLnio l3io, deiou?o de lado#
(u talve nem isto, pois Ber]ele n/o i3norou a dieren.a entre os oCetos
pereidos e os ima3inados# (s primeiros, afrmou, s/o independentes de
nossa vontade eistem, Kuei psiolo3ia

io &éulo 
<
ramos ou n/o mais ainda, possuem uma ordem, uma oernia e frmea
Kue n/o l;es s/o impostas por ns# N/o est/o suCeitos aos nossos apri;os
possuem uma realidade ora de ns# "as esta realidade, insiste Ber]ele,
n/o pode ser orporal# A sua anOlise mostrou Kue a sustQnia material n/o
é real Kue a eistnia das oisas depende de serem pereidas Kue os
oCetos eternos n/o possuem um nMleo de sustQnia orporal Kue n/o
;O neessidade de tal nMleo e nem mesmo é ima3inOvel# Ainda mais, a
oeritividade, a independnia, a ordem e a estailidade dos oCetos s/o
atos Kue preisam ser levados em onta e Ber]ele eplia essas
Kualidades diendo Kue elas residem na mente pereptiva de Deus ? um
oneito Kue para ele estO livre da ontradi./o e da vauidade Kue enontra
na idéia de sustQnia material# Assim omo nossas idéias est/o para as
nossas mentes, a naturea toda estO para a mente divina# A eistnia das
oisas, fnalmente, onsiste na perep./o de Deus# %ara Ber]ele, este era o
ponto essenial de todo o seu tratado# Assim omo )o]e, ele estava
interessado em sua anOlise psiol3ia prinipalmente pelas suas
onseK[nias metaLsias# "as do ponto de vista da evolu./o ;istria, o
lado positivo de seu pensamento teve poua in\unia# Foi o lado rLtio e
destrutivo de sua flosofa Kue produiu ruto no pensamento suseK[ente#
E no entanto, apesar do ato de serem seus interesses prinipalmente
metaLsios, Ber]ele é o autor do Kue é provavelmente o primeiro tratado
elusivamente psiol3io ? podemos Kuase dier, da primeira mono3rafa
psiol3ia# &eu livro NeS -;eor o @ision, puliado um ano antes do
-reatise, enrenta um prolema psiol3io pelo seu valor intrLnseo, o de
mostrar omo Vpereemos pela vis/o a distQnia, a 3randea e a posi./o
dos oCetosV# Ber]ele tenta neste estudo mostrar omo pereemos a
distQnia ou tereira dimens/o, e assim o a n/o por ausa das implia.Jes
étias ou flosfas do prolema, mas simplesmente porKue o prolema
eiste# Ber]ele adverte Kue n/o podemos pereer a distQnia diretamente
porKue Va distQnia, sendo uma lin;a diri3ida de ponta para os ol;os, proCeta
somente um ponto no undo do ol;o# Este ponto permanee
invariavelmente o mesmo Kuer a distQnia seCa maior ou menorV# &ua
eplia./o é a de Kue ns pereemos a distQnia omo resultado da
eperinia de modo mais defnido, ertas impressJes visuais tornam?se
assoiadas om as sensa.Jes do tato e do movimento Kue se verifam
Kuando aemos os
8
Edna Heidreder psiolo3ias do &éulo 
6
aCustes oulares neessOrios para ol;ar oCetos primos ou distantes, ou
Kuando movemos nossos orpos ou partes deles ao nos aproimarmos ou
ao nos aastarmos dos oCetos vistos# Esta é provavelmente a primeira
aplia./o do prinLpio da assoia./o a um prolema elusivamente
psiol3io# -alve deva ser menionado de passa3em Kue Ber]ele pareia,
em um 3rau ora do omum, estar iente do papel desempen;ado pelas
sensa.Jes musulares e do tato nos proessos psiol3ios# %or al3um
motivo, as sensa.Jes Kue nos aem ientes de nossos prprios movimentos
orporais s/o mais ailmente omitidas do Kue s/o aKuelas provenientes da
vista e do ouvido, e ;amaram a aten./o um pouo tarde no
desenvolvimento da psiolo3ia# E, todavia, Ber]ele utiliou estas sensa.Jes
n/o somente para epliar a perep./o da distQnia, omo tamém para
mostrar Kue as Kualidades primOrias, assim omo as seundOrias, onsistem

em Mltima anOlise
sensa.Jes em serem
musulares sentidas
e tOteis aia, ou pereidas#
portanto, parte (dareon;eimento das
doutrina prinipal
de sua flosofa#
Ber]ele susitou ainda um outro prolema psiol3io dierente, o da
eistnia de idéias astratas# Neste aso, entretanto, o prolema oi
onsiderado devido a ter rela./o om a sua posi./o metaLsia# )o]e, Kue
;avia ondenado a no./o das idéias inatas, reon;eeu n/o ostante a
eistnia de idéias astratas# %orém, Ber]ele ne3ava a eistnia de
idéias astratas, e assim o e t/o aertamente devido P rela./o deste
assunto om a sua ale3a./o de Kue a idéia de sustQnia material Kuando
intimamente verifada torna?se inoneLvel# ( estudo de Ber]ele é
interessante do ponto de vista psiol3io, porKue identifa, de modo
evidente, a idéia om a ima3em# Uma ve Kue n/o pode ormar a idéia de
um ;omem a n/o ser Kue seCa um V;omem rano, preto ou amarelo, direito
ou urvo, alto, aio ou de estatura medianaV, CO Kue n/o pode aer uma
idéia do movimento Kue é dierente daKuele do orpo, e Kue n/o é rOpido
nem lento, retilLneo ou urvilLneo, onsidera a ren.a em idéias astratas
um VCo3o de palavrasV# Emora essa Kuest/o n/o ten;a sur3ido laramente
em seu estudo, a dieren.a entre Ber]ele e )o]e sore a possiilidade de
idéias astratas, inlui realmente a Kuest/o da possiilidade de pensamento
sem ima3ens# No undo f3uravam as per3untas0 podem nossas idéias ser
pias das oisas em Kue estamos pensando^ (u, em aso ontrOrio, devem
elas apresentar al3um onteMdo sensorial Kue as represente de erta

maneira^ %odem eis ti


pensamentos Kue n/o possuam nen;um onteMdo sensorial e Kue, n/o
ostante, ten;am uma un./o real omo pensarnento^ =uestJes omo
estas estavam implLitas na investi3a./o de Ber]ele porém s sur3iram
omo prolemas estritamente psiol3ios dois séulos mais tarde, Kuando
a ontrovérsia do pensamento sem ima3em deu?l;e a larea de enuniado
Kue um amiente eperimental possiilita#
Naturalmente, Ber]ele ;avia eito uma anOlise rLtia de )o]e muito além
do Kue este ;avia esperado, mas o fl?
4 soo esos David Hume oi ainda mais lon3e# Ber]ele ;avia tratado o
oneito de sustQnia
ou dos oCetos ora das material,
mentes Kuene3ando a eistnia
as pesKuisam ou daoCetiva
"ente#das
N/ooisas
;avia,
entretanto, duvidado da eistnia da mente em si, nem posto em dMvida o
prinLpio da ausalidade# Ao ontrOrio, tin;a admitido as duas oisas, dando
omo ausa das araterLstias Kue distin3uem as perep.Jes das ima3ens,
a mente divina Kue as peree# ( universo, na onep./o de Ber]ele,
possuLa ainda al3um apoio n/o era um simples aleidospio de idéias#
Hume pretendeu retirar este apoio, pondo em dMvida tanto a eistnia do
eu pensante omo o prinLpio da ausalidade#
A rLtia do eu eita por Hume é etremamente i3ual P de Ber]ele a
respeito da sustQnia material# =uando tenta eaminar o eu, di Hume,

nada enontra
ou somra sen/o
? nada Kueperep.Jes
orrespondaisoladas ? amor
ao eu Kue ou dio, desrevem
os flsoos praer ou dor,
omolu
uma sustQnia simples Kue persiste através de toda transorma./o# Na
idéia do eu, ele v uma adi./o sem ase e desneessOria aos atos
oservados, a mesma espéie de idéia sem undamento Kue Ber]ele
enontrou na sustQnia material#
De maneira idntia, Hume trata da ausalidade# A idéia de ausa, di ele,
ontém a idéia da one/o neessOria, porém Kuando ele proura li3O?la de
novo om as eperinias das Kuais ela possivelmente provém, nada
enontra Kue d idéia de neessidade, apenas onti3[idade e suess/o# A
eperinia n/o nos ornee nada além de uma seK[nia invariOvel dentro
do tempo tudo o Kue ns realmente vemos é Kue Kuando aontee A, B
vem em se3uida# A neessidade em Kue a idéia de ausalidade implia
nuna é enontrada na eperinia# A idéia de ausalidade, portanto, n/o
possui validade oCetiva# + produida na mente, e n/o desoerta no oCeto#
%ermanee o ato, entretanto, Kue temos uma ren.a arrai3ada na
ausalidade, ato Kue Hume nuna ne3a,
9_
Edna 55 dr der
e Kue tenta epliar# Nossa ren.a na ausalidade é onsiderada por ele
uma Kuest/o de ostume ou ;Oito, ou ainda uma assoia./o muito orte#

-udo o Kue mas


invariOvel, saemos é Kuea ertas
Kue, om seK[nias
repeti./o, se na
provoam verifam
mente do
umamodo
orte
disposi./o para li3ar os aonteimentos Kue as ompJem# &e A oi sempre
se3uido por B, o apareimento de A nos leva a esperar B# ( prinLpio da
ausalidade, portanto, é aseado num ;Oito, tendnia ou disposi./o em
ns eistentes0 n/o se 3arante Kue possua validade oCetiva#
Assim, pela rLtia de Hume, o mundo reduia?se a um a3re3ado de idéias,
sem sustQnia Kue as mantivesse, e sem nen;uma lei Kue as li3asse# A
rLtia de Ber]ele ;avia aastado a sustQnia material, porém ;avia
deiado um mundo de aonteimentos em ordenados, so a dependnia
de uma sustQnia espiritual# Apliando a mesma espéie de rLtia usada
pelo prprio Ber]ele, Hume dese tudo o Kue restara de ordem e de
sustQnia Kue aKuele ;avia deiado no mundo# &e3undo Hume, o mundo
era uma torrente de idéias, sem one/o, permannia, unidade ou sentido,
apenas presentes e passa3eiras# "esmo para o seu autor, ;avia al3o de 
or.ado e antinatural nesta onep./o# Nin3uém viu mel;or Kue Hume a
disrepQnia entre o etremo etiismo a Kue seu raioLnio o ;avia
onduido e as ei3nias da vida diOria mas n/o apresentou uma
ompensa./o l3ia para isso# V,-anto, Co3o uma partida de 3am/o,
onverso e divirto?me om meus ami3osV, omenta ele, Ve Kuando, aps
trs ou Kuatro ;oras de divers/o, retorno a essas inda3a.Jes, elas me
pareem t/o rias, or.adas e ridLulas, Kue n/o enontro mais disposi./o
para iniiO?las novamenteV#
( ontinuador de Hume no movimento rLtio oi Emanuel ant# %orém, ant
a;ou impossLvel aeitar om a eKuanimidade de Hume o resultado das
espeula.Jes destrutivas daKuele# N/o podia onordar om uma situa./o
na Kual as o3ita.Jes do estudo dos flsoos levavam a uma vis/o do
mundo dierente daKuela das ei3nias da vida diOria# Afnal de ontas,
insistia ant, o mundo omo ns o on;eemos é um mundo ordenado e
esta ordem, omo Hume ;avia laramente pereido, n/o podia ser
proveniente da eperinia# Nem podia ser ne3ada# Nesse aso, deveria
provir da prpria mente, a Kual, em lu3ar de re\etir a ordem de um mundo
eterior, impJe suas prprias leis sore a naturea# Esta é a tese Kue, em
5<85, ant apresentou em seu livro 'rLtia da Ra/o %ura, Kue e de seu
autor, até ent/o

%8iolo3ias io &éulo 


95
osuro proessor na Universidade de [ni3ser3, a f3ura prinipal no
mundo flosfo de sua époa#
A eperinia, de aordo om ant, é proveniente de duas ontes0 as oisas
omo elas s/o em si mesmas, e a mente# A eperinia é um produto, uma
ria./o das duas# Ela ome.a Kuando as oisas em si a3em sore os
sentidos, mas no momento em Kue isso aontee, um meanismo ompleo
é posto em movimento, o Kue torna para sempre impossLvel Kue
on;e.amos as oisas omo elas s/o, independente da nossa maneira de
on;eer# N/o somente é o onteMdo de nossa eperinia determinado
pelos nossos modos de sentir
? ato este Kue oi sufientemente reon;eido ? omo tamém a sua orma
e disposi./o, sua ordem e or3ania./o s/o determinadas pela mente Kue as
reee e as modela# Nada pode aer parte de nossa eperinia sem se
dispor de aordo om as leis de nossa naturea0  em primeiro lu3ar, de
aordo om as ormas de perep./o imediata ou intui./o, espa.o e tempo,
Kue s/o puramente suCetivas em se3undo, onorme uma ordem l3ia
imposta pelas ate3orias do entendimento, das Kuais a ausalidade é uma
delas e fnalmente, naKuele mundo unifado Kue se torna neessOrio pela
unidade l3ia do eu Kue pereetodosos onteMdos da eperinia# A
ordem e a oernia Kue vemos na naturea s/o as Kue impomos sore ela#
As oisas em si mesmas, portanto, nuna podem ser on;eidas omo
realmente s/o podem ser on;eidas somente omo apareem na
eperinia, determinadas pelas ormas de nosso pensamento# A naturea
n/o pode nuna ser desoerta a realidade, na orma em Kue eiste ora de
nossa eperinia, estO para sempre além de nosso alane# ( verdadeiro
on;eimento metaLsio é impossLvel apenas o on;eimento empLrio
pode ser adKuirido# N/o podemos Camais on;eer o mundo omo é em si
mesmo, omo eiste ora de nossos modos de on;eer# "as tamém n/o
podemos on;eer a alma Kue peree, de orma direta
? e este é o ponto partiularmente si3nifativo para a psiolo3ia ? porKue a
on;eemos n/o em si mesma, mas apenas omo ela aparee no tempo,
uma de nossas ormas de intui./o# + t/o impossLvel on;eer a alma omo
é on;eer o mundo# %ortanto, a psiolo3ia raional, Kue pretende ter um
on;eimento direto da alma, é t/o impossLvel Kuanto a metaLsia# Resta
somente uma psiolo3ia empLria, Kue n/o pode tentar responder KuestJes
fnais, mais do Kue uma in an reere?se a uma ordem l3ia e n/o
temporal#
9
Edna Heidreder
psiolo3ias do &éulo 
98
eia empLria poderO aer, no aso da naturea Lsia# Nem o mundo nem o
eu podem ser on;eidos pela mente ;umana em sua verdadeira naturea#
+ inMtil tentar oter uma resposta asoluta e fnal sore KualKuer um deles#
A psiolo3ia, assim omo a Lsia, é uma inia empLria, ou omo diria
ant, uma mera inia empLria#
( prprio ant esreveu, so o tLtulo de Antropolo3ia, o eKuivalente a uma
psiolo3ia empLria mas, em sua opini/o, a psiolo3ia n/o poderia nuna
atin3ir uma posi./o de destaKue mesmo omo inia empLria, porKue o

seu onteMdo
susetLvel n/otratada
de ser é redutLvel
om aa termos Kuantitativos
eatid/o e, portanto,
Kue arateria n/o é
uma verdadeira
inia# N/o oi omo psilo3o, entretanto, Kue ant in\uiu sore a
psiolo3ia# Foi omo flsoo rLtio Kue delarou serem sem undamento as
pretensJes da psiolo3ia raional# &ua importQnia para a psiolo3ia reside
no ato de ele permaneer no etremo de uma série de investi3a.Jes
rLtias na Kual, pelo eame de seu prprio instrumento, o inteleto
;umano, a flosofa tornou ada ve mais evidente Kue a psiolo3ia,
KualKuer Kue seCa, n/o é metaLsia# Desartes iniiou o movimento om seu
apelo da autoridade para a ra/o# Hoes, )o]e, Ber]ele e Hume,
eetuando suas anOlises através de etapas suessivas, ;e3aram a um
ponto onde n/o se podia dar nen;uma Custifativa asoluta para a
autoridade do inteleto# ant, ao mesmo tempo Kue afrmava o papel do
inteleto na eperinia, delarou Kue este era vOlido somente dentro do
ampo da eperinia, e Kue todo on;eimento Kue pretendesse
transender a mesma, ser asoluto e de ertea fnal, n/o tin;a
undamento# A psiolo3ia raional aia parte desse on;eimento sem
ase# N/o ;avia mais tanta esperan.a, seCa na psiolo3ia, seCa na Lsia,
para se oter um on;eimento erto e asoluto# A psiolo3ia, omo a
Lsia, somente podia eistir omo inia empLria#
Neste Lnterim, o interesse pelos aspetos psiol3ios da eperinia em si
n/o esperou por essa Custifa./o meta Lsia# Devemos lemrar Kue lado a
lado om a rLtia do on;eimento ;avia um outro movimento, de arOter
mais positivo, Kue tin;a sua ori3em na anOlise empLria do on;eimento,
Kue )o]e e seus ontinuadores utiliaram# Uma parte desse movimento
epressou?se na flosofa do senso omum da esola esoesa# ( seu ponto
de partida oi Hume, omo o ;avia sido de ant, mas os flsoos esoeses
trataram seus ilustres onterrQneos de modo muito mais drOstio do Kue o
dili3ente ant# (s resolutos realistas esoeses frmaram?se num mundo
slido Kue se reusava a ser anido por espeula.Jes sutis# Estas l;es
pareiam menos reais do Kue os oCetos dos sentidos e da vida diOria, e se a
anOlise raional deiava uma impress/o de oisas t/o laramente em
ontraste om a realidade omo ela aparee ao senso omum, a;avam Kue
isso era muito noivo P anOlise raional# -;omas Reid, proessor de flosofa
em Edimur3o e ontemporQneo de Hume, oi o undador dessa esola#
Baseava sua posi./o no VinstintoV e no Vsenso omumV# (s sentidos,
afrmava, nos aem imediatamente onsientes de um mundo eterior e
despertam em ns uma Vren.a inaalOvelV na eistnia dos oCetos
eternos# Emora seCa verdade n/o ser possLvel Custifar nossa ren.a, a
sua presen.a é indisutLvel, e ela prpria deve ser epliada, portanto, omo
devida a uma tendnia iniial e instintiva implantada na naturea ;umana#
Foi lemrado Kue as idéias de Hume e Reid n/o s/o, afnal, muito dierentes,
uma ve Kue amos sustentam Kue a ren.a n/o possui uma ase raional,
mas n/o ostante eiste# 'onta?se Kue Kuando este assunto oi su3erido ao
Dr# -;omas BroSn, um dos se3uidores de Reid, BroSn respondeu0 V&im, Reid
prolamou aos 3ritos Kue ns devemos rer num mundo eterior mas
aresentou em vo aia, n/o termos motivos para esta ren.a# Hume
alardeia Kue n/o temos motivo para tal idéia e, a meia vo, reon;ee Kue
n/o podemos nos livrar dela#V7
"as a dieren.a em nase teve enormes onseK[nias prOtias# A atitude
da esola do senso omum n/o s ;amou a aten./o para o mundo dos
atos empLrios, omo tamém Custifou o sentido daKuela aten./o# Ao
assim aer, adotou a posi./o Kue é, em essnia, a Kue a inia
ompartil;a om o senso omum ? ou seCa, aeitar omo erto, omo ponto
de partida, o mundo omo paree ser para a perep./o in3nua# A flosofa
do senso omum adotou o mesmo proesso para o aso da reli3i/o
revelada# Era, de ato, um dos oCetivos da esola esoesa protestar ontra
as implia.Jes do etiismo de Rume Kue pudessem minar a é reli3iosa#
Afrmar Kue a é e a ren.a s/o atitudes verdadeiras e neessOrias em
rela./o ao mundo eterior era dar um passo no sentido de Custifar essas
atitudes om respeito P reli3i/o# %ara a esola esoesa, reli3i/o era
sincnimo de alvinismo, e omo esta esola uniu?se, lo3o depois, ao
7 *# H# )eSes, -;e Bo3rap;iai Hstor o %;ilosop;, 95#
5
9
Edna Heidreder

assoiaionismo ritQnio, estaeleeu?se uma alian.a, de partiular


interesse para a psiolo3ia norte?ameriana# %ois uma psiolo3ia, Kue se
ominava ;armoniosamente om o alvinismo, era espeialmente
adaptada Ps neessidades das primeiras universidades norte?amerianas#
Foi, de ato, esta psiolo3ia ? assoiaionismo ritQnio meslado de senso
omum esos ? a mais ensinada nos primeiros e devotados tempos da
edua./o norte?ameriana, Kuando a psiolo3ia oi inluLda nos urrLulos
das universidades om o nome de flosofa da mente, Kuando a flosofa era,
por via de re3ra, ensinada pelo diretor da universidade, sendo muito
provOvel este ;aver sido treinado para o ministério rist/o numa das seitas
alvinistas# Era este tipo de psiolo3ia Kue predominava Kuando 2ames e
-it;ener apresentaram suas respetivas inova.Jes#
"as o assoiaionismo ritQnio provin;a, ainda mais diretamente Kue a
flosofa da esola esoesa, do modo de pensar Kue arateriou )o]e e
seus ontinuadores# + diLil dier o nome do undador do assoiaionismo ?
pode ter sido Hoes, )o]e, Ber]ele ou Hume ? porém n/o resta dMvida
Kue, na ora de Daniel Hartle, esta doutrina Osia oi ormulada om toda
a inte3ridade e larea Kue KualKuer esola poderia ei3ir# Hartle, omo
Reid, oi o ontemporQneo de Hume era médio, e talve em sua profss/o
adKuiriu o interesse, nem sempre enontrado em outros assoiaionistas,
pelos aspetos fsiol3ios do assunto# &e3undo Hartle, eistem dois tipos
de aonteimentos Kue devem ser onsiderados, os mentais e os Lsios#
Estas duas lasses n/o s/o idntias, mas se3uem paralelas uma P outra,
de maneira Kue uma mudan.a numa delas é se3uida por uma mudan.a na
outra# Do lado mental, eistem sensa.Jes e idéias do lado Lsio, eistem
vira.Jes e inravira.Jes# As primeiras s/o movimentos etremamente
peKuenos nas partLulas do sistema nervoso e as se3undas s/o ainda
menores e da mesma espéie, e oorrem somente no érero# EnKuanto as
sensa.Jes inluem a a./o tanto dos nervos Kuanto do érero, as idéias
ei3em a a./o apenas do érero# As vira.Jes, Kue s/o ativas na
sensa./o, d/o inLio Ps inravira.Jes, Kue s/o ativas na idea./o# Eiste
assim uma one/o direta entre a sensa./o e a idéia# A lei 3eral da
assoia./o onsiste em Kue as sensa.Jes Kue ten;am sido eperimentadas
Cuntas ter/o as idéias orrespondentes tendendo a oorrer em onCunto se
A esteve assoiada om B, ', e D na eperinia sensorial, A oorrendo
soin;a, tenderO a despertar as idéias de B, '
%siolo3ias do &éulo 
99
e D, Kue a aompan;am# A assoia./o pode ser suessiva ou simultQnea# A
primeira determina a seK[nia do pensamento dentro do tempo a
se3unda é responsOvel pela orma./o das idéias ompleas# Esses pouos
prinLpios ormam a ase do assoiaionismo# Naturalmente, os
assoiaionistas dierem entre si, em detal;es# Uns inlinam?se para uma
erta orma de assoia./o, outros para ormas dierentes al3uns

reon;eem a assoia./o
reoniliar a ren.a por semel;an.a,
na unidade outros,
do eu om uma n/o e al3uns
eplia./o tentam
de proessos
mentais derivados do atomismo lo]iano# "as apesar das modifa.Jes
introduidas por al3uns, a lin;a prinipal de desenvolvimento oi uma
tentativa para mostrar, Ps vees minuiosamente, Kue, partindo de idéias e
do prinLpio 3eral de assoia./o, é possLvel epliar todas as orma.Jes
mentais, seCa Kual or o seu 3rau de ompleidade#
'om -;omas BroSn, a esola esoesa e o assoiaionismo ritQnio
ominaram de modo defnitivo# BroSn, Kue ;avia sido aluno de Du3ald
&teSart, suessor de Reid em Edimur3o, oi tamém proessor de flosofa
nessa idade# &e3uindo a esola esoesa, Kue aeitava os eus do mesmo
modo omo aeitava o mundo eterior, BroSn admitiu uma psiolo3ia Kue
real.ava a unidade da mente# Areditava, ao mesmo tempo, Kue a anOlise
oereida pelos empiristas ritQnios ontriuLa muito para o on;eimento
das ormas peuliares em Kue a mente uniona# + on;eido em psiolo3ia
prinipalmente por sua tentativa de estaeleer a& ondi.Jes espeLfas
so as Kuais a3e o prinLpio 3eral de assoia./o# As leis de reentiidade,
reK[nia e intensidade ? esse trio muito usado ? f3uram entre elas#
Depois de BroSn, a prinipal série de suessores vai de &ir William Hamilton
aos "ills, &pener e Bain, Kue representam o assoiaionismo em seu
apo3eu# &ir William Hamilton, ;omem notavelmente apa, oi iniialmente
um flsoo e um l3io# + mais on;eido em psiolo3ia por sua defni./o
de Vreinte3ra./o totalV, ou seCa, a tendnia Kue uma idéia possui de
restaeleer na mente todas as oisas Kue a ela est/o li3adas na
eperinia iniial# 2ames "uI é al3umas vees menionado omo o
assoiaionista par eellene, porKue em seus esritos os prinLpios
assoiaionistas oram apliados em toda a sua inteirea e om tal minMia
Kue suas limita.Jes se tornam evidentes a par de suas possiilidades# "ill
era inati3Ovel em seu esor.o para mostrar Kue os proessos assoiativos
s/o adeKuados para as mais
f:
Ednt Heidreder %8i'(l(3W& do &éulo 
9<
altas ompleidades da vida mental# &uas oserva.Jes a respeito da idéia
do V-odoV s/o muitas vees itadas omo eemplo de até onde deseCava
levar seu prinLpio#
V-iColo é uma idéia ompleaV, esreveu ele, Vreoo é outra essas idéias,
Cunto om as de posi./o e Kuantidade, ormam min;a idéia de parede#
"in;a idéia de uma tOua é omplea, a de vi3a é omplea, a de pre3o
tamém o é# Essas, unidas om as mesmas idéias de posi./o e Kuantidade,
ompJem min;a idéia omposta de assoal;o# De maneira Idntia, min;as
idéias ompleas de vidro, madeira e outras ormam min;a idéia omposta
de Canela e essas idéias ompostas, todas Cuntas, ormam min;a idéia de
uma asa, Kue é ormada de vOrias idéias ompostas# =uantas idéias
ompleas ou ompostas est/o Cuntas na idéia de moilia^ E Kuantas mais
na de meradoria^ E ainda mais na idéia do -odo ^V
2o;n &tuart "ill, fl;o de 2ames "ili, a;ou diLil epliar as idéias ompleas
em termos de idéias mais simples Vtodas CuntasV mesmo se osse admitido,
omo seu pai admitira, Kue os elementos n/o retm sua distin./o, ( fl;o,
entretanto, ontinuou assoiaionista, pelo menos de nome, e sorepuCou
sua difuldade por meio do oneito de VKuLmia mentalV# As idéias
ompleas, diia, nem sempre s/o destinadas P omposi./o pode?se dier
Kue resultam de idéias simples ou s/o 3eradas por elas, mas n/o ormadas
por elas, assim omo nos ompostos KuLmios aparee al3uma oisa no
omposto Kue an/o
orma em Kue estO presente
sensa./o nos n/o
do rano elementos tomados
é omposta# das em
seteseparado#
ores do Da
prisma, mas é 3erada por elas, assim uma idéia omplea pode ser 3erada,
e n/o omposta, de idéias simples# Nos dois "iils, tamém, os prinLpios do
utilitarismo de Bent;am oram ominados om as doutrinas do
assoiaionismo, dando omo resultado Kue o assoiaionismo traia, em si,
um oneito de motiva./o Kue eplia a onduta ;umana na ondi./o um
tanto super?raional de Ve3oLsmo eslareidoV, uma ren.a de Kue os atos
;umanos podem ser epliados em un./o da usa do praer e da u3a da
dor#
Herert &pener, atore anos mais Covem do Kue 2o;n &tuart "ill, é

importante
de para o assoiaionismo
vista da evolu./o prinipalmente
em seu pensamento porKue
psiol3io# adotou
&pener, o ponto
Kue
areditava na ;eran.a dos arateres adKuiridos, sustentava Kue os tra.os
ompleos evoluem na ra.a da mesma orma Kue as idéias ompleas se
desenvolvem nos indivLduos a partir das idéias sim?
 2ames "iii, Gnalais o, t;e %\enomena o t;e Human "md, 5, 559#
pies ? Kue os instintos, por eemplo, s/o ormados a partir dos re\eos#
Aleander Bain, ontemporQneo de &pener, é mais on;eido pelos seus
dois livros -;e &ense8 and t;e Intellet e -;e Emotions and t;e Will# &ua
importQnia reside n/o tanto por KualKuer ontriui./o defnida, nem
devido a uma doutrina ou teoria partiular, Kuanto pelo ato de seus dois
livros onstituLrem uma eplia./o sistemOtia e didOtia do
assoiaionismo lOssio em seu apo3eu# Estes livros, puliados lo3o aps
a primeira metade do séulo I, assinalam o ponto ulminante do
assoiaionismo ritQnio e, portanto, podem ser onsiderados omo
maros da ;istria da psiolo3ia#
De erto modo, o assoiaionismo oi a primeira VesolaV de psiolo3ia# &eus
adeptos ormavam um 3rupo de ;omens Kue traal;ava so a mesma
orienta./o e Kue enarava os maiores prolemas da psiolo3ia Kuase da
mesma orma# N/o onordavam em todos os pontos ? na rela./o entre a
idéia e a sensa./o, por eemplo, e em pontos tais omo se a assoia./o por
semel;an.a deveria ser reon;eida Cunto om a assoia./o por
onti3[idade ? porém estavam todos oupados om os mesmos tipos de
KuestJes e seu pensamento apresentava um desenvolvimento ontLnuo# E
de modo em defnido, os assoiaionistas estavam esrevendo psiolo3ia
em lu3ar de flosofa# Eaminavam os prolemas na orma atual das
inias naturais, usando o seu oCeto na eperinia real, nas orma.Jes
de pensamento Kue podiam ser oservadas# Em suas m/os, a mente perdia
muito de sua aura de mistério e inaliilidade, e a psiolo3ia torna?se
evidente, despretensiosa e empLria# A prinipal tarea da esola era a
mesma Kue em toda parte a inia realia ? a tentativa de desorir as leis
naturais nun mundo de atos naturais e oservOveis#
Até a3ora pouo alamos sore os flsoos da Europa ontinental# &omente
Desartes e ant
li3a.Jes om oram menionados,
o pensamento e oramda
rLtio e empLrio inluLdos devido Ps
*r/?Bretan;a# suasmais
Ainda
do Kue os seus ontemporQneos ritQnios, os flsoos do 'ontinente
estavam s oasionalmente interessados em psiolo3ia# N/o ;avia,
ertamente no 'ontinente, uma lin;a ontLnua de investi3a./o psiol3ia
Kue persistisse, omo no aso do assoiaionismo e empirismo ritQnios,
através das personalidades e dos prolemas mutOveis# No entanto, muitas
das onep.Jes dos flsoos ontinentais, emora se tivessem
desenvolvido em tentativas de resolver prolemas Kue n/o eram
98
96
Et)na Heidreder
em si psiol3ios, in\ueniaram a psiolo3ia de modo defnitivo#
Uma dessas onep.Jes é o paralelismo de Espinosa, ontemporQneo de
Desartes e, omo este, o autor de um dos 3randes sistemas raionalistas
do séulo @II# Em al3uns dos seus esritos, Espinosa tratou de prolemas
espeifa? mente psiol3ios mas, de orma astante estran;a, é somente
através de sua doutrina metaLsia do paralelismo Kue ele a parte da
psiolo3ia na atualidade# E mesmo essa doutrina tem sido usada em
psiolo3ia de uma orma Kue n/o paree representar o pensamento de seu
autor# %ois o paralelismo de Espinosa aia parte de sua onep./o da
realidade, omo uma unidade Kue tudo inluLa e Kue, emora tendo um
nMmero infnito de Kualidades, é uma s em si e se apresenta P perep./o
;umana somente através de dois de seus atrLutos, matéria e mente#
Basiamente, Espinosa oi um monista a ren.a na unidade do mundo e
Kue se situa na ase de sua flosofa era al3o para a Kual sentia tanto uma
neessidade emoional Kuanto inteletual# "as, em psiolo3ia, o oneito
de paralelismo, etraLdo do onteto Kue deu seu si3nifado ao seu autor,
oi usado por al3umas esolas omo um meio adeKuado para tratar do
prolema mente?orpo# &eu mérito, assim omo tal método, reside no ato
de permitir a um pesKuisador levar em onta tanto os aonteimentos

Lsios Kuanto
envolver?se naos mentais edeoservar
metaLsia sua rela./o
sua rela./o Mltima# (deparalelismo
modo empLrio sem
de Espinosa
oi onsiderado realmente Mtil em psiolo3ia, eatamente porKue pode ser
tomado em separado de seu onteto e usado sem se onsiderar as suas
implia.Jes metaLsCas# ( mental e o Lsio podem ser enarados omo
duas orrentes de aonteimentos, nen;uma a3indo omo ausa da outra,
mas Cuntamente onstituindo um sistema, no Kual a varia./o de uma é
normalmente aompan;ada de uma varia./o da outra# Esta onep./o
torna possLvel preservar o dualismo da mente e matéria e ainda evitar as
difuldades da intera./o das duas# Um modo de pensar um tanto pareido
enontra?se no oasionalismo de "aleran;e e na ;armonia
preestaeleida de )eini, representando amos, omo Espinosa, o
raionalismo do séulo @II#
)eini, realmente, omo Desartes e Espinosa, estaeleeu o Mltimo dos
trs 3randes sistemas raionalistas do séulo# &ua onep./o de realidade
era a de um Vuniverso pulveriadoV, omposto de um nMmero infnito de
entros de
or.a imateriais, sem dimens/o, ;amados mcnadas# &eu ;Oito mental de
VpulveriarV estO tamém presente em suas ontriui.Jes Ps inias
espeiais no Olulo infnitesimal, do Kual oi um dos inventores, e nas
petites pereptions Kue est/o inluLdas em uma de suas ontriui.Jes P
psiolo3ia# Esta doutrina das petites pereptions é virtualmente a doutrina
do inonsiente, e da ontinuidade do inonsiente om o onsiente# Da
mesma orma em Kue o mundo visLvel pode ser reduido a mcnadas
invisLveis, assim tamém nossa onsinia lara retorna P onsinia
osura ou mesmo a estados mentais inonsientes# )eini utiliou o
ramido do mar para eemplifar o si3nifado disto# + um ato ine3Ovel
Kue ouvimos este som todavia, os VpeKuenos sonsV dos Kuais ele deve ser
omposto ? aKueles produidos pelas ondas isoladas Kue onstituem o mar ?
n/o seriam ouvidos se ada um deles oorresse soin;o# N/o ostante,
devemos ser um pouo aetados pelas ondas isoladamente, porKue Vdo
ontrOrio n/o terLamos a perep./o de entenas de mil;ares de ondas, pois
uma entena de mil;ar de nadas n/o pode produir al3uma oisaV# -alve a
moderna psiolo3ia devesse preerir, em seu todo, epliar este encmeno
em un./o da soma total dos estLmulos, do Kue em un./o da soma total
das perep.Jes inonsientes# "as o ponto si3nifativo é Kue em )eini ;O
um reon;eimento defnido dos proessos mentais inonsientes, uma
re3i/o da psiolo3ia Kue, é esusado dier, tem provoado o mais vivo
interesse na psiolo3ia atual# As doutrinas dos psianalistas, por mais Kue
possam dierir em orma e arOter das inda3a.Jes de )eini, n/o ostante
possuem al3o em omum om os raioLnios eatos e as perep.Jes
penetrantes de um dos undadores do Olulo#
)eini estava por demais interessado no prolema das idéias inatas# )o]e,
deve ser lemrado, ne3ava a eistnia delas, mas aseava seu ar3umento
na ;iptese de Kue tais idéias eram tanto presentes Kuanto ausentes,
ompletamente ormadas ou ineistentes# )o]e levou muito em onta o
ato de os aiomas Osios n/o se enontrarem nas mentes das rian.as,
dos selva3ens e dos n/o instruLdos, e s apareerem Kuando o indivLduo
vive as eperinias Kue s/o apaes de produi?los# %ara )eini, tudo isso
podia ser verdade, e todavia o oneito da mente omo um Vpapel em
ranoV ou Vtaula rasaV n/o poderia ser a Mnia eplia./o possLvel#
&u3eriu o VmOrmore om nervurasV omo uma alternativa# Assim omo um
loo de mOrmore pode ser mar?
%siolg3ias do &éulo 
:_
%8Soho3ias do &doulo 
:5
Edna Heidreder
ado om nervuras a fm de tornO?lo mais adeKuado para a estOtua de
Hérules do Kue para KualKuer outra, tamém o ser ;umano pode naser
om idéias n/o ompletamente ormadas, mas om tendnias e
predisposi.Jes Kue tornam o desenvolvimento de ertas idéias altamente
provOvel e adeKuado P sua naturea# Esta onep./o n/o diere daKuela dos
instintos livremente or3aniados, Kue é aeita por um erto nMmero de
psilo3os ;oCe em dia ? isto é, Kue ertos tipos de omportamento s/o

inatos,
om n/o no sentido
a re3ularidade de sur3irem
meQnia ompletamente
de uma ormados,
adeia de re\eos, mas pereitos,
no de e
eistirem omo tendnias P rea./o, uCos detal;es s/o adKuiridos por um
proesso de aprendia3em por ensaio e erro, em resposta Ps araterLstias
de situa.Jes reais# De aordo om este modo de pensar, os tipos de a./o
on;eidos omo instintos s/o produidos por dois onCuntos de atores, os
Kue aem parte da onstitui./o inata e aKueles proporionados pelo meio
amiente#
No séulo @III, persistia o raionalismo do séulo anterior, n/o omo uma
tendnia para ormar sistemas e;ados omo os de Espinosa e )eini,
mas no ormalismo, lassiismo e no praer da onstru./o l3ia Kue
arateriou o pensamento desse perLodo# Na Fran.a, as duas prinipais
orrentes de pensamento psiol3io oram tentativas para levar as teorias
eistentes até suas onlusJes l3ias# Uma delas oi a representada por
)amettrie e 'aanis# Desartes, omo vimos, epliava os animais omo
sendo autcmatos e utiliou os prinLpios meaniistas de orma astante
etensa para epliar o omportamento ;umano# Em 5<8, )amettrie em
seu livro )Homme "a;ine tomou a deis/o Kue Desartes n/o Kueria
tomar e afrmou Kue todas as a.Jes dos seres ;umanos podem ser
epliadas meaniamente# 'inK[enta anos mais tarde, o médio 'aanis
reafrmou e desenvolveu a mesma opini/o# Delarou Kue a mente é
simplesmente uma un./o do orpo, mais propriamente do érero, e Kue
as a.Jes ;umanas, inlusive as mais ompliadas un.Jes do inteleto e as
mais avan.adas epressJes de sua naturea moral, n/o s/o nada mais do
Kue as onseK[nias inevitOveis de uma lei natural a3indo em seu orpo
Lsio# ( materialismo e o meaniismo eram aeitos de om 3rado omo
onstituindo uma eplia./o inteiramente adeKuada da onduta ;umana#
Da mesma orma, 'ondilla, aade de "ureau, esrevendo na metade do
séulo, levou a teoria do on;eimento
de )o]e ao etremo de um ompleto sensaionismo# )o]e ;avia
reon;eido duas ontes de on;eimento0 a sensa./o e a re\e/o#
'ondilla reduiu todo o on;eimento a uma Mnia onte0 a sensa./o#
Apresentando sua teoria, ima3inou uma estOtua, ormada por dentro omo
um ser ;umano, porém oerta om uma amada de mOrmore# Em primeiro
lu3ar,
estOtuaremoveu o mOrmore
tem a3ora do nari
uma sensa./o de eolato
oloou uma rosa da
a ra3rQnia P sua
rosarente# A
representa
sua onsinia total# A rosa é retirada e a sensa./o torna?se memria#
(utros oCetos s/o oloados em rente P estOtua ? uma violeta, um Casmim
e uma assa?étida# (s seus odores araterLstios s/o desta ve omparados
om a ima3em ? memria da rosa e om as ima3ens ? memria de ada
uma das outras, resultando Kue al3umas s/o pereidas omo a3radOveis e
outras desa3radOveis# Dessa orma sur3e o deseCo por al3umas e avers/o
por outras, e as paiJes e a vontade apareem omo onseK[nia da
ompara./o entre as sensa.Jes a3radOveis e desa3radOveis# De maneira
idntia s/o produidas todas as un.Jes do inteleto da ompara./o das
sensa.Jes sur3em a re\e/o, o CuLo, a astra./o, a 3eneralia./o e o
raioLnio# =uando permitimos outras sensa.Jes para a estOtua
? as de paladar, audi./o, vis/o e tato ? a sua vida psLKuia torna?se
muitLssimo mais omplea# ( sentido do tato tem importQnia espeial, uma
ve Kue proporiona o ponto de partida para a idéia de um orpo, e
portanto, do mundo eterior# %orém, tudo o Kue aontee na mente e todas
as idéias por ela produidas s/o derivados da sensa./o# ( onteMdo inte3ral
da mente, inlusive suas opera.Jes, nada mais é do Kue sensa./o Kue se
transorma de vOrias maneiras# A tese de 'ondilla é a Mltima palavra em
sensaionismo, e tamém em empirismo, onsiderando este termo omo
indiativo de uma teoria do on;eimento Kue se orma e se desenvolve
através da eperinia# "as, é importante oservar Kue o sistema de
'ondilla n/o é empLrio no sentido de oposto ao raional# + sempre até o
fm uma onstru./o l3ia e n/o uma desri./o de atos oservados# -alve
deva?
?se notar tamém Kue 'ondilla n/o era materialista# %artindo de sua
onvi./o de Kue todos os atos mentais s/o apenas sensa./o
transormada, poderia ter areditado ailmente, om os materialistas
raneses de sua époa, Kue a sensa./o é produida pelo unionamento
dos r3/os dos sentidos e do érero# "as o aade de "ureau n/o e isto#
De modo laro e defnido, supcs uma alma Kue, emora dis
:

Edna Heidreder
:7
tinta do orpo, era, no Kue di respeito P psiolo3ia, nada mais do Kue a
simples apaidade para sentir# Entretanto, este ponto n/o é importante em
seus ensinamentos# 'ondilla é lemrado prinipalmente por afrmar Kue a
sensa./o isolada é sufiente para epliar as mais ompleas un.Jes da
mente ;umana#
No mesmo séulo, 2ean 2aKues Rousseau e pesKuisas em um setor do
pensamento psiol3io totalmente diverso# A notOvel ontriui./o de
Rousseau para a psiolo3ia oi sua insistnia no papel desempen;ado pelo
sentimento e pela
tendnia para seremo./o na orma./o
inteletualista# -anto;umana# A psiolo3ia
os empiristas Kuantoteve
os sempre a
raionalistas ;aviam analisado o ser ;umano omo sendo uma riatura, uCa
atividade primordial seria o saer, o pensamento e a desoerta da
verdade# "as, era evidente para Rousseau Kue a naturea real do ;omem
era a emoional# A idéia de Kue o ;omem é essenialmente um ser
possuidor de idéias e ra/o, Rousseau onsiderava n/o somente alsa, omo
ainda uma alsidade unida a todos os males da ivilia./o, pois ele
areditava no Vselva3em noreV e no Vretorno P natureaV, e enarava a
ivilia./o omo sincnimo de esravid/o# A seu ver, as onven.Jes e as
restri.Jes da soiedade eram preCudiiais P parte mais Lntima do ;omem e
por seu prprio arOter ausivo aos ol;os de seus ontemporQneos
? e Kue se epressou em palavras e atos ? Rousseau permaneeu em rano
protesto ontra o ormalismo e a artifialidade de sua époa# Entretanto, a
sua in\unia na psiolo3ia n/o é Oil de estaeleer, pois oi
prinipalmente omo terio polLtio e omo individualista sem peias Kue
impressionou o mundo# 'ertamente ele n/o se enKuadra em nen;uma das
orrentes de desenvolvimento em defnidas Kue onduiram P inia
psiol3ia# %orém o ;omem Kue lan.ou as sementes da revolta na Fran.a
do séulo @III, e Kue protestou ontra o rio inteletualismo da flosofa,
em omo ontra o onvenionalismo artifial na soiedade ;umana,
tornou impossLvel para a psiolo3ia, mesmo a aadmia, ne3li3eniar
ompletamente o lado emoional da naturea ;umana# A emo./o ;avia
permaneido por muito tempo omo um ampo i3norado e pouo eplorado,
e a psiolo3ia fara por muitos anos aentuadamente inteletualista# A3ora,
no entanto, o ampo das emo.Jes tin;a sido ranamente indiado e
reon;eida sua enorme importQnia#
%orém as orrentes Kue estavam impelindo a psiolo3ia em dire./o ao
empirismo e ao naturalismo n/o deiavam de
ter onorrentes# Eram, na realidad, rea.Jes ontra o pensamento
ofialmente aeito# Na Aleman;a, por eemplo, ;avia ';ristian Wolb,
prottipo do raionalismo, ormalismo e do3matismo, uCa esola de
pensamento \oreseu durante a primeira metade do séulo @III# Wolb é
importante para a psiolo3ia moderna, mormente em ra/o de seus
ensinamentos eemplifarem t/o laramente dois ;Oitos do pensamento
Kue tin;am de ser etirpados se a psiolo3ia Kuisesse se tornar uma
inia# ( primeiro é a afrma./o de Kue a psiolo3ia raional prourou o
amin;o para a verdade e a realidade de urna orma inaessLvel P inia
natural e Kue a verdade asoluta e demonstrOvel a respeito da alma é
onse3uida pelo eerLio da ra/o pura# Esta é a ren.a Kue, omo CO oi
oservado, ant ataou do ponto de vista da flosofa rLtia# ( se3undo
;Oito é a onep./o da psiolo3ia das auldades, a Kual afrma Kue a
alma é dotada de um erto nMmero de poderes ? o raioLnio, a memria e o
CuLo, por eemplo ? e Kue eplia as realia.Jes tLpias da mente em un./o
do eerLio dessas auldades# -em ;avido Kueias ontra a psiolo3ia das
auldades por parte de vOrios setores# ( empirismo ritQnio, em sua
totalidade, opun;a?se oviamente a esta onep./o, e prinipalmente )o]e
oi ontra a mesma# %orém a psiolo3ia das auldades da Aleman;a no
séulo @III, omo era representada por Wolb, enontrou o seu maior e mais
direto adversOrio na psiolo3ia ;erartiana Kue a destronou# %ois 2o;ann
Friedri; Herart despertou o interesse alem/o om um modo de pensar
Kue se opun;a defnitivamente e dispensava as auldades ou poderes da
alma# A psiolo3ia de Herart tratava om idéias ou @orstellun3en, unidades
mentais um tanto semel;antes Ps idéias simples usadas pelos
assoiaionistas ritQnios e tamém pareidas om as mQnadas de )eini#
Herart oi o suessor de ant em ini3ser3, e omo o pensamento deste é
um desenvolvimento do lado rLtio da flosofa empLria ritQnia, assim
tamém as teorias de Herart pareem?se om o lado mais positivo do
mesmo movimento# 'omo os assoiaionistas ritQnios, Herart
empreendeu a tarea de epliar os mais ompleos encmenos mentais em
un./o de idéias simples# Estava impressionado pelo pensamento de Kue
ada idéia possui um erto 3rau de or.a, e salientou o encmeno da
inii./o, assim omo o de assoia./o# Epliou al3uns atos mentais em
un./o de idéias Kue ormam ompostos ou misturas, porém e da mi?
%sSoho3as do &éulo 
: Edna Heidreder
i./o, em ve da assoia./o, a tcnia de seu sistema# -oda idéia, de aordo
om Herart, possui a tendnia de se onservar e aastar as outras om as
Kuais seCa inompatLvel e variam em poder# =uando uma idéia enontra
outra mais orte ou um 3rupo de idéias om as Kuais é inompatLvel, é
lan.ada aaio do limiar da onsinia# A idéia n/o é destruLda, entretanto,
mas persiste, emora no momento seCa inonsiente# AKuela Kue seCa em si
mesma raa pode adentrar a onsinia e aL se onservar no aso das
outras aima do limiar da onsinia serem afns# As idéias, CO de posse do
ampo da onsinia, 3eralmente repelem aKuelas om as Kuais n/o
ten;am afnidade porém as idéias n/o iniidas, se3uindo a tendnia 3eral
de suir P tona da onsinia, s/o assimiladas pelas Kue esteCam na
onsinia naKuela oasi/o# Herart ;ama este proesso de aperep./o, e

o 3rupo no Kual
aperep./o# a idéia
A vida Kueé;e3a
mental assiméprinipalmente
introduida é on;eido omoidéias,
uma luta entre massa de
todas ativas, esor.ando?
?se para onse3uir e onservar um lu3ar na onsinia, e ada uma
repelLndo todas as outras om as Kuais n/o seCa ompatLvel#
Esta onep./o permitiu a Herart pensar nos encmenos mentais em
un./o da meQnia mental, e tamém em termos Kuantitativos# As idéias
variam tanto em tempo de dura./o Kuanto em or.a ou intensidade
portanto, o material psiol3io apresenta duas variOveis mensurOveis
independentes# Apliando este prinLpio, Herart esreveu rmulas
matemOtias para eprimir as leis da mente# Areditava, entretanto, Kue a
psiolo3ia Camais se tornaria eperimental# + importante oservar este ato
omo indiativo da maneira astante 3radual pela Kual evoluiu o oneito
de psiolo3ia omo inia# ant, na se3unda metade do séulo @III,
emora onsiderasse a psiolo3ia uma inia empLria, era de opini/o Kue
ela nuna se tornaria Kuantitativa# Herart, na primeira metade do séulo
I, areditava Kue emora a psiolo3ia pudesse se tornar Kuantitativa
nuna seria eperimental# E, ontudo, oi parialmente através da
onep./o da psiolo3ia Kuantitativa de Herart Kue a mesma se
desenvolveu omo inia eperimental durante o meCo séulo aps sua
morte#
Herart estava tamém interessado em edua./o e o interesse
3eneraliado em apliar a sua teoria na ténia do
9 %rinipalmente pela intlunla de Fe;ner, Kue serO estudado no primo
apitulo#
 %siolo3ias do &éulo 
ensino representa um importante passo no sentido de reon;eer a
psiolo3ia omo inia tendo al3o para servir aos aaeres prOtios da vida
diOria# Durante al3um tempo os proessores em toda parte travaram
on;eimento om as amosas ino etapas da ténia ;erartiana, método
destinado a onstruir na mente do aluno uma massa de aperep? ./o
apropriada P reep./o do novo material a ser apresentado# Desde a époa
de Herart, a edua./o e a psiolo3ia tm estado intimamente
relaionadas, e mesmo ;oCe em dia a edua./o é provavelmente o ramo
mais etenso da psiolo3ia apliada#
+ importante oservar tamém Kue a psiolo3ia de Herart ei3ia o
reon;eimento dos proessos inonsientes ativos# &ua onep./o das
idéias omo sendo ativas, e persistindo aaio do limiar da onsinia
Kuando iniidas e esor.ando?se ontinuamente para onse3uir ompleta
epress/o, lutando om outras idéias, é notavelmente idntia Ps teorias do
inonsiente admitidas pelos psianalistas#
Um dos disLpulos de Herart em psiolo3ia, W# F# @ol]mann, esreveu um
livro didOtio Kue possui om a psiolo3ia ;erartiana Kuase a mesma
rela./o Kue eiste entre os dois livros de Bain e o assoiaionismo ritQnio#
Assinala o ponto ulminante e aprjsenta as prinipais ontriui.Jes de uma
lin;a de pensamento araterLstia# Até Kue a psiolo3ia eperimental osse
em estaeleida, o )e;ru; de @ol]mann oi amplamente usado omo
livro didOtio na Aleman;a# A data de sua pulia./o é 589:, um ano aps o
apareimento do livro -;e &enses and t;e Intellet e Kuatro anos antes da
pulia./o do livro -;e Emotions and t;e Will# + interessante Kue, por volta
da metade do séulo, a Aleman;a e a *r/?Bretan;a produiram ada uma
em separado um tratado apresentando a psiolo3ia pré?eperimental em
sua orma mais avan.ada# + onveniente, portanto, onsiderar esses livros
omo assinalando o fm de um perLodo na ;istria da psiolo3ia# William
2ames, ao omentar a psiolo3ia deste perLodo ? ainda n/o toada pelo
método eperimental desreveu a ora de Bain om palavras Kue podem
ser tamém apliadas P de @ol]mann, omo sendo o ultimo maro da
Cuventude de nossa inia, ainda n/o ténia e 3eralmente inteletual,
omo a KuLmia de )avoisier, u a anatomia, antes da inven./o do
mirospioV#
a metade do séulo I, a lon3a era da psiolo3ia pre?$entLfa ;e3ara ao
fm# %orém, no deurso desse pe rLodo tin;a avan.ado muito# 'ome.ando
om espeula.Jes
:9
:<
::
Edna He0dreder
aidentais li3adas aos prolemas prOtios da ;umanidade e das soiedades
e P usa da verdade fnal, sur3iu omo um orpo de on;eimentos
estudados pelo seu valor intrLnseo e eistindo por sua prpria onta# Entre
os 3re3os, antes da psiolo3ia eistir omo uma disiplina isolada, a
osmolo3ia e a epistemolo3ia, a étia, a teoria polLtia e as atividades
prOtias ;aviam todas enrentado KuestJes sore a naturea ;umana# Nessa
oasi/o, entretanto, estas KuestJes n/o oram oCeto de um interesse
psiol3io real# N/o oram estudadas pelo seu valor intrLnseo, mas pela
lu Kue lan.avam sore outros prolemas oram estudadas porKue aiam
parte de tentativas para ompreender o universo ou planeCar a maneira
raional de viver# Além disso, oram soluionadas menos na ase da
oserva./o do Kue da espeula./o, e as oserva.Jes sistemOtias Kue
delas se ori3inaram eram 3erais e astratas# "as, por essa mesma ra/o, as
primeiras oserva.Jes permaneem nos eso.os defnidos dos oneitos
raionais, ainda n/o maulados pela minMia dos atos Kue oram
posteriormente revelados pela oserva./o uidadosa e Kue, mais do Kue
nuna, n/o se oadunam om o modelo oneitual# Em onseK[nia,
muitos dos prolemas tratados pelos 3re3os ? de sustQnia e proesso, das

partes
ausas eprimas
do todo, edaremotas,
mente eda
daaorda3em
matéria, domatemOtia
indivLduo e para
da soiedade,
o das
entendimento, e o prolema 3eral do on;eimento ? oram estaeleidos
de tal maneira Kue tm servido desde ent/o de pontos fos de reernia e
omo instrumentos oneituais nas o3ita.Jes da psiolo3ia#
Na époa atual, na Europa (idental, sur3iram novamente os prolemas
psiol3ios# %or al3um tempo, a flosofa esteve astante interessada pela
rLtia do on;eimento, e daL sur3iu um interesse psiol3io ativo# Em
suas lin;as 3erais, o movimento rLtio iniiou?se partindo do apelo P
autoridade elesiOstia para o apelo P ra/o e, em se3uida, do apelo P
ra/o, omo é oneida pelos metaLsios, ao da evidniQ dos atos omo
eistem na inia# Um dos rutos desse movimento oi o interesse pela
psiolo3ia em si, e Kue eventualmente epressou?se pela orma./o de duas
esolas, o assoiaionismo e o ;erartismo# Nesse Lnterim, sur3iram
prolemas tLpios da psiolo3ia ? os da possiilidade de idéias inatas e
astratas, da naturea da perep./o do espa.o, das leis de assoia./o, da
rela./o entre os proessos onsientes e inonsientes# Haviam sur3ido
pouas tendnias em defnidas, entre elas a possiilidade de epliar as
ati %sio]3ia
do &éulo 
vidades ;umanas de orma meaniista, e de analisar a naturea ;umana
de modo atomLstio# Na maioria dos asos, durante este perLodo, a
psiolo3ia ;avia superinteletualiado e super?raionaliado o seu material,
porém ;avia tamém reeido astante evidnia de Kue a vida aetiva do
;omem poderia ser muito importante, e tin;a vislumrado por aaso a
possiilidade de Kue dar aten./o ao aspeto motor da naturea ;umana
poderia ser muito eslareedor# Havia suedido tudo isso de uma orma
lon3e de ser sistemOtia além disso, ;aviam sido aperei.oados uma
atitude e um método defnido de estudo# Na metade do séulo I, a
psiolo3ia ;avia aprendido a onsiderar o seu material de estudo omo
parte da naturea e a tentar epliO?lo em termos naturais# Estava
aprendendo, tamém, a oservar o seu material, em omo pensar sore o
mesmo# Em resumo, a psiolo3ia estava prestes a se tornar uma inia#
-anto na matéria omo no método ;avia?se tornado empLria altava pouo
para passar a ser eperimenta)#

&I&-E"A& DE %&I'()(*IA

5
( E&-RU-URA)I&"( 50 -I-'HENER 5

-it;ener !58:<?56<$ Borin3 !a# 588$ 'attell !58:_?56$#


A# nova psiolo3ia oi desde lo3o importada pelos Estados Unidos# @Orios
Covens norte?amerianos f3uravam entre os primeiros alunos do laoratrio
de )eipi3, e Kuando re3ressaram para a Améria do Norte, lo3o diri3iram
seus prprios laoratrios e ensinaram psiolo3ias Kue, emora possam
dierir entre si, e do modelo Sundtiano, traem sinais inonundLveis de
terem proedido de )eipi3# Hali, 'attell, Wole, %ae, &ripture e Fran]
An3eIl oram os primeiros dentre estes# %orém, o mais ardoroso ampe/o da
nova psiolo3ia nos Estados Unidos n/o era norte?ameriano# EdSard
Bradord -it;ener, notOvel Covem in3ls Kue, em 586, tornou?se diretor do
laoratrio da Universidade de 'ornell, traal;ou t/o ri3orosa e
onsieniosamente na tradi./o Sundtiana Kue veio a ser o representante
autoriado daKuele sistema dos Estados Unidos# Apesar de diver3ir em
ertos pontos, -it;ener estava deididamente ao lado da ortodoia
Sundtiana# Foi ele Kuem se empen;ou mais resolutamente para estaeleer
a nova psiolo3ia no novo mundo e Kue, om um desvelo pareido om o do
proeta pela inte3ridade de sua mensa3em, lutou para onservO?la imune Ps
doutrinas desse mundo#
A posi./o de -it;ener na psiolo3ia norte?ameriana é etraordinOria e
Mnia# Num paLs onde era um estran;o, e no Kual sempre permaneeu um
estran;o, sua in\unia durante anos oi sempre dominadora e mesmo
Kuando seu
5 Em todo este apitulo, a psiolo3ia de rit;ener é ;amada de
estruturalismo# A ri3or, esta prOtia n/o é orreta, uma ve Kue a palavra
VestruturalismoV oi usada prinipalmente para distirl3ui?lo do unionalismo,
sistema rival Kue sur3iu um pouo mais tarde# %or onveninia, entretanto,
e na alta de outra palavra de uso orrente para desi3nar a psiolo3ia de
-it;ener, é usada a palavra VestruturalismoV para esta fnalidade, neste
Uvro#
5_8
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
5_6
prestL3io ;avia diminuLdo visivelmente, sua esola permaneeu um ponto de
reernia espeial na psiolo3ia norte?ameriana# Ela era ontra# o Kue
muitos dos movimentos tipiamente norte?amerianos reivindiaram#
=uando aleeu, seu e?disLpulo e ole3a, E# *# Borin3, esreveu0
VA morte de nen;um outro psilo3o poderia alterar tanto o panorama
psiol3io na Améria do Norte# # # ele era um ponto ardeal na orienta./o
metdia naional# A oposi./o em defnida entre o e;aviorismo e seus

aliados
somentepor um lado,
Kuando e al3umaé outra
a oposi./o entre esola por outro,etorna?se
o e;aviorismo lara
-it;ener# A sua
morte, dessa orma, de erto modo, ria um aos lassifatrio na
psiolo3ia sistemOtia norte?ameriana#V 
+ si3nifativo o ato de -it;ener nuna ter orrido o mLnimo riso de
amerianiar?se, emora tivesse ido para os Estados Unidos Kuando tin;a
somente vinte e ino anos de idade e ali tivesse permaneido até sua
morte, trinta e ino anos mais tarde# -odavia, uma permannia de
somente dois anos em )eipi3 o tin;a 3ermaniado# Até mesmo pareia
alem/o e era, Ps vees, tomado por um deles a inia para a Kual
traal;ou era toda alem/ e no Kue pareeu?l;e uma universidade atrasada
no outro lado do AtlQntio, presrvou om uma devo./o frme e metiulosa
o erimonial om o Kual tin;a visto erada a psiolo3ia numa universidade
alenl/# k evidente Kue enontrou na ultura alem/, pelo menos na inia
alem/, al3uma oisa proundamente adeKuada P sua naturea# %orém
-it;ener nuna ominou om o amiente norte?ameriano# Aastou?se e
opcs?se aos empreendimentos tipiamente norte?amerianos em psiolo3ia
os Kuais, traendo todos os indLios da ori3em nativa, frmaram?se e
prosperaram naKuele paLs# A psiolo3ia apliada, o estudo das dieren.as
individuais, o movimento a avor dos testes mentais, em todos os Kuais o
interesse norte?ameriano era espontQneo e vivo, pareia a ele de se3unda
lasse, e do ponto de vista da inia pura, até um pouo despreLvel e
Kuando sur3iram e prosperaram esolas defnidas omo o unionalismo e o

e;aviorismo,
Kue omateu?as
ele n/o ominava om de orma realmente
a mentalidade Cupiteriana# Era
norte?ameriana# evidente
A;ou mesmo
diLil ontinuar omo sio da Assoia./o Ameriana de %siolo3ia,
or3ania./o da Kual os maiores psilo3os da Améria eram
tradiionalmente sios# 'erta oasi/o, n/o onse3uiu o apoio da
Assoia./o, num assunto Kue, a seu ver, era uma
 E# *# Borln3# Ameran 2ournal o %s;olo3 !56<$ 78, 86?9_:#
Kuest/o de étia profssiona) Demitiu?se, ent/o, da soiedade e emora
renovasse a sua insri./o al3uns anos depois, nuna mais ompareeu Ps
reuniJes ? nem mesmo P élere reuni/o de Ltaa ? e ;e3ou a deiar
aduar o seu tLtulo de sio# Neste Lnterim, ;avia ormado um 3rupo
prprio, on;eido omo Vos eperimentalistasV# Este 3rupo mal podia ser
;amado uma or3ania./o# N/o possuLa sede e nen;um estatuto, os seus
tLtulos de sio eram determinados por meio do onvite de -it;ener, e suas
pulia.Jes e deates se restrin3iam aos tpios Kue reeiam sua
aprova./o ou pelo menos Kue esapavam do seu amOvel porém# autoritOrio
V@erotenV !proiido$# Era ormado por ele e o traia na palma da m/o#
-anto a eistnia do 3rupo e o praer Kue este l;e proporionava
arateriavam a rela./o de -it;ener om a psiolo3ia norte?ameriana#
%areia enarar os eperimentalistas omo um 3rupo de eIeitos, uns pouos
esol;idos omo mereedores ou Kuase mereedores, de servir P psiolo3ia
omo uma inia pura ? um 3rupo de salvadores, separado por ele da
turamulta dos psilo3os nativos#

'omo resultado dessa atitude, desse ;Oito de ontrastar a psiolo3ia


eperimental om a norte?ameriana em 3eral, riou?se uma situa./o
interessante# De erto modo, as ondi.Jes no novo paLs eram ranamente
avorOveis ao desenvolvimento de uma psiolo3ia eperimental#  medida
Kue o método eperimental impliava a tendnia de preerir atos a
teorias, em lan.ar m/o da evidnia ao invés da espeula./o, provar os
elementos e VdemonstrO?losV em lu3ar de aeitO?los em onfan.a, o
temperamento ameriano era inteiramente reeptivo ao movimento
eperimental# E apesar disso a psiolo3ia eperimental nos Estados Unidos,
na orma em Kue era onsiderada omo autntia, oi uidadosamente
prote3ida das in\unias norte?amerianas mais tLpias# -ornou?se uma
oisa P parte, Kuase preiosa, ompletamente aastada da orrente prinipal
dos interesses norte?amerianos# A prpria epress/o Vpsiolo3ia
eperimentalV adKuiriu um si3nifado espeial# Nos Estados Unidos, a
psiolo3ia eperimental podia ser desrita Kuase omo aKuela ormada na
Aleman;a e importada por -it;ener# &eus adeptos eram naturalmente
estudiosos norte?amerianos, porém, em sua maioria, ;aviam sido treinados
so a in\unia de -it;ener e so um sistema de mores eruditos
importados, Kue difilmente poderiam deiar de impressionO?los#
55_
Edna Heidreder %atolo3ias do &éulo 
555
Na Universidade de 'omeu n/o se pun;a em dMvida Kue a psiolo3ia osse
um assunto de 3rande importQnia# ( prprio -it;ener leionou nas lasses
de prinipiantes para 3arantir a sua orienta./o adeKuada nesta inia#
Essas aulas s/o amosas, n/o s pelo seu onteMdo e in\unia, omo
tamém pelo erimonial imutOvel om Kue se eravam# -it;ener
leionava om o seu traCe de doutor de (ord# VEle nos dO o direito de
sermos do3mOtiosV, epliava# ( ostume Kue se desenvolveu em rela./o
Ps aulas oi desrito por Borin3, Kue oi assistente de -it;ener durante
al3um tempo#
VNo primeiro semestre, nas ter.as e Kuintas, Ps 55 ;oras, ele leionava aos
estudantes na nova sala de leitura do *oldSin &mit; Hall, sala Kue possuia
um laoratrio profssional para demonstra.Jes e um esritrio aneo
espeialmente onstruLdo e uCas adeiras estavam na altura determinada
para ominar om a estatura de -it;ener# A demonstra./o ;avia sido
esol;ida uma ;ora antes e -it;ener ;e3ava lo3o depois das de ;oras
para fsaliO?la# "ais tarde, os assistentes reuniam?se aos pouos em seu
esritrio# =uando ;e3ava a ;ora da aula, ele vestia a sua ea, um
assistente a esovava para remover as inas do seu inalLvel ;aruto, os
assistentes transpun;am a porta aparatosamente e tomavam lu3ar na
primeira fla# -it;ener suia ent/o na plataorma, vindo da porta de seu
esritrio# -odo esse ritual era eeutado om praer e al3umas vees de
orma ;umorLstia, ontudo era se3uido esrupulosamente# ( pessoal
reunia?se, aps a aula, na sala de -it;ener durante uma ;ora para
onversar e Ps 57 ;oras dispersava?se para almo.ar#V 7
-odo esse ritual era aseado naKuele Kue -it;ener ;avia preniado em
)eipi3, omo disLpulo de Wundt# Emora tives#e traido sua psiolo3ia
para um paLs distante, onservava n/o s a matéria omo tamém o
sistema da tradi./o de )eipi3#
As aulas em si eram preisas e efientes, e de ano para ano atraLam
multidJes de estudantes# N/o somente apresentavam a psiolo3ia erudita
pura no sentido eato da palavra, omo tamém inluLam presri.Jes para
aautelar?se dos alsos proetas# (s assistentes as ouviam no mLnimo om o
mesmo
primeirointeresse Kue os estudantes,
pronuniamento de -it;enerpois nestas aulas,
a respeito de umaPsnova
vees, ouviam
teoria ou o
desoerta, e sore a orma em Kue deveria ser inorporada, no aso de ser
aeita, no onCunto prinipal da psiolo3ia#
-udo isso era para os prinipiantes# (s estudantes 3raduados tamém
a;avam impressionante a psiolo3ia em 'orneil# Durante o se3undo
semestre, -it;ener diri3ia um seminOrio do Kual partiipavam os
assistentes e os estudantes 3raduados e onde, é esusado dier, ele
dominava a situa./o# 'om ee./o dessas reuniJes para os eames de
doutoramento, e aKuelas oasiJes em Kue aia o papel de anftri/o de
visitantes ilustres, n/o ia ao laoratrio# Nas raras oasiJes em Kue os

estudantes onereniavam
entrevistas# om ele,em
&uas ;oras de traal;o aiam?no emuidadosamente
asa eram sua asa, através de
prote3idas, e era saido Kue somente uma verdadeira emer3nia
Custifaria uma tentativa de ;amO?lo pelo teleone#
%orém -it;ener era um ;omem possuidor de asLnio e in\unia, e a
admira./o Kue os seus disLpulos sentiam por ele n/o era elusivamente
pela sua perLia em sua espeialidade# Era um ;omem de interesses
mMltiplos e onta3iantes, um notOvel onversador e um anftri/o simpOtio#
%odia ser tanto amOvel, Kuando imponente, t/o prestimoso omo
autoritOrio# N/o ;O dMvida de Kue o sentimento por ele despertado em seus
disLpulos e olaoradores era mais do Kue de simples respeito#
Emora osse raramente visto na universidade, a in\unia de -it;ener
era onsiderOvel e a psiolo3ia em 'ornell tornou?se aKuela interpretada
por uma Mnia pessoa in\uente, por uma presen.a ompleta porém
invisLvel# Nos astidores ;avia sempre uma autoridade fnal Kue onservava
o destino e as teorias dos ;omens em suas m/os, Kue tra.ava uma lin;a
defnida entre a ortodoia e a ;eterodoia, Kue aia da distin./o o primeiro
reKuisito da asta erudita e Kue dispun;a os elementos de seu mundo
erudito no sentido de deesa e pro3resso da nova psiolo3ia ? da nova e
Mnia psiolo3ia em toda a sua purea#
Em suas oras, -it;ener tamém ala arateristiamente# %rinipalmente
nos livros Kue esreveu para os esta? dantes o seu tom é de autoridade# %ois
os livros didOtios de -it;ener s/o pouo mais notOveis pela ompetnia
ientLfa e poder de eposi./o do Kue pela alta asoluta de tato
peda33io# Raramente dO uma oportunidade P inteli3nia do leitor#
'onsidera Kue, omo autor, deve salientar tudo até os mLnimos detal;es
Kue deve livrar?se das implia.Jes Kue deve epliar, ao mOimo, as
lassifa.Jes e restri.Jes# Nem uma Mnia ve pede ao leitor para aeitar
suas idéias sem evidnia ou ar3umento, porém a sua prpria maneira
7 E# *# Borln3, op# st#, 9__#
%siolo3ias do &éulo 

557
55
Edna Heidreder
de ordenar os atos, de aumular uma eplia./o sore outra e um
ar3umento aps outro, é didOtia# N/o resta dMvida Kue muito do uidado
metiuloso Kue arateria a eplana./o de -it;ener é devido a seu
prprio amor pela larea e eplia./o, e a neessidade premente de
inte3ridade em sua prpria naturea# ';e3a?se a suspeitar, tamém, Kue
uma parte disto se ori3ina de uma apreia./o sensLvel ora do omum de
todas as oCe.Jes Kue possam ser ar3umentadas ontra a sua atitude Kue
suas onvi.Jes n/o apareeram om a tranK[ilidade inalterOvel Kue
arateria os temperamentos menos rLtios e Kue suas onlusJes,
Kuando estaeleidas, eram delaradas do modo mais laro e mantidas da
maneira mais frme porKue n/o eram otidas sem resistnias internas#
%orém, eiste além disso mais de uma insinua./o do seu estilo normativo de
ensinar# %or fm, o modo araterLstio de -it;ener apresentar um assunto
é o de epor as suas prprias opera.Jes inteletuais a esse respeito
impliando isto em Kue o leitor deverO oservar de perto, e produir a
mel;or reprodu./o Kue puder# Em disserta.Jes dediadas aos seus ole3as
de profss/o e para auditrios possuidores de al3um on;eimento ténio
psiol3io, ele é menos mestre?esola, mas om a mesma autoridade#
"esmo neste aso ? nas duas séries de aulas puliadas so o tLtulo de
Eperimental %s;olo3 o t;e Hi3;er -;ou3;t %roesses e %s;olo3 o
Feelin3 and Attention, por eemplo, ? realmente n/o pede ao pMlio para
tratar do assunto Cunto om ele eamina o terreno, or3ania os atos e
aponta o amin;o a se3uir#
E o sistema em si^ E a psiolo3ia Kue era o motivo para todo este
impressionante dispositivo, o oCeto de toda esta eposi./o uidadosa e
deesa vi3orosa^ + uma psiolo3ia Kue n/o possui um nome aeito por
todos, mas Kue Ps vees é ;amada de estruturalismo, outras de
introspeionismo, Ps vees de eistenialismo, 9e oasionalmente de
tit;enerismo# Eposta em sua orma mais ompleta e sistemOtia no livro
-et?oo] o %s;olo3 de -it;ener, é a psiolo3ia Kue, nos Estados
Unidos, prinipalmente aps o apareimento do e;aviorismo, tem sido
3eralmente ara Devido P importQnia Kue atriuL P introspe./o omo
método de
estudo#
9 VEistenialismoV, omo VestruturalismoV, é uma palavra usada para
dieren.ar a psiolo3ia de -lt;ener das (utras Kue, omo o unionalismo e
a psiolo3ia do ato, tentam estudar os proessos mentais omo atos e
un.Jes, e n/o simplesmente omo onteMdos onsientes ou realidades
eisteniais#
teriada omo VtradiionalV e VreaionOriaV# -em sido Ps vees delarada
animista, porKue trata om a mente# -em sido tamém ;amada de
metaLsia em ontraste om a ientLfa, aparentemente devido ao urioso
onCunto de pressupostos de Kue o mental é sincnimo de sorenatural, de
Kue a dieren.a entre a inia e a metaLsia é a mesma Kue entre a
matéria e a mente, e ainda de Kue KualKuer investi3a./o Kue se diriCa aos
proessos mentais estO ipso ato ora do ampo da inia natural#
&eria diLil, entretanto, enontrar outra atitude Kue om mais ertea
empanasse o si3nifado de todo o movimento do Kual a psiolo3ia de
-it;ener a parte, ou Kue servisse mel;or omo eemplo de alOia
;istria# Nada poderia ser mais en3anoso do Kue apliar a palavra Vn/o
ientLfaV, omo é usada por um erto 3rupo de psilo3os ;oCe em dia, a
uma esola Kue ;O meio séulo atrOs aCudou a omater e a vener a
atal;a travada pela independnia da psiolo3ia em rela./o P metaLsia#
A Kuest/o toda om a nova psiolo3ia estava em ser esta um
prolon3amento do método ientLfo dentro de um novo setor# =uando se
reorda Kue no séulo I mesmo as inias Lsias eram relativamente
novas, e Kue a fsiolo3ia era onsiderada uma aventura ousada pela
aplia./o dos prinLpios ientLfos P matéria viva, e Kue os proessos
mentais, tais omo a sensa./o e a perep./o, 3oavam de om oneito
nos laoratrios de fsiolo3ia, torna?se evidente Kue lo3iamente o passo
se3uinte seria estender o método ientLfo aos proessos mentais ? tratO?
los omo atos naturais em um mundo natural e sumet?los ao tipo de
pesKuisa eperimental Kue arateriava as outras matérias ientLfas# A
nova psiolo3ia estava aseada na é etrema do método ientLfo, a saer,
em seu poder de revelar as leis dos proessos mentais omo ela os ;avia
desoerto e os da naturea Lsia Kue ainda estava desorindo# Foi por
esse motivo Kue a nova psiolo3ia se onsiderava omo o impulso mais
oraCoso e de maior alane do movimento ientLfo e por ter?se tornado
onsiente, mesmo autoonsientemente ientLfa# Ao defnir o seu oCeto,
ao determinar os seus métodos, e ao estaeleer os seus prinLpios, seus
se3uidores mantin;am sempre presente a per3unta0 Isto é uma inia^ A
tcnia do empreendimento todo era a tentativa de onsiderar o material
psiol3io da maneira omo a inia trata normalmente os seus
elementos# Deiar de reon;eer esta tentativa omo Osia para o esor.o

todo é perder de vista o si3nifado mais proundo do movimento#


%siolo3ias do &Oulo 
559
V
Edna He]ireder
A tarea iniial de -it;ener, ao apresentar o seu sistema, : era demonstrar
Kue o oCeto da psiolo3ia era mereedor de estudo ientLfo# -alve a
maneira mais Oil de ompreender o seu si3nifado é dier Kue ele enara
a psiolo3ia omo a inia da VonsiniaV ou VmenteV, e ent/o se apressa
em aresentar Kue n/o se deve ver nessas palavras os sentidos Kue o
senso omum provavelmente l;es atriui# -it;ener, sem ;esita./o, 3arante
ao leitor Kue as anti3as no.Jes sore a mente s/o imprprias para uso
ientLfo# ( Kue a inia ;ama de onsinia e mente pode ser mel;or
ompreendido mostrando?se omo o oCeto da psiolo3ia diere do da Lsia#
-oda inia, eplia -it;ener, tem o seu ponto de partida na eperinia#
Basiamente, o oCeto da Lsia e o da psiolo3ia s/o idntios# As duas
inias dierem, n/o porKue tratam de assuntos dierentes, mas porKue
enaram o seu oCeto omum, o mundo da eperinia, so pontos de vista
dierentes# A Lsia estuda o mundo sem onsiderar o ;omem# A psiolo3ia
estuda o mundo em rela./o ao indivLduo Kue o eperimenta# ( oCeto da
Lsia é a eperinia independente da pessoa Kue peree o da psiolo3ia
é aKuela Kue depende de Kuem a sente# Na Lsia, por eemplo, o espa.o, o
tempo e a massa s/o sempre os mesmos o entLmetro, o se3undo e o
3rama s/o unidades onstantes, n/o aetadas pela pessoa Kue as maneCa#
Na psiolo3ia, entretanto, um espa.o pode ser 3rande ou peKueno, uma
;ora lon3a ou urta, um peso leve ou pesado, de aordo om as ondi.Jes
Kue aetam a pessoa Kue os oserva# ( mesmo é verdade em rela./o ao
alor, ao som e P lu# %siolo3iamente, eles variam de aordo om os
atores Kue aetam a pessoa Kue os eperimenta porém, fsiamente, o
alor é sempre movimento moleular, o som um movimento ondulatrio do
ar, a lu um movimento ondulatrio no éter# No mundo da Lsia, n/o
eistem ores, nem sons, nem saores, odores e VsentidosV, porKue tudo
isso depende da pessoa Kue os eperimenta# Do ponto de vista da
psiolo3ia, um erto detal;e no mundo da eperinia é vermel;o do ponto
de vista da  Lsia, é uma vira./o do éter de um determinado omprimento
de onda# ( mesmo aontee om todo o material da eperinia# 'oneida
omo independente da pessoa Kue a sente, é o tema da Lsia em aso
ontrOrio, é assunto da
? : ( se3uinte relato aseia?se prinipalmente no -et?oo] e no livro A
Be3inners %s;olo3 e nio pretende levar em onta idéias posteriores, nR(
nluidas ormalmente no sistema#
psiolo3ia# DaL a defni./o tetual de -it;ener do oCeto da psiolo3ia omo
Veperinia dependente de um suCeito eperieniante V, ou o Kue dO na
mesma, Vo mundo om o ;omem dentro deleV# Esta eperinia, ou este
mundo, devemos oservar de modo espeial, é ormada de onteMdos Kue
podem ser oservados e desritos#
-it;ener eplia ainda Kue o VsuCeito eperienianteV si3nifa o orpo vivo
e Kue, para as fnalidades do psilo3o, este orpo vivo pode ser reduido
ao Vsistema nervoso e seus aneosV# Fa tamém distin./o entre a mente e
a onsinia# A mente reere?se VP soma total dos proessos mentais Kue
oorrem durante a vida de um indivLduoV a onsinia, VP soma total dos
proessos mentais Kue oorrem a3ora, em al3um dado momentoV# %orém, a
mente e a onsinia devem amas ser onsideradas omo eperinia
;umana, dependentes
un./o dos de um sistema nervoso, e podendo ser desritas em
atos oservados#
Ao defnir seu oCeto em un./o do ponto de vista, -it;ener estava
se3uindo Wundt ao defni?lo omo Vuma eperinia Kue depende de um
suCeito eperienianteV estava introduindo modifa.Jes Kue eram
provenientes de seu tempo de estudante em )eipi3# Wundt ;avia tamém
eito distin./o entre o oCeto da psiolo3ia e o da Lsia somente aps ;aver
insistido Kue amos provm da mesma onte, a eperinia ;umana, e Kue
amos est/o suCeitos P oserva./o ;umana# A dierenia./o de Wundt,
entretanto, era aseada na dieren.a entre a eperinia imediata e
mediata# Um indivLduo fa direta e imediatamente onsiente de sua

sensa./o
oCetos node vermel;o
mundo Lsio,ass/o
ondas do éter Kue
onstruLdas o epliam,
aseadas onsideradas
na sensa./o e s/o omo
pereidas somente através dela# A sensa./o do vermel;o Kue é pereida
imediatamente, pertene P psiolo3ia as ondas do éter, Kue s/o pereidas
mediatamente, pertenem P Lsia# Wundt n/o aprounda a Kuest/o Kue
al3umas vees sur3iu sore este assunto, Kual seCa a de Kue o
on;eimento psiol3io é, portanto, mais se3uro e mais orreto, menos
suCeito aos deslies de onlus/o, do Kue o on;eimento mediato da Lsia#
&ua prinipal fnalidade era a de mostrar Kue a psiolo3ia, assim omo a
Lsia ou KualKuer outra inia natural, trata de um assunto Kue é dado
pela eperinia, e seu prinipal interesse era o de Custifar a afrma./o de
Kue a psiolo3ia é uma inia

Eperienin3 person, no ori3inal# 'ompreende?se omo pessoa suCeita P


eperiénia#
55:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
55<
natural# %orém, al3uns disLpulos de Wundt, t/o ompletamente
onvenidos Kuanto ele, da possiilidade de uma psiolo3ia ientLfa,

esol;eram outra eplia./o#


Avenarius, areditava [lpe, in\ueniado
Kue a dierenia./o entre apelas
Lsia oras de "a; podia
e a psiolo3ia e
ser eita mel;or em un./o da eperinia omo dependente ou
independente de um sistema nervoso e oi esta idéia Kue -it;ener aeitou#
+ interessante oservar Kue amas as teorias eprimem a mesma onvi./o
Osia de Kue a onsinia e os proessos mentais podem ser oCetos de
oserva./o ientLfa# Em seus prinLpios Osios, amas s/o tentativas
para mostrar Kue a psiolo3ia é uma inia da eperinia e, omo tal,
dierente da metaLsia#
"as para -it;ener, n/o astava manter o oCeto da psiolo3ia livre da
metaLsia era neessOrio tamém onservO?lo isento do senso omum#
'onsiderava ranamente as idéias de mente e onsinia dadas pelo
senso omum omo inimi3as, talve as mais poderosas inimi3as Kue a
psiolo3ia ientLfa poderia enrentar, ( senso omum, eplia ele,
onsidera a mente omo Vum oneo imaterial vivendo dentro da ae.aV,
uma espéie de ;omem interno antasma3rio Kue diri3e as a.Jes do
;omem visLvel eterior, e Kue, por sua ve, é aetaddpelas eperinias
soridas pelo ;omem eterno# Isto, insiste -it;ener, é o Kue si3nifa a idéia
da mente dada pelo senso omum, Kuando apresentada aertamente, e ele
nuna se ansou de ridiulariar as inonsistnias e asurdos dessa idéia#
'ontra a onep./o da mente omo oneo, onep./o esta
ompletamente adversa, em sua opini/o, a KualKuer ompreens/o
verdadeira da psiolo3ia, nuna essou de omater#

E P medida Kue se esor.ava para onservar o oCeto da psiolo3ia isento da


metaLsia e do senso omum, assim tamém o e em rela./o ao interesse
utilitOrio# -it;ener oi aertamente ontra o ponto de vista de Kue a
psiolo3ia, ao sondar as proundeas do ora./o ;umano, eiste para traer
auLlio e onorto Ps Valmas doentesV# A un./o da psiolo3ia, assevera ele,
n/o é diminuir o sorimento ou realiar mel;orias, mas sim desorir atos
sore o seu oCeto e ompreend?los# %ara -it;ener, a inia nada tem a
ver om valores# %ara ela, o e3o omativo do ;omem oneido
< %ara evitar onus/o, deveria talve ser menionado nesta altura Kue
-it;ener n/o se3uiu [lpe nas idéias Kue este Mltimo desenvolveu mais
tarde no empre3o da introspe./o# + provOvel Kue -it;ener n/o ten;a
aeitado a interpreta./o dada por [lpe, aseado em seus estudos
introspetivos#
da maneira omo o senso omum o a, valendo?se das simpatias e
interesses ;umanos, simplesmente n/o eiste# Da mesma orma impessoal
e imparial pela Kual um Lsio estuda um loo desendo por um plano
inlinado, o psilo3o estuda os proessos mentais# + verdade Kue os
resultados da inia podem ser utiliados na vida diOria e podem assim
adKuirir importQnia aos ol;os do senso omum porém, para a inia
omo tal, os seus valores s/o irrelevantes# Nin3uém deve estar menos
preoupado om interesses pessoais ou partiulares do Kue um psilo3o
treinado Kue esteCa tentando desorir eatamente omo uma sensa./o
diere de outra em Kualidade, ou de Kue é eito um suposto pensamento
sem ima3em#
De todos os pontos de vista, realmente# -it;ener era a avor da psiolo3ia
pura em lu3ar da apliada# Assim omo Wundt, ele estava interessado na
Vmente ;umana em 3eralV e n/o em mentes ou dieren.as individuais, Kue
s/o assuntos de ine3Ovel importQnia nos aaeres prOtios da vida diOria# +
verdade Kue tanto Wundt omo -it;ener reon;eeram epliitamente Kue
a psiolo3ia pode inluir o estudo dos animais, das rian.as, das soiedades
e dos louos, porém, para amos, os pontos de partida e fnal de reernia
eram sempre a onsinia do ;omem adulto, da Kual o psilo3o tem ime?
liata onsinia# A psiolo3ia pode reunir seu material a partir de muitas
ontes, porémaomente,
ompreender seu alvo é ompreender
insistiu a mentee ;umana
sempre -it;ener, em 3eral
n/o alterO?la ou
mel;orO?la, ou tentar utiliO?la de KualKuer orma# E isto é sintomOtio tanto
de seus 3ostos Kuanto de sua asendnia, pois num paLs Kue se inlina
mais ortemente a valoriar o on;eimento menos pelo seu valor intrLnseo
do Kue pelo Kue este pode realiar, -it;ener deendeu a idéia de Kue o
Mnio traal;o prprio ou adeKuado P verdadeira inia é o estudo
desinteressado de sua matéria#
%ara -it;ener, pois, o oCeto da psiolo3ia é a onsinia n/o omo o
senso omum a onee, n/o omo um oneo animando o orpo, nem
omo a sustQnia de Kue s/o eitos os espLritos, mas sim omo

Veperinia
onsiste Kue depende
de proessos do or3anismo
oservOveis eperienianteV#
no mundo -al eperinia
da naturea, livre dos
interesses ;umanos e separada das difuldades prOtias da vida diOria# +
al3o Kue pode ser estudado da mesma orma impessoal Kue a inia adota
omumente em rela./o ao seu material# N/o estO li3ada de nen;um modo
ao sorenatural#
558
Edna Heidreder %siolo3ia do &éulo 
556
Nada poderia ser mais isento da ndoa do animismo do Kue a onsinia
Kue -it;ener inspeiona e analisa#
A defni./o do oCeto omo Veperinia Kue depende de um suCeito
eperienianteV oi aompan;ada pela doutrina do paralelismo psioLsio,
Kue -it;ener etraiu espeifamente de Wundt# Realmente -it;ener n/o
estava muito interessado no prolema da mente?orpo pelo seu valor
intrLnseo mas ;avendo eito uma distin./o entre o mental e o Lsio,
enontrou nesta teoria a orma mais onveniente de oneer a rela./o
entre eles# De aordo om esta onep./o, os proessos mentais e Lsios
\uem lado a lado omo orrentes paralelas# Uma n/o é a ausa da outra,
n/o ;O intera./o entre elas, porém a mudan.a em uma delas é sempre
se3uida por uma mudan.a na outra# + possLvel, portanto, reerir uma P
outra além disso, omo salienta -it;ener, é possLvel VepliarV uma pela
outra ? isto é, epliar os proessos mentais oloando?os em rela./o aos
atos do mundo Lsio, Kue ormam um sistema oerente e e;ado#
-it;ener aeita, portanto, o paralelismo psioLsio omo um esKuema Kue
l;e permite tomar on;eimento dos elementos tanto mentais Kuanto
Lsios, e assim aer Custi.a a todos os atos da eperinia om o mLnimo
de aten./o P metaLsia# Ao Kue paree, este era o seu Mnio interesse no
assunto# &uas emo.Jes n/o estavam envolvidas no prolema pelo seu valor
intrLnseo, omo est/o aKuelas de al3uns de seus ole3as psilo3os# Da
maneira em Kue o usava, o paralelismo psioLsio era um artiLio
eplanatrio adeKuado
? e nada mais ? para Kue um ;omem, sufientemente fel aos dados da
eperinia, insistisse em aer inlus/o dos atos mentais e Lsios e osse
sufientemente cnsio das re\eJes raionais para sentir?se
desonertado sem uma eplia./o sistemOtia# ( ato de Kue ele n/o
ar3umentava sore isto e de Kue pretendia apenas servir?se dela pela sua
utilidade mostra Ku/o defnidamente a psiolo3ia se ;avia separado de sua
ase metaLsia# Ele é Kuase peruntrio na disuss/o deste tpio# + vio
Kue a;ou todo este prolema de muito menor interesse do Kue as
KuestJes elusivamente psiol3ias, tal omo se as ima3ens e as
sensa.Jes ossem dierentes em sua estrutura, ou eistissem outros
proessos aetivos primOrios além do praer e do despraer#
8 AliOs, -it;ener aproveitou?se da doutrina de Wundt um tanto sem ritia,
aparentemente sem onsiderar Kue esta onep./o ? Kue Wundt tin;a
apresentado em rela./o a uma dierenia./o entre eperin5a mediata e
imediata ? n/o poderia se apliar sem altera./o P distin./o entre as
ensrlnias oue deoendem ou nao de Kuem as sente#
A Kuest/o dos métodos Kue a psiolo3ia pode le3itimamente empre3ar é
um dos pontos importantes do sistema de -it;ener e uma ve Kue o
sistema é, Ps vees, ;amado de introspeionismo, asta dier sem mais
delon3as Kue o método tLpio é a introspe./o# %orém, tal proeder seria t/o
errcneo omo dier sem omentar Kue a matéria estudada é a olsinia#
%orKue neste aso novamente -it;ener a;a neessOrio indiar om 3rande
eatid/o o Kue a inia entende, e o Kue n/o, om essa palavra#
( método omum a toda inia, oserva -it;ener, é a oserva./o, e a
introspe./o é uma orma de oserva./o# A introspe./o, ou oserva./o
dos onteMdos da onsinia, pode ser dieren.ada da inspe./o ou da
oserva./o do mundo Lsio mas, asiamente, os dois métodos s/o i3uais#
A introspe./o, sustenta -it;ener do prinLpio ao fm, é uma orma de
oserva/o#
A introspe./o, além disso, é uma espéie muito espeial de oserva./o#
%or al3um tempo, muito se ouviu alar, na nova inia, sore o
Vintrospeionismo treinadoV#  medida Kue a psiolo3ia se tornou
onsiente de sua posi./o omo inia, tendeu ortemente a dar nase P
introspe./o, de modo Kue, ao sustituir a espeula./o pela oserva./o,
separou?se da psiolo3ia raional do passado pré?ientLfo# Ao Kue paree,
al3uns dos psilo3os da époa se deliiaram om a posse de um método,
ténio e esotério, Kue distin3uia a psiolo3ia das outras inias, sem
todavia eluL?la da ilustre omunidade ientLfa# Insistiram, portanto, Kue a
introspe./o n/o pode ser onsiderada de modo superfial# &alientaram a
difuldade em oservar os proessos onsientes, os Kuais n/o se detm
para serem oservados, Kue est/o t/o emaran;ados om outros proessos
onsientes Kue se torna diLil separar um deles para eame, e se de ato
devem ser vistos omo na realidade s/o, ei3em uma atitude Kue vai de
enontro aos ;Oitos de toda uma eistnia# %ois os ;Oitos omuns de
oserva./o determinam Kue veCamos os oCetos e atos do senso omum e
da vida diOria, e n/o os onteMdos da onsinia# @er a oisa em si, em
lu3ar do onteMdo onsiente, oi posteriormente ;amado de Verro de
estLmuloV# =uando um indivLduo oserva in3enuamente, de aordo om o
senso omum, v, por eemplo, uma mesa porém, se um introspeionista
v a mesa ao aer uma oserva./o ientLfa da perep./o Kue ele tem da
mesma, estarO ometendo o erro de estLmulo# EstarO respondendo ao
estrrnulo ao invés do proesso ons
5
Edna Heidreder
%siolo3iaa do &éulo 
57
om a empLria, e assim mantiveram a distin./o Kue remonta P dieren.a
entre Wundt e os psilo3os do ato# ( destaKue dado por -it;ener ao
método eperimental dispensa omentOrios Kuando se reorda Kue nos
Estados Unidos a prpria epress/o Vpsiolo3ia eperimentalV passou a
si3nifar, na mente de muitos, o tipo de psiolo3ia Kue -it;ener aprovara#
'om seu oCeto defnido, estaeleida a rela./o mente?
?orpo, entendidos os métodos, pode ser apresentado o prolema da
psiolo3ia na orma em Kue era visto por -it;ener, de um modo defnitivo#
-oda inia,
Ku^V, di ele,
V'omo^V, estaelee
e V%or Ku^V# A trs KuestJes
per3unta em rela./o
V( Ku^V a seu oCeto0
é respondida pela V(
anOlise, reduindo?se o material aos seus elementos e desorindo
eatamente o Kue eiste neles# A per3unta V'omo^V é respondida pela
sLntese, mostrando omo os elementos est/o dispostos e ominados, e
desorindo as leis Kue re3em as suas séries e omina.Jes# A per3unta
V%or Ku^V investi3a a ausa# As duas primeiras s/o respondidas por meio
de desri./o a tereira proura uma eplia./o#
De aordo om -it;ener, a eplia./o em psiolo3ia é eita em un./o do
sistema nervoso# "esmo no aso de termos uma desri./o Kue respondesse
de modo ompleto Ps per3untas V( Ku^V e V'omo^V, nosso on;eimento

seria inompleto
Kuest/o# até Kue
%orém, omo osse
pode serdesoerta a ausa
dado esse passo do em
fnal encmeno em Um
psiolo3ia^
estado mental n/o pode ser onsiderado omo a ausa de outro somente
porKue uma mudan.a no amiente Lsio pode ser aompan;ada por
onteMdos onsientes ompletamente novos# V=uando visito Atenas ou
Roma pela primeira ve,V esreve -it;ener, Vreeo impressJes Kue s/o
devidas aos estLmulos atuais e n/o P onsinia anteriorV# A impress/o
onsiente n/o pode tamém ser provoada por proessos no sistema
nervoso, ou por outros atos no mundo Lsio a doutrina do paralelismo
psioLsio elui esta possiilidade# Ainda mais, -it;ener afrma Kue,
emora o sistema nervoso n/o seCa a ausa da mente, pode ser utiliado
para epliO?la# VEle eplia a mente assim omo um mapa de um paLs
eslaree
aptamos os
emvislumres ra3mentOrios
nossa via3em de olinas,
através dele#V %ois os rios e idades
proessos Kue n/o
mentais
onstituem a adeia ininterrupta de atos Kue a eplia./o ausal ei3e# A
sua ontinuidade é interrompida por atos, tais omo o sono, o oma e os
lapsos da memria# %orém, o mun d
Lsio, preisamente por ser independente do indivLduo Kue o peree, n/o
ontém tais launas e rupturas# Devido a isso e tamém porKue as
orrentes mental e Lsia \uem paralelas uma P outra ? torna?se possLvel
oservar Kuais os atos Lsios Kue normalmente aompan;am
determinados proessos mentais e assim atriuir a ada proesso mental
um lu3ar defnido em uma seK[nia uniorme e ontLnua# + nesse sentido,

mas somente nele, Kue a men./o do orpo eslaree os atos mentais#


+ importante oservar Kue este método de eplia./o n/o si3nifa Kue o
sistema nervoso seCa indispensOvel P onsinia ou Kue seCa de KualKuer
orma mais real do Kue esta# -it;ener eslaree Kue o on;eimento do
sistema nervoso n/o é em si psiolo3ia Kue nada aresenta aos elementos
da psiolo3ia, Kue s/o os onteMdos da onsinia aerta P introspe./o# A
psiolo3ia, de ato, usa suas eplia.Jes ora do mundo de seu oCeto
prprio porém, assim o a n/o porKue o mundo Lsio seCa mais verdadeiro
ou mais undamental, mas porKue é mais ontLnuo e mais intato do Kue o
mundo revelado pela introspe./o#
Ent/o, este é o undamento do sistema de -it;ener0 o oCeto é a
onsinia a rela./o mente?orpo é o paralelismo o método araterLstio
é a introspe./o e a Kuest/o é desorir o V( Ku^V, o V'omo^V e o V%or
Ku^V de seus elementos# A tarea se3uinte é reduir o material aos seus
elementos mais simples#
(viamente, a tarea é de tremenda importQnia, pois os seus elementos
s/o o prprio material de Kue é eita a onsinia# + tamém um
empreendimento de 3rande difuldade e deliadea, porKue a psiolo3a é
inompleta e a esol;a importante deve ser eita aseada em on;eimento
parial# Deve ser eita, n/o ostante, e aseada na evidnia disponLvel
-it;ener opta por trs proessos elementares0

sensa./o,
elementosae./o e ima3em#
tLpios das As sensa.Jes
perep.Jes s/o nas
verifam?se defnidas
visJes,omo sendonos
nos sons, os
odores, nos paladares, nas Vsensa.JesV musulares e do tato, e em outras
semel;antes oserva.Jes dos oCetos Lsios reais# As ima3ens s/o os
elementos araterLstios das idéias apareem nos proessos mentais Kue
retratam, ou de erta orma representam, eperinias n/o presentes
atualmente, tais omo as lemran.as do passado e as onep.Jes do
uturo# As ae.Jes s/o os elementos araterLstios da emo./o a;am?se
em eperinias, tais omo o amor e o dio, na ale3ria e tristea# -it;ener
%asolo3ias do &uho 
59
5
Edna Heidreder
n/o estO ompletamente se3uro de Kue a sensa./o e a ima3em perten.am
a lasses dierentes# ';e3a a areditar Kue a ae./o tem muita
semel;an.a om a sensa./o, o astante para dar a impress/o de terem um
Vasendente mental omumV# %orém, em sentido 3loal, preere enarO?las
separadamente e reon;eer trs tipos de proessos elementares ?
sensa./o, ima3em e sentimento#
(s elementos, na Kualidade de proessos mais simples a Kue a onsinia
pode ser reduida, s/o asolutamente simples, do ponto de vista da
psiolo3ia# Entretanto, possuem atriutos# As sensa.Jes e as ima3ens tm
sempre pelo menos Kuatro atriutos0 Kualidade, intensidade, dura./o e
larea# A ae./o tem os trs primeiros, porém n/o possui o atriuto de
larea#
A Kualidade é defnida omo o atriuto Kue distin3ue os proessos
elementares entre si# ( rio, o aul, o sal e o si emol s/o eemplos# A
intensidade é o atriuto Kue oloa a perep./o de uma determinada
Kualidade em uma esala Kue vai do mais alto ao mais aio 3rau de seu
tipo araterLstio, o Kue torna possLvel dier Kue uma sensa./o é mais
orte ou mais raa, mais lara ou mais onusa, mais intensa ou mais déil
do Kue outra# A dura./o é o atriuto Kue dO a um proesso sua posi./o
araterLstia dentro do tempo
? a sua Vasens/o, seu ponto de eKuilLrio e seu delLnioV# ( atriuto de
larea determina o lu3ar de um dado proesso na onsinia se estO
primo ou aastado do ato prinipal# &e or laro, o proesso predomina e
é notrio, omo no aso dos sons Kue al3uém ouve atentamente em aso
ontrOrio, desaparee em se3undo plano, omo aontee om os ruLdos
desoneos K[e mal pereemos Kuando estamos asortos em uma tarea
interessante# A ae./o, entretanto, aree de larea# + impossLvel farmo?
nos diretamente sore o praer e o despraer Kuando tentamos aer isto, a
prpria Kualidade da ae./o desaparee# ( praer e o despraer s/o
sentidos mais de perto Kuando atendemos Ps sensa.Jes e Ps ima3ens om
as Kuais as prprias Kualidades da ae./o est/o assoiadas#
Estes atriutos, entretanto, n/o onstituem uma lista eaustiva# 'ertos
proessos possuem seus atriutos prprios# A vis/o e o tato, por eemplo,
possuem o atriuto da etens/o est/o espal;ados no espa.o# Além disso,
eistem Vatriutos de se3unda lasseV ormados pela Cun./o do dois ou mais
atriutos# Um desses é a VinsistniaV Kue -it;ener enontra na
Vpenetrailidade dos odores, tais omo o da
Qnora e o da natalina a premnia ou incmodo de al3umas dores ou do
3osto amar3o a a3udea e o resplendor de ertas lues, ores e sonsV# A
insistnia, entretanto, n/o é onsiderada por ele omo um novo atriuto
primOrio, mas sim
talve a larea e auma omina./o
Kualidade, de doisKualidade
ou larea, ou mais atriutos primOrios
e intensidade ?
Cuntas#
Assim, torna?se evidente Kue os elementos om seus atriutos s/o as
unidades om as Kuais é ormada toda a estrutura psLKuia# (s elementos,
entretanto, n/o s/o unidades estOtias# &/o proessos sua Vessnia é ser
proessoV !proessene$# Formam um mosaio, porém em movimento, no
Kual s/o ormados padrJes intriados e u3aes# E ontudo, no meio de toda
essa ompleidade, eiste um prinLpio simples de or3ania./o# -udo Kue
suede na onsinia é redutLvel a trs espéies de elementos e suas
omina.Jes# Evidentemente, uma ompreens/o dos dierentes tipos de
ele?# mentos torna?se o primo passo no sentido de se ompreender a

psiolo3ia#
A maior parte do -et?oo] é dediada a essa tarea# As sensa.Jes s/o
onsideradas em primeiro lu3ar e tratadas de modo eaustivo porKue
onstituem um dos setores mais estudados da nova psiolo3ia da
atualidade# 'ada ate3oria é estudada por sua ve ? a visual, a auditiva, a
olativa, a 3ustativa, a utQnea, a inestésia, a or3Qnia e para ada uma
delas o plano de estudo é o mesmo# ( método vai normalmente da
desri./o até a eplia./o# Em primeiro lu3ar, s/o analisadas e desritas as
prprias Kualidades senso? riais e depois, através de uma eplia./o, as
perep.Jes s/o relaionadas om seus orrespondentes fsiol3ios# 'omo
um meio de avaliar a psiolo3ia ortodoa de sua époa, estes apLtulos do
-et?oo] s/o provavelmente sem i3ual# %ois neles eistem deates sore a
pirQmide de or e o lOpis sonoro de pressJes Kue s/o VvivasV ou VtrmulasV
ou V3ranularesV de misturas de paladar e vis/o repusular de partes rias
e Kuentes do orpo e da dor puntiorme# Neles se a reernia aos
aparel;os lOssios ? misturadores de or e moldes de adapta./o, diapas/o
e aias de ressonQnia, olatcmetros, varicmetros, perLmetros e apitos de
*alton# Neles se enontram tamém as teorias atuais sore a vis/o, audi./o
e outras ormas de sensa./o, om relatos desritivos das estruturas em
Kuest/o# A lei de Weer estO inluLda no apLtulo sore VIntensidade da
&ensa./oV, onde é interessante enontrar?se, so o tpio V"edi./o "entalV,
uma reernia
5:
Edna Heidreder %aSoCo3Cs do &éuho 
5<
sore assuntos, tais omo estLmulos terminal e limiar e dieren.as mLnimas
pereptLveis, ao invés dos =# 5# !Kuoiente inteletual$ e I#"# !idade mental$
Kue a epress/o atualmente su3ere# As reernias para leituras adiionais
no fm dos apLtulos s/o o ponto mais tLpio deste livro# ';eio de tLtulos em
alem/o e om os 3randes nomes da époa, nos traem P memria de modo
muito laro os dias produtivos, laoriosos e ;eios de esperan.a, Kuando a
psiolo3ia estava se impondo omo inia independente#

%ouo ;O Kue dier sore a ima3em# No -et?oo], é tratada num s


parO3rao reduido# A sua 3rande semel;an.a om a sensa./o é aeita e
mesmo ressaltada, porém sua Vdieren.a em onteturaV ? o ato de ser
Vmais tnue, vaporosa e transparenteV ? onstitui a ase para o seu
reon;eimento omo um proesso elementar dierente daKuela#
A ae./o é tratada em maior etens/o do Kue a ima3em, porém n/o tanto
Kuanto a sensa./o# (s proessos da ae./o representam um dos ampos
mais onusos e ontrovertidos em toda a psiolo3ia, e nin3uém estava
mais a par do Kue -it;ener das difuldades do assunto# Estaeleeu,
entretanto, sua posi./o om larea tLpia# VA ae./oV, insistia sempre,
Vn/o é sensa./oV# Diere dela em parte porKue l;e alta o atriuto de
larea, e tamém porKue suas duas Kualidades Osias, o praer e o
despraer, n/o s/o somente dierentes uma da outra, omo tamém s/o
opostas s/o VinompatLveisV na onsinia, ao ontrOrio das sensa.Jes de
vermel;o e aul, por eemplo# As Kualidades elementares da ae./o s/o o
praer e o despraer, e s/o as Mnias# -it;ener tin;a essa opini/o, ontrOria
P teoria tridimensional dos sentimentos de Wundt, pela Kual Vo sentimento
movimenta?se primeiro entre os plos opostos do praer e do despraer em
se3undo, entre os plos opostos do eitamento e da depress/o em
tereiro, entre a tens/o e o relaamentoV# Aps uma onsidera./o
detal;ada desta teoria, -it;ener reCeitou?a so a ale3a./o de Kue n/o estO
onstruLda de orma l3ia e Kue n/o é apoiada pela evidnia dos atos# A
idéia de -it;ener sore a ae./o levou?o, tamém, a reCeitar a teoria das
emo.Jes de 2ames?)an3e, Kue di ser a emo./o a soma total das sensa.Jes
estaeleida pela a3ita./o orporal Kue se ori3ina em ertas situa.Jes
eitantes# A emo./o redu?se, portanto, P sensa./o, prinipalmente P
or3Qnia# Emora -it;ener admitisse Kue a sensa./o or3Qnia estO
presente na emo./o, Kue é uma parte importante da eperinia emoional
em seu todo, n/o aredi )
tava ser possLvel desprear o elemento sentimental# A sensa./o or3Qnia,
diia, é simplesmente or3Qnia e muito dierente da ae./o em si# N/o
pode ser responsOvel pelo praer e despraer em si, e estas s/o as
Kualidades Kue d/o o seu tom araterLstio P eperinia emoional# (s
proessos da ae./o em si n/o s/o redutLveis a nada mais# ( praer e o
despraer s/o elementos onsientes, relaionados om as sensa.Jes e as
ima3ens#
A partir desses elementos ? sensa./o, ima3em e ae./o ? orma?se toda a
estrutura da vida psLKuia e nesta idéia estO inluLdo o plano 3eral, o
esKuema arKuitetcnio Osio do sistema omo um todo# ( prprio
esKuema é simples ao etremo ? isto é, em sua onep./o 3eral os
detal;es onretos s/o muitas vees de enorme ompleidade# A afrma./o
Osia é a de Kue de al3uma orma os estados de onsinia mais
ompleos s/o sempre ormados a partir de proessos elementares, isto é,
Kue as dierentes omina.Jes dos elementos, reunidos em diversos 3raus
de intimidade, onstituem eperinias onsientes, tais omo a perep./o,
a ima3ina./o, a emo./o e o pensamento# s vees, as omina.Jes s/o
muito estreitas, omo aontee na us/o da nota undamental e os
soretons em um som musial outras vees, as li3a.Jes s/o menos Lntimas,
omo na perep./o de uma melodia Kue é um padr/o, ao mesmo tempo
Kualitativo e temporal e, Ps vees, a assoia./o é muito raa, omo na
lemran.a do nome de uma melodia Kue estO sendo eeutada# %orém, os
estados mais ompleos s/o sempre, até erto ponto, omposi.Jes de
elementos e a tarea da psiolo3ia é de mostrar omo os proessos mentais
mais elevados podem ser assim epliados#
No limiar desta tarea, enontra?se o prolema da aten./o# ( modo de
-it;ener tratar este prolema é astante araterLstio, revelando
distintamente os tra.os VestruturaisV de sua psiolo3ia# No aso da aten./o,
mais do Kue em KualKuer outro proesso mental, paree ;aver al3o
realmente em a./o, daL a ori3em do Vpoder da aten./oV da psiolo3ia
popular, e a Vauldade da aten./oV da psiolo3ia pré?ientLfa# %orém, na
psiolo3ia de -it;ener n/o ;O lu3ar para VpoderesV e VauldadesV nem, por
esse motivo, para Va.JesV e Vun.JesV das esolas rivais da époa# Em suas
m/os, a prpria aten./o torna?se uma Kuest/o de onteMdo e a
introspe./o é onsultada de modo natural, a fm de desorir a sua
naturea# A onsinia atenta tLpia, na sua opini/o, tem omo tra.o
araterLstio um arranCo de onteMdos ons
5
58
Edna Heidreder
%stolo3is do &éulo 
56
ientes de tal modo Kue os oservados est/o em primeiro plano# No estado
de aten./o, a onsinia admite um oo e urna mar3em, sendo a
dieren.a essenial entre amos uma Kuest/o de larea# A aten./o é, pois,
essenialmente larea, e reerindo?se a um atriuto da sensa./o e da

ima3em, -it;ener
Va.JesV, sem é apa
preisar de Kue
de nada desrever a aten./o
n/o esteCa semelementos
dado nos reorrer aeVor.asV
seus e
atriutos, e assim desrev?la toda omo um onteMdo# Em resumo, a
aten./o é uma padronia./o da onsinia# Esta idéia remonta ao oneito
de aperep./o de Wundt# De aordo om ele, a onsinia n/o é disposta
de modo uniorme sore todo o seu ampo# Eiste um oo, no Kual os
proessos s/o apereidos, dentro de um ampo total Kue inlui o alane
inte3ral da onsinia# + este o padr/o Sundtiano, esta disposi./o em oo
e mar3em, Kue -it;ener adota para epliar a aten./o# =uanto P sua
naturea eata, ele n/o estO inteiramente erto, mas n/o duvida Kue seCa
um padr/o# De um modo 3eral, tende a areditar Kue o padr/o tem dois
nLveis, om uma dieren.a em de inida entre o nLvel de larea e o de
osuridade#
3radual do oo'onsidera a possiilidade
para a mar3em, mas em deseu
;aver
todoum osureimento
apia aKuelia Kue tem
dois nLveis prinipais e su3ere Kue onde ;ouver mais 3raus de larea, trata?
se de dieren.as eistentes entre um dos dois nLveis prinipais, Vran;urasV
nas suas superLies e nada mais# Do ponto de vista do sistema em seu
todo, entretanto, o ponto importante é o reon;eimento da aten./o omo
um arranCo ? omo onteMdo e larea ? sem reorrer a nada Kue os
elementos n/o possam suprir isto é, sem reernia a nada Kue n/o seCa
VestruturalV# Esse ponto é si3nifativo porKue a aten./o, Kue mais do Kue
KualKuer outro proesso mental paree aer realmente al3uma oisa, tem
3rande proailidade de esapar dos limites do onteMdo#

'om a mesma
prolema diLilonsistnia, -it;ener
do si3nifado, trata de
por eemplo, eleoutros
reduproessos mentais#
a uma Kuest/o de (
onteto# %siolo3iamente, o si3nifado de um proesso mental é a
reuni/o de proessos na Kual estes permaneem nada mais do Kue isso#
%or eemplo, uma perep./o si3nifa peri3o se oorrer num onteto de
sensa.Jes inestésias Kue aompan;am a tendnia para u3ir de
proessos or3Qnios e emoionais Kue arateriam o medo# Assim o
si3nifado, omo a aten./o, pode ser desrito omo onteMdo# Assim pode
ser tamém a emo./o, Kue é um proesso transitrio, Viniiado de re penteV
Valtamente ompleoV, Vortemente emoionalV, Vinsistentemente or3QnioV,
e VpredeterminadoV no sentido de se diri3ir para um fm natural# A emo./o,
tamém, é um padr/o realmente de mOima ompleidade, e no Kual o
ator temporal é etremamente importante, mas é, n/o ostante, um
padr/o de onteMdos onsientes# A prpria a./o, de aordo om a
psiolo3ia, na orma em Kue é mostrada por ele em rela./o P Vonsinia
da a./oV nas eperinias lOssias, é uma Kuest/o de onteMdo
onsiente# "esmo neste aso, emora ele esteCa tratando om um ato Kue
muita 3ente tomaria de inLio por um movimento maniesto, -it;ener
prosse3ue sem errar no sentido das eperinias onsientes Kue onsidera
o Qma3o do proesso# Nas primeiras eperinias do tempo de rea./o,
eplia ele, ;avia pouo interesse pelos aspetos psiol3ios do prolema#
"as, em sua opini/o, a rea./o simples, Kue é a a./o reduida P sua
epress/o mais simples, proporiona uma tima oportunidade para o estudo
da onsinia da a./o# Nesta, ele enontra Vuma ase preliminar na Kual as
oisas importantes s/o inestésias e a idéia de fm ou resultado a ase
entral, na Kual al3um oCeto é pereido em rela./o om a idéia de fm e
uma ase fnal, na Kual a perep./o do resultado se destaa em um undo
de inestesia, de sensa.Jes despertadas pelo movimentP realV# Assim,
mesmo no estudo do tempo de rea./o, onde o estudo vio ? e neste aso,
o estudo ;istrio real ? é em diverso, -it;ener ataou o prolema por
meio da introspe./o e em un./o do onteMdo onsiente#
N/o ;O neessidade de mais eemplos# ( tratamento é sempre o mesmo
em sua essnia# A matéria de estudo da psiolo3ia é a onsinia seu
método tLpio é a introspe./o seus encmenos podem ser epliados em
rela./o aos proessos orporais, porém os onteMdos da onsinia em si
s/o os prinipais# Esta afrma./o é, naturalmente, muito simplifada e seria
totalmente alsa se desse a impress/o de Kue -it;ener era apa de
i3norar as oisas ompleas# %ois, devido P sua sensiilidade em ae das
difuldades sutis Kue eistem mesmo nos prolemas psiol3ios mais
simples, possuLa al3o da relutQnia de Wundt em aer uma delara./o sem
erO?la de lassifa.Jes# %orém, -it;ener nuna permitiu Kue as
lassifa.Jes empanassem a desri./o prinipai paree Kue se esor.ou
para tornar o assunto prinipal ompreensLvel em parte porKue estava
iente das muitas raJes Kue poderiam t?lo modifado# 'omo
onseK[nia, avesar dos parO3raos em ompostos Kue 3arantem o teto
57_
Edna He[5reder
%siolo3us do &éulo 
575
prinipal apesar da uidadosa eplia./o das raJes pr e ontra apesar
dos repetidos lemretes de Kue a psiolo3ia é inompleta, Kue n/o pode
aer afrma.Jes em orma do3mOtia, Kue suas onlusJes devem estar
prontas a ser modifadas pela evidnia dos atos de Kue ela tanto
neessita a despeito de tudo isso, o plano 3eral é inonundLvel# A
imperei./o da psiolo3ia é admitida ontinuamente, mas n/o om a
implia./o de Kue o proCeto prinipal seria alterado# As eperinias uturas
preen;er/o as launas do on;eimento e resolver/o pontos ontroversos,
porém o plano de ataKue é on;eido# ( -et?oo] fnalia om uma nota
onfdenial# V( método eperimental, tendo onKuistado todo o domLnio da
naturea e da vida, estO impulsionando, para as maiores alturas da mente, o
prprio pensamento# N/o é preiso ter o dom da proeia para predier Kue
a primeira metade deste séulo mararO époa na ;istria da psiolo3ia
ientLfa#V E n/o é neessOrio ser adivin;o para suspeitar Kue, se3undo
-it;ener, estes pro3ressos Kue aem époa n/o ei3ir/o altera.Jes
proundas nas onep.Jes Osias de seu sistema#
Isso se aplia mais ao Kue o sistema é# + importante oservar, tamém, o
Kue ele n/o é# Até o fm, -it;ener se asteve de onsa3rar ao traal;o,
om os testes de inteli3nia, um empreendimento Kue os psilo3os
amerianos, om seu interesse prOtio pelas dieren.as individuais, ;aviam
prontamente adotado# A psiolo3ia apliada, outra empresa Kue os
psilo3os amerianos estavam desenvolvendo om ener3ia e entusiasmo,
tamém fou ora de seu Qmito# E, ao Kue paree, -it;ener nem ao
menos o3itou em inluir na sua psiolo3ia 3eral, o Kue "Dou3all ;amara
de Vra3mentos de psiolo3ia anormalV, materiais Kue est/o enonttando
aeita./o em muitos ursos de psiolo3ia 3eral, e Kue eerem 3rande
atra./o sore os Covens perturados# -amém se opun;a P teoria das
emo.Jes de 2ames?)an3e, Kue onsiderava a emo./o, sem reon;eer um
elemento emoional espeLfo# Era, tamém, inteiramente ontrOrio ao
movimento do pensamento sem ima3em, Kue lan.ou dMvidas Kuanto P
interpreta./o do pensamento so o ponto de vista das sensa.Jes, ima3ens
e onteMdos onsientes em 3eral, e Kue utiliou um método de
introspe./o 5 n/o ortodoo, para n/o dier pior# E onlui?se Kue e
oposi./o Ps esolas
5 2O no fm de sua vida, -it;ener demonstrou 3rande interesse pela
enomenolo3ia, porém n/o e nen;uma delara./o defnida de mudan.a de
opini/o em rela./o a este assunto#
do unionalismo e do e;aviorismo, 57 Kue oram ate3oriamente
diri3idas ontra a sua interpreta./o da psiolo3ia# V@eCo menos possiilidade
de pro3resso por meio de uma revolu./o, do Kue pelo traal;o persistente
so o re3ime atualV, delarou ao omentar os novos traal;os sore os mais
altos proessos do pensamento, e este omentOrio é etensivo P sua atitude
em rela./o P psiolo3ia no sentido 3loal# N/o via motivo para mudan.a
nem epans/o radial o seu sistema era VpeKueno e erto, peKueno e
onisoV !Vri3;t little, ti3;t littleV$#
A psiolo3ia de -it;ener eereu, de ato, a sua maior in\unia nos
Estados Unidos, omo onep./o em defnida e omo atitude positiva# Era
um método om orma e di3o defnidos# %ura, mas enér3ia,
desinteressada de propsitos, onsientemente eata, soressaLa
visivelmente omo ponto de reernia fo e inonundLvel no panorama
rapidamente amiante da psiolo3ia norte?ameriana#

%orém, apesar de toda a sua or.a e lealdade, -it;ener n/o podia deter a
mar;a do tempo# Novas psiolo3ias, de vOrios 3raus de ;eterodoia,
sur3iam em toda parte P sua volta# Em 'olMmia, 'attell estimulava
onstantemente o estudo das dieren.as individuais, e afrmava
aertamente Kue a maioria dos estudos realiados em seu laoratrio
poderiam dispensar a olaora./o do introspeionista treinado# -;orndi]e,
tamém em 'olMmia, e eperinias om animais e esolares, preerindo
reon;eidamente pesKuisas em lar3a esala Kue tratam de mil;ares de
asos em lu3ar das oserva.Jes minuiosas de al3uns psilo3os treinados#
Em ';ia3o, desenvolveu?se um novo movimento on;eido omo
unionalismo, uma esola Kue tratava os proessos mentais omo un.Jes
dos or3anismos vivos# %ara -it;ener, tal idéia sore a psiolo3ia si3nifava
um desvio cmodo na dire./o do senso omum, em ontraste om os
modos de pensar ientLfos, uma u3a Ps ei3nias da psiolo3ia
ri3orosamente eperimental, e um namoro peri3oso om a teleolo3ia
si3nifava uma onus/o entre a inia e a tenolo3ia, por um lado, e a
flosofa, por outro# 'onsiderava a mesma omo o tipo de psiolo3ia
representada por Brentano, um modo de pensar Kue se opun;a 3eralmente
P verdadeira psi57 A posi./o de -it;ener Kuanto ao unionalismo pode ser
enontrada em seu arti3o V%ostulates o a &trutural %s;olo3V
%]Uosoiial RevieS !5868$# <# 6?:9# e em V&trutural and Funtlonal
%3;ol(3V, iid# !5866$, 8, 6_?6<# &ua réplia P prolama./o do
e;aviorlsmo de Watson oi dada num traal;o intitulado _n %s;olo3 as
t;e Be;avlorist @leSs It V, %roeedin3s o t5e Ameri#an %;ilosop;tal
Boiet, 97, 5?5<#
57
Edna Heidreder %sSolo3ias 5o &éulo 
577
olo3ia ientLfa de Wundt# ( e;aviorismo, tamém, sur3iu e pro3rediu
apesar de sua delara./o Kue o mesmo era lo3iamente sem importQnia
para a psiolo3ia e Kue, emora pudesse aer ontriui.Jes valiosas ao
on;eimento dos meanismos do orpo, n/o poderia Camais suplantar a
prpria psiolo3ia#
( traal;o dos Kue eram avorOveis ao Vpensamento sem ima3emV era
espeialmente inKuietante, porKue neste aso ;avia ;omens, al3uns dos
Kuais eduados na esola a Kue pertenia, prolamando desoertas Kue
aiam a psiolo3ia da époa pareer inadeKuada# [lpe e seus disLpulos
na Aleman;a, Binet na Fran.a, e WoodSort; nos Estados Unidos ;aviam, em
separado e Kuase ao mesmo tempo, apresentado provas indiativas de Kue
o pensamento n/o é uma Kuest/o de ima3ens e sensa.Jes, omo se ;avia
pensado# (s seus estudos, aseados no eame direto de vOrios proessos
do pensamento, mostravam Kue o pensamento pode produir?se, Ps vees,
sem KualKuer onteMdo de ima3em ou sensa./o oservOvel, e o Kue pode
ser notado nessas oasiJes onsiste Kuase sempre de atitudes ou Vestados
de onsiniaV 3eralmente impreisos e impossLveis de ser analisados e
em diversos dos esperados VonteMdosV onsientes# Al3uns autores
su3eriram Kue devia ser inluLdo um elemento do pensamento# -it;ener
n/o podia aeitar este ponto de vista# Areditava Kue os estados de
onsinia Vn/o analisOveisV simplesmente n/o podiam ser analisados e
aseado em suas prprias introspe.Jes e em estudos eitos em seu
laoratrio, a;ava Kue estes Vestados de onsiniaV, Vsentimentos de
rela./oV e Vpensamentos sem ima3emV eram, de ato, ompleos de
sensa.Jes e ima3ens inestésias ailmente omitidas, as Kuais
representam as atitudes motoras na onsinia# Dessa orma, inorporou
esta desoerta ao seu sistema, sem alterO?lo0 o pensamento onsiente,

emora
ontin;aainda
aiasontinuasse sendo uma
onde os onteMdos Kuest/o
eram dé ima3ens
em 3rande e sensa.Jes,
parte inestésios
reon;eeu tamém Vdisposi.Jes motorasV e Vtendnias determinantesV
Kue n/o possuem aompan;amento onsiente# %orém, emora -it;ener
ten;a assim, de erto modo, superado esta difuldade, muitos psilo3os
areditavam Kue o ato importante no movimento do pensamento sem
ima3em era o de Kue, mesmo no pensamento, a atividade motora e as
ases nervosas pareem ser de mOima importQnia, e Kue a introspe./o
pode n/o dar as india.Jes mais apropriadas om rela./o ao Kue estO
realmente aonteendo#
De KualKuer maneira, a ontrovérsia do pensamento sem ima3em revelou
um deseCo, mesmo uma avide, entre os psilo3os amerianos no sentido
de tentar métodos para estudar e interpretar o seu material, Kue n/o eram
ri3orosamente ortodoos#
&eCa Kual or o motivo, a in\unia de -it;ener e aparentemente o prprio
3rau de seu interesse em psiolo3ia diminuLram durante a Mltima déada de
sua vida# Istava nessa époa traal;ando em sua ora %role 3omena, um
livro Kue, eito om a inten./o d ser uma eposi./o fnal dos prinLpios
Osios de seu método, iria ser o seu ma3num opus# %orém, o traal;o
permaneeu inaaado devido P sua morte, e os Kuatro apLtulos
terminados, ormando uma eposi./o ainda mais ompleta Kue as suas
primeiras onlusJes daKuilo Kue onsiderava omo prinLpios undamentais
da psiolo3ia, n/o ontm nada de novo# Era Kuase omo se a psiolo3ia,
omo a oneia, osse inadeKuada para manter apaidade de traal;o do
;omem Kue ;avia lautado t/o onsieniosamente a seu avor# %assou a
estudar moedas anti3as e om ;onestidade tLpia tornou?se perito no
assunto# -endo?se dediado a uma das aventuras mais reentes do
pensamento ;umano, passou os Mltimos anos de sua vida, emora n/o
osse um vel;o, asorto om as relLKuias de ivilia.Jes etintas#
%orém, seCam Kuais orem as oposi.Jes internas e eternas por ele
enontradas, -it;ener omateu?as a ponto de produir um
3rande##volume de traal;o# Em diversas époas de sua arreira, esreveu
Kuatro dos livros didOtios mais amosos de seu tempo, An (utline o
%s;olo3, %rimer o %s;olo3, -et?oo] o %s;olo3 e Be3inners
%s;olo3# Destes, o -et?oo] é de primordial importQnia porKue enerra
a apresenta./o mais em elaorada de seu método, em sentido 3loal# (
seu livro Epeimental %s;olo30 A "anual or )aorator %ratie é
3eralmente onsiderado sua maior realia./o isolada# 'ompJe?se de Kuatro
volumes, dois sore eperinias Kualitativas e dois sore Kuantitativas, um
manual para o aluno e outro para o instrutor, em ada onCunto# Este
traal;o, um monumento P erudi./o do seu autor, é muitas vees itado
omo uma espéie de evidnia doumentada a avor da eistnia real de
uma inia psiol3ia eperimental# ( livro %s;olo3
5 -it;ener aleeu a 7 de a3osto de 56<, vitima de um tumor ereral#
porém n/o ;ouve india./o de KualKuer diminui./o em sua apaidade
inteletual#
52
Eina Heidreder %siolo3Ss do &éulo 
579
o Feelin3 and Attention e o Eperimental %s;olotC o t;e Hi=;er -;ou3;t
%roesses epJem a sua maneira araterLstia, tanto onsieniosa Kuanto
autoritOria, de lidar om 3randes Kuantidades de provas interli3adas de
orma intriada a respeito de assuntos altamente ontrovertidos# Além de
seus livros, esreveu
sua in\unia rtumerosos
sore os arti3os,
estudantes e seuspolmios
traal;!s,oue rios
n/o,deates
e por meio de
sore
psiolo3ia em 3eral, desempen;ou um papel preponderante na orma./o da
psiolo3ia nos Estados Unidos#
N/o ;O dMvida de Kue o apLtulo Kue -it;ener esreveu sore a psiolo3ia
norte?ameriana é importante# -alve a sua maior realia./o ten;a sido
sumeter o método por ele representado a um teste ompleto# Esta
afrma./o a reernia n/o somente P sua eposi./o sistemOtia pessoal,
mas tamém ao tipo 3eral de psiolo3ia Kue seu método representava para
aKuela psiolo3ia Kue era VeperimentalV em sentido restrito, resultado de
movimentos ientLfos espeLfos Kue ulminaram nos laoratrios

alem/es# "esmo
ientLfa# Em suapara -it;ener,
essnia, estetentativa
era uma tipo de psiolo3ia era an/o
para estudar, psiolo3ia
pelas
inda3a.Jes da flosofa, nem pelos instrumentos tosos do senso omum,
mas sim pela oserva./o preisa e pela eperinia, os encmenos da
onsinia# Foi salientado no inLio deste apLtulo Kue este era Kuase de
modo inevitOvel o passo se3uinte Kue a inia deveria dar# -endo ela
revelado em primeiro lu3ar as peuliaridades da matéria inor3Qnia, depois
dos orpos vivos, iria a3ora revelar aKuelas dos proesos mentais# E desde
Kue essa proailidade se apresentou t/o a propsito, era deseCOvel Kue
osse sinera? mente testada# Nin3uém poderia mel;or revelar as
eperinias da nova psiolo3ia do Kue al3uém Kue a aeitara om astante
é e a tratara o mais seriamente possLvel# &e a psiolo3ia na orma em Kue
-it;ener a interpretava n/o pudesse se manter nos Estados Unidos so a
lideran.a de uni ;omem om sua ;ailidade se, om o prestL3io da
prioridade e o de uma ;onrosa tradi./o aadmia, ela n/o se pudesse
estaeleer omo a ase da utura psiolo3ia e assimilar os uturos
desenvolvimentos ? este prprio ato seria si3nifativo# E ter revelado isto CO
n/o oi Oil# &e a psiolo3ia omo -it;ener a defnia e diri3ia nada mais
tivesse eito Kue revelar suas prprias definias, ao ampliar ao mOimo
suas or.as e pretensJes, ainda assim a tentativa teria valido a pena# Haver
mostrado por seu prprio eem plo
por meio de uma eperinia ompleta, oraCosa e defnida, Kue a psiolo3ia
ientLfa, omo ora oneida de inLio, era inadeKuada Ps ei3nias de
seu material de estudo, CO era prestar ;onroso servi.o a uma inia em
evolu./o#
+ ora de dMvida Kue a esola e importantes ontriui.Jes P psiolo3ia# +
simples realidade ;istria Kue o tipo de psiolo3ia ensinada por -it;ener,
empreendimento Kue se onentrou nos laoratrios alem/es, oi o primeiro
a onse3uir para a psiolo3ia o reon;eimento omo inia# E é tamém
verdade Kue esta disiplina, importada da Aleman;a, oi um dos meios pelo
Kual a psiolo3ia norte?ameriana e a transi./o da flosofa mental para a
inia, aprendendo a onfar menos na espeula./o e mais na oserva./o,
a estar menos preoupada om valores étios ou de outra espéie, e a
prestar mais aten./o aos atos omo tais# Além disso, o método preoniado
pela nova psiolo3ia era Custifado pelos estudos uidadosos provenientes
dos laoratrios# Em sensa./o e perep./o, tin;a a seu avor eminentes
realia.Jes e al3um pro3resso ao eplorar os proessos emoionais até
erto ponto penetrou mesmo nos ampos diLeis da memria, pensamento
e vontade# -odavia, a psiolo3ia eperimental, omo -it;ener a entendia,
n/o permaneeu omo sendo !5 psiolo3ia ientLfa nos Estados Unidos0
e o Kue é mais notrio, os novos empreendimentos da psiolo3ia norte?
ameriana n/o oram rutos de seu modo de pensar, mas sim protestos
ontra suas limita.Jes#
-alve o motivo prinipal para este estado de oisas estivesse na pai/o
pela preis/o sistemOtia Kue arateriava a esola tit;eneriana# %or seu

prprio
seu desvelo em ser-endo
desenvolvimento# ientLfa estaeleeu
defnido limita.JeseKue
ertos materiais erearam
métodos omoo
ientifamente eatos, limitou?se a prolemas dentro do esopo dessas
defni.Jes# %orém, a uriosidade, mesmo a ientLfa, ome.a om situa.Jes
onretas e n/o om defni.Jes eatas e se or ativa e verdadeira, n/o serO
dominada por defni.Jes# &e eiste um deseCo orte e verdadeiro para saer,
por eemplo, omo os seres ;umanos a3em e por Kue, e se essas per3untas
v/o além dos limites impostos por um determinado di3o ientLfo ? em
pesKuisas sore mMsulos e 3lQndulas, por eemplo, ou sore o
omportamento animal, ou dieren.as individuais, ou ainda sore as un.Jes
e utilidade das atividades mentais ? a uriosidade le3Ltima n/o serO arrada
pela afrma./o de Kue seu interesse n/o é ientLfo# Emora a per3unta
seCa eita de modo im
57:
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
59<
preiso ? e as perspetivas s/o de Kue a eposi./o sistemOtia serO
impreisa no inLio ? a uriosidade inipiente aseada na per3unta n/o serO
satiseita por aKuilo Kue esteCa ora de seu prinipal interesse# Afnal de
ontas, tal uriosidade é a ase da inia e n/o deve ser t/o severamente
reprimida# &e ela se envolver em luta om um determinado di3o
ientLfo, é em provOvel Kue ven.a, em parte porKue a inia n/o pode
passar sem ela, e tamém porKue um determinado di3o, mantido por um
erto 3rupo em al3um lu3ar e tempo, é onstituLdo n/o somente pelas
ei3nias Osias e esseniais da inia, omo tamém pelas
irunstQnias loais e um tanto aidentais da situa./o# Foi em tal on\ito
entre a uriosidade e a eatid/o ri3orosa Kue a psiolo3ia de -it;ener
tomou parte# =uando teve de esol;er entre ape3ar?saos prolemas Kue l;e
eram afns ou modifar a sua es utura para se adaptar a outros novos,
esol;eu sem tituear o primeiro aso# Reon;eeu os novos prolemas
omo tais, porém n/o omo psiolo3ia e oi em 3rande parte esta atitude
Kue tornou o movimento representado por -it;ener, nos Estados Unidos,
uma esola de psiolo3ia em ve de um ponto de partida da psiolo3ia
norte?
?ameriana em 3eral#
Realmente, os omentOrios mais importantes alusivos P psiolo3ia de
-it;ener s/o aKueles relativos Ps suessivas revoltas ontra a mesma#
"uitas das delara.Jes ontra sua doutrina s/o, de ato, ea3eradas e
al3umas das rea.Jes ontra ela s/o aseadas na mO ompreens/o do
prprio sistema# Houve, por eemplo, difuldade em onsiderar o oCeto por
ele desrito omo pertenendo P ordem natural, em aeitar a introspe./o
omo oserva./o 3enuLna, em interpretar o seu sistema omo de
VelementosV e VonteMdoV e, apesar disso, onsiderO?lo omo sistema no
Kual os elementos s/o proessos# Houve, Ps vees, tendnia a dar nase
demasiada P superfialidade do onteMdo real do sistema e a ver, em seu
desinteresse, apenas irrelevQnia e utilidade# -amém ;ouve, Ps vees,
uma tendnia para ea3erar a intolerQnia de -it;ener e para esKueer
Kue ele deseCava reon;eer o valor dos movimentos Kue l;e eram
anta3onistas, ontanto Kue n/o se intitulassem de psiolo3ia# %orém, o
sentido 3eral do movimento por ele representado é evidente e oi ontra tal
movimento Kue as novas esolas protestaram ? areditando Kue uma
psiolo3ia ri3orosamente estrutural deiava de reon;eer o material
psiol3io na orma em Kue eiste na eperinia Kue uma psiolo3ia t/o
pura omo essa deveria ser estéril e Kue as eposi.Jes sistemOtias atuais
n/o devem ser levadas t/o a sério a ponto de eluir prolemas importantes
Kue n/o est/o preparadas para enrentar# + verdade Kue muitas das
oCe.Jes podiam ser reutadas por ar3umentos l3ios pelos tit;enerianos
outras, sem importQnia devido P maneira omo oram estaeleidas, em
nada a modifaram ou aalaram# %orém, oi ontra o sistema, pera maneira
om Kue realiava os seus empreendimentos e pelas suas reCei.Jes
dili3entes, Kue as psiolo3ias mais reentes se opuseram em protestos
suessivos, e n/o simplesmente pelo Kue pudesse estar delarado ou
defnido em seus esritos#
E, no entanto, o movimento Kue -it;ener diri3iu nos Estados Unidos
representa uma realia./o defnida no sentido de tornar a psiolo3ia uma
inia#  medida Kue sua matéria era al3o realmente presente na
eperinia, e até o ponto em Kue sua purea ;amou a aten./o mais para
os atos do Kue para os valores, a psiolo3ia de -it;ener assinalou um
verdadeiro pro3resso em dire./o ao ponto de vista ientLfo# &e levou muito
a sério suas defni.Jes e reCei.Jes, assim o e numa tentativa de frmar?se
omo um empreendimento dierente do senso omum, da tenolo3ia e da
metaLsia# &e tentou, sem ito, oloar toda psiolo3ia dentro do seu
molde ? ou mel;or, afrmar Kue oinidiam os seus limites om os da
verdadeira psiolo3ia ? o seu raasso demonstrou tanto as possiilidades
Kuanto as limita.Jes de seus prinLpios# N/o resta dMvida Kue a psiolo3ia
de -it;ener desempen;ou um papel preponderante no desenvolvimento da
psiolo3ia norte?ameriana, n/o somente omo realia./o eminente e
duradoura, mas tamém omo raasso ;erio e eslareedor#
BIB)I(*RAFIA
Bentle, "adison, V-;e %s;olo3ies 'alled &trutural Historial DerivationV,
%s;olo3ies o 569, 787?767#
? ?, V-;e Wor] o &truturalistsV, %s;olo3ies o 569, 769?_#
Bentle "adison, V-;e %s;olo3ial (r3anismV, %s;olo3ies o 569,
_9?5#
Borin3, E# *#, VEdSard Bradord -it;enerV, Amer# 2# %s;ol#, 56<, 78, 86?
9_:#
-it;ener, E# B#, An (utline o %s;,olo3 !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#,
586:$#
? ?, Eperimental %s;olo30 =ualitative, Instrutors "anual =ualitative,
&tudents "ani`l =uantitative# Instrutors "anual =uan 2
578 Edna Heidre
ttatve, &tudents "anual !Nova lorKue, -;e "amillan
56_5?_9$#
? ?, A %rimer o %s;olo.C !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#, 5
?66$#
?, )etures on t;e Elementar %s;o]3iC o Feelin3 and Attenl !Nova lorKue,
-;e "amillan 'o#, 56_8$#
? ?, )etures on t]e Eperimentah %s;olo3 o t;e -;ou3;t 5 esses !Nova
lorKue, -;e "amillan 'o#, 56_6$#
? ?, A -ei?Boo] o %s;olo3 !Nova lorKue, -;e "amillan 56_6?5_$#

? ?, V-;e %ostulates o a &trutural %s;oo3V, %;ilos# Rev#, 5 <, 6?:9#


? V&trutural and Funtional %s;olo3V, %;ilos# Rev# 5866
6_?66#
? ?, V(n %s;oIo3 as t;e Be;aviorist WieSs It V, %ro# Ar, %;los# &o#, 565,
97, 5?5<#
? ?, A Be3inners %s;olo3 !Nova lorKue, -;e "amillan 5659$#
? ?, &stemat %s;olo30 %role3omera !Nova lorKue, -;e "a lan 'o#,
566$#

? ?, 'oilea3ues and ormer students o, &tudies in %s;olo3 !@ ester,


"ass#, )# N# Wilson, 565<$#

II
A %&I'()(*IA DE WI))IA" 2A"E&
2ames !58?565_$ )an3e !587?56__$#
IN2 este Lnterim, ;ouve William 2ames# De erto modo, 2ames tanto preede
omo se3ue -it;ener na psiolo3ia norte?ameriana# Era vinte ino anos
mais vel;o Kue -it;ener puliou o livro -;e %rinipies o %s;o!o3, sua
maior ora, em 586_, dois anos antes de -it;ener in3ressar em 'omeu e
aleeu em 565_, Kuando a in\unia daKuele estava em seu apo3eu#
Entretanto, os dois s/o responsOveis por in\unias Kue eram mais
paralelas do Kue suessivas e Kue, realmente, nuna se enontraram#
(s ensinamentos de William 2ames indisutivelmente remontam mais ao
passado do Kue os de -it;ener, ou seCa, P anti3a psiolo3ia metaLsia Kue
este aandona ompletamente mas, ao Kue paree, est/o destinados a se
prolon3ar mais além no uturo, porKue ontinuam a prosperar om um vi3or
e um vi.o Kue os torna importantes em ae dos novos prolemas# A
psiolo3ia de 2ames é a de transi./o0

mostra os sinais da metaLsia, porém, é um movimento orientado para a


inia# %ois 2ames, menos preoupado om a eatid/o ri3orosa do Kue em
ompreender o material Kue estudava, desviou?se em suas pesKuisas em
dire./o P eperinia onreta tanto em rela./o Ps su3estJes Kuanto P
evidnia# EnKuanto -it;ener estava onentrado prinipalmente em aer
da nova psiolo3ia uma inia, 2ames se interessava mais em Kue a nova
inia osse psiolo3ia#
i impossLvel situar William 2ames em KualKuer das lin;as em defnidas do
desenvolvimento psiol3io em urso na sua époa# N/o era nem undador
nem adepto de KualKuer esola# Antes de tudo era um indivLduo, e oi omo
tal Kue eereu sua in\unia na psiolo3ia# Emora se tor
5_
%siolo3ias do &éulo 
Edna Heidreder
55
nasse asorto num movimento, emora se entusiasmasse pela sua
importQnia, nuna se deiou suCu3ar por ele permaneia sempre ele
mesmo estava em atento a todos os empreendimentos psiol3ios em
pro3resso no seu tempo ? sempre interessado e, por vees, simpatiante,
satiseito, rLtio e admirador# Faia a esol;a e elo3iava, reCeitava e
aeitava, porém, nuna se desorientou, tanto em seus entusiasmos Kuanto
em suas antipatias# -odavia, n/o era de nen;uma orma indierente#
Enontrava?se no entro da Covem psiolo3ia turulenta e revoltada, mas
nuna perdeu sua individualidade e sua indepeidnia#
A rela./o entre William 2ames e a nova psiolo3ia eperimental da esola
Sundtiana é em araterLstia dessa atitude# %ara a maioria dos psilo3os
de sua époa, a psiolo3ia eperimental aprovada por Wundt era, de erta
orma, deisiva# -anto os adeptos Kuanto os dissidentes eram levados pela
torrente de seu pensamento# "esmo ;omens omo Brentano e &tump
reeem parte de sua importQnia, de sua rela./o om ele, e suas posi.Jes
s/o si3nifativas om reernia a esse pensamento# + a psiolo3ia om a
Kual as suas opiniJes s/o omparadas e postas em onronto# %orém, tais
afrma.Jes difilmente podem ser eitas om rela./o a 2ames# &eu
pensamento desenvolveu?se independentemente da nova psiolo3ia
eperimental, inteirou?se ompletamente dela, retirou ertas partes,
aresentou e assimilou 3randes por.Jes da mesma mas n/o oi
modifado por ela# HO um Ku de isolamento ianKue na psiolo3ia de
2ames, e mais do Kue um pouo do espLrito de independnia ianKue em sua
reusa Covial a suumir aos apelos da ama#
Atitude idntia assinala suas rela.Jes om as outras esolas ? em espeial
ao assoiaionismo ritQnio e P psiKuiatria ranesa# As pO3inas do livro
-;e %rinipies est/o repletas de nomes de autores ritQnios e Cunadas de
epressJes de 3ratid/o pelas suas oserva.Jes e opiniJes# Entretanto,
2ames n/o esreveu se3undo a tradi./o ritQnia e deididamente n/o era
assoiaionista# 'om esse mesmo espLrito de aprova./o, astante
entusiasta, porém imparial, tratou da ora dos psiKuiatras raneses#
Areditava Kue ao tratarem om as personalidades psiopOtias,
espeialmente por seu traal;o om a dissoia./o e a personalidade
mMltipla, estavam aendo desoertas da mOima importQnia estava
astante onvenido de Kue a siolo3ia dos doentes tem muito a ontriuir
para a psiolo3ia em 3eral# %orém, emora mer3ul;asse no estudo dos
asos dos anor mai
e dos Kuase normais, nuna limitou sua aten./o a tais prolemas#
Novamente mostrou aKuela mistura de ompreens/o e independnia, Kue
o feram ao mesmo tempo o mais universal e o mais individual dos
psilo3os#
Eiste, realmente, al3o da mesma atitude independente na orma de
William 2ames tratar a psiolo3ia omo um todo# Ele eKuipara?se aos
3randes psilo3os ? al3uns o oloam em primeiro lu3ar ? todavia mesmo
omo profss/o, a psiolo3ia n/o o oupou de orma elusiva# Iniiou sua
arreira, deve ser lemrado, n/o omo psilo3o, mas omo ilo3o e oi
Kuando ensinava anatomia na esola de mediina de Harvard Kue reservou
lu3ar em seu laoratrio para eperinias psiol3ias, e assim iniiou
Kuase por aaso o primeiro laoratrio psiol3io# A mudan.a defnitiva de
seu interesse
esrever em dire./o
-;e %rinipies oP%s;oio3,
psiolo3ia deu?se emKue
traal;o 58<8, Kuando
o oupou ome.ou
por a
doe anos#
Durante este tempo, entretanto, interessou?se pela flosofa ou mel;or, a
flosofa, Kue o ;avia atraLdo desde tenra idade, relamava ada ve mais
sua aten./o# 'omo é natural, os seus ar3os ofiais em Harvard n/o
orrespondiam eatamente aos seus diversos interesses# =uando era
instrutor de anatomia em Harvard, realiava eperinias psiol3ias#
=uando traal;ava em seu livro -;e %rinipies o %s;olo3, oi nomeado
proessor de flosofa# Um ano antes do -;e %rinipies ser puliado, seu
ar3o oi mudado para proessor de psiolo3ia mas, nessa altura, seu
interesse ;avia mudado t/o ompletamente para a flosofa Kue o seu ar3o
voltou a ser proessor de flosofa# N/o ;O dMvida de Kue aps puliar -;e
%rinipies deiou de se interessar pela psiolo3ia# -odas as per3untas
mereedoras de resposta, diia, estavam na flosofa# %ara ele, a psiolo3ia
;avia sido uma ase# Emora osse uma das in\unias mais poderosas na
orma./o da nova inia da psiolo3ia, e emora durante al3um tempo a
tivesse servido em e om ardor, ao fnal ;amou?a de Vieniain;a
irritanteV#
N/o é de admirar, portanto, Kue William 2ames seCa, Ps vees, emara.oso
para al3uns psilo3os# + reon;eido omo um dos maiores entre seus
pares, entretanto, violou aertamente al3umas de suas maiores proii.Jes
va3ueou por ampos de pesKuisa onsiderados suspeitos ? na re3i/o dMia
da pesKuisa psLKuia, por eemplo, a Kual oi sempre onsiderada um tanto
desareditada# 2ames nuna se deiou intimidar pelos taus aadmios# &e
deseCava investi?
5
Edna Heidredr
%8Solo3ias do &éulo 
57
3ar a possiilidade de omunia./o om o mundo dos espLritos, assim o

aia se sore
apLtulo se sentisse impelido
a aten./o, para
se3uia deater
seu de eespontQnea
impulso ao depararvontade
om umum
prolema para o Kual n/o ;avia ainda dados estatLstios ou eperinias
defnitivas, n/o reuava prudentemente da espeula./o# 'ostumava
oservar om perspiOia, e depois opinava ao saor da evidnia
disponLvel, onfando em seu inteleto para preen;er as launas ? Ps vees
muito 3randes ? e ompreender o porKu da situa./o da mel;or orma
possLvel# %ela ado./o deste método, possuLa um modo de desenvolver
onep.Jes, tal omo a teoria de 2ames?)an3e das emo.Jes, Kue oram de
3randK valor para a pesKuisa# &aia tamém de erto modo prever as
uturas desoertas seu apLtulo sore os \uos de pensamento ontém
eelentes desri.Jes dos Vpensamentos sem ima3emV posteriormente
desoertos nasausado
n/o poderia ser eperinias psiol3ias#
de maneCar E, apesar os
inorretamente deste ;Oito,
atos# 2ames
Admitia um
ato omo tal e a inda3a./o tamém, e emora muitas vees tivesse
desoedeido Ps restri.Jes espeLfas da inia da époa, era
essenialmente possuidor de mentalidade ientLfa# =ualKuer Kue osse a
matéria de estudo, atirava?se P mesma em usa de atos inéditos e om
um dom para a oserva./o fel Kue os mais austeros ientistas
reon;eeram# "as, saia tamém far do lado erto em um prolema Kue
a inia n/o podia resolver# Era t/o sensLvel aos deseCos e esperan.as da
;umanidade Kue n/o podia deiar de l;es dar uma oportunidade#
Realmente, a personalidade de William 2ames diunde?

?se em seu pensamento, e seus esritos traem a mara inonundLvel de


seu temperamento# %orém, isto n/o Kuer dier Kue seu pensamento osse
assoerado pela emo./o# Nin3uém poderia reon;eer om maior
se3uran.a do Kue 2ames a dieren.a entre o inteleto e a emo./o, ou entre
um ato e sua esol;a# Foi, realmente, a perep./o da dieren.a, e n/o uma
dMvida sore a mesma, Kue o e t/o onvito no reon;eimento do papel
do temperamento e das inlina.Jes nas atividades inteletuais# &ua
lealdade para om os atos o e reon;eer este entre outros, porém,
tornou tamém impossLvel para ele onordar om as pretensJes do
inteleto Kuanto a um raioLnio puro e asoluto#
N/o é Oil desrever a personalidade de William 2ames# -alve o mel;or
omo ponto de partida seCa a sua posi./o sore este mesmo assunto do
papel eerido pelo inteleto
nos aaeres ;umanos# Na Kuest/o do inteletualismo versus empirismo,
2ames era a avor do se3undo ontra o primeiro, oloando o assunto em
termos de um ontraste asoluto# -in;a plena onvi./o de Kue a
eperinia pode servir de ponto de partida e de verifa./o do
pensamento# Esta ren.a aparee em sua flosofa em omo em sua
psiolo3ia, pois a atra./o para o imediatismo situa?se tanto na ase de sua
l3ia Kuanto de sua metaLsia ? do pra3matismo e do empirismo radial e
emora a pulia./o do -;e %rinipies anteedesse a elaora./o dessas
teorias, as tendnias Kue elas representam estavam presentes om
evidnia em seu pensamento psiol3io# Devido a motivos relaionados
om este mesmo ponto de vista, 2ames opun;a?se ao determinismo em
ontraste om o livre arLtrio tin;a propens/o para onfar no sentimento
imediato de Kue a aten./o e a vontade eetivamente deidem al3o, e Kue a
vida ;umana n/o é o Varrastar penoso de uma orrenteV# Reon;eia o
determinismo omo uma simplifa./o astante onveniente do universo e,
portanto, omo um instrumento Kue eere 3rande atra./o sore o
inteleto# %orém, para 2ames o inteleto, apenas um dos muitos encmenos
em um mundo ompleo, n/o tin;a o direito de impor suas ei3nias sore
o arOter da realidade em 3eral# 'onsiderava?o omo uma das muitas
ormas do ;omem tratar om o seu meio amiente mas reon;eia o
mesmo omo um entre muitos e Kue possuLa um lu3ar delimitado e defnido
na naturea ;umana omo um todo# &ua reusa em aeitar as pretensJes
do inteleto muito a sério ? em partiular se se tratava da epress/o de
opiniJes aadmias ofialmente aeitas ? o e muitas vees o ampe/o
das ausas perdidas ontra a frme ;onorailidade inteletual de sua époa#
A;ava Kue nada Kue sur3isse omo possiilidade deveria ser aandonado
sem l;e dar aten./o# &antaana, um de seus ole3as de flosofa em
Harvard, pronuniou?se a seu respeito, nos se3uintes termos0
VA flosofa era para ele omo a onstitui./o polonesa astava um s voto
ontra a maioria para Kue uma lei n/o osse aprovada# A asten./o de
Cul3ar Kue se impusera omo um dever, tornou?se Kuase uma neessidade#
A;o Kue faria deprimido se preisasse onessar Kue al3uma Kuest/o
importante ;avia sido resolvida por ompleto# -eria ainda esperado Kue al3o
sur3isse de outra parte, omo se osse um arraso da inia, prestes a
eeutar um pore ondenado e Kue estivesse almeCando a ;e3ada
repentina de urna testemun;a inesperada, traendo provas da inonia do
réu#V
5 *eor3e &antaana, ';arater and (pinion in t;e United &tates, 8#
5
Edna Heidreder
%siolo3as do &éulo 

59
-udo isto remonta P eistnia de sentimentos radial? mente demorOtios
no espLrito de 2ames# -odo indivLduo, toda idéia, todo instante de
eperinia deve ter a oportunidade de se maniestar e ser reon;eido#
Esta demoraia, este deseCo sinero de Kue tudo osse onsiderado de
al3uma orma ? todas as eperinias, todos os ;omens, n/o importando
Ku/o desareditados seCam aos ol;os dos sOios
? era talve a sua maior preoupa./o# %areia impulsionado pelo deseCo de
ser fel para om todos e este deseCo se revela n/o s em suas rela.Jes om
os outros ? seus ole3as, disLpulos e ami3os ? omo tamém ao tratar om

idéias#
%ois a atitude de 2ames em rela./o Ps idéias é, aima de tudo, demorOtia#
Reee?as om ortesia, trata?as om interesse, realmente inlinado em
on;e?las tais Kuais s/o# N/o pode aeitO?las todas, n/o pretende 3ostar
de todas, porém, estO deidido a eaminO?las indisriminadamente e
Kuando reCeita as Kue deve reCeitar, aandona?as Ps vees Kuase om pesar,
om pleno on;eimento do poder e da raKuea dessas idéias# -em a
mesma maneira ativante de tratar om todos em termos de i3ualdade,
inlusive om os leitores de suas oras# Admite de orma lisonCeira Kue o
leitor é seu i3ual no inteleto e Kue o leitor, o autor, os doutos ientistas
uCas idéias est/o sendo deatidas, est/o todos empen;ados na tarea
omum de tentar atin3ir o Qma3o de KualKuer assunto asorvente Kue
esteCa sendo onsiderado# %or serem todos i3uais, é possLvel ser ao mesmo
tempo 3eneroso e severo# Numa soiedade onde todos s/o i3uais, nin3uém
preisa ter eesso de onsidera./o om respeito Ps susetiilidades dos
outros# A todos podemos pedir satisa.Jes, porKue todos podem se
deender# ( arOter da ora polmia de 2ames é o de Custi.a entre i3uais,
de imparialidade no plano inteletual# %or esse motivo, 2ames, omo se tem
afrmado muitas vees, pode epor a posi./o de um adversOrio mel;or do
Kue ele prprio e, pela mesma ra/o, pode ritiO?lo om ineorOvel
metiulosidade# Na rLtia, omo em tudo o mais, sua minuiosidade ori3a?
o a empen;ar?se ao mOimo# DO ao inimi3o a ;onra de eerer todo o seu
poderio ontra ele#

-alve a efinia om Kue 2ames trata determinado assunto, eiCa uma
palavra de oserva./o, prinipalmente porKue a \uide e o vi.o de seu
estilo, Ps vees, d/o a impress/o de Kue suas opiniJes n/o s/o em
undamentadas# &uas rOpidas arateria.Jes, suas visJes vivamente
eslare edoras
seus rompantes, tudo dO a idéia de al3uma oisa orrendo a alta veloidade,
diri3ida somente pelo impulso do momento porém, nen;uma outra
impress/o poderia estar mais distante da realidade# (s traal;os de 2ames
s/o pereitamente eatos# Era de um esrMpulo eessivo a esse reBpeito#
*uardava os seus manusritos e os urilava, reusando entre3O?los até Kue
dissessem eatamente o Kue deviam# &empre se ressentiu da rLtia de Kue
seus esritos n/o eram uidadosamente planeCados# Apesar de todo o seu
praer nas inspira.Jes do momento, n/o poupava esor.os, Kuer
traal;ando om 3randes Kuantidades de atos materiais enadon;os, Kuer
aompan;ando lon3as séries de ar3umentos e espeula.Jes Kue
onsiderava pretensiosos e inMteis# Apesar de sentir Kue 3rande parte do
traal;o dos laoratrios alem/es era de penosa utilidade ? ostumava
;amar al3umas de suas disserta.Jes de Velaora.Jes do vioV ? tornou?se
um espeialista neste ramo da literatura psiol3ia# =uem Kuer Kue
eamine as notas do livro -;e %rinipies verO Ku/o proundamente 2ames
dominava a psiolo3ia de sua époa e Kuem eaminar as partes
ontrovertidas de seu livro ? seu eame da teoria do autcmato, a da
sustQnia da alma, o livre arLtrio, e as loalia.Jes ererais ? verO Ku/o

metiulosamente
vista além do seu#eaminava as ;ipteses
HO uma eatid/o su3eridasna
surpreendente pelos
oraoutros pontos
de 2ames, Kuede
sem dMvida se relaiona om o ato d ter a;ado diLil aeitar KualKuer
oisa Kue n/o osse provada e defnitiva# &ua tolerQnia, sua perei./o, sua
eatid/o e sua alta seriedade onstituem partes de sua personalidade
omplea tanto Kuanto a sua vivaidade e a3udea#
Em suas rela.Jes pessoais diretas, 2ames era t/o efiente Kuanto em seus
esritos# &uas )etters  mostram Kuantos pontos de ontato manteve om
seus ami3os e essa orrespondnia revela tamém o oCetivo de seus
interesses# &eus disLpulos a;avam?no etraordinariamente enoraCa? dor#
Em sua sala de aula, omo em seus livros, admitia um onvLvio sem
distin./o entre os alunos# N/o estava ;aituado a aer prele.Jes solenes e,
muitas vees, mer3ul;ava em notOveis diva3a.Jes su3eridas pela oasi/o#
& vees, aastava?se astante de seu sistema em usa de um assunto
Kue a;ava asorvente, e um dia um aluno, tentando a?lo voltar a si de
uma dessas diva3a.Jes, elamou0 V"as, proessor, alando sério por um
momento# # #V Naturalmente, o
 -;e )etters o William 2ames, ed# por seu fl;o Henr 2ames#
5:
%siolo3ias do &éulo 
Edna Heidreder
5<
amiente da sala de aula de 2ames era tal, a ponto de ae5 om Kue se
esKueessem os proedimentos de uma lasse KualKuer# Nada é mais tLpio
de 2ames do Kue o ato de n/o ter undado uma esola# EnoraCava os
alunos para Kue pensassem ? n/o propriamente os seus pensamentos#
%reeria lan.ar os seus pensamentos e teorias no mundo e deiO?los ter uma
oportunidade em rela./o a outros pensamentos e teorias# N/o prourava
dar?l;es o apoio de uma esola deiava?os onfar em suas prprias or.as
desprote3idas#
A psiolo3ia de 2ames é apresentada em sua orma mais ompleta nos dois
volumes do -;e %rinipies o %s;olo3# -em?se dito om reK[nia Kue
este traal;o n/o é sistemOtio, Kue tem alta de or3ania./o ou, pelo
menos, Kue KualKuer or3ania./o Kue possua n/o é de muito valor# De ato,
o livro n/o dO a idéia de uma estrutura intimamente artiulada dO mais a
impress/o de uma série de intui.Jes, de lampeCos penetrantes nas
proundeas do assunto# =uase todos os apLtulos podem ser lidos
isoladamente omo ensaios em separado, sore o seu assunto partiular e,
om raras ee.Jes, ada apLtulo se apresenta omo se o seu tema osse o
mais importante da psiolo3ia, omo se neste aso, por este estudo, osse
enontrado o amin;o para o prprio Qma3o do assunto# ( prprio 2ames
areditava ser, antes de tudo, uma Vriatura de aper.usV e o livro -;e
%rinipies é laramente o traal;o de tal riatura# Emora osse o tratado
mais eaustivo sore psiolo3ia 3eral em sua époa, é, na mel;or das
;ipteses, uma série de perep.Jes a3udas e visJes penetrantes dentro de
um setor do on;eimento novo e pouo eplorado#
-udo isto é verdade, todavia n/o deve ser ressaltada a alta de or3ania./o#
%ois, através do livro todo eiste um padr/o, raamente indiado e nuna
imposto, mas n/o ostante si3nifativo# &em dMvida, al3umas das
oserva.Jes, no sentido de Kue o livro n/o oi planeCado om uidado,
tiveram ori3em no ato de Kue le n/o se3ue o sistema onvenional de
ome.ar om unidades, tais omo sensa.Jes e idéias simples e, a partir
dessas unidades, onstruir os estados de onsinia mais ompleos#
%orém, uma parte essenial do ensinamento de 2ames destinava?se
Custamente a provar Kue este método n/o é Custifado e Kue o ponto de
partida erto é a eperinia na orma em Kue se apresenta, a torrente
omo \ui perante a perep./o, e n/o a simples sensa./o# A Vsensa./o
simplesV ou Vidéia simplesV, insistia sempre 2ames, n/o se enontra na
eperinia n/o analisa?
da e n/o inteletualiada é o resultado da astra./o, P Kual se ;e3a aps
um estudo lon3o e ei3ente# Além disso, areditava Kue antes da psiolo3ia
poder ser deatida, era preiso preparar o terreno# %ois, n/o podia aeitar,
omo fera -it;ener, Kue a psiolo3ia CO osse uma inia, depois
esrever uma urta delara./o da rela./o mente?orpo e, sem maiores
difuldades, esrever psiolo3ia# 2ames era norte?
?ameriano e flsoo, em omo psilo3o e on;eia muito em a tradi./o
flosfa dos Estados Unidos para areditar pudesse ela ser desartada om
ailidade# 'onsiderava a psiolo3ia norte?ameriana n/o omo esta deveria
ser, porém, omo a enontrou na orma de flosofa mental aseada no
assoiaionismo, muitas vees li3ada ao alvinismo, e Ps vees em suas
ormas mais inteletuais, ao transendentalismo e ao idealismo asoluto#
2ames n/o s on;eia a tradi./o norte?ameriana, mas esta era uma parte
dele prprio# %ara ele, era impossLvel deiar de lado os prolemas da mente
na orma em Kue se apresentavam ao povo norte?ameriano de sua époa#
Em resumo, este é o eso.o do livro -;e %rinipies# (s primeiros seis
apLtulos do primeiro volume s/o astante Mteis no sentido de preparar o
terreno para a psiolo3ia propriamente dita# 'onsiderando omo sua
primeira tarea oloar as onep.Jes iol3ias neessOrias perante o
leitor, 2ames deate os aspetos da atividade nervosa Kue onsidera mais
importantes P vida mental e a esse respeito, inlui o seu amoso apLtulo
sore o ;Oito ? o Kual desenvolve, a tese de Kue a vida mental, na
realidade, toda a onduta ;umana, é, em 3rande parte, determinada pela
tendnia do sistema nervoso em ser modifado de tal orma em ada
a./o, Kue toda a./o suseK[ente da mesma espéie se torna um pouo
mais Oil do Kue a anterior# A se3uir, 2ames predispJe o leitor para o ponto
de vista ientLfo deatendo as prinipais onep.Jes metaLsias da
mente# -rata da teoria do autcmato, a da mente orprea, a da mcnada
material e a da alma porém, fnalia reCeitando todas as ;ipteses
metaLsias relativas P rela./o mente?orpo, ontentando?se, para as
fnalidades da psiolo3ia, om uma Vorrespondnia simples imediata,
termo por termo, entre a suess/o de estados de onsinia e a suess/o
dos proessos ererais totaisV# Em outras palavras, aeita tanto os estados
de onsinia Kuanto os proessos ererais omo encmenos de um
mundo natural e aredita Kue sendo a psiolo3ia uma inia natural e n/o
um sistema de metaL
5
58
Edna Heidreder
%suolo3ias do &Oulo 
56
sia, pode oservar e aeitar KuaisKuer rela.Jes Kue enontre sem se sentir
ori3ado a eslareer porKue eistem#
No resto do livro, 2ames trata da psiolo3ia propriamente dita# Deate os
métodos de pesKuisa num apLtulo ao mesmo tempo perspia e tolerante,
om o tLtulo su3estivo de V(s "étodos e as 'iladas da %siolo3iaV# Um
apLtulo intitulado V( Fluo do %ensamentoV ? Kuase na metade do livro ?
desreve o oCeto da psiolo3ia omo 2ames o onsidera# ( tema do apLtulo
é o de Kue a onsinia n/o é ormada de pedain;os reunidos, mas sim
de uma orrente, a \uir ontinuamente# ( \uo do pensamento é desrito
omo possuindo ino araterLstias prinipais0 é pessoal mutOvel
sensivelmente ontLnuo trata om oCetos eteriores a ele mesmo e estO
sempre esol;endo entre eles, aeitando, reCeitando, destaando,
seleionando# De erto modo, o resto do primeiro volume é um
desenvolvimento deste apLtulo# ( arOter imediatamente pessoal da
onsinia é deatido num apLtulo sore o eu ? e Kue vem lo3o a se3uir ao
do \uo do pensamento, em ve de ser posto no fnal do livro, onde é
omumente enontrado nos tratados de psiolo3ia# A naturea seletivO da
onsinia é tratada em trs apLtulos, VAten./oV, V'onep./oV e
VDisrimina./o e 'ompara./oV e o resto do volume trata dos vOrios
aspetos da mudan.a e da ontinuidade do \uo de pensamento# ( apLtulo
sore VAssoia./oV trata dos proessos assoiativos n/o omo uni/o de
Vidéias simplesV ou partes disretas da onsinia, mas omo omina./o
de proessos fsiol3ios no sistema nervoso# Este apLtulo, em seu ataKue
P teoria da onsinia omposta de partes disretas, repete e pJe em
destaKue a afrma./o de Kue a onsinia é sensivelmente ontLnua e
mutOvel# No apLtulo intitulado VA %erep./o do -einpoV, 2ames salienta
novamente a mudan.a e a ontinuidade, ressaltando Kue em nossa
eperinia direta e imediata do tempo ? omo sentimos e n/o omo o
oneituamos ? o passado, o presente e o uturo est/o todos ontidos no
Vpresente ilusrioV# ( Mltimo apLtulo, sore a V"emriaV, trata dos atos no

tempo ideal, e n/o


prinipalmente por no
suatempo dadode
pretens/o ouKue
imediato# Este apLtulo
a auldade de reteréinata
importante
é CQ
estaeleida e n/o pode ser mel;orada pelo eerLio# Em apoio deste
ar3umento, 2ames relata uma de suas pouas eperinias psiol3ias, a
Mnia Kue oi in\uente# Emora sua eperinia sore o treinamento da
memria n/o# tivesse
sido em ontrolada, despertou 3rande interesse e levou a maiores
pesKuisas sore este prolema#
No se3undo volume, a or3ania./o paree, P primeira vista, se3uir a ordem
onvenional# ( primeiro apLtulo trata da sensa./o e os se3uintes da
perep./o, ren.a, raioLnio, instinto e vontade, no Kue paree ser a
maneira usual de partir do simples para o ompleo# %orém, esta disposi./o
é deepionante se dO a entender Kue 2ames aredita na omposi./o de
estados de onsinia ompleos partindo de elementos simples# + o
amin;o para, através, e do sistema nervoso entral Kue l;e ornee a
estrutura do livro# A sensa./o é onsiderada em primeiro lu3ar porKue
orresponde ao proesso nervoso mais imediatamente despertado pelo
estLmulo da perieria e Kue é, provavelmente, o primeiro proesso nervoso
no érero# A perep./o orresponde Ps primeiras etapas na orma./o dos
proessos sensoriais a ren.a e o raioLnio, P sua mais ompleta orma./o#
Num urto apLtulo sore a produ./o do movimento, apresenta?se o ato
3eral de Kue as orrentes aerentes enontram sua saLda pelas vias
eerentes e produem os movimentos orporais, peKuenos ou 3randes# DaL
por diante, s/o tratados os proessos relaionados om as orrentes
eerentes# A emo./o e o instinto s/o amos tratados do ponto de vista do
movimento orporal, e a vontade é deatida omo uma atividade Kue
aran3e o movimento so ondi.Jes Kue podem se tornar partiularmente
ompleas# Esta é a parte prinipal do livro# No Kue di respeito P
or3ania./o 3eral, os dois Mltimos apLtulos s/o Kuase apndies# Um deles
é sore o ;ipnotismo, assunto Kue, na époa em Kue oi tratado por 2ames,
estava ;amando astante a aten./o# ( apLtulo fnal, V@erdades
NeessOriasV, trata da psio3nese# Neste passo, 2ames eamina os
prolemas do desenvolvimento raial e individual, tentando desorir de
Kue maneira al3umas das araterLstias mais estOveis das un.Jes do
on;eimento ;e3aram ao ponto atual#
Esta é a estrutura dentro da Kual é apresentada a psiolo3ia de William
2ames# Emora o esKuema de or3ania./o n/o esteCa salientado, estO
presente e possui um si3nifado espeial# 2ames n/o di somente por meio
de palavras Kue a onsinia n/o é uma reuni/o de peKuenas unidades di
isso no movimento total de seu pensamento# N/o somente reon;ee
solenemente a rela./o Lntima entre a psiolo3ia e a iolo3ia o
reon;eimento desta rela./o orma a ase da or3ania./o de seu material#
N/o somente afrma
59_

%siolo3ias do &éulo 
595
Edna HeidZreder
Kue a psiolo3ia estO se aastando da metaLsia e tornando?
?se uma inia natural a transi./o é visLvel em seu modo de tratar o
assunto#
(s dois volumes do -;e %rinipies est/o t/o ;eios de detal;es ? om
oserva.Jes, ar3umentos, teorias, a;ados eperimentais, interpreta.Jes,
intui.Jes ? Kue seria louura tentar uma desri./o ompreensLvel de seus
ensinamentos# ( mel;or Kue se pode aer é seleionar al3umas partes Kue
s/o mais representativas do total#
-alve o amin;o mais urto a uma ompreens/o do oneito Kue 2ames
tin;a a respeito da psiolo3ia, é onsiderar a sua posi./o nas KuestJes
Osias do oCeto e dos métodos, e da rela./o entre a vida mental e o resto
da naturea# Em rela./o a estes temas, a tendnia de 2ames era a de ser
inlusivo, mais Kue elusivo# ( livro ome.a om a rase VA psiolo3ia é a
inia da vida mental, tanto em seus encmenos Kuanto em suas
ondi.JesV# As palavras VencmenosV e Vondi.JesV s/o amas importantes0
VencmenosV porKue india Kue o seu oCeto é enontrado iia eperinia, e
Vondi.JesV, porKue para 2ames as ondi.Jes imediatas da vida mental
est/o no orpo ;umano, prinipalmente no érero# A partir deste ponto de
vista, as estruturas Lsias Kue onstituem as ondi.Jes da vida mental
ormam uma parte real da psiolo3ia n/o s/o simplesmente o material de
estudo de uma inia afm# 2ames esreveu tendo em mira o ser ;umano
inte3ral o oo de seu interesse estava no \uo da onsinia, mas da
onsinia tal omo eiste em seu V;aitatV natural, o ;omem Lsio# Esta
reviravolta iol3ia do pensamento, realmente, é um dos tra.os distintivos
da psiolo3ia de 2ames# A partir do novo e ontrovertido material
representado pela siolo3ia do érero ? pois 2ames esreveu Kuando a
fsiolo3ia do érero era novidade e Kuando todo este assunto estava ainda
menos estaeleido do Kue a3ora ? aeitou a idéia do sistema nervoso omo
sendo um aparel;o no Kual os \uos iniiados pela estimula./o dos r3/os
dos sentidos atravessam os nervos sensoriais até ao sistema nervoso
entral, de lO passam através das vias de li3a./o de vOrios 3raus de
ompleidade, e daL \uem para ora através dos nervos motores para os
mMsulos# Na opini/o de 2ames, é a a./o do érero Kue estO assoiada om
a onsinia, de orma imediata#
A outra palavra em sua defni./o, VencmenosV, possui tamém implia.Jes
importantes, pois estudar os encmenos
da vida mental é estudar a onsinia tal omo eiste na eperinia real e
imediata# Isto si3nifou para 2ames o V\uo do pensamentoV# Areditava
Kue o verdadeiro ponto de partida da psiolo3ia é a eperinia sentida de
orma imediata ? n/o uma alma ou mente Kue se maniesta pela e através
da onsinia, n/o por.Jes de material onsiente a3lomeradas, mas sim a
eperinia omo a on;eemos no momento# A desri./o do \uo de
pensamento eita por 2ames é um dos mais amosos tre;os de toda a
literatura psiol3ia# + um lOssio, em parte porKue desreve om
vivaidade e fdelidade al3o Kue é muito diLil de ser desrito, e em parte
porKue tem valor ;istrio por ser um ataKue ao atomismo do
assoiaionismo e do ;erartismo#
William 2ames oserva omo primeira araterLstia do \uo de onsinia
ser ela pessoal, e esta araterLstia é aeita por ele omo um ato Osio#
N/o iniiamos om pensamentos e terminamos om eus# ( eu estO presente
desde o inLio
onCunto n/o omo
de idéias, uma alma,
nem omo nem espLrito
uma onstru./o imanente,
l3ia, nem
mas sim omo
omo umum
ato empLrio evidente ? o de Kue Vtodo pensamento tende a ser parte de
uma onsinia pessoalV# (u mel;or, nem todo pensamento é
invariavelmente uma parte da onsinia pessoal# 2anet demonstrou Kue o
pensamento pode ser dissoiado da personalidade prinipal# %orém, mesmo
essas partes separadas da onsinia, se possuLrem uma por./o
onsiderOvel de onteMdo, tender/o a adKuirir a orma pessoal e a se
tornarem personalidades seundOrias, Kue eistem lado a lado om a
prinipal#
Ao oservar a se3unda araterLstia do \uo de pensamento, Kue estO

sempre seDi
doutrina# modifando,
laramente2ames ;e3a
Kue ns mais
nuna primo
temos do Qma3o
o mesmo de sua idéia
pensamento,
ou sentimento duas vees e Kue Vnen;um estado de onsinia uma ve
desapareido pode Camais repetir?se ou ser idntio a outroV# %odemos ver o
mesmo oCeto, ouvir o mesmo som, até eaminar sempre a mesma
realidade ideal, porém, n/o devemos onundir o oCeto do pensamento
om ele prprio# +, realmente, uma impossiilidade Lsia a repeti./o da
mesma sensa./o orporal pois ada uma orresponde a erta atividade
ereral, e para Kue osse idntia P sua anterior, esta deveria oorrer pela
se3unda ve em um érero Kue n/o se alterasse, uma ondi./o Kue é
impossLvel# -udo isso Kuer dier Kue Vuma idéia ou @orsteliun3 Kue eista
de modo permanente e Kue suna P lu da onsinia a intervalos pe dA

59
Ed,a Heidreer
ridios, é um ser t/o mitol3io omo o valete de espadas do aral;oV#
A tereira araterLstia, a de Kue o pensamento é sensivelmente ontLnuo,
ondu 2ames P importante distin./o entre estados de onsinia
esseniais e transitrios, e P doutrina da VorlaV, de 3rande alane# ( seu
prinipal ar3umento é o de Kue n/o ;O Kueras ou interrup.Jes no \uo da
onsinia Kue eiste uma ontinuidade Kue é sentida e eperimentada# (
Kue dO a aparnia de al;as ou Kueras, o Kue nos a pensar em un./o
de oCetos e atos om intervalos entre os mesmos, é a adnia dierente
das diversas partes do \uo# =uando a média de varia./o é aia, temos
onsinia de um oCeto ou ato em Kue o pensamento pode far?se
Kuando é elevada, pereemos uma passa3em, uma transi./o, uma
rela./o# 2ames se reere Ps duas médias de varia./o omo Vpontos de
paradaV e VvcosV e omo estados de onsinia VesseniaisV e
VtransitOriosV# (s estados esseniais ? a perep./o de uma mesa, ou de uma
pessoa andando ? s/o aKueles Kue pereemos ailmente e de modo
natural# &/o literalmente impressivos# %orém, os estados transitrios, insiste
2ames, s/o i3ualmente reais, e ao reon;e?los, estO apto a desorir
rela.Jes em omo oisas no material real da eperinia# VDeverLamos
dier uma sensa./o de e, uma de se, uma de mas e uma de por, t/o
prontamente omo diemos uma sensa./o de aul ou de rio#V As
sensa.Jes de tendnia s/o tamém estados transitOrios# As sensa.Jes de
VEspere V, VEsuteV, V@eCaV a sensa./o de Kue um nome esKueido estO
Kuase ao nosso alane a sensa./o de VompreenderV um si3mfado antes
deste ser ormulado em palavras ? s/o eemplos de sensa./o de
tendnias# -ais estados n/o s/o ora do omum# 'ada palavra essenial, na
realidade, é erada por uma orla de rela.Jes, Kue podem n/o ser
onsientes mas Kue s/o, n/o ostante, verdadeiras# Esta doutrina da orla é
de 3rande utilidade# %or meio dela, 2ames eplia as idéias 3erais e
astratas, pois a orla torna possLvel a uma idéia ter um sentido ou um
si3nifado, ou seCa, um 3rande volume de onota.Jes latentes, sem todos
os detal;es laros e reais Kue Ber]ele e sua esola ei3iam# 2ames

empre3a
tempo, a mesma omo
mostrando onep./o para desrever
o passado, o presentea eeperinia psiol3ia
o uturo podem todos do
eistir Cuntos omo o Vpresente ilusrioV# Fa tamém uso dele para mostrar
por Kue o urso do pensamento realia as surpreendentes varia.Jes Kue Ps
vees eeuta, e o?
%8Solo3ias do &éulo 
597
mo al3o Kue ;O apenas um instante atrOs era va3amente presente na orla
da onsinia pode reser e tornar?se domin#ante e dar uma nova dire./o
ao urso total do pensamento#
A Kuarta araterLstia do \uo de onsinia, o ato de Kue o pensamento
trata om oCetos distintos de si mesmo, 2ames a onsidera omo um ato
undamental, do ponto de vista da psiolo3ia# Reere?se em outro tre;o ao
Vdualismo irredutLvel entre a mente e seus oCetos, os Kuais simplesmente
aeita omo psilo3o# %orém, o oCeto n/o deve ser onsiderado,
psiolo3iamente, em um sentido t/o simples Kuanto o omum# =uando se
pede para desi3nar a fnalidade do pensamento epresso pelas palavras
V'olomo desoriu a Améria em 56V, a maioria das pessoas responde
V'olomoV, ou VAmériaV, ou ainda Va desoerta da AmériaV# Em outras
palavras, esol;em al3um termo relativo a um estado essenial do
pensamento e esKueem a orla# %orém, realmente, a fnalidade do

pensamento,
desoerta dainsiste 2ames,
Améria n/omenos
é nada é 'olomo, nem
do Kue a Améria
a rase nem a
toda, V'olomo
desoriu a Améria em 56V om todo o seu onCunto de rela.Jes# E,
ontudo, apesar de toda a sua ompleidade, o estado da mente Kue
on;ee o oCeto é simples# N/o é uma idéia de 'olomo, li3ada P de
desoerta, e a da Améria li3ada P de 56# Novamente 2ames insiste na
unidade e ontinuidade do pensamento, emora a sua fnalidade seCa
omplea#
Finalmente, a Kuinta araterLstia do \uo de pensamento é a de estar
sempre seleionondo# (s prprios r3/os dos sentidos s/o aparel;os
seletivos respondem somente a vira.Jes de uma amplitude limitada# A
perep./o tamém é seletiva a partir de todas as idéias Kue aemos de
uma tOua de mesa retan3ular, real e possLvel, uma delas soressai omo
tLpia e a tOua da mesa é vista retan3ular# ( mesmo tipo de seletividade
oorre nos proessos mais elevados e se torna mais evidente nas atividades
Kue denominamos pondera./o e esol;a# Deve ser entendido, entretanto,
Kue 2ames n/o reon;ee em todas estas atividades seletivas da mente
aKuelas ao nLvel da sensa./o e da perep./o, por eemplo, as
araterLstias dos atos da vontade# A;a é Kue o \uo mental estO sempre
pleno de onteMdos e Kue a ada instante eiste um sem?nMmero de
possiilidades, das Kuais somente al3umas se tornam reais#
5d

59
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
599
Este \uo de pensamento é o oCeto da psiolo3ia omo é visto pela
introspe./o do ser ;umano adulto# %orém, William 2ames n/o limitou o
oCeto da psiolo3ia ao Kue pode ser oservado dessa maneira# Reon;eeu
omo psiolo3ia o estudo dos animais, dos selva3ens, das rian.as e dos
louos# &empre se interessou pela psiolo3ia dos anormais diia amiMde
Kue muito poderia ser aprendido das mentes enermas# Naturalmente,
deseCava dar lu3ar para tudo Kue pudesse ser aresentado talve P soma
total do on;eimento psiol3io# ( estudo da fsiolo3ia, o eame da
onsinia, pesKuisas das mentes maduras e imaturas, normais e
anormais, ;umanas e animais ? tods essas pesKuisas ele as aol;ia omo
possLveis ontes de on;eimento# -in;a suas preernias e aversJes,
porém, n/o ;O notLia de ;aver?se reusado a dar aten./o a KualKuer
assunto#
=uando William 2ames eamina a Kuest/o dos métodos, intitula de modo
si3nifativo o apLtulo de V(s "étodos e as 'iladas da %siolo3iaV# %ois
emora aeite a psiolo3ia omo uma inia natural, avalia inteiramente
as difuldades Kue o seu oCeto apresenta P oserva./o ientLfa# Dos
métodos de pesKuisas, meniona a introspe./o em primeiro lu3ar omo
asolutamente undamental# Aeita omo ato Osio, Kue nuna oi posto
em dMvida, o desorirmos estados de onsinia Kuando eaminamos
nossas prprias mentes# Admite Kue a ren.a nesse ato representa o
postulado mais Osio da psiolo3ia, e reCeita Vtodas as investi3a.Jes
uriosas sore a sua eatid/o, por serem demasiado metaLsias para a
fnalidade deste livroV# &ua delara./o de Kue a Veistnia de estados de
onsinia n/o oi posta em dMvida por nen;um rLtioV soa de modo
estran;o aos ouvidos dos estudantes de psiolo3ia de nossos dias# %orém, é
importante oservar Kue tais dMvidas s/o, para 2ames, demasiado
metaLsias para um livro sore inia natural para ele nada poderia ser
mais real, mais evidente, menos neessitado de prova metaLsia do Kue o
\uo de onsinia omo sur3e de orma imediata#
%orém, emora William 2ames onsiderasse a introspe./o omo o método
undamental em psiolo3ia, e estivesse a esse respeito de aordo om
Wundt e -it;ener, a espéie de introspe./o Kue preoniava n/o era a
mesma Kue a do Vintrospeionista treinadoV# %ara 2ames, a introspe./o
era o eerLio de um dom natural onsistia em apreender um momento da
prpria vida, P medida Kue passa, em far e desrever este ato u3a na
orma em Kue suedeu em
seu V;aitatV natural# N/o era a introspe./o de laoratrio, auiliada por
instrumentos de metal era a rOpida e se3ura apreens/o de uma impress/o
eita por um oservador sensLvel e perspia# %orém, 2ames n/o estava
menos cnsio das difuldades da introspe./o do Kue o estavam os mais
erren;os adeptos dessa é ortodoa# Eaminava os dois etremos da
atitude om respeito P introspe./o# Um deles, representado por Brentano
entre outros, é a ren.a na inaliilidade da introspe./o de Kue na
apreens/o de nossos prprios estados de onsinia, eperimentamos a
realidade de orma imediata e sem deorma./o, n/o na maneira
reonstruLda pela Kual tomamos on;eimento dos oCetos do mundo
eterior# ( outro etremo é representado por 'omte# V( pensadorV, afrma
'omte, Vn/o pode se dividir em dois, um dos Kuais raioina enKuanto o
outro o oserva raioinar# ( r3/o oservado e o r3/o Kue oserva, neste
aso, s/o os mesmos ent/o, omo se pode produir a oserva./o^V 2ames
n/o adotou nen;uma dessas idéias radiais# Aeitou a introspe./o omo
uma orma de oserva./o Kue n/o é inalLvel e nem impossLvel# Admitia Kue
ela estava erada de difuldades, prprias P sua naturea, porém,
areditava Kue, omo as outras ormas, pode ser eaminada por meio de
verifa.Jes apropriadas e omparando?se as desri.Jes de vOrios
oservadores# Este tipo de verifa./o é normalmente aeito pela inia, e
o tipo de on;eimento otido dessa maneira é tudo o Kue 2ames ei3e para
a introspe./o#
Emora n/o osse ele prprio um eperimentador, 2ames tin;a onfan.a
tamém no método eperimental em psiolo3ia# &ua prpria desri./o do
método onstitui a mel;or prova da sua atitude#

V%orém, a psiolo3ia estO entrando numa ase mais ompliada# HO pouos


anos o Kue se poderia ;amar de psiolo3ia mirospia sur3iu na
Aleman;a, realiada por métodos eperimentais, relamando naturalmente
a todo instante dados introspetivos, mas eliminando a sua inertea por
meio da a./o em lar3a esala e da utilia./o de reursos estatistios# Este
método ei3e o mOimo de painia e difilmente poderia ter apareido
num paLs onde seus ;aitantes pudessem far oorreaios# + vio Kue tal
n/o oorre om alem/es omo Weer, Fe;ner# X-ierordt e Wundt# e o
suesso Kue otiveram troue para este ampo um orteCo de Covens
psilo3os eperimentais, propensos a estudar os elementos da vida
mental, disseando?os dos resultados rutos nos Kuais est/o inluLdos, e
reduindo?os o mais possLvel a valores Kuantitativos# Es3otado o método de
ataKue simples e rano, tenta?se o da painia, da sumiss/o pela ome,
da atormenta./o até P morte0 a mente deve ser sumetida a um pereito
ero, no
ii
59:
Edna Heidreder
%siolo3ias io &éulo 
59<

Kual as menores vanta3ens otidas ada dia pelas or.as Kue a assediam
v/o?se somando até P sua derrota fnal# %ouo eiste de estilo nore nesses
novos flsoos de rel3io, pndulo e prisma# Eles n/o est/o rinando e n/o
se preoupam om o aval;eirismo, ( Kue no onse3uiram aer a 3enerosa
intui./o e a superioridade em virtude, Kue 'Lero onsiderava neessOrias
para dar ao ;omem a mel;or vis/o da naturea, serO sem dMvida
onse3uido al3um dia pelas investi3a.Jes e sele.Jes, pela terrLvel
tenaidade e ;ailidade Kuase dialia dos novos flsoos#V
N/o é preiso dier Kue esta atitude meio divertida n/o era aKuela adotada
omumente pelos devotos da nova psiolo3ia# %orém, para William 2ames,
3rande parte deste ataKue or3aniado e penoso, 3rande parte da tarea de
seleionar elemento por elemento, pareia or.ada e artifial# ( método
eperimental, entretanto, era tido por ele omo um dos meios possLveis de
se ;e3ar ao on;eimento psiol3io# VFatos s/o atosV, diia, Ve se os
onse3uirmos em nMmero sufiente, ertamente ;/o de se ominarV#
'omo sempre, estava deidido a on;eer todas as ontes do on;eimento#
( método omparativo era inluLdo por William 2ames omo suplemento aos
métodos introspetivo e eperimental# &ua utilidade, a;ava ele, estava em
revelar a vida mental em suas varia.Jes# Realia investi3a.Jes na psiolo3ia
dos animais, das rian.as, das ra.as primitivas, dos selva3ens e dos louos,
e na ;istria de institui.Jes, tais omo a lin3ua3em, os ostumes e o mito# (
método, entretanto, n/o é eato, e as interpreta.Jes aseadas em seus
a;ados est/o suCeitas a muitos deslies# A esse respeito, 2ames a um
omentOrio no Kual di Kue as pesKuisas posteriores provaram ser verdade
Kue os estudos omparativos, para darem om resultado, devem ser eitos,
om a fnalidade de provarem al3uma ;iptese espeLfa# E aresenta Kue
Va Mnia oisa a aer ent/o é usar a maior perspiOia possLvel e ser o mais
sinero Kue se puderV#
Em seus omentOrios sore os vOrios métodos, William 2ames mostra
amiMde Kue estO a par das difuldades em seu uso0 a introspe./o é, Ps
vees, impreisa a eperienia é, por vees, ansativa e inMtil a
interpreta./o dos resultados da psiolo3ia omparada pode tornar?se um
Vtraal;o estaanteV# %orém, eistem duas difuldades neste metodo Kue
a;a t/o proundas e t/o sérias Kue sentiu ser preiso onsiderO?las P parte#
7 Wllliam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, 9, 56?567#
Uma delas provém do uso da lin3ua3em# Nossas palavras s/o orCadas pelo
senso omum e n/o pela inia oram eitas para servir Ps neessidades
prOtias da vida diOria e n/o para re\etir os pensamentos e os sentimentos#
'omo resultado, n/o eiste uma orrespondnia di3na de onfan.a entre
as palavras e os atos da onsinia, e as palavras deormam nossa vis/o
do material psiol3io# &e n/o eiste uma palavra para desi3nar um ato
mental, somos inlinados a omitir o prprio ato a;amo até diLil areditar
Kue tal ato eista# %or outro lado, se eiste uma palavra Kue pretenda
si3nifar um proesso mental, somos levados a rer neste, mesmo Kue n/o
;aCa prova introspetiva de sua eistnia# Além disso, uma ve Kue as
palavras do senso omum tm ;aitualmente uma si3nifa./o onreta, é
provOvel Kue a;emos Kue nossos pensamentos s/o idntios aos oCetos
Kue representam# Assim, somos inlinados a enarar o pensamento das
diversas oisas isoladas omo por.Jes separadas de pensamento e devido
aos oCetos do pensamento irem e virem sem essar, Cul3amos os
pensamentos omo indo e vindo, permaneendo e retendo sua identidade
omo remos Kue oorra om os oCetos# Esta ilus/o, de aordo om 2ames,
enontra?se na ase de todas as esolas assoiaionistas e ;erartistas e da
onep./o atomLstia da psiolo3ia em 3eral ? uma ilus/o ontra a Kual o
psilo3o deve estar sempre alerta#

A outra 3rande difuldade é a Vilus/o do psilo3oV# Em sua essnia, é


uma onus/o entre o ponto de vista do psilo3o e o do estado mental Kue
o mesmo estO estudando# ( psilo3o, omo tal, estO ora do estado mental
Kue estuda, mesmo do seu prprio# 'on;ee n/o s o estado mental, mas
tamém o seu oCeto, e o mundo da realidade no Kual o pensamento e o
oCeto eistem# %oderO, portanto, etrair de um estado mental, por eemplo,
a perep./o de uma Orvore, o Kue ele on;ee a respeito dela além da
perep./o isto é, pode supor Kue tudo Kue sae a respeito da mesma estO
nesta perep./o atual# %ode ainda supor Kue esta perep./o da Orvore se
pare.a om ela# Alémlsso, pode admitir Kue a perep./o tem onsinia
de si mesma omo ele, enKuanto psilo3o, tem dela e Kue ao invés de se
on;eer somente de dentro para ora, on;ee tamém suas prprias
rela.Jes om os outros pensamentos e oisas om ele, o psilo3o, as
on;ee# %orém, se ns onsiderarmos a prpria onsinia e virmos omo
ela realmente é, desoriremos Kue a onsinia de um erto oCeto n/o
tem Kue
C
98
Edna Heidrpder
%siolo3ias do &éulo 

596
ser i3ual ao oCeto a Kue se reere, e Kue, em si mesma, n/o tem Kue estar
onsiente de suas rela.Jes eternas# Novamente 2ames insistia num apelo
P eperinia imediata# Este apelo, realmente, é a ase verdadeira de sua
advertnia ontra a Vilus/o do psilo3oV# ( Kue estava instando, para Kue
a psiolo3ia fesse, era eaminar a sua matéria sem preoneitos ? para
verifar tudo o Kue ali eiste e nada mais do Kue ali eiste, e ver isso n/o
deormado pelo ;Oito, pelo saer, ou pelos ostumes n/o?rLtios do senso
omum#
A rela./o entre a mente e o orpo, omo William 2ames a onsiderava em
psiolo3ia, pode ser desrita em pouas palavras# 'omo uma inia natural
a psiolo3ia deve ome.ar pelo ponto de partida omum a todas as
iénias, ou seCa, o mundo omo é visto pela oserva./o sin3ela de todos os
dias# A partir deste ponto de vista, as mentes estudadas pelo psilo3o s/o
oCetos num mundo de oCetos s/o as mentes de determinados indivLduos,
eistindo no tempo e no espa.o# V'om KualKuer outra espéie de mente,
om a Inteli3nia &uprema, om a "ente n/o li3ada a um determinado
orpo, ou om a "ente n/o suCeita P passa3em do tempo, o verdadeiro
psilo3o nada tem a verV# Aeita simplesmente, e omo ato empLrio, Kue
as ondi.Jes imediatas das mentes s/o or3anismos vivos e éreros a
naturea fnal da rela./o entre eles é um prolema de metaLsia, e n/o de
psiolo3ia#

As mentes possuem uma outra rela./o om o mundo dos oCetos no Kual
elas eistem ? a de ter onsinia desses oCetos, de on;e?los e de
aeitO?los ou reCeitO?los# 'om reernia a esta rela./o, nada se pode dier a
n/o ser a simples afrma./o de Kue eiste# %ara o psilo3o, o
on;eimento é uma Vrela./o primOria Kue preisa ser aeita, Kuer seCa
epliada ou n/o, de orma idntia Ps dieren.as e semel;an.as Kue
nin3uém proura epliarV# De ato, eistem prolemas Kue 3iram em torno
da rela./o do on;eimento, porém, s/o epistemol3ios e n/o
psiol3ios# A atitude do psilo3o é simplesmente a de Kue a rela./o do
on;eimento eiste, e Kue n/o pode ser reduida a termos mais simples ou
mais inteli3Lveis, e deve ser aeita assim omo a inia aeita KualKuer
outra rela./o Kue, a seu ver, seCa Osia#
+ importante oservar Kue oi William 2ames, o psilo3o, Kue tomou essa
posi./o em rela./o ao prolema mente?orpo# 'omo flsoo estava
proundamente interessado no prolema Kue ele separou da psiolo3ia por
ser metaLsi o
Em sua teoria do empirismo radial ? mais eatamente no seu ensaio VEiste
a 'onsinia ^V ? introdu, omo flsoo, uma onep./o ori3inal sore a
rela./o mente?orpo# %orém, emora muitas de suas atitudes, Kue oram
mais tarde epliadas em sua flosofa, possam ser notadas em sua
psiolo3ia, 2ames, omo psilo3o e omo autor do -;e %rinipies, manteve
a posi./o Kue ormulara#
( mesmo se di3a sore a atitude de William 2ames no toante aos
prolemas Osios de seu oCeto e método e da rela./o das mentes om o
mundo em Kue eistem# ( seu modo de tratar os prolemas espeiais deve
ser eaminado a se3uir# AKui, de modo ainda mais laro do Kue em seu
deate dos prinLpios Osios da psiolo3ia, seu estilo araterLstio é
revelado# &eria impossLvel apreiar tanto o vi.o omo a etens/o de seu
tratamento, sem se notar sua maneira de lidar om al3uns dos assuntos
espeiais da psiolo3ia#
No apLtulo sore o eu, William 2ames mostra al3uns de seus ;Oitos
mentais mais tLpios# N/o trata do eu omo se osse uma simples astra./o,
Kue persiste através da eperinia, dando?l;e unidade trata om os eus
pereidos Kue vivem no mundo real# Em sua orma mais evidente, o eu é
material, porém, esta matéria é variOvel# ( eu material é o orpo, porém, é
mais do Kue isso inlui as roupas, a asa, as propriedades e a onta no
ano ? todas as posses Kue o eu pode onsiderar suas# -odas essas oisas
despertam as mesmas espéies de sensa.Jes, emora n/o
neessariamente no mesmo 3rau# =uando aumentam e prosperam,
produem CMilo e uma sensa./o de triuno Kuando diminuem ou aaam,
produem aatimento e depress/o, e uma sensa./o de Vonvers/o parial# #
# ao nada, Kue é, em si mesmo, um encmeno psiol3ioV#
Em arésimo ao eu material, eiste o eu soial ? ou mel;or, ;O um onCunto
de eus soiais, pois ada pessoa possui tantos eus soiais Kuantas seCam as
pessoas Kue a on;eem e tm uma opini/o ou idéia a seu respeito# %orém,
uma ve Kue essa 3ente pertene a diversas lasses ou 3rupos, é possLvel
dier Kue uma pessoa tem tantos eus soiais Kuantos orem os 3rupos de
pessoas uCa opini/o é importante para ela ? um eu amiliar, um profssional,
um no lue, um Kue mostra aos de sua idade, aos mais vel;os, aos seus
patrJes, aos seus empre3ados, a todos Kue on;ee# "es WiIliam 2ames,
Does 'onsiousness Elst^V EssaCs in Radial Empirti#sm, 5?78#
dA
%siolo3ias do &éulo 
5:5
5:_
Edna Heidreder
mo a sua VamaV ou V;onraV s/o eus soiais# (s triunos e as des3ra.as de
seus eus soiais provoam as mesmas espéies de suidas e Kuedas na
emo./o, e os mesmos tipos de CMilo ou depress/o, omo o aem as
eventualidades do eu material#
"ais Lntimo do Kue KualKuer desses eus é o espiritual ? as apaidades
inteletuais, os sentimentos, a vontade, Vtodas as auldades psLKuias ou
disposi.Jes em seu todoV# + o eu espiritual Kue sentimos ser o mais
verdadeiro, e por esse eu 2ames Kueria si3nifar o Kue é realmente sentido
na eperinia ? n/o uma simples astra./o, n/o uma neessidade l3ia de
pensar, n/o al3o ora ou além da realidade imediatamente sentida#
Enontra o seu oo num sentido de atividade, al3o interno mesmo aos
pensamentos e sensa.Jes, al3o Kue paree sair para enontrar todas as
Kualidades e onteMdos da eperinia, enKuanto estes pareem vir a ele
sendo reeidos pelo mesmo# %orém, este eu espiritual 2ames a;a Kue n/o
é de todo espiritual no sentido omum em Kue a palavra é aeita# N/o ne3a
Kue o sentido de atividade estO presente tamém n/o duvida um s
momento da le3itimidade da eperinia porém, Kuando oserva a
eperinia psiolo3iamente, a;a Kue esta sensa./o é sempre da
atividade Lsia, em sua maior parte se eetuando dentro do rQnio# (s
aCustes dos r3/os dos sentidos, as aerturas e e;amentos da 3lote, a
ontra./o do mMsulos das mandLulas e da testa, os movimentos da
respira./o ? estes e outros proessos semel;antes ontriiem para a
sensa./o# E a perep./o dessas atividades, indefnidas mas sempre
presentes, onstantes em ompara./o a outras atividades, é responsOvel de
erta orma pelas araterLstias Kue ns sentimos omo a naturea mais
Lntima do eu ? para este, omo uma atividade Kue persiste através de todas
as outras, porém, n/o se identifando o; as mesmas# ( ato de Kue os
proessos s/o indefnidos, montonos e sem interesse em si, eplia por
Kue n/o s/o reon;eidos pelo Kue s/o, por Kue passam Kuase
despereidos, e todavia onstituem um sustrato de sensa./o verdadeira
Kue on;eemos omo o eu espiritual#
-omados em onCunto, o eu material, o soial e o espiritual ormam o eu
empLrio, onstituindo assim uma assoia./o ;et:ro3nea, na Kual os
diversos omponentes nem sempre est/o em pa# Nin3uém desreveu de
modo mais real do Kue 2ames os numerosos impulsos, as possiilidades de
on\ito e rivalidades, dentro de um Mnio eu0
V'omo aontee om muitos motivos de deseCo, a naturea Lsia restrin3e
nossa esol;a para um s entre muitos ens apresentados, e assim tamém
aontee neste aso# Deparo om reK[nia om a neessidade de far
om um dos meus eus empirios e renuniar aos outros# N/o si3nifa Kue
eu n/o Kueira, se pudesse, ser ao mesmo tempo ele3ante e 3ordo, em
vestido, 3rande atleta, 3an;ar um mil;/o de dlares por ano, ser ;umorista,
on?vivant, onKuistador e tamém flsoo flantropo, estadista, 3uerreiro
e eplorador ariano, assim omo mMsio romQntio e santo# %orém, isto é
simplesmente impossLvel# (s interesses do milionOrio iriam de enontro aos
do santo o onvivant e o flantropo n/o poderiam andar de aordo o
flsoo e o onKuistador n/o poderiam viver na mesma ;aita./o# -ais
arateres t/o dierentes podem ser oneidos omo possLveis para um
;omem no ome.o de sua vida# %orém, tornar KualKuer um deles real ei3e
Kue os restantes seCam mais ou menos suprimidos# Assim, aKuele Kue usa
o seu eu mais real, mais orte e mais proundo, deve rever esta lista om
aten./o e esol;er aKuele om o Kual possa 3arantir seu uturo# -odos os
outros eus por isso tornam?se irreais, mas os aonteimentos deste eu s/o
reais# &eus raassos tamém, assim omo suas vitrias, levando ver3on;a
e ale3ria om eles#
VEu, Kue até a3ora me apliKuei inteiramente em ser um psi]3o, soro se
outros on;eem muito mais psiolo3ia do Kue eu porém, estou satiseito
em ;aurdar?me na maior i3norQnia do idioma 3re3o# Neste aso, as
min;as defiénias n/o me aem sentir ;umil;ado# -ivesse eu pretenses
de ser um lin3[ista, teria sido eatamente o ontrOrio# Assim, podemos
oservar o paradoo de um ;omem Kue se sente enver3on;ado s por ser o
se3undo pu3ilista ou o se3undo remador do mundo# ( ato de Kue ele seCa
apa de derrotar toda a popula./o do 3loo, menos um, nada si3nifa
omprometeu?se a derrotar aKuele Mnio ;omem e enKuanto n/o o fer,
nada mais importa# Aos seus prprios ol;os, ele é inapa de derrotar Kuem
Kuer Kue seCa e, se ele assim pensa, ele assim é#V
Naturalmente, o eu empLrio, de aordo om 2ames, aree daKuela unidade
asoluta Kue o pensamento popular, a teolo3ia e muitos sistemas de
flosofa onsideram omo sua araterLstia essenial#
-udo o Kue dissemos, entretanto, é apliOvel ao eu empLrio, aKuele Kue é
on;eido diretamente pela eperinia# Resta o eu puro, omo pensador,
n/o omo oCeto do pensamento# %orém, ainda Kuando onsidera o eu puro,
2ames n/o enontra evidnia de unidade asoluta# De ato, é riada a
impress/o de unidade paree ;aver KualKuer oisa no prprio entro do ser
Kue se onserva através de todas a mudan.as da eperinia# %orém, esta
impress/o de unidade é epliada por 2ames em un./o de ertos estados
transitrios da onsinia, ertos sentimentos de rela./o no \uo do
pensamento# 'ada instante da eperinia vem P lu
9 Wllliam 2ames, -;e %rinples o %s;olo37, 5, 7_6?75_#
IC
5:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 

5:7 55
em se3uida a outro Kue, emora esteCa passando, ainda n/o o e por
ompleto sente a sua ontinuidade om o seu anterior, apropria?se dele e,
por sua ve, é apropriado pelo Kue l;e suede# Eiste assim uma sensa./o
ontLnua de propriedade, mas n/o é devida a al3o unitOrio por detrOs da
eperinia, é devida a rela.Jes de apropria./o na eperinia e Kue
transmitem a sensa./o de propriedade de um instante para o outro# Essa
eplia./o da identidade pessoal é mantida por 2ames ontra a teoria de
uma alma imaterial e sustanial, ontra a doutrina do eu dos
assoiaionistas, omo sendo estados suessivos de onsinia e Kue Vse
olam uns aos outrosV, e ontra a doutrina ]antiana de um eu
transendental de aperep./o Kue estO lo3iamente suentendido em todo
pensamento# -udo o Kue é preiso para epliar a unidade do eu, é por ele
enontrado no \uo da onsinia, mais propriamente nas rela.Jes de
apropria./o Kue s/o estados transitrios Kue podem ser enontrados na
eperinia imediata#
William 2ames onlui seu apLtulo sore o eu relatando asos de notOveis
mudan.as de personalidade ? aKueles encmenos de personalidades
mMltiplas, estados de onsinia indidos e dissoia./o Kue sempre o
interessaram# %ara ele, isso pareia representar a evidnia empLria de Kue
o eu n/o é a unidade asoluta Kue reK[entemente diem ser# %ara ele, o
encmeno da dissoia./o pareia ter implia.Jes de 3rande alane om
respeito or3ania./o dos eus reais#
Este resumo omitiu naturalmente 3rande parte dos detal;es onretos Kue
d/o ao apLtulo o seu tom araterLstio# Em nen;uma prte do livro -;e
%rinipies, o estilo de 2ames é mel;or apresentado do Kue Kuando trata do
eu# As oserva.Jes perspiaes e ompreensivas, as desri.Jes pitoresas,
o estudo empLrio, a eplia./o da unidade do eu em un./o das sensa.Jes
transitrias de rela./o, a eplana. #o uidadosa de sua posi./o om o
devido respeito Ps teorias orrentes, tanto psiol3ias omo metaLsias, o
interesse pelos encmenos reentemente investi3ados das personalidades
anormais ? tudo revela o seu toKue araterLstio# E através de todo o
apLtulo Kue perorre toda a 3ama da oserva./o direta até a espeula./o
metaLsia astrata, do eame minuioso até P 3eneralia./o ampla, o eu
permanee omo uma oisa vivente# N/o é tratado omo astra./o, omo
alma, ou omo suess/o de idéias simples, ou neessidade l3ia de pensar,
mas sim omo realidade psiol3ia, n/o apenas ima3inada mas tamém
sentida#
(utra das atitudes araterLstias de William 2ames é enontrada em seu
modo de tratar os proessos inteletuais# Foi uma de suas maiores ren.as a
de Kue a psiolo3ia ;avia inteletualiado em eesso o seu material e, Ps
vees, pareia Kue o seu prinipal interesse, ao disutir a naturea do
;omem raional, era o de mostrar omo este é, em 3rande parte, irraional#
Na ase de seu modo de tratar a defni./o, a ren.a e o raioLnio, assenta?
se a prounda onvi./o de Kue as atividades inteletuais est/o presentes
no animal ;umano porKue possuem utilidade iol3ia aem parte das
maneiras prOtias pelas Kuais a riatura ;umana se mantém no mundo#
Assim, as defni.Jes s/o ria.Jes dos seres viventes apliadas em
determinadas empresas e oCetivos# &/o se.Jes retiradas do \uo da
eperinia, reeendo nomes e adaptadas para atender Ps fnalidades
;umanas# &/o maneiras ;umanas de tratar om a eperinia, Kue em si
nuna fa imvel# As defni.Jes, entretanto, s/o fas e imutOveis s/o
tornadas fas e imutOveis por meio do inteleto# 'onstituem o VQma3oV de
nosso pensar, uma ve Kue somente se reerindo P sua estailidade somos
apaes de tratar om a eperinia, a Kual de outra orma nos esaparia
para sempre# =uando, por eemplo, pensamos sore o papel omo al3o
para ser esrito, ns isolamos e famos este ato a seu respeito e, ao assim
aer, transormamo?lo em al3uma oisa na Kual podemos a3ir de erta
orma# %orém, tal onep./o é de nossa prpria autoria é um instrumento
tal;ado para uma erta neessidade n/o Kuer dier Kue o papel seCa
essenialmente al3o para ser esrito# N/o eiste, insiste 2ames, nen;uma
propriedade ompletamente elusiva de unia determinada oisa# EnKuanto
estamos esrevendo, o papel é oneido omo uma superLie para
esrever, porém, se o estivermos usando para aender o3o, é ima3inado
omo material omustLvel# ( mesmo papel pode ser oneido de
inMmeras maneiras0 Vum orpo del3ado, um ;idroaroneto, um orpo de
oito por de pole3adas, um oCeto primo a uma pedra no Kuintal de meu
viin;o, um produto norte?
?amerianoV s/o al3uns eemplos# A onep./o, aresenta ele, é
neessariamente parial#
=ualKuer um desses aspetos de seu ser Kue eu lassifar
proXisoriamente, torna?me inCusto para om os outros# %orém, omo estou
sempre lassifando?o so um aspeto ou outro, sou sempre inCusto,
sempre parial, sempre elusivista# "in;a desulpa para isso é a da
neessidade Kue a min;a naturea prOtia e limitada me impJe#
5:
Edna Heidreder
"eu pensamento eiste, sempre, e do prinLpio ao fm, em onsidera./o
om o Kue a.o, e s posso aer uma oisa de ada ve#V :
William 2ames onsidera uma idéia ontrOria ao senso omum o ato de n/o
;aver uma Kualidade inteiramente elusiva de um oCeto, nem uma oisa
Kue seCa ele verdadeiramente# ( senso omum admite Kue deve ;aver al3o
no Qma3o de um oCeto Kue onstitua a sua essnia e da Kual suas vOrias
araterLstias seCam simplesmente propriedades# A essnia do oCeto é o
Kue l;e dO o nome# ( oCeto é o papel, e sua orma retan3ular, sua
propriedade de omust/o, sua distQnia de uma erta pedra s/o
propriedades Kue l;e s/o inerentes# %orém, esta atitude é em si devida a
uma de nossas fnalidades prOtias e determinadas, Kual seCa a de dar nome
aos oCetos# + de 3rande utilidade ter nomes para as oisas, al3o por meio
do Kual elas possam ser representadas, mesmo Kuando ausentes# 'omo
resultado, o ;Oito de dar nomes tornou?se t/o orriKueiro Kue os nomes
mais omuns nos vm P mente para si3nifar o Kue tal oisa é, so as
maneiras mais raras de one?las# (u ent/o, se adotarmos a atitude da
inia popular, podemos pensar sore a O3ua omo sendo real e
essenialmente H_# %orém, a O3ua n/o é mais verdadeira omo 55_ do
Kue omo al3o a ser eido, ou Kue onserva vi.osas as \ores# 'one?la
so sua rmula KuLmia é Mtil em al3umas irunstQnias, e so outras
ormas, é Mtil em outros asos porém, nen;uma defni./o representa de
modo invariOvel a sua realidade separada de ertas fnalidades# V-oda a
un./o de defnir, de far, de se ater aos si3nifados, nada representa além
do ato de Kue aKuele Kue defne é um ser om propsitos limitados e
oCetivos prprios#VV
( raioLnio, assim omo a defni./o, estO aseado em neessidades
irraionais, e desde o inLio estO suCeito a ondi.Jes n/o raionais# (
raioLnio, sem dMvida, n/o é uma oorrnia de um inteleto Kue estO ora
do orpo# +, por um lado, uma Kuest/o de assoia./o deve usar o Kue
oereem os proessos assoiativos e, estO, portanto, na dependnia do
meanismo do érero# + tamém uma Kuest/o de sele./o# A partir de
todos os materiais apresentados, um determinado tipo é etraLdo omo
essenial# Este proesso de sele./o oi ;O pouo deatido omo onep./o
e a ;ailidade de esol;er uma matéria de maneira adeKuada, aptar e iso:
Wllliam 2ames, op# it#, II, 777#
- William 2ames, op# it#, 5, 8#
%8iolo3is do &éulo 
5:9
lar os elementos esseniais para as neessidades do aso, é o passo mais
importante em todo o proesso do raioLnio# 'oneer de maneira
adeKuada pressupJe a ;ailidade de dividir uma situa./o ompleta em
partes, ver o Kue é importante e ? o Kue possui a mesma importQnia ?
i3norar o restante, o arOter seleionado provoa ent/o assoia.Jes Kue
levam P onlus/o# Estas assoia.Jes s/o, naturalmente, resultados do
aprendiado# Assim, se o alor é ima3inado omo movimento, os atos CO
on;eidos sore movimento s/o a3ora assoiados ao alor# %ara se
ompreender o alor de orma meQnia, eistem dois estO3ios# Um deles
aran3e o Kue 2ames denomina sa3aidade é a onep./o do alor omo
movimento# ( outro inlui o aprendiado é o despertar do on;eimento
assoiado P idéia de movimento# Em orma de silo3ismo, o ato de ima3inar
ornee a premissa menor, a de Kue o alor é movimento# A premissa maior,
a proposi./o sore movimento, ori3ina?se pela assoia./o#
Isto n/o si3nifa Kue 2ames Kueira dar a impress/o de Kue o raioLnio, do
ponto de vista psiol3io, si3a o padr/o do silo3ismo# Uma ve Kue o
raioLnio depende da assoia./o, estO suCeito a todos os imprevistos,
restri.Jes, irre3ularidades e impropriedades da assoia./o# A assoia./o por
i3ualdade é espeialmente importante para o raioLnio porKue estO
presente na onep./o, na perep./o da essnia# A esol;a, tamém,
desempen;a um papel importante no raioLnio# &ur3e primeiro na
orma./o de oneitos ? isto é, na esol;a das oisas prinipais porém, os
proessos, pelos Kuais as assoia.Jes importantes para o elemento
esol;ido s/o despertadas, tamém inluem a esol;a# E esta, n/o é demais
repetir, é uma atividade de seres om fnalidades pariais e prOtias Kue
est/o em usa de fns partiulares# 2ames sulin;a o ato de Kue o
raioLnio oorre no interesse da a./o#

Finalmente,
determinadaaporren.a, assim
atores omo a oneitua./o
irraionais# %ara 2ames, ae ren.a
o raioLnio, é
estO mais prima
da emo./o do Kue de tudo o mais e a redulidade, o sentido imediato e
indisutLvel da realidade, é onsiderado por ele omo a nossa primeira
resposta Ps nossas prprias perep.Jes e pensamentos# A redulidade n/o é
o resultado de uma prova ela sur3e antes de apareer a neessidade de
provar# -emos orte tendnia para aeitar omo verdadeiro tudo Kue nos é
apresentado somente Kuando al3o interere om a ren.a, ou vem ontra
5::
Edna Heidreeler 5 %8iolo3ias do &éulo 

5:<
ela, é Kue ome.amos a duvidar# Isto si3nifa Kue eistem muitas ormas
de realidade, muitos tipos de ren.a, e Kue devemos esol;er um omo real
e desprear os outros# Devemos resolver, por eemplo, se numa
determinada perep./o, estamos vendo um antasma, um nevoeiro ou uma
aluina./o# Eistem, realmente, vOrios tipos de realidade Kue muita 3ente
reon;ee e seleiona uma das outras# HO, em primeiro lu3ar, o mundo dos
sentidos ou oisas Lsias na orma omo as pereemos de imediato, om
suas ores, sons e temperaturas# Eiste tamém o mundo da inia, do
Kual as ores, os sons e outras Kualidades seundOrias est/o eluLdos#
Eistem mundos de rela.Jes astratas, dos Kuais s/o eemplos os mundos
da l3ia e da matemOtia# Eistem vOrios mundos sorenaturais, tais omo
o 'éu e o Inerno dos rist/os, e o mundo da mitolo3ia lOssia# Eistem
mundos de f./o intenional, omo o de %i]Si] %apers, o Kual, emora
admitido omo f./o, possui uma realidade prpria t/o peuliar Kue a idéia
de uma altera./o KualKuer é pereida lo3o omo prpria ou imprpria#
Eistem todos os mundos da opini/o pessoal# Eistem até mundos da
louura, Kue possuem o seu tipo espeial de realidade#
Fae a tantas possiilidades, deve ;aver uma esol;a# -ais possiilidades
n/o s/o, entretanto, reiproamente elusivas# Aeitamos o mundo dos
sentidos, e o da inia, e o do %i]Si] %apers em dierentes estados de
;umor e para fns diversos# 'ontudo, nos deparamos amiMde om a tarea
de distin3uir o real do irreal, e o mais verdadeiro do menos e, ao assim
aer, n/o usamos um ritério Mnio mas vOrios# 2ames esreve0
V%or via de re3ra, a persistnia om a Kual um oCeto ontraditrio se
onserva em nossa ren.a é proporional a vOrias Kualidades Kue deve
possuir# Dessas, uma Kue deveria ser posta em primeiro lu3ar por muita
3ente, porKue arateria oCetos de sensa./o, é sua ? V!5$ 'oeritividade
sore a aten./o, ou o simples poder de ter
onsinia a se3uir, vem0
V!$ @ivaidade, ou pun3nia sensLvel, em espeial no sentido de despertar
praer ou dor

V!7$ Eeito estimulante sore a vontade, isto é, apaidade de provoar


impulsos ativos, Kuanto mais instintivos mel;or
V!$ Interesse emoional, omo oCeto de amor, temor, admira./o, deseCo
et#
V!9$ 'on3runia om ertas ormas de ontempla./o ? unidade,
simpliidade, estailidade e oisas pareidas
V!:$ Independnia de outras ausas e seu prprio valor omo ausa#V 8
%orém, suCaente a todas essas ondi.Jes de ren.a esta o ato de Kue
uma oisa, para ser areditada, deve possuir al3uma rela./o vital om o eu#
Deve ausar praer ou dor, ou onduir P a./o# Do ponto de vista elusivo
do inteleto, damos uma erta realidade a um oCeto no Kual pensamos
aeitamo?lo omo real pelo menos omo oCeto de pensamento# %orém, n/o
somos simples seres inteletuais somos riaturas dotadas de emo./o e
vontade tamém e atriuLmos maior 3rau de realidade Ps oisas Kue
despertam nossa naturea emoional e volitiva# & é verdadeiramente real
aKuilo Kue tem al3uma li3a./o om o eu, Kue o atin3e om al3uma palavra
Vpun3enteV, Kue o estimula emoional? mente e Kue o impele P a./o# A
rela./o entre a vontade e a ren.a é de espeial si3nifado para 2ames# Ele
mantém Kue o oCeto da ren.a n/o é somente determinado pela evidnia,
mas em 3rande parte pelo deseCo e fnalmente pela deis/o do Kue r# (
Kue ns deseCamos areditar, determina em 3rande parte o Kue ns
areditamos#
Assim, os proessos do pensamento, omo 2ames os enara, n/o s/o de
orma al3uma raionais num sentido asoluto# As oneitua.Jes ormam?se
a partir do ponto de vista de fns partiulares o raioLnio é eerido no
interesse da a./o e as ren.as s/o determinadas pelo deseCo e pela
vontade tanto Kuanto pela prova e pela evidnia, ( pensamento é uma
atividade de seres ue est/o em usa de pro3ramas de a./o prOtios e
limitados# ( inteleto ;umano se assenta nas neessidades dos or3anismos
vivos, Kue tm al3o a realiar no mundo#
Em seu apLtulo sore o instinto, 2ames omenta outro aspeto n/o raional
da onduta ;umana0
V%ois em, por Kue os diversos animais aem o Kue nos paree estran;o,
em presen.a de tais estLmulos esKuisitos^ %or Kue a 3alin;a# por eemplo,
sumete?se ao incmodo de inuar esse onCunto de oisas t/o
desinteressante omo uma nin;ada de ovos, a menos Kue possua al3uma
espéie de vis/o proétia do resultado^ A Mnia resposta é ad ;ominem# &
podemos interpretar os instintos dos seres rutos pelo Kue saemos dos
nossos prprios instintos# %or Kue os ;omens sem pre se deitam, Kuando
podem, em amas maias, em ve de ;/os duros^ %or Kue se sentam perto
da lareira num dia rio^ %or Kue, numa sala, se oloam, em 66 dos asos,
om os rostos na dire./o do meio desta, em ve da parede^ %or Kue
preerem osteletas
suCa^ %or Kue deinteressa
a Covem arneiro tanto
e ;ampan;a
ao mo.o,em
deve de p/o
orma Kue seo
tudo ae O3ua
respeito dela l;e pare.a mais
8 WiIIiam 2ames, op# it#, II, 7__#
? 6 Id##-;e WUI lo Beieue ani) (t;er Essas in %opular %;ilo&(p]ii,
5?7#
5:8
Edna Heiireder

%siolo3ias do &éulo 
5:6
ii
importante e si3nifativo do Kue KualKuer outra oisa no mundo^ Nada
mais se pode dier sen/o Kue assim se omportam os seres ;umanos e Kue
ada riatura 3oeta de seus prprios modos e os se3ue omo oisa natural#
%ode aonteer Kue a inia eamine essas maneiras e verifKue Kue a
maioria delas é Mtil# %orém, n/o é por ausa de sua utilidade Kue s/o
se3uidas, mas porKue na oasi/o de adotO?las esta é a Mnia oisa
onveniente a aer# Nem um s ;omem dentre um il;/o, ao aer sua
reei./o, pensa Camais sore sua utilidade# 'ome porKue o alimento l;e
paree om e o a deseCar mais# &e vo l;e per3untar por Kue deseCa
omer mais daKuela omida saorosa, em ve de onsiderar vo omo um
flsoo, ;O de dier, rindo, Kue vo é um idiota# A rela./o entre a sensa./o
de saor e o ato Kue ela despertar é para ele asoluta e
selstverst,fnlhi;#, ou seCa, uma sLntese a priori do tipo mais pereito, n/o
reKuerendo nen;uma prova a n/o ser a sua prpria evidnia# Em resumo, é
preiso ter o Kue Ber]ele ;ama de mente orrompida pela ultura para
aer om Kue o natural pare.a estran;o, a ponto de per3untar o porKu de
KualKuer ato ;umano instintivo# &omente para o metaLsio podem oorrer
per3untas omo estas0

%or Kue sorrimos Kuando satiseitos, e n/o ranimos a testa^ %or Kue somos
inapaes de alar a uma multid/o omo alamos a um Mnio ami3o^ %or Kue
determinada mo.a nos transtorna tanto^ ( ;omem omum pode dier
somente0 naturalmente ns sorrimos, naturalmente nosso ora./o palpita P
vista da multid/o, naturalmente amamos a mo.a, aKuela ela alma
enarnada em orma pereita, t/o palpOvel e eita evidentemente para ser
amada eternamente
VE assim, provavelmente, sente ada animal a respeito de ertas oisas Kue
tem tendnia a aer em presen.a de determinados oCetos# Essas oisas
s/o tamém sinteses a prori# %ara o le/o, é a leoa Kue oi eita para ser
amada para o urso, a ursa# %ara a 3alin;a ;oa pareeria monstruosa a
idéia de Kue ;ouvesse al3uém no mundo Kue n/o onsiderasse atraente
uma nin;ada de ovos para deitar?se em ima dias a fo om a maior
satisa./o#V 5_
Este tre;o, mostrando a naturea impulsiva e irraional do instinto, ontém
o ponto essenial do ensino de 2ames a este respeito# -alve devssemos
oservar Kue a nase dada ao instinto na époa de 2ames tin;a si3nifado
muito dierente do Kué teria nos dias atuais# Eiste ;oCe, na psiolo3ia, uma
tendnia para aastar?se do oneito de instinto, em desonfar dele porKue
poderia talve suentender idéias inatas, ou mesmo al3uma or.a
misteriosa, n/o analisOvel pela inia, Kue or.aria o or3anismo a
omportar?se de determinadas maneiras, al3o Kue desenoraCaria a
pesKuisa porKue seria aeito omo um VdomV# %orém, na 3era./o de 2ames,
um destaKue dado ao instinto, prinipalmente se osse assoiado Ps suas
idéias sore a naturea dos proessos inteletuais, si3nifava ;amar a
aten./o para o ato de Kue as espéies estudadas pela psiolo3ia ;umana
s/o, em Mltima anOlise, iol3ias si3nifava um aandono da psiolo3ia
de idéias simples e @orstellun3en, e um passo no sentido de onsiderar o
;omem omo um or3anismo vivo no mundo da naturea#
Realmente, é interessante oservar Kue al3uns dos omentOrios de 2ames
sore o instinto, puliados em fns do séulo passado, est/o estreitamente
de aordo om as tendnias da psiolo3ia atual# 2ames diia Kue os
instintos n/o s/o ori3atoriamente Ve3os e invariOveisV omo afrmava o
oneito ;istrio de instinto, e Kue podem ser modifados pelo ;Oito#
Neste ponto, suas oserva.Jes est/o em ;armonia om a mel;or das
evidnias eperimentais disponLveis atualmente, Kue mostram Kue Kuando
as atividades omumente lassifadas omo instintivas s/o sumetidas P
oserva./o so ondi.Jes ontroladas, verifa?se Kue elas n/o s/o as
realia.Jes VpereitasV, imutOveis e inevitOveis Kue se poderia esperar, de
aordo om o anti3o oneito# Além disso, sua idéia de Kue os seres
;umanos tm um 3rande nMmero de instintos ? realmente, mais do Kue os
possuem os animais ineriores ? estO tamém de aordo om as rLtias
ontemporQneas, pois inlina?se no sentido da espeifidade# A parti./o do
instinto em modos tLpios de omportamento oi, de ato, o primeiro passo
no sentido de aandonar a anti3a idéia de instinto omo uma 3rande or.a,
inerta, arre3ada de misteriosa potnia# As or.as enormes e inertas Kue
s/o, por defni./o, misteriosas n/o se prestam para os estudos prOtios da
inia mas em ae de realia.Jes defnidas e tLpias, a inia pode a3ir
imediatamente# 'omo resultado, Kuando os pesKuisadores resolveram
dividir entidades maiores, omo o instinto de onserva./o, em atividades
partiulares, omo a loomo./o e a ala, ou mesmo em atividades defnidas
menores, omo a riatividade, a uriosidade e a omatividade, o espanto e
o pavor, em presen.a do deson;eido, ome.aram a dar lu3ar Ps
pesKuisas sore oorrnias onretas e defnidas#
Em seu modo de tratar as emo.Jes, 2ames desenvolveu a teoria Kue é
talve a sua ontriui./o mais amosa para a psiolo3ia# -rata?se do
oneito on;eido omo teoria das emo.Jes de 2ames?)an3e# Ao
onsiderar o prolema d ponto de vista psiol3io, onveneu?se de Kue a
emo./o nada mais é Kue a sensa./o da atividade orporal despertada por
via re\ea por ertas irunstQnias estimulantes# ( fsilo3o dinamarKus
)an3e, estudando em partiular o
5_ Willlam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, II, 78:?78<#
5I
5<_

Edna Heireder
sistema irulatrio, ;e3ou P onlus/o de Kue as sensa.Jes das
mudan.as vasomotoras onstituem a ase das emo.Jes# (s dois ientistas
puliaram a teoria em separado e Kuase ao mesmo tempo#
William 2ames epcs sua teoria, opondo?a ao ponto de vista do senso
omum0
V( senso omum afrma Kue ao perdermos nossas riKueas, famos tristes
e ;oramos enontramos um urso, famos om medo e orremos somos
insultados por um inimi3o, famos om raiva e ri3amos# A ;iptese a
onsiderar neste aso di Kue a ordem desta seK[nia estO errada, Kue um
dos estados mentais n/o é imediatamente induido pelo outro, Kue os
sintomas orporais devem primeiramente interpor?se entre eles, e Kue uma
afrma./o mais raional é a de Kue ns famos tristes porKue ;oramos,
an3ados porKue ri3amos, medrosos porKue trememos, e n/o Kue
;oramos, ri3amos ou trememos porKue esteCamos tristes, an3ados ou
medrosos, onorme o aso# &em os estados orpreos suedendo P
perep./o, esta Mltima seria puramente o3nitiva, pOlida e inolor,
destituida de alor emoional# %oderLamos ent/o ver o urso, e deidir se é
mel;or orrer, reeer o insulto e a;ar Kue devemos ri3ar, mas n/o
sentiriamos realmente medo ou raiva#V
Nas emo.Jes mais 3rosseiras, tais omo a raiva, o temor, o pesar e o amor,
as pertura.Jes orpreas s/o vias naKuelas mais sutis, as respostas do
orpo, emora n/o t/o Oeis de desorir, est/o, n/o ostante, presentes#
A n/o ser Kue se sorria ante um ato ;umorLstio, a menos Kue viremos em
ae de um ato de Custi.a ou ora3em, n/o teremos uma apreia./o
emotiva da situa./o teremos simplesmente uma perep./o inteletual de
Kue o oCeto de nossa aten./o é en3ra.ado, Custo ou oraCoso# &em a
pertura./o orporal, orte ou raa, n/o eiste emo./o#
Esta teoria, omo 2ames a epJe de modo eplLito, é diretamente oposta P
onep./o do senso omum# De aordo om este, vemos primeiro o urso, a
se3uir sentimos medo, e depois orremos a ordem dos atos é a perep./o,
a emo./o e o movimento do orpo# 2ames inverte a seK[nia temporal dos
dois Mltimos
sua ase# atos
( Kue o movimento
sentimos orporal
realmente omopreede
emo./oa éemo./o e onstitui
o onCunto de a
sensa.Jes oasionadas pelos movimentos do orpo# A sensa./o desses
movimentos é a emo./o#
%orém, a teoria, assim eposta, estO numa orma muito rua e ousada# &/o
neessOrios ertos reKuisitos para aer om Kue esta eposi./o desreva o
pensamento de 2ames de
55 WilIiam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, \, 6?9_#
%sioo3ias do &dulo 

5<5
maneira mais eata# Em primeiro lu3ar, 2ames n/o Kuer dier Kue eistem
trs atos psiol3ios separados ? a perep./o do estLmulo, os movimentos
do orpo e a sensa./o dos mesmos ? separados por intervalos apreiOveis
de tempo# A seK[nia é t/o rOpida, e a superposi./o é t/o 3rande, Kue n/o
se pode esperar nen;uma introspe./o eata de ordem temporal# ( Kue ele
Kuer dier é Kue a emo./o possui uma
ase or3Qnia, e Kue sem a sensa./o do movimento do orpo
n/o ;averO emo./o, e Kue além e aima das sensa.Jes provo ada pelo
estLmulo do orpo n/o eiste sustQnia da mente
ou puramente mental aendo parte da emo./o# Em se3undo
lu3ar, emora insista na li3a./o imediata entre a perep./o
e os movimentos do orpo, 2ames n/o ne3a o papel desem pen;ad pela
resposta ortial ao in\uir na rea./o total#
Ao ontrOrio, insiste nisso# Um urso na \oresta e outro
numa Caula provoam rea.Jes dierentes isto porKue repre senta
irunstQnias dierentes e a situa./o 3loal é a Kue
tem valor# 2ames, sem dMvida, admite uma li3a./o imediata
e instintiva entre o oCeto e a rea./o delara Kue Vos oCe to estimulam as
mudan.as orporais por meio de um me anism preestaeleidoV mas
insiste tamém Kue a situa ./ total, e n/o determinada parte dela, é Kue
produ o resul tado e a apta./o da situa./o 3loal implia uma resposta
ortial# Na realidade, 2ames mostra?se va3o em rela./o P
naturea eata da li3a./o entre o oCeto estimulante e a
pertura./o orporal porém, levando em onta Kue tanto
o oneito de instinto Kuanto o on;eimento do sistema ner vos eram

muito impreisos
surprI" na époa
+ evidente, em Kue estava esre vendo o ato n/o ausa
entretanto,
Kue ao salientar a proimidade ra li3a./o entre a perep./o
e o movimento, desreve a emo./o mais para o lado instintivo
da naturea ;umana, do Kue para o inteletual# ( ato Kue
deseCa deiar laro é o de Kue, emora a idéia ou a apreia ./ inteletual do
peri3o possa estar presente e, nesse aso,
a.a sua ontriui./o tLpia ao tom emoional, aKuela idéia

n/o é em si a ase do medo#


( ponto de vista de 2ames oi ritiado de modo adverso
tanto pelos psilo3os omo pelos fsilo3os# A prinipal oCe ./ eita pela
psiolo3ia de sua époa proveio do ato de Kue
aKuele ponto de vista aolia um elemento tipiamente aeti vo &e 2ames
;ouvesse sido um psilo3o Kue ormasse esta do de onsinia a partir de
elementos, poderia ter ons truLd um sistema inteiro, usando de um s
elemento, a sen sa./o pois ;avia reduido a emo./o e o sentimento a sen
i

5<
Edna Heidreder
sa.Jes das mudan.as orporais, or3Qnias e outras# Al3uns de seus
ontemporQneos se opuseram ortemente a esse ponto de vista, entre eles,
-it;ener, 5 Kue lutou em deesa de um elemento aetivo, insistindo Kue a
ae./o é intrinseamente dierente da sensa./o or3Qnia ou outra de
KualKuer tipo# A;ava Kue a teoria onundia a ae./o om a sensa./o
or3Qnia, e tin;a ertea de Kue uma dieren.a irredutLvel entre a ae./o e
a sensa./o de KualKuer espéie é revelada de orma inonundLvel pela
introspe./o#

Naturalmente, a teoria de 2ames?)an3e interessava aos fsilo3os, em


omo aos psilo3os# &;errin3ton  e 'annon, 5 para menionar dois dos
autores mais on;eidos, prouraram testar esta teoria através de
eperinias de laoratrio# &;errin3ton, traal;ando om /es, seionou o
trato espinal Kue transmite ao érero os impulsos nervosos Kue provm
das vLseras do trono# @erifando Kue a voalia./o, as epressJes aiais
e os movimentos deste 3nero, 3eralmente assoiados om a emo./o,
oorriam mesmo aps a opera./o em irunstQnias Kue normalmente
ausariam emo./o, onluiu Kue esta n/o poderia ser produida na maneira
desrita por 2ames# 'annon enontrou os sinais ;aituais de raiva e medo
em 3atos, aps ;aver retirado a parte do sistema pervoso autcnomo Kue se
relaiona om a estimula./o das rea.Jes viserais normalmente presentes
durante aKuelas emo.Jes# Desoriu, tamém, por uma série de
eperinias, Kue as mesmas mudan.as fsiol3ias estavam presentes no
medo, raiva, ome e dor em outras palavras, Kue as diversas emo.Jes n/o
podiam ser dieren.adas om ase em suas araterLstiW fsiol3ias
prprias# Enarou este ato omo mais uma prova ontra a teoria#
(s deensores da teoria de 2ames?)an3e ar3umentam Kue aKuelas
eperinias n/o s/o deisivas# 'ritiam os Kue tentam a elimina./o pela
irur3ia por n/o eliminarem todas as ontes possLveis de sensa.Jes
orporais Kue possam servir de ase para a emo./o# -m omo erto Kue
aKuilo Kue 2a5 E# B# -it;ener, A -et?oo] o %siC;olo3, <7?8<#

57 '# *# &;errin3ton, -;e Inte3rrtive Ation o t;e Nervous &pstem,


99?:8#
5 W# E# 'annon, Bodil ';an3es in %ain, Hun3er, Fear and Ra3e VA -eoria
das Emo.Jes de 2ames?)an3e0 estudo ritio e teoria epliativaV, Gmerian
2ournal o %s;olo3p !56<$, 76, 5_:?5# A prpria teoria das emo.Jes de
'annon tamém salienta o papel do tOlamo na emo./o e dO uma eplia./o
mais detal;ada, aseada em pesKuisas eperimentais dos proessos
nervosos inluldos na emo./o# Uma urta eposi./o da teoria de 'annon e
um resumo da evidénia dos atos em apoio da mesma podem ser
enontrados em um estudo de %;ilip Bard, VA Base Neuro?Humoral das
Rea.Jes EmotivasV, -;e Foundations o Eperimental Fs;olo3, ompilado
por 'arl "ur;ison, 6?8<#
%siolo3ias do &éulo 
5<7
mes onsiderava a prinipal ase or3Qnia oi eliminado, mas areditam Kue
talve ten;am fado intatas ases fsiol3ias menos visLveis e Kue estas
podem ser sufientes para iniiar as respostas emoionais oservadas#
&alientam, além disso, Kue estas respostas podem ter estado assoiadas
om determinadas irunstQnias por meio do aprendiado, e Kue, na
oasi/o em Kue oram notadas, n/o inluLam emo./o real# Foi tamém

su3erido Kue o as
dieren.assem raasso de 'annon,
emo.Jes em enontrar
entre si, n/o ondi.Jes fsiol3ias
vai ori3atoriamente ontra estaKue
teoria Kue pode ;aver ondi.Jes fsiol3ias n/o investi3adas em suas
pesKuisas ? dieren.as devidas P atitude orporal, postura, epress/o aial,
ou mudan.as fsiol3ias muito rOpidas ? Kue distin3uem as emo.Jes na
orma em Kue ns omumente as onsideramos# Foi tamém su3erido Kue
os distMrios enontrados por 'annon s/o os omuns Ps emo.Jes em 3eral,
as Kuais, afnal de ontas, n/o s/o t/o dierentes entre si omo as Cul3am
nossos modos de pensar ;aituais#
AliOs, emora a teoria de 2ames?)an3e n/o ;aCa sido aprovada ou
desaprovada de modo asoluto pelas provas eperimentais, o onsenso
3eral, ;oCe em dia, é o de Kue ela n/o eplia de maneira adeKuada os atos
on;eidos prinipalmente, Kue n/o eplia a rela./o entre a perep./o e a
sensa./o, e Kue é um tanto impreisa ou totalmente errada Kuanto Ps
oneJes nervosas entre o érero e as vLseras# Entretanto, n/o se disute
ter eerido esta teoria 3rande in\unia# + 3eralmente admitido Kue o lado
or3Qnio da emo./o é muitLssimo importante, mesmo por aKueles Kue
disordam Kue a emo./o seCa somente a sensa./o do distMrio orporal# A
teoria oi aeita tamém em suas lin;as 3erais, porKue dO uma ra/o de ser
iol3ia P emo./o e l;e onere um lu3ar e uma un./o na eonomia total
da naturea ;umana# Aima de tudo, estimulou a pesKuisa sore as
emo.Jes, mais do Kue KualKuer outra onep./o# &eCa Kual or a resposta
da evidnia eperimental, a teoria de 2ames?)an3e terO desempen;ado um

papel importante em sua revela./o#


A maneira omo 2ames tratou destes assuntos demonstrou as prinipais
tendnias de seu pensamento# %oderia ter sido esol;ido KualKuer outro
tpio# ( seu amoso apLtulo sore o ;Oito poderia ter sido usado para
eemplifar sua pronuniada voa./o fsiol3ia, mostrando a seu modo
om Kue entusiasmo deendeu a tese de Kue as vias ormadas no sistema
nervoso pelos nossos prprios atos determinam
di
%8Soho3ias do &éuho 
5<
Edna Heidreder
5<9
a prpria estrutura de nossa onduta ? o tom em Kue alamos, as roupas Kue
usamos, nossas araterLstias profssionais, nosso omportamento soial,
nossas simpatias, nossos Cul3amentos, e mesmo nosso arOter moral# (
apLtulo sore assoia./o poderia ter sido esol;ido para eemplifar o
mesmo ponto, pois nele o autor trata da assoia./o em un./o das vias
neurais# -endo primeiro reduido a assoia./o por semel;an.a a um aso
espeial de assoia./o por proimidade, redu esta Mltima Ps oneJes

unionais do sistema nervoso#


Eistem diversos apLtulos Kue poderiam servir de eempio do ;Oito
inveterado do autor em se utiliar da eperinia imediata para responder
aos seus prolemas# ( seu VinatismoV a respeito da perep./o do espa.o e
do tempo é um eemplo a onsiderar, pois enara a ontinuidade do tempo
omo VdadoV no Vpresente ilusrioV e a perep./o de proundidade omo
proveniente da Vetensividade impereitaV de nossas impressJes imediatas#
2ames, de ato, é propenso a dar uma interpreta./o inatista a muitas
rea.Jes ;umanas# A ren.a, por eemplo, é aseada na redulidade inata a
prpria vontade em suas maniesta.Jes mais elevadas nada mais é do Kue
uma modifa./o da atividade ideomotora, Kue n/o passa de uma
impulsividade inata das idéias, uma tendnia a se tornarem epressas por
meio da a./o# Atualmente a tendnia da psiolo3ia estO distante do
inatismo muitos pesKuisadores a;am Kue aeitar uma oisa omo VdadaV
é Kuase o mesmo Kue aeitO?la omo mila3re# %orém, o inatismo de 2ames
ori3inou?se de uma avers/o pelo Kue onsiderava mila3res Kue o inteleto
era ;amado a realiar na flosofa empLria# N/o era evidente para ele, por
eemplo, a maneira pela Kual as Kualidades prprias do volume espaial
poderiam provir de elementos n/o espaiais, e a sua lealdade para om o
valor intrLnseo da eperinia ?lo reusar?se a reduir isto a uma orma
dierente dela mesma# + si3nifativo Kue, ao enrentar esta irunstQnia e
outras pareidas, tivesse preerido reon;eer dados orneidos pela
eperinia imediata em lu3ar de aeitar um resultado, ruto do inteleto#

%or Mltimo, eistem tpios nos Kuais o tratamento dado por 2ames mostra
uma tendnia Kue tem sido muito pouo assinalada neste livro ? a
tendnia para o voluntarismo# Até erto ponto, sua posi./o a respeito
deste prolema estO implLita no seu relato sore a oneitua./o, raioLnio
e ren.a omo estando intimamente assoiados P naturea ati v
e emoional do ;omem# %orém, em seu apLtulo sore a aten./o, aorda o
prolema de orma mais direta# Ali salienta Kue se, através da aten./o
voluntOria, uma determinada idéia pudesse ser prolon3ada apenas por um
instante ? o sufiente para permitir a entrada de assoia.Jes reor.adoras e
para Kue essas desempen;assem o seu papel ? estaria asse3urada a vitria
daKuela idéia, ( esor.o da vontade realiaria ent/o o Kue ele paree aer,
e 2ames admite esta possiilidade# ( prolema do livre arLtrio, salienta ele,
estO ora do Qmito da inia ela n/o pode ser ontra nem a avor do
mesmo# 2ames, porém, omo pessoa, preeriu a teoria do livre arLtrio ao
invés do determinismo e, portanto, teve 3rande difuldade para mostrar
Kue uma é t/o ientifamente respeitOvel Kuanto a outra#
A pulia./o de -;e %rinipies oi alamada no paLs e no eterior omo
aonteimento de primeira 3randea no mundo psiol3io# N/o s era uma
desri./o ompreensLvel de um novo ampo do saer, n/o s era uma nova
sLntese dos atos da psiolo3ia representava uma verdadeira ontriui./o P
psiolo3ia# Desde o inLio, oi reon;eido omo mais do Kue um simples
livro sore o assunto# Devido ao seu vi.o e poder, devido Ps suas atitudes
defnidas e su3estJes estimulantes, onstituLa um aonteimento na ;istria
da psiolo3ia#
-alve a araterLstia mais marante deste livro seCa o ato de ;aver
tratado defnitivamente a psiolo3ia omo inia natural, espeialmente
omo inia iol3ia# A psiolo3ia, naturalmente, estava sendo tratada
omo inia em toda parte, prinipalmente pelos eperimentalistas na
Aleman;a# A de 2ames, porém, tomou dire./o muito dierente# Ele estava
interessado em proessos onsientes n/o s pelo seu valor intrLnseo,
omo tamém por serem atividades dos or3anismos vivos nos Kuai oorrem,
modifando as suas vidas# Foi a sua voa./o ientLfa 3eneraliada,
naturalmente, Kue o e passar da ontempla./o espeuladora da mente
para a oserva./o direta da eperinia imediata e de suas ondi.Jes
porém, oi o seu interesse iol3io espeLfo Kue o e ver os proessos
mentais omo atividades de seres viventes onservando?se no mundo da
naturea ? omo atividades, possivelmente Mteis, deveras, para os seres Kue
as eerem# Esta idéia sore a vida mental tem tido onseK[nias
importantes para a psiolo3ia norte?ameriana# De ato, ao tratar os
proessos mentais omo arrai3ados nas neessidades e prOtias dos
or3anismos vivos, 2ames
II
5<:
Edna Heidreder
estava esrevendo o Kue desde ent/o se tem demonstrado ser uma
psiolo3ia tipiamente norte?ameriana# Epressava uma atitude Kue,
Kuando se tornou eplLita, veio a ser a da primeira esola de psiolo3ia
defnitivamente norte?ameriana, o unionalismo#
Intimamente relaionado om esta atitude em rela./o P vida mental, estO o
destaKue Kue 2ames deu ao lado irraional da naturea ;umana# Através de
todo o livro, nuna deia Kue o leitor esKue.a Kue o ser em Kuest/o é uma
riatura dotada de emo./o e a./o, em omo de on;eimento e ra/o#
"esmo Kuando eamina os prprios proessos inteletuais, assinala os
atores irraionais inluLdos# Desreve om a mOima larea,
prinipalmente em seus apLtulos sore o ;Oito e a assoia./o, sua ertea
de Kue o inteleto uniona so ondi.Jes fsiol3ias defnidas# E vai mais
lon3e# A ren.a, insiste, é determinada por atores emoionais e volitivos a
oneitua./o e o raioLnio, sur3indo so a in\unia de deseCos e
neessidades individuais, oorrem em vista da a./o# ( pensamento, na
orma desrita por 2ames, é um tipo de rea./o desenvolvida por um ser
empen;ado om a Kuest/o prOtia de rea3ir ao seu meio amiente# ( ser
;umano Kue sur3e na psiolo3ia de 2ames pouo se paree om o ;omem
raional dos anos anteriores#
E, entretanto, apesar de todo o seu empen;o em tratar a psiolo3ia omo
inia e n/o omo metaLsia, apesar de sua mO vontade em superestimar
o papel do inteleto na naturea ;umana, 2ames n/o se eimiu,
pessoalmente, das ei3nias do inteleto para defnir a vida Kue se
prolon3a além da inia# + astante evidente Kue o autor do -;e %rinipies
o %s;olo3 é um ;omem tremendamente interessado pelos prolemas
metaLsios# %ode?se distin3uir laramente em seu estudo da psiolo3ia as
tendnia Kue deveriam sur3ir mais tarde em sua flosofa, omo o
pra3matismo, o pluralismo e o empirismo radial# + si3nifativo, entretanto,
ter 2ames onservado a sua flosofa e psiolo3ia separadas uma da outra
ou mel;or, Kuando inluiu a flosofa em seus deates, reon;eeu?a omo
flosofa# 'omo resultado, veio a ser vantaCoso para a psiolo3ia norte?
ameriana Kue 2ames possuLsse interesses flosfos# Foi, realmente, em
3rande parte por seu intermédio Kue a psiolo3ia norte?ameriana passou
de flosofa mental para inia, e o e inte3ralmente om ompreens/o#
%ois 2ames n/o somente rompeu om
%siolo3ia#s do &éulo 
5<<
o passado n/o tratou de modo superfial as maneiras mais omuns de lidar
om o material ;umano# 'onsiderou seriamente a posi./o da psiolo3ia Kue
estava representando dentro das idéias flosfas a Kue os seus leitores
estavam aostumados e, ao assim aer, tornou inteli3Lvel e CustifOvel a
mudan.a para o novo ponto de vista# Realmente, a inteirea om Kue 2ames
trata desses prolemas de flosofa mental, Kue a psiolo3ia omo inia

tem o direito
eemplo de i3norar
? é urna ? os prolemas
das raJes da alma
Kue tornaram e da sustQnia
desneessOrio Kue osmental,
tratadospor
de
psiolo3ia onsiderassem atualmente este assunto#
Finalmente, a imperei./o, a improvisa./o, as prprias inonsistnias da
psiolo3ia de William 2ames tiveram proundo si3nifado do ponto de vista
do desenvolvimento desta inia, ( seu modo de tratar dos assuntos, mais
insinuante Kue onlusivo, mais ontriuiu para riar prolemas do Kue pari
resolv?los# (s ensinamentos de 2ames, ertamente, n/o representam a
orma Kue a psiolo3ia tomarO omo inia desenvolvida# Falta?l;es o
undamento de atos slidos, ineKuLvoos, prprios de uma inia
amadureida, e Kue teoriamente possam ser epressos em termos
Kuantitativos e sumetidos P verifa./o eperimental# + i3ualmente erto,
porém, Kue a psiolo3ia de 2ames ontém muito do material inorme Kue
ompJe uma inia# %elo menos é uma psiolo3ia Kue passou diretamente
P eperinia em usa de respostas para os seus prolemas, e Kue é
inteiramente fel Ps suas oserva.Jes individuais, ;armoniemse ou n/o
umas om as outras ou om um plano Kue deve inluir todas# -alve seCa
esta fdelidade aos atos individuais o tra.o marante da psiolo3ia de
2ames e ertamente este dO ao seu tratamento um arOter de inia
autntia# + esta fdelidade aos atos, tamém, Kue dO P sua psiolo3ia seu
arOter eperimental, uma ve Kue é saido Kue nem todos os atos s/o
disponLveis# +, portanto, muito apropriadamente Kue 2ames enerra o seu
livro om um tre;o Kue di respeito diretamente ao tema do Mltimo

apLtulo, mas Kue representa uma atitude mais 3eral em si mesma#


V"esmo nas partes mais laras da psiolo3ia, nossa penetra./o Intima
!insi3;t$ é astante insi3nifante, E Kuanto mais sineramente prouramos
tra.ar o amin;o verdadeiro da psio3nes, ou seCa, as etapas pelas Kuais,
omo ra.a, podemos ter adKuirido os atriutos mentais tLpios Kue
possuLmos, mais laramente pereemos o repMsulo, tentamente
ormado, a e;ar?se em noite prounda#V
#5<8
BIB)I(*RAFIA
Edna Heidrede,
Bard, %#, V-;e Neuro?Humoral Basis os Emotional ReationsV, -;
%oundattons o Eperimental %s;olo3, ed# por '# "ur;ison
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? ?, V-;e 2ames?)an3e -;eor o Emotions0 a 'ritial Eamination and an
Alternative -;eorV, Amer# 2# %s;oi#, 56<, 76, 5_:?5#

2ames, Henr 2r#, VA )ist o t;e %ulis;ed Writin3s o WiIllam 2arnesV,


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2ames, William, -;e %rinipies o %s;olo3 !Nova lorKue, Henr
Holt and 'o#, 586_$# !Eiste edi./o em espan;ol0 %r)nipios de
ps]olo3La, "adrid, 56_6, e outra de Buenos Aires, *lem, 569$#
?, %s]oio30 Brieer 'ourse !Nova lorKue, Henr Holt and 'o#, 586$#
!Eiste edi./o em espan;ol0 'ompendio de psiolo3ia,
Buenos Aires, Emeé, 56<$#
? ?, -;e @arieties o Reli3ious Eperiene !Nova IorKue, )on3mans, *reen and
'o#, 56_$#
? ?, -]e WU )o Believe and (tlSr Essas in# %opular %;ilosop] !Nova lorKue,
)on3mans, *reen and 'o#, 586<$# !Eiste edi./o em espan;ol0 )a voluntai
de reer  otros ensaos, "adrid, 2orro, 56$#
-al]s )o -ea;ere on %s;oio30 and to &tudents on &ome o
)i es Ideais !Nova lorKue, Henr Holt and 'o#, 5866$#
?, VDoes 'onsiousness Eist^V, Essas in Radial Empirii,sm !Nova lorKue,
)on3mans, *reen and 'o#, 565$, 5?78#
?, -;#e )etters o William 2ames, ed# por seu fl;o Henr 2ames !Boston, -;e
Atlanti "ont;l %ress, 56_$#
? ?, e )an3e, '# *#, -;e EmotSns, inluindo uma tradu./o por 5# A# Haupt de
)a#n3e er *emut;leSe3un3en !Baltimore, Williams
and Wil]ins 'o#, 56$#
? ?, %ra3matismo !"adrid, 2orro, 567$#
? ?, El si3nifado de la verdad !"adrid, 2orro, 56$#

? ?, %siolo3ia peda33ia !"adrid, 2orro, 56$#


"urp;, *#, Introduin ;istria a la p8iolo3la ontempordnea !Buenos
Aires, %aids, 56:_, ap# I@$#
&antaana, *eor3e, ';arater and (pinion in t;e United &tates !Nova
lorKue, ';arles &riners &ons, 56_$#
&;errin3ton, '# *#, -]e Inte3rative Ation o t;e Nervous &stem !Nova
lorKue, ';arles &riners &ons, 56_:$#

III
( FUN'I(NA)I&"(0 2# R# AN*E)), HAR@E1
'ARR, 2(HN DEWE1
DeSe !5896?569$ 'arr !n# 58<7$ BZdSin !58:5?567$ 2udd
!58<7?56:$ Ward !587?569$ &tout !58:_?56$ Hibdin3 !587?
?5675$0 An3eli !58:6?566$ *# H# "ead !58<5?567:$#

Em 586, 2ames RoSland An3eil, na oasi/o um Covem de vinte e ino


anos, in3ressou na nova Universidade de ';ia3o omo diretor do reém?
ormado departamento de psiolo3ia# No mesmo ano, 2o;n DeSe, Kue oi
seu superior durante de anos, veio para ';ia3o omo proessor de
flosofa# Amos eram ompetentes, nos diversos ampos pelos Kuais se
interessavam# DeSe, emora tivesse sido antes flsoo, ;avia traal;ado
num dos primeiros laoratrios psiol3ios dos Estados Unidos, o de *#
&tanle Hali, na Universidade 2o;n Hop]ins, e CO estava desenvolvendo a
lin;a de pensamento Kue o onduiria ao seu traal;o sore edua./o e
sore as inias polLtias e soiais# An3ell ;avia estudado em vOrias
universidades alem/s, tin;a sido disLpulo de William 2ames em Harvard, e
estava a3ora em ';ia3o aumulando deveres administrativos om o
interesse pela psiolo3ia# Amos eram tamém de uma efinia ora do
omum omo proessores ? isto é, efientes no sentido de eitar o
pensamento do estudante, impelindo?o P a./o e em despertar verdadeiro
entusiasmo inteletual por seus pro3ramas e pontos de vista# Devido em
3rande parte P sua in\unia onCunta, a Universidade de ';ia3o tornou?se
rapidamente um entro \oresente de estudo da psiolo3ia e sede de uma
nova esola, o unionalismo#
'om o unionalismo, a psiolo3ia norte?ameriana e
a sua primeira resistnia defnida e or3aniada ontra o
58_ Edna Heidreder
domLnio eerido pelas esolas tit;eneriana ou Sundtiana# 'omo o prprio
nome india, o unionalismo estava interessado prinipalmente em
atividades ? em proessos mentais n/o simplesmente omo onteMdos mas
tamém omo opera.Jes# Além disso, estava interessado em estudO?las em
seu ;aitat natural e do ponto de vista de sua utilidade# Aproveitando a
su3est/o de DarSin, e onsiderando (s proessos mentais t/o Mteis talve
ao or3anismo vivo Kuanto P sua adapta./o ao meio amiente, o seu estudo
oi, de inLio, tipiamente iol3io# Dava tamém a impress/o de senso
omum, n/o perturado pelos taus aadmios# Ao eaminar os proessos
mentais, ormulava as per3untas do ;omem prOtio0 V%ara Kue servem ^V,
V=ue dieren.a aem^V, V'omo unionam^V# Naturalmente tais per3untas
n/o podem ser respondidas se estudarmos os proessos mentais em si e por
si mesmos# Emora tal anOlise possa ser ompleta, o estudo de um
proesso, do ponto de vista de onteMdo somente, n/o pode revelar o Kue o
proesso realia# %ara responder a esta per3unta, é neessOrio ir além do
prprio proesso e onsiderar as li3a.Jes Kue este possui0 investi3ar os seus
anteedentes e onseK[entes, desorir Kue dieren.a a para o
or3anismo, e levar em onta a sua posi./o omplea 3loal no mundo
ompleo no Kual sur3e#
-orna?se Kuase evidente de imediato Kue tais pesKuisas diver3iram
amplamente da psiolo3ia ofial da époa# Em primeiro lu3ar, ;avia o
destaKue dado pelo unionalismo ao proesso omo tal ? ao evento em seu
desenrolar?se# E verdade Kue Wundt e -it;ener tamém destaam este
ponto, insistindo amiMde Kue os elementos mentais podem ser onsiderados
omo proessos# %orém, ao Kue paree, na prOtia real de oneer os
elementos omo proessos, eiste uma difuldade Kuase insuperOvel# (s
elementos ostumam ser onsiderados omo oisas ou peda.os estOtios,
seCam Kuais orem os protestos do ponto de vista da teoria e este ato,
Cuntamente om o interesse pelos onteMdos onsientes omo tais, deu P
psiolo3ia ortodoa da époa, pelo menos omo era interpretada de modo
n/o ofial, um arOter estOtio e
5?uma impress/o V3ranularV# (s unionalistas, entretanto, estavam
empen;ados em estudar os proessos mentais n/o
omo elementos partiipando de uma omposi./o, mas omo
X atividades onduindo a resultados prOtios# Ao passo Kue
o estruturalismo, de orma delierada e intenional, a em da inia pura,
aia astra./o de seu material em rela./o a seu meio amiente, o
unionalismo, da mesma orma, no
%sioio3]s do &éulo  585
interesse do prolema Kue ;avia esol;ido, onservava o seu material no
amiente natural no Kual apareia# ImplLita neste aso estO a se3unda
dieren.a marante entre as duas esolas ? a dieren.a em suas atitudes
om respeito Ps aplia.Jes da inia# ( unionalismo, unindo?se
aertamente ao senso omum, estava desde o inLio interessado em
utilidades# Uma ve Kue seu prolema era V( Kue realiam os proessos
mentais no mundo^V mal podia se livrar daKuelas onsidera.Jes de valor ?
neste aso, utilitOrias ? Kue -it;ener ;avia afrmado om insistnia
estarem ora do domLnio da inia pura# %ortanto, era inevitOvel Kue o
unionalismo se diri3isse no sentido da inia apliada, e realmente assim
o e Kuase imediatamente, om a entrada de DeSe no setor da edua./o#
-udo isso representou uma tereira 3rande dieren.a entre o estruturalismo
e o unionalismo, uma dieren.a em suas onep.Jes Osias do oCeto e
método# Desde a époa de Wundt e Brentano ;avia sido asseverado Kue as

un.Jes
ser n/ode
oCetos podem apareer
oserva./o na eperinia
introspetiva# Alémdireta
disso,e,pesKuisar
portanto, as
n/o podem
un.Jes
dos proessos mentais si3nifava onsiderar muito mais do Kue a prpria
onsinia# Em outras palavras, a introspe./o n/o poderia ontinuar a ser
onsiderada omo método distintivo da psiolo3ia, nem a onsi^iia o seu
oCeto espeLfo# Assim, mesmo uma desri./o preliminar do pro3rama do
unionalismo mostra 3randes aastamentos das esolas onsa3radas#
+ interessante Kue DeSe e An3eli n/o estavam inte? ressados em undar
uma esola# + provOvel Kue nen;um deles tivesse o Ceito e o 3nio de
deensores ervorosos de uma nova ausa# DeSe, apesar de todo o seu
prestL3io e ori3inalidade, era meditativo e ponderado# An3eil, mesmo em
seus mais veementes protestos ontra o anti3o estado de oisas, era aOvel
e tolerante# -odavia, o movimento Kue patroinaram desafava aertamente
a autoridade, e se desenrolou numa atmosera estimulante de omate om
um inimi3o valoroso# ( unionalismo tornou?se uma esola defnida em
parte porKue as suas prprias delara.Jes permitiam aertamente ;eresias,
e tamém porKue -it;ener deididamente o eomun3ara# De erto modo,
permaneeu assim até aos nossos dias# (s psilo3os treinados em ';ia3o
est/o pereitamente cnsios de sua lin;a3em psiol3ia ainda enaram
sua psiolo3ia em un./o de ompara.Jes e ontrastes e entre eles eiste
ainda ;oCe uma identidade de
<
58
Edna Hedreder
%8],oho3`a& do &éulo 
587
sentimento Kue n/o se enontra em nen;um outro 3rupo do paLs#
( encmeno de uma esola sur3indo de si mesma, om ;ees Kue n/o
estavam Kuerendo undar uma esola, é, em si mesmo, si3nifativo# -alve
al3o no amiente da nova Universidade de ';ia3o osse responsOvel pelo
ato# + notrio, ertamente, Kue a primeira esola de psiolo3ia
elusivamente norte?ameriana ten;a sur3ido na nova universidade Kue
era tamém uma epress/o de tudo o Kue é tipiamente ianKue# ( ato
Kuase inareditOvel da ria./o de uma 3rande universidade ompleta ? de
atualiar um plano, de reunir um orpo doente notOvel, de tornar realidade
uma or3ania./o omplea inteira, em orpo e alma deu ao loal um ar de
3randes eitos realiados e por realiar e n/o é de admirar Kue uma esola
de pensamento, ome.ando em tais irunstQnias, prosperasse e
resesse#
%orém, o amiente loal, emora adeKuado, n/o é uma eplia./o
sufiente# A orma./o Kuase espontQnea de uma nova esola de psiolo3ia
si3nifava em primeiro lu3ar Kue muita oisa estava preparada para ter
inLio# Em muitos setores dos Estados Unidos eistia a impress/o de Kue a
psiolo3ia, defnida na orma onvenional, era muito mesKuin;a e restrita#
AliOs, o pro3resso real da psiolo3ia nos Estados Unidos n/o se3uiu as
re3ras para ela estipuladas# A psiolo3ia eduaional, a da rian.a, a do
animal, o estudo das dieren.as individuais e do desenvolvimento mental ?
nen;um desses movimentos poderia ser ori3ado a se3uir o modelo
onvenional, todavia estavam todos pro3redindo# William 2ames,
naturalmente, ;avia representado sempre uma in\unia poderosa ora do
Qmito tit;eriano# *# &tanle Hail, emora ;ouvesse estudado al3um
tempo em )eipi3, nuna fara impressionado de modo avorOvel por
Wundt e seu resente entusiasmo pela psiolo3ia 3enétia, aliado a uma
predile./o apri;osa pelo Kue se pode ;amar de psiolo3ia em 3eral,
si3nifava Kue a psiolo3ia em 'lar] ;avia superado amplamente os seus
limites onvenionais# Em 'olMmia, 'attell insistia em seu interesse pelas
dieren.as individuais, e -;orndi]e realiava eperinias em animais e
seres ;umanos om poua aten./o pelas re3ras de 'omeu# 2ames "ar]
BaldSin era astante rano om as rLtias severas da psiolo3ia ortodoa#
Em sua opini/o, uma inia Covem e pro3ressista n/o deve se limitar aos
proessos sanionados por al3uma esola, e seu prprio interesse pelas
Peren.as individuais e desenvolvimento mental, aliado a
uma frme onvi./o do valor dos deates terios irrestritos, sem dMvida,
muito ontriuiu para a frmea de sua onvi./o#4 Ele e -it;ener ri3aram
aertamente numa ontrovérsia sore a interpreta./o da dieren.a entre os
tempos de rea./o sensorial e motora, deate esse menos importante pela
Kuest/o em si do Kue pela rana oposi./o em Kue oloava as
interpreta.Jes mais amplas e as mais estritas da psiolo3ia# Estes asos,
além disso, s/o somente sintomas de uma tendnia 3eral# Nos Estados
Unidos ;avia um deseCo 3eneraliado de dar ouvidos P doutrina Kue
afrmava Kue a un./o do psilo3o n/o se limita neessariamente P
disse./o minuiosa dos estados de onsinia# (s empreendimentos
tipiamente norte?amerianos em psiolo3ia, por serem dierentes daKueles
da tradi./o alem/, se aCustaram prontamente ao plano do unionalismo# As
tendnias CO eistiam, prontas para serem entraliadas e oloadas dentro
de uma rmula Kue as unifaria e as Custifaria#
N/o oi s nos Estados Unidos, entretanto, Kue a psiolo3ia do tipo de
Wundt e sua esola ;avia deiado de eerer um ontrole inontestOvel# Na
Aleman;a, a psiolo3ia do ato de Brentano, eposta Kuase ao mesmo tempo
Kue a de onteMdo de Wundt, nuna deiara de ter seus adeptos
importantes# *rande parte da psiolo3ia ranesa, tamém, om seu
interesse pelas anormalidades mentais, adaptou?se depressa aos oneitos
unionais# Na In3laterra, 2ames Ward, em seu amoso arti3o V%s;olo3V
na Enlopaedia Britannia, n/o s reon;eeu omo tamém ressaltou a
atividade do eu ou do suCeito e *# F# &tout, in\ueniado por Ward,
desenvolveu uma psiolo3ia na Kual enarava omo modos OsiJs do ser
onsiente trs ormas de atividade
? n/o onteMdos, di3a?se de passa3em ? o3ni./o, ae./o e ona./o# (
flsoo dinamarKus, Harold HJbdin3, tratou tamém de orma defnitiva os
proessos psiol3ios omo tipos de atividade# Em seu livro (utlines o
%s;olo3, adotoda anti3a divis/o tripartida da mente em o3ni./o,
sentimento e vontade, empre3ando assim uma lassifa./o Kue aia
lemrar astante a psiolo3ia das auldades# %ara Hibdin3, entretanto,
essas ate3orias n/o si3nifavam nem Vor.asV nem VdivisJesV da mente,
mas sim maneiras pelas Kuais a mente toda a3e em diversas
oportunidades#
( unionalismo em ';ia3o n/o se mostrou disposto a menosprear estas
anteipa.Jes de seus ensinamentos# %elo
58
Edna Heiireder %siolo3ias, do &éulo 
589
ontrOrio, deu?l;es mais nase, usando?as para demonstrar Kue o seu
estudo era muitas vees levado a sério pelos estudiosos, e assim su3eriu
Kue as limita.Jes onvenionais da époa eram artifiais# Realmente o
unionalismo n/o pretende ;aver desoerto al3o de novo deaio do sol#
An3eli insistia sempre Kue o unionalismo n/o deveria ser identifado om
a psiolo3ia Kue era ensinada em ';ia3o, e afrmou mesmo Kue n/o
representava eatamente uma eso la A seu ver, o movimento si3nifava
al3o mais vasto do Kue KualKuer ulto ientLfo ou seita# Areditava Kue os
prinLpios unionalistas ;aviam sempre eito parte da psiolo3ia, e Kue o
estruturalismo, por estaeleer suas prprias Kualidades, tin;a sido
realmente a primeira esola a se separar do orpo prinipal da psiolo3ia#
N/o ;O a menor dMvida Kue o traal;o de -it;ener, V-;e %ostulates o a
&trutural %s;olo3V, 5 por real.ar o ontraste entre os pontos de vista
estrutural e unional, e por insistir Kue somente o primeiro era le3itimo
numa verdadeira inia psiol3ia, muito ontriuiu para dar larea e
individualidade ao novo empreendimento#

%orém,
reseuaenova esolae,seapesar
prosperou estaeleeu, e n/o pode
dos protestos ;averodMvida
de An3ell, Kue ela veio
unionalismo
a se identifar om o tipo de psiolo3ia Kue estava se desenvolvendo na
Universidade de ';ia3o# Desde o inLio, reeeu apoio entusiOstio da
mesma# *# H# "ead e A# W# "oore, amos da se./o de flosofa, e tamém,
omo DeSe, interessados pela psiolo3ia, apoiaram laramente as novas
idéias# Em 56_, o prprio DeSe tornou?se diretor da Esola de Edua./o
da Universidade de ';ia3o, aproveitando a oportunidade, astante l3ia,
de pcr em prOtia os prinLpios da sua flosofa e da sua psiolo3ia# Aps
eerer seu ar3o durante dois anos, se3uiu para o -ea;ers 'olle3e da
Universidade de 'olMmia, omo proessor de flosofa# ';arles H# 2udd, Kue
veio a ser diretor da Esola de Edua./o al3uns anos aps a saLda de
DeSe, estava tamém astante interessado pelo novo movimento# Emora
tivesse deendido sua tese de 3radua./o em )eipi3 e assim devesse a sua
orma./o P anti3a esola, seu livro %s;olo3, puliado dois anos antes
de se3uir para ';ia3o, oi esrito t/o emeido no espLrito do
unionalismo, Kue o seu modo de tratar as rea.Jes motoras é muitas vees
itado omo o mel;or eemplo de interpre ta./
unionalista# Nesta époa, An3ell, omo ;ee do departamento de
psiolo3ia, tornara?o um dos mais in\uentes do paLs# %ermaneeu em
';ia3o pelo espa.o de vinte e seis anos, e mais tarde tornou?se diretor da
Universidade de 1ale# Desde a saLda de An3eli, Harve 'arr, o se3undo
estudante a se doutorar em psiolo3ia em ';ia3o e o atual ;ee da
adeira, prosse3uiu a# ora Kue DeSe e An3eil ;aviam iniiado#
+ si3nifativo n/o ;aver um livro ou tratado Kue represente o unionalismo
na orma em Kue o -et?Boo] de -it;ener representava o seu sistema, ou
os %rinipies de W# 2ames, a sua psiolo3ia# DeSe nuna esreveu uma
eposi./o sistemOtia da psiolo3ia unional, emora seus prinLpios
esteCam implLitos em seus mUit=& esritos# ( seu livro -et?Boo] o
%s;olo3 oi puliado em 588, antes Kue ;ouvesse elaorado suas
idéias psiol3ias tLpias e doe anos antes de ;aver sido lan.ado
defnitivamente o movimento unionalista# An3eli puliou seu -et?Boo] o
%si;olo3 em 56_ e seu Introdution !o %s;olo3 em 5658, porém,
emora os dois livros esteCam esritos do ponto de vista unionalista,
nen;um deles tem omo seu prinipal oCetivo a apresenta./o do
unionalismo omo sistema# ( mesmo se pode dier dos outros tetos em
3eral esritos om tendnia unionalista# Além disso, mesmo Kue eistisse
uma apresenta./o sistemOtia, nen;um livro, nen;um ruto do pensamento
unionalista, poderia representar felmente aKuilo Kue era essenialmente
um movimento e uma atividade# %ois o unionalismo, em omo o seu
prprio oCeto de estudo, era um proesso om uma un./o, uma
transorma./o na psiolo3ia norte?ameriana em 3eral e o Kue representou
para esta, pode ser mel;or disernido aompan;ando?se o proesso de sua
orma./o e desenvolvimento# %or omodidade, as trs ases deste
movimento podem ser separadas assim0 seu inLio om DeSe, seu
desenvolvimento so a lideran.a de An3ell e sua onserva./o omo uma
in\unia em defnida, om 'arr#
( arti3o de DeSe, V-;e Re\e Are 'onept in %s;olo3V , puliado em
586:, assinala o ponto de partida do unionalismo omo movimento
defnido# A importQnia desse estudo t/o deatido é a de Kue a atividade
psiol3ia n/o pode ser dividida em partes ou elementos, mas sim deve
5 @er nota 57, 'ap# I@, p/3# 59#
 2o;n DeSe, -;e Re\e Ar 'onept In %s;olo3V, %s;olo3ia
RevieS !586:$, 8, 79<?7<_#
58:
Edna Heidreder
ser enarada omo um todo ontLnuo# Assim omo William 2ames, DeSe
estava ataando o atomismo psiol3io# 2ames, devemos estar lemrados,
;avia mostrado Kue as Vidéias simplesV omo por.Jes de onsinia n/o
possuem eistnia real# %orém, DeSe areditava Kue o erro do
elementarismo ;avia apenas mudado de lu3ar# No oneito de aro re\eo,
om sua distin./o entre estLmulo e resposta, entre sensa./o e movimento,
entre as por.Jes motora, sensorial e entral do aro, via a anti3a tendnia
para pensar em un./o de unidades separadas ? o anti3o atomismo so
nova orma# A tese de DeSe sustentava Kue distin.Jes, tais omo entre
estLmulo e resposta, s/o puramente unionais, e n/o s/o aseadas nas
dieren.as reais da realidade eistente, mas sim nos dierentes papéis
desempen;ados por ertos atos no proesso total#
DeSe epcs seu aso reerindo?se ao eemplo omum da rian.a Kue v
uma ;ama, proura atin3i?la e Kueima seus dedos# Esta atividade n/o é
uma simples seK[nia de trs atos0 ver, aproimar?se e Kueimar?se# N/o
se pode a ir? mar Kue, na primeira etapa da atividade, a vis/o seCa o
estLmulo e a usa seCa a resposta e Kue a sensa./o de ver ven;a em
primeiro lu3ar e o ato motor de usa ven;a a se3uir# A sensa./o n/o
preede o movimento, porKue ver n/o pode ser separado de ol;ar# (s
aCustes motores da ae.a e dos ol;os aem parte da perep./o da lu# De
maneira idntia, a usa n/o vem depis da vis/o e n/o pode ser
onsiderada separada dela# A usa n/o pode vir antes, a menos Kue a
vis/o, sempre ontinua, inia al3umas rea.Jes motoras e d inLio a outras,
ontrolando assim a a./o# Ao mesmo tempo, a usa ontrola a vis/o,
determinando a sua dire./o durante todo o tempo# De modo eato, a
atividade n/o é simplesmente ver, mas sim Vver?para?atin3irV#
Ent/o, por Kue oi eita esta distin./o^ &e a atividade é, de ato, um
proesso ontLnuo, por Kue temos orte tendnia em pensar omo se ela
osse omposta de partes separadas^ E por Kue esta tendnia se tornou
um ;Oito empedernido, a ponto de estarmos sempre prevenidos ontra
ele^
( estLmulo e a resposta oram distin3uidos, responde DeSe, por ausa dos
papéis dierentes Kue desempen;am na oordena./o total da usa ou para
manter um fm ou oCetivo por ausa de seu si3nifado prOtio de adaptar
o or3anismo Ps irunstQnias do momento# A distin./o é do tipo unional,
aseada no Kue os proessos realiam, e n/o do tipo eistenial, aseada
no Kue os proessos s/o#
%solo3]is do &éulo 
58<
Isto se torna laro se ompararmos duas etapas da adapta./o0 uma sendo a
adapta./o ompleta, tal omo um instinto em desenvolvido a outra, uma
adapta./o em seu proesso de orma./o, omo a atividade de uma rian.a
aprendendo a n/o toar a ;ama da vela# Na adapta./o ompleta, n/o se
leva em onta o estLmulo omo estLmulo e a resposta omo resposta# Eiste
apenas uma seK[nia l3ia de atos, na Kual um deles pode ser enarado
omo o estLmulo do se3uinte porém, mesmo esta afrma./o é verdadeira
somente se a oordena./o or onsiderada omo um ato e omo um
proesso em dire./o a um fm ou oCetivo# &em reernia a uma fnalidade
e a seu papel em atin3ir o oCetivo, ,os atos n/o passam de uma seK[nia
dentro do tempo#
%orém, num ato de adapta./o ainda n/o totalmente or3aniado, tal omo o
da rian.a em usa da ;ama da vela, n/o ;O uma ordem de eventos fos
e ertos# Nada se estailiou omo estLmulo ou resposta# ( prolema,
se3undo DeSe, é desorir ou defnir o estLmu#lo, tanto Kuanto desorir
ou defnir a resposta# Na eperinia anterior da rian.a, a usa de oCetos
ril;antes al3umas vees terminou em praer, outras, em dor# A3ora depara
om a per3unta0
=ue espéie de oCeto ril;ante é este^ ( prolema estO em defnir o
estLmulo e Custamente neste aso é eita a distin./o entre o estLmulo e a
resposta# (s movimentos de usa Kue ;aviam sido iniiados s/o a3ora
iniidos pela imperei./o da oordena./o o ato de defnir o estimulo, isto é,
determinar a naturea da lu, tem Kue se dar antes Kue a usa possa ter
lu3ar sem onseK[nias dolorosas# A aten./o é assim orientada para ver, e
aKuela parte da oordena./o torna?se, portanto, separada da usa, n/o
eistenial mas unionalmente, para os fns prOtios do momento# ( peri3o
é o de Kue uma dierenia./o teleol3ia, desenvolvida no transurso de um
ato prOtio, possa ser tomada omo representativa de um ato eistenial#
Ent/o é a oordena./o total, e n/o KualKuer parte da mesma, Kue o
psilo3o deve tomar omo sua unidade# Isto n/o si3nifa, entretanto, Kue
DeSe sustitua simplesmente uma unidade maior por outra menor# Ele n/o
r Kue as oordena.Jes, oloadas de prinLpio ao fm, possam epliar a
onduta, mais
ondi.Jes# do Kue o estLmulo
A oordena./o e a por
total Kue, resposta
aaso,o esteCamos
podem aer, nas mesmas
onsiderando no
momento n/o pode ser separada de seu amiente, do mesmo modo Kue o
estLmulo e a resposta n/o podem ser separados da oordena./o ompleta
588
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
586
na Kual se verifam# A oordena./o total se relaiona om seu passado e
uturo e om a atividade total do or3anismo, da mesma orma em Kue as

dierentes
as ases
atividades do ato re\eo
do or3anismo# se relaionam
=uando entre si# unidade
um ato maniesta N/o ;O divisJes entre
e perei./o,
sua unidade é unional, pelo Kue n/o apresenta separa./o eistenial#
'omo é natural, o primeiro eeito deste ensinamento pode ausar onus/o
ele suprime as disrimina.Jes usuais# (s limites evidentes Kue separam um
oneito de outro demonstram n/o ter uma orrespondnia na realidade
eistenial para a Kual s/o utiliados# AL, tudo é ontinuidade# Entre o
estLmulo e a resposta, entre um movimento e outro, entre o or3anismo e o
seu meio amiente, n/o eiste solu./o de ontinuidade real# De ato, ns
podemos e mesmo devemos inluir separa.Jes ao pensar neles mas n/o
devemos esKueer nuna Kue as disrimina.Jes Kue usamos s/o de nossa
prpria autoria, e n/o est/o apoiadas na naturea das oisas, porém s/o
dispositivos onvenientes Kue as pessoas inventam para fns prOtios# As
lin;as de demara./o Kue pareem fas e estOveis n/o s/o realmente mais
duradouras Kue as nossas prprias fnalidades e no momento em Kue
onundimos nossas disrimina.Jes unionais om a realidade eistente, no
momento em Kue esperamos Kue o real seCa enerrado dentro dos limites
por ns estaeleidos ? omo Kuando famos surpresos porKue o aismo
Kue femos entre as oisas e os pensamentos n/o é insuperOe)na naturea
? estamos ompletamente en3anados a respeito da realidade# %odemos usar
estas distin.Jes unionais omo dispositivos prOtios, porém, sem Camais
perder de vista o ato de Kue s/o simples meanismos e Kue, por aio
dessas distin.Jes, eiste ontinuidade#

Esta oneitua./o ei3e uma revis/o muito mais ompleta do pensamento


psiol3io do Kue pode pareer P primeira vista# Em primeiro lu3ar, é
ataado o atomismo psiol3io de uma orma partiularmente radial# +
proundamente si3nifativo Kue, em sua rLtia ao elementarismo, DeSe
n/o ten;a esol;ido para seu oCetivo sensa.Jes e ae.Jes elementares,
mas sim o oneito de aro re\eo ? o mesmo Kue ;avia sido inluLdo na
psiolo3ia para aomodar o material Kue n/o se aCustava ao padr/o
onvenional, e Kue pareia se aastar da separa./o desritiva e estOtia
dos elementos em estados de onsinia# DeSe mostrou, entretanto, Kue
enKuanto o aro re\eo osse onsiderado
uma unidade P parte, ou omo uma Kuest/o de partes separadas, estaria
vulnerOvel Ps mesmas oCe.Jes Kue ;aviam sido levantadas ontra a anti3a
psiolo3ia# &ua rLtia resultava em enurralar o vel;o inimi3o em novo
esonderiCo inesperado e aparentemente se3uro#
( ponto de vista de DeSe tamém impliava uma mudan.a de opini/o a
respeito do prolema mente?orpo# Em seu esKuema, desaparee o anti3o
dualismo# (s aspetos mental e Lsio da eperinia s/o i3ualmente
admitidos, mas n/o s/o tratados omo uma série de atos separados e
dierentes# N/o eiste divis/o entre a sensa./o e o movimento, entre
pensamentos e oisas# A distin./o entre a mente e o orpo n/o é tamém
uma distin./o eistenial do mesmo modo omo aKuela eita entre o
estLmulo e a resposta# (s atos mentais n/o s/o atos psLKuios puros e
simples s/o atos nos Kuais est/o presentes o Lsio e o psLKuio# &ur3indo
em meio ao mundo da naturea, desempen;am seu papel no mundo omo
KuaisKuer outros atos naturais#
(s ensinamentos de DeSe demonstravam tamém uma atitude de
simpatia em rela./o P psiolo3ia apliada# &i3nifavam Kue os proessos
mentais n/o podem ser separados de suas ondi.Jes e onseK[nias e
Kue s/o atividades de seres em usa de fns, nutrindo propsitos,
empen;ados em empreendimentos VrelevantesV e VsériosV# A passa3em
para a psiolo3ia apliada era inevitOvel e o prprio DeSe a e Kuando se
tornou diretor da Esola de Edua./o# A sua in\unia, n/o é preiso dier,
oi t/o 3rande na edua./o omo na psiolo3ia#

+ laro Kue DeSe n/o é primaialmente psilo3o ou eduador# + um


flsoo uC a maneira de enarar a ;umanidade e seus prolemas onse3uia
ondui?lo a setores espeiais ? nas inias polLtias e soiais em omo na
psiolo3ia e na edua./o# &eu modo de pensar, em 3eral, oi desrito omo
um ;Oito de onsiderar o ;omem Vomo uma espéie animal se3uindo o
seu amin;o pelos Mnios proessos do sistema nervoso entral num
planeta insi3nifante om um lima péssimo e variOvelV# (s seus dois livros
mais amosos oram talve HoS We -;in] e Human Nature and 'ondut# No
primeiro, salienta a posi./o do pensamento no mundo do real, ;amando a
aten./o para o ato de Kue o pensamento vai para o passado e o uturo sem
maiores dif

'# E# Ares, V%;;losop;le au NaturelV, NeS Repul !569$, ,


56?575#
56_
Edna Hedr der %siolo3as do &éulo 
565
uldades através do VaismoV por ns riado de modo artifial# No livro
Human Nature and 'ondut, ressaltando a Lntima rela./o entre o indivLduo e
o amiente Kue o era, e utiliando o ;Oito omo a solu./o para a
psiolo3ia soial, mostra omo os ;Oitos s/o ormados na Vintera./o das
aptidJes iol3ias om o meio amiente soialV#
Durante a dire./o de An3eil em ';ia3o, o unionalismo tomou orpo omo
esola realmente Otuante# N/o se tratava mais apenas de uma esperan.a e
de uma teoria, mas sim de um empreendimento pro3ressista visLvel num
laoratrio ativo, om resente aervo de pesKuisas, dispondo de um orpo
doente entusiasta e de um onCunto de estudantes tamém entusiasta# +
urioso Kue a ontriui./o de An3eli para a psiolo3ia, talve a sua prinipal
ontriui./o, tivesse adKuirido esta orma, pois An3eil sempre a;ou Kue o
unionalismo n/o devia ser identifado om a psiolo3ia da esola de
';ia3o# -odavia, o apareimento de tal esola oi da maior importQnia
prOtia pois, sem uma esola, altaria ao unionalismo a entralia./o Kue
oi uma das raJes de sua efinia# =ualKuer movimento se enefia
Kuando tem um loal e um nome e om um lous operandi defnido, o
unionalismo tornou?se uma viva realidade Kue n/o podia ser despreada#
'om An3eli, o traal;o em ';ia3o lo3o se destaou# Em 56_:, Kuando oi
eleito presidente da Assoia./o Ameriana de %siolo3ia, pronuniou omo
disurso de posse o seu a3ora amoso traal;o, V-;e %rovine o Funtional
%s;olo3V# Da mesma orma Kue o arti3o de DeSe sore o oneito do
aro re\eo !V-;e Re\e Ar 'oneptV$, o disurso de An3eli é uma das
delara.Jes lOssias dos prinLpios do unionalismo# ( arti3o de DeSe
deu ao unionalismo sua primeira ormula./o o de An3eIl delineou seus
prinLpios Kuando o movimento CO vin;a se desenvolvendo ;avia mais de
uma déada#
No arti3o de An3eli, s/o onsiderados trs aspetos do movimento# %rimeiro,
o unionalismo é onrontado om
o estruturalismo# Este se interessa pelos onteMdos o unionalismo, pelas
opera.Jes# A tarea prinipal do estruturalismo é analisar um estado de
onsinia deompondo?o em seus elementos a do unionalismo é a de
desorir omo a3e um proesso mental, o Kue ele realia, e so Kue
ondi.Jes aparee#
 2# R# An3eli, -;e %rovine o Funti(nal %s;olo3V, %sS;nlo3Ia ReveS
!56_<$, 5, :5?65#

Emora n/o seCa preiso insistir na Kuest/o, deve?se oservar Kue o estudo
de An3ell sore este assunto lemra em parte a rLtia de William 2ames Ps
VidéiasV do assoiaionismo# ( Vmomento de onsiniaV Kue o
estruturalismo analisa é uma oisa pereLvel# Uma sensa./o ou uma idéia,
Kuando n/o estO realmente na eperinia, n/o eiste# %orém, as un.Jes
mentais persistem# &/o t/o duradouras omo as estudadas pelos ilo3os#
Assim omo a mesma un./o fsiol3ia pode ser eeutada por estruturas
dierentes, tamém a mesma un./o mental pode ser realiada por idéias
Kue dierem 3randemente em seu onteMdo# N/o podemos nuna ter a
mesma idéia duas vees porém, uma un./o pode ser identifada através
de suas repeti.Jes, ada ve representada na onsinia por uma idéia
Kue, em sua omposi./o eistenial, pode ser muito dierente das outras,
Kue em outras oasiJes serviram ao mesmo fm# An3eil estaelee uma
analo3ia entre as un.Jes mentais e as do protoplasma n/o dieren.ado em
amos os asos, uma dada un./o pode apareer se3uidamente, emora as
estruturas provisrias utiliadas possam n/o ser as mesmas duas vees# (
material do unionalista é assim uma oisa mais onstante do Kue aKuela
utiliada pelo estruturalista#
Além disso, mesmo o onteMdo mental Kue o estruturalista analisa n/o pode
realmente ser tratado omo independente e isolado# ( prprio estado de
onsinia Kue o estruturalista estuda ? uma sensa./o, por eemplo ?
depende das irunstQnias espeiais em Kue oorre, tanto no paiente Kue
a peree omo no amiente real# Na terminolo3ia de -it;ener, o Vo KueV
n/o é de ato independente do VomoV e do Vpor KueV# %orém, estudar as
ondi.Jes em Kue sur3e uma atividade CO é tarea do unionalismo#
=ualKuer investi3a./o ompleta do material estruturalista ei3e o ponto de
vista e o proesso do unionalista#
Em se3undo lu3ar, o unionalismo pode ser onsiderado omo um
movimento Kue se interessa pela utilidade dos proessos mentais, (
unionalismo estuda a atividade mental n/o em si e por si, mas omo parte
de todo o mundo da atividade iol3ia, omo parte do movimento inte3ral
da evolu./o or3Qnia# %or via de re3ra, as estruturas e as un.Jes de um
or3anismo vivo s/o o Kue s/o, porKue, de al3um modo, permitiram a
sorevivnia do or3anismo porKue auiliaram a sua adapta./o Ps
ondi.Jes Kue onstituem o seu meio amiente n/o ;O ra/o para Kue a
onsinia seCa uma ee./o a esta re3ra# Uma ve Kue a onsinia
sore?
56 Edna Heidreder
viveu, é provOvel Kue a.a al3uma oisa para o or3anismo Kue de outra
orma n/o seria realiado# = unionalismo tenta desorir preisamente
Kual é esta und/o, n/o s para a onsinia em 3eral, mas tamém para
pioessos espeLfos, omo o CuLo, a sensa./o e a vontade# A partir deste
ponto de vista, o prolema do unionalismo pode ser de inido omo o Kue
desore as utilidades Osias das atividades onsientes# Ao tratar mais
espeifamente da un./o da onsinia, An3eli oserva Kue tanto os
ilo3os omo os psilo3os tendem a tratar a onsinia omo sendo
Vsustanialmente sincnimoV das rea.Jes de adapta./o Ps novas situa.Jes#
+ Kuando o or3anismo estO ormando um ;Oito, Kuando a oordena./o n/o
estO ainda so ontrole, Kue a onsinia 3eralmente aparee# %or outro
lado, a onsinia tende a se aastar de um ;Oito fado é saido Kue as
rea.Jes inteiramente aprendidas tendem a se tornar automOtias# E a
onsinia n/o s estO normalmente presente Kuando o or3anismo estO se
adaptando ao seu meio amiente, mas o seu sinal araterLstio no
omportamento visLvel é a Vvaria./o seletiva da resposta ao estLmuloV#
Inspirando?se nestes atos, o unionalismo enara a Vaomoda./o seletivaV
omo o papel da onsinia em 3eral# (s proessos espeLfos ? de
perep./o, vontade, sensa./o e oisas pareidas
? podem ser lassifados de vOrias ormas, mesmo do ponto de vista
unional, uma ve Kue a lassifa./o é sempre teleol3ia# %orém, todos
esses proessos demonstram possuir 23uma orma de Vaomoda./o
seletivaV#
<? Em tereiro lu3ar, o unionalismo pode ser onsidera? do omo um
método tLpio de tratar om o prolema Vmente?
?orpoV# Enarando a onsinia do ponto de vista darSiniano, omo tendo
al3uma utilidade no adaptar o or3anismo ao seu meio amiente, o
unionalismo admite uma intera ./o entre o psLKuio e o Lsio# A
possiilidade de uma inte ra./o entre os dois, da mesma espéie da
eistente entre as or.as do mundo Lsio, é epliada om ase no ato de
n/o ;aver distin./o verdadeira entre o Lsio e o psLKuio# ( unionalismo
enara a rela./o mente?orpo Vomo apa de reeer um tratamento em
psiolo3ia, mais omo distin./o metodol3ia do Kue omo distin./o
metafsiamente eistenialV# Isto é, o unionalismo aandona o dualismo
Kue afrma ser o Lsio e o mental dois tipos de aonteimentos dierentes#
Enara a distin./o entre a mente e o orpo omo uma onveninia para o
nosso pensamento, omo uma Varma teleol3iaV, no dier de 2ames omo
um instrumento Mtil pa# %siolo3ia
do &éulo  567
ra tratar om a eperinia, mas n/o omo um Kue nos levasse a rer Kue a
mente e a matéria s/o duas entidades dierentes# Deveras, a distin./o entre
a mente e o orpo a?se sentir somente aps a re\e/o n/o estO presente
nos estO3ios mais primitivos da eperinia# Além disso, se tomada em
arOter asoluto e eistenial, ondu a difuldades metaLsias Kue s/o
insolMveis# %or estas raJes, é preerLvel tratar a distin./o mente?orpo
omo metodol3ia, enarar o Lsio e o psLKuio omo pertenendo P
mesma ate3oria, e admitir uma passa3em Oil de um para o outro# Esta
idéia n/o nos ompromete om nen;um sistema de metaLsia, porém é
ompatLvel om KualKuer uma das interpreta.Jes metaLsias#

( disurso
au3e dein\unia,
de sua An3eli oi epronuniado
a ailidade Kuando o unionalismo
e a larea estava
Kue arateria no
o seu
tratamento s/o, em parte, o resultado do suesso otido pelo unionalismo
desde a rLtia de DeSe sore o oneito de aro re\eo# An3eli se reeria
a um movimento CO estaeleido DeSe estava desenvolvendo uma idéia
Kue era o 3erme do movimento# DeSe, de propsito, mer3ul;a o leitor no
esor.o e na adi3a de oneitos remodeladores do traal;o# 'oloa a idéia
de aro re\eo no avesso para epor suas inonveninias e ent/o,
;avendo despoCado o leitor de seus reursos ;aituais, onvida?o para a
tarea de reonstru./o# =uando DeSe esreveu o seu estudo, oi
neessOrio onduir o leitor para dentro de seu prprio loal de traal;o,
onde estavam sendo orCados os oneitos Osios da esola An3eli poderia
deiO?lo permaneer
do disurso de An3eli,ora do movimento
o unionalismo e v?lo
era do lado de
uma empresa ora# Na époa
estaeleida e
prspera, na Kual a Cuventude e o vi3or estavam assoiados P realia./o#
A ora de 'arr representa o unionalismo CO estaeleido e reon;eido
omo esola, e n/o mais omo uma renasen.a ou uma reorma# +, de ato,
um dos sinais mais evidentes da verdadeira vitalidade deste movimento ter
ele persistido aps a eita./o da luta ;aver se dissipado e ;aver mantido
frmemente a sua produtividade nas pesKuisas# A ora de 'arr, assim omo
a de An3eli, é insuperOvel de seus deveres omo administrador a dire./o
das atividades reais de ada dia do departamento de psiolo3ia de ';ia3o
onstitui uma de suas maiores ontriui.Jes P psiolo3ia#

No inLio deste apLtulo oi dito Kue os livros didOtios esritos pelos
unionalistas, em re3ra, n/o apresentam o
5i
Edna Heireder 5 %siolo3ias do &éulo 
569
unionalismo omo sistema# A %s;olo3 de 'arr n/o onstitui ee./o a
esta re3ra é uma maniesta./o mais do Kue uma eposi./o do
unionalismo# Além disso, é eita por um ;omem uCa li3a./o om esta
esola oi lon3a e Lntima, e Kue ;avia traal;ado durante anos om
oneitos unionais# Assim omo os estudos de DeSe e An3eli
representam etapas primitivas do movimento, a %s;olo3 de 'arr
representa o unionalismo de nossos dias#
Neste livro, 'arr defne o oCeto da psiolo3ia omo atividade mental# Esta é
a epress/o 3enéria para proessos, tais omo a perep./o, memria,
ima3ina./o, sensa./o, CuLo e vontade# A atividade mental relaiona?se om
Va aKuisi./o, fa./o, reten./o, or3ania./o e avalia./o das eperinias,
assim omo om sua ulterior utilia./o para orientar a ondutaV# Esta
onduta, na Kual sur3e a atividade mental, é ;amada omportamento
adaptativo ou de aCustamento#
Neste aso, nas palavras srias e tradiionais de uma esola Kue atin3iu a

maturidade, inluem?se
manteve ontra os Kue
a tradi./o oneitos Kue
l;e era o unionalismo
oposta# ( oCeto dado séulo I
psiolo3ia é
defnido omo atividade, e uma desri./o mais defnida n/o se reere a
elementos e onteMdos, mas sim a proessos, tais omo pereer e sentir# A
naturea da atividade mental é desrita em un./o do Kue ela realia desde
a VaKuisi./oV da eperinia até ao seu Vempre3o na orienta./o da
ondutaV# ( tipo de omportamento no Kual oorre a atividade mental é
desrito omo tipiamente VadaptativoV# -udo isso é almamente
apresentado na primeira pO3ina, de nen;uma orma omo assunto para
deates, mas simplesmente omo a eposi./o de um ato num livro
didOtio#
A rela./o entre a mente e o orpo tamém é tratada de modo simples e
inontestOvel# A atividade mental é desrita omo psioLsia# + psLKuia por
ter o indivLduo 3eralmente al3um on;eimento de sua atividade, e porKue
ele n/o raioina, n/o sente, nem Kuer estar a par dos atos é Lsia por ser
uma rea./o do or3anismo Lsio# N/o se tenta epliar a li3a./o entre o
Lsio e o psLKuio a rela./o é apenas aeita omo uma araterLstia da
atividade mental na orma em Kue sur3e na eperinia# 'arr eslaree em
espeial, entretanto, Kue os atos mentais n/o devem ser identifados om
o aspeto puramente psLKuio das a.Jes adap tativas
( adCetivo VmentalV reere?se ao proesso inte3ral, psLKuio e Lsio# (
psLKuio onsiderado isoladamente n/o passa de uma astra./o Vpossui
tanta eistnia Kuanto o lar3o sorriso de um 3ato de ';es;ireV# `
&/o adotados vOrios métodos para estudar a atividade mental# -anto a
introspe./o Kuanto a oserva./o oCetiva s/o admitidas# As eperinias
s/o onsideradas altamente deseCOveis, porém, onsidera?se impossLvel um
ompleto ontrole eperimental da mente ;umana# Inlui?se, tamém, o
estudo dos produtos soiais# Assim omo Wundt, 'arr aredita Kue através
do estudo da literatura, arte, lin3ua3em, inven.Jes, institui.Jes polLtias e
soiais Kue a ra.a ;umana tem produido, al3o pode ser aprendido sore a
mentalidade Kue as riou# Aredita, tamém, Kue omo a estrutura e a
un./o est/o intimamente relaionadas, um on;eimento das estruturas
anatcmias e dos proessos fsiol3ios, inluLdos nos atos mentais, é
reK[entemente muito eslareedor# Finalmente, admite Kue a oserva./o
omum é um meio de se ;e3ar ao on;eimento psiol3io, emora
tamém reon;e.a Kue a psiolo3ia ientLfa diere do senso omum por
ser mais sistemOtia e uidadosa, por usar o método eperimental sempre
Kue possLvel, por reunir seus atos de um 3rande nMmero de ontes e por
estaeleer uma estrutura sistemOtia mais adeKuada para a or3ania./K
de seus dados# + evidente Kue, para o unionalismo, s/o numerosas as vias
de aesso ao on;eimento psiol3io, Kue n/o estO assoiado a um
método em partiular, omo aontee om a introspe./o no aso do
estruturalismo# Na prOtia real, entretanto, ;ouve uma tendnia defnida a
avor da oCetividade# "uitas partes das pesKuisas realiadas em ';ia3o
s/o eitas sem reorrer P introspe./o, e onde ela é usada, é verifada por

meio
aordodeom
ontroles oCetivos#
os prolemas Este proesso,
onsiderados paranaturalmente, é determinado
estudar um proesso em seude
amiente e do ponto de vista de sua utilidade, é neessOrio eaminO?lo de
ora# Na prOtia, portanto, emora n/o ;aCa sido aandonada a
introspe./o, oi dado uru destaKue onsiderOvel P oserva./o eterna#
No apLtulo intitulado V&ome %riniples o (r3ani Be;aviorV, 'arr diri3e?se
para o prprio nMleo de sua onep./o de psiolo3ia# 'onsidera primeiro o
aro re\eo, porém,
N# da Editora0 *ato lendOrio de ';es;ire, na In3laterra, espeialmente
desrito em VAlie no %ais das "aravil;asV, on;eida ora de )eSis 'arroil#

9 Harve 'arr, %s;olo3, 569#


56: Edna Heidreder
nem mesmo ao apresentar o assunto ? e seu livro é destinado aos
prinipiantes ? reorre P simpliidade esKuemOtia Kue Ps vees empre3ava
omo reurso epliativo# ( oneito de aro re\eo, na orma por ele
usada, implia trs prinLpios# ( primeiro é o de Kue Vtodo estLmulo
sensorial deve eerer al3um eeito sore a atividade do or3anismoV# A
resposta n/o preisa ser evidente, nem apareer ori3atoriamente omo
movimento visLvel porém, sempre oorre al3uma resposta, talve uma
mudan.a na respira./o ou nas pulsa.Jes, ou ainda uma varia./o das
tensJes musulares# ( se3undo prinLpio é o de Kue Vtoda atividade, tanto
ideativa omo motora, é iniiada por estLmulos sensoriaisV# Este ponto é
apresentado omo aioma# Assim omo n/o ;O estLmulo sem uma resposta
orrespondente, tamém n/o ;O resposta sem o seu estLmulo# ( estLmulo,
note?se, n/o se a;a ori3atoriamente no amiente eterior pode estar
dentro do or3anismo, omo aKueles Kue se reerem P ome, P sede e Ps
sensa.Jes de movimento musular# ( tereiro prinLpio é o de Kue eiste
Vum proesso ontLnuo de intera./o entre os estLmulos sensoriais e as
respostas motorasV# 'ada movimento, Kue é uma resposta a uma
irunstQnia sensorial, modifa por sua ve a atividade suseK[ente# %ara
dar um eemplo simples, uma pessoa pode ter um vislumre de um oCeto
om o rao dos ol;os e responder oaliando diretamente o oCeto# %orém,
essa prpria a./o alterou o ampo de vis/o de tal maneira Kue os ol;os
est/o a3ora suCeitos a um onCunto dierente de estLmuos e uma ve Kue o
estLmulo é a3ora dierente, a resposta tamém o serO, e assim por diante,
indefnidamente# Destaando omo o a, a intera./o ontLnua entre o
estLmulo e a resposta, e a ompleidade e a sutilea de amos, 'arr n/o
orre o riso de apresentar a a./o re\ea de uma orma simplista e
deepionante#
Estes atos, entretanto, n/o epliam o omportamento a]ptativo# Apenas
epliam sua atividade : no sentido de Kue um or3anismo dotado de
aparel;o re\eo a3irO de al3uma orma se or oloado num meio amiente
apa de estimulO?lo# %orém, tal atividade n/o é ori3atoriamente
adaptativa# Uma pessoa Kue estiver tentando u3ir de um ediLio em
;amas pode espirrar, porém o espirro n/o é uma
: 'arr aredita n/o aer ao psilo3o onsiderar a atividade no sentido de
epliar o porKu de sua oorrnia# ( psilo3o parte de um or3anismo
nasido no mundo vivo e ativo# &eu traai;o onsiste em estudar a orma e
a dire./o da atividade, e n/o o porKu de sua oorrnia# 'arr, %s5oto3,
<?<7#
%sioio3ias do &éuho  56<
resposta adaptativa# Um ato adaptativo possui trs araterLstias0 Vum
estLmulo motivador, uma irunstQnia sensorial e uma resposta Kue altera
aKuela irunstQnia de orma Kue satisa.a as ondi.Jes motivadorasV# &e
um ;omem aminto proura alimento e ome até Kue sua ome fKue
saiada, estarO rea3indo de orma adaptativa# Neste aso, a ome é o
estLmulo motivador o alimento, uma parte da irunstQnia sensorial, é o
oCeto estimulante e o ato de omer é a resposta adaptativa#
Um motivo, note?se, é um estLmulo# 'arr defne o motivo omo Vum estLmulo
relativamente persistente Kue domina o omportamento de um indivLduo
até Kue este reaCa de maneira a n/o ser mais aetado por eleV# (s motivos,
'arr insiste, n/o s/o esseniais P atividade n/o determinam KS esta deva
oorrer determinam apenas a sua dire./o# N eemplo itado, a ome é o
motivo no sentido de provoa0

uma erta espéie de atividade# &e a pessoa n/o estivesse  a? minta,


poderia responder ao alimento de KualKuer outro modo ? sem in3eri?lo#
( oCeto estimulante, neste aso o alimento, deve tamém ser onsiderado,
pois o ato adaptativo é determinado n/o s pelo motivo, mas tamém pelo
oCeto para o Kual é diri3ido# Este oCeto é reerido omo o inentivo, o
oCetivo ou a fnalidade# Um ato adaptativo é aKuele Kue aeta diretamente
o oCeto estimulante de al3uma orma#
( ato adaptativo, uma ve despertado, prosse3ue até Kue suas ondi.Jes
motivadoras seCam satiseitas e o estLmulo n/o seCa mais efiente# No
eemplo dado, o ato de omer aplaa a ome, alterando dessa maneira as
ondi.Jes motivadoras e tornando o alimento inefiente omo oCeto
estimulante# %orém, eistem outras maneiras pelas Kuais um ato adaptativo
pode ser anulado# A prpria ontinuidade de um ato pode alterar as
ondi.Jes motivadoras uma rian.a pode parar de rinar porKue fou
eausta# (u o ato pode provoar onseK[nias sensoriais Kue o
interrompam uma pessoa Kue se3ura um erro Kuente pode deiO?lo air
devido P dor em suas m/os# &empre Kue o ato essa isso aontee porKue a
irunstQnia oi alterada de tal maneira Kue as ondi.Jes motivadoras e o
oCeto estimulante n/o s/o mais efientes#
%orém, n/o se deve supor um s momento Kue o estLmulo motivador e o
oCeto estimulante seCam os Mnios atores Kue determinam o ato
adaptativo# EstO inluLda a irunstQnia sensorial total# + muito dierente
ver um urso nu?
568
%siolo3ias do &éuho 
Edna Reidreder 
566
ma Caula e um solto# *eralmente, a pessoa eeuta uma resposta
adaptativa a um s aspeto do amiente por ve, prinipalmente porKue em
muitos asos isso atin3e toda a musulatura do orpo, mesmo nas rea.Jes
relativamente simples# %orém, emora a resposta seCa dada a uma
araterLstia em partiular, n/o deia de ser in\ueniada pelas outras#
Al3uns elementos no aso podem a3ir omo distra.Jes, preCudiando a
efinia do ato ou mesmo interrompendo?o# (utros podem iniir ou alterar
proundamente a resposta ostumeira ao oCeto estimulante# ( prprio
eeutar do ato muitas vees altera a situa./o, e situa.Jes repetidamente
alteradas demandam rea.Jes dierentes# ( ato adaptativo n/o é nada
simples inlui uma intera./o ontLnua entre estLmulos e respostas
ompleas#
Além disso, um ato adaptativo nos or3anismos superiores 3eralmente
aran3e duas etapas0 uma preliminar de aCustamento uidadoso e uma fnal
de rea./o ompleta em rela./o ao oCeto# A etapa preliminar inlui
atividades, tais omo o inLio e a manuten./o de dispositivos motores
apropriados e de aCustes dos r3/os dos sentidos ? atividades Kue tendem a
impedir a distra./o e preparar o or3anismo para as respostas mais
efientes, motoras e sensoriais#
Finalmente, ao se onsiderar o ato adaptativo, deve ser eita uma distin./o
entre duas séries de onseK[nias# Uma delas CO oi menionada, ou seCa, a
satisa./o das ondi.Jes motivadoras# A outra é a produ./o de ertos
resultados ulteriores# ( omer n/o satisa somente a ome, mas tamém
nutre o orpo e as duas séries de onseK[nias n/o devem ser
onundidas# (s eeitos ulteriores de um ato n/o s/o o seu motivo# Nem s/o
tamém o seu oCetivo# 'arr é muito laro ao afrmar Kue um ato n/o pode
ser epliado em un./o de suas ulteriores onseK[nias# Dier Kue ns
omemos para nutrir nossos orpos n/o é uma eplia./o ientLfa# ( ato
de omer, ou KualKuer outro adaptativo, deve ser epliado n/o em un./o
de suas onseK[nias, mas sim de suas ondi.Jes primas, dos atores
Kue o ausam e da situa./o sensorial# Este ponto é importante porKue n/o
deia lu3ar para a suposi./o Kue Ps vees se a, de Kue, por estar
interessado na utilidade, o unionalismo eplia os atos mentais de orma
teleol3ia#
'om esta eplia./o do ato adaptativo, 'arr epJe esKuematiamente a
sua idéia sore o material psiol3io em 3eral# ( prinipal si3nifado de
seu modo de tratar reside em Kue sua idéia é, em todos os sentidos, um
oneito ativo# Em
todo o apLtulo, ele redu o material do unionalista ? atividade aCustadora ?
a uma anOlise minuiosa Kue eKuivale pratiamente a um plano de
pesKuisa, e Kue, de erto modo, assinala a evolu./o do unionalismo,
desde revolta até a plena atividade# Além disso, sua onep./o do ato
adaptativo revela o ponto de vista 3eral em Kue apresenta os atos reais da
psiolo3ia no resto do livro# (s proessos psiol3ios s/o un.Jes dos
or3anismos vivos empen;ados no prolema de sua adapta./o ao meio
amiente# Estes proessos s/o determinados tanto pelo estLmulo do eterior
Kuanto do interior do or3anismo# (s or3anismos s/o ativos simplesmente
porKue naseram no mundo dotados de vida e de sensiilidade aos
estLmulos, porém, sua atividade torna?se adaptativa somente Kuando um
estLmulo motivador determina a dire./o de um ato Kue a3e om reernia
a um oCeto estimulante e produ eeitos Kue satisaem Ps ondi.Jes
motivadoras# N/o eistem, entre o or3anismo e o seu meio amiente,
interrup.Jes ou aismos intransponLveis ao ontrOrio, ;O um permanente e
ompleo pcr e tirar# A psiolo3ia trata om atos Kue n/o s/o redutLveis a
termos estOtios, e Kue por atenderem e onservarem o or3anismo, se
aCustam ao esKuema total da atividade iol3ia#
( unionalismo, naturalmente, deparou om muitas oCe.Jes# Al3umas,
onseK[nias diretas de seu atrito om o estruturalismo, lo3o se
transormaram em deates a respeito da defni./o da psiolo3ia# Um estudo
das un.Jes, utilidades, valores ? nen;um dos Kuais pode ser oservado
introspetivamente ? n/o tem, de aordo om os estruturalistas, nada de
psiolo3ia# Naturalmente, se as un.Jes est/o, por defni./o, eluLdas da
psiolo3ia, o seu estudo n/o é psiolo3ia# %orém, este assunto difilmente
poderia ser resolvido de maneira t/o simples# ( prprio ato de Kue os
unionalistas est/o em a par do Kue est/o aendo, por estarem de ol;os
aertos a seus aastamentos das onven.Jes estaeleidas, si3nifa Kue oi
a prpria defni./o Kue estiveram deatendo# Afrmar Kue o unionalismo
estava errado porKue n/o se oadunava om o padr/o Kue
intenionalmente aandonou, seria deiar o prinipal prolema sem
solu./o, e P medida Kue o estruturalismo eetuava a sua ampan;a naKuele
setor, estava em 3rande parte deendendo e epliando o seu prprio modo
de pensar# ( resultado disso oi um onronto direto dos dois oneitos de
psiolo3ia e um eslareimento ada ve maior dos pontos em deate#
__
Edna He8dreder %so3 do &éulo 
_5
Num plano um tanto diverso, situa?se a rLtia de Kue o unionalismo n/o
defniu os seus termos, e Kue, em espeial, deiou impreiso o seu oneito
Osio de Vun./oV# Aeitando o prolema su3erido por este aso, Ru]mi],
disLpulo de -it;ener, proedeu a um eame uidadoso dos tetos in3leses
e norte?amerianos, a fm de desorir omo a palavra Vun./oV é usada na
prOtia real# Enontrou duas lasses 3erais, nas Kuais os vOrios usos da
palavra podem ser lassifados# Na primeira, Vun./oV é empre3ada omo
sincnimo de atividade neste sentido, o pereer e o rememorar s/o
un.Jes# Na se3unda lasse, esta palavra é usada para indiar a utilidade de
uma atividade para o or3anismo assim, pode?se dier Kue a un./o da
idea./o é servir omo sustituto eoncmio para o sistema motor de
tentativa e erro# Este duplo empre3o da palavra oi menionado por al3uns
rLtios omo sinal de onus/o e inonsinia salientaram Kue paree
possLvel se reerir a uma Vun./o de uma un./oV# 'arr, porém, num reente
estudo, 8 ar3Mi sore os mesmos atos om uma ar3umenta./o em
dierente# %ara ele, o ato de todos os empre3os dessa palavra pertenerem
a uma dessas duas ate3orias, paree indiar um aordo onsiderOvel#
Ale3ando, além disso, Kue os dois usos n/o s/o inompatLveis, oserva Kue
os mesmos usos desses termos s/o eitos em iolo3ia, onde a palavra
Vun./oV india# Ps vees, uma atividade, omo a respira./o ou a di3est/o, e
em outras denota a utilidade de uma atividade, omo no delarar Kue a
oida./o é uma un./o da respira./o# Além disso, 'arr a;a Kue os dois
usos do termo podem ser reduidos a um Mnio, pelo empre3o do oneito
matemOtio de un./o, Kue india uma rela./o de ontin3nia sem dar
maiores detal;es dessa rela./o# Afrmar Kue a oida./o do san3ue é un./o
da respira./o é reerir?se a uma espéie de rela./o, a de utilidade dier Kue
a respira./o é un./o dos pulmJes é reerir?se a outra espéie de rela./o,

aKuela doatipo
idntia, de un./o
psiolo3ia podeom respeito
alar P estrutura
da un./o Kue a3e#
do raioLnio, Dede
a fm maneira
reerir?se P
utilidade do mesmo em rela./o a todo o onCunto or3Qnio# (u ent/o pode
reerir?se ao raioLnio omo a uma un./o para desi3nO?lo omo a opera./o
de al3uma estrutura e Kuando, omo no aso do raioLnio,
< '# A# Ru]mi], V-;e Use o t;e -erm Funtign In En3lis; -et ?Boo] o
%s;olo3V, Amerian 2ournal o %s;olo3 !5657$, , 66?57#
8 Harve 'arr, VFuntionalismV, %s;olo3,#es o 567_, ompiladas por 'ari
"ur;ison, 96?<8#
tais estruturas n/o s/o em on;eidas, pode usar o termo Vun./oV para
si3nifar al3uma rela./o
'arr, é importante omoiaseetuada
oservar, ondi.Jes fsiol3ias#
depois do ato#%orém, a anOlise de
( unionalismo
usou primeiro o oneito e defniu?o mais tarde e esta seK[nia de atos é
araterLstia do movimento# %ois o unionalismo é antes de tudo uma
tendnia numa dire./o 3eral n/o é um sistema defnitivamente eso.ado
e intimamente artiulado# %ara o em ou para o mal, o unionalismo nuna
se dispcs a oloar a defni./o e a sistematia./o em primeiro plano#
( unionalismo enrentou tamém a rLtia, Ps vees uma va3a imputa./o
apenas, de Kue o3e um pouo dos limites estritamente ientLfos# Esta
atitude, ao Kue paree, remonta P anti3a oposi./o entre a psiolo3ia do ato
e a do onteMdo, na Aleman;a ? ao ontraste entre os métodos empLrio e

eperimental,
ontrolados noentre a oserva./o
mesmo, e P ren.aeita ora do
por parte dalaoratrio e osonteMdo
psiolo3ia do proessos
de
Kue a psiolo3ia do ato é ori3atoriamente de menor ri3or ientLfo do Kue
ela# Entretanto, esta atitude é inaeitOvel, pois os unionalistas norte?
amerianos, tanto Kuanto os de KualKuer outro 3rupo, estiveram
interessados na eperimenta./o# De ato, n/o utiliam os proessos padrJes
da esola tit;eriana, mas pesKuisam seus prolemas so ondi.Jes
eperimentais# Em seus estudos dos animais, por eemplo, o pesKuisador
n/o onfa na simples oserva./o 3eral insiste na neessidade de uma
disposi./o uidadosa e um ontrole das ondi.Jes Kue revelar/o os atos
importantes para determinado prolema# &e dermos P palavra
VeperimentoV o si3nifado Kue possui na inia em 3eral, e n/o a
interpreta./o
n/o preisa sede uma determinada
desulpar esola de psiolo3ia,
seCa pela Kuantidade o unionalismo
ou pela Kualidade dos
estudos eperimentais Kue tem a seu avor#
Além dessas rLtias, enontra?se a leve suspeita de Kue o unionalismo,
uma ve Kue trata om utilidades, estO um tanto eivado de teleolo3ia e a
inia de ;O muito tem desonfado da teleolo3ia Kuando ela é inluLda em
suas eplia.Jes# Epliar o Kue s/o os ol;os diendo Kue oram eitos para
ener3ar, os ouvidos para ouvir, tem demonstrado ser menos efiente do
Kue desorir as ondi.Jes primas Kue respondem pela estrutura e
unionamento daKueles r3/os# + ainda assunto de animado deate a
Kuest/o das eplia.Jes teleol3ias poderem ser ou n/o permitidas na

inia porém, a Kuest/o é sem importQnia no presente aso porKue


_
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
_7
o unionalismo, na realidade, n/o usa eplia.Jes teleol3ias#
Naturalmente, utilia oneitos teleol3ios ao desrever os seus dados
assim proede toda ve Kue oserva a utilidade de um proesso# %orém,
eiste uma dieren.a entre utilidade omo ato oservado na eperinia e
utilidade omo oneito epliativo# + em possLvel oservar, por eempio,
Kue uma atividade omo omer é Mtil para a onserva./o do orpo e, ao
mesmo tempo, epliar o meanismo desta atividade sem menionar
aKuele ato# 'arr, deve ser lemrado, a eatamente isso# Eplia o ato de
omer em un./o de suas ondi.Jes imediatas ? os estLmulos internos da
ome e a irunstQnia amiental Kue inlui o alimento e previne?se
uidadosamente para n/o onundir as onseK[nias ulteriores da
alimenta./o om seus estLmulos motivadores#
( unionalismo oi naturalmente ausado, do ponto de vista da inia
pura, de ser apenas tenolo3ia e, portanto, de estar num plano inerior ao
da usa desinteressada da verdade# + ato Kue o unionalismo nuna
tentou livrar?se da utilidade demonstrou pouo interesse em onservar?se
VpuroV, e nuna pediu desulpas pelo seu on;eimento ter tido al3uma
aplia./o prOtia# Em psiolo3ia, assim omo em outras inias, os prs e
os ontras da inia pura em onronto om a inia apliada sempre
tiveram os seus adeptos e em psiolo3ia, omo em tudo o mais, o prolema
é 3eralmente resolvido aseado em uma preernia apri;osa# A esse
respeito, 'arr a um omentOrio interessante sore a posi./o da inia
pura# &e ela é, de ato, VdesinteressadaV, di ele, n/o demonstrarO nen;um
interesse no Kue se reere P utilidade ou n/o de suas desoertas nem
pode relamar se suas desoertas seCam de utilidade, ou ter or3ul;o por
serem inMteis no mais alto 3rau# Uma predile./o pelos resultados Kue seCam
ri3orosamente n/o utilitOrios representa uma viola./o do espLrito da inia
pura, Kue deson;ee preernias# Afnal de ontas, salienta 'arr, é a
ades/o ao método ientLfo Kue torna um estudo ientLfo
? n/o o assunto om o Kual ele trata, nem o amiente onde se realia#
'ertas pesKuisas levadas a eeito nos laoratrios industriais ilustram de
modo admirOvel o espLrito da inia, al3umas mesmo da inia pura e
teoriamente é em possLvel oter?se on;eimentos inMteis dos usos das
6 Isto n/o si3nifa Kue 'arr onsidere a eplia./o e a desri./o omo
asiamente dierentes# Apia a idéia de Kue a eplia./o é uma desri./o
de uma espéie ompleta ora do omum#
un.Jes or3Qnias# &e o unionalismo tendeu a se interessar pelas
utilidades, este interesse n/o provoou uma viola./o dos prinLpios
ientLfos# =uer seCam enontradas na inia pura ou na apliada, as
araterLstias esseniais do proesso ientLfo s/o as mesmas#
%orém, o unionalismo de modo 3eral demonstrou menos interesse em
repliar de orma efiente as rLtias de seus adversOrios, do Kue em
manter em andamento o seu pro3rama e a sua maior in\unia na
psiolo3ia norte?ameriana provém de ;aver dado uma epress/o positiva
aos seus prinLpios# -it;ener, devemos estar lemrados, defniu o oCeto da
psiolo3ia omo Vo mundo om o ;omem dentro deleV e é em 3rande parte
devido ao ito do unionalismo, Kue a psiolo3ia norte?ameriana trata
a3ora om o V;omem dentro do mundoV# Estudar as un.Jes é o mesmo Kue
estudar as atividades Kue se li3am ao mundo por seus dois etremos,
atividades Kue s/o iniiadas pelos estLmulos eternos e Kue terminam em
opera.Jes no mundo eterior# Assim a ontriui./o marante do
unionalismo oi a sua onep./o dos proessos psiol3ios n/o omo
al3o remoto e isolado, mas sim alier.ados nas ondi.Jes em Kue realmente
se enontram efientes no mesmo sentido Kue as outras atividades
iol3ias, aendo al3uma modifa./o no mundo pelas suas opera.Jes, e
n/o apenas re\etindo ou marando passo om a suess/o de atos Kue eles
aompan;am#
N/o ostante, o unionalismo atualmente n/o se destaa na psiolo3ia
norte?ameriana omo uma esola e um sistema isolado# Assim o oi
somente nos primeiros tempos, Kuando e destaava omo movimento novo
? em espeial, Kuando se opun;a ao estruturalismo# @Orias irunstQnias
ontriuLram para Kue perdesse o seu destaKue primitivo# %or um lado,
movimentos mais reentes e mais ativos ;aviam despertado a aten./o# (
e;aviorismo Kue e Kuest/o de ser radial e a psiolo3ia da *estalt, Kue
desrutou o prestL3io de oisa importada, o ;aviam aastado de sua posi./o
de destaKue# "ais importante talve seCa o ato de Kue o unionalismo n/o
seCa divul3ado om ailidade e Kue n/o se oadune om os modos de
pensar ;aituais do senso omum# Bastante urioso é o ato de Kue o
unionalismo, partindo do interesse do senso omum nas utilidades dos
proessos mentais, a;ou neessOrio modifar ertas onep.Jes do
mesmo senso omum# ( seu interesse pelas atividades or.ou?o a pensar
em proessos propriamente ditos ? n/o s em teoria omo na prOtia e
desde a époa de HerOlito, os
_
Edna Heuireder
%sioio3ias do &éulo 
_9
proessos onsiderados omo a ase da eperinia pareeram aer om
Kue esta perdesse por ompleto o seu valor# ( senso omum dO preernia
a al3o Kue possa ser apreendido, al3uma oisa palpOvel, Kue possa ser
tratado omo elemento do mesmo modo Kue um tiColo é onsiderado
elemento de uma parede# Além disso, a posi./o do unionalismo, om
respeito P Kuest/o mente?orpo, empanou um pouo a distin./o mente?
orpo Kue estO ;oCe em dia proundamente arrai3ada no pensamento
;umano# Emora o unionalismo seCa dualista no sentido de admitir os
aspetos Lsio e psLKuio da eperinia, n/o o é no sentido de separO?los
na orma Kue o senso omum ;erdou do passado# N/o defne o seu material
omo psLKuio, nem omo Lsio mas omo psioLsio e para muitos esta
defni./o tem alta de larea# + Oil, por ser omum, pensar assim em
un./o da mente e matéria, ou da mente ou matéria, e o unionalismo,
aandonando este modo de pensar, orta um vLnulo de entendimento om
o senso omum# %orém, seCam Kuais orem as difuldades para oneer o
seu material de orma teria, o unionalismo provou pelas suas
realia.Jes Kue o seu estudo pode dar ons resultados e isto, é urioso, é o
prinipal motivo por Kue n/o se destaa omo uma esola em separado# (s
seus métodos e pontos de vista oram aeitos de orma t/o 3eneraliada,
Kue eistem atualmente apenas omo parte do patrimcnio omum da
psiolo3ia n/o s/o mais propriedade elusiva de uma determinada esola#
Assim, om o unionalismo, a psiolo3ia norte?ameriana passou por uma
ase de seu desenvolvimento na Kual reuniu e or3aniou muitas tendnias
CO eistentes, utiliando?as om tal ito, Kue passaram para a prOtia
3eneraliada# 'onsiderar as atividades mentais em omo os onteMdos,
pensar em un./o de adapta.Jes e aCustamentos, oservar os proessos
psiol3ios em rela./o ao seu amiente, enarar o ;omem omo um
or3anismo iol3io adaptando?se ao seu meio amiente ? todos estes
proessos oram t/o amplamente aeitos em psiolo3ia Kue CO n/o atraem
aten./o espeial#
Ainda mais, ;O uma tendnia em al3uns setores em pensar no
unionalismo omo al3o do passado e de erto modo, este ponto de vista é
Custifado# 'omo esola e sistema, o unionalismo, emora onservasse
al3o do seu anti3o esprit de orps, deiou de ser novidade e perdeu muito
de sua distin./o# %orém, se os unionalistas n/o estavam Kuerendo undar
uma esola, mas sim tornar le3Ltimos ertos

modos de pensar
psiol3ia, e de pesKuisa,
realiaram e assim
eatamente o Kueampliar
;aviamoproposto#
alane da pesKuisa
@iram seus
prolemas e métodos in3ressar t/o ompletamente na psiolo3ia, de orma
a n/o mais se distin3uirem omo propriedade de uma Mnia esola# Do
ponto de vista dos prinLpios Osios do sistema em si, n/o poderia ter
;avido mel;or fnal#
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Iv
( BEHA@I(RI&"(0 2(HN BR(ADU& WA-&(N
!%siolo3ia do 'omportamento$
Watson !58<8?5698$ )as;le !586_?5698$#
Em 56_7, a Universidade de ';ia3o onedeu o seu primeiro tLtulo de
doutor em psiolo3ia 5 a 2o;n Broadus Watson, undador, de anos depois,
do e;aviorismo #
De aordo om esta doutrina, o unionalismo é uma medida tLmida, raa e
inompleta, Kue tra onus/o e inefinia porKue onordou om um
inimi3o Kue deveria ter sido eliminado# %ois o e;aviorismo é ontrOrio a
toda psiolo3ia Kue se refra P onsinia# 'onsidera todo oneito de
onsinia omo sendo inMtil e inorreto, n/o sendo outra oisa sen/o a
sorevivnia da supersti./o medieval a respeito da alma e toda ela n/o
mereedora de onsidera./o ientLfa# &ua teoria tem tanto de simples
Kuanto de ri3orosa# A psiolo3ia deve romper om o passado, livrar?se
inteiramente do oneito de onsinia, ome.ar do inLio e ormar uma
nova inia#

&eria diLil ea3erar a simpliidade da vis/o om a Kual o Satsoniano


ortodoo enara a posi./o atual da psiolo3ia# De um lado estO o
e;aviorismo, e de outro, a Vpsiolo3ia tradiionalV# As psiolo3ias n/o
e;avioristas podem dierir entre si, mas a n/o ser o ato surpreendente de
serem
5 ( primeiro psilo3o a reeer o 3rau de doutor na Universidade
de ';ia3o oi Helen -;ompson Woole, Kue reeeu o seu diploma no
departamento de flosofa#
 ( e;aviorismo desrito neste apitulo é o Satsoniano# Eistem
naturalmente multas variantes do e;aviorlsmo, porém o deate neste
apitulo
reere?se PKuele divul3ado por Watson#
_8 Edna Heidreder
todas mentalistas, as suas dieren.as s/o insi3nifantes# -m a mesma
ase, s/o todas dualistas, lidam om a mente e a matéria, e por essa ra/o
n/o podem ser ientLfas# %ois, para Watson, a mente si3nifa laramente
al3o de etra? natural, sendo Kue o dualista é al3uém Kue tenta misturar o
Kue é natural om o Kue n/o o é, ometendo, por onse3uinte, erro
imperdoOvel ontra a inia, de n/o aer suas desri.Jes em termos
totalmente naturais# &e a psiolo3ia dever al3um dia tornar?se uma inia,
preisarO se3uir o eemplo das inias naturais0 tornar?se materialista,
meaniista, determinista e oCetiva# %ressupor o mental é arir amin;o
para o mLstio e para a ma3ia# Em vista do e;aviorismo prourar aer da
psiolo3ia uma inia no sentido eato da palavra, insiste para Kue a
no./o de mente seCa reCeitada de modo ineKuLvoo#
+ importante notar a veemnia e a minuiosidade om Kue o oneito de
onsinia é reCeitado# (s proessos mentais, a onsinia, as almas e os
antasmas s/o todos do mesmo estoo, e inteiramente imprprios para uso
ientLfo# A eistnia da onsinia é uma V;iptese evidenteV# N/o pode
ser provada por nen;uma eperinia ientLfa, porKue a onsinia n/o
pode ser vista, nem mostrada em um tuo de ensaio# "esmo Kue eista,
n/o pode ser estudada ientifamente porKue todos admitem Kue esteCa
suCeita somente a uma verifa./o individual# Finalmente, uma ren.a no
mental estO unida a modos de pensar Kue s/o ompletamente
inompatLveis om os métodos usados pela inia# Reere?se ao Kue é
reli3ioso, ao mLstio e Ps interpreta.Jes metaLsias do mundo# A no./o de
onsinia é o resultado de ;istrias anti3as e da tradi./o monaal, dos
ensinamentos dos eitieiros e saerdotes# A onsinia é apenas mais um
nome para a alma da teolo3ia, e s/o ompletamente v/s as tentativas da
psiolo3ia mais anti3a para tornO?la pareida om outra oisa# Aeitar o
mental na inia é arir a porta aos inimi3os da inia ? ao suCetivismo,
ao sore? naturalismo e, de um modo 3eral, ao sentimentalismo# 'om a
mesma simpliidade e oCetivo do 2uLo Final, o e;aviorismo separa as
ovel;as dos odes#  direita, fam o e;aviorismo e a inia om todas as
suas produ.Jes P esKuerda, fam as almas, a supersti./o e uma tradi./o
onusa e a lin;a de demara./o é lara e inonundLvel#
7 @er em espeial o apitulo 5 do livro de Watson, Be;avSrism, edi.Jes de
569 ou 567_#
%8iolo3iS^ do &éulo  _6
-alve isso tudo pare.a um tanto sentimental, porém, seria um erro supor
Kue o e;aviorismo pro3rediu aseado em simples sentimentalismo# Desde

o inLio, ontou
apresentou om realia.Jes
um pro3rama defnidas
de a./o prOtio#para
%ois apoiar as suas pretensJes
o e;aviorismo, emora e
ionolasta, n/o é somente isso0 asiamente, é responsOvel pela medida
onstrutiva e deidida de apliar os métodos e o ponto de vista da
psiolo3ia animal P ;umana e em 5657, Kuando oi undado ofialmente, a
psiolo3ia animal ;avia onKuistado uma posi./o Kue impun;a respeito#
As ori3ens da psiolo3ia animal, entretanto, Kuase podem ser ensuradas,
pois a mais importante delas situa?se nas ar3umenta.Jes dos anti3os
darSinianos Kue, em sua Qnsia de demonstrar Kue n/o eiste solu./o de
ontinuidade entre as espéies ;umana e animal, atriuLram
irre\etidamente proessos mentais ompleos aos animais# Na époa, a
psiolo3ia animal onfava mais no método anedtio, porém, suplantou aos
pouos esta prOtia disutLvel# &o a in\unia de )lod?"or3an, oi
sumetida P disiplina da lei da parimcnia, e os pesKuisadores aprenderam
lo3o a se aster de atriuir idéias aos animais, enKuanto osse possLvel
epliar o seu omportamento de modo mais simples# Além disso, )lod?
"or3an, des3ostoso om o método anedtio, aperei.oou uma orma de
oserva./o Kue se aproimava da eperimental# Faendo om Kue os
animais realiassem ;ailidades ou tareas em irunstQnias espeialmente
riadas, oservou om uidado o Kue eles podiam e o Kue n/o podiam aer,
so determinadas ondi.Jes# ( pro3resso
portante a se3uir Kuanto ao método, oi eito por -;orndi], Kue levou os
prolemas animais ao laoratrio e oneeu irunstQnias, tais omo
lairintos e aias?prolemasKue tornaram possLvel oservar, re3istrar e
mesmo medir as proeas do animal om pormenores# I5ais tarde, as oras
de %avlov e Be;terev ome.aram a atrair a aten./o dos psilo3os, e
fnalmente ? nos Estados Unidos, porém, prinipalmente aps o
apareimento do e;aviorismo ? os estudiosos do omportamento animal
aresentaram om satisa./o o método do re\eo ondiionado aos outros
dispositivos Kue ;aviam aproveitado dos laoratrios de fsiolo3ia# Nos
Estados Unidos, o interesse pela psiolo3ia animal oi partiularmente
intenso e as oras de "ar3aret Flo Was;urn e Roert "# 1er]es muito
ontriuLram para mant?lo# (s proessos para estudar a atividade animal
mel;oraram

5
i
L#
5_
%siolo3ias do &éulo 
Edna Heidreder
55

em preis/o e na sufinia do ontrole eperimental, e por volta de 5657 a


psiolo3ia animal estava em adiantada#
A vanta3em prinipal em u,liar os animais na pesKuisa psiol3ia é a
possiilidade Z um ontrole mais ompleto das ondi.Jes da eperinia#
+ muito mais Oil em animais do Kue no ;omem re3ular a alimenta./o, as
;oras de repouso e ativide, e as ondi.Jes de vida em 3eral# Assim tamém,
porKue os animais s/o talve mais simples em sua or3ania./o, o nMmero
de atores adversos na eperinia é automatiamente menor, e um dado
prolema pode far mais primo da simpliidade Kue aree a larea e a
eatid/o de tratamento# -orna?se mesmpossLvel estudar a vida inteira de
um animal e, nas espéies de vida urta, estudar o mesmo proesso através
de 3era.Jes
proessos suessivas#
Kue n/o podem Além
serdisso, é possLvel
pratiados em animais
em seres reorrer
;umanos0 a
por eemplo,
lesar r3/os dos sentidos ou partes do érero, a fm de determinar o seu
papel em determinadas a.Jes, ou sumeter o or3anismo a outras
in\unias possivelmente peri3osas, a fm de desorir os seus eeitos no
omportamento suseK[ente# (s estudiosos da psiolo3ia animal, por via
de re3ra, or3ul;am?se da semel;an.a entre seus métodos e os das inias
Lsias e al3uns deles despream astante os seus ole3as psilo3os Kue
est/o satiseitos em tratar om Vintan3LveisV e VimponderOveisV#
*rande parte do arOter tLpio do e;aviorismo provém de sua li3a./o
Lntima om a psiolo3ia animal# Esta é or.osamente oCetiva no sentido de

Kue o oservador,
ori3atoa assim
rieite ora orno o astrcnomo,
do material o Lsio,
Kue estudam# ou enKuanto
De ato, o otQnio,
a fam
psIolo3ia oi defnida omo inia da onsinia, a onsinia do animal
oi normalmente pressuposta omo provindo do omportamento motor
porém, mesmo os atos sore o omportamento ? sore aprendia3em,
sore rea.Jes inatas, sore a apaidade de responder Ps vOrias lasses de
estLmulos e oisas pareidas ? oram os pontos Kue mais interessaram P
maioria dos pesKuisadores as inda3a.Jes sore a onsinia animal
estavam propensas a ser superfiais# E, asiamente, é a tentativa de
estudar os animais ;umanos, na orma em Kue os outros animais s/o
estudados, Kue representa a ori3inalidade verdadeira do e;aviorismo# (
materialismo Kue, Ps vees, ele ostenta omo radial é, afnal de ontas,
uma flosofa muito anti3a# N/o ;O nada de novo em dier Kue o ;omem é
p, ou mesmo Kue é um animal
porém, Kuando isso parte de um e;aviorista, estO a salvo de uma simples
repeti./o oa de um vel;o rer/o, por estar deendendo um modo muito
prOtio e defnido de pereer e estudar a naturea ;umana# &ua delara./o
si3nifa Kue o ;omem deve ser enarado omo uma espéie animal,
apenas omo uma entre as muitas espéies do mundo animal, sem
representar um aso espeial em nen;um sentido Osio# DO a entender
ainda um deseCo de estudar as rea.Jes ;umanas eatamente omo os
outros atos da naturea s/o estudados

? omo um meQnio pesKuisa o unionamento de uma mOKuina, ou um


fsilo3o estuda as un.Jes das 3lQndulas supra?renais de um /o# =uer
dier, tamém, Kue o estudante deve onsiderar o ;omem omo um
or3anismo reativo ompleto, e deve estudO?lo em rela./o P naturea# E
omo é visto em onronto om o on;eimento da psiolo3ia VtradiionalV,
isto si3nifa Kue o psilo3o deve pcr de lado a dissea./o dos estados de
onsinia e estudar o ser ;umano omo um or3anismo vivo inte3ral,
rea3indo P totalidade de seu meio amiente, tanto Lsio omo soial#
=ue a psiolo3ia norte?ameriana estava preparada para tal plano fou em
laro pela aeita./o Kue deu ao unionalismo# %ois as mesmas ondi.Jes
Kue asse3uraram ao unionalismo uma aten./o espeial, prepararam o
amin;o para aeste
%ratiamente, vitria
e oainda mais
mesmo espetaular
Kue do e;aviorismo#
o unionalismo, e de orma mais
impressionante# 'ortou o n 3rdio, Kue o unionalismo ;avia apenas
arouado para dar P psiolo3ia um Qmito maior# ( prprio Watson, para
ser eato, a oCe./o a todas as tentativas de assoiar o e;aviorismo om
o unionalismo por mais Kue os dois movimentos possam dierir em
mentalidade e onep.Jes Osias, s/o pareidos por ei3irem um alane
maior para a pesKuisa psiol3ia# A Kuest/o toda é Kue os psilo3os
norte?amerianos tornaram?se inKuietos devido Ps oii.Jes ;aituais#
Estavam a;ando os anti3os prolemas raos e sem interesse, estavam
Vmeio enCoados de somrasV e, diri3indo?se para al3o Kue pareia mais vivo
e real, adotaram uma revolta lara e rana# %ois o e;aviorismo era muito
mel;or do Kue o unionalismo omo vOlvula de esape para repress/o#
'onlamou os seus se3uidores para omater um inimi3o Kue deveria ser
ompletamente destruLdo, e n/o apenas parlamentar om Kuem pudesse
ser induido a mudar de idéia#
Watson ormou?se pela Universidade de ';ia3o na époa em Kue o
unionalismo estava no au3e da ama# &eu
5
Eina Heidreder
%solo3sas io &ulo 
57
prinipal interesse, ainda nessa oasi/o, estava na psiolo3ia animal# Ele
prprio ormou o laoratrio animal e, aps diplomar?se, permaneeu um
ano em ';ia3o omo memro do orpo doente, enarre3ando?se do
traal;o sore psiolo3ia animal# Em 56_, se3uiu para a Universidade
2o;ns Hop]ins, omo proessor de psiolo3ia#
Foi durante sua estada em ';ia3o, entretanto, e om reernia ao seu
traal;o sore psiolo3ia animal, Kue desenvolveu as onep.Jes Osias
do e;aviorismo# 'omo CO oi menionado, o prprio Watson é ontrOrio a

KualKuer tentativa
unionalismo# %arade prourar
ele, as ori3ens
a dieren.a do atitudes
em suas e;aviorismo noao
Kuanto
reon;eimento da onsinia separa, prounda e essenial mente, os dois
pontos de vista# -odavia, oi em tLpio do unionalismo onsiderar o
;omem omo um animal rea3indo ao seu meio amiente, e esta atitude é
uma das Kue o e;aviorismo aeita omo erta# Foi, tamém, a mesma Kue
tornou o unionalismo t/o avorOvel P psiolo3ia animal, solo onde reseu
o e;aviorismo#
Em seus estudos dos animais, Watson tornou?se ada ve mais onvenido
de Kue a psiolo3ia animal é uma inia por direito prprio, totalmente
apta a manter?se por suas prprias or.as e sem nen;uma ori3a./o de
traduir suas desoertas em termos mentalistas# 'onveneu?se, ainda
mais, Kue os métodos da psiolo3ia animal poderiam ser apliados om
proveito P psiolo3ia ;umana e Kue esta realniente mel;oraria muito se,
pondo de lado toda alus/o P onsinia, estudasse os seus paientes omo
os animais s/o estudados# Em primeiro lu3ar, epcs as suas idéias em
palestras om seus ole3as# An3eil, nessa époa diretor do departamento
de psiolo3ia da Universidade de ';ia3o, emora inteiramente de aordo
om al3umas idéias de Watson, aonsel;ou?o a n/o ser responsOvel por
uma psiolo3ia ;umana desprovida de onsinia# Watson, entretanto,
manteve a sua posi./o e, em 565, epcs suas idéias mima série de
palestras na Universidade de 'olMmia# A primeira delara./o puliada de
sua posi./o apareeu em 5657, em arti# 3o intitulado V%s;olo3 as t;e

Be;aviorist @ieSs ItV# Um estudo, V-;e Ima3e and Abetion in Be;aviorV, :


veio
 A tese de doutoramento de Watson intittilava?se Vlnaest;etl and (r3anI
&ensations0 t;eir Rle In t\e Reations ot t;e W;ite Rat to t;e "aeV,
%s;olo3ial RevieS !56_<$, 8, "ono3rap; &upplement, n# , 5?5__#
9 %s;olo3i,al RevieS !5657$, _, 598?5<<#
: 2ournal o %;ilosop;, %siC;olo3 and &ientif "et;od !5657$, 5_,
5?8#
lo3o a se3uir ? tendo onstituLdo importante ontriui./o, porKue a ima3em
e a ae./o, amas oneidas omo aastadas dos estLmulos eternos e da
resposta maniesta, eram onsideradas as ortaleas do introspeionismo#
Watson, tendo reduido as ima3ens a respostas orais implLitas, e a ae./o
a li3eiras rea.Jes riadas pela tumesnia e detumesnia dos r3/os
3enitais, afrmava Kue amas podem ser estudadas omo movimentos
orporais, e Kue, portanto, n/o eistia nen;uma parte da matéria estudada
pela psiolo3ia para a Kual n/o ossem adeKuados os métodos do
e;aviorismo#
-it;ener n/o pcde deiar de se maniestar a este respeito# Em uma de suas
polmias mais deisivas, defniu?se diendo Kue as desoertas n/o
epostas em un./o da onsinia, simplesmente n/o s/o psiol3ias#
%odem ser interessantes, importantes e mesmo valiosas para a psiolo3ia
mas n/o s/o psiolo3ia propriamente dita# Watson repliou Kue a Mnia
psiolo3ia di3na do nome de inia deve provir dessas desoertas e Kue
uma psiolo3ia da onsinia é apenas alsa inia# E omo aonteera no
aso do unionalismo mais de de anos antes, -it;ener deu distin./o e
si3nifado impressionante ao movimento a Kue se opun;a, tomando uma
posi./o deisiva ontra o mesmo#
A traCetria do e;aviorismo, na orma em Kue se desenvolveu no
pensamento de Watson, pode ser estaeleida om maior oCetividade por
meio de seus trs tratados 3erais# ( primeiro deles, Be;a#vior, an
Introlution to 'omparative %s;olo3, sur3iu em, 565# Neste livro, pelo
seu modo de dispor o traal;o eperimental neste setor, demonstrou om
notOvel ito Kue a psiolo3ia omparada ou animal tem seu lu3ar
independente entre as inias#
&eu livro se3uinte, puliado em 5656, oi %s;o]3 rom t;e &tandpoint o
a Be;aviorist# AL, os prinLpios da psiolo3ia animal s/o deididamente
ampliados para aran3er a ;umana# A tese prinipal do livro é a de Kue o
ser ;umano e todas as suas atividades podem ser epliados se
onsiderarmos o indivLduo omo mOKuina Kue responde aos estLmulos# As
palavras Kue impliam onsinia s/o esrupulosamente evitadas# ( livro é
notOvel, tamém, pela inlus/o Kue a das desri.Jes das pesKuisas Kue
Watson ;avia realiado sore as rea.Jes inatas das rian.as e das

< E# B# -tt;ener,
%roeedin3s o t;eV(n %s;olo3
Amerian as t;e Be;avi(rl&t
%;)osop;iat @leSs98,
&oiet !565$, It 5?5<#
V,

%ssolo3ias do &éulo 
5
Edna Heidreder
59
suas primeiras aKuisi.Jes pela eperinia# ( destaKue dado a este material
demonstra o reon;eimento onedido pelo e;aviorismo P importQnia da
inQnia no desenvolvimento ;umano e P do método 3enétio de estudar as
rea.Jes ;umanas#
( tereiro livro de Watson, Be;iviorism, sur3iu em 569# 8 Emora seCa
uma apresenta./o mais popular de seu ponto de vista, tem a mesma
seriedade Kue os anteriores# V-odos os esor.os, esreve o autor no preOio,
oram eitos para apresentar os atos sem deorma.Jes e relatar posi.Jes
terias om eatid/o#V Este livro diere dos anteriores em dois pontos
prinipais, ( primeiro é o de Kue a atitude de aprova./o om respeito P
psiolo3ia apliada é visivelmente mais pronuniada do Kue antes# "esmo
em 5656, apresentando o seu prolema omo a Vpredi./o e o ontroleV do
omportamento, Watson tornou?se responsOvel de modo ineKuLvoo por
uma psiolo3ia Kue apresenta resultados na prOtia porém, no livro

puliado
prOtias doem 569, demonstra
on;eimento um interesse
psiol3io# ainda maior
N/o satiseito pelas aplia.Jes
em apenas
ompreender a mOKuina ;umana, apresenta su3estJes para alterO?la e
mel;orO?la# A se3unda nova posi./o adotada neste livro di respeito P
;ereditariedade# Ne3ando ompletamente a eistnia dos instintos, da
inteli3nia inata e dos VdonsV inatos de KualKuer espéie, Watson delara
Kue aKuilo Kue omumente ;amamos de instintos, dons espeiais e
;ailidades inatas s/o, na realidade, resultado do meio amiente e do
treinamento# Esta atitude naturalmente dO enorme nase P importQnia da
inQnia e dos primeiros anos de vida omo o perLodo de orma./o mais
importante da vida ;umana#
(s ontornos do e;aviorismo s/o dia3ramatiamente laros# ( oCeto da
psiolo3ia é o omportamento ? e n/o onteMdos onsientes, nem un.Jes
mentais ou proessos psioLsios de nen;uma espéie, mas sim
movimentos no tempo e no espa.o# ( omportamento é a atividade do
or3anismo omo um todo, assim omo a di3est/o, a respira./o e a sere./o
s/o atividades de determinados r3/os# Da mesma orma Kue a fsiolo3ia
estuda as un.Jes do estcma3o, dos pulmJes e do L3ado, a psiolo3ia
estuda as atividades dos orpos vivos ompletos# (s pulmJes respiram, o
orpo todo
8 Uma edi./o revista oi puliada em 567_#
Em 56_, Watson tornou?se profssionalmente Identifado om a psiolo3ia
apliada# &aiu da Universidade 2o;ns Hop]ins e oi traal;ar em psiolo3ia
puliitOria#
omporta?se# -anto a respira./o omo o omportamento s/o atividades das
estruturas Lsias e, omo tais, podem ser estudadas pelos métodos
oCetivos Kue arateriam toda a inia#
&/o aeitos omo vOlidos somente os métodos oCetivos# A introspe./o é
de todo reCeitada sua pretens/o esmerada de oserva./o uidadosa é Mtil
e irrealiOvel desde o inLio# "esmo Kue ;ouvesse estados de onsinia
para o introspeionistP oservar ? e sua eistnia nuna pode ser provada
ientifamente ? é sempre impossLvel Kue dois oservadores veCam a
mesma oisa# Nin3uém pode ver os pensamentos e os sentimentos de outra
pessoa, e nada do Kue seCa aessLvel somente pela inspe./o individual
;e3arO a produir on;eimento oCetivo#
A psiolo3ia possui vOrios métodos oCetivos P sua disposi./o# A oserva./o
é, naturalmente, Osia para todos os proessos, e as oserva.Jes
ientLfas podem ser eitas om ou sem instrumentos# ( primeiro aso pode
ser eemplifado pelos estudos oto3rOfos dos movimentos dos ol;os
durante a leitura, o se3undo no lOssio traal;o de Fare sore os insetos#
(s testes psiol3ios s/o tamém aeitos, mas sem entusiasmo, e om a
ompreens/o lara de Kue n/o s/o testes VmentaisV ? Kue n/o testam a
Vinteli3niaV ou as VaptidJes espeiaisV omo aspetos da VmenteV# =uando
um e;aviorista utilia testes, onsidera?os apenas omo medidas do
omportamento ? das respostas do paiente, verais ou outras, Ps
irunstQnias oCetivas Kue os testes apresentam# ( e;aviorismo ;e3a a
aproveitar al3uns dos métodos da anti3a psiolo3ia# A medida do tempo de
rea./o, por eemplo, é aeita omo tJtalmente oCetiva# ( mesmo se dO
om as eperinias sore a memria, pois Ein3;aus e seus se3uidores
estudaram a orma./o, a reten./o e o delLnio das assoia.Jes em un./o
de atos e irunstQnias oCetivas# A aeita./o das eperinias sore a
memria é aompan;ada naturalmente pelo indispensOvel aviso de Kue n/o
eiste nada VmentalV a respeito da VmemriaV Kue esta si3nifa apenas a
reprodu./o de rea.Jes aps um erto tempo durante o Kual n/o oram
pratiadas# ( e;aviorismo reon;ee, tamém, os métodos da psiolo3ia
apliada, eduaionais e industriais, uma ve Kue ertos prolemas, omo
determinar os luros da puliidade e medir a efinia do aprendiado ou
de opera.Jes industriais em ertas irunstQnias, podem ser pesKuisados
omparando?se atos oCetivos defnidos om irunstQnias oCetivas
espeLfas# ( pr?
5:
%8iolo3ia8 do &éulo 
Edn He]ireder
5<
prio Vrelato veralV é aeito omo onte de inorma./o, mas nas m/os do
e;aviorista o omentOrio do paiente sore o seu prprio estado ou sua
atividade reee eatamente a mesma aten./o dada a KuaisKuer outras
rea.Jes maniestas# Elas n/o s/o, ertamente, onsideradas omo estados
de onsinia# &e al3uém di Vestou tristeV, sua delara./o é tida,
Cuntamente om sua postura lQn3uida, talve omo sintomOtia do estado
de todo o seu sistema de rea./o# Nuna é aeita omo um indLio de um
estado VmentalV#
Um método oCetivo, entretanto, é t/o importante na onep./o
e;aviorista Kue deve ser destaado para reeer uma aten./o espeial#
Esta é a ténia do re\eo ondiionado desenvolvida por %avlov e seus
disLpulos# A men./o do re\eo ondiionado é a prolama./o de um tema
Kue se torna rapidamente predominante na psiolo3ia e;aviorista# %ois o
proesso de VondiionarV n/o s revela um novo meio de pesKuisar o
omportamento é tamém, em 3rande parte, responsOvel pelo seu arOter#
Uma resposta é VondiionadaV Kuando se torna assoV iada a um estLmulo
Kue anteriormente n/o a provoava# Uma eperinia de laoratrio de
%avlov tornou?se o eemplo lOssio# Em /es, a resposta salivar é
primeiramente despertada pela presen.a de alimentos sore a lLn3ua isto
é, o alimento é o VestLmulo apropriadoV para a resposta da saliva./o# Na
eperinia, uma ampain;a é toada toda ve Kue o alimento é
apresentado, e aps um erto nMmero de repeti.Jes, a ampain;a soin;a,
sem o alimento, provoava a resposta# Em outras palavras, um estLmulo Kue
miialmente n/o eliiava a resposta, passa a a?lo depois de partiipar
se3uidamente da irunstQnia para a Kual a resposta oi eita# Esta
eperinia, emora enerre um aso muito simples de re\eo
ondiionado, ilustra o prinLpio de todo o ondiionamento# s vees, omo
no eemplo dado, a resposta permanee a mesma e um novo estLmulo é
apresentado# (utras vees, o estLmulo permanee o mesmo e uma nova
resposta é apresentada, omo no aso da rian.a Kue, em ve de indiar um
oCeto, aprende a ;amO?lo pelo nome# %orém, em amos os asos, deu?se
modifa./o do omportamento em ada aso, a assoia./o iniial entre o
estLmulo e a resposta oi alterada#
Do ponto de vista do método, o proesso de ondiionamento é importante
porKue
;ipteseproporiona um modoser
do omportamento oCetivo de analisar
omposto o omportamento#
de unidades simples omoNa
os
re\eos, e Kue
todas as unidades maiores do omportamento seCam inte3ra.Jes das
assoia.Jes estLmulo?resposta, é teoriamente possLvel através da ténia
do ondiionamento estudar os prprios proessos pelos Kuais o
omportamento é elaorado e deseito# &eria possLvel tamém, por meio do
ondiionamento, enrentar al3uns dos prolemas Kue P primeira vista
pareem inaessLveis a KualKuer outro método a n/o ser P introspe./o# A
sensa./o deu sempre a impress/o de ser uma ortalea do
introspeionista, porém, a possiilidade do ondiionamento su3ere um

meio de
onde pesKuisar
pode um prolema
a vista ;umana t/o VsuCetivoV,
distin3uir os limites doomo o de desorir
vermel;o até
e violeta do
espetro# Watson aonsel;a o se3uinte proedimento0
V'ome.amos om KualKuer omprimento de onda intermediOrio e por meio
do ;oKue elétrio estaeleemos um re\eo ondiionado# -oda ve Kue
sur3e a lu, dO?se o re\eo# Aumentamos, ent/o, o omprimento da onda
rusamente e se apareer o re\eo aumentamos novamente o
omprimento da onda# Atin3imos, por fm, um ponto onde o re\eo se
interrompe, mesmo Kuando usamos puni./o para restaurO?lo ? mais ou
menos a <:_ mLrons# Este omprimento de onda representa o alane
espetral do ser ;umano no limite do vermel;o# Adotamos, a se3uir, o
mesmo proedimento om rela./o ao limite do violeta !76< mLrons$# Dessa
orma, determinamos o alane individual de maneira t/o se3ura omo se
;ouvéssemos estimulado o paiente om lues monoromOtias, variando
os omprimentos de onda e
per3untando se este os via#V 5_
A 3rande vanta3em deste método é a sua ompleta oCetividade ? de
3rande valor nos primeiros tempos Kuando o e;aviorismo ansiava em
mostrar Kue n/o ;avia setor da psiolo3ia, nem a prpria sensa./o, Kue l;e
osse inaessLvel# Na prOtia real, entretanto, o re\eo ondiionado n/o
demonstrou ser uma unidade de omportamento astante estOvel para
servir omo instrumento de pesKuisa# %orém, a idéia de usO?lo tem valor
omo eemplo da posi./o in\eLvel Kue o e;aviorismo assume a avor dos
métodos oCetivos de pesKuisa#
( prolema 3eral da psiolo3ia, se3undo o e;aviorista, é o de prever e
ontrolar o omportamento# De modo mais eato, a tarea da psiolo3ia é a
de determinar os estLmulos Kue provoam ertas respostas, e as respostas
provoadas por KuaisKuer estLmulos# -eoriamente, o psilo3o deveria
ompreender o animal ;umano assim omo o en3en;eiro ompreende uma
mOKuina deveria saer de Kue é eito o orpo,
5_ 2# B# Watson, %siC;olo3 rom t;e tandpont o a Be;aviorist, 79?7:#
58
%siolo3ias do &éulo 
Edna HeiCreder
omo é ormado, e omo uniona# E uma ve Kue o omportamento é a
atividade do or3anismo omo um todo, o psilo3o se interessa
prinipalmente por trs onCuntos de aparel;os0 os reeptores ou r3/os dos
sentidos, pelos Kuais o or3anismo reee todo o estLmulo Kue o a
unionar os eetores, isto é, mMsulos e 3lQndulas, Kue s/o r3/os de
resposta e o sistema nervoso, através do Kual s/o eitas todas as li3a.Jes
entre os reeptores e eetores#

( ponto de partida orreto para o estudo psiol3io do or3anismo ;umano


é o nasimento# + preiso, em primeiro lu3ar, desorir Kuais as rea.Jes
Kue o e pode ter através de sua onstitui./o inata, e ent/o desorir
omo, aos pouos, s/o aresentadas as outras rea.Jes ou mais
eatamente, omo s/o VondiionadasV as primeiras rea.Jes e omo, por
meio do ondiionamento, as ormas ada ve mais ompleas de
omportamento s/o VelaoradasV, ( e;aviorismo verifa Kue o
eKuipamento de rea./o iniial do animal ;umano é etremamente limitado
em ompara./o om as suas atividades uturas# A rian.a ;umana tem P
sua disposi./o um erto nMmero de re\eos pode eetuar movimentos
orporais desordenados !emora n/o sem ausa$ e se utilia de seus vOrios
teidos or3Qnios e r3/os, por eemplo, a sere./o 3landular e a ontra./o
musular# Em outras palavras, ;erdou apenas as estruturas de seu orpo e
seu modo de unionamento# "as n/o ;erdou VaraterLstias mentaisV,
omo tampouo inteli3nia nem ;ailidades espeiais, nem dons ou
talentos# N/o ;erdou nem mesmo al3um VinstintoV# Watson ne3a
peremptoriamente Kue KualKuer ser ;umano esteCa dotado de instintos, de
inteli3nia inata, de dons ou talentos inatos, ou de KualKuer tendnia ou
talento espeial# + a este respeito Kue a a sua delara./o muitas vees
menionada0
VDem?me doe rian.as sadias, de oa onstitui./o e a lierdade de poder
riO?las P min;a maneira# -en;o a ertea de Kue, se esol;er uma delas ao
aaso, e puder eduO?la, onvenientemente, poderei transormO?la em
KualKuer tipo de espeialista Kue eu Kueira ?? médio, advo3ado, artista,
3rande omeriante, e até mesmo em mendi3o e ladr/o, independente de
seus talentos, propensJes, tendnias, aptidJes, voa.Jes e da ra.a de seus
asendentes#V Ii
Realmente, muito edo na inQnia orma?se o ondiionamento# Esta é a
maneira mais simples de aprender é, de ato, o proesso elementar para o
Kual se pode reduir
56
todo o saer# A partir de pouas respostas simples Kue a rian.a tem
aumuladas, em 3rande parte através do aprendiado ou ondiionamento,
porém, parialmente através do resimento e da maturidade, s/o
elaoradas todas as atividades ompleas Kue os adultos maniestam# (s
;amados instintos s/o produidos desse modo# A omatividade, a
onfan.a em si, a uriosidade e oisas pareidas ? todas as atividades Kue
normalmente ;amamos de instintos ? s/o inte3ra.Jes etremamente
ompleas de rea.Jes Kue, por meio do ondiionamento, oram reunidas e
assoiadas a determinados estLmulos# Este proesso, Kuase sempre muito
traal;oso, é do tipo no Kual o meio amiente soial é muito importante e
em Kue o perLodo da inQnia é de vital importQnia# %orém, do prinLpio ao
fm, o proesso é de aprendia3em# (s VinstintosV n/o s/o ;erdados#
As emo.Jes, tamém, s/o em 3rande parte rea.Jes aprendidas# -rs
espéies de respostas emoionais, e somente trs
? o medo, a raiva e o amor ? podem ser despertadas na rian.a antes do
aprendiado, apliando apenas o estLmulo apropriado# Naturalmente, fa
entendido Kue as palavras VmedoV, VraivaV e VamorV n/o se reerem a nada
VmentalV# As emo.Jes n/o s/o KuestJes de sensa./o ou Kualidade aetiva
s/o rea.Jes orporais# Distin3uem?se das outras rea.Jes orporais por
serem predominantemente viserais inluindo prinipalmente as 3lQndulas e
os mMsulos lisos ou VinvoluntOriosV, omo os eistentes nas paredes
intestinais e nos vasos san3[Lneos# As respostas emoionais, tamém, est/o
suCeitas P mesma espéie de ondiionamento Kue se dO om os mMsulos
estriados ou VvoluntOriosV, omo os dos ra.os, pernas e m/os# Da mesma
orma omo se adKuire ;ailidades motoras ? esrever a mOKuina, patinar,
toar violino ? uma pessoa adKuire suas respostas emoionais ompleas,
suas simpatias e aversJes, seus va3os temores e simpatias inepliOveis#
&uas vLseras aprendem assim omo suas m/os, ra.os e pernas, e talve
mais depressa# As emo.Jes ompleas s/o onstruLdas aseadas nas
pouas rea.Jes n/o aprendidas# De orma inata, o medo pode ser provoado
em uma rian.a por meio de ruLdos ortes, porém, o medo provoado dessa
maneira pode estar li3ado a um estLmulo iniialmente VimprprioV, omo no
aso do oel;o, se a rian.a ouvir um ruLdo orte toda ve Kue v um
oel;o# %or meio de transernia e ontO3io, o medo pode tornar?se
assoiado a outros oCetos peludos, P sala na Kual oi visto o oel;o, P

pessoa Kue se3urava o oel;o# As prprias


55 2# B# Watson, Be;aviorism, 8#
5
_
Edna Heidreder
respostas primitivas de medo ? seu inLio, ;oro, e u3a ? podem se
modifar astante pela sustitui./o de outras rea.Jes por meio do
ondiionamento# %orém, emora ;aCa muitas ramifa.Jes, emora seCam
intriadas as li3a.Jes, o padr/o emoional ompleo resulta do aprendiado
ou ondiionamento#
Assim s/o tamém os sistemas ompleos dos ;Oitos e das ;ailidades
motoras aos Kuais Watson ;ama de V;Oitos manuaisV# Estes distin3uem?
se por um lado das atividades emoionais ou VviseraisV, e por outro dos
;Oitos VlarLn3eosV, epress/o Kue os e;avioristas apliam omumente aos
pensamentos (s ;Oitos manuais inluem ;ailidades defnidas, tais omo
esrever, datilo3raar, pintar e 3uiar um arro, e os modos de
omportamento 3erais, omo os Kue aem uma pessoa ser pontual, ordeira
e perseverante# (s ;Oitos manuais s/o ormados pelos movimentos Vao
aasoV do trono, ra.os, pernas, m/os e dedos# Emora aeitando Kue a
maior parte do proesso da aprendia3em motora ontinua até a3ora
deson;eida, Watson areditava frmemente Kue todo o proesso pode ser
reduido ao meanismo da resposta ondiionada# %or eemplo, numa
atividade, omo a de toar esalas ao piano, ada resposta isolada é, de
inLio, onvertida em estLmulo visual, seCa no telado ou na nota impressa
na mMsia# %orém, P medida Kue esta atividade é pratiada ada ve mais, o
movimento de um dedo torna?se o estLmulo do movimento do dedo se3uinte
e, Ps vees, a esala toda pode ser eeutada sem o estLmulo visual das
notas ou telas# 'ada movimento oi ondiionado ao preedente e a
india./o visual n/o mais é neessOria# ( resultado disso é Kue as rea.Jes
de inLio separadas umas das outras oram reunidas para ormar um padr/o
unitOrio# &e orem usadas as duas m/os, as li3a.Jes tornam?se mais
ompleas, e se toarem aordes om amas as m/os, ser/o ormados
sistemas de li3a.Jes ainda mais altamente or3aniados# %orém, a unidade é
sempre a rea./o ondiionada# Além disso, a simples repeti./o ou
proimidade no tempo do eerLio s/o sufientes para epliar a orma./o
do ;Oito# Watson é inteiramente ontrOrio P teoria de Kue o VpraerV ou a
Vsatisa./oV tendam a far rea.Jes a3radOveis e o VaorreimentoV ou
Vinsatisa./oV a eliminar as desa3radOveis# &ua rLtia dessa teoria inlui
vOrios pontos ténios, porém, sua oCe./o prinipal sur3e do ato de Kue o
VpraerV
%siolo3vls do &éulo 
e a Vsatisa./oV l;e pareem impliar a interven./o de uma or.a mental# A
aprendia3em, sei a Kual or a sua naturea eata, é uma Kuest/o
ompletamente material e meQnia#
VHOitos larLn3eosV é a epress/o do e;aviorista para si3nifar
pensamento# Desenvolvem?se pela voalia./o ao aaso, n/o aprendida,
eatamente da mesma orma Kue os ;Oitos manuais se ormam dos
movimentos ao aaso dos mMsulos e do trono# A lin3ua3em maniesta?se
em primeiro lu3ar# %or um proesso de ondiionamento, a rian.a aprende
palavras e estas, por poderem ser sustituLdas por oisas ou situa.Jes
onretas, d/o?l;e o poder de maneCar o seu meio amiente sem aer os
movimentos reais visLveis# Isto é tudo o Kue si3nifa pensar# Um ;omem
pensa ? isto é, realia rea.Jes verais implLitas ? da mesma orma Kue um
rato
;omema movimentos
e os ;iados musulares visLveis
do rato através em um lairinto#
do lairinto As palavras
s/o atividades do
por meio
das Kuais o animal realia uma adapta./o a uma irunstQnia para a Kual
de inLio l;e alta uma resposta adeKuada# A 3rande vanta3em de pensar
estO em ser mais eoncmio, em parte porKue ei3e uma por./o muito
menor da musulatura do orpo, e tamém porKue pode ser realiada uma
a./o impliitamente sem riso, perda de tempo e esor.o, e sem o possLvel
aidente Kue a a./o real poderia provoar# Novamente é eita a advertnia
inevitOvel n/o ;O nada de misterioso sore o pensar# &uas opera.Jes, para
ser eato, s/o internas e, portanto, invisLveis para Kuem ol;a de ora,
porém, nada eiste dentro do orpo Kue seCa dierente do mundo eterno ?
ertamente nada VmentalV ou imaterial# Além disso, a lin3ua3em s aos
pouos se torna interna ou VimplLitaV# De inLio, a rian.a utilia os
movimentos visLveis da lin3ua3em alada depois, em 3rande parte devido
ao seu meio amiente soial, aprende a reprimir sua lin3ua3em por 3estos e
os sustitui por movimentos implLitos# %orém, aKueles ontinuam, su?
voais e implLitos, e representam tudo Kue se relaiona om o pensamento#
Emora ;aCa sido eita uma distin./o entre o omportamento manual e o
larLn3eo, ela n/o é asoluta# A un./o da lin3ua3em pode ser eetuada por
KualKuer movimento do orpo por um enol;imento de omros, um ranir
da testa, um 3esto, uma inlina./o da ae.a, um estiramento 3eral dos
mMsulos por KualKuer movimento Kue seCa, astando Kue represente um
oCeto ou irunstQnia, omo no aso de uma palavra ou rase# + realmente
a re3ra, e n/o

Edna Heidreder
a ee./o para o orpo todo, estar inluLdo numa atividade# ( e;aviorCsmo
ormula a per3unta0 V+ o pensamento elusivamente uma Kuest/o de
meanismo da lin3ua3em^V A resposta é Vn/oV se a epress/o Vmeanismo
da lin3ua3emV se reere P lin3ua3em somente, om elus/o das atividades
viserais e manuais# %orém, se a epress/o é usada para ontrastar o
pensamento om a atividade mental, se se reere a KualKuer movimento do
orpo Kue realia a un./o da lin3ua3em, a KualKuer movimento Kue, omo

uma palavra,
resposta pode ser sustituLdo
é enatiamente por disso,
VsimV# Além al3umasoCeto ou irunstQnia,
rea.Jes manuais n/o sea
eetuam omumente sem uma veralia./o implLita# + esta, de ato, Kue as
mantém so ontrole# %odemos orientar nossos atos Kuando podemos
orneer su3estJes verais VsaemosV o Kue estamos aendo, e omo
aemos, Kuando podemos alar sore isso, implLita ou aertamente# %or
via de re3ra, os trs \uos de atividade, manual, larLn3ea e viseral,
realiam?se ao mesmo tempo# =uando a larLn3ea estO ausente, a atividade
a;a?se desontrolada daL ser a presen.a da veralia./o da mOima
importQnia prOtia#
Eistem duas lasses de rea.Jes, entretanto, das Kuais a veralia./o estO
3eralmente ausente ? as respostas emoionais e o omportamento da
inQnia e da primeira inQnia# Naturalmente, a veralia./o n/o se pode
verifar antes da lin3ua3em ser aprendida e, mesmo no aso de adultos,
uma ve Kue a lin3ua3em oi riada em 3rande parte reerindo?se a um
mundo eterno, os seres ;umanos tm alta de palavras para a maioria dos
atos Kue se d/o dentro de seus orpos, prinipalmente para aKuelas
rea.Jes inertas e diLeis de loaliar de Kue se onstituem as emo.Jes#
Assim, desenvolveu?se um sistema de rea.Jes n/o veraliadas,
prinipalmente inantis e viserais, as Kuais, por n/o serem aladas,
in\ueniam o omportamento de seu paiente de uma orma inontrolOvel#
A este sistema pertenem as aversJes va3as, temores, preernias,
saudade, preoneitos, todas as espéies de atitudes, inantis e emoionais,

Kue podem
porém, Kue ser
n/oinCustifOveis de orma
s/o menos tenaes inteletual n/o
e ertamente e mesmo
menosirreon;eLveis,
potentes# Na
terminolo3ia de Watson, o Vn/o veraaura
-odas essas rea.Jes reunidas ? veral, viseral, manual, real e potenial ?
onstituem a personalidade# N/o ;O nada de misterioso a respeito da
personalidade# Ela n/o é
%siolo3ias do &éulo 
7
Val3o indefnLvelV mas sim um sistema de respostas, a soma total das
rea.Jes e tendnias P rea./o, de um indivLduo# ( termo personalidade é
usado muitas vees para si3nifar espeialmente o valor soial de um
indivLduo em tais asos, se arateria por palavras, omo VdominadorV,
VenantadorV, VrepelenteV, Vma3nétioV ou VraoV# %orém, este aspeto da
personalidade, omo todos os demais, é epliOvel em un./o do estLmulo e
resposta# A personalidade dominadora, por eemplo, é a Kue através de
seus prprios tra.os e onduta ? por um modo autoritOrio de alar, um ar de
se3uran.a, uma estatura Kue se impJe, um porte di3no ? desperta nos
outros as respostas de sumiss/o Kue na inQnia apresentaram, sem
re\etir, diante dos adultos# %or ser a personalidade apenas um sistema de

rea.Jes,
pode ser pode ser estudada
estudada de modo pelos métodos
ompleto tradiionais
na atualidade, da inia#
porKue & n/o
n/o oram
ainda desenvolvidos métodos adeKuados nada eiste na personalidade Kue
neessariamente se esKuive P onsidera./o ientLfa# 'on;eer uma
personalidade é possuir inorma./o espeLfa sore os ;Oitos de traal;o
do indivLduo, sua edua./o, atitudes, realia.Jes, tendnias emoionais
dominantes, adaptailidade soial, rerea.Jes e desportos avoritos, vida
seual, rea.Jes aos padrJes onvenionais, tra.os espeiais e
ompensa.Jes para os aCustamentos n/o satisatrios# Isso n/o Kuer dier
Kue seCa possLvel analisar a personalidade de uma ve por todas# A
personalidade modifa?se P medida Kue as anti3as rea.Jes s/o
aandonadas e se adKuirem outras novas# Na psiolo3ia do e;avioris,
personalidade
aontee om an/o susiste
alma raite através
da teolo3ia# Iorém, det= as viisit[dC#da.omo
os onCuntos de ;Oitos
predominantes em KualKuer oasi/o representam a personalidade nessa
époa#
-odo o sistema de omportamento, a personalidade ompleta, portanto, é
onstituLdo a partir de pouas rea.Jes simples pelo proesso de
ondiionamento# Um repertrio limitado de respostas inatas, o proesso de
ondiionamento, os estLmulos orneidos pelo orpo e pelo meio amiente,
soial e Lsio ? isto é tudo o Kue neessita o e;aviorista# &eu estudo n/o
elui nen;um setor da atividade ;umana# %ode epliar o pensamento e a
emo./o em omo os movimentos visLveis do orpo# Finalmente, apresenta

um ser ;umano
palavras ompleto ma montada, pronta pai tiinionarV, se3undo as
de Watson#

EdnC Heidreder
Isto é o e;aviorismo em seus aspetos undamentais porém, Kuase da
mesma importQnia para desrever a sua traCetria e a sua in\unia s/o as
araterLstias seundOrias om as Kuais o seu autor o oloou no mundo#
Uma delas é a sua atitude espeial em rela./o ao sistema nervoso# Na
opini/o de Watson, a psiolo3ia onvenional deu, sem ra/o, uma
importQnia ea3erada, e tamém inMtil, P estrutura orporal# Realmente,
pouo se on;ee a respeito das un.Jes do sistema nervoso# (s VKuadros
de Kuera?ae.asV nos livros didOtios e as le3endas Kue os aompan;am
s/o, em sua maioria, resultado de espeula./o 3ratuita, eitos de propsito
para se adaptar aos atos Kue pretendem epliar# ( sistema nervoso, di
Watson, é uma Vaia de se3redosV, um lu3ar no Kual uma psiolo3ia
mentalista lan.a seus prolemas para riar a ilus/o de Kue oram
epliados# Além disso ? e essa oCe./o é em tLpia ? a preoupa./o om o
sistema nervoso é puro ea3ero é o ;Oito de uma psiolo3ia interessada
em mentes e talve om o Kue se passa na ae.a e no érero# %orém, um
dos ensinamentos mais destaados do e;aviorismo é o de Kue a psiolo3ia
deve estudar o orpo todo ? mMsulos lisos e estriados, vLseras e 3lQndulas,
reeptores e oneionadores, arne, san3ue e ossos#V Deve estudar o
sistema nervoso, é evidente, porém, apenas omo uma das estruturas do
orpo, e n/o omo a prinipal# &e eiste al3um onCunto de r3/os Kue o
e;aviorista isola para dar uma aten./o espeial, s/o os mMsulos e as
3lQndulas, pois os eetores s/o os r3/os da onduta par eeilene# +
astante si3nifativo Watson epliar a aprendia3em assoiativa em
un./o do Kue aontee nos mMsulos mais do Kue no érero# &e um
movimento musular se torna o estLmulo do se3uinte, o encmeno todo l;e
paree evidente ? mais aessLvel e, portanto, menos misterioso do Kue as
assoia.Jes eetuadas no interior do érero# Watson estO astante
interessado em Kue os mMsulos lisos e 3lQndulas, r3/os da emo./o,
reeam, tamém, a sua parte de aten./o os seres ;umanos, di ele, est/o
Vterrivelmente P merV de suas 3lQndulas# A sua reusa em destaar o
sistema nervoso é, de ato, uma epress/o de suas opiniJes Osias# Uma
delas é a sua onvi./o de u
olo3ia deve estudar o or3anismo omo um o o  outra e a Oua aver ioi ii
uearnvCsiveCnaessLvel niesmo Kuando a invisiilidade e a inaessi 5 5 a
%8iolo3ias do &éulo 
9
( e;aviorismo tem tamém uma opini/o espeial om respeito P
;ereditariedade# Em 5656, no livro %s;olo3 rom t;e &tandpoint o a
Be;aviomst, Watson, em unLssono om a maioria dos psilo3os da époa,
admitiu a emo./o e o instinto omo um omportamento ;ereditOrio, em
ontraste om os ;Oitos ou omportamento aprendidos# %orém, mesmo
ent/o, ainda de aordo om muitos psilo3os, demonstrou um ompleto
etiismo em onsiderar os padrJes superiores de omportamento omo
;ereditOrios# Admitiu omo inatas somente trs emo.Jes, o medo, a raiva e
o amor e onsiderou omo rea.Jes instintivas somente oordena.Jes
ssimples, omo as eistentes no amamentar e al3uns movimentos
primitivos de deesa# )o3o aps o apareimento de seu livro, entretanto, o
oneito 3loal de instinto oi sumetido a uma rLtia sem preedentes# A
per3unta oi eita0
VEistem instintos^V h# 1# uo, 5 tomando posi./o na etrema esKuerda,
sustentou Kue o oneito de instinto deve ser totalmente reCeitado, risando
entre os seus ar3umentos, ontra o mesmo, Kue a teoria do instinto oi
aseada na anti3a doutrina reprovada das idéias inatas, e Kue impliava a
a./o de uma or.a mental ou espiritual# uo afrmou Kue os ;amados
instintos s/o omportamentos aprendidos, e Kue mesmo os re\eos s/o
rea.Jes aprendidas, adKuiridas no Mtero# Em seu livro se3uinte,
Be;aviorism, Watson oi astante a avor de uma psiolo3ia sem instintos#
&empre ;avia ritiado o oneito de instinto, e Kuando o viu assoiado ao
mentalismo e a uma tradi./o ultrapassada, opcs?se ranamente ao mesmo#
Além disso, para Kuem estava interessado na previs/o e no ontrole do
omportamento, uma psiolo3ia sem instintos apresentava vanta3ens
indisutLveis# =uanto menos ;ouvesse de inato no or3anismo omo VdomV,
mais oportunidades ;averia para ompreend?lo e mel;orO ?lo para
ompreend?lo mediante o estudo das rea.Jes ompleas onorme s/o
elaoradas ou destruLdas, ponto por ponto mel;orO?lo pela adi./o,
elimina./o e omina./o de rea.Jes, tornando dessa maneira o or3anismo
uma mOKuina mel;or#
( Mltimo ponto su3ere outra araterLstia do omportamento, isto é, o seu
interesse pelo ontrole prOtio dos assuntos ;umanos# Devido ao seu
despreo por tudo Kue n/o seCa estritamente ientLfo, o e;aviorismo n/o
possui
5 h# 1# uo, *lvln3 up Instlnts In %s;olo3, 2ournal o %;iloso;C !565$,
58, :9?::7
!56$, H(S Are (ur Instints AKuiredV, %s;oio3ial ReineS
6, 7?7:9#
:
Edna Heidreder %aiolo3ias do &éulo 
<
um s tra.o do esOrnio om o Kual a inia pura Ps vees enara a inia
apliada# ( e;aviorismo estO deididamente interessado no em?estar e na
salva./o ? a salva./o estritamente seular ? da ra.a ;umana# ( e;aviorista
n/o eamina o seu material om o desinteresse Kue deson;ee valores

saeoservar
em distin3uir
osotemores
em do das
mal#rian.as
Watson,epor eemplo,
verifar n/o se ontenta
as ondi.Jes apenas
pelas Kuais
s/o adKuiridos e perdidos onsidera a maioria desses temores omo
inortMnios evitOveis, e proura meios e maneiras de aastO ?los N/o oserva
tamém om alma desinteressada Kue eistem alsos proetas na terra ?
ledores do arOter, psianalistas, e alsos psilo3os Kue reeem pa3a
pelos seus alsos traal;os# )amenta om palavras 3riadas Kue isto seCa
assim e sente Kue é seu dever e praer denuniO?los# Naturalmente, num
estudo inteiramente desinteressado do omportamento ;umano, nem o
ovarde ou o anOtio, em omo o introspeionista e a raude,
provoariam o mais leve estremeimento de desaprova./o ou ompai/o#
%orém, o e;aviorisrno n/o pretende ser uma psiolo3ia desinteressada# +
ranamente uma inia apliada, Kue proura oloar a efinia do
en3e;eiro a servi.o dos prolemas da reorma# + verdade Kue a dire./o
eata da reorma n/o estO totalmente estaeleida# s vees, om a
saedoria proverial do ;omem prOtio, o e;aviorismo paree dier Kue a
soiedade estaeleeu os padrJes aos Kuais a ;umanidade deve se adaptar
porém, outras vees india Kue aKueles mesmos padrJes oram
estaeleidos om uma i3norQnia total das limita.Jes e das possiilidades
da mOKuina ;umana# s vees, a ren.a na possiilidade de mel;orar a
onduta ;umana atin3e alturas espantosas# No parO3rao fnal do livro
Be;aviorism, no Kual o autor denunia muitas vees a louura das ren.as
Kue n/o se aseiam nos atos provados da inia, di Watson0
VEstou tentando provoar um estLmulo nos leitores, um estLmulo veral Kue,
se oedeido, mudarO aos pouos todo o universo# %ois este se modifarO
se eduardes os vossos fl;os, n/o na lierdade dos devassos, mas sim na
do e;aviorista ? a Kual n/o podemos nem desrever por meio de palavras,
t/o pouo saemos a seu respeito# Essas rian.as, por sua ve, om suas
mel;ores maneiras de viver e pensar, n/o nos sustituir/o na soiedade, e
por sua ve, n/o eduar/o tamém os fl;os de uma orma ainda mais
ientLfa, até Kue o mundo se torne fnalmente um lu3ar di3no para ser
;aitado pelos seres ;umanos^V
%orém, se os seres ;umanos devem ser mel;orados, é neessOrio ome.ar
nos primeiros momentos da vida, e o reon;eimento da importQnia da
inQnia é outra das araterLstias notOveis do e;aviorismo# A inQnia é
interessante para o e;aviorismo em parte do ponto de vista da
metodolo3ia# (servando as rian.as, o estudante pode ver a onduta em
orma./o pode oservar o aervo de rea.Jes Kue um ser ;umano possui ao
naser e desorir as maneiras pelas Kuais s/o modifadas# %orém, a
inQnia é tamém importante do ponto de vista do ontrole prOtio do
omportamento, pois nela s/o estaeleidos os prprios undamentos do
omportamento# Nestes primeiros anos, ertamente antes de ter seis anos
de idade, uma pessoa é ormada ou arruinada# + durante esses anos Kue ela
aprende a enrentar o mundo om temor ou onfan.a, om ;ostilidade ou
amiade, a suumir Ps difuldades ou a dominO?las, a esperar suesso ou
derrota estes anos, em resumo, s/o um perLodo durante o Kual ela adKuire
suas atitudes e ;Oitos, em 3rande parte viserais e tamém n/o
veraliados, Kue ir/o onstituir sempre o Qma3o de sua personalidade, e
Kue ormam os alieres da poderosa parte Vn/o veraliadaV de seu ser# (
prprio interesse de Watson neste setor é inonundLvel# Al3umas de suas
pesKuisas mais importantes oram sore as rea.Jes das rian.as, e seu livro
-;e %s;olo3iil 'are o t;e Inant and ';itd é dediado ao primeiro asal
Kue onse3uir riar uma rian.a eli#
%orém, so estes tra.os espeLfos do sistema, enontra?se uma
araterLstia t/o diundida Kue n/o se adapta de modo espeial a nen;uma
outra doutrina# -alve deva ser desrita em primeiro lu3ar omo uma rea./o
de reuo, eKuivalendo Kuase a um aastamento de KualKuer oisa Kue
su3ira a palavra VmentalV# Esta atitude é mais do Kue uma alma onvi./o
de Kue a psiolo3ia oi preCudiada por um interesse pela onsinia e
introspe./o é uma orte avers/o por todo o oneito de mente# %ois, para
Watson, o mental si3nifa aKuilo Kue n/o é natural, e até sorenatural#
Representa um modo de enarar as oisas totalmente antitétio ao da
inia# &i3nifa almas e animismo, mila3res e mistério# &u3ere redulidade
e espanto, em lu3ar de etiismo e pesKuisa um mundo invisLvel, em ve
de atos de oserva./o espeula./o e palavras, ao invés de
eperimenta./o direta# Assim Kue Watson v uma teoria Kue inlui o
mental, CO a onsidera omo raassada# Naturalmente, ele n/o presinde da
evidnia e da avalia./o rLtia da mesma#

8
Edna Heidreder
%orém, n/o se pode deiar de ter a impress/o de Kue as suas investidas
ontra a onsinia, ima3em, sentimento e instinto s/o determinadas
antes de tudo pelo ato de v?los omo impliando al3o de imaterial e,
portanto, sorenatural e Kue a Kuest/o CO estO de ato resolvida para ele no
momento atal em Kue v o oneito omo al3o aran3endo uma aeita./o
do mental#
%or ausa desta atitude, o e;aviorismo tornou?se mais do Kue uma simples
esola de psiolo3ia veio a ser uma ruada ontra os inimi3os da inia, e
neste papel ela assumiu, mesmo num 3rau maior do Kue muitas esolas de
psiolo3ia, al3o do arOter de uma reli3i/o# &eus adeptos s/o dediados a
uma ausa est/o de posse de uma verdade Kue nem todos os ;omens tm
a ora3em, a saedoria, ou a inteli3nia para aeitar e 3rande parte do
poder do e;aviorismo, omo um movimento ativo, provém desse ato# %ois,
a maioria dos Covens norte?amerianos soreram, de al3um modo, a
in\unia do undamentalismo, maniesto ou sutil, e al3uns, em sua revolta
ontra o mesmo, enontraram um maior sentimento de lierdade ao aeitar
o redo em defnido, ostinado, ineKuLvoo do e;aviorismo ortodoo# +
interessante a esse respeito oservar Kue as palavras, para muitos
e;avioristas, assumem al3o da importQnia Kue adKuirem nos ultos
primitivos em espeial Kue al3umas s/o onsideradas tau# -oda inia,
naturalmente, tem uidado om sua terminolo3ia porém, ;O mais do Kue
interesse ostumeiro de evitar si3nifados seundOrios Kue onundem,
mais do Kue a ei3nia omum de eatid/o, no desvelo om Kue o
e;aviorismo onserva pura a sua terminolo3ia# EstO disposto a reorrer a
todos os tipos de rodeios para evitar palavras omo VonsiniaV,
Vsensa./oV, VidéiaV, VvontadeV, VpraerV e Vima3emV e, se numa
neessidade, é or.ado a empre3O?las, era?as esrupulosamente om o
erimonial de notas epliativas# +, de ato, uma das oisas uriosas e
si3nifativas do e;aviorismo o ato de ter adKuirido al3umas das atitudes
emoionais 3eralmente assoiadas om o oneito de vida, Kue onsidera
seu maior inimi3o# &uas proii.Jes n/o s/o apenas as medidas preventivas
da inia s/o meios de deesa ontra uma idéia reCeitada a respeito da
vida#
%orém, o tom dominante do e;aviorismo n/o é em repressivo# (
e;aviorismo é aima de tudo epansivo e enér3io# %rote3ido pela
onfan.a ale3re Kue resulta da vis/o lara do mundo, ele aeita ou reCeita
mas n/o se ompromete# E o Kue l;e alta em sutilea, sora em poder, na
a %siolo3ia
do ulo 
6
paidade para se entre3ar sem reservas Ps suas tareas# Alin;ando o erto
de um lado e o errado de outro, o e;aviorismo onse3uiu um sistema om
ontornos defnidos e laros# 'omo onep./o, possui a frmea e a eatid/o
Kue arateriaram o estruturalismo, e em parte por este motivo tornou?
?se, omo aKuele, um ponto de reernia indispensOvel na psiolo3ia norte?
ameriana#
Eistem, naturalmente, e;aviorismos e e;aviorismos# ( Kue oi dito se
aplia ao e;aviorismo Satsoniano, porém, modifa.Jes deste sistema
sur3iram em toda parte# AliOs, pouos psilo3os intitulam?se e;avioristas
sem uma lassifa./o# Al3uns aprovam de om 3rado o aastamento da
onsinia, porém, reusavam?se a aeitar as idéias de Watson sore a
;ereditariedade#
ondiionamento,Al3uns
porém,ar3umentam ontra
areditam Kue a doutrina
devem da orma./o
ser usados somente pelo
métodos oCetivos# s vees, tentou?se sorepuCar o prprio Watson, e
aeita.Jes e reCei.Jes oram eperimentadas em toda espéie de
omina.Jes# 'omo resultado, a psiolo3ia e;aviorista é asorvida aos
pouos pela psiolo3ia em 3eral e, o Kue é estran;o, o resultado n/o é a
desordem# *ra.as P larea dos ensinamentos de Watson eles
em ra n/o ermanente elo Kua o os os desvios odem ser ava ia os# (
resultado é uma me or omunia./o entre as psiolo3ias e;avioristas e
n/o?e;avioristas Kue, om uma inte3ra./o paLfa, resultou em enormes
onKuistas para o e;aviorismo# %ois, nem mesmo o e;aviorismo, om

toda aela
ato, sua audOia eaarOter
onKuistou pitoreso,
ima3ina./o tomou a psiolo3ia
pela violnia dein\unia
porém, sua assalto# De
nas
prOtias reais da inia oi otida por um proesso muito mais efiente no
sentido de provoar modifa.Jes duradouras ? por uma infltra./o
onstante nos ostumes#
( e;aviorismo realmente superou os limites da psiolo3ia propriamente
dita# Apareeu em arti3os de undo, na rLtia literOria, nos deates soiais e
polLtios e em sermJes# Atraiu a aten./o, em al3uns asos avoravelmente,
dos flsoos# Holt o apoiou no livro -;e Freudian Wis;, &antaana o
ontrapJe, om simpatia, P Vpsiolo3ia literOriaV, e Russeli, impressionado
pelo ato de Kue a introspe./o lan.a t/o poua lu sore o prprio e3o,
mostra?se interessado, apesar de ritiar a epistemolo3ia impliada no
sistema, numa tentativa de estudar o omportamento ;umano a nartir do
eterior# E mais do aue oualauer outra inter?
7_
%siolo3ias do &éulo 
75
Edna Heidreder
preta./o da psiolo3ia, om ee./o da teoria psianalLtia, o e;aviorismo
despertou o interesse popular nos Estados Unidos# Em espeial, seu
pro3rama para mel;orar a ;umanidade pelos métodos mais efientes da
inia e um apelo total, Kuase irresistLvel, P aten./o do povo norte?
ameriano#
Dentro da prpria psiolo3ia norte?ameriana, a asens/o do e;aviorismo
oi importante e notOvel# 'omo um meio de estaeleer deate, de
apresentar prolemas, de estimular a pesKuisa, de eitar o entusiasmo,
nada se ompara ao mesmo, desde o apareimento dos primeiros
laoratorios e Ttilita./o do -;e %rinipies de William 2ames# %#3irn tempo, o
e;aviorisrno e dividiu a psiolo3ia norte?ameois ampos, eli iJi/ na
aviorista, e aidWCé aiiiiii;c i ii/ito -mais se3ui Wefii-r a posi./o
psiol3ia nos Estados Unidos onsiste em reeri?Ia ao e;aviorismo# %ara
mel;or ou pior,
tradiionais e osomores
e;aviorismo aetounorte?ameriana#
da psiolo3ia proundamente os ostumes

A lin;a de in\unia do e;aviorismo mais direta oi a Kue resultou de sua


insistnia para Kue ossem usados somente métodos oCetivos, (
e;aviorismo, naturalmente, n/o introduiu os métodos oCetivos na
psiolo3ia# Desde a époa de Fe;ner e Helm;olt, esses métodos ;aviam
tido um lu3ar de destaKue, e assim oi mesmo nos dias em Kue a
introspe./o era prolamada omo um método tLpio da psiolo3ia# (
e;aviorismo ertamente n/o si3nifa apenas o uso de mais instrumentos
de metal CO os ;avia muitos na psiolo3ia mais anti3a# %orém, por insistir
em métodos oCetivos e no seu uso elusivo, o e;aviorismo provoou uma

varia./o de
ostumes nase Kue eKuivale
prevaleentes de ormaa auma revolu./o#
modi %enetrou
iar os prprios t/o a undo
prolemas Kuenos
sur3em em psiolo3ia# 'om suas ori3ens na psiolo3ia animal e om seu
;Oito de oservar o or3anismo todo em atividade, o e;aviorismo
apoderou?se de prolemas Kue s/o mais evidentes, de alane mais amplo,
e muito mais provOveis de serem onsiderados omo vitais do Kue as
dissea.Jes inrivelmente minuiosas dos estados de onsinia para as
Kuais os introspeionistas dediaram o mel;or de seus esor.os# "esmo
em sua mesKuin;e e intolerQnia, o e;aviorismo oi importante pois n/o
somente Custifa novos prolemas, omo tamém denunia os anti3os
omo ridLulos# -omando a posi./o do vi3oroso senso omum, on3ratula?se
por ter al3o mel;or Kue aer do Kue duvidosas disrimina.Jes entre os
maties do
aul, e determinar se eiste ou n/o um eeito vLtreo nas ima3ens#
Franamente or3ul;oso por manter o ampo de oserva.Jes aerto para
todos ? em tratar om movimentos visLveis e re3istrOveis, om tra.ados de
ol;as Kuimo3rOfas, e om leituras de ponteiros Kue todos podem ver ? o
e;aviorismo se ompra em limitar seus estudos ao material Kue desperta
a onvi./o imediata de Kue realmente eiste Val3uma oisa aliV# 'omo
resultado de sua atitide enér3ia, mesmo aKueles estudos Kue ainda aem
uso n,Cderado da introspe./o apresentam tra.os da in\unia e;aviorista#
De ato, um dos sinais do vi3or deste movimento de etraordinOrio poder é
a maneira pela Kual tentou onse3uir Kue suas atitudes ossem
reon;eidas por aKueles Kue se opun;am Ps suas doutrinas Osias#
"esmo os seus taus s/o irunspetos, talve de um modo espeial# Eiste
uma tendnia, mesmo entre os psilo3os Kue areditam pia? mente no
seu direito de levar em onta a onsinia, em dar nase aos re3istros
oCetivos de suas desoertas, e Ps vees a epliar Kue, emora inluam a
onsinia em seu prprio pensamento, suas delara.Jes se apliam
i3ualmente para a onduta om a onsinia deiada P parte# Desde o
apareimento do e;aviorismo, a introspe./o e os seus resultados tm
menos proailidade de se sustentar por si ss s/o ompletados e mesmo
apoiados por dados oCetivos# N/o s entre os seus adeptos, omo tamém
na psiolo3ia norte?ameriana em 3eral, o e;aviorismo aumentou 3rande?
mente o destaKue dado aos métodos oCetivos de pesKuisa#

Eiste um onCunto de eperinias Kue possuem um destaKue espeial em


rela./o P teoria e;aviorista, as eperinias de # &# )as;le, Kue oi o
mel;or disLpulo de Watson# Estas eperinias, Kue onstituem o maior
orpo de pesKuisas dediado por um e;aviorista a um Mnio prolema,
apiam?se diretamente na ;iptese de Watson de Kue as rea.Jes simples,
omo o re\eo, ondiionado ou n/o, s/o as unidades de Kue se ompJe o
omportamento#
A pesKuisa de )as;le onentra?se nas atividades or? ti a isen vi as
naaprenTia3em# eu pan ei lera o e treinar animais ? 3eralmente usava ratos ?
em al3um desempen;o espeial, tal omo atravessar um lairinto ou aer
disrimina.Jes visuais em se3uida, destruir uma ou vOrias partes do rte
e, por Mltimo, aps o animal se reaer da opera./o, determinar em Kue
3rau e de Kue maneira o desempen;o ;avia sido preCudiado# Em todas as
eperinias, os desempen;os dos animais oservados eram ompa
%sSolo3ias do &éulo 
77
7
Edna Heidreder
rados om os de 3rupos adeKuados de ontrole# Estes estudos, na lin;a
divisria entre a fsiolo3ia e a psiolo3ia, ei3iram o uso de ténias das
duas inias e muitos psilo3os, impressionados pelo uso direto dos
reursos da fsiolo3ia por um de seus ole3as, sentiam?se inlinados, Ps
vees, a esKueer o ato de Kue, so o ponto de vista do método, o arOter
distintivo desse estudo é a determina./o eperimental e Kuantitativa do
omporta#mento do animal, através de toda a pesKuisa ? prOtia essa
proveniente da psiolo3ia# Este ponto é importante porKue, em muitos dos
anti3os estudos, os pesKuisadores se satisaiam em onfar na oserva./o
3eral em suas desri.Jes do omportamento em oservar, por eemplo, se
um animal pareia desaCeitado, indierente ou ;esitante# %orém, nos estudos
de )as;le, a oserva./o 3eral oi sustituLda pelos métodos eperimentais
da psiolo3ia animal e pelos métodos Kuantitativos i3uais aos usados na

medi./o
métodos oCetiva da inteli3nia#
eram Kuantitativos, em+omo
espeialmente importante
eperimentais notar Kue
pois, através dasos
medidas defnidas do omportamento durante toda a pesKuisa, oi possLvel
determinar matematiamente as rela.Jes entre a perda ou a diminui./o de
ertas ;ailidades e a loalia./o e o 3rau das orrespondentes lesJes
ererais#
( resultado dessas pesKuisas oi um onCunto de provas, mostrando Kue,
em muitos asos, uma dada por./o do rte ereral n/o estO
invariavelmente assoiada a um determinado ato em outras palavras, Kue
a loalia./o ri3orosa de uma un./o n/o é a re3ra 3eral# %ara )as;le, isto
si3nifava n/o ser mais possLvel oneer o sistema nervoso omo uma
estrutura na Kual o aro re\eo é a unidade, ou omo um sistema no Kual
al3umas vias defnidas e fas li3am ertos pontos de estLmulo om ertos
r3/os de resposta# %ara ser eato, al3umas vias tm maior proailidade
de serem utiliadas em uma dada atividade do Kue outras ? e Kue s/o de
erta maneira mais onvenientes ? porém n/o eiste, em re3ra, ei3nia
Kuanto P disposi./o# &e essas vias orem destruLdas, as suas un.Jes n/o se
perdem para sempre, mas s/o ao Kue paree assumidas por outras partes
do érero# Em lu3ar de uma loalia./o eata da un./o no rte, eiste
uma i3ual potenialidade de suas vOrias
l7)as;le n/o oi o primeiro pesKuisador a aer uidadosas determina.Jes
eperimentais do omportamento animal durante eperinias aran3endo
a etirpa/o# As pesKuisas de &;ep;erd Ivor Fran, iniiadas em 56_, s/o
onsideradas o traal;o pioneiro neste setor# )as;ie, entretanto# ressaltava
mais o lado Kuantitativo dos dados, do Kue Fran#
partes para as atividades em Kue é utiliado# Eiste, taI5to#eeseesteo oCCuto
positivo do traal;d)as;le
? uma rel. trea3ua e a area rtaC#.ruL? da e o 3rau de deteriora /o do om
ortamento# Uma lC3.C lesao ere ral, 3eralmente, n/o produ uma diminui /o
senes/o aumen/ em 3randea, o ato torna?/ii/da ve
diJs/t/TsiiiiiIéo& ei3em[i/iaiitidie maior de teido ereral, do Kue as
tareas simples# Baseado nesta evidnia, )as;le onluiu Kue o rte a3e
omo um todo, ao invés de por partes isoladas destaou a a./o onCunta
em lu3ar da transmiss/o isolada, eK[ipotenialidade em lu3ar de
loalia./o eata# 5
A rela./o entre a ora de )as;le e o e;aviorismo é interessante so
vOrios pontos de vista# Antes de mais nada, desaredita deididamente a
onep./o espeLfa da atividade nervosa Kue Watson supJe em todo o seu
pensamento ne3a Kue o omportamento seCa VonstruLdoV ou ormado
parte por parte na ase do re\eo ondiionado# %orém, ao mesmo tempo,
deia inalterado o oneito e;aviorista Osio de Kue somente os métodos
oCetivos deveriam ser usados é realmente uma prova notOvel do valor de
tais métodos na pesKuisa psiol3ia# A partir deste ponto de vista, a
rela./o entre )as;le e o e;aviorismo é um tanto pareida om a de [lpe
e as doutrinas de Wundt, pois tanto um Kuanto outro, por usarem os
métodos prprios de suas respetivas esolas, depararam om atos Kue
ontrariavam os ensinamentos daKuelas esolas# Neste partiular, eles
eemplifam a un./o das esolas e sistemas na prOtia real# ( traal;o de
amos mostra Kue a pesKuisa estimulada por um sistema e ontrolada pelo
método ientLfo pode revelar atos Kue disordam dele e Kue um sistema
estaelee prolemas defnidos e estimula a pesKuisa, porém n/o
determina o seu resultado#
Até a3ora, entretanto, pouo se alou sore o ponto Kue para muitos é
Osio, e Kue é ertamente a mais interessante Kuest/o levantada pelo
e;aviorismo0 a possiilidade de uma psiolo3ia sem onsinia# Al3uns
espeialistas, asortos em
5 Isto n/o si3nifa asolutamente Kue )as;ie elua a loal5a.o eata#
Desoriu, de ato, Kue a un./o do padr/o visual se loalia num ponto
eato do Jrte# Aredita Kue tais atos de loalia./o, Cuntamente om
ratos Indiando a./o onCunta, devem ser levados em onta ao Interpretar a
a./o ortial# A tendnia 3eral de seu prprio traal;o, entretanto, oi a de
destaar a teoria da a./o onCunta, # &# )as;le, "ass Ation in 'ereral
FuntionV, &iene !5675$, <7, 9?9#
7
Edna Heidreder
suas pesKuisas, podem onsiderar importante o e;aviorismo,
prinipalmente do ponto de vista da metodolo3ia porém, para o mundo em
3eral, em omo para a maioria dos psilo3os, o si3nifado mais proundo
da onep./o e;aviorista reside na ale3a./o de Kue n/o ;O lu3ar, nem
neessidade, para a onsinia#
E é astante urioso Kue, na ;ora em Kue esta Kuest/o undamental é
diretamente oaliada, o sistema omee a perder a larea Kue P primeira
vista pareia de orma aentuada arateriO?lo# %ois, o e;aviorismo n/o
proporiona realmente uma desri./o da psiolo3ia Kue dispense ao
indivLduo a onsinia de suas prprias a.Jes# Esta é, naturalmente, a sua
fnalidade e, assim aendo, pretende despoCar a psiolo3ia de seus Mltimos
vestL3ios de metaLsia e suCetivismo# (s e;avioristas 3eralmente
admitem Kue Kuem se opJe Ps suas idéias assim proede porKue pensa ter
o e;aviorismo avan.ado demais ao insistir muito nos ri3ores de um ponto
de vista estritamente ientLfo# %areem n/o ;aver levado em onta Kue
sua posi./o poderia estar vulnerOvel ao ataKue vindo de um outro setor e
Kue o e;aviorismo pode ser ritiado por n/o se3uir muito a inia, e por
n/o ser de om 3rado oetiv oetamém por n/o far astante lierado
de uma atitude metaLsia om resoaa Eo#
&e essa eposi./o do assunto paree uma ontradi./o de palavras, tal ato
é testemun;a da orte assoia./o Kue o e;aviorismo estaeleeu entre a
onep./o de uma psiolo3ia estritamente ientLfa e o seu prprio ponto
de vista# ( e;aviorismo, oi dito muitas vees, é psiolo3ia ientLfa#
=ualKuer atitude Kue esteCa em ontraste om ele é, por dedu./o, menos
ientLfa# =uerer Kue uma psiolo3ia seCa mais ientLfa, eKuivale a Kuerer
Kue seCa mais e;aviorista#
E todavia, na ase do pensamento e;aviorista estO a distin./o mente?
orpo no sentido metaLsio ? n/o omo uma lassifa./o adeKuada de
atos da eperinia, mas omo uma divis/o entre a aparnia e a
realidade# Enaiada no prprio Qma3o da doutrina e;aviorista, enontra?
se a distin./o platcnia entre a mente e a matéria e o e;aviorismo, assim
omo %lat/o, enara um dos termos omo real e o outro omo ilusrio# A sua
prpria Kuest/o ontra o dua ? lismo é eposta em un./o daKuela distin./o
e é eita pelo proesso metaLsio lOssio de reduir um termo ao outro#
Esta distin./o metaLsia, mais do Kue uma evidnia empLria, é a ase na
Kual o e;aviorismo tanto aeita omo reCeita
%siolo3ia# do &éulo 
79
dados para onsidera./o ientLfa e orma oneitos para tratar om eles#
(s proessos do pensamento, por eemplo, s/o onsiderados meanismos
da lin3ua3em, n/o porKue ;aCa evidnia eperimental para provar essa
afrma./o, mas porKue assim se adaptam ao oneito preerido, a matéria#
( e;aviorismo aeitou uma metaLsia para aaar om a metaLsia#

-alve se a.a a oCe./o de Kue o materialismo do e;aviorismo é apenas


uma ;iptese de traal;o Kue n/o se destina a ser uma oserva./o sore a
naturea Mltima da realidade e, portanto, nada tem a ver om a metaLsia#
%orém, eistem sinais mais onvinentes do Kue as afrma.Jes diretas de
Kue o e;aviorismo n/o enara o prolema mente?
?orpo apenas omo uma Kuest/o de onveninia metodol3ia# Um deles
é a neessidade emoional om a Kual o e;aviorista pereito admite suas
ren.as e taus# Um outro é a sua atitude om respeito aos psilo3os Kue
estudam a onsinia# %ois para o e;aviorista, o eame da eperinia
imediata n/o é apenas orriKueiro, n/o é somente um método superfial e
inefiente de estudar o animal ;umano, nem somente sai ora da lin;a
prinipal dos prolemas ;umanos vitais, emora naturalmente seCa tudo
isso e ainda mais é um 3esto sem si3nifado, no vOuo# A atitude do
e;aviorista em rela./o aos introspeionistas n/o é ompletamente a
mesma Kue apresenta Kuanto aos outros ientistas, uCo traal;o n/o o
interessa de modo espeial ? omo poderia ser, por eemplo, em rela./o aos
onKuililo3os, uma ve Kue, do ponto de vista dos prolemas Osios do
e;aviorismo, os traal;os do onKuililo3o s/o triviais, sem importQnia e
irrelevantes om reernia aos prolemas vitais dos seres ;umanos omo
s/o aKueles do introspeionista# %orém, o e;aviorista aredita nas
on;as do onKuililo3o, mas n/o r na onsinia do introspeionista
n/o onsidera Kue o onKuililo3o se deia en3anar por uma ilus/o# A
mesma ren.a na realidade mais prounda do material é admitida omo

uma ;iptese
No estudo suCaente
terio em al3uns
por eelnia dos deates
de )as;le, V-;eterios do e;aviorismo#
Be;avioristi
Interpretation o 'onsiousnessV, 59 a maior parte do deate é dediada P
tarea de mostrar Kue toda araterLstia Kue ten;a sido atriuLda P
onsinia pode ser epliada em un./o de meanismos orporais e a
implia./o é a de Kue se tudo Kue é ;amado mental pode ser reduido a
Lsio, o oneito de onsinia é supér\uo# %o 5
%s;olo3ial Revieu !567$, 7_, 7<?<, 76?76#
7:
%solo3a# do &éulo 
Edna HeiCreder
7<
rém, a menos Kue se onsidere o material omo mais real, n/o se ;e3a
invariavelmente a esta onlus/o# &em esta ;iptese, a estreita
orrespondnia pode si3nifar um sem?nMmero de oisas ? entre as mais
vias a de Kue o material possa ser reduido a mental, omo Kueria
Ber]ele e os idealistas alem/es ou, em nLvel menos pretensioso e mais
empLrio, Kue as desri.Jes so o ponto de vista da onsinia e do
omportamento, dada sua estreita onordQnia, ompletam?

?se e se auiliam ao invés de se oporem#


Uma ve Kue a inia n/o se interessa pela naturea Ml tima da realidade,
n/o a dieren.a, do ponto de vista puramente ientLfo, Kual o tipo de
metaLsia em Kue um ientista reia, desde Kue a sua metaLsia n/o
interven;a em sua inia# %orém, no momento em Kue um ientista dO
preernia aos seus oneitos metaLsios em rela./o aos atos da
eperinia, estarO u3indo da étia ientLfa# %ois o ideal da inia é o de
ormular oneitos Kue resistam P prova da eperinia e o arOter
distintivo do método ientLfo é o de Kue ele ompleta o apelo P ra/o om
a eperinia, reusando?se a reon;eer a validade dos oneitos por ele
orCados até Kue ten;am sido verifados pelos dados da oserva./o# E o
e;aviorismo desoedee a esta re3ra do di3o Cul3a os dados onretos
apliando o oneito metaLsio de matéria omo uma pedra de toKue#
=uando depara om desri.Jes Kue pretendem tratar om ertos
aonteimentos, tais omo ima3ens, idéias, ou sentimentos de satisa./o,
sae de antem/o Kue est/o errados# Uma ve Kue esses pretensos atos da
eperinia n/o se oadunam om um modo preerido de oneer, n/o ;O
neessidade de eaminO?los#
"as omo é possLvel Kue o e;aviorismo, Kue estO disposto antes de tudo a
ser ientLfo, ten;a esse modo de pensar^ Através da ei3nia
inteiramente le3Ltima de Kue o on;eimento psiol3io seCa oCetivo por
insistir Kue sem essa oCetividade, a psiolo3ia nuna poderO ser levada a
sério omo inia# Watson estava visivelmente perpleo pelas dieren.as
de opini/o em psiolo3ia, pela alta de um orpo de on;eimento fdedi3no
Kue ori3asse P aeita./o, omo o Kue se enontra nas inias Lsias e
admitindo, ao Kue paree, Kue o on;eimento oCetivo é o on;eimento
do mundo Lsio eterno Kue pela sua prpria naturea estO aerto P
verifa./o de todos, tentou remediar o mal, aastando da psiolo3ia toda
onsidera./o pelos proessos mentais#
-odavia, serO Kue on;eimento oCetivo é ori3atoriamente on;eimento
sore o mundo Lsio^ A oCetividade
do on;eimento das inias Lsias, omo Watson paree dar a entender,
depende do ato de tratar om um mundo material^ E eiste al3uma ertea
de Kue esse
per3untas mundo
ei3e um esteCa
eameaerto ao eame
mais Lntimo de todos^
da palavra A resposta a estas
VoCetivoV#
Esta palavra, Kuando apliada ao mundo Lsio, reere?
?se naturalmente P distin./o entre o suCeito Kue eperimenta e o oCeto
eperimentado, o eu e o n/o?eu, e P or3ania./o de todos os atos
eperimentados entre esses dois etremos# Al3uns atos, tais omo os
pensamentos e os sentimentos, reerem?se ao eu outros, tais omo as
Orvores e as tempestades de neve, reerem?se a um mundo eterno ao eu#
Este mundo eterno, além disso, é onsiderado independente do eu n/o é
admitido omo propriedade de nen;um eu, porém, é ima3inado omo um
oCeto omum a todos eles# (s seus atos s/o notrios# %ara ser eato, a
distin./o entre o suCeito e o oCeto n/o é de orma al3uma asoluta, porém,
tal ato pode ser despreado no momento, uma ve Kue o mundo Lsio na
orma em Kue é oneido é um oCeto tLpio no sentido em Kue é
onsiderado# 5:
=uando o mundo VoCetivoV é apliado ao on;eimento, seu si3nifado é
semel;ante emora n/o idntio# =uando apliado ao on;eimento, a
distin./o entre suCetivo e oCetivo é aKuela entre opini/o e ato, entre a
ren.a, Kue é in\ueniada pelas ontin3nias do Kue é pessoal e
partiular, e as afrma.Jes verdadeiras para todos# ( on;eimento
oCetivo, assim omo o mundo oCetivo, é impessoal e pMlio n/o é
determinado por peuliaridades na naturea ou irunstQnias de KualKuer
pessoa n/o sore a in\unia dos deseCos, esperan.as e preoneitos do eu#
( senso omum possui al3umas provas diretas e 3rosseiras para a
oCetividade do on;eimento, tais omo o aordo entre dierentes
oservadores, a oernia om outras partes do on;eimento e a efinia
prOtia Kuando apliados a irunstQnias reais# E a inia, apurando e
ampliando os métodos do senso omum, desenvolveu todo o proesso ao
Kual ;amou de método ientLfo omo um meio de asse3urar a
oCetividade de seus oneitos#
+ l3io Kue o on;eimento ientLfo seCa oCetivo no sentido de ser
independente da opini/o partiular ou de pre5: A palavra oCetivoV oi
usada, at a3ora neste apitulo, om respeito P dlstinOo eita neste
parO3rao# As oserva.Jes oCetivas, por eemplo, sio as de oisas e oCetos
no mundo eterno os métodos oCetivos so orientados para os oCetos e
aonteimentos no mundo ora do eu#
78
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
76
ernia, das peuliaridades da interpreta./o e das idiossinrasias pessoais
de toda espéie# ( método utiliado é uni reurso para tornO?lo assim#
%orém, esse método n/o se aseia em ertea al3uma de Kue dois ou mais
oservadores veCam o mesmo oCeto, ou Kue KualKuer oCeto eista
independente de sua perep./o# Nem mesmo na Lsia, a oCetividade do
on;eimento se aseia na ertea de Kue dois ou# mais oservadores
veCam realmente o mesmo oCeto# Um  Lsio, ao oservar a posi./o de um
ponteiro numa esala, naturalmente n/o pode ver um ponteiro
independente de sua prpria perep./o do mesmo# Assim omo n/o pode
tamém pereer de imediato a perep./o de KualKuer outro oservador e
omparO?la diretamente om a sua# &e vinte Lsios estiverem oservando a
posi./o de um ponteiro numa esala, nen;um deles poderO ver diretamente
a leitura do ponteiro eita pelo seu ole3a, tanto Kuanto n/o pode sentir
diretamente os amores e os dios dos outros deenove# A esse respeito, o
Lsio é t/o limitado P sua prpria perep./o Kuanto o é o psilo3o# + t/o
diLil provar a eistnia de um mundo Lsio independente, omo tamém
a dos estados de onsinia da ;umanidade em 3eral, e o Lsio nem
mesmo tenta aer isso# Nem a;a neessOrio tentO?lo# ( prolema todo é
de tal Lndole Kue ele, omo ientista, o aandonou de om 3rado e
delieradamente# A oCetividade de seu on;eimento n/o se aseia em
nen;uma prova de ser proveniente de um mundo oCetivo, mas sim na
orma om Kue enrenta as provas normais da inia# N/o é a onte do
on;eimento e sim a sua verifa./o Kue determina a oCetividade de uma
inia# ( Lsio n/o pOra ao fnal, para per3untar0 VEstes atos Kue oservo
eistem somente em min;a perep./o^V Ele per3unta0 VEles onduem a
CuLos transmissLveis aseados em eperinias repetidas e verifadas ^V
Da mesma orma Kue o psilo3o, n/o tem ertea asoluta de Kue suas
oserva.Jes representam al3o ora de sua prpria eperinia# E se a Lsia
n/o é eluLda da possiilidade de oter on;eimento oCetivo apenas por
ausa dessa al;a, o mesmo se dO om a psiolo3ia ? isto é, se ela se
satisa om o ritério de oCetividade e n/o Cul3a os seus dados pela
aplia./o de uma teoria metaLsia da realidade#
Este deate n/o implia, entretanto, Kue a psiolo3ia deva se ater P no./o
de mental, seCa omo um oneito epliativo ou omo uma desri./o de
seu oCeto# Ao ontrOrio, su3ere Kue a distin./o mente?orpo CO reeeu
demasiado destaKue pela psiolo3ia# AliOs, nem o oneito de matéria ou
aKuele da mente pareem atender Ps neessidades do presente aso na
inia# 2O tem sido muitas vees notado Kue est/o sendo reCeitados pela
Lsia e pela psiolo3ia, as duas inias Kue, P primeira vista, a;amos Kue
deveriam onsiderO?los muito Mteis# (s Lsios n/o mais tratam om a
matéria omo se ossem peKuenas eseras ou sustQnias slidas, e os
psilo3os ? e;avioristas e n/o ? deiaram de tratar om as mentes Kue
Watson t/o enatiamente ondenava# "uito antes do apareimento do
e;aviorismo, os estudiosos da onsinia ;aviam deiado de empre3ar a
onep./o impereita do mental na orma Kue Watson l;es atriuLa# 5<
Apesar disso, ;O uma 3rande dieren.a entre a maneira pela Kual a Lsia
tem oloado este ponto e a Kuest/o Kue o e;aviorismo estO
ar3umentando om a psiolo3ia# =uando os Lsios desoriram as
limita.Jes do pensar em
outrora onsiderados un./o
omo de para
o ideal modelos meQnios
epliar, reais,
lan.aram m/o Kue
deoram
um novo
tipo de eplia./o prpria para se aCustar aos atos oservados# Em lu3ar de
modelos meQnios, usaram rmulas matemOtias Kue deram inorma.Jes
Kuantitativas das rela.Jes oservadas# Em outras palavras, a Lsia adotou
uma nova orma de oneptualiar os seus dados# %orém, Kuando o
e;aviorismo se onveneu de Kue o oneito da mente era inadeKuado
para a tarea da psiolo3ia, n/o e, omo a Lsia, o aCustamento do método
su3erido pelos prprios dados# Ao ontrOrio, reteve e utiliou a distin./o
entre a mente e a matéria# A;ando um dos termos sem aplia./o, apenas
o sustituiu pelo outro, supondo Kue se um n/o servisse, o outro serviria#
Em ve de aandonar a distin./o ment?orpo, o e;aviorismo ressaltou?a e
preservou?a#
As raJes para este proedimento n/o s/o diLeis de desorir# Em primeiro
lu3ar, eiste a maior ailidade para pensar em termos omuns, para usar
oneitos CO disponLveis ao invés de oneer novos modos de pensar# E
desde Kue os prolemas da psiolo3ia animal, dos Kuais sur3iu o
e;aviorismo, aderiram prontamente ao oneito de matéria, pouo ;avia
no aso Kue estimulasse radialmente modos de pensar dierentes# Em
se3undo lu3ar ? e este é provavelmente o motivo prinipal ? o estudo do
mundo Lsio tem sido assoiado, omum e ;istoriamente, ao método
impessoal e imparial da inia# A partir desse ponto de vista, ;O de ato
5< A# ritia de -it;ener sore o VoneoV do senso omum, itada no
apitulo I@ deste volume, é um eemplo omum deste ato#
_
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
5
uma Custifa./o prOtia para pensar elusivamente em un./o da matéria#
&e uma pessoa oi assim ondiionada, emotiva e inteletualmente,
assoiando de modo inevitOvel P matéria todas as atitudes da inia,
ent/o, omo um meio de onservar a posi./o ientLfa, é inteiramente le3al
para ela oneer todos os elementos psiol3ios em termos Lsios antes
de tentar a3ir sore os mesmos, de modo ientLfo# %orém, neste aso, a
prOtia se torna uma medida de preau./o para aKueles Kue dela
neessitam, e n/o uma parte essenial do proesso ientLfo# &e um
psilo3o pode estudar um deseCo ou um pensamento tal omo se dO de
maneira imediata na eperinia ori3inal apenas omo um ato natural num
mundo natural ? assim omo ol;a uma trovoada ou uma indi3est/o, por
eemplo, Kuando as estO eaminando de um ponto de vista ientLfo
impessoal ? n/o é neessOrio Kue ele tente ortaleer esta atitude
onvenendo?se de Kue todos estes aonteimentos est/o de aordo om
um oneito para o Kual a Lsia enontrou um uso restrito# Eiste tanta
ra/o para Kue todos os psilo3os se sumetam a este proesso omo ;O
para todos os pedreiros eeutarem os 3estos Kue os ténios a;em Kue os
mais ;Oeis representantes daKuela profss/o est/o aendo omumente,
porém, sem serem neessOrios#
-alve estas re\eJes pare.am muito distantes dos prolemas pelos Kuais o
e;aviorismo ou KualKuer outro sistema de psiolo3ia esteCa interessado de
imediato# %orém, a onserva./o pelo e;aviorismo da dieren.a entre
matéria e mente omo sendo entre o real e o ilusrio ? verdadeira, emora
n/o delarada preserva./o dessa distin./o ? teve ertos eeitos positivos
em suas prOtias reais#
Um deles oi a tendnia para tolerar ertos aspetos da interpreta./o e, ao
Kue paree, Ps vees onsiderar a mesma omo uma eplia./o# =uando

lemos
de Kueal3umas desri.Jes
os autores dos eplia./o
onsideram e;avioristas, é diLil
afrmar Kueevitarmos
um deseCoatem
impress/o
uma
ase or3Qnia, Kue o si3nifado é uma atitude orporal, e Kue os
pensamentos s/o meanismos da lin3ua3em# -odavia, pouo é
aresentado ao on;eimento dos deseCos, si3nifados e pensamentos por
essas delara.Jes, Kue afnal onsistem em 3rande parte no aproveitar o
Kue CO se on;ee sore estes aonteimentos pelo senso omum e pela
psiolo3ia mais anti3a e ima3inar, muitas vees sem se asear em atos
on;eidos, al3uma possLvel desri./o fsiol3ia dos mesmos# -ais métodos
podem ailmente riar a ilus/o de Kue ;O uma e?
plia./o, Kuando n/o ;O nen;uma, e, ao orneer P psiolo3ia um
suprimento de rmulas verais om as Kuais possa responder Ps suas
per3untas, oultam o ato de Kue ela n/o sae as respostas# Naturalmente,
em muitos asos, este proedimento n/o tem a inten./o de epliar, mas
apenas de servir omo um passo iniial no sentido de epliar, ou seCa,
tratar os dados de orma a tornar possLvel a eplia./o ientLfa# Em tais
asos, a prOtia onsiste na medida de preau./o, antes menionada, para
3arantir o tratamento ientLfo do prolema# Em outros asos, o
proedimento tem um valor mais positivo# + usado, Ps vees, omo meio de
ver os atos so nova vestimenta Kue su3ere rela.Jes ainda n/o
suspeitadas e novas possiilidades de eplia./o# ( proedimento ent/o se
torna defnitivamente produtivo e n/o ;O, naturalmente, oCe./o al3uma ao
seu uso# %orém, sempre Kue a interpreta./o sustitui a eplia./o, a
psiolo3ia fa imediatamente eposta aos peri3os Kue advm de ter P
disposi./o um suprimento de rmulas verais prontas, om as Kuais pode
aer ae Ps pesKuisas espeLfas P medida Kue sur3em#
(utra onseK[nia da atitude e;aviorista om respeito ao prolema
mente?orpo é a de Kue o e;aviorismo tem difuldade em tratar om atos
Kue n/o se prestam P eplia./o do tipo modelo meQnio# ( e;aviorismo
lOssio, inspirando?se na Lsia lOssia, onee o ser ;umano omo
mOKuina or3Qnia, e proura analisar todas as rea.Jes ;umanas dentro de
li3a.Jes estLmulo?resposta# Em sua aplia./o a este prolema, muitos
e;avioristas adKuiriram o modo de pensar de Kue, a n/o ser Kue uma
rea./o possa ser pensada em un./o de proessos fsiol3ios defnidos, a
menos Kue possa ser analisada no mLnimo pela ima3ina./o e
eperimentalmente em rela./o a ertas atividades musulares e
3landulares, ela é um tanto irreal ou, pelo menos, menos real do Kue as
prprias rea.Jes musulares e 3landulares# "esmo no prprio ampo da
aprendia3em animal, eiste al3o desta atitude# "uitas vees os
e;avioristas fam t/o impressionados pela importQnia de relaionar as
suas desoertas ao on;eimento fsiol3io, Kue se esKueem de Kue a
fsiolo3ia tem uma ori3a./o idntia Kuanto aos atos da psiolo3ia e Kue
o fsilo3o Kue se propJe epliar o unionamento do sistema nervoso e
dos mMsulos deve epliar, entre outras oisas, omo unionam estas
estruturas Kuando o animal aprende e Kue sua eplia./o deve levar em
onta os atos da aprendia3em omo determinados por psilo3os
ompetentes, t/o ertamente Kuanto o psilo3o deve onsiderar os atos
sore

%sSolo3ias do &éulo 
Edna Heidreder
7
os r3/os dos sentidos, mMsulos e nervos omo determinados por
fsilo3os ompetentes# ( relato do psilo3o n/o é apenas um sustituto
temporOrio para ser usado somente enKuanto o on;eimento fsiol3io or
inompleto, al3o Kue mMsulos
r3/os dos sentidos, se resolverO em fsiolo3ia
e nervos Kuando
estiverem as desri.Jes
ompletas dos
até em seus
mLnimos detal;es# "esmo se osse on;eida ada ontra./o musular,
ada li3a./o estLmulo?resposta e ada rea./o sensorial, o proesso total da
aprendia3em do animal seria uma parte neessOria da desri./o# 'ada
termo ? o psiol3io e o fsiol3io ? apresenta uma parte do prolema
ada um a3e omo uma verifa./o do outro nen;um pode ser onsiderado
mais importante do Kue o outro pelo on;eimento amos s/o
indispensOveis# (s e;avioristas podem dier Kue sempre reon;eeram
este ato e Kue, ao defnirem o omportamento omo atividade do
or3anismo omo um todo, levaram o seu reon;eimento ao prprio oo da
psiolo3ia# "as, é muito si3nifativo Kue, apesar deste ato, muitos
e;avioristas em sua prOtia real onsiderem suas desoertas omo
respeitOveis ientifamente, somente Kuando podem pensar nelas em
un./o de proessos fsiol3ios defnidos# + vio Kue eiste uma orte
assoia./o entre a onep./o e;aviorista do oCeto da psiolo3ia e a
eplia./o do tipo modelo meQnio#
E se esse modo de pensar sur3e no traal;o da psiolo3ia animal, é muito
mais pronuniado na atitude om respeito aos estudos Kue nem ao menos
pretendem oereer eplia./o da espéie modelo meQnio# Um eemplo
disso é a atitude tLia, Kuando n/o ometeira, de muitos e;avioristas a
respeito do traal;o sore a inteli3nia# Uma ve Kue esta n/o pode ser
apresentada em un./o de proessos orporais espeLfos, a no./o 3loal
de inteli3nia
neulosa mesmo é, Kuando
de aordo om ossem
defnida padrJes do e;aviorismo,
se reerir P onsinia#va3a e
%or outro
lado, a psiolo3ia oi i3ualmente mal suedida na tentativa de analisar a
inteli3nia em omponentes mentais# ( prolema da inteli3nia é, de
ato, um eemplo eelente do tipo de irunstQnia na Kual a psiolo3ia
teve Kue oneer métodos
I& Watson defne o omportamento omo a atividade do or3anismo orno
um todo# Delara, de modo laro, Kue o e;aviorismo se interessa n/o
apenas pelas ontra.Jes musularesV, mas tamém por atividades
importantes, tais omo alimentar?seV, Vesrever uma artaV e Vonstruir
uma asaV %orém, é evidente Kue pensa em tais atividades omo

inte3ra.Jes
reduidas de proessos
a li3a.Jes onstituintes,espeifas#
estimulo?resposta podendo eventualmente ser

presritos pelas ei3nias reais dos dados, ao invés de onfar nas ténias
eistentes e eposi.Jes sistemOtias#
+ muito si3nifativo Kue todo o movimento no sentido de testar e medir a
inteli3nia desenvolveu?se sem o apoio de KualKuer esola ou sistema
espeLfo, tendo?se ori3inado em 3rande parte nas ei3nias de
irunstQnias da vida prOtia# + tamém si3nifativo Kue a psiolo3ia, ao
deparar om esse prolema, desenvolveu espontaneamente um tipo de
eplia./o por meio de eKua.Jes matemOtias# (u, mais eatamente, os
pesKuisadores de inLio tentaram um proesso analLtio mais onvenional#
Binet, em seus primeiros estudos sore a inteli3nia, tentou medir em
separado e depois reunir o Kue areditava serem proessos inte3rantes, e
'attell aseou suas pesKuisas no mesmo lano# %orém, o ito apareeu
somente Kuando Binet, pondo de lado temporariamente o prolema de
onteMdo e anOlise, tentou medir a inteli3nia em 3eral, em un./o de sua
rela./o om outros atos# + importante oservar Kue ao oneer testes de
inteli3nia, o psilo3o n/o deide primeiro o Kue seCa a inteli3nia e em
se3uida aplia aritrariamente sua defni./o# Eperimenta erto nMmero de
testes, Kue presumivelmente ei3em atividades omumente onsideradas
inteli3entes, e deste nMmero seleiona, omo testes de inteli3nia,
somente aKueles Kue d/o resultados Kue variam Kuantitativamente, Kuando

oservados por ritérios


omo inteli3nia, eternos,
ou seCa, daKuiloaKue
a maturidade, é 3eralmente
;ailidade onsiderado
para aer traal;os
esolares, os CuLos de pessoas Kualifadas, a ate3oria de traal;o e
outras oisas do mesmo 3nero# 'omo resultado, ele defne a inteli3nia
n/o em un./o de seu onteMdo ou omposi./o, mas sim no de suas
rela.Jes om outros atos# Em outras palavras, estO usando uma onep./o
do tipo eKua./o matemOtia, e n/o a do tipo modelo meQnio# A psiolo3ia
deve admitir a ontra3osto, de ato, Kue muito de seu traal;o para medir a
inteli3nia e outros tra.os n/o estO isento de rLtia porém, o traal;o
realmente respeitOvel neste setor demonstrou Kue pelo menos é possLvel
medir uma rea./o, uCos onteMdos n/o s/o determinados, de orma a dar
resultados onstantes e di3nos de onfan.a epostos em un./o de
rela.Jes Kuantitativas om outros atos#56
(s dados Kue se otm de tais estudos podem ser e s/o interpretados de
vOrias maneiras por diversos pesKuisadores e uma ve Kue uma das
interpreta.Jes evidentes é a de Kue a
56 (s proessos matemOtios, naturalmente, n/o oram inluidos na
,slolo3ia pelo movimento a avor dos testes# Desde a époa de Fe;ner#

Edna Heidreder
inteli3nia e as outras atividades ompleas medidas matematiamente
s/o rea.Jes orporais ompleas, os e;avioristas, se deseCarem, poder/o
epliitamente deiar lu3ar, em seu sistema, para esta parte da psiolo3ia#
%orém, é provOvel Kue assim proedam um tanto ontrariados, a;ando Kue
tal traal;o n/o é de primeira lasse, ou pelo menos Kue n/o pode ser
onsiderado uma pesKuisa VOsiaV# -odavia, os estudos desta espéie n/o
violam nen;um item do di3o e;aviorista0 n/o se interessam pela
onsinia, n/o usam a introspe./o, e lidam om atividades visLveis de
or3anismos vivos inte3rais# Entretanto, os atos Kue otm n/o pareem t/o
reais para o e;aviorista omo aKueles a respeito dos mMsulos e 3lQndulas#
( e;aviorismo, om a sua preernia orientada para modelos meQnios,
a;a realmente diLil assimilar este vasto setor da psiolo3ia, o Kual, pela
l3ia, n/o pode deiar de lado#
Eiste ainda uma outra difuldade, e mais séria, Kue provém da atitude do
e;aviorista em rela./o ao prolema mente?orpo0 a inapaidade para
desrever om preis/o o Kue se entende por reCei./o da onsinia#
Al3umas vees o e;aviorismo paree ne3ar ranamente Kue se verifam
atos onsientes, e afrma Kue Kuem aredita neles é vLtima de uma ilus/o#
%orém, Ps vees paree dier Kue a Kuest/o de saer se oorrem ou n/o
atos onsientes o3e do seu oCeto prinipal ? e Kue podem ou n/o eistir,
mas Kue se eistem, s/o essenialmente inaessLveis P investi3a./o
ientLfa e Kue, portanto, n/o podem ter lu3ar em uma psiolo3ia ientLfa#
Adotando a se3unda alternativa, o e;aviorista pode onservar a sua
inia ompletamente livre da onsinia mas, ao assim aer, ele se
entre3a a um dualismo e a um indeterminismo Kue vai de enontro aos
prinLpios Osios de seu pensar# &e aeita Kue eiste al3o na omposi./o
do ;omem Kue seCa essenialmente ? n/o apenas temporariamente e por
alta de ténia ? inaessLvel P investi3a./o ientLfa, afrma uma dualidade
da naturea ;umana ao dier Kue a atividade ;umana é de duas espéies
dierentes, uma das Kuais estO suCeita P pesKuisa ientLfa e outra Kue estO
além da mesma# %orém, esta ;iptese é tudo o Kue neessita o mais
ardoroso deensor do livre arLtrio# 'om um onstituinte, emora diminuto,
da estrutura ;umana Kue a inia
a psiolo3ia usa métodos Kuantitativos# %orém, a tentativa para medir a

inteli3énia resultou no uso resente da matemOtia omo instrumento,


revelou ada ve maiores possiilidades de ssu uso e salientou laramente
a possiilidade de defnir os termos psiol3ios através de suas rela.Jes
Kuantitativas om o padr/o eterior#
%8tolo3ias do &éulo 
9
nuna pode on;eer, tem P sua disposi./o al3o Kue n/o estO suCeito Ps leis
da inia, al3uma oisa Kue o ientista n/o pode prever e ontrolar# E este
é um resultado Kue o e;aviorista naturalmente n/o deseCa oter#
A solu./o é ne3ar inteiramente a onsinia, dier Kue o or3anismo
;umano vive e se move sem KualKuer onsinia do Kue estO aendo#
%orém, se o e;aviorista aeita esta solu./o, a;a etremamente diLil
epliar o Kue si3nifam al3uns dos termos Kue utilia# =uando di Kue
pensar se trata apenas de uma Kuest/o de meanismos de lin3ua3em, ou
Kue a emo./o é uma Kuest/o de respostas viserais e 3landulares, tem
difuldade pari epliar onde arranCou as palavras VpensarV e Vemo./oV#
N/o pode ot?las a partir de sua prpria onsinia, de sua prpria vo
interior ou dos atimentos ardLaos desontrolados, pois, por ;iptese, é
impossLvel tal onsinia# ( ora./o e a larin3e, de ato, pertenem ao
mundo Lsio, porém a onsinia imediata Kue se pode ter de seu
unionamento pode se asear somente nas sensa.Jes individuais e
prprias de ada um# Ent/o, serO Kue o e;aviorista Kuer dier Kue uma
pessoa n/o pode estar onsiente de sua prpria raiva eeto através de
tra.ados do Kuim3rao, ou de eames de san3ue, ou al3uma outra prova
de suas rea.Jes orporais Kue seCa aessLvel aos outros tanto Kuanto a ele ?
avistando, por eemplo, em um espel;o seu rosto enruesido, ou vendo
diretamente seu prprio pun;o errado^ %orém, o e;aviorista admite Kue
n/o on;ee ainda espeifamente os padrJes da rea./o orporal Kue
onstituem os pensamentos e as emo.Jes# E mais ainda, de aordo om a
interpreta./o ri3orosa de sua ;iptese, a onsinia do mundo eterior ? a

;ailidade
inepliOvelpara
omoleruma
os re3istros do Kuim3rao,
onsinia imediata depor
suaeemplo ? seria
vo interior ou t/o
das
ontra.Jes musulares, ou ainda dos atimentos ardLaos# %orém, o
e;aviorista n/o disute a validade das oserva.Jes do mundo eterior# N/o
elui os eteroeptores, prinipalmente os ol;os, omo ontes de
inorma./o# Na prOtia real, o e;aviorista reCeita a perep./o proveniente
dos interoeptores e proprioeptores mas aKuela Kue provém dos
eteroeptores é admitida sem disuss/o#
Neste ponto estO a ;ave para as admissJes e reCei.Je& Kue arateriam o
e;aviorismo# ( e;aviorista, omo KualKuer outro ientista, depende de
sua prpria eperinia imediata# "as aKuelas Kue se reerem a um oCeto
eterno s/o aeitas na ;iptese de tais oCetos poderem partiipar da
:
Edna Heidreder
%sioli3ias do &éulo 
<
eperinia de todos os oservadores e, a esse respeito, dar ori3em ao
on;eimento Kue possui validade oCetiva# As eperinias reerentes ao
eu s/o reCeitadas porKue n/o podem ser oservadas por nin3uém a n/o ser
pela pessoa Kue as peree de imediato, e porKue se supJe Kue n/o
podem, onseK[entemente, dar ori3em a um on;eimento Kue seCa ma#
niesto e oCetivo# Al3uns atos dentro do orpo podem ser revelados por
re3istros Kue os representam# @Orios dispositivos meQnios re3istram as
mudan.as respiratrias, ontra.Jes musulares, veloidade do pulso, e
oisas semel;antes, e elementos KuLmios d/o inorma./o de outro 3nero#
-udo isso é aeito de om 3rado pelo e;aviorismo# %orém, eistem ertos
atos Kue podem ser revelados somente por meio de desri.Jes verais _
dadas pela prpria pessoa Kue as eperimenta, ou por al3um sinal
preestaeleido, tal omo liertando uma rea./o em adeia para indiar a
sua presen.a# &er/o aeitOveis omo dados ientLfos tais re3istros^ Do
ponto de vista da inia, a resposta a esta per3unta deveria ser
determinada pelo mesmo ritério om o Kual os dispositivos meQnios ou
outro meio KualKuer de pesKuisar a eperinia s/o onsiderados
apropriados ou n/o para uso ientLfo# Dar/o eles resultados onsistentes
Kue possam ser verifados pelas oserva.Jes repetidas e Kue resultem
num aordo entre oservadores ompetentes^
%orém, n/o é isto o Kue interessa ao e;aviorismo# A esta altura, ao invés
de utiliar os testes ientLfos para a validade oCetiva do on;eimento,
ele ostenta a distin./o entre o Lsio e o mental Kue empre3a para
dieren.ar a realidade da ilus/o# Fatos omo as sensa.Jes sentidas de
imediato e as varia.Jes da aten./o s/o lassifados omo mentais, e pela
prpria afrma./o do e;aviorista, o mental é onsiderado omo suCeito a
oCe.Jes por li3ar?se om o misterioso e o sorenatural# -ais onota.Jes
sur3em somente porKue a distin./o mente?orpo é utiliada num sentido
pré?
?ientLfo# &em esses re\eos de um passado, do Kual o e;aviorismo
reon;eidamente se desartou, os atos da eperinia seriam todos da
mesma espéie, emora pudessem ser lassifados de vOrias maneiras so
dierentes pontos de vista# Basiamente seriam todos apenas
aonteimentos na
_ o relato veral Kue o e;aviorismo admite omo método n/o inlui tais
desri.Jes# ( e;aviorista trata um relato veral apenas omo uma rea./o
vislvel e n/o omo uma desri./o de al3o ora dela mesma# Aeitar um
relato veral
oservou omo
seria desri./o
admitir de umade
a onsinia eperinia Kue uminaessivel
uma eperinia individuo a um
oservador eterno e emnreear limo ormo 5p intro.nprn
eperinia, e seria uma Kuest/o de valor seundOrio saer se aran3iam
eteroeptores, interoeptores ou proprioeptores se se reerem a um
mundo eterno omum ou a uma eperinia interna e pessoal ou ainda, se
eram ou n/o lassifados, por omodidade, omo Lsios ou mentais# &e
al3o omo o terror do sorenatural n/o rondasse pelas viin;an.as, n/o
;averia motivo para Kue tais atos, omo sensa.Jes, emo.Jes e
pensamentos, na orma em Kue se apresentam de imediato, para Kuem os
sente, n/o devessem ser oneidos apenas omo atos naturais em um

mundo
n/o tamém
os utilie natural#
omo ontesE de
neste aso n/o ou
inorma./o, ;O para
ra/oKue
para Kue
n/o um ientista
enontre al3um
dado da eperinia de todo desonertante e tamém para Kue n/o
onsidere um pensamento ou um sentimento de praer om o mesmo
desinteresse almo om o Kual aprendeu a onsiderar os terremotos, eres
e sere.Jes 3landulares# & tem medo de antasmas Kuem neles aredita# +
verdade Kue al3uns atos da eperinia, tais omo pensamentos e
emo.Jes, s/o muito mais diLeis de oservar Kue outros e Kue,
atualmente, na alta de ténias adeKuadas, s/o aessLveis somente aos
métodos Kue, so o ponto de vista ientLfo, est/o lon3e de ser
satisatrios# + verdade tamém Kue os prolemas Kue apresentam podem
pareer totalmente sem interesse e sem importQnia para ertos ientistas,
Kue neste aso n/o tm KualKuer ori3a./o, seCa Kual or, de investi3O?los#
"as isto n/o si3nifa Kue essas eperinias n/o seCam investi3Oveis ou
Kue o seu estudo uidadoso n/o seCa reompensado#
-amém n/o si3nifa Kue a tentativa de estudar tais proessos eKuivaleria
a uma simples restaura./o do status Kuo em psiolo3ia, um retorno ao
ostume da époa, Kuando a psiolo3ia onsiderava sua un./o prinipal o
estudo dos proessos onsientes# A importQnia de estudar o or3anismo
omo um todo, e a partir do eterior, oi demonstrada om tanto ito Kue
n/o é preiso insistir no assunto# N/o se trata de saer se a psiolo3ia pode
ser asorvida pelo mistiismo e pelo sorenatural, mas sim se deve ampliar
os métodos da inia em re3iJes onsideradas omo pertenentes ao
mistiisnio e ao sorenatural# &eria uma reviravolta uriosa e ircnia se a
esola Kue omateu om tanta ravura a avor de um estudo totalmente
ientLfo dos proessos psiol3ios se tornasse, ne3ando ou despreando
al3uns deles,
8
Edna Heidreder %sioio3ias do &éulo 
6
um ostOulo a um modo ientLfo de one?los, ou impedisse P
psiolo3ia o uso de instrumentos e métodos pelos Kuais osse possLvel um
estudo ientLfo dos mesmos#
"as seria um asurdo e um erro \a3rante dar a impress/o de Kue a
in\unia do e;aviorismo ten;a sido prinipalmente restritiva# %elo
ontrOrio, é Custamente porKue o e;aviorismo adKuiriu um prestL3io t/o
3rande através de sua luta em suedida no sentido de ampliar os oCetivos
da psiolo3ia, Kue s/o importantes mesmo os seus eeitos seundOrios, e
talve n/o esperados#
A realia./o ine3Ovel, notOvel e imediata do e;aviorismo oi a de liertar a
psiolo3ia norte?ameriana de uma tradi./o iniidora# Assim omo o
unionalismo, e mais aentuadamente do Kue ele, reusou?se a ser limitado
pelas restri.Jes de uma inia da onsinia# &o a in\unia do

e;aviorismo,
enarar a psiolo3ia
os proessos norte?ameriana
psiol3ios ortaleeu
em rela./o o seu ;Oito
ao seu amiente de e
iol3io,
tornou?se ada ve mais onsiente da importQnia de estudar o or3anismo
omo um todo, e reon;eeu mais laramente do Kue nuna as vanta3ens
de apliar na psiolo3ia ;umana o ponto de vista e os métodos da animal#
Aima de tudo, manteve sempre presente sua ei3nia de Kue osse aeito
omo ientLfo somente o on;eimento oCetivo#
Entretanto, o e;aviorismo estaeleeu a oCetividade reerindo?se ao
oneito metaLsio de matéria, e n/o apliando os testes realmente usados
pela inia# Em lu3ar de livrar?se da distin./o mente?orpo, o e;aviorismo
a oloou no prprio entro de seu pensamento e e as suas inlusJes e
elusJes aseado nela# 'omo resultado, oi ori3ado a n/o aeitar ertos
dados, uCa ausnia torna a sua desri./o in ompleta e mesmo
ininteli3Lvel# %orém, esta situa./o assim riada n/o oi de ato um impasse#
'ontinua sendo um impasse s enKuanto o mental or oneido omo
etranatural, e enKuanto a distin./o entre o mental e o material or usada
n/o omo uma lassifa./o cmoda dos atos da eperinia, mas sim
omo uma distin./o metaLsia entre a realidade e a ilus/o# -omando todos
os atos da eperinia apenas omo dados, omo aonteimentos na
ordem natural das oisas, e pela determina./o da oCetividade de seu
on;eimento por meio dos testes Kue a inia omumente aplia, a
psiolo3ia pode onservar o seu on;eimento inteiramente ientLfo sem
ser ori3ada a aer elusJes emara.osas#
+ possLvel Kue uma parte do servi.o prestado pelo e;aviorismo ten;a sido
onrontar a psiolo3ia om esta situa./o# + possLvel tamém Kue, ao tentar
esol;er entre duas alternativas, matéria e mente, onse3uiu Kue a
psiolo3ia pereesse Kue n/o é ori3ada a aeitar esses oneitos, seCa em
onCunto ou isoladamente, omo maneiras defnitivas de tratar om o seu
oCeto mas Kue ela, assim omo a Lsia ou KualKuer outra inia natural,
ae a uma situa./o para a Kual s/o indeKuados os seus modos de pensar
omuns, deve revisar seus oneitos e oneer outros novos em ormas
determinadas pelos prprios dados mais do Kue pelas ormula.Jes
preeistentes#

BIB)I(*RAFIA
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Was;urn, "# F#, VIntrospetion as an (Cetive "et;odV, %s;oi# Reu#,
56, 6, 86?55#
Watson, 2# B#, Vinaest;eti and (r3ani &ensations0 -;eir Rcle in t;e
Reations o t;e W;ite Rat to t;e "aeV, %s;oi# Rev#, 56_<, 8, "on# &upp#
No# , 5?5__#
? , V%s;olo3 as t;e Be;aviorist @ieSs ItV, %s;ol# Rev#, 5657, _, 598?
5<<#
9_ Edna Heidre
Watson, 2# B#, VIma3e and Abetion in Be;aviorV, 2# %;il# %s;ol# a
&i# "et;#, 5657, 5_, 5?8#
? ?, Be\avior, !h\ Introdution to 'omparative %s;olo3 !No lorKue, Henr
Holt and 'o#, 565$#
? ?, %s;olo3 rom t;e &tandpoint o a Be;aviorist !Filadélfa,
B# )ippinott 'o#, 5656$#
? ?, VReent Eperiments on HoS We )ose and ';an3e (ur Entional
EKuipmentV# %s;olo3ies o 569, 96?85#
? ?# VEperimental &tudies o t;e *roSt; o t;e EmotionsV, %s lo3ies o
569, 7<?9<#
?? ?, VW;at t;e Nurse Has to &a Aout InstintsV, %s]olo3ies 569, 5?79#
? ?# Be;aviorism !Nova lorKue, W# W# Norton and 'o#, 569, 5675 !Eiste
edi./o em espan;ol# El ondutismo, Buenos Aires, %aid
5#a d# 56:, # ed# 5699, 7Z ed# 56:5$#
4 ?? ??, e R# R## -;e %s;olo3ial 'ara o t]e Inant and ';,il) !No lorKue, W#
W# Norton and 'o#, 568$#
? ?, e "Dou3all, William, -;,e Battle o Be;aviori#m !)ondres, %aul, -rn;,
-runer and 'o#, 568$# !Eiste edi./o em espan; )a Bata\a dei
ondatt#srno, Kue onsta da ora VEl ondutism CO itada aima$#

9
A %&I'()(*IA DINq"I'A0 W((DW(R-H
WoodSort; !58:6?568$ 'attell !58:_?56$ -;orndi]e !58<?
?566$ Hollin3Sort; !588_?5676$ %obener3er !n# 5889$#
A# psiolo3ia dinQmia, na orma em Kue é oneida por Roert &essions
WoodSort;, é um sistema modesto, prOtio e pouo audaioso, apresentado
ofialmente pela primeira ve numa série de palestras Kue, Kuando
puliadas, ormaram um volume despretensioso de pouo mais de
duentas pO3inas# Ao
n/o se undamenta invés
num da maioria
protesto dos sistemas,
n/o etrai a psiolo3ia
a sua or.a dinQmia
motri daKuilo Kue
l;e é oposto# %elo ontrOrio, nutrida pelas ontriui.Jes de muitas esolas,
aperei.oou?se dentro do ampo da psiolo3ia, valoriando o traal;o
levado a eeito so outros muitos pontos de vista e 3rata pelos resultados
de um esor.o ientLfo sadio, onde Kuer Kue ossem enontrados# E,
todavia, este sistema n/o é meramente elétio# &ua tolerQnia n/o provém
da alta de um ponto de vista defnido e peuliar, mas do ato de disernir,
entre as muitas atividades inluLdas na psiolo3ia, muitas vees opostas e
aparentemente irreoniliOveis, interesses e oCetivos omuns# 'onessa
Kue os psilo3os, apesar das evidentes dieren.as# est/o realmente
orientados na mesma dire./o e Kue seu traal;o é de eKuipe, apesar das
diver3nias# A esse alvo e
5 As palestras oram eetuadas em 565:?5<# ( livro Dnami %s;gto. ,,
Kue apareeu em 5658, emora osse a primeira afrma./o Kue aplia os
métodos de traal;o do autor ao ampo total da psiolo3ia, n/o oi a sua
primeira pulia./o desses prinipios# Em seu arti3o Dnamte %s;(lo3V
!%s;oloKCes o 567_, 7<?77:$, enontramos a rase %siolo3ia Doi&?
mia, epress/o Kue usei durante vinte anosV#
%siolo3ias do &éulo 
97
9
Edna Heidreder
interesses omuns WoodSort; dO o nome de Vas opera.Jes da menteV# 
Esta epress/o, etraLda da anti3a psiolo3ia, a lemrar prinipalmente as
pesKuisas de )o]e, Ber]ele e Hume# Estes ;omens, de aordo om
WoodSort;, dierem dos psilo3os ientLfos de ;oCe menos pela inten./o
do Kue pelo método, ( seu método era o de tirar onlusJes aseadas na
eperinia Kue ;aviam tido a possiilidade de aumular ao passo Kue a
inia, emora possa estaeleer ;ipteses da eperinia asual do

passado, tira eitas


eperinias onlusJes somente Kuando
espeialmente as ;ipteses
para ressaltar oram testadas
as inorma.Jes pelas
relevantes#
%orém, apesar desta dieren.a, os psilo3os do passado e os de ;oCe unem?
se pelo seu interesse omum ao mesmo tipo de atos# Assim tamém as
muitas esolas eistentes na atualidade, emora aparentemente opostas,
est/o unidas pela tentativa onCunta de ompreender o mesmo prolema,
Vas opera.Jes da menteV#
A arateria./o de seu oCeto por meio desta epress/o etraLda do
passado ;ama a aten./o para outro tra.o araterLstio da psiolo3ia
dinQmia n/o pretende ser novidade# N/o oi eita para destruir nen;um
inimi3o e n/o possui nen;um plano de salva./o para oereer# Havendo
desoerto Kue a psiolo3ia se3uiu um amin;o uniorme no passado, e
rendo Kue realiou e ontinua a realiar resultados de valor ientLfo, a
psiolo3ia dinQmia tenta tornar laros os prinLpios Kue sempre a
nortearam# +, portanto, onservadora, no sentido literal do termo# A sua
fnalidade n/o é a de undar uma nova esola, mas sim tornar laro o Kue a
psiolo3ia tem eito até a3ora# "uitos sistemas de psiolo3ia sur3em omo
tentativas para ome.ar al3o de novo# &eus undadores, sentindo Kue
aprenderam do passado primeiro o Kue n/o devem aer, est/o interessados
prinipalmente em inova.Jes Kue ser/o omprovadas pela eperinia no
uturo# A psiolo3ia dinQmia, por outro lado, tenta reunir as olaora.Jes
do passado, e onduir suas pesKuisas aseada em prinLpios Kue CO
provaram ser Mteis# N/o é um sistema de Cuventude, pela Cuventude e para

a Cuventude#
rutuosa, + um
numa sistema Kueapoiada
interpreta./o se delineou aseado numa
na esperan.a, Kue oieperinia
orCada e
ortaleida pelas realia.Jes passadas#
Espeifamente, a psiolo3ia dinQmia é a psiolo3ia da ausa e eeito# Esta
é a defni./o Kue WoodSort; estaelee omo Osia para o sistema e Kue
deende om alma e frmea# ( Kue o psilo3o realmente deseCa saer,
afrma ele, é por Kue ns aemos as oisas ? omo aprepdemos e
pensamos, por Kue sentimos e a3imos de uma ! a orma# A fm de
ompreender estas atividades do pont de vista de ausa e eeito, é preiso
oter a mais ompleta vis/o do proesso a ser estudado ? se3ui?lo em todo
o seu perurso, desorir os seus mLnimos detal;es e suas prinipais
tendnias, eaminO?lo de ora para dentro e de dentro para ora, e,
aseado neste on;eimento, oservar as uniormidades e ormular leis#
&omente um on;eimento deste tipo torna possLvel dier Kue um ato é a
ausa de outro#
=uem Kuer Kue apresente um sistema em un./o de ausa e eeito serO
ertamente advertido de Kue, na inia refnada de nossos dias, estes
oneitos n/o s/o mais usados# WoodSort; eamina este ponto de modo
espeLfo# N/o é preiso dier Kue n/o estO P proura das ausas fnais é
saido Kue as inias s tratam das ausas primas# A oCe./o Kue tem
de enrentar é a de Kue a inia n/o usa mais o oneito de ausa#
WoodSort; admite Kue numa desri./o ompleta do universo omo sistema
inluindo tudo, n/o ;averia neessidade da no./o de ausa nem para as
idéias assoiadas a esta, de or.a e eplia./o# (serva, entretanto, Kue
n/o eiste ainda tal desri./o e Kue em seu traal;o real, os ientistas
empre3am ainda al3o muito pareido om aKueles vel;os oneitos,
emora ainda defnam or.a omo o produto da massa pela aelera./o, se
refram a ausas omo estLmulo, ondi.Jes e situa.Jes, e onsiderem a
eplia./o t/o simplesmente omo uma desri./o ompleta ora do omum#
Na Lsia, por eemplo, emora a or.a seCa defnida em un./o do
movimento, e ao ser assim tratada omo movimento paree desapareer
omo or.a, apesar disso a or.a, Kue a3e num dado sistema A, n/o é
defnida em un./o das mudan.as naKuele sistema, mas sim em un./o das
mudan.as em um outro, B# ( ponto rLtio do assunto reside no ato de Kue,
para KualKuer sistema dado, a or.a é al3o Kue a3e naKuele sistema vindo
de ora# Este modo de tratar ;eira ortemente a ausa e eeito e
WoodSort; aredita Kue todos os Kue tratam om sistemas Kue n/o s/o
auto?sufientes ? isto é, Kue variam de aordo om as mudan.as no meio
am7 R# &# WoodSort;, VDnaml %s;(l(3V, %s;olo3ses o 567_,
78?76#
5  R# &# WoodSort; VDnami %s;olo3V, %siC;olo3ies o 569, 555?
9
Edna Hedreder

%siolo3ias do &éulo 
99
iente ? pensar/o realmente em un./o de ausa e eeito, emora possam
mel;orar a sua terminolo3ia# E o psilo3o estO sempre tratando om um
oCeto Kue n/o é ompleto nem auto?sufiente# &e traal;a om o
or3anismo omo um todo, deve levar em onta o meio amiente se estuda
uma determinada atividade, omo a aprendia3em, n/o pode deson;eer
uma atividade onomitante, omo a ome# %or esse motivo, WoodSort;
sente?se Custifado ao onservar o oneito de ausa e eeito e preere, em
seu todo, assim aer sem lan.ar m/o de uma terminolo3ia modifada#
Aredita, é evidente, Kue os prolemas prementes da psiolo3ia podem ser
usados sem demasiada onsidera./o pelas desoertas revoluionOrias
da Lsia e da astronomia# A lar3uea de vis/o da psiolo3ia dinQmia em
rela./o Ps muitas esolas de pensamento psiol3io é aompan;ada por
um propsito frme em se ater aos prolemas na orma em Kue se
apresentam em termos onretos e em sua etapa real e atual de
desenvolvimento#
+ possLvel Kue uma psiolo3ia dinQmia seCa soliitada, tamém, para se
pronuniar sore KuestJes de meanismo e vitalismo, de livre arLtrio e
determinismo#  %orém, WoodSort; aredita Kue a inia psiol3ia nada
tem a ver om KualKuer dessas KuestJes# A Kuest/o do meanismo versus
vitalismo, enKuanto se restrin3e a ser um assunto ientLfo, di respeito aos
proessos vitais das élulas e serO soluionada, se al3uma inia a
resolver, por meio da fsiolo3ia da élula# A psiolo3ia, di WoodSort;, Vn/o
se aproima muito delaV# E o prolema do livre arLtrio versus
determinismo, enKuanto aran3e a Kuest/o do fnalismo, omo uma flosofa
da naturea, é um prolema metaLsio e estO, portanto, ora do Qmito da
psiolo3ia ou de KualKuer outra inia natural# ( Kue a psiolo3ia dinQmia
tenta aer é a tarea mais imediata e mais modesta de determinar as
seK[nias oservOveis de ausa e eeito dentro de um determinado
ampo#
(viamente, ao estudarmos um sistema Kue admite Kue a psiolo3ia teve
um passado ;onroso, e Kue o onsidera omo al3o para ser usado em ve
de reCeitado, é importante on;eer o passado onde aKuele sistema sur3iu#
A psiolo3ia dinQmia desenvolveu?se na Universidade de 'olMmia, mas
n/o estO vinulada a ela na orma em Kue o estruturalismo estO a 'ornell,
ou o unionalismo a ';ia3o#
A psiolo3ia de 'olMmia n/o é Oil de ser desrita# N/o se relaiona om
nen;um orpo defnido de doutrina,
 R# &# Wo(dSort;, Dnaml %s;olo3V# %st,;olo3ies o 569# 559?
5_#
nem é ensinada om a onsistnia e o paternalismo enontrados em
esolas mais em or3aniadas# -odavia, mostra ela araterLstias defnidas
e reon;eLveis# Um estudante orniado em psiolo3ia n/o poderO passar
muitas semanas em 'olMmia sem far a par da enorme importQnia
naKuele amiente desempen;ada pelas urvas da distriui./o, das
dieren.as individuais, da medida da inteli3nia e outras apaidades
;umanas, dos proessos eperimentais e dispositivos estatLstios e da
suorrente do pensamento fsiol3io# Desore imediatamente Kue a
psiolo3ia n/o leva uma vida isolada Kue se omreia om a iolo3ia, a
estatLstia, a edua./o, o omério, a indMstria e o mundo dos ne3ios#
Depara om muitas tendnias dierentes de pensamentos, e muitas vees
alan.a as mesmas a partir de Qn3ulos dierentes# %orém, a trama do ensino
n/o estO unida ormando um teido frme e padroniado# Nin3uém se
importa pela orma om Kue ele dispJe os fos oloados em suas m/os
ertamente n/o eiste um modelo Kue l;e pe.am para opiar# (s
estudantes de 'olMmia s/o t/o tLpios omo os de KualKuer outro 3rupo,
mas essa distin./o é 3eral e irre3ular# As mesmas unidades ? os mesmos
Velementos idntiosV ? tendem a sur3ir em ada memro do 3rupo, porém
em disposi./o variam muito de um para outro, e s raramente onstituem
um verdadeiro modelo#
Nos primeiros tempos da psiolo3ia de 'olMmia, a f3ura predominante era,
sem dMvida, a de 2ames "een 'attell# Este, omo se reorda, oi um dos
primeiros disLpulos de Wundt no laoratrio de )eipi3# 2O passou para a
;istria e, a onsel;o de Wundt, tornou?se primeiro assistente deste# No
laoratrio de Wundt, onde a fnalidade do estudo era a mente ;umana em
3eral, e onde Wundt 3eralmente desi3nava aos estudantes os prolemas
para as suas teses de ormatura, 'attell esol;eu seu prprio prolema e
inluiu em seu plano um estudo das dieren.as individuais# Wundt ;amou o
pro3rama 3an Ameri]anis;, e é muito importante para a psiolo3ia dos
Estados Unidos o ato de 'attell ;aver permaneido 3an Ameri]anis; e,
ao mesmo tempo, memro ativo do 3rupo de )eipi3# &ua aten./o ontLnua
Ps dieren.as individuais si3nifava, entre outras oisas, Kue ;avia se
tornado astante interessado no estudo de *alton sore psiolo3ia# Durante
um ano, no Kual e prele.Jes na Universidade de 'amrid3e, assoiou?se
pessoalmente a *alton e assim aliou P sua eperinia direta om a psio

9: Edn Heidrder


lo3ia eperimental de )eipi3 um on;eimento direto dos métodos
3altonianos#
N/o é de admirar, portanto, Kue Kuando 'attell undou um laoratrio
psiol3io em 'olMmia, o estudo das dieren.as individuais ten;a se
tornado proeminente# No inLio, este traal;o onsistiu prinipalmente em
medir, nas diversas lasses de alouros do 'olumia 'oile3e, as
apaidades individuais, tais omo auidade visual, tempo de rea./o e de
assoia./o, numa tentativa de onse3uir medidas de aptid/o esolar#
%orém, os itos alan.ados pelos testes de Binet provoaram uma

renova./o
analLtia ompleta#
medindo (s testes de isoladas
as apaidades 'attell, ataando o prolema
em separado, deram de orma
resultados
nos Kuais n/o ;avia orrespondnia om a ;ailidade do estudante# Binet,
desistindo da tentativa de analisar a inteli3nia em seus omponentes, e
apresentando um erto nMmero de tareas Kue possivelmente ei3iam uma
inteli3nia 3eral para a sua eeu./o, onstruiu uma esala Kue realmente
estaeleia uma dieren.a entre os vOrios 3raus de inteli3nia nas
rian.as, Kuando aKuela era Cul3ada pelo ritério disponLvel ora dos
prprios testes# ( ito da esala de Binet e lemrar Kue a maneira de
medir a inteli3nia, pelo menos por enKuanto, era diri3ir?se a ela em seu
todo, e n/o por partes# %ortanto, o método de# Binet oi adotado
entusiastiamente em 'olMmia, e o -ea;ers 'oile3e tornou?se um dos
entros mais ativos do movimento de testes na Améria do Norte#
( traal;o om testes, entretanto, mostra somente um aspeto da
in\unia de 'attell# ( seu interesse pela psiolo3ia eperimental, em
sentido mais restrito, é representado n/o s por suas prprias pesKuisas,
prinipalmente em tempo de rea./o, assoia./o e psioLsia, omo
tamém pelo traal;o de seus alunos# "esmo aps a saLda de 'attell,
ontinuou a emer3ir do laoratrio de 'olMmia um \uo permanente de
estudos eperimentais e se tiveram menor reperuss/o no mundo do Kue o
movimento de testes, isso n/o é sen/o o destino omum dos estudos, onde
o valor prOtio n/o é evidente e talve ineistente# %orém, mesmo diri3idos
por 'attell os proilemas eperimentais lOssios assumiam uni aspeto ora
do omum# A introspe./o n/o oi tratada orno doutrina inviolOvel, a
estatLstia ansava?se ada ve mais do enar3o de verifar e or3aniar os
resultados, e as dieren.as individuais oram devidamente oservadas e
eaminadas em seus estudos Kue empre3avam os métodos desenvolvidos
em )eipi3, para a pesKuisa da mente ;umana em
%stolo3ias do &éulo  9<
3eral# A psiolo3ia eperimental, se3undo 'attell, n/o era uma disiplina
esotéria Kue devia medir or.as om o senso omum# 2O em 56_, era de
uma déada antes do apareimento ofial do e;aviorismo, 'attell, numa
alou./o ao 'on3resso Internaional de Artes e 'inias, e a se3uinte
delara./o om respeito ao papel desempen;ado pelo Vintrospeionista
treinadoV em psiolo3ia0
VN/o estou onvenido de Kue a psiolo3ia deva limitar?se ao estudo da
onsinia propriamente dita## N/o eiste on\ito entre a anOlise
introspetiva e a eperinia oCetiva# ## pelo ontrOrio, elas devem ooperar
e realmente ooperam entre si# %orém, a idéia astante diundida de Kue
n/o ;O psiolo3ia sem introspe./o é reutada pelo ar3umento in\eLvel do
ato realiado# %aree?me Kue a maior parte dos traal;os de pesKuisa
realiados por mim ou pelo meu laoratrio é Kuase t/o independente da
introspe./o omo o é a da fsia ou a da oolo3ia#V
Este é somente um eemplo do ato de Kue nos Estados Unidos, assim omo
em )eipi3, o estudo de 'attell sore os prolemas psiol3ios oi
assinalado por independnia e retid/o# 'cnsio de seu meio amiente,
sutilmente susetLvel ao mesmo, tomando parte ativa nos aonteimentos
ao seu redor, onservou, n/o ostante, seus interesses partiulares e suas
maneiras tLpias de aer as oisas# 'omo resultado, a tradi./o de 'attell
em 'olMmia é responsOvel por uma erta independnia, uma erta
;eterodoia e tolerQnia de interpreta./o ao tratar om material
psiol3io# Isto n/o si3nifa, entretanto, Kue 'attell desse mar3em a uma
3rande inertea no pensamento e prOtia psiol3ios, e nem Kue altasse
eatid/o e epressividade em suas opiniJes pessoais# As ;istrias
propaladas P oa peKuena pelos seus anti3os disLpulos, a respeito das
suas onessJes om o Kue onsiderava al;as da retid/o ientLfa, n/o d/o
a mLnima impress/o de tolerQnia eessiva em ae de tais viola.Jes#
%oderLamos aresentar de passa3em Kue a in\unia de 'attell eede a
de suas prprias pesKuisas e a de seus ontatos diretos om os alunos ?
realmente, ela se estende além das ronteiras da psiolo3ia# &uas
;ailidades omo or3aniador e administrador, aliadas ao seu deseCo de
arir amin;o para o pro3resso da inia em 3eral, lan.aram?no ao
traal;o diretivo e editorial nem sempre diretamente relaionado om a
psiolo3ia#
9 2ames "een 'attell, V-;e 'oneptions and "et;ods o %s;(5A vV
%onular E5iene "(nt]hi, !56_$# ::# 5<:?58:#

5
5
%siolo3ias do &éulo 
98
Edn Heidreer
Na 3era./o aadmia se3uinte, em 'olMmia, a primeira pessoa a se
destaar oi EdSard )ee -;orndi]e# A sua ori3inalidade lo3o se impcs# Em
5868, Kuando tin;a vinte e Kuatro anos de idade, puliou a sua mono3rafa
lOssia Animal Intelli3ene# Esta ora é importante em parte porKue
desreve o primeiro estudo sistemOtio da inteli3nia animal por meio de
eperinias de laoratrio, e tamém porKue onduiu P teoria da
aprendia3em Kue desempen;ou um papel muito importante na pesKuisa e
teoria posteriores# Em seu estudo, -;orndi]e interpreta o omportamento
dos animais n/o em un./o de idéias, mas sim se3undo a Vfa./oV e a
Velimina./oV das li3a.Jes nervosas entre os estLmulos e a resposta ? o
ortaleimento e a fa./o de ertos elos e o enraKueimento e a
elimina./o de outros até se ormar um padr/o de omportamento Kue
atenda Ps irunstQnias# ( ortaleimento e o enraKueimento s/o
epliados em un./o de duas leis prinipais0 a lei do eerLio e a lei do
eeito# De aordo om a primeira, Kuanto mais reK[entemente, mais
reentemente e mais vi3orosamente um vLnulo é eerido, mais
eetivamente fa fado e ao ontrOrio, Kuanto mais or eerido, é mais
provOvel Kue se torne enraKueido ePs vees desapare.a# De aordo om a
se3unda, a lei do eeito, as respostas Kue levam a estados de satisa./o
tendem a ser retidas, e as Kue onduem a estados de aorreimento
tendem a ser eliminadas em outras palavras, as li3a.Jes nervosas s/o
in\ueniadas pelos eeitos da rea./o# A tendnia desta teoria omo um
todo é epliar a aprendia3em de orma meaniista e a defni./o pela
Kual o a é t/o defnida e real, e trata t/o diretamente om um prolema
vital Kue se tornou um dos pontos paLfos de reernia no setor astante
estudado da aprendia3em e da inteli3nia# ( prprio -;orndi]e ampliou a
teoria para aran3er a inteli3nia ;umana, a Kual epliou omo ;avia
eito om a animal, em un./o dos vLnulos espeiais de li3a./o entre o
estLmulo e a resposta# %osteriormente, admitiu dimensJes dierentes da
inteli3nia, omo altitude, amplitude, etens/o e rapide, e tamém tipos
dierentes, tais omo a astrata, a soial e a onreta# Ainda mais tarde,
admitiu o prinLpio de Vpertener a uma mesma lasse ou ate3oriaV, além e
aima de uma simples Vassoia./oV no tempo e no espa.o# :
: As idéias mais reentes de -;orndt]e sore a aprendia3em e a
inteli3énia ;umanas podem ser enontradas nas oras0 -;e "easurement
o Inte\l3ene !56:$ Adult )earnrn3 !em olaora./o om E# (# Bre3man,
&# W# -ilton, E# Woodard$ !568$ e Hutnae )eandna !5675$#
A onep./o primitiva de -;orndi]e, deve?se notar, soreu um
desenvolvimento onsiderOvel, porém ainda é asiamente uma teoria de
vLnulos defnidos# Assim omo a da aprendia3em, om a Kual se relaiona,
esta teoria da inteli3nia tm sido estimulante n/o s para a pesKuisa,
omo tamém para a ontrovérsia# &eu maior adversOrio era ';arles
&pearman, Kue sustentou a teoria de Kue eiste um ator 3eral na
inteli3nia além dos espeLfos# A ontrovérsia resultante sore a
or3ania./o da inteli3nia oi uma das mais animadas Kue a psiolo3ia CO
teve e, o Kue é mais importante, uma das mais proveitosas na verdadeira
pesKuisa#
-;orndi]e ;avia?se interessado, tamém, pelas mensura.Jes no ampo da
edua./o, n/o apenas do ponto de vista dos testes de inteli3nia, mas
tamém daKuele-;orndi]e
Evidentemente, da medi./o dostemperamento,
é, por resultados da edua./o
oposto P em 3eral# e Ps
impreis/o
oisas indefnidas# =ualKuer prolema Kue passa por suas m/os é Kuase
automatiamente reduido a termos onretos e Kuantitativos# =uando se
tornou interessado pela edua./o, portanto, prourou imediatamente
desorir o Kue e Kuanto ;avia sido eito na tentativa de eduar# %areia?l;e
evidente Kue os prolemas relaionados om as dieren.as individuais, a
adi3a mental, o aprendiado e a transmis/o dos on;eimentos ei3iam
tratamento Kuantitativo e eperimental# "esmo antes dos testes mentais
farem em moda, -;orndi]e ;avia adotado o sistema de mensura./o no
terreno eduativo e ;avia levado os seus prolemas para o laoratrio, (s
trs volumes de seu livro Eluitional %s;olo3, puliado em 5657 e
565, resumem os resultados de seus primeiros traal;os neste setor#
%orém, emora seu método osse essenialmente eperimental, tanto seus
prolemas omo o seu temperamento levaram?no para lon3e da psiolo3ia
eperimental no sentido onvenional do termo# Em lu3ar das introspe.Jes
minuiosas de al3uns oservadores treinados, estudou as realia.Jes de
3rande nMmero de paientes, otendo resultados Kue puderam ser postos
em taelas e tratados estatistiamente pelo eperimentador# Assim, so a
infun< '# &pearman, -;e Natue o Intelii3ene and t;e %rinipies o
'(3nltion !567$, e -;e Ailities o "an0 -;e!r Nature and "easureme\t
!56<$# !Desta Mltima eiste edi./o em espan;ol0 )as ;ailidades dei
;omre, Buenos Aires, %alds, 5699$#

:_
Edna Heidreder %aiolo3ias do &éulo 
:5
ia de -;orndi]e, omo so a de 'attell, a eperinia psiol3ia saiu dos
amin;os atidos, e omo resultado sur3iu n/o somente uma onep./o
modifada da eperinia psiol3ia, omo tamém uma atmosera de
positivismo e efinia ténia na pesKuisa eduaional# + verdade Kue o
ulto do Kuantitativo na edua./o n/o ;avia sido realmente uma n./o#
'onduiu, Ps vees, a traal;os de pesKuisa nos Kuais o desvelo pelo
Kuantitativo, aompan;ado por uriosa alta de vis/o da situa./o
pesKuisada, epressou?se na é e3a e Kuase ;ostil de Kue nen;um ator
Kue n/o oede.a aos métodos de medi./o eistentes possa ser importante#
"as, em sentido 3loal, a edua./o lurou om a tentativa de medir seus
resultados e assim sustituiu o on;eimento eato pela va3a esperan.a
Kue al3o de om poderia ser realiado#
+ Kuase desneessOrio aresentar Kue, neste amiente, as aplia.Jes da
psiolo3ia n/o oram despreadas, e Kue outros ampos além daKuele da
edua./o oram invadidos#
H# )# Hollin3Sort; e A# -# %obener3er f3uram entre _ primeiros Kue
traal;aram ativamente na psiolo3ia voaional, na da puliidade, e om
os
n/oprolemas
se destaadaem
psiolo3ia apliada
psiolo3ia emna
apliada, 3eral#
mesmaA Universidade
medida em deKue'olMmia
'omeu,
por eemplo, soressai em psiolo3ia pura# Apenas admite a psiolo3ia
apliada, Cuntamente om a pura, omo um ampo autntio de pesKuisa
ientLfa#
'omo resultado, o panorama psiol3io em 'olMmia apresenta um
aspeto ;etero3neo, o Kual pode pareer desuidado e mesmo onuso
para Kuem esteCa ;aituado om uma or3ania./o mais ri3orosa# A
psiolo3ia animal, a dos testes e medidas, as vOrias espéies de psiolo3ia
apliada, as variedades ortodoa e ;eterodoa da psiolo3ia eperimental,
os deates terios sore aprendia3em, inteli3nia, medi./o e posi./o da

psiolo3ia separados#
amin;os em 3eral ? est/o todos representados
(s dierentes e se3uem
empreendimentos n/otodos seus
s/o sempre
;armoniosos olidem uns om os outros ? Ps vees, intenionalmente ?
porém, prosse3uem todos# Al3uns deles podem pareer ao oservador em
menos valiosos do Kue outros, porém todos se mantm em erto 3rau,
omo partes da psiolo3ia#
Este é o pano de undo onvenional e imediato da psiolo3ia dinQmia de
WoodSort; porém, este sistema n/o é o resumo das tendnias em seu
meio amiente nem a interpreta./o autoriada da psiolo3ia em seu
Qmito# N/o é ertamente ensinada omo psiolo3ia ofial da universidade#
N/o é ea3ero dier Kue n/o ;e3a mesmo a ser ensinada, e Kue é apenas
enontrada omo uma entre vOrias ormas em Kue a psiolo3ia se epressa
na Universidade de 'olMmia# -odavia, no 3rau em Kue toma on;eimento
das vOrias tendnias em psiolo3ia, anti3as e modernas, e a;a al3o de
valor em todas, a psiolo3ia dinQmia é representativa do mundo do Kual é
parte, mundo onde muitos empreendimentos est/o em andamento e onde
nen;um adKuiriu astante asendnia sore os outros para ser apa de
afrmar Kue somente o seu amin;o ondu P verdade ientLfa#
%ara o prprio WoodSort;, o amin;o para a psiolo3ia
? ou mel;or, 3rande tre;o desse amin;o ? enontra?se na fsiolo3ia# Desde
o inLio, WoodSort; esteve interessado nos encmenos do movimento sua
tese de ormatura intitulou?se -;e Aura o @oluntar "ovement# +

si3nifativo
pensamento tamém Kue sua
sem ima3em oraolaora./o no estudo
de inLio li3ada ao seuda ontrovérsia
estudo do
do movimento
e Kue a tentativa de desorir uma orienta./o para a a./o voluntOria levou?
o primeiramente P evidnia de Kue as ima3ens e sensa.Jes ei3idas pela
teoria ortodoa dos proessos mentais mais elevados n/o aiam parte das
eperinias reais de seus paientes# De ato, o seu estudo todo em rela./o
a este prolema é astante araterLstio# Assim omo muitos psilo3os,
WoodSort; é levado a pensar em un./o de estLmulo e resposta, porém
preere ome.ar om a resposta e n/o om o estLmulo, e ent/o pesKuisar as
ondi.Jes Kue a anteedem# No inLio de sua arreira, estudou om o
fsilo3o in3ls &;errin3ton, e a ora deste in\uiu proundamente em seu
pensamento# WoodSort; utilia normalmente oneitos, tais omo estLmulo
e resposta, rea.Jes
inte3ra./o# preparatrias
&ua psiolo3ia e onludentes,
é, de modo aentuado, ailita./o,
de rea.Jes#inii./o e o
'onsidera
on;eimento das rela.Jes estLmulo?resposta omo Vponto Osio essenial
em KualKuer desri./o eata de todo o ampo da atividadeV e mantém essa
posi./o apesar das rLtias a Kue estava suCeito o oneito estLmulo?
resposta ? om as Kuais, em muitos asos, estO de pleno aordo, e em
outras, eitas por ele mesmo# A psiolo3ia dinQmia, emora seCa de
estLmulo e resposta, n/o é de modo al3um simples tradu./o dos estLmulos e
respostas em ausa e eeito#
Eistem, realmente, trs pontos prinipais Kue WoodSort; aredita Kue
devem sempre ser levados em onta ao

8 %s;olo3ial ReveS !5866$ "ono3rap; supplement#


:
Edna Heidreder %siolo3 ias do &éulo 
:7
pensarmos em un./o das li3a.Jes estLmulo?resposta, ( primeiro é o de Kue
o estLmulo n/o é a ausa da resposta, mas somente uma parte da ausa# A
estrutura do or3anismo, suas reservas de ener3ia, as atividades em
andamento, seu estado 3eral ? tudo isso toma parte na determina./o da
resposta# "esmo num en3en;o omo num revlver arre3ado, a a./o n/o é
determinada apenas pelo estLmulo !o apertar do 3atil;o$ a estrutura da
arma e sua ener3ia aumulada !a plvora$ devem tamém ser levadas em
onta# No or3anismo ;umano, assim omo na arma arre3ada, o estLmulo
orrespondente ao apertar do 3atil;o é neessOrio para iniiar a a./o
porém, a naturea desta é determinada tanto pela estrutura e o estado do
prprio or3anismo Kuanto pelo estLmulo Kue a iniia, ( or3anismo Kue
intervém entre o estLmulo e a resposta nuna é despreado na psiolo3ia de
WoodSort;#
Um se3undo ponto Kue deve ser reon;eido laramente é o de Kue
nen;uma rea./o estLmulo?resposta pode ser onsiderada omo um ato
isolado, separado# s vees, o re\eo ou al3uma outra rea./o simples é, por
onveninia, tratado omo se osse o Mnio ato Kue oorresse no sistema
nervoso na oasi/o ou, pelo menos, omo se se desenvolvesse
ompletamente sem ser in\ueniado por outros atos# Realmente, o Kue se
passa n/o é t/o simples# =ualKuer ato nervoso estO suCeito P in\unia de
uma multid/o de outros Kue o preedem e o aompan;am# Nen;um
estLmulo a3e sore um or3anismo no Kual n/o ;aCa outra atividade em
andamento# + por isso Kue a psiolo3ia deve estar sempre alerta ontra a
simpliidade ilusria do oneito de aro?re\eo onsiderado teoriamente#
WoodSort; onorda, de om 3rado, om os protestos ontra a tendnia
em onsiderar o aro de rea./o separado de seu amiente, omo um ato
isolado oorrendo num outro or3anismo inativo#

&eu tereiro
é o de Kue o ponto ? erea./o
aro de esta é n/o
umaédas
umarLtias
unidadearaterLstias de s
indivisLvel# N/o WoodSort;
a rea./o ?
n/o é isolada de suas irunstQnias sua unidade interna n/o é asoluta#
%ode ser dividida ao meio# De aordo om WoodSort;, ;O uma vanta3em
em pensar em un./o de meios aros, prinipalmente ao onsiderar a
resposta ou o lado motor da rea./o omo uma unidade adeKuada, e em
pensar Kue as respostas
6 Ele meniona espeialmente e# &# &;errin3ton, -;e Inte3rattve Ation o
t;e Nervous &stem 2# DeSe, V-\e Re\e Are 'onept In %s;olo3V !ver
este livro, 'apitulo @I$ e )# )# -;urstone, V-;e &tlmulus?Response Falla in
%s;olo3V, %siC;olo3Ca! RevieS !567$, 7_, 79?7:6#

oram provoadas por vOrios estLmulos e aessLveis por diversas vias#


&;errin3ton demonstrou Kue mesmo os re\eos n/o inluem uma li3a./o
fa e invariOvel entre o estLmulo e a resposta, mas Kue ada rea./o motora
possui um ampo reeptivo em amplo# ( re\eo de o.ar, por eemplo,
pode ser eliiado pelo estLmulo sore uma vasta Orea lateral do orpo# (s
estudos sore o re\eo ondiionado d/o as mesmas india.Jes# Uma
resposta omo a da saliva./o Kue, de inLio, é eliiada por uma sustQnia
saorosa na lLn3ua, pode, por meio de treino, ser despertada por um
estLmulo assoiado, tal omo uma lu aul# &e a li3a./o primitiva osse fa
e inalterOvel, se o aro de rea./o osse de ato uma unidade imutOvel, se
n/o ;ouvesse meio de aer novas li3a.Jes no meio, tal ondiionamento
simplesmente n/o poderia se realiar# A psiolo3ia inorre em erro,
portanto, se tenta epliar o omportamento ompleo omo se osse uma
onstru./o ou elaora./o de unidades ompleas de onduta nas Kuais as
rea.Jes de aro ompletas apareem omo unidades# WoodSort; aredita
Kue se d/o modifa.Jes dentro dos prprios aros, dentro do sistema
nervoso entral mais do Kue na perieria#
E, todavia, apesar dos peri3os Kue rondam os seus arredores, WoodSort;
aredita Kue o oneito de estLmulo?
?resposta, Kuando onsiderado om as devidas preau.Jes, é o instrumento
mais Mtil Kue a psiolo3ia pode empre3ar para analisar o seu material# Isto
n/o si3nifa, entretanto, Kue n/o ;aCa nada mais para a psiolo3ia do Kue a
anOlise do omportamento em li3a.Jes de estLmulo?resposta# "esmo Kue
osse possLvel, ao estudar uma atividade relativamente simples, omo ver
um alfnete e apan;O?lo, loaliar ada li3a./o estLmulo?resposta, em
detal;e minuioso, desde a olis/o da lu na retina, através de todas as
rea.Jes, sensoriais, nervosas, musulares e 3landulares, ei3idas para se
;e3ar ao alfnete, urvar o orpo, e estender o ra.o até a oposi./o do
pole3ar om o indiador e o endireitamento do orpo, tal on;eimento n/o
daria P psiolo3ia tudo o Kue ela deseCa saer# ( on;eimento mais
minuioso n/o é ori3atoriamente o mais ompleto# Ao desrever a
atividade de ver e apan;ar um alfnete, CO se deiou o nLvel das li3a.Jes
estLmulo?resposta minuiosas# Neste nLvel eiste somente diminuta
sensa./o, nervosa, musular e 3landular, passando de uma para a outra,
unionando Cuntas em se3uida ou em
%8iolo3a8 do &éulo 
:9
:
Edna Heidreder
3rupos, aultando ou iniindo umas Ps outras# &e um oservador realmente
se enerrasse naKuele nLvel, nuna saeria Kue al3uém tin;a visto e
apan;ado um alfnete#

(u, usando os prprios eemplos de WoodSort;0


VUm ;impané, por eemplo, Cunta duas varetas de amu e usa a vara
omprida assim ormada, para alan.ar uma anana# Esta é uma desri./o
psiol3ia poderiamos aresentar muito mais detal;es, porém, a
desri./o ontinuaria no mesmo nivel psiol3io# A3ora, o fsilo3o pode
resolver aer a desri./o desta mesma série de atos, em un./o da a./o
de dierentes mMsulos, ou fras musulares isoladas, sinapses em entros
nervosos loaliados, e assim por diante# Estaria desrevendo o mesmo
proesso real ? n/o um proesso paralelo
? porém, sua desri./o utiliaria oneitos dierentes e seria, em 3eral,
muito diversa da do psilo3o# &eria muito mais minuiosa do Kue aKuela,
mas n/o ori3atoriamente mais verdadeira# N/o inluiria as rela.Jes
oservadas pelo psilo3o, e n/o seria t/o Mtil para as fnalidades de
preis/o e ontrole, se Kuiséssemos saer o Kue aria o ;impané em uma
dada irunstQnia#V 
Em outras palavras, al3um on;eimento permaneeria inaessLvel Kuando
a oserva./o se restrin3isse Ps rela.Jes mais detal;adas on;eimento
Kue pode ser desoerto somente Kuando as oserva.Jes s/o ampliadas
sore uma Orea maior# ( on;eimento da rmula KuLmia da O3ua, por
eemplo, n/o eaure nosso on;eimento sore a O3ua# A ompreens/o
maior sore a sua omposi./o KuLmia, dos elementos e suas rela.Jes, n/o
nos amiliaria om atos tais omo se a O3ua saia a sede, limpa os orpos,
ai em orma de ;uva, \ui pelos rios, soe e dese nas marés, des3asta a
ro;a, e pJe as mOKuinas em movimento# -odavia, estes atos sore a O3ua
s/o t/o reais e importantes omo os de sua omposi./o# A tendnia para
onsiderar o on;eimento mais detal;ado omo o mais undamental é, em
parte, uma ilus/o# Isso n/o Kuer dier Kue WoodSort; a.a oCe./o P anOlise
minuiosa ou Kue ten;a a mLnima inten./o de diminuir a sua importQnia
assim o a, entretanto, a em da autentiidade e tamém pela neessidade
de oserva.Jes Kue tratem om outras rela.Jes além das mais minuiosas#
A 3eolo3ia serve de eemplo# Ela n/o é uma inia VOsiaV adapta suas
desoertas Ps normas de outras inias, a Lsia e a KuLmia# -odavia, a
3eolo3ia desore atos Kue aKuelas n/o revelam# Assim, a psiolo3ia,
emora reorra P fsiolo3ia para uma anOlise mais ompleta de seus dados,
revela atos Kue esta n/o desore ? e Kue, além disso, s/o t/o
importantes, reais e auto?sufientes omo aKueles estudados pela
fsiolo3ia#
Isto si3nifa Kue o oCeto da psiolo3ia n/o pode ser separado daKuele da
fsiolo3ia em un./o do material de Kue é ormado# As epressJes Vproesso
mentalV e Vvida mentalV, omo WoodSort; as usa, n/o se reerem a uma
ordem de atos dierentes daKuela Kue onstitui o oCeto das inias
Lsias o psilo3o e o fsilo3o estudam Vo mesmo proesso realV e n/o
Vproessos paralelosV# Nem o psilo3o, nem KualKuer outro ientista, omo

tal, tm
dier Kuea aver al3uma oisa
psiolo3ia omse
dinQmia a naturea
interessaMltima deste proesso#
pelas suessJes Basta
de ausa e
eeito aran3endo rela.Jes mais amplas do Kue as estudadas pela fsiolo3ia
e mais limitadas do Kue as da soiolo3ia#
( Kue WoodSort; Kuer si3nifar omo oCeto da psiolo3ia torna?se mais
evidente Kuando defne a sua posi./o om reernia Ps duas esolas Kue a
psiolo3ia norte?ameriana omumente onronta entre si, o
introspeionismo e o e;aviorismo# ( oCeto da psiolo3ia dinQmia n/o é
nem onsinia nem omportamento inlui amos# ( ponto prinipal na
determina./o de uma seK[nia ausal é onse3uir uma série ontLnua de
atos, e para aer isso, tanto os atos da onsinia Kuanto os do
omportamento devem ser levados em onta# Através de oserva.Jes do
omportamento, é possLvel desorir tanto os estLmulos eternos, Kue d/o
inLio a uma rea./o, Kuanto a resposta visLvel pela Kual ela fnalia porém,
o Kue aontee entre os dois etremos do proesso é on;eido, pelo
menos por enKuanto, em 3rande parte por meio da introspe./o#
'om reernia P introspe./o, a atitude de WoodSort; n/o é nem de
rana reCei./o nem de aeita./o entusiOstia# Neste aso, omo em outros,
pouo eiste de arOter elusivista em sua resposta# 'onsiderando as
ormas mais sim? pies da introspe./o, n/o alimenta dMvidas 3raves#
Aredita Kue Kuando se per3unta a al3uém V=ual dessas duas ores i;e
paree mais lara ^V esta oserva./o n/o diere, em essnia, da
oserva./o de um ato no mundo eterior# %orém, o tipo mais ompleo de
introspe./o é um assunto mais diLil e dierente# Neste aso, o oservador
é, de ato, soliitado a aer duas oisas ao mesmo tempo ? se3uir através
de um proesso metal e oservO?lo ao mesmo tempo ou, uma ve Kue isto
é uma tarea muito diLil e talve impossLvel, deve aptar, om um rOpido
ol;ar retrospetivo, o onteMdo e o arOter do proesso Kue aaou de
ompletar#
5_ R# &# WoodSort;, VDnami %s;olo3V, %siC;olo3ies o 569, 5_#
::
%siolo3ias do &éulo 
:<
EOno Heidreder
WoodSort; aredita Kue esta espéie de introspe./o n/o estO isenta de
dMvidas, porém, verifa Kue al3uns resultados oram otidos om tal
re3ularidade Kue relamam aeita./o 3eral# HO, por eemplo, uma
oserva./o Kue di ser a onsinia inlinada a aandonar um ato
pratiado P medida Kue este se torna ;aitual, até Kue por fm a sua
eeu./o torna?se automOtia# WoodSort; a;a diLil n/o onordar om
tais desoertas e aredita Kue Vem seu Lntimo, mesmo os mais anOtios

e;avioristas
nem areditam
sem valor realia o nelasV#
Kue podeA seu ver, a(introspe./o
realiar# pesKuisadorn/o
n/oédeve
inalLvel
esperar
muito dela n/o deve ei3ir da mesma uma anOlise muito ri3orosa e, onde
or possLvel, deve apliar verifa.Jes oCetivas# A introspe./o é um
método Kue a psiolo3ia dinQmia aeita omo susetLvel de usos e
limita.Jes defnidas#
WoodSort; aeita a introspe./o, portanto, omo método le3Ltimo, mas n/o
omo o método por eelnia da psiolo3ia# 'ertamente n/o apia a idéia
de Kue a psiolo3ia seCa propriamente o estudo da onsinia pelo método
da introspe./o# Aredita, além disso, Kue esta doutrina n/o aia parte da
psiolo3ia eperimental no seu inLio e Kue n/o era uma parte essenial da
VnovaV psiolo3ia e Kue o papel do psilo3o omo Vintrospeionista
treinadoV ome.ou a ser ressaltado na déada de 586_, Kuando ;omens
omo -it;ener e [lpe, interessados em onse3uir um lu3ar para a
psiolo3ia entre as inias, ansiavam para l;e dar um om método e um
ampo de eperinia n/o relamado por KualKuer outra inia natural#
WoodSort; aredita Kue a ;istria real da psiolo3ia dO pouo apoio a esse
ponto de vista# &alienta Kue 3rande parte do primitivo traal;o em
psiolo3ia eperimental n/o era um estudo introspetivo da onsinia, e
meniona omo prova as eperinias de Fe;ner em psioLsia, os estudos
do tempo de rea./o, o traal;o sore a memria, os ostumes, as
dieren.as individuais, a ;ereditariedade, o desenvolvimento mental e as
ondi.Jes anormais# &e eiste um método araterLstio em psiolo3ia,
WoodSort; aredita ser o Vdispositivo para medir o itoV, Kue onsiste na

Vatriui./o
eeutada de uma
om tarea edas
a varia./o a medida do ito eom
irunstQnias o Kual a mesma
as oserva.Jes das é
mudan.as resultantes na eeu./o da tareaV# 55 =uer seCa o proesso
estudo da onsinia ou
omportamento, a Kuest/o é relaionar uma dada eeu./
om suas irunstQnias ? em outras palavras, desorir as rela.Jes Kue
omumente ;amamos de ausa e eeito#
WoodSort; é astante avorOvel ao e;aviorismo em# sentido 3loal, talve
mais do Kue ao introspeionismo# + erto Kue o e;aviorismo se l;e adapta
mel;or devido P sua tendnia em onsiderar o movimento do or3anismo e
desorir
onordaras ondi.Jes
Kue Kue provoam
seCa neessOrio ertos
aandonar movimentos#
o método %orém, en/o
introspetivo pode
todos os
traal;os a seu respeito# Enara a reCei./o da introspe./o n/o omo o
resultado inevitOvel de uma inompatiilidade Osia entre o estudo da
onsinia e o do omportamento, mas omo onseK[nia de uma ria
loal ? a do onCunto espeLfo de irunstQnias Kue or.aram a admiss/o
do e;aviorismo# Desde Kue a psiolo3ia oi defnida omo inia da
onsinia, os estudiosos do omportamento animal tornaram?se n/o?
psilo3os por defni./o e os e;avioristas, n/o satiseitos em revisar a
defni./o para inluir a sua prpria ora, se desorraram afrmando Kue
somente a sua psiolo3ia era verdadeira e Kue a mais anti3a era apenas
uma alsa inia#
A luta Kue se se3uiu oi notOvel, porém, se3undo WoodSort;, fou ora do
plano prinipal do desenvolvimento psiol3io# Enarando o prolema da
psiolo3ia desta orma, omo uma tentativa de desorir as rela.Jes de
ausa e eeito nas atividades mentais, onsiderava inompletos tanto o
introspeConismo Kuanto o e;aviorismo# "esmo Kue osse possLvel aer
uma desri./o eaustiva da onsinia, ;averia launas no on;eimento
das opera.Jes da mente por al3uma ra/o ou outra e, pelo menos, porKue a
onsinia n/o aompan;a todos os atos mentais# Da mesma orma, o
omportamento onsiderado omo uma série de rea.Jes motoras aos
estLmulos eternos, tomados isoladamente, n/o ornee uma desri./o
ompleta deia de lado o Kue aontee no or3anismo entre o estLmulo
eterno e a resposta motora# & vees, uma anOlise minuiosa do proesso
eistente pode ser eita pela fsiolo3ia, prinipalmente pela do érero mas,
nesse Lnterim, muito poderO se aprender aompan;ando a atividade do
prinLpio ao fm, usando a oserva./o tanto do omportamento Kuanto da
onsinia# &eria u3ir do assunto, portanto, defnir a psiolo3ia sei a omo
inia da onsinia ou omo a do omportamento#
Aontee, assim, de orma interessante, Kue a psiolo3ia dinQmia, Kue é
essenialmente onservadora, pouo se utilia das lassifaJes
onvenionais ao dpfnir n v?gii ,n##
55 R#&WoodSort;, Dnarni %s;olo3, 75#

:8
Edna Heidreder
terial# (s atos Kue ela apresenta, Kuando vistos de seu ponto de vista,
apareem so um prisma dierente# A psiolo3ia dinQmia n/o é dualista# As
epressJes omo Vvida mentalV e as Vopera.Jes da menteV n/o se reerem a
nada espeial, dierente do material Kue as outras inias pesKuisam#
Indiam atividades, tais omo aprender, pensar e sentir, Kue s/o, de omum
aordo e sem muita pesKuisa sore a sua naturea Lntima, admitidas omo
oCeto da psiolo3ia# AliOs, WoodSort; n/o se interessa muito pela
defni./o de psiolo3ia onsidera a defni./o de uma inia n/o essenial
ao seu desenvolvimento, nem omo seu ponto de partida adeKuado# A
mel;or defni./o de uma inia, di ele, é a desri./o dos prolemas Kue
ela realmente pesKuisa# A identifa./o mais do Kue a defni./o do seu
oCeto é o ponto de partida real de uma inia, e o material usado pela
psiolo3ia pode ser identifado sem Kue seCa ormalmente defnido# 5
Afnal de ontas, a per3unta eita pela psiolo3ia dinQmia, em rela./o ao
seu oCeto, n/o é V( Kue é isto^V mas V'omo uniona^V
-odo esse deate teve mais Kue ver om a estrutura da psiolo3ia do Kue
om ela prpria e muito mais nase oi dada a tais assuntos do Kue
WoodSort; 3eralmente l;es empresta# + provOvel Kue WoodSort; onorde
o mais depressa possLvel om o Kue onsidera o verdadeiro assunto da
psiolo3ia ? os prolemas tLpios Kue seu oCeto apresenta#
=uando empreende a tarea espeial de loaliar os enadeamentos ausais
no omportamento real, a uma distin./o entre duas espéies de atos,
meanismos e impulsos# ( prolema do meanismo é aKuele de omo é
eita uma oisa o do impulso é o de saer por Ku# A a./o de um Co3ador
de aseol serve de eemplo# V( prolema do meanismo é o de saer
omo ele visa, alula a distQnia e a altura da urva e oordena seus
movimentos para ;e3ar ao fm deseCado# ( prolema do impulso inlui
KuestJes, tais omo saer por Kue, afnal, estO realiando este eerLio, por
Kue Co3a mel;or num dia do Kue no outro, por Kue lan.a mais para um
atedor do Kue para outro e muitas per3untas desse teor#V 57 (u, se essa
distin./o se reere a uma mOKuina, o impulso é a or.a

5 -ratar om material psiol3io dessa orma ei3e Kue este seCa
oneido muito astrata ou muito onretamente# No primeiro aso, os
atos devem ser tratados apenas omo tais, sem reerénia ao seu
onteMdo# No se3undo aso, devem ser tratados omo sur3em na
eperi/nia, om ( menor nMmero possivel de pressuposi.Jes Kuanto P sua
orma fnal# (s etremos n/o s/o aastados omo paree amos se aplam
no deseCo de i3norar, para as fnalidades do momento, as KuestJes mais
proundas de saer om o Kue se estO tratando#
57 R# &# WoodSort;, Dnami %s;olo3, 7:?7<#
%siolo3ias do &éulo 

:6
apliada, o vapor, eletriidade ou or.a ;idrOulia Kue a a mOKuina
unionar# ( meanismo é aKuilo Kue é eito para unionar é a estrutura
aionada por KualKuer or.a Kue seCa utiliada#
(s 3atos de -;orndi]e, em suas lutas para esapar das aias?prolema,
eemplifam tanto o meanismo omo o impulso# &uas un;adas, arran;Jes,
mordidas e empurrJes s/o meanismos ? ormas de rea./o de Kue o animal
dispJe Kuando estimulado de ertos modos# ( impulso é a ome# ( estLmulo
eterno ? talve um peda.o de peie ora da 3aiola ? nem sempre provoa
uma elos/o de atividade no 3ato Kue, e;ado dentro da mesma, veCa e
areCe o peie#
meanismos s/oUm 3ato, estando
aionados n/o sarto,
pelospode enrodil;ar?se
estLmulos eternos,e mas
dormir# (s
tamém
pelo impulso interno#
A eperinia onvenional do tempo de rea./o tamém serve de eemplo
de meanismo e impulso# Neste aso, o meanismo é o movimento do dedo
Kue liera a ;ave de rea./o omo resposta a um determinado sinal, tal
omo um eie de lu# ( impulso é o onCunto neuromusular em rela./o
PKuele movimento Kue é despertado no paiente pelas instru.Jes# Neste
aso, novamente o estLmulo eterno soin;o n/o provoa a resposta um
eie de lu n/o leva invariavelmente a um erto movimento do dedo# (
impulso ? neste aso, uma Kuest/o altamente artifial difilmente

enontrada
estado  ora do laoratrio
inteiramente VnaturalV de? é, so muitos
ome todavia,aspetos, em dierente
a sua rela./o om a do
atividade Kue se l;e se3ue é eatamente a mesma# 'ria ondi.Jes propLias
para a a./o dos meanismos apropriados sem a sua presen.a, os
meanismos n/o a3iriam#
Fora do laoratrio, os impulsos ;umanos s/o de uma ompleidade muito
maior, porém, mesmo uma atividade altamente omplea omo ler a 'rLtia
da Ra/o %ura pode ser epliada em un./o de meanismo e impulso#
Naturalmente, o leitor adKuiriu os meanismos neessOrios, o onCunto
ompliado de rea.Jes ;amado leitura# A pO3ina impressa ornee o
estLmulo e a leitura é a resposta# %orém, novamente a resposta n/o é
sempre eliiada a simples presen.a da 'rLtia da Ra/o %ura n/o desperta
a vontade de ler em todas as pessoas alaetiadas# "ais uma ve torna?se
neessOrio levar em onta o impulso# Uma pessoa pode ler a 'rLtia da
Ra/o %ura por ser estudante om um eame a
rniig um fl3oo 3ui deseCa aduir novas pro
<_
%8iolo3ias do &éulo 
<5
Edna Heidreder
o livro é de diLil leitura e deseCa ver o Kue pode aer a respeito, ou devido
a mil e uma raJes# %ode ser impulsionado pela ami./o, pela uriosidade,
pela afrma./o de si mesmo, pelo interesse, pelo seu ;umor atual, ou pelo
plano 3eral de toda a sua vida# ( impulso Kue o a ler a 'rLtia da Ra/o
%ura pode atuar durante lon3os perLodos de sua vida e pode determinar
ampla variedade de atividades# &e assim o fer apresentarO muitos motivos
;umanos, pois estes a3em 3eralmente sore perLodos astante lon3os de
tempo, ( omportamento aparee de orma ontLnua, di WoodSort;, e n/o
em parelas isoladas de estLmulo?resposta o prolema do impulso aran3e
as atividades de lon3o e de peKueno alane da vida# Fa, sur3ir os
prolemas de neessidades e anseios, deseCos e fnalidades, desde as
ormas mais amplas e evidentes, até Ps mais ompleas e mais sutis#
-alve isso tudo pare.a um tanto aastado da rmula simples do estLmulo?
resposta om a Kual a psiolo3ia dinQmia prinipiou# E, todavia, é uma
parte essenial da tese de WoodSort; Kue as maiores ompleidades do
omportamento ;umano, inluindo os motivos e as fnalidades, tm o seu
lu3ar na adeia normal de ausa e eeito, e prinipalmente Kue se adaptam
ao padr/o estLmulo?resposta#
Ao sustentar sua tese, WoodSort; salienta primeiro Kue a distin./o entre
meanismo e impulso n/o é asoluta# Este ponto é muito importante em
seu sistema# &i3nifa, em primeiro lu3ar, Kue o prprio impulso é um
meanismo, uma resposta do or3anismo vivo# Um impulso n/o é uma deu
e ma;ina, al3o inepliOvel Kue diri3e o or3anismo pelo lado de ora# N/o
é tamém um deus in ma;ina é parte inte3rante do prprio or3anismo# (
impulso pode ser um estado or3Qnio, tal omo a ome, a adi3a ou a
euoria, Kue predispJe o or3anismo para a3ir de erta orma# %ode ser uma
disposi./o neuromusular omo aKuela das eperinias de rea./o
retardada 5 ou, se preerirmos um eemplo tirado da vida esportiva, omo
aKuela do orredor em seu posto, urvado e pronto para partir assim Kue
seCa dado o tiro de pistola# %ode ser tamém uma predisposi./o de uma
espéie muito menos evidente e periéria ? uma ami./o polLtia ou um
interesse pela matemOtia ? a Kual difilmente pode
5 A rea./o retardada uma resposta eita aps um intervalo de tempo ;aver
passado entre a presen.a do estimulo fsio e o iniio da resposta
SI3ttrAl A nan,,#,, #?, ,I###,###,##5 A#,#`### 5###?# 5#
ser mantida por uma postura orporal adeKuada, mas Kue, n/o ostante, é
representada por proessos no or3anismo, entre os Kuais aKueles situados
nos entros nervosos Kue possivelmente desempen;am papel
preponderante# "as, em todos os asos, a prpria atividade é uma resposta
a um estLmulo e um impulso devido P sua un./o ? em virtude de ailitar
al3uns meanismos e iniir outros#
%orém, um meanismo é tamém um impulso# "esmo Kuando n/o se pode
ne3ar Kue seCa um meanismo, Kuando é mais laramente movido por al3o
mais, um meanismo s é relativamente passivo a sua prpria naturea
determina a da resposta# As un;adas de um 3ato, dadas para esapar de
uma aia?prolema, s/o a.Jes determinadas em parte pelos meanismos P
disposi./o do animal ? pela estrutura de seus ossos, mMsulos e sistema
nervoso# "esmo Kue a ome ;umana e a do 3ato ossem eatamente i3uais,
o omportamento do ;omem e dos 3atos seria dierente nas mesmas
irunstQnias, porKue os meanismos do esKueleto, os musulares,
3landulares, nervosos e sensoriais s/o dierentes nas duas espéies# Além
disso, um meanismo pode manter o seu prprio impulso# As rea.Jes da
leitura oram itadas omo meanismos, porém, uma ve adKuiridas,
tendem a entrar em a./o e ei3em epress/o prpria# %odem até servir
omo impulso para outras atividades, tais omo omprar livros, prourar
lu3ares sosse3ados, om oa lu, ou reK[entar ilioteas# WoodSort;
aredita Kue, om ee./o de al3uns re\eos simples, KualKuer meanismo
pode adKuirir o poder de manter o seu prprio impulso, ou pode tornar?se
um impulso para outras atividades# ( ;omem de ne3ios, Kue se sente
ineli Kuando se aposenta, é um eemplo eelente# &uas atividades diOrias
tornaram?se t/o ompletamente uma parte de seu ser Kue ei3em
epress/o prpria#
(s meanismos e impulsos, portanto, s/o asiamente i3uais por serem
respostas de um or3anismo ? um ponto importante ao adaptO?los no
esKuema estLmulo?resposta# Devemos lemrar Kue, mesmo no nLvel do
re\eo, WoodSort; é auteloso om respeito a uma simplifa./o eessiva
da rela./o estLmulo?resposta estO sempre prevenido para n/o deiar o
or3anismo ora de seus Olulos# &eu esKuema n/o é apenas estLmulo?
resposta, mas estLmulo?or3anismo?resposta n/o E?R, mas E?(?R#
A maneira pela Kual o meanismo e o impulso se aCustam a este padr/o
pode ser eemplifada por urna oorrn
<
<
Edna Heidreder
o impulso é a ome, al3o Kue é, em si, uma resposta or3Qnia a um estLmulo
? ou mel;or, a um erto nMmero de estLmulos
? e Kue onstitui uma disposi./o do or3anismo no sentido de um 3rupo
espeLfo de meanismos inluLdos no ato de omer# %orém, esses
meanismos n/o se verifam apenas porKue o impulso oi despertado, ou
porKue o or3anismo tem ome n/o oorrem a menos Kue esteCa presente o
estLmulo para os meanismos espeLfos relaionados om o ato de omer#
(s movimentos de masti3ar e en3olir n/o s/o omumente eitos, a menos
Kue ;aCa alimento na oa# %ortanto, um erto nMmero de rea.Jes
preparatrias deve primeiro ser eito para oloar o or3anismo em presen.a
do estLmulo Kue desperte as rea.Jes Kue ompletam o ato de omer# %orém,
ada uma dessas rea.Jes preparatrias deve tamém se aCustar no
esKuema de estLmulo?resposta# &upon;amos Kue o ;omem aminto vO até a
despensa, e ara armOrios e aias, até enontrar al3o para omer# -odas
essas rea.Jes !o meanismo$ s/o ailitadas pela ome !o impulso$ porém,
o impulso soin;o n/o é reonsOvel por suas atividades espeLfas# 'ada
rea./o preparatria reKuer um estLmulo prprio
? um assoal;o para andar, um ot/o para 3irar, uma porta para arir# (
padr/o de estLmulo?resposta a3e através de toda a atividade# ( prprio
impulso é uma resposta ao estLmulo as rea.Jes preparatrias e de
aaamento s/o respostas aos estLmulos e todas s/o inte3radas numa
unidade det/o
oorrnia omportamento pela a./o
simples apresenta uma permanente
or3ania./o do impulso#elaorada,
altamente "esmo uma
porém, a unidade toda é redutLvel a respostas aos estLmulos#
( esKuema E?(?R é adeKuado, se3undo WoodSort;, mesmo para os asos
mais ompleos de motiva./o# -odos os motivos s/o estados or3Qnios ou
rea.Jes em desenvolvimento e, omo tais, auiliam al3umas rea.Jes e
iniem outras, assim omo aem todas as rea.Jes em urso# &ua inten./o
é mostrar Kue todo o omportamento ;umano, mesmo em suas ormas
mais ompleas e sutis, pode ser epliado em un./o do meanismo e do
impulso#
Ao empreender esta tarea, WoodSort; enrenta diretamente um prolema
Kue a psiolo3ia em seu todo tendeu a
evitar ? o prolema de saer por Kue se a o Kue se a o
prolema dos motivos, das ontes e dos mveis da a./o# A
inia, oserva WoodSort;, tende a aastar?se da per3unta
V%or Ku^V %ois ela desistiu de tentar desrever a naturZa
Mltima das oisas, e a per3unta V%or Ku^V leva sempre a
%sSolo3uis do &éulo 

outro V%or KuV^, ao passo Kue a resposta P per3unta V'omo ^V é ompleta


até o mOimo possLvel# A psiolo3ia, portanto, tem?se oupado
prinipalmente om prolemas de meQnia, mais do Kue om prolemas
de dinQmia om per3untas tais orno se d/o as assoia.Jes, orno
pro3ride a aprendia3em, omo o tempo de rea./o é aetado pelas vOrias
irunstQnias# %orém, nas atividades animais, e espeialmente no
omportamento ;umano, a per3unta por Ku se aem ertas oisas estO
presente t/o amiMde ao senso omum Kue mais edo ou mais tarde deve
ser tratada pela inia# E WoodSort; tenta mostrar Kue um
reon;eimento da per3unta V%or Ku^V e dos atos do motivo e da
fnalidade n/o leva neessariamente Kuem per3unta a usar or.as ora do
mundo da ausa e eeito e ora da ordem natural#
Entretanto, WoodSort; n/o oi o prinipal responsOvel pela apresenta./o
desta Kuest/o na psiolo3ia ontemporQnea# =uando e as suas prele.Jes
sore psiolo3ia dinQmia, o prolema dos mveis da a./o CO estava no ar#
William "Dou3all tin;a?l;e dado espeial destaKue em seu livro
Introdution to &oial %s]olo3,V Kue deendia uma teoria do instinto, Kue
imediatamente despertou a aten./o#
Do lado ne3ativo, a doutrina de "Dou3all era uma ne3a./o aentuada de
duas no.Jes0 a onep./o do ;omem raional, utiliada na teoria
onvenional soial e polLtia e a idéia de Kue a psiolo3ia na orma em Kue
eistia ? a meaniista, por eemplo, Kue se dediava Ps un.Jes minuiosas
da assoia./o
mveis ? n/o
da a./o# tin;a
( seu ontriui./o
ensinamento al3umaera
positivo a aer ao prolema
o de Kue doss/o as
os instintos
3randes or.as propulsoras da atividade ;umana# Nos seres ;umanos
eistem sete instintos primOrios0 u3a, omatividade, uriosidade,
des3osto, omportamento paterno, auto?afrma./o e autone3a./(# Além
disso, eistem tendnias, omo o 3re3arismo e a imita./o, Kue areem de
al3umas das araterLstias dos instintos primOrios, mas Kue s/o, apesar
disso, mveis naturais da a./o# Eistem tamém sentimentos, omo a
lealdade e o patriotismo, Kue s/o produtos ompleos do instinto, do
inteleto e da emo./o, e Kue otm toda a sua or.a motivadora a partir de
seus omponentes instintivos# 'ada um dos instintos primOrios orma um
par om uma emo./o primOria, por eemplo, a u3a om o medo, a
omatividade om a raiva# ( instintivo e o emoional na naturea ;umana
est/o
t9 @er espetalmente os Kuatro primeiros apitulos#
<
Edna Heidreder
assim intimamente relaionados# A emo./o, de erta orma# é o Qma3o
invariOvel do omportamento instintivo# (s pontos reeptores da a./o
instintiva podem variar, a resposta motora pode ser modifada, porém o
tom emoional onserva o seu arOter peuliar#

( ponto
Kue mais desafador
os instintos na teoria
s/o as 3randes de "Dou3all
or.as eradaa onduta
propulsoras sua insistnia
;umanaeme
Kue direta ou indiretamente s/o os prinipais impulsores de toda a atividade
;umana, inlusive a inteletual e Kue, somente om o toKue vitaliante dos
instintos, os meanismos ;umanos s/o impelidos P a./o# A ona./o ?
esor.o propositado em dire./o a um oCetivo, e Kue n/o é em si redutLvel a
um meanismo ? é para "Dou3ail a ate3oria undamental em psiolo3ia#
WoodSort; estO de pleno aordo om a onvi./o de "Dou3all de Kue é
neessOrio levar em ontar os impulsos, os anseios, omo a3entes
motivadores no omportamento ;umano# %orém, disorda proundamente
da teoria Kue di ;aver um onCunto espeial de atividades, os instintos, Kue

orneem ori3atoriamente
al3uns pouos o impulso
anseios poderosos paraatoda
ormam asead
onduta
toda a ;umana
atividadee Kue
;umana# WoodSort; ar3umenta Kue n/o eiste uma lasse espeial de
atividades Kue orne.a de modo ori3atrio a or.a motivadora para a
onduta e Kue a distin./o entre o meanismo e o impulso é puramente
unional e Kue KualKuer meanismo !om ee./o de al3uns re\eos
simples$ é apa de tornar?se o impulso para outros meanismos e Kue o
impulso é em si um meanismo Kue, somente em virtude de suas rela.Jes
unionais om outros meanismos, se tornou, por sua ve, seu prprio
impulso# EnKuanto "Dou3all onsidera o instinto omo possuindo uma
Mnia or.a impulsora, WoodSort; aredita Kue os impulsos n/o s/o dotados
de nen;uma or.a peuliar a si prprios, porém s/o meanismos Kue se
distin3uem dos outros uniamente em virtude de suas rela.Jes unionais#
( desaordo de WoodSort; om a teoria de "Dou3all ome.a a sur3ir
Kuando, na Dnami %s;olo3, apresenta a sua rela./o das rea.Jes
;umanas inatas# Neste livro, o seu plano 3eral, aps epor o undamento de
seu sistema, onsiste primeiramente em se utiliar das rea.Jes inatas do
ser ;umano e, ent/o, mostrar omo, aseado em seus reursos imelais, se
desenvolve o resto do omportamento# 'ome.a por enumerar os proessos
mais minuiosos0 a sensiilidade dos reeptores, a ontratClidade dos
mMsulos, os re\eos,
%siolo3ia8 do &éulo 

^<9
ertas oordena.Jes de re\eos e un.Jes or3Qnias, tais omo a respira./o
e a di3est/o# %rosse3ue ent/o menionando atividades maiores, tais omo
as emo.Jes e os instintos, e emora a sua rela./o de instintos e a de
"Dou3all n/o oinidam totalmente, n/o ;O um desaordo importante a
esse respeito# "esmo neste aso, entretanto, ;O uma araterLstia 3eral da
lista de WoodSort; Kue é importante# N/o ;O interrup./o em sua
lassifa./o entre rea.Jes minuiosas, omo de3lutir e alar, e os impulsos
poderosos Kue "Dou3all lassifa omo instintos primOrios# Ao ontrOrio,
;O um aumento 3radual, de um etremo a outro da lista, em ompleidade
e no Kue se pode ;amar de amplitude das rea.Jes# %orém, Kuando
WoodSort; inlui Vapaidades inatasV em sua lista, relaiona?as om o
aspeto inteletual da naturea ;umana, e sustenta Kue elas s/o tamém
impulsos P a./o, o seu desaordo, ent/o, om "Dou3all soressai de orma
lara e inonundLvel#
As apaidades inatas si3nifam para WoodSort; VaptidJesV ou VdonsV para
realiar ertas respostas ou para lidar om ertas oisas# Uma pessoa Kue
ten;a dom para a mMsia ou para a matemOtia é espeialmente susetLvel
a ertos tipos de oCetos# WoodSort; onlui Kue estas apaidades s/o
inatas a partir de evidnias tais omo tenderem a oorrer em amLlias, e
rotarem em indivLduos aastados de uma 3era./o ou mais de outros
memros da amLlia Kue possuLam o dom, e Kue ertos indivLduos s/o mais
susetLveis do Kue a massa da ;umanidade ao treinameito de um erto tipo
e desenvolvem maior interesse em tal treinamento do Kue o ;aitual# As
apaidades inatas dierem dos instintos por serem menos desenvolvidas e
menos prontas a serem utiliadas# &eCa Kual or o 3rau em Kue uma pessoa
é dotada para a mMsia ou para a matemOtia, ela n/o naseu om os
meanismos apropriados para uma tima eeu./o em KualKuer uma
dessas atividades# Naseu om uma susetiilidade para erta lasse de
materiais Kue a torna mais rOpida, mais pronta e mais efiente na aKuisi./o
dos meanismos para lidar om estes materiais# (utra alus/o eita por
WoodSort; om respeito Ps apaidades inatas é a de Kue n/o s/o
VauldadesV espeiais, tais omo a perep./o, a ima3ina./o ou raioLnio,
mas sim respostas a ertas oisas ou rela.Jes# Numa pessoa em dotada,
eistem respostas imediatas? a ertas lasses de oCetos ? aos sons
musiais, ou Ps rela.Jes matemOtias, por eemplo# Finalmente, e o Kue é
mais notOvel,
<:
%sioio3ias do &éulo 
<<
Edita Heidreder
as apaidades est/o relaionadas om o aspeto inteletual da naturea
;umana mais do Kue om o emoional ou om o onativo est/o, portanto,
ora do ampo dos instintos, omo é desrito por "Dou3all#
+ neste ponto Kue se torna mais \a3rante a dieren.a entre as teorias de
WoodSort; e "Dou3all# As apaidades inatas, uma ve Kue s/o em
3rande parte inteletuais, pertenem ao aspeto da naturea ;umana Kue
"Dou3all onsidera omo impotente Kuando desprovido de instintos, omo
aparel;os Kue fariam paralisados, a menos Kue se l;es inundisse vida
pela sua poderosa or.a impulsora# %orém, WoodSort; onsidera estes dons
ou apaidades omo partiipantes, omo todas as outras rea.Jes inatas,
da or.a motivadora neessOria para entrar em a./o# Esreve ele0
VEste é o ponto prinipal sore o Kual o atual deate se estaelee om
"Dou3all ? de ato, o desaordo neste ponto é o prinipal ar3umento em
todo o seu livro, ( maior oCetivo do livro é, di3amos, tentar mostrar Kue
KualKuer meanismo ? om ee./o talve de al3uns dos mais rudimentares
Kue ormam os re\eos simples ? uma ve despertado, é apa de orneer
seu prprio impulso e tamém de transmiti?lo a outros meanismos a ele
assoiados,
V( prolema é saer se os meanismos para as mil e uma oisas Kue o ser
;umano tem apaidade para aer s/o em si mesmos totalmente passivos,
ei3indo o impulso destes pouos instintos, ou se ada um desses
meanismos pode ser diretamente despertado e prosse3uir a3indo sem o
auLlio da ome, seo, autoonfan.a, uriosidade e tudo o mais#V 5:

WoodSort;
para outras aeita, seme;esitar,
atividades Kue se Kue
podeosoter
prinipais
maior instintos
atividadeorneem impulso
de um suCeito
susitando?l;e a auto? onfan.a, a lideran.a ou a uriosidade# %orém,
afrmar Kue os prinipais instintos podem reor.ar a prOtia de um dom
inato é muito dierente do Kue dier Kue s/o as Mnias ontes de ener3ia
pelas Kuais tais atividades podem ser aionadas# WoodSort; aredita Kue a
or.a impulsora dos instintos n/o pode ser responsOvel por ertos tra.os
marantes Kue a prOtia de um dom apresenta# %or um lado, ela n/o eplia
a espeialia./o t/o evidente no indivLduo em dotado e, tamém, por
eemplo, por Kue o motivo dominante numa rian.a pode ser ativo em erto
setor, di3amos, no dos nMmeros e n/o em outro, omo no da mMsia#
-amém n/o eplia por Kue o motivo dominante permanee inativo ou
pode ser raionaliado para outro setor, se prourarmos ape la
para o rio da rian.a e interessO?la em al3uma atividade Kue nada ten;a a
ver om o seu dom espeial# %or Mltimo, ela n/o eplia a asor./o de uma
pessoa em uma erta atiSdade# WoodSort; atriui 3rande importQnia a
esta araterLstia, pois sua presen.a su3ere ortemente Kue esta atividade
é uma réa./o onlusiva# Além disso, sem a asor./o, sem uma ompleta
aten./o ao assunto em m/os, n/o eiste uma realia./o pereita# =uando
estamos empen;ados ao mOimo em uma realia./o, KualKuer interesse
al;eio, KualKuer onsinia do motivo dominante, ou da ome e do seo,
torna?se uma distra./o# Um matemOtio traal;a mel;or Kuando estO
interessado s pela matemOtia# E, todavia, se os instintos s/o os Mnios

mveis da a./o,
importante, a sua
deveria serinlus/o deveria
neessOria P suaauiliar
prOtia#a rea./o,
%orém, aeopini/o
o Kue éde
mais
WoodSort; é a de Kue a atividade pode prosse3uir por onta prpria e
prosse3ue, realmente, mel;or por si mesma# Uma ve iniiada, a eeu./o
ontinua soin;a# ( motivo n/o é al3o além ou ora da atividade Kue se
realia# + parte inte3rante da prpria atividade#
Esta atitude em rela./o P prOtia da apaidade inata é apenas um aso
espeial da atitude de WoodSort; om respeito P atividade em 3eral# Ele
n/o a;a sempre neessOrio onsiderar impulsos poderosos omo os
instintos, para epliar a atividade de um or3anismo vivo# A rian.a em
alimentada, em desansada, esperneando e 3ritando, a3itando os ra.os,
n/o l;e paree estar so a in\unia de um impulso poderoso paree estar
a3indo porKue eistem estLmulos no meio amiente e em seu prprio orpo
Kue despertam meanismos Kue representam parte de seu eKuipamento e
uma afrma./o idntia se pode aer dos meanismos mais altamente
desenvolvidos, inatos e adKuiridos# De ato, KualKuer meanismo, om
ee./o talve dos re\eos mais simples, uma ve despertado, n/o apenas
ornee o seu prprio impulso omo tamém pode servir de impulso a
outros meanismos ? KuaisKuer Kue seCam, note?se, n/o s aKueles
emoionais ou instintivos# 5< Isto si3nifa Kue a psiolo3ia dinQmia, omo
WoodSort; empre3a essa epress/o, n/o se limita a uma lasse espeial de
atividades psiol3ias, mas inlui toda a psiolo3ia# (s oneitos de
meanismo e impulso se apliam a atividades omo aprendia3em,
memria e assoia?

5< A epress/o Vpsiolo3ia dinQmiaV é Ps vees usada para indiar os


proessos aetivos e onativos prinipalmente# Deve?se notar Kue n/o é
neste sentido Kue WoodSort; empre3a o termo#
5: R# &# Wo(dSort;, DiCnamC %si#i;oloKtC, :<#
<8
Edna Heidreder
%si#olo3as do &éulo 
<6
./o de idéias, em omo P emo./o e ao instinto# + astante si3nifativo
Kue num de seus estudos 58 WoodSort; utilie os atos da perep./o para
ilustrar os prinLpios do meanismo e do impulso e até mesmo de toda a sua
onep./o de psiolo3ia dinQmia#
-udo isso ondu de novo P afrma./o de Kue n/o eiste uma dieren.a
asoluta entre o meanismo e o impulso# -oda a atividade ;umana é da
mesma espéie# A distin./o é Mtil porKue torna possLvel uma afrma./o lara
dos prolemas da psiolo3ia, prinipalmente dos diLeis prolemas da
motiva./o# %orém, a ase para a distin./o é unional0 um meanismo é um
impulso, se auilia ou reor.a outro meanismo# N/o eiste onCunto al3um
de atividades Kue sirvam invariavelmente omo impulsos# (s mesmos
prinLpios est/o ativos em todas as espéies de omportamento# As
atividades mais ompleas podem ser epliadas em un./o do padr/o E?(?
R# -odos os tipos de respostas, n/o somente as Kue se relaionam om o
instinto e a emo./o, s/o apaes de se tornarem impulsos# Eiste uma
ontinuidade n/o interrompida desde a espéie de ailita./o e reor.o Kue
se oserva nos re\eos espin;ais até os asos mais ompleos Kue inluem
fnalidade#
A maior parte da Dnami %s;olo3 é uma tentativa para demonstrar a
adeKua./o do oneito de meanismo e impulso para todo o ampo do
omportamento ;umano# A aorda3em do prolema é 3enétia# 'omo
dissemos, WoodSort; ome.a por aer um alan.o das rea.Jes inatas
omo ase para todo o desenvolvimento uturo# 'onsidera em se3uida o
prolema do aprendiado, ou o modo pelo Kual o indivLduo modifa e
amplia a sua a3a3em inata o prolema do ontrole ou de omo, numa
dada irunstQnia, entre muitas respostas possLveis al3umas s/o
esol;idas e realiadas e outras reCeitadas ou suspensas o prolema da
ori3inalidade, ou omo a partir de suas reservas ou a3a3em e ormas de
rea./o o indivLduo produ novas respostas os prolemas do
omportamento anormal ou omo, de aordo om as mesmas leis Kue d/o
ori3em Ps respostas normais, se desenvolvem as respostas anormais e os
prolemas do omportamento soial, ou de omo se desenvolvem as
rea.Jes ompleas Kue s/o eeito e ausa das irunstQnias soiais# %ara
WoodSort;, os prolemas espeLfos, inluLdos nestes tpios, onstituem a
verdadeira un./o da psiolo3ia, e o eame de
I& R# &# Wo(dS(rt;# DnamI %s;olo3, %saC;olo3ses o 569#
KualKuer um deles mostrarO os oneitos da psiolo3ia dinQmia realmente
atuando no material psiol3io#
( seu modo de tratar a Kuest/o da aprendia3em é um eemplo t/o om
omo KualKuer outro# Neste aso, o prolema onsiste em epliar o 3rande
arésimo Kue o indivLduo a P sua a3a3em ori3inal de on;eimentos
através da prOtia e da eperinia# (u talve a palavra modifa./o seCa
mel;or do Kue arésimo, pois a pessoa adKuire novas rea.Jes por meio da
altera./o de suas li3a.Jes inatas de estLmulo?resposta Kuando rea3e aos
estLmulos de seu meio amiente#
Deve?se oservar, de passa3em, Kue, se3undo WoodSort;, isso aran3e
tanto a ;ereditariedade Kuanto o meio amiente# Uma ve Kue a
aprendia3em é uma rea./o do or3anismo ao meio amiente, tanto um
omo outro olaoram na determina./o da resposta# ( omportamento
inato pode ser modifado de ino maneiras0 uma li3a./o de estLmulo?
?resposta de arOter inato pode ser reor.ada e estailiada por meio de
eerLio um novo estLmulo pode ser assoiado a uma dada resposta na
orma de re\eo ondiionado uma nova resposta pode ser assoiada a um
dado estLmulo de orma semel;ante uma li3a./o eistente de estLmulo?
resposta pode ser interrompida por meio da dor, do raasso, ou por
adapta./o ne3ativa, de orma Kue o estLmulo n/o mais provoKue a resposta
a ele assoiada e um erto nMmero de respostas isoladas pode ser
superado por uma Mnia resposta unitOria, omo no aso da orma./o de
Vunidades superioresV na datilo3rafa ? neste aso reerindo?se P esrita de
uma palavra ou rase ompleta em um s ato oordenado, em ve de ater
as letras uma por uma, em uma série de movimentos simples e isolados#
@Orios pontos deste modo de tratar a a./o de aprender s/o espeialmente
di3nos de nota# Um deles é a interpreta./o das Vunidades superioresV ? os
V;Oitos veraisV ou Vrases ;aituaisV do datil3rao eLmio Kue suplantam
os V;Oitos de letrasV do prinipiante# 'onorme WoodSort;, o or3anismo
adKuire uma Vunidade superiorV eeutando uma Mnia resposta unitOria
para uma infnidade de estLmulos# ( datil3rao eLmio esreve a palavra
VandV por um Mnio ato oordenado, e n/o apenas aendo mais depressa os
trs movimentos isolados neessOrios para ater as letras a, n, d# EnKuanto
Kue no aso do prinipiante, ada letra ei3e um movimento isolado, no
datil3rao treinado as trs letras !3rande nMmero de estLmulos$ provoam
os
&U
Ednu H id reder %siolo3ias do &éulo 
85
movimentos or3aniados em série para ater as letras a?n?d !a resposta
unitOria simples$# ( ponto importante desta eplia./o é o destaKue dado P
resposta a intima li3a./o dos trs primeiros movimentos separados é
epliada n/o em un./o das araterLstias dos itens assoiados ? tal omo
onti3[idade no tempo e no espa.o ? mas sim em un./o da atividade do
prprio or3anismo# Entretanto, este é somente um aso partiular de
aplia./o da rmula estLmulo?respos#ta, se3undo a onep./o da psiolo3ia
dinQmia, aos atos da assoia./o# %ois, n/o é somente nos atos motores
Kue a assoia./o é epliada em un./o da resposta# As atividades, tais
omo a perep./o e a memria, s/o interpretadas de orma semel;ante# A
perep./o de uma mesa, por eemplo, é uma or3ania./o mais elevada
dos proessos sensoriais ? e n/o uma simples reuni/o dos mesmos ?
permaneendo na mesma rela./o om as respostas sensoriais Osias,
omo a eistente entre os V;Oitos veraisV e os V;Oitos de letrasV# A
perep./o, em suma, é uma resposta ativa, e n/o al3o Vimpresso nos
sentidosV, ou uma simples reuni/o de elementos sensoriais# + muito
interessante Kue WoodSort; ;ame a aten./o para o ato de Kue os itens
isolados de uma perep./o n/o preisam sur3ir em primeiro lu3ar ? Kue
uma palavra impressa, por eemplo, possa ser vista primeiramente omo
um todo, e Kue as letras possam ser analisadas depois# A esse respeito e
em outros ? no seu reon;eimento, por eemplo, da totalidade e
inte3ridade das unidades motoras mais elevadas ? estO tratando om al3uns
dos atos aos Kuais a psiolo3ia da *estalt dO 3rande destaKue# "as para
WoodSort;, estes atos n/o ei3em a revis/o ompleta da psiolo3ia Kue a
esola da *estalt a;a neessOria#
(utra araterLstia do tratamento de WoodSort; é a sua insistnia em
Kue a aprendia3em é a mesma para os impulsos e os meanismos# Na ira,
por eemplo, as respostas emoionais primitivas podem ser assoiadas a
novos estLmulos podem ser destaadas dos estLmulos Kue iniialmente as
provoaram podem ser transormadas em suas epressJes visLveis ou
podem ser or3aniadas em Vunidades superioresV, omo os sentimentos de
indi3na./o e lealdade# Novamente os meanismos e os impulsos
omportam?se de maneira idntia# Além disso, ao deater a rela./o entre
os impulsos e a aprendia3em, WoodSort; a;a oportuno, omo o e em
seu tratamento dos dons e apaidades espeiais, salientar a espeifidade
dos impulsos afrmar de novo Kue uma erta atividade pode produir o seu
prprio impulso
insistir Kue n/o é neessOrio supor a eistnia de al3uns instintos ou
tendnias prinipais, sem os Kuais o or3anismo n/o poderia entrar em
a./o# (serva, tamém, Kue é prprio do or3anismo vivo responder a uma
difuldade maior por um esor.o maior ? e Kue a atividade torna?se de
espeial interesse Kuando, emora estando dentro das ;ailidades do
indivLduo, n/o estO tanto so ontrole, nem t/o Oil a ponto de ser
automOtia# + nesta altura Kue a atividade se torna interessante por si
mesma em outras palavras, ome.a a a3ir pelo seu prprio impulso#
( eame desses assuntos mostra omo WoodSort; aplia os oneitos da
psiolo3ia dinQmia a al3uns dos prinipais prolemas da aprendia3em# (s
outros prolemas prinipais ? os Kue se reerem ao ontrole, ori3inalidade,
omportamento anormal e onduta soial ? s/o i3ualmente estudados, e por
fm o ampo total da psiolo3ia sur3e eso.ado esKuematiamente em
un./o de meanismos e impulsos# Em sua anOlise, WoodSort; enrenta
al3uns dos prolemas mais ompleos do omportamento ;umano e
através dessa anOlise, tenta mostrar Kue esses prolemas podem ser
tratados de orma adeKuada por meio dos oneitos prOtios e unionais da
psiolo3ia#

Este sistema,
oeree é astante
uma sLntese novaevidente, n/o atin3ee um
ou revoluionOria, n/oponto ulminante#
ondu N/o
a uma posi./o
privile3iada de onde os atos da psiolo3ia apare.am so uma perspetiva
nova e imediatamente si3nifativa# %elo ontrOrio, asorto om o traal;o
diOrio na ofina da inia, tenta apenas mostrar Kue um prinLpio
unifador esteve sempre presente na psiolo3ia e sempre tomou parte em
suas realia.Jes# A psiolo3ia dinQmia, n/o prometendo mais Kue as lentas
onKuistas da inia, permanee etremamente despretensiosa e alma#
Nem mesmo se envolve na eita./o Kue se produ Kuando tomamos
partido nas alternativas tradiionalmente opostas em psiolo3ia# (
e;aviorismo e o introspeionismo, a ;ereditariedade e o meio amiente, a

parte
em e o todo,dessas
nen;uma o livreKuestJes,
arLtrio e o sistema
determinismo, o meanismo
apia sem e olado
reservas um vitalismo
em ?
detrimento de outro# WoodSort; tem sido muitas vees ritiado a esse
respeito# %ara muita 3ente, eiste al3o de rano e satisatrio numa
afrma./o Kue suna nitidamente, pr ou ontra uma determinada
proposi./o ? talve porKue redua o aso P epress/o defnida de luta#
%orém, para WoodSort;, a Kuest/o n/o é de luta# N/o se trata de
8
Edna Heidreder
 %8iolo3ia8 do &éulo 
onse3uir uma vitria, mas sim de empreender uma tarea, e as
alternativas, na orma Kue assumiram através dos tempos, mostraram n/o
ser ompatLveis om este empreendimento# Assumir uma atitude seria
aandonar a tarea e air no irrelevante# E WoodSort; n/o desiste# A reusa
em se deidir é realmente uma onseK[nia ori3atria da empresa a Kue
se propcs e de toda a sua onep./o da psiolo3ia# -omando omo ponto de
partida as atividades onretas, individuais e oservOveis dos or3anismos
vivos, omprometeu?se a onse3uir uma desri./o a mais ompleta possLvel
das opera.Jes desses proessos em un./o de ausa e eeito
? n/o se ape3ando resolutamente P onsinia em ontraste om a
onduta, P ;ereditariedade oposta ao meio amiente, ao vitalismo ontra o
meaniismo, ou a KualKuer outra ;iptese Kue estivesse ora do plano
prinipal de sua pesKuisa# + verdade Kue al3umas das maiores onKuistas
da inia oram otidas através de luta ? pelo apoio a uma ;iptese ontra
toda espéie de oposi./o, até Kue osse provado estar, total ou
parialmente, erta ou errada# %orém, esta é s uma das maneiras pela Kual
a inia é em suedida# Al3umas vees otém suas vitrias por meio de
traal;adores Kue est/o t/o interessados em ertos prolemas de uma
erta lasse de atos Kue, de propsito, adiam ou despream temporaria ?
mente o eame das implia.Jes mais remotas e de maior alane daKueles
prolemas#

De ato, em se3ue
WoodSort; seu interesse
o métodopelos
Kueproessos espeLfos aKue
sempre arateriou estO estudando,
inia em
onronto om a metaLsia# "ais do Kue se pensa, as alternativas
lo3iamente opostas Kue se onrontaram através dos séulos, atraem a
aten./o da ;unianidade seCa direta ou indiretamente, através das
implia.Jes metaLsias Kue as eram# %orém, seCa Kual or o pro3resso Kue
a inia ten;P realiado, provém de ;aver delieradamente aastado sua
aten./o dos prolemas metaLsios# %or esse motivo, a psiolo3ia,
espeialmente por ser uma inia nova, Kue até ;O pouo aia parte da
flosofa, estO prevenida ontra a metaLsia a tal ponto, de ato, Kue um
sistema de psiolo3ia pode adotar, delieradamente ou n/o, uma metaLsia
para Custifar o seu aandono dos prolemas Kue onsidera metaLsios#
%orém, WoodSort; pressupJe Kue uni ientista tem = direito, omo tal, de
se3uir os seus prolemas até onde eles o onduam no mundo da
eperinia, sem oereer uma Custifa./o metaLsia para a sua prOtia# A
esse respeito, sua psiolo3ia mostra ser mais in 89
dependente da domina./o metaLsia do Kue aKueles sistemas Kue
prolamam mais intensamente a sua lierdade#
%rovavelmente, esta atitude, este interesse pelos detal;es onretos de
uma nova inia, tamém ontriui para uma outra araterLstia da
psiolo3ia de WoodSort;# &eu sistema nada tem de ;ermétio# + uma
psiolo3ia Kue, mais do Kue a maioria das outras, reon;ee a imperei./o e
o arOter eperimental da inia, e n/o impJe nen;uma simpliidade,
;armonia prematura ou fnalidade aos seus diversos atos#
'onseK[entemente, n/o é um sistema Kue se destaa om ontornos
nLtidos# + um sistema, realmente, no Kual ;O sempre o peri3o de n/o ver o
todo devido Ps partes de ato, a aten./o é reK[entemente atraLda para
ertas partes ou mesmo para determinados onCuntos de partes# +,
portanto, Oil perder de vista as ontriui.Jes espeLfas do autor#
WoodSort; aredita piamente Kue eiste uma inia psiol3ia
independente de KualKuer sistema partiular, um orpo de on;eimentos
raoavelmente em estaeleidos e aeitos pelos psilo3os em 3eral, e
este é o oCeto de seu interesse# HO, portanto, uma intera./o muito Lntima
entre o seu prprio pensamento e o da psiolo3ia em 3eral# ( resultado é
Kue as suas ontriui.Jes e mesmo os seus traal;os est/o entrela.ados
om o onteto da psiolo3ia ormando um todo n/o f3uram omo al3o P
parte#
Naturalmente, um sistema omo esse n/o serve omo ponto de
onentra./o, seCa para ataKue ou deesa# ( seu arOter re\ete a
possiilidade de pro3resso da inia, n/o por revolta mas por resimento,
n/o por orre./o drOstia mas por aMmulo 3radual de on;eimentos e o
apareimento de novos prinLpios e pontos de vista# Entre os muitos
sistemas em luta na psiolo3ia de ;oCe, este arOter tem tamém o seu
lu3ar# %ois a inia a;a?se muitas vees levada por lin;as onver3entes de
evidnia, n/o para os etremos de uma alternativa em defnida, mas
rumo a uma posi./o, n/o neessariamente entre as duas, da Kual peree
Kue amas tm a sua parte de verdade#
BIB)I(*RAFIA
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? ?, VDnami %s;olo3V, %s;olo3ies o 569, 555?5:#
? ?, VDnami %s;olo3V, %s;olo3ies o 567_, 7<?77:#
? ?, VFour @arieties o Be;aviorismV, %s;ol# Rev#, 56, 85, 9<?<
? ?, %slC;olo3 !Nova lorKue, Henr Holt and 'o#, 565, rev# ed# 566$#
? ?, El movimiento !"adrid, 2orro, 56_<$#

:
A %&I'()(*IA DA *E&-A)-0 WER-HEI"ER,

H)ER, (FFA
Wert;eimer !588_?567$ J;ler !588<?566$ ob]a !588:?565$#
&e duas lin;as, n/o muito aastadas uma da outra, s/o epostas de orma
instantQnea e suessiva a uma erta veloidade tima, o oservador n/o
verO duas lin;as, mas apenas uma s movendo?se da posi./o da primeira
para a da se3unda# N/o ;O movimento nem ontinuidade no oCeto eterno
as duas lin;as s/o estOtias e est/o separadas no tempo e no espa.o# ( Kue
o oservador v, entretanto, é sem dMvida um movimento ? e mais ainda,
um movimento notoriamente presente e n/o apenas deduido Ps vees t/o
imediato e real omo KualKuer oisa pereida diretamente pelos sentidos#

Além disso, umaopeKuena


ompletamente mudan.a
arOter da nas ondi.Jes
perep./o# eternas
&e o intervalo alteraor
de tempo
sufientemente reduido, o paiente v ao mesmo tempo duas lin;as
paradas, lado a lado se o intervalo or aumentado em 3rau sufiente, v
primeiro uma lin;a, e depois a outra, separadas no tempo e no espa.o#
A tentativa para epliar estes aonteimentos aparentemente simples oi,
;istoriamente, o ponto de partida da psiolo3ia da *estalt# (s encmenos
em si s/o astante omuns verifam?se em todos os flmes
inemato3rOfos# Naturalmente, os psilo3os saiam, desde al3um tempo,
Kue a perep./o do movimento apresentava um prolema, mas em 565_,
"a Wert;eimer, traal;ando om situa.Jes omo as desritas, viu o
prolema através de um prisma Kue o levou a uma ompleta dMvida sore
os prprios undamentos da inia# -ornou?se proundamente onvenido
de Kue as e?
8<
8:
Edna Heidreder
plia.Jes ;aituais em un./o dos elementos sensoriais e suas omina.Jes
eram inteiramente inadeKuadas e Kue KualKuer Kue osse a eperinia do
movimento pereido, n/o era uma omposi./o de sensa.Jes visuais, nem
um mosaio de partes ominadas, misturadas, undidas de al3uma orma#
Estava prinipalmente impressionado pelo ato de Kue as eplia.Jes
omuns n/o aiam Custi.a aos dados psiol3ios na maneira em Kue s/o
imediatamente pereidos e Kue n/o levavam em onta a simpliidade, a
inteirea, a desuni/o e a \uide da eperinia imediata# %ara Wert;eimer
pareia Kue os psilo3os Kue a;aram satisatrias as eplia.Jes
eistentes estavam ousados pelos modos de pensar ;aituais e Kue,
partindo, omo oisa natural, de idéia de sensa.Jes elementares, deiavam
de onsiderar o arOter real da eperinia Kue se l;es deparava, em sua
preoupa./o om a teoria Kue se ;avia tornado t/o orriKueira, a ponto de
n/o ser posta em dMvida# A fm de se preaver ontra um erro dessa
naturea, Wert;eimer resolveu dar um nome espeial P eperinia Kue
estava pesKuisando# %ortanto, denominou a impress/o do movCmento
aparente de encmeno p;i, em parte para isolO?lo omo um ato Mnio a ser
epliado, e tamém para desi3nO?lo por uma palavra neutra Kue n/o o
envolvesse om as teorias eistentes#
( seu prolema, além disso, tin;a implia.Jes fsiol3ias# -endo posto em
dMvida a eplia./o da perep./o omo uma soma de sensa.Jes, duvidou
tamém da onep./o dos proessos fsiol3ios orrespondentes omo
sendo uma soma de atividades em unidades neurais separadas# %ara
Wert;eimer pareia Kue nem o proesso psiol3io ou o fsiol3io, nem a
perep./o ou a eita./o nervosa poderiam ser oneidos omo uma
simples soma de partes e Kue o proesso ereral, assim omo a
perep./o, deveria ser um todo unifado, n/o sendo mais uma inte3ra./o
de atividades isoladas de unidades nervosas, distintas, assim omo a
perep./o é tampouo uma omposi./o de sensa.Jes separadas#
(s dois psilo3os Kue serviram omo suCeitos no estudo de Wert;eimer,
Wol3an3 i;ler e urt ob]a, tornaram?se t/o onvenidos Kuanto aKuele
de Kue a psiolo3ia mais anti3a era totalmente imprpria para os atos
deste aso ? e na Aleman;a, em 565_, a Vpsiolo3ia mais anti3aV si3nifava
a psiolo3ia eperimental Kue traia a mara Sundtiana# (s trs estavam
inteiramente cnsios de Kue tomando esta posi./o estariam se opondo a
uma poderosa tradi./o aadmia# &aiam Kue, ao ataarem o ostume de
%siolo3ias do &éulo 
epliar os encmenos psiol3ios em un./o dos elementos e suas
omina.Jes, estavam atin3indo os prprios undamentos da inia#
Assim, a psiolo3ia da *estait na Aleman;a, omo tamém o e;aviorismo
nos Estados Unidos, sur3iu onsientemente omo uma psiolo3ia de
protesto#
Este protesto n/o era suave em arOter nem limitado em seu oCetivo# A
nova esola ei3ia nada menos Kue uma ompleta revis/o da psiolo3ia# (s
;ees do movimento viram lo3o Kue o prolema eistente no encmeno p;i
estava presente em outros asos omuns de perep./o# %or eemplo,
estamos vendo sempre ertos oCetos omo retan3ulares ? tOuas de mesa,
molduras, portas e Canelas, ol;as de papel porém, somente em asos
realmente eepionais a ima3em proCetada na retina é realmente
retan3ular# @emos um oCeto preto P lu solar omo preto, e um oCeto
rano na penumra, omo rano, mesmo Kuando as ondi.Jes ten;am
sido uidadosamente dispostas de orma Kue fsiamente a mesma por./o
de lu seCa re\etida pelos dois oCetos# @emos um ;omem omo tendo a
mesma estatura, esteCa a ino ou a de Cardas de distQnia, emora num
aso a ima3em na retina seCa Kuatro vees maior do Kue no outro# Em todos
esses asos, assim omo no encmeno p;i, e em mil;ares de outros
idntios, a dieren.a via e Kuase desen;Ovel entre
o arOter da perep./o real e o do estLmulo sensorial loal pJe em evidnia
o prolema Kue, na opini/o dos 3estaltistas, a esola anti3a ;avia sido
ompletamente inapa de resolver# E os mesmos asos mostram om a
mOima larea a dependnia da perep./o da totalidade das ondi.Jes
estimulantes#
(s 3estaltistas naturalmente se apoderaram de asos desta espéie em
apoio de sua tese de Kue as anti3as eplia.Jes ;aviam pratiado um erro
desastroso e Kue ;aviam deiado de levar em onta as prprias Kualidades
Kue pretendiam epliar ? o movimento realmente pereido, a
retan3ularidade, a dieren.a de ril;o e a onstQnia em taman;o# erto,
afrmam os 3estaltista&, Kue, em nen;uma dessas perep.Jes, a
eperinia real é apresentada omo um onCunto de elementos ou omo
uma soma de partes# A prpria perep./o mostra um arOter de totalidade,
uma orma, uma *estalt, a Kual é destruLda na prpria tentativa de ser
analisada e esta eperinia, na maneira direta em Kue se apresenta,
onstituiu o prolema para a psiolo3ia# + esta eperinia Kue apresenta os
dados rutos Kue a psiolo3ia deve epliar, e Kue nuna deve se ansar de
epliar satis
%soho3ios do &éulo 
86
88
Edna Heidreler
atoriamente# 'ome.ar om elementos é prinipiar pelo lado errado porKue
os elementos s/o resultantes da re\e/o e da astra./o, remotamente
derivados da eperinia imediata Kue se l;es pede para epliar# A
psiolo3ia da *estalt tenta remontar P perep./o in3nua, P eperinia
imediata Vn/o orrompida pela aprendia3emV e insiste em enontrar aL
n/o uma monta3em de elementos, mas onCuntos unifados Orvores,
nuvens e éu, em ve de massas de sensa.Jes# E onvida Kuem Kuiser para
verifar esta afrma./o, apenas arindo os ol;os e vendo o mundo Kue o
era, na orma omum da vida diOria#
A *estolt, é importante oservar, é um todo Kue n/o é apenas a soma de
suas partes# + essenial para as partes e Osio para as mesmas# A *estalt
n/o pode ser ima3inada omo uma omposi./o de elementos, delara./o
esta Kue os 3estaltistas prouraram imediatamente provar pela evidnia
eperimental# &uas primeiras pesKuisas oram eitas no ampo da
perep./o, porém, lo3o se estenderam a outros ampos# A aprendia3em, a
memria, o disernimento !insi3;t$ e as rea.Jes motoras oram todos
estudados omo atividades Kue n/o eram simples inte3ra.Jes de a.Jes
pariais# -oda a matéria da psiolo3ia oi arrastada por este movimento, e a
esola, Kue ;avia ome.ado omo uma tentativa para Custifar um erto
prolema de perep./o visual, aaou por ei3ir uma revis/o ompleta dos
prinLpios undamentais da inia# E n/o parou, de ato, om a psiolo3ia
em si, mas epandiu os seus prinLpios até Ps inias Lsias#

N/o eiste uma palavra in3lesa !ou portu3uesa$ Kue orrresponda


eatamente P alem/ *estalt# @Orias tradu.Jes# entre elas VormaV,
VontornoV e Vonf3ura./oV, oram propostas, mas nen;uma delas oi aeita
sem reservas# V'ontornoV oi ritiada por dar idéia de um ampo limitado, o
visual# V'onf3ura./oV oi usada, porém om muita preau./o, talve porKue
a sua deriva./o su3ere, emora de leve, uma omposi./o de elementos Kue
é a prpria antLtese da *esZlt# VFormaV é, sem dMvida, a mais aeita, e estL
tendo um uso 3eneraliado mas, ao assim aer, estO adKuirindo
si3nifados seundOrios derivados do alem/o *estalt#
&e3undo c;ler, *estalt é usada de duas maneiras em alem/o# s vees,
india ontorno ou orma omo uma propriedade das oisas outras vees,
india Vuma entidade real, individual e tLpia, eistindo omo al3o P parte e
tendo um
ontorno ou orma omo um de seus atriutosV# 5 (s dois usos ei3em
al3uma eplia./o#
'omo uma propriedade das oisas, *estalt é usada om araterLstias, tais
omo a Kuadratura ou a trian3ularidade das f3uras 3eométrias, ou a
aparnia espaial dierente dos oCetos onretos, tais omo mesas,
adeiras e Orvores# + apliada tamém Ps araterLstias das seK[nias
dentro do tempo, tais '(mo melodias, (U das Kue s/o tanto espaiais omo
de tempo, omo dan.ar, andar, arrastar?se ou pular# Neste sentido, *estalt
si3nifa as propriedades menos espeLfas das oisas, as Kualidade
epressas por adCetivos, tais omo Van3ularV ou VsimétrioV em rela./o Ps
f3uras espaiais VmaiorV ou VmenorV, Ps rases musiais V3raiosoV ou
VdesaCeitadoV, a movimentos, omo andar e dan.ar# -ais propriedades, é
importante oservar, nuna podem estar presentes lia eperinia
VpuntiormeV# N/o s/o irunsritas aran3em, de al3uma orma,
VtotalidadesV etensas#
No se3undo sentido, sendo apliada a uma entidade Kue tem orma, a
palavra *estalt reere?se a triQn3ulos ou Kuadrados em ontraste om a
trian3ularidade e a Kuadratura, e a mesas e adeiras em ontraste om as
ormas araterLstias daKueles oCetos# Neste sentido, *talt reere?se P
KualKuer VtodoV separado e irunsrito# &e3undo i;ler, ;O uma tendnia
para preerir este si3nifado do termo, uma e Kue o mesmo proesso Kue
desreve a orma./o dos todos, tamém eplia as suas propriedades#
Novamente devemos oservar Kue a aplia./o desta palavra n/o se
restrin3e ao ampo visual, ou mesmo ao sensorial omo um todo# (
aprender, o pensar, a luta, a a./o, todos oram tratados omo *estulten# (
oneito introduiu?se em todo o ampo da psiolo3ia# Foi mesmo ampliado
além de suas ronteiras# J;ler v *esto Iten nos proessos iol3ios omo
a onto3nese e nos proessos Lsios omo a polaria./o de um elétrodo# Na
evolu./o das estruturas or3Qnias a partir do protoplasma n/o dieren.ado,
e na padronia./o de um ampo elétrio em plos positivo e ne3ativo,
J;ler enontra a prova de Kue a naturea Lsia, assim omo a eperinia
psiol3ia, é ima3inada e VormadaV#
( estudo de Wert;eimer  sore a perep./o do movimento aparente,
editado em 565, oi a primeira pulia./o da esola da *estalt e
Wert;eimer é, portanto, onsiderado o
5 W!C;ler, *estait %s';(i(6, 565?56#
 "# Wert;eimer, Eperimentele &tudlen Uer das &;en von BeXe3un3enV,
heits;rt fr %se;olo3S, :5, 5:5?:9#
Edno Hid;retCer %&t'(t(3L!)s !5_ &ulo 
65
seu undador# %orém, i;ler e ob]a, amos iritimamente assoiados ao
movimento desde o iniio, n/o oram menos ativos do Kue ele ao elaorar
os oneitos da *estalt e ao or3aniar a nova esola# ob]a diri3iu
imediatamente seus esor.os e os de seus disLpulos para (& prolemas da
perep./o visual do movimento# Apliou tamém os prinLpios da psiolo3ia
da *esalt aos prolemas do desenvolvimento mental# ii;ler é talve mais
on;eido nos Estados Unidos pelo estudo relatado em seu livro -;
"enolitK o ACus# Este estudo oi eito na il;a de -enerie, para onde ;avia
si!l= mandado, para realiar esta pesKuisa, pela Aademia %russiana, e
onde fou isolado durante os Kuatro anos da %rimeira *uerra "undial# (
amiente na il;a era etremamente avorOvel a um estudo ompleto dos
nove maaos
inorma.Jes Kue os
sore eram seus
seus paientes,
;Oitos e Kuantidade
oi traida enorme
P lu# %orém, dea maior
talve
ontriui./o desse estudo, talve o maior desafo do ponto de vista da
psiolo3ia ontemporQnea ten;a sido a aplia./o do oneito da *estalt aos
proessos mentais mais elevados nos animais ? P maneira pela Kual os
maaos resolveram prolemas, e mais partiularmente P sua
Vompreens/o repentinaV de uma situa./o# ` J;ler é on;eido, tamém,
pela sua aplia./o da teoria da *estult P iolo3ia e P Lsia#
Além disso, amos oram notavelmente efientes ao apresentar as novas
idéias perante o pMlio de lLn3ua in3lesa# ob]a puliou vOrios arti3os em
in3ls# Um de seus estudos, espeialmente, um relatrio da literatura

eperimental
interesse dos da esola da
psilo3os *sta5t, teve in\unia
norte?amerianos# notria
Realmente, no despertar
é em o
3rande parte
devido a J;ler e a ob]a Kue eiste o atual interesse por este movimento
nos Estados Unidos# Amos leionaram naKuele paLs e ob]a estO
atualmente realiando pesKuisas no &mit; 'olle3e# (s trs livros mais lidos
rios Estados Unidos sore este assunto s/o -;e *rout; o t;e "md, !le
ob]a, e -;e "entalit o Apes e *estalt lse;olo3, de i;ler, sendo este
Mltimo uma eposi./o 3eral destinada ao lei3o, em omo ao psilo3o
profssional#
N# da Editora0 A essa eapaidade de penetrar a essnia de um prolema, de
ompreender, de repente, uma situa./o deu?se o nome de Vinsi3;tV palavra
Kue tem sido usada so esta orma em nossa lin3ua
7 W# O;ler, Die p;sss;en *estaltsn in Ru;e und it station!res &us tand,
56_#
 # ob]a, V%ereption0 an Introdution to t;e !2estalt?t]eorieV,
%stC;oio3iaC Builetin !56$, 56, 975?989#
Naturalmente, os prolemas Kue deram ori3em P esola da *estult n/o
;aviam passado ompletamente despereidos aos anti3os psilo3os#
-ornou?se realmente moda desorir anteipa.Jes da psiolo3ia da *estalt
na ora dos anti3os autores ? omo tamém anteipa.Jes do e;aviorismo#
da psianOlise e de tudo o mais# N/o é de todo surpreendente Kue tais
anteipa.Jes ten;am oorrido, e Kue os prolemas tratados diretamente
por uma determinada esola ten;am atraLdo a aten./o, emora Ps vees de
modo va3o e superfial, de outros espeialistas no mesmo assunto# As
anteipa.Jes, de erto modo, evideniam a autentiidade do prprio
prolema, mostrando Kue nele ;avia al3o realmente# Além disso, ao lado de
seu si3nifado so este ponto de vista, as anteipa.Jes de um oneito
muitas vees o ampliam P lu das semel;an.as e ontrastes# Isto é
espeialmente verdadeiio em rela./o a duas das anteipa.Jes da
psiolo3ia da *estalt#
Uma delas se onentrou na Kuest/o da VKualidade da ormaV ou *estaltKu!
lit t# prolema Kue despertou onsiderOvel aten./o ria se3unda metade da
déada de 586_ e ;e3ou a provoar o resimento de uma esola de
psiolo3ia, a de *ra# A idéia da Kualidade da orma realmente remonta a
589, menionada Kue oi no livro -;e Aralsi#s o &unsation, de Ernst
"a;# A sua prinipal tese era a de Kue a sensa./o onstitui a ase de toda
a inia, tanto Lsia omo psiol3ia mas, no aso em Kuest/o, o ponto
si3nifativo de seus ensinamentos é o Kue admitiu sensa.Jes de espa.o
?orm e senso .ies de tempo?orma# Isto é, "a; inluiu, entre as sensa.Jes,
padrJes espaiais, tais omo f3uras 3eométrias, e padrJes de tempo,
omo melodias, Kue s/o independentes, Kuanto P orma, de KualKuer das
Kualidades senso? riais partiulares, omo a or e a intensidade, nas Kuais
elas apareem# Esta idéia oi desenvolvida por von E;renels, Kue em 586_
l;e deu a ormula./o pela Kual é mais lar3amente on;eida# @on E;renels
deiou laro Kue eistem Kualidades na eperinia n/o epliadas pelas
propriedades das sensa.Jes 3eralmente aeitas# ';amou as mesmas de !
!tZtK5Stit/ten ou Kualidades da orma# ( eemplo lOssio é o da melodia,
uma orma temporal ou padr/o Kue é independente dos elementos
partiulares de sensa./o dos Kuais se ompJe# Em outras palavras, uma
melodia pode ser toada em laves dierentes, em instrumentos Kue
dierem em timre, om diversas intensidades de som, e ontinua a ser a
mesma melodia, pereitamente reon;eLvel através de
6
Edna Hedreder
todas as mudan.as# A melodia é, portanto, VtransponLvelV0
é independente das sensa.Jes prprias nas Kuais oorre pode sur3ir em um
outro onCunto no Kual nen;um elemento do primeiro esteCa presente# (
mesmo é verdade Kuanto ao padr/o espaial# Um triQn3ulo, assim omo
urna melodia, tamém pode ser VtranspostoV# As lin;as de Kue é ormado
podem ser urtas ou lon3as podem ser pretas, vermel;as ou auis e
ontudo, a f3ura ontinua sendo um triQn3ulo# ( prolema da orma é
assim defnitivamente apresentado# A orma indisutivelmente é# porém, mo
estO em nen;um dos elementos da sensa./o# %ara vou E;renels e para a
esola de *ra, Kue adotou o prolema, isto si3nifava Kue a orma é em si
mesma um elemento, mas um elemento Kue n/o é uma sensa./o# + um
novo elemento riado pelo inteleto atuando nos elementos sensoriais#
Estes s/o indispensOveis# A partir dos mesmos, o inteleto ria a orma# %ara
a esola de *ra, portanto, a orma era um \(vo eiemeiito, ormado na
ase das sensa.Jes, uma ria./o por ato do inteleto# (s psilo3os Kue
adotaram esta idéia resolveram o prolema sem reCeitar elementos, mas
aresentando um novo, derivado de orma dierente# Dieriam dos
Suridtiat?ios n/o por ne3ar os elementos, mas pelo arésimo de elementos
Kue os Sundtianos n/o inluLam, e Kue eram 3erados pelos atos mentais
Kue eles n/o admitiam#
(utra anteipa./o da psiolo3ia da *estolt deu?se om o %rotesto de
William ,2ames ontra o elen5entarismo# N/o é preiso repisar o ato de Kue
2ames onsiderava os elementos dos assoiaionistas omo astra.Jes
artifiais, e Kue na sua insistnia de Kue a '(\&inia é um \uo, n/o
urna seK[nia ou um mosaio, salientava n/o somente a ontinuidade da
eperinia, omo tamém o ato de Kue a ontinuidade é priniaial# %ara
2ames, as distin.Jes s/o seundOrias# As VoisasV s/o deslindadas, para fns
pariais e prOtios, do \uo da eperinia, Kue é iniialmente Vuma 3rande,
euerante e arul;enta onus/oV# A onep./o de 2ames é assim muito
dierente daKuela de von E;renels# Este ome.ava om elementos e
terminava om novos elementos 2ames prinipiava om ontinuidade e
terminava om oCetos retirados de seu onteto pelas neessidades
prOtias e fnalidades da vida#
A psiolo3ia da *estalt disorda enatiamente dessas duas interpreta.Jes#
E tamém da esola de *ra porKue é inteiramente oposta ao
elementarismo# Emora pereitamente de aordo om o ar3umento de Kue
a orma é essenial?
%siolo3ia8 do &éulo 
67
mente dierente dos elementos sensoriais 3eralmente aeitos, de Kue é
transponLvel, e Kue n/o pode ser reduida aos prprios elementos, a
psiolo3ia da *estalt n/o soluiona o prolema pelo arésimo de novos
elementos# Disorda de 2ames em sua ren.a de Kue as oisas, oCetos,
unidades de toda espéie, s/o riadas por terem sido arranadas de seu
onteto# Aredita em totalidades, mas em totalidades se3re3aa s ? Kue
s/o assim desde o inLio# =uando ol;amos para o mundo, diem os
3estaltistas, vemos oCetos defnidos, tais omo Orvores e pedras, Kue s/o
pereidos t/o distinta e rapidamente de seus arredores, Kuanto a or verde
é vista dierente da inenta#
%orém, estas dieren.as de opini/o s/o apenas oasionais# + a psiolo3ia
eperimental do tipo Sundtiano Kue os 3estaltistas onsideram a sua maior
inimi3a, e oi om reernia a esta Kue se tornaram lo3o independentes e
estaeleeram o seu pro3rama# @iam na Vteoria do si3nifadoV daKuela
esola um timo eemplo de seus vLios, e omo resultado, uma das
mel;ores maneiras de ompreender o ponto de vista dos 3estaltistas é
eaminar as oCe.Jes Kue eles apresentam ontra aKuela teoria#
( aso da persistnia da orma na perep./o servirO para fns de eemplo,
t/o em omo KualKuer outro# 'omo todos saem, uma pessoa sentada a
uma mesa retan3ular v a parte de ima desta realmente retan3ular, da
mesma maneira Kuj a v Kuando estO de pé ao seu lado, ou ol;ando para a
mesma de erta distQnia# %orém, em nen;um desses eemplos, a ima3em
na retina é em si mesma um retQn3ulo# %ode ser demonstrado em
laoratrio Kue a ima3em na retina é, em ada um desses asos, um
KuadrilOtero irre3ular, e Kue varia de ormato onorme a posi./o dos ol;os
em rela./o P mesa# A psiolo3ia, ent/o, tem Kue responder P per3unta0
De Kue modo a perep./o real se relaiona om uma ima3em retinal t/o
dierente de si mesma^
De aordo om a teoria do si3nifado, a essnia do Kue é pereido é a
massa de sensa./o orrespondente eatamente a este KuadrilOtero
irre3ular de pontos da retina, inluLdo na ima3em proCetada ponto por ponto
na mesma, pelo oCeto# %orém, a superLie da mesa n/o é realmente vista
omo um KuadrilOtero irre3ular porKue tais sensa.Jes visuais oram
assoiadas repetidas vees om outras eperinias porKue a pessoa
aprendeu, através de inontOveis aonteimentos do mesmo tipo, Kue os
oCetos daKuele ormato aparente, oloados na mesma rela./o om os
ol;os, s/o de

6
Edna Hedreder %siolouius do &éulo 
69
ato retan3ulares# (s movimentos dos ol;os, as impressJes tOteis, os
movimentos 3erais do orpo, e entenas de outros aonteimentos tamém
ontriuLram# Uma eperinia aps outra oi aumulada, até Kue os itens
isolados se tornaram t/o intimamente interli3ados e, dessa orma,
imediatamente assoiados om um estLmulo sensorial espeLfo, Kue todo o
onCunto é atin3ido Kuando o ponto entral da sensa./o é despertado#
-odavia, tudo se resume em elementos e assoia.Jes# ( entro de sensa./o
adKuiriu um onteto elaorado esse onteto é si3nifado e este
arateria o Kue é pereido#
-udo isso, de aordo om os 3estaltistas, é um eelente eemplo do Kue a
perep./o n/o é# A sua primeira oCe./o é diri3ida ontra a doutrina do
elementarismo# A psiolo3ia da *estatt assume uma posi./o ineKuLvoa
ontra a idéia de Kue os elementos, omo eistem na realidade, seCam o
material Kue orma uma perep./o ou outra KualKuer eperinia
psiol3ia# Ne3a positivamente Kue os elementos reunidos, misturados,
undidos, ou assoiados de KualKuer maneira, produam as perep.Jes Kue
realmente vemos# Um nMleo de sensa.Jes, ormando o entro de uma
multid/o de ima3ens ou de KuaisKuer outros proessos elementares,
simplesmente n/o é o Kue pereemos de imediato# Wert;eimer empre3ou
o termo V;iptese de li3a./oV para arateriar a teoria se3undo a Kual a
eperinia é uma omposi./o de elementos e os 3estaltistas diri3iram
3rande parte de sua rLtia, prinipalmente nas primeiras ases da sua luta,
ontra esta onep./o# (s elementos, tm eles afrmado amiMde, eistem
somente omo resultadoa da anOlise# Em lu3ar de sur3irem de imediato
omo material primitivo Kue onstitui a eperinia, s/o enontrados
somente aps uma re\e/o ompleta e omo resultado do Kue é
reon;eidamente uma atitude espeial, ou seCa, a do introspeionista
treinado# Um eame direto da eperinia n/o revela nen;um elemento ?
se3undo J;ler, Voisas diminutas loais Kue nin3uém Camais viuV# Além
disso, o oneito de elementos é disutLvel porKue n/o nos deia ver aKuilo
Kue realmente eiste# Fiamos t/o onentrados em reduir a perep./o a
seus elementos, Kue a alteramos, a destruLmos, e privamos de sua
inte3ridade e sin3ularidade, na tentativa de a?la ;armoniar?se om um
plano preoneido# ( elementarismo n/o nos dO apenas uma vis/o alsa
ele se interpJe em nossa oserva./o direta daKuilo Kue realmente vemos#
Um se3undo protesto, realmente CO suentendido no primeiro, diri3ido
ontra o assoiaionismo# (s elos de one/o, assim omo os prprios
elementos, s/o irreais# (s Vla.osV s/o mantidos por simples liames verais,
por meras Ve?oneJesV, para usar outra epress/o de X@ert;eimer# ( erro
dos elementos tem omo onseK[nia neessOria o erro das assoia.Jes#
&e a eperinia é dividida em partes artifiais, al3um meio artifial deve
ser oneido para CuntO ?la novamente, e o resultado s/o os elos de
assoia./o# 'om a ne3a./o dos elementos e da assoia./o, a teoria do
si3ni iado é naturalmente reCeitada ou mel;or, Kuando despoCada de seu
onteMdo, os elementos e as oneJes, ela entra inevitavelmente em
olapso#
Uma ve Kue os elementos e assoia.Jes e a ;iptese de li3a.Jes oram
reCeitados, n/o é de admirar Kue os 3estaltistas esteCam em alertas ontra
os peri3os da anOlise# ( inteleto, atuando sore a nossa eperinia, pode
separO?la em partes porém, daL n/o se onlui Kue a eperinia ten;a
realmente se ormado das partes nas Kuais oi dividida# %elo ontrOrio, os
3estaltistas insistem Kue o resultado da anOlise n/o é inteiramente o
mesmo Kue o da eperinia iniial# A anOlise altera os dados Kue destaa
para eaminar destri a prpria oisa Kue a inia tem por un./o epliar#
( arOter 3loal e a sua sin3ularidade perdem?se na dissea./o, assim
omo um mMsulo deia de o ser, Kuando é ortado em peda.os para ser
estudado no mirospio# E mesmo se um mMsulo or dividido menos
artifialmente, se or disseado em partes reais e naturais, em suas fras
musulares Kue podem ser vistas omo partes reais da estrutura, ele deia
de ser mMsulo# Nin3uém tentaria epliar o Kue é um mMsulo diendo Kue
provém da soma de tais partes, artifiais ou naturais, reunidas omo
estavam antes# Entretanto, oisa muito pareida om tal tentativa é eita
por uma psiolo3ia Kue eplia o seu material omo sendo realmente
omposto de elementos nos Kuais possa ser dividido#

Um Kuarto protesto mal pode ser eito P parte dos outros, porKue os apia e
inlui# + o ataKue eito P V;iptese de persistniaV# 'onorme a esola
3estaltista, esta ;iptese se diunde no pensamento psiol3io sem ser
defnidamente admitida# &upJe uma loalia./o estrita no estLmulo
sensorial, uma rela./o ponto por ponto entre o estLmulo periério e a
eperinia imediata# EnKuanto ;ouver uma orrespondnia entre os dois,
supJe?se Kue nada eiste para ser epliado e Kuando sur3e uma
dieren.a, arranCa?se uma
6:
Edna Heiireder
eplida./o Kue mantém a orrespondnia por meio de al3um liame
medidor#
No livro *estait %s;olo3# o;ler epJe, om o mOimo uidado, a
;iptese de persistnia# -/o deliadamente omo um irur3i/o sondando
um erimento 3rave, ele dissea o teido do pensamento, onde Ca
mer3ul;ada a ;iptese de persistnia# Novamente a mesa retan3ular pode
ser usada omo eemplo# Este oCeto, omo oi dito muitas vees,
3eralmente paree retan3ular e, todavia, é em possLvel ver a superLie da
mesa omo o KuadrilOtero irre3ular desrito pelo introspeionista# =ual
dessas é a eperinia sensorial real ou verdadeira^ Naturalmente amas
s/o reais no sentido de Kue as duas se verifam na eperinia#
'ertamente é possLvel ver a mesa tanto omo o senso omum a v, Kuanto
so a orma em Kue o introspeionista treinado a oserva# %orém, Kual
delas é a mais real^ =ual é a verdadeira eperinia psiol3ia^ A per3unta
Kuase l$(de ser eita assim0 =ual é a real e Kual a ilusria^
De aordo om o introspeionCsta treinado, a verdadeira eperinia
sensorial é aKuela P Kual ele ;e3a por meio de sua atitude espeial0 o
nMleo da sensa./o ao Kual aderem as ontriui.Jes seundOrias do
si3nifado# "as é erto, salieiita J;ler, Kue do ponto de vista do senso
omum, eatamente essas eperinias é Kue s/o eepionais# @emos a
mesa omo sendo retan3ular, pratiamente mil;ares de vees para ada
ve Kue a vemos omo KuadrilOtero irre3ular, e essas mil;ares de
eperinias s/o as Kue realmente usamos Kuando nos reerimos Ps mesas#
Além disso, a mesa do introspeionista tem valor seundOrio, porKue é
derivada da perep./o Kue oorre imediata e espontanearnente,
provenieiite do tipo de eperinia Kue tanto o senso omum Kuanto a
inia devem tomar omo ponto de partida# Isso n/o Kuer dier Kue o
senso omum a.a oCe./o P teoria do si3nifado# %elo ontrOrio, ele a
aeita imediatamente omo inteiramente raoOvel# ';e3a mesmo a
menionO?la Kuando depara om os atos# ( senso omum n/o se
surpreende em asoluto om o aspeto Kue a eplia./o tomou apenas fa
surpreso de Kue ;aCa t/o 3rande dieren.a entre a eperinia diOria Kue
on;ee t/o em e o arOter do VverdadeiroV estLmulo sensorial Kue

onstitui a sua ase#


o;ler onsidera muito si3nifativa esta surpresa# Evidentemente, é muito
natural supor Kue eista uma orrespondnia ponto por ponto entre a
eperinia imediata e o estLmulo periério ? t/o natural Kue Kuando se
mostra
%siolo.Cia. do &u5o 
6<
a dieren.a entre os dois, proura?se imediatamente uma eplia.ao para
restaurar a onordQnia# + esta tendnia Kue se epressa omo a ;iptese
de persistnia e, aseada omo estO numa disposi./o undamental de
nosso modo de pensar, esta ;iptese oi aeita omo provada# Eiste na
psiolo3ia omo pressuposto n/o testado, e desorir uma suposi./o n/o
testada na ase de urna inia eKuivale a revelar um esQndalo ientLfo#
De ato, n/o ;O prova, insiste ii;ler, pelo menos na 3rande maioria dos
asos, de Kue as eperinias epliadas pela teoria do si3nifado oorram
porKue realmente adKuiriram si3nifado# + verdade Kue eistem uns pouos
asos onde é possLvel mostrar Kue o si3nifado oi aresentado a al3um
nMleo entral# ( sLmolo  ine3avelmente é aeito orno VmaisV, e isto
aontee laramente porKue esta no./o oi aprendida# %orém, eemplos
deste tipo n/o s/o a re3ra 3eral# A teoria do si3nifado nuna oi
demonstrada Kuanto Ps mil e uma perep.Jes da vida diOria para as Kuais é
apliada sem ;esita./o# Um etenso aprendiado teria de ser eito, se a
teoria do si3nifado osse verdadeira, antes Kue um oCeto ompleo, omo
é o rosto ;umano, pudesse ser reon;eido omo sendo o mesmo de todos
os pontos de vista e em todas as ondi.Jes possLveis de lu e somra
todavia, o rosto ;umano é uma das primeiras oisas Kue a rian.a mostra
sinais de reon;eer# E este é apenas um eemplo entre muitos# A teoria do
si3nifado oi aeita n/o porKue seCa apoiada por provas, mas porKue a
neessidade de provas n/o oi sentida#
%orém, Kuando esta irunstQnia é apresentada ao introspeionista, é
Kuase erto Kue se mostre ressentido e, para i;ler, o ressentimento do
introspeionista é t/o si3nifativo omo a surpresa do senso omum#
Amos si3nifam Kue os undamentos da onvi./o oram atin3idos# A
psiolo3ia tradiional aeitou a teoria do si3nifado om todas as suas
implia.Jes, apenas porKue se aseia numa tendénia muito natural do
pensamento ;umano Kue, Kuando tornada eplLita, é eposta omo a
;iptese de persistnia# Essa prpria ;iptese oi aeita sem disuss/o ?
mesmo sem ser reon;eida ? e toda a superestrutura eri3ida sore ela se
apia num aliere Kue nuna oi testado#
Uma Kuinta oCe./o Kue a psiolo3ia da *estalt apresenta ontra as suas
rivais é diri3ida ontra a fsiolo3ia delas# +, de erto modo, uma oCe./o ao
empre3o da ;iptese de persistnia P atividade do sistema nervoso# %ois,
Cunta?
Edna Heiireder
mente om o elementarismo, o assoiaionismo, a teoria do si3nifado e a
;iptese de persistnia, amin;a a onep./o Kue onsidera o sistema
nervoso omo um meanismo ompliado de ondutores separados# De
aordo om esta teoria, as orrentes nervosas \uem a partir de pontos de
estLmulo de loalia./o eata nos r3/os dos sentidos até aos r3/os
espeLfos de resposta, através de vias defnidas no sistema nervoso nas
Kuais as lin;as de ondu./o s/o fas e determinadas em todo o perurso#
Em outras palavras, o sistema nervoso é oneido analo3amente a uma
mOKuina onstruLda pela m/o do ;omem om Vdispositivos rL3idosV ? a
epress/o é de ii;ler ? na Kual ada parte é apa de apenas uma espéie
de atividade# Esta onep./o adapta?se de modo admirOvel a uma
psiolo3ia Kue trata om elementos e assoia.Jes, Kue epJe a teoria do
si3nifado, e Kue admite a ;iptese de persistnia# (s 3estaltistas muito
naturalmente a reCeitam, Cunto om as teorias psiol3ias Kue a
aompan;am# As eplia.Jes fsiol3ias propostas em sustitui./o pelos
3estaltistas poder/o ser mel;or apreiadas, depois Kue os ensinamentos
positivos daKuela esola ten;am sido apresentados de modo mais
ompleto#
Antes de eaminarmos, todavia, estes ensinamentos positivos, onvém
oservar Kue as oCe.Jes Kue aaamos de deater s/o, om muita
propriedade, todas relaionadas entre si e Kue todas aem parte de orte e
primordial oCe./o ao ostume de epliar a eperinia psiol3ia em
ra3mentos# &/o partes de um protesto Kue é mais do Kue a soma das
mesmas, e Kue deve ser reon;eido omo de mOima importQnia na
psiolo3ia da *estalt# %ois, 3rande parte do arOter do movimento da
*estatt, ertamente em seus primeiros tempos, oi determinada por estar
anuniando uma revolu./o# A sua primeira tarea onsistiu em denuniar as
impropriedades da psiolo3ia eistente e o seu arOter insurreional era
evidente# =uase na mesma époa em Kue o e;aviorismo lan.ou o seu
desafo nos Estados Unidos, a psiolo3ia da *estalt insur3iu?se ontra a
tradi./o estaeleida na Aleman;a# Assim omo o e;aviorismo, lutava de
ato para arir amin;o ontra a frme resistnia de uma tradi./o
entrin;eirada em suas posi.Jes# E assim omo o e;aviorismo defniu a
sua posi./o em 3rande parte em un./o daKuilo a Kue se opun;a, a
psiolo3ia da *estait deu a tcnia de sua ampan;a ao delarar Kue era
ontra a ordem estaeleida# &u pro3rama inluLa a prolama./o de uma
lista de prosri./o, Kue se iniiava pelo elementarismo, o
%siolo3uis do &é.uho 
assoiaionismo, a ;iptese de persistnia, a teoria do si3nifado, a
onfan.a na anOlise e a onep./o de um sistema nervoso na orma de
meanismo de dispositivos rL3idos no Kual vias defnidas e fas li3am
pontos tamém fos e defnidos#

+ evidente,Kue
protestos, entretanto, onsiderando
a psiolo3ia da *estuitesta
n/o simples enumera./o
sur3e om dede retid/o
a aparnia
evidente, prOtia e de senso omum Kue deu ao e;aviorismo muito de sua
popularidade# ( ;omem omum ompreende imediatamente o Kue si3nifa
enarar o ser ;umano omo se osse mOKuina, e o Kue si3nifa transormO?
lo em mOKuina mel;or por meio de mel;or aCuste de suas pe.as# %reisa
somente utiliar os ;Oitos de pensar CO em seu poder, aps reCeitar aKueles
Kue lidam om a onsinia mas a psiolo3ia da *estait n/o pode reorrer
a medidas assim t/o simples# Emora ;amando a psiolo3ia de volta Ps
eperinias omuns, Ps laras oserva.Jes da vida diOria, ome.a
imediatamente a pesKuisar por Kue aKuela eperinia tem essa orma, e
assim se aasta do plano do senso omum em sua tentativa de ompreend?
lo e epliO?lo#
ome.am + verdade
a estudar Kue omo
o mundo os e;avioristas em omo os
aparee P oserva./o 3estaltistas
omum, e n/o
omo sur3e para o introspeionista treinado# Amos aem a psiolo3ia
passar do nLvel amiliar do senso omum para o mundo da perep./o
omum# A dieren.a estO em Kue a psiolo3ia da *estalt ome.a a eaminar
e a epliO?lo, e o e;aviorismo a maneCO?lo e a a3ir sore o mesmo# Em
onseK[nia, a psiolo3ia da *estait tem maior proailidade do Kue o
e;aviorismo de mer3ul;ar o leitor dentro dos detal;es ténios ora do
omum de um prolema de laoratrio ? e Kue s/o deson;eidos, deve?se
oservar, pois o e;aviorismo tamém possui suas araterLstias ténias
e é t/o insistente Kuanto a psiolo3ia da *estalt na Kuest/o da pesKuisa de
laoratrio# (s 3estaltistas, por eemplo, est/o interessadLssimos em
prolemas de perep./o, e se eiste KualKuer oisa Kue uma pessoa
mediana aeita omo verdadeira s/o os oCetos Kue se vem e os sons Kue
se ouvem# ( prolema de omo e por Kue essas oisas orriKueiras sur3em
desta orma s/o, para o ;omem omum, oisas onusas e tolas# + erto
Kue os proessos do e;aviorista pareem mais prOtios e mais inteli3Lveis#
"esmo Kuando lida om prolemas de perep./o, o e;aviorista a3e de
uma orma Kue de imediato se reomenda ao senso omum# &e deseCa
saer por Kuais r3/os dos sentidos !ou
68
66
sol
8__ Edna Heidreder
reeptores$ um rato enontra o seu amin;o através de um lairinto, ele
priva os ratos de seus reeptores, 3rupo por 3rupo, e em vOrias
omina.Jes, e oserva em ada aso omo oi aetada a sua atividade# &e
deseCa saer se uma erta parte do érero é utiliada para ver, remove ou
dimi\ui aKuela parte e verifa o Kue aontee# N/o se oupa, omo o
3estaltista, om as ases sutis da perep./o ;umana em ondi.Jes
li3eiramente variadas Kue, para o ;omem prOtio, pareem n/o aer
nen;uma dieren.a no mundo# Além disso, a psiolo3ia da *estalt tem uma
onsinia da epistemolo3ia Kue o e;aviorismo a;a uma virtude n/o
possuir# ( e;aviorismo resolve seus prolemas epistemol3ios
introduindo?se neles rutalmente e assumindo o realismo do snso omum#
A psiolo3ia da *estalt, porém, esol;e o seu amin;o delieradamente
através dos lairintos da epistemolo3ia, epliando os motivos da sua é#
Dispensa 3rande uidado ao estaeleer seu direito P sua posi./o ou
mel;or, ao mostrar Kue, do ponto de vista da epistemolo3ia, sua posi./o
n/o é inerior P das inias Lsias# Finalmente, o ato de a psiolo3ia da
*estait pedir ao leitor para aandonar o seu anti3o ;Oito de pensar em
un./o de uma parte li3ada P outra, deia?o om a sensa./o de espanto Kue
naturalmente aompan;a a mudan.a de anti3as maneiras de aer as
oisas# A este respeito, prinipalmente, a psiolo3ia da *estalt ei3e uma
mudan.a Kue é om ertea mais undamental e Lntima do Kue KualKuer
oisa su3erida pelo e;aviorismo# Ei3e uma altera./o nos modos de
pereer e oneer# ( radialismo do e;aviorismo é prinipalmente
prOtio e moral, porém, a vis/o da *estalt ei3e um reaCuste inteletual# E
ei3indo, omo a, uma mudan.a nos modos ;aituais de pensar, a
psiolo3ia da *estalt aree da inteli3iilidade imediata de uma onep./o
Kue ei3e apenas um novo e notOvel reaCuste dos anti3os modos de pensar#
=uando os 3estaltistas apresentam o aspeto positivo de sua ;iptese,
novamente reorrem P eperinia imediata, ao mundo omo é visto na
perep./o omum#

=uem
no Kuervisual
ampo Kue ol;e para onMmero
um erto mundode
aooCetos,
seu redor, diem
talve os 3estaltistas,
mesas, adeiras, verO
Canelas e portas, ou Kuem sae Orvores, pedras, O3ua e nuvens# %orém, em
todos os
9 + interessante oservar Kue, na Aleman;a, a psiolo3ia da *estatt tem
sIdo muitas vees ritiada por sua alta de ompleidade eplsteinol3la, e
nos Estados Unidos por um interesse demasiado proundo pelos prolemas
epistemol3ios#
%siolo3ia8 do &éulo 

asos
é a KueverO
ele oCetos, e ;O duasde
n/o v onCuntos implia.Jes
sensa.Jes,para
maseste
sim simples ato#unifadas#
totalidades A primeira
A se3unda, é a Kue as totalidades s/o isoladas e separadas de um undo#
N/o s/o somente totalidades, mas totalidades separadas#
(s mesmos atos podem ser demonstrados em termos ainda mais simples,
onde as unidades n/o s/o oCetos no sentido em Kue a palavra é
omumente utiliada# : Um eemplo disto é a disposi./o das lin;as na
f3ura 5#
FI*URA 5
Neste aso, o oservador, espontaneal\e\te e sem su3est/o, v as lin;as
em 3rupos de dois porém, seCa o a3rupamento determinado por
proimidade espaial ou pela propriedade de inluir espa.o, n/o pode ser
determinado por este aso isolado# N/o ;O dMvida, entretanto, de Kue a
tendnia para ormar 3rupos, e Custamente esses 3rupos, é muito orte# &e
o oservador tentar ormar outros 3rupos, verifa Ku/o orte é a tendnia
Kue a3e ontra ele# + muito Oi5 ormar
55
55
55

5
liii
III
5555
5
FI*URA 
: (s desen;os se3uintes oram adaptados de f3uras usadas no livro de
WerUielmer, untersu;un3en ur )ere von der *estalt, %s,C](l(3t&']e
Fora;i:\3 !567$, , 7_5?79_ e tamém usados por ;ler em 9ome -as]s
o *estalt %s\olo3V, %s]olo3iei o 567_, 57?5:_# ( deate no teto,
emora aseado em desri.ces de Wert;eimer e d;ler, n/o pretende ser
uma reprodU./( resumida de suas ep(&l'e&# Foi modifado para se
adaptar Ps fnalidades da presente ora#
7_
Edna HeCdreder
um Mnio par om as lin;as mais aastadas, porém, muita 3ente a;a
impossLvel ver realmente este a3rupamento sore todo o ampo visual#
%ode ser ailmente demonstrado Kue ada a3rupamento estO intimamente
relaionado om a perep./o das totalidades e dos oCetos# &e orem
aresentadas outras lin;as, omo na f3ura , o encmeno do a3rupamento
torna?se mais pronuniado# (s 3rupos ressaltam mais distintamente omo
unidades# &e os espa.os orem assim ompletamente ;eios om lin;as, de
maneira a termos uma ima3em ontLnua, omo na f3ura 7, n/o ;O dMvida
de Kue as unidades ;eias s/o unidades e se os retQn3ulos Kue elas
ormam orem proCetados para a rente de modo a ormarem slidos,
tornam?se imediatamente oCetos no sentido omum da palavra#
FI*URA 7
5
%s)rnioCias do &u5o 
7_7
sas rea.Jes, mas é t/o intensa Kue Kuando a irunstQnia eterna n/o estO
inteiramente VormadaV, a rea./o psiol3ia tende a ompletO?la# A
Vompleta./oV é um aso partiular da Vlei da pre3nQniaV, de aordo om a
Kual a eperinia, Kuer seCa espaial ou temporal, e seCa Kual or a re3i/o
sensitiva, tende a assumir a mel;or orma possLvel, de modo Kue as ormas
tendem a se tornar mais eatas e mais em defnidas ? a tornarem?se o Kue
elas s/o, de modo mais ompleto e tLpio#

A f3ura  eemplifa
totalidades n/o é uma tamém umum
Kuest/o de outro ato#
Mnio "ostrade
onCunto Kue a orma./o
atores# Neste de
aso,
inluem?se tanto a proimidade espaial omo a propriedade de ompletar o
espa.o# %ara muitos, a tendnia para ormar espa.os e;ados é maior
nesta irunstQnia do Kue a de proimidade espaial# Entretanto, o ato de
ser possLvel ver trs 3rupos de f3uras omo a se3uinte 5 w, mostra Kue esta
tendnia n/o é invariavelmente dominante# A f3ura 9 mostra uma
disposi./o onde mais outro ator determina o a3rupamento# Neste aso,
nem a proimidade espaial ou o espa.o e;ado s/o deisivos os 3rupos
s/o determinados pela semel;an.a Kualitativa de seus elementos#
%orém, supondo?se Kue a f3ura 5 seCa alterada n/o pelo en;imento dos

espa.os, mas pela adi./o de lin;as ;oriontais, omo na f3ura ,


ooo\
FI*URA 9
ooiH
FI*URA 
a perep./o a3ora muda# HO uma tendnia dierente para onsiderar omo
unidades os espa.os mais lar3os, limitados pelos pares de lin;as mais
aastados, e para ver os ol;etes Kue se onrontam um om o outro,
ormando retQn3ulos#
Vompleta./oV# Este encmeno
N/o somente ;O uma serve de eemplo
tendnia do prinLpio
para a VormaV de
em nos?
A perep./o lara é \uente e plOstia, s/o vOrias as ondi.Jes Kue
determinam a orma./o dos 3rupos#
=ualKuer dos arranCos apresentados nestas ino f3uras eemplifa um
outro ato oservado pela psiolo3ia da *estalt, Kual seCa o da f3ura e
undo# "esmo na f3ura 5 os pares de lin;as om seus espa.os delimitados
s/o f3uras em ompara./o om o resto do espa.o, Kue serve de undo#
Este encmeno torna?se mais laro P medida Kue o a3rupamento fa mais
estOvel, e é o mais pereido de todos, em ormas inteiras omo os
retQn3ulos da f3ura 7# Em al3uns padrJes, a f3ura e o undo s/o reversLveis
? um ato Kue é
7_
Edita HeidreCer
eemplifado por muitos desen;os deorativos# "uitas vees o eeito total
é muito dierente Kuando a f3ura e o undo s/o interamiados# A f3ura e o
undo apresentam araterLstias dierentes# A f3ura paree mais slida ela
se VdestaaV, ( undo é apenas espa.o vaio# &omente a f3ura é VormadaV#
%or eemplo, na f3ura 7 os retQn3ulos s/o vistos omo ormas, e o undo é
apenas espa.o# ( undo n/o é visto omo uma superLie plana om
retQn3ulos etraLdos da mesma, omo é 3eometriamente possLvel#
*rupos soltos e estOveis, f3uras ompletas e inompletas, ormas
3eométrias e oCetos slidos ? s/o todos *estalten e mesmo estes asos
em simples mostram os prinLpios Kue undamentam a eperinia#
Basiamente, eiste a tendnia para a eperinia ser VormadaV e para os
omponentes ormarem 3rupos para as f3uras inompletas serem
ompletadas e tornadas mais defnidas e eatas e para o ampo total ser
or3aniado ? Kuase se poderia dier estratifado ? em f3ura e undo# +
omo se um proesso estivesse em andamento em usa de um estado de
eKuilLrio, no Kual as ormas alan.am o mOimo de estailidade e no Kual a
or3ania./o total é mais ompleta# Este proesso n/o inlui a omposi./o
de elementos# As ormas Kue apareem n/o podem ser epliadas em
un./o de um ra3mento aresentado a outro, ( ato de duas lin;as serem
vistas omo um par n/o pode ser epliado tomando?se as lin;as isolada?
mente nem pela anOlise das mesmas em ra3mentos# + a disposi./o do
ampo total Kue determina Kue devam ser vistas em pares# %ode?se ver
mais depressa Kue é a onf3ura./o total Kue determina a eperinia
Kuando a adi./o ou a altera./o de uma Mnia parte muda o arOter de toda
a perep./o# *estaiten n/o s/o estruturas rL3idas ompostas de unidades
tamém rL3idas apresentam diversos 3raus de estailidade# + esta espéie
de eperinia Kue a psiolo3ia deve epliar ? n/o os elementos
Custapostos no tempo e no espa.o, mas sim a eperinia na Kual as
totalidades VormadasV sur3em e tendem a sur3ir#

-alve pare.a or.ado etrair tanta teoria sore al3umas lin;as e f3uras#
%orém, a psiolo3ia da *estat, deve ser lemrado, estO sempre prevenida
ontra a teoria do si3nifado, e ao usar eemplos t/o laros Kuanto
possLvel, estO evitando a rLtia de Kue seu material apresenta as
araterLstias Kue tem porKue o si3nifado l;e deu previamente essas
araterLstias# (s oCetos omuns da vida est/o repletos de si3nifado, o
Kue n/o aontee om os espa.os e lin;as
%sSolo3ias io &éulo 
7_9
simples# Além disso, os 3estaltistas, tendo apresentado seus prinLpios
neste meio sem sentido, n/o tm difuldade em mostrar Kue os mesmos
prinLpios aem parte da eperinia diOria#
=ualKuer oCeto é um todo isolado# N/o é uma reuni/o de partes, e tamém
n/o é uma por./o indistinta de uma ontinuidade n/o dieren.ada é uma
unidade separada e imediatamente sentida omo tal# =ualKuer oCeto om
a sua ase demonstra f3ura e undo e, em al3uns asos, as dieren.as
tLpias entre f3ura e undo s/o espeialmente \a3rantes# J;ler salienta
Kue o éu visLvel entre os ediLios de uma rua n/o é 3eralmente visto omo
VormadoV# -odavia, om os ontornos defnidos Kue o eram, o éu poderia
muito em ormar uma Vf3uraV 3eométria, emora, psiolo3iamente,
raramente o a.a# *eralmente, os ediLios s/o vistos omo ormas, e o éu
omo undo# Um mapa marLtimo, tamém, mostra a importQnia da f3ura e
undo# "uita 3ente, ao ol;ar pela primeira ve tal mapa do mar
"editerrQneo, n/o o reon;ee omo tal# ( ontorno é, naturalmente,
eatamente o mesmo do apresentado num mapa terrestre mas n/o é
reon;eido porKue, no mapa marLtimo, o mar é apresentado omo a orma,
e n/o apenas omo undo, omo nos mapas terrestres omuns da Orea
mediterrQnea# Neste aso, a invers/o da f3ura e undo altera tanto a
perep./o Kue um ontorno ;aitual n/o é reon;eido# (s psilo3os da
*estait est/o tamém interessados nos asos de ormas emutidas, tais
omo as Kue se enontram nos Kuadros de Kuera?ae.as, nos Kuais um
/o, uma onea ou KualKuer oCeto omum devem ser desoertos em
al3uma parte do desen;o# &e3undo os 3estaltistas, estas ormas emutidas
mostram o triuno da or3ania./o sensorial imediata, sore o si3nifado
pois tais ormas possuem tudo o Kue a teoria do si3nifado reKuer, e
todavia n/o s/o reon;eidas de imediato# -m ontornos vistos
se3uidamente na eperinia aumularam um 3rande estoKue de
inorma./o todavia, perdem?se nestas irunstQnias#
( a3rupamento, tamém, é visto de inMmeras maneiras na vida diOria# N/o
é preiso espeifar os muitos eemplos nos Kuais o a3rupamento dos
oCetos omuns se3ue os prinLpios mostrados nas f3uras do eemplo ?
distQnia relativa, a inlus/o do espa.o, aaamento das ormas su3eri< A
maioria dos eemplos Kue se se3uem sPo etraidos do livro *estalt
%s;olo3 de ;ler e -;e *roSt] o t;e "tnd de ob]a#
7_:
Edna Hei i reder
%siolo3ias do &éulo 
7_<
das, e assim por diante# ( a3rupamento pode oorrer em ormas mais sutis,
mas nem por isso menos reais# &e trs ;omens est/o empen;ados numa
disuss/o, dois ontra um, os dois ser/o vistos omo um 3rupo e o tereiro
omo uma unidade separada deles# A atividade do deate pode determinar

a perep./o
tais da ena toda,
omo proimidade e pode
espaial ser dominante
e i3ualdade sore
de ra.a as outras ondi.Jes,
ou idade#
Uma orma./o de *estalt Kue seCa temporal e espaial é eemplifada pela
padronia./o da eperinia Kue se verifa Kuando uma pessoa estO
travando on;eimento om uma idade Kue nuna ora por ela visitada#
Nem mesmo um Mnio ponto de reernia é visto isolado, porém sur3e de
um modo va3o# )o3o a se3uir, al3uns outros pontos de reernia se
destaam, al3uns lu3ares se tornam defnidos, e aos pouos toda a ena
3an;a em larea e entrosamento até ser otido um onCunto defnido#
"uitos asos omo esse aran3em a perep./o visual, porém os *estalten,
naturalmente, n/o se resumem ao ampo visual# Um padr/o simples de
toKues


eemplifa, no ampo auditivo, vOrios dos prinLpios Kue aaamos de
deater o encmeno do a3rupamento, no Kual os onCuntos de trs s/o
ouvidos omo todos isolados o encmeno da f3ura e undo, no Kual os
3rupos de toKues s/o as f3uras e os intervalos de silnio, o undo o
encmeno da Vompleta./oV, no Kual eiste a tendnia em adiionar um
toKue ao Mltimo 3rupo para ormar 3rupo ompleto# A propsito, a
passa3em do padr/o visual para o ampo auditivo, Kue é eita sem a menor
difuldade, eemplifa a VtransponiilidadeV da orma e demonstra sua
independnia de KualKuer onCunto espeial de elementos#
( traal;o de ob]a sore desenvolvimento mental ornee al3uns
eemplos muito si3nifativos de *estalten n/o ori3inalmente pereptuais#
(s re\eos envolvidos nos movimentos dos ol;os, por eemplo, s/o
epliados n/o em un./o de li3a.Jes nervosas de um terminal a outro,
omo no esKuema do aro re\eo tLpio, mas em un./o de atividades num
Mnio sistema Lsio, no Kual estruturas espeiais, omo a retina e os
mMsulos, n/o s/o partes independentes do aparel;o, mas sim elementos
de um todo no Kual todas as partes est/o

intimamente relaionadas e respondem uma P outra, e no Kual nen;uma


parte deia de ser in\ueniada pelo Kue estO aonteendo nas outras# (s
instintos, tamém, s/o *estalten# Uma a./o instintiva, insiste ob]a, n/o é
uma adeia de re\eos, nem uma simples suess/o de atividades pariais,
mas sim um proesso ontLnuo, um todo unifado no Kual ada atividade
parial é determinada n/o somente pela atividade Kue imediatamente a
preede, mas tamém pela atividade total e ada ase da mesma ?
prinipalmente pela naturea do ato Kue fnalia o proesso# Uma das
notOveis araterLstias do instinto, a sua tendnia na dire./o de um fm
ou alvo, é um eelente eemplo de Vompleta./oV numa *estalt temporal#
(s estudos dos maaos eitos por J;ler mostram Kue os *estalten
oorrem no proesso de resolver prolemas# A resolu./o de um prolema,
[;ler onsidera uma a./o ontLnua ? nada pareida om a fa./o e a
elimina./o de liames defnidos preeistentes de -;orndi]e, mas uma
atividade visando a um fm, e Kue é um todo ontLnuo, e na Kual ada
atividade parial se aCusta ao padr/o total Kue é o Mnio a l;e dar
si3nifado# Este ato torna?se aparente pelo omportamento visLvel do
animal# Na verdadeira resolu./o de prolemas, os prprios movimentos
orporais ormam uma seK[nia temporal Kue mostra laramente
ontinuidade, dire./o no sentido de um oCetivo, e onlus/o# %orém, ainda
mais importante é o ato de Kue o ponto rLtio na solu./o do prolema, o
Vinsi3;tV da situa./o, é tamém oneido omo a orma./o de uma
*estalt# ( Vinsi3;tV é uma padronia./o do ampo pereptual de tal
maneira Kue as rela.Jes importantes s/o vias é a orma./o de uma
*estalt na Kual os atores relevantes se aCustam em rela./o ao todo# %ara
apresentar a Kuest/o de modo mais defnido, um animal tem um Vinsi3;tV
de seu prolema Kuando onee uma aia omo al3o em Kue pode suir
para alan.ar uma ruta Kue estO suspensa ora de seu alane ou Kuando,
por aaso, onse3ue Cuntar duas varas para ormar uma s de omprimento
sufiente para oter a ruta Kue ada vara isolada é muito
urta para alan.ar#
Finalmente, os *estalten s/o enontrados em proessos inteiramente ora
do ampo psiol3io# Em iolo3ia, o proesso da onto3nese mostra

eemplos \a3rantes# Neste aso,


8 Uma ritia da teoria da aprendia3em de -;orndi]e representativa do
ponto de vista da *estalt pode ser enontrada no livro de l'ot]a -;e
*roSt] o t;e "inei, 5:7?5<#
7_8
%aiolo3ias do &éuo 
7_6
Edna Heidreder

o desenvolvimento ordenado das estruturas or3Qnias defnidas


provenientes das primeiras amadas do emri/o ornee *estalten
temporais e espaiais astante semel;antes PKueles enontrados em
psiolo3ia# Apresentam a mesma seK[nia em ordenada, a mesma
ontinuidade, o mesmo avan.o no sentido de um fm determinado, a
mesma rela./o de proessos espeLfos om o todo no Kual est/o inluLdos#
A Lsia, tamém, apresenta *estalten# -odos saem Kue o leo e a O3ua
n/o se misturam, e todos Kue viram as duas sustQnias permaneerem
separadas uma da outra viram a orma./o de *estalten Lsios, neste aso
pela intera./o de or.as Lsias nos limites dos dois lLKuidos# (utro eemplo
mostra ainda de modo mais \a3rante a orma./o de uma *estalt Lsia# &e
um la.o de fo de seda é lan.ado sore uma amada de sa/o t/o de leve,
de maneira a n/o Kuerar a amada, e se a Orea aran3ida pelo la.o é
piada por um alfnete, o uro resultante tomarO a orma de um Lrulo, seCa
Kual or o ormato ori3inal do la.o# Neste aso, uma orma onstante é
sempre produida pela intera./o das or.as Lsias aionadas pelo uro do
alfnete# -odo o sistema solar, de ato, pode ser onsiderado omo uma
*estalt, na Kual nen;uma parte do mesmo é independente do todo ou de
KualKuer outra parte, e em seu todo mostra uma padronia./o tanto
temporal omo espaial em alto 3rau de or3ania./o Kue é mantido pela
intera./o das or.as Lsias# E em todos esses asos, tanto no sistema solar
Kuanto na amada de sa/o, no resimento dos r3/os do orpo, omo no
aso da O3ua e leo Kue n/o se misturam, o proesso é ordenado e a orma
otida sem KualKuer meaniismo visLvel para aer isso ? sem nen;um dos
arranCos espeiais das estruturas meQnias Kue ostumamos ver nas
mOKuinas onstruLdas pelo ;omem#
&em arranCos espeiais, deve?se prinipalmente oservar# A rase é
importante porKue ornee a ;ave para os prinLpios epliativos Kue os
3estaltistas propJem para sustituir aKueles Kue reCeitam# A psiolo3ia da
*estalt tem difuldade para mostrar Kue os *estalten Lsios podem ser
epliados através da intera./o das prprias or.as Lsias, e Kue as
estruturas rL3idas Kue arateriam as mOKuinas onstruLdas pelo ;omem
n/o s/o esseniais# A reCei./o do meaniismo é 3eralmente onsiderada
omo impliando urna aeita./o do vitalismo porém, a psiolo3ia da
*estalt, afrma?se laramente, é t/o oposta ao vitalismo omo ao
meaniismo# ( meaniismo e o vitalismo i3noram o ampo da dinQ mia
a parte da Lsia Kue estuda a intera./o das prprias or.as Lsias e é neste
ampo da inia Lsia Kue a psiolo3ia da *estalt enontra a oportunidade
de epliar os seus encmenos# Uma eplia./o Lsia, salientam os
3estaltistas, n/o é ori3atoriamente uma eplia./o meQnia e uma
eplia./o n/o?meaniista n/o é neessariamente uma eplia./o mLstia#
Uma psiolo3ia Kue n/o pode aeitar a anti3a no./o do sistema nervoso
omo sendo uma mOKuina ? omo um arranCo de unidades de ondu./o
fas ? n/o é epulsa das inias naturais em usa de uma eplia./o#
-em todo o ampo da dinQmia P sua disposi./o#

Nas mOKuinas eitas pelo ;omem ;O dois onCuntos de atores inluLdos as


or.as Kue as propulsionam e os arranCos espeiais Kue as aem andar de
uma erta orma# Na mOKuina a vapor, a or.a é a press/o eerida pelo
vapor os arranCos espeiais s/o o ilindro e o pist/o Kue se adapta ao
ilindro# A mOKuina a vapor é tLpia das mOKuinas eitas pelo ;omem no
sentido em Kue a or.a é 3uiada pelos dispositivos rL3idos Kue tornam a
a./o possLvel em apenas uma Mnia dire./o#
(s seres ;umanos s/o inlL;ados a pensar Kue as or.as da naturea ? as
;amadas or.as Ve3asV ? se aandonadas a si mesmas, produem
somente aos e destrui./o# Raioinando por analo3ia om suas prprias
mOKuinas, eles supJem Kue se as or.as naturais devem produir al3uma
espéie de ordem, preisam ser diri3idas se3undo normas rL3idas
assinaladas por dispositivos espeiais# (s ;omens demoraram para rer Kue
as or.as da naturea, atuando umas sore as outras, podem, em si mesmas
e por si, produir ;armonia e ordem#
E, todavia, as mOKuinas eitas pelo ;omem s/o apenas um aso partiular
dos sistemas Lsios em 3eral# Em todos os sistemas Lsios eistem dois
onCuntos de atores0 as prprias or.as e aKuelas propriedades do sistema
Kue podem ser ;amadas as ondi.Jes invariOveis de sua a./o# (s
dispositivos rL3idos, tais omo os enontrados nas mOKuinas, s/o apenas um
tipo espeial de ondi.Jes invariOveis e nos sistemas Lsios realmente
enontrados na naturea, eiste uma enorme varia./o na in\unia relativa
das or.as
vees, reaisAse mOKuinas
a outra# das ondi.Jes
eitasinvariOveis#
pelo ;omem ss/o
vees
um uma
aso predomina,
eepional,e no
por
Kual os dispositivos rL3idos s/o muitLssimo importantes porKue eluem
todas a possiilidades de a./o, menos uma# Em ontraste, eiste a ordem
do sistema solar, Kue é
75_
Edna Heidreder %ssolo3ia8 do &éulo 
755
mantida pela intera./o das or.as Lsias neste aso, n/o ;O dispositivos

rL3idos ? n/on/o
aristotélia, eistem
eisteVeseras de al3uma,
estrutura ristalV, omo
de atoas? da astronomia
para manter os planetas
em suas ritas# E Kuando dois Otomos se unem para ormar uma simples
moléula, ormam um todo em ordenado, tamém sem arranCos espeiais,
somente através da intera./o dinQmia#
A onep./o do sistema nervoso, omo um onCunto de ondutores isolados
por meio do Kual os impulsos nervosos s/o levados de um determinado
ponto a outro ao lon3o de vias fas, orresponde P teoria da mOKuina# Um
sistema oneido desta maneira é naturalmente uma Kuest/o de
dispositivos espeiais e omo nas mOKuinas eitas pelo ;omem, os
dispositivos espeiais ? teido froso espeial, entros nervosos espeiais, e
oisas desse teor ? s/o atores preponderantes# + a esta onep./o Kue os
3estaltistas se opJem# A psiolo3ia da *estalt sustenta Kue a eperinia
revelada pela oserva./o, padroniada, plOstia e VormadaV omo é, n/o
pode ser otida a partir de tais dispositivos rL3idos na intera./o das
prprias or.as Lsias, mais do Kue nas estruturas i3uais P mOKuina Kue
eluem todas as possiilidades, menos uma, ela v a eplia./o para o
aso# A psiolo3ia 3estOltia supJe Kue eista no sistema nervoso uma
intera./o de or.as anOlo3as Ps da intera./o dinQmia, a Kual, sem
estruturas espeiais para restrin3ir o seu raio de a./o, produ or3ania./o
no Otomo e no sistema solar# ( 3estaltista n/o pensa em un./o de sistemas
de fras li3ando determinadas Oreas sensitivas om ertos r3/os motores
através de vias fas no sistema nervoso entral# Aredita Kue por mais em

eitas e numerosas
inadeKuadas Kue as possiilidades
para epliar de li3a./o
a eperinia omo ela é#se tornem,
%ensa maiss/o
em un./o
de padrJes de or.as para mudar e em tensJes omo aKuelas Kue d/o a
orma irular numa pelLula de sa/o# ( sistema nervoso, insiste ele, ou
mel;or, o sistema nervoso e seus aneos devem ser onsiderados omo um
todo# ( Kue aontee na retina, por eemplo, n/o pode nuna ser
onsiderado em si e por si mesmo pois ela é apenas uma das superLies do
sistema nervoso, e tudo o Kue nela aontee in\uenia e é in\ueniado pelo
desenrolar total dos atos no sistema nervoso# + astante si3nifativo Kue a
orma./o de *estalten na eperinia imediata é determinada por atores,
omo a distQnia relativa e as rela.Jes das propriedades Kualitativas ? omo
se demonstra de orma mais simples pelos pares de lin;as e outras f3uras
dadas no inLio deste apLtulo pois s/o Custamente tais atores Kue a Lsia
a;a serem deisivos na intera./o das or.as# %ara os 3estaltistas a
onep./o da atividade nervosa em un./o da intera./o dinQmia paree
n/o somente ser relamada pelo arOter da eperinia imediata, omo
tamém apoiada pelos atos das inias Lsias# (s detal;es da onep./o
n/o oram ormulados, porém, o ontraste entre a teoria da intera./o
dinQmia e a dos dispositivos tipo mOKuina é laro e inonundLvel#
+ possLvel Kue tudo isso pare.a muito pretensioso# + erto Kue os
3estaltistas pro3rediram depressa e avan.aram muito# 'ome.ando om
encmenos espeiais da perep./o, ampliaram os seus oneitos através de
todo o ampo da psiolo3ia e mesmo além, na iolo3ia e na Lsia# &ur3e a
per3unta inevitOvel0 Eiste al3uma prova em apoio dessas espeula.Jes^
Nin3uém mais do Kue os prprios 3estaltistas poderia estar a par mais
seriamente da oportunidade dessa per3unta, pois, emora apresentem o
seu aso om desvelo, a sua esola n/o é a do tipo Kue se estende em
apresenta./o e ar3umento# -omando omo ponto de partida um estudo
eperimental, a psiolo3ia da *estalt nuna pretendeu Kue seus prolemas
pudessem ser resolvidos de KualKuer outra maneira a n/o ser por um apelo
P evidnia ientLfa# Desde o inLio, os 3estaltistas se apliaram
assiduamente P eperimenta./o# Al3umas de suas pesKuisas mais
importantes oram sore a perep./o e, inelimente do ponto de vista da
apresenta./o, a maior parte desse traal;o oi por demais ténio porém,
um eperimento de perep./o, Kue é t/o sim? pies na ténia omo é tLpio
no método 3eral, servirO de eemplo do seu modo de ataar o prolema#
J;ier, aendo eperimentos om 3alin;as, aostumou?
?as a tirarem 3r/os de um papel de erta tonalidade de inento# Foram
usados dois tons de inento, sendo espal;ados os 3r/os nos dois# =uando
as aves apan;avam os 3r/os do inento mais esuro podiam om?los
Kuando apan;avam os do papel mais laro, eram au3entadas# s vees, o
inento esuro estava P direita e outras P esKuerda do mais laro#
Finalmente, as 3alin;as aprenderam a omer os 3r/os do inento esuro#

6 A teoria
;ler Kue aaamos
na *eatalt %;oio3de apitulo
eso.ar I@#
é um reve relato
Wert;eimer da da desriZo
mesma maneirade
opcs?se P anti3a teoria, sustituindo?a pela do urto?iruito ortial#
75
Edna Heiireder %siolo3ias do &éulo 
757
Esta parte do eperimento oi apenas preparatria# &e3uiu?se uma série de
testes, Kue oloou o prolema ruial# Novamente os 3r/os oram
espal;ados em papéis de dois tons dierentes de inento, porém, aKuele
Kue tin;a sido o mais esuro na série preliminar era o mais laro na nova
série de testes# &e as 3alin;as a3ora omessem deste papel, estariam
rea3indo a um elemento espeLfo, a um inento determinado se
prourassem alimento no inento mais esuro, estariam rea3indo a uma
situa./o 3loal, a uma rela./o, ao lado mais esuro do padr/o# As 3alin;as
rea3iram apan;ando, por via de re3ra, os 3r/os no lado mais esuro dos
dois inentos, e n/o no inento Kue ;aviam aprendido a preerir na série
prévia, ( seu omportamento oi uma rea./o P or relativa# Esta desri./o
dO apenas o eso.o mais simples do eperimento e n/o a Custi.a P
maneira pela Kual as ondi.Jes oram variadas e ontroladas de modo
sistemOtio, nem ao eame eito dos prolemas susidiOrios# "ostra,
entretanto, o plano 3eral Kue é tLpio de muitos dos eperimentos sore

perep./o#
rea3ir tantoAs irunstQnias
a um s/o dispostas
elemento isolado, omo Pde tal orma
*estalt total,Kue é possLvel
e as rea.Jes dos
suCeitos deidem a avor de uma das alternativas#
&e3uindo o mesmo plano 3eral, oram empreendidas eperinias de
reon;eimento para determinar se um dado elemento ou a situa./o 3loal
s/o deisivos# &ore a memria em 3eral, a esola da *estalt tentou
mostrar, pelas suas prprias eperinias e pela reinterpreta./o dos
estudos anteriores, Kue a or3ania./o inte3ral, mais do Kue as assoia.Jes
espeLfas entre ertos elementos, deteimina se um erto onteMdo é
onservado ou reproduido# ( traal;o de 9;ler eito om maaos é o
eperimento lOssio sore os proessos mais elevados Kue inluem o
Vinsi3;tV# urt )eSin ontriuiu om estudos sore a a./o e o
omportamento# ( oneito de f3ura e undo, Kue os 3estaltistas adotaram,
derivou do traal;o de Ed3ar Ruin# Do prinLpio ao fm, a pesKuisa ativa
desempen;ou sempre um papel importante no pro3rama da esola da
*estalt#
+ si3nifativo, além disso, Kue os 3estaltistas ten;am enontrado provas
em avor de suas teorias, ora do ampo da prpria psiolo3ia# (s psilo3os
norte?amerianos tm estado partiularmente interessados no ato de Kue
uma parte dos reentes traal;os sore iolo3ia ? levados a eeito de modo
ompletamente independente da esola 3estOltia e sem KualKuer rela./o
om seus ensinamentos ? deu resulta?

dos Kue se oadunam om as teorias 3estOltias# ( traal;o de ';ild, por


eemplo, mostra Kue o estaeleimento de um 3radiente fsiol3io é da
mOima importQnia Kuando se determina o padr/o do or3anismo em
desenvolvimento e Kue este padr/o pode ser alterado, alterando?se o
3radiente# Isto si3nifa, usando a terminolo3ia dos 3estaltistas, Kue o
desenvolvimento de um or3anismo é uma Kuest/o de or.as e tensJes
amiantes ? de intera./o dirrQmia mais do Kue dispositivos rL3idos# (
traal;o de 'o3;ill atin3e mais diretamente os prolemas da psiolo3ia#
Estudando o omportamento motor dos or3anismos em desenvolvimeito
om rela./o ao resimento nervoso, 'o3;ill desoriu no amlistoma Kue
os movimentos do orpo todo sur3em primeiro, e Kue os movimentos eatos
e restritos omo os re\eos apareem depois, os mais limitados
diereniando?se a partir dos maiores no deorrer do desenvolvimento#
"in]oSs] e olaoradores enontraram india.Jes do mesmo tipo de
desenvolvimento no eto ;umano# Eaminando as rea.Jes de etos
aortados, desoriram Kue as atividades dos menores e mais Covens eram
diusas, aran3endo o or3anismo omo um todo, mas naKueles Kue
apresentavam uma etapa mais avan.ada de desenvolvimento, podiam ser
onse3uidos re\eos em defnidos#
Assim tamém os estudos de Fran e )as;le mostram, pelo método de
etirpa./o nos éreros de animais e pelo método de reeduar os soldados
portadores de lesJes ererais, Kue a destrui./o de Oreas limitadas no
érero n/o impede defnitivamente o omportamento omumente
atriuLdo PKuelas por.Jes do érero ou, novamente usando as palavras
dos 3estaltistas, Kue n/o eistem Vdisposi.Jes rL3idasV ori3atria e
invariavelmente inluLdas na eeu./o de determinados atos# + de
partiular interesse oservar, a esse respeito, Kue oi o eame da
eperinia imediata, mais do Kue a pesKuisa direta no prprio sistema
nervoso, Kue levou os 3estaltistas P sua teoria da naturea da atividade
nervosa# -endo oservado ertas propriedades na eperinia imediata ? sua
or3ania./o, sua suseptiilidade P soma total dos estLmulos ? e a;ando a
teoria da mOKuina inadeKuada para epliO?las, desenvolveram uma nova
teoria em ;armonia tanto om suas prprias oserva.Jes Kuanto om as
leis Lsias on;eidas# Em outras palavras, os 3estaltistas preeriram a sua
teoria prinipalmente porKue ela orneia mel;or desri./o dos atos da
eperinia imediata, e n/o porKue ;ouvessem eito eperinias om o
prprio sis
75
Edna Heidreder
%siolo3ia8 do &éulo 
759
tema nervoso#  Ao traal;ar dessa orma, partiiparam em uma das mais
interessantes onver3nias de pontos de vista em psiolo3ia# A
semel;an.a entre a interpreta./o 3estOltia da atividade nervosa e aKuela
diundida por )as;le, entre a Vintera./o dinQmiaV e a Va./o de massaV é
imediatamente pereida, omo tamém o ato de Kue esta prova orneida
por duas ontes é omplementar# + altamente si3nifativo Kue dois planos
de traal;o t/o diversamente motivados e sur3indo de prolemas e pontos
de vista t/o dierentes, ;e3assem t/o primos um do outro e Kue uma
teoria da a./o nervosa aseada, omo era o aso, de aordo om a
oserva./o da eperinia imediata, onordasse tanto om uma teoria
Kue, aseada na eperimenta./o direta om o prprio sistema nervoso, da
mesma orma reCeitava a teoria da a./o om loalia./o defnida ao lon3o
de amin;os ri3idamente determinados e sustituLa o oneito de a./o de
massa#
Do deate preedente é vio Kue a psiolo3ia da *estalt reon;ee o
omportamento e a onsinia, e Kue n/o tem KualKuer dMvida em diri3ir
suas oserva.Jes seCa para o mundo Lsio ou para a eperinia imediata#
"as, para os estudiosos norte?amerianos, KualKuer desri./o desta esola
pareerO va3a e impreisa até Kue ela delare epressamente a posi./o dos
3estaltistas om rela./o a dois pontos de reernia Kue se tornaram t/o
omuns, o estruturalismo e o e;aviorismo#
De diversos modos, a psiolo3ia da *estalt se opJe a amos# A psiolo3ia
eperimental tradiional da Aleman;a, da Kual o estruturalismo
tit;eneriano oi o representante norte?ameriano, era, naturalmente, o

inimi3o f3adal
déadas na delara./o
aps sua opini/o dos de
3estaltistas e mesmo
independnia, ` se ;oCe em dia,
KualKuer vOrias
animosidade
pereptLvel se insinua nas palavras dos 3estaltistas, é mais provOvel Kue se
enontre em seus ataKues P esola tit;eneriana do Kue a KualKuer outra# A
sua oCe./o, é Kuase desneessOrio dier, é ontra o elementarismo da
esola e os ;Oitos de pensamento Kue o mesmo implia e n/o ontra a
tentativa de estudar a onsinia# A psiolo3ia da *estalt aeita a
5_ Isto n/o si3nifa, naturalmente, Kue os 3estaltistas a3iram sem
onsiderar os traal;os sore a fsiolo3ia do sistema nervoso# Em espeial,
(s estudos alem/es aseados nas vitimas da 3uerra vieram em apoio de
suas idéias# As suas prprias ontriui.Jes tipias, entretanto, %rovieram
dos estudos eperimentais dos prprios proessos psiol3ios#
` N# da dCtora0 %ara a eata ronolo3ia da psiolo3ia da *estalt, ver as datas
das (ras itadas na ilio3rafa deste apitulo#
eperinia imediata omo dados onretos nem um pouo menos
disutLveis do Kue os dados rutos das inias Lsias# Ela se opJe,
entretanto, Ps limita.Jes Kue a psiolo3ia mais anti3a impJe ao estudo
ientLfo da eperinia direta# (pJe?se ao uso elusivo do tipo de
oserva./o desenvolvido pelos Vintrospeionistas treinadosV opJe?se ao
uso elusivo de uma ténia na Kual é assumida uma atitude espeial de
laoratrio, e na Kual a eperinia omo e apresenta na oserva./o diOria

!a mesa retan3ular
Vorri3idaV omo paree
!o KuadrilOtero ser$
irre3ular Kueé oreCeitada em avor desreve$#
introspeionista da eperinia
(s
3estaltistas insistem enatiamente Kue a eperinia in3nua do senso
omum tem direito de ser ouvida na psiolo3ia# Areditam no tipo de
oserva./o Vn/o orri3idaV Kue se ;ama enomenol3ia# E, mais ainda,
areditam Kue o introspeionista elui os prolemas mais ur3entes e
si3nifativos de sua inia ao onsiderar omo VverdadeirosV dados
psiol3ios somente as eperinias, tais omo as Kue resultam de sua
atitude peuliar# A psiolo3ia da *estalt n/o a nen;uma oCe./o, seCa Kual
or o estudo da eperinia direta# A sua KuiLlia om o introspeionista
treinado é ontra o artifialismo de seu método, e n/o ontra sua tentativa
de estudar a onsinia#
'ontra o e;aviorismo, a esola 3estOltia apresenta duas oCe.Jes
prinipais# Uma é a de Kue os e;avioristas sem neessidade reCeitam a
onsinia ? sem neessidade, porKue a onsinia é um ato da
eperinia, n/o mais nem menos CustifOvel, l3ia e
epistemolo3iamente, do Kue o mundo Lsio# + si3nifativo Kue em *esta#lt
%s;olo3, livro esrito em in3ls para ser puliado nos Estados Unidos,
J;ler, diri3indo?se ao Kue ;ama o undamentalismo Kue o e;aviorismo
estaeleeu naKuele paLs, utilia todo o primeiro apLtulo para salientar a
inonsistnia entre a Vin3enuidade sadiaV dos e;avioristas ao aeitar o
mundo Lsi.o, e a sua Vpurea epistemol3iaV ao reCeitar a onsinia#
Neste apLtulo, tomando a eperinia in3nua omo ponto de partida de

toda
e inia,
eplia Kue mostra omo é eita
é t/o impossLvel a distin./o
provar entrede
a eistnia o oCetivo
um mundo e oLsio
suCetivo,
independente omo provar a onsinia de uma pessoa viin;a# E uma ve
Kue a Lsia tem ido para adiante apesar deste ato, ar3umenta Kue é
possLvel para a psiolo3ia a3ir de orma idntia Kue é mel;or adotar uma
Vin3enuidade sadiaV do Kue ser limitado pelos esrMpulos da Vpurea
epistemol3iaV# A se3un
75:
Edna Heidreder
da oCe./o ao e;aviorismo é a de Kue ele empre3a eatamente o mesmo
proesso Kue arateriou a psiolo3ia mais anti3a no Kue se reere P
onstru./o de 3randes totalidades a partir de proessos elementares# %ois
emora o e;aviorismo n/o produa estados ompleos de onsinia a
partir de sensa.Jes e sentimentos elementares, onstri padrJes
ompliados de omportamento pela inte3ra./o de rea.Jes simples# E o
resultado, se3undo os 3estaltistas, tanto no e;aviorismo omo na
psiolo3ia mais anti3a, é uma lamentOvel esterilidade Kuanto P produ./o de
oneitos positivos# A psiolo3ia da *estalt nada v de realmente novo no
e;aviorismo nada a n/o ser a mesma rmula montona, E?R nada mais
do Kue re\eos, ondiionados ou n/o, reunidos em ormas ada ve mais
ompleas#

Além disso, a psiolo3ia da *esttlt disorda om o e;aviorismo e om o


estruturalismo Kuando se reusa a opiar servilmente os proessos das
inias mais anti3as e mais desenvolvidas, tal omo a Lsia# Uma das
araterLstias de uma inia altamente desenvolvida omo a Lsia é a
eatid/o om a Kual a as suas determina.Jes# "as, afnal de ontas,
diem os 3estaltistas, a psiolo3ia é uma inia nova, e 3rande parte de
seu esor.o no sentido de oter medidas e determina.Jes eatas é
imprpria P sua atual etapa de desenvolvimento# ( interesse imediato da
psiolo3ia estO em prolemas iniiais deve estaeleer primeiro os modos
3erais de rea./o deve realiar o primeiro eso.o 3rosseiro de seus
prolemas omo a Lsia e ;O muito tempo# o;ler tentou aer isto em seu
estudo dos maaos e onsidera araterLstio do temperamento
predominante na psiolo3ia Kue uma das rLtias eitas ao seu estudo oi a
de Kue ele n/o onse3uira reduir as suas oserva.Jes a termos
Kuantitativos# -al proesso, se3undo ;ler, teria sido inteiramente ora de
propsito# &ua fnalidade era a de desorir Kue espéies de atividades
oorreriam e os resultados si3nifativos, lon3e de serem mais laros,
teriam sido mesmo osureidos se os tivesse apresentado na orma de
taelas e de 3rOfos# (ri3ar uma inia imatura a se3uir amin;os Kue
n/o s/o prprios P sua etapa de desenvolvimento CO é antiientLfo# (s
3estaltistas areditam Kue a psiolo3ia n/o estO ainda preparada para
muitas das determina.Jes Kuantitativas eatas Kue estO tentando, e Kue
3rande parte de seu traal;o sore medi.Jes é perdida porKue n/o sae

ainda o Kue estO medindo#


%siolo3ias do &éulo 
75<
"as n/o se pode oultar o ato de Kue a prinipal oCe./o da psiolo3ia da
*estalt ao e;aviorismo e ao estruturalismo é ontra o ;Oito Kue eles tm
de onsiderar o seu material por partes, de supor Kue as suas unidades
maiores nada mais seCam do Kue as menores reunidas em determinadas
omina.Jes# Afnal de ontas, a psiolo3ia da *estalt n/o estO
prinipalmente interessada em KuestJes tais omo se a onsinia ou a
onduta s/o o oCeto da psiolo3ia, ou se a introspe./o ou a oserva./o
oCetiva s/o o método apropriado# ( seu prinipal ar3umento é o de Kue por
meio do oneito de *estalt ela ;amou a aten./o para as araterLstias
da eperinia Kue tm sido despreadas e Kue n/o podem le3itimamente
ser i3noradas e todas as suas dieren.as om outras esolas derivam de
sua posi./o om respeito a esse ponto rLtio#
=ualKuer movimento Kue ataasse a ordem em vi3or, omo e a esola
3estOltia, provoaria naturalmente oposi./o pois em, a psiolo3ia da
*estalt tem reeido todas as vanta3ens Kue se podem oter da rLtia
enér3ia e variada#
Em primeiro lu3ar estO a oCe./o inevitOvel de Kue a psiolo3ia da *estalt
n/o é realmente nova# Esta oCe./o é lo3o mantida se se reere ao modo
3eral de pensar no todo omo n/o sendo eKuivalente P soma de suas
partes, na orma e or3ania./o omo araterLstias da eperinia n/o
epliOvel em un./o de elementos# Neste sentido, a psiolo3ia da *estalt,
omo admitem os 3estaltistas, é pelo menos t/o anti3a omo HerOlito e
AnaO3oras, e n/o pode nem mesmo ale3ar Kue redesoriu o prolema na
atualidade# Autores omo 2ames e DeSe protestaram ontra o
elementarismo t/o ener3iamente omo KualKuer 3estaltista# "as se a
psiolo3ia da *estalt or onsiderada num sentido mais espeLfo omo
introduindo ertos oneitos Kue revelaram prolemas defnidos
osureidos pelas prOtias da époa, tem o mesmo direito de ser ;amada
novidade omo KualKuer outro movimento pois ela inluiu na psiolo3ia da
époa uma orma de onsiderar as oisas e um modo de aer as oisas Kue
n/o estava sendo tentado ou Kue, pelo menos, n/o era reon;eido# Neste
partiular, a psiolo3ia da *estalt é t/o nova omo os novos usos s/o novos,
ou omo a moda, os ostumes, ou omo as mudan.as de 3overno, a
inven./o de mOKuinas industriais, ou KualKuer outra inova./o Kue n/o é
nova em sentido asoluto mas Kue, n/o ostante, muda o urso dos
aonteimentos na époa# Afnal de ontas, do ponto de vista do pro3resso
da inia, o importante n/o é saer se
756
758

Edna Heidreder
uma idéia é nova, mas se é importante para as neessidades da situa./o
eistente# E a maneira omo a psiolo3ia da *estalt tem su3erido prolemas
e planos de investi3a./o para os pesKuisadores estran;os a essa esola, ou
mesmo opostos a ela, representa uma das mel;ores provas de Kue os seus
Vinsi3;tsV estaeleeram uma dieren.a nas prOtias reais da inia#
Eiste, entretanto, uma outra orma um tanto mais sutil, na Kual a oCe./o
de Kue n/o ;O nada de novo na psiolo3ia da *estalt Ps vees aparee#
Fala?se por vees Kue os 3estaltistas deram uma importQnia ea3erada P
doutrina do elementarismo na orma em Kue é deendida pela esola
eperimental mais anti3a afrmam Kue realmente enrentaram um
espantal;o# Uma das reernias ao assunto é a se3uinte0
V-amém n/o se deve pensar Kue a psiolo3ia ortodoa ten;a Camais levado
a sua ren.a sore os elementos muito a sério# Estava ;aituada a prestar
;omena3em aos elementos e aos seus atriutos, vamos supor, aos
domin3os, e tratar om o Kue era de ato *estalten durante o resto da
semana# A or.a da psiolo3ia da *estalt a esse respeito estava em Kue
pedia a todos para aer o Kue CO estavam aendo Kuase sempre e Kue
deseCava, portanto, onfrmar a psiolo3ia da pesKuisa real, mais do Kue
instaurar uma nova psiolo3ia#V 55

%orém, se este
eslareida, ormenos
pelo o aso,pela
é 3rande vanta3em
destrui./o Kue a situa./o
do espantal;o# Afnal ten;a sido a
de ontas,
inia n/o pode onsentir seriamente em n/o deiar a m/o direita saer o
Kue a a esKuerda# A inia, naturalmente, n/o pode desprear os
resultados otidos por métodos onusos ou empLrios# A prOtia ientLfa
muitas vees anteipa?se P teoria reK[entemente lida de orma n/o
intenional e inonsiente om ;ipteses Kue s desore depois de ;aver
utiliado# "as esse proedimento Custifa?se porKue, por meio da aKuisi./o
e interpreta./o desses dados, estas ;ipteses apareem fnalmente P lu do
dia# Em al3um lu3ar do plano ;O um ponto onde o ientista depara om
atos ostinados Kue o ori3am a estudar as ;ipteses Kue os atos se
reusavam a aeitar# -ais pontos s/o sempre importantes no
desenvolvimento
oisa mais naturalde
douma inia#
mundo 'omo
Kue as a prpria
;ipteses psiolo3ia
omuns deiemensina, éa a
de ;amar
aten./o, fando, porém, a in\ueniar de orma oulta os traal;os dos
pesKuisadores# &e a psiolo3ia da
%siolo3ias do &éulo 
*estalt e apenas a apresenta./o de ;ipteses Kue est/o inluLdas nas
prOtias da psiolo3ia e Kue n/o estavam defnitivamente aeitas, CO
Custifou a sua eistnia# =uer os seus ensinos esteCam ertos ou errados,
e seCam novos ou anti3os, CO ontriuLram para eslareer a situa./o#
A posi./o dos 3estaltistas a respeito da ;iptese de persistnia oi ritiada
de um modo um tanto semel;ante# Al3uns per3untaram se era verdade Kue
a ;iptese de persistnia estava na rai do pensamento da psiolo3ia mais
anti3a# De ato, 3rande parte do traal;o sore a fsiolo3ia dos sentidos e
sore a psioLsia derivou?se das onstantes provas de Kue n/o eiste uma
orrespondnia lara, ponto por ponto, entre o estLmulo periério e a
eperinia psiol3ia# De erto modo, isto pode si3nifar Kue a psiolo3ia
sempre soue Kue a ;iptese de persistnia n/o tem valor ou pelo menos
Kue a eperinia psiol3ia n/o é uma pia fel do estLmulo sensorial
loal# "as em outro sentido, pode si3nifar Kue a ;iptese de persistnia
apenas se retirou para um nLvel mais proundo# &e o estLmulo loal e a
resposta psiol3ia n/o orrespondem de uma orma via e epressiva
ent/o a orrespondnia deve estar onservada de al3um outro modo# As
irunstQnias 3loais devem ser divididas em seus elementos, e por meio
deles, uns despertados pelo estLmulo sensorial imediato e outros por
assoia./o, onserva?se a orrespondnia essenial om o estLmulo loal# A
onep./o do sistema nervoso omo onCunto ompleo de fras de li3a./o
estO ompletamente de aordo om esta idéia# ( mesmo aontee om as
eplia.Jes meQnias do unionamento dos r3/os dos sentidos Kue
;amaram a aten./o dos estudiosos, na lin;a divisria entre a fsiolo3ia e a
psiolo3ia# As vias de li3a./o podem ser etremamente ompliadas, as
un.Jes meQnias astante intriadas, porém, a orrespondnia é
onservada pelas li3a.Jes estruturais durante todo o proesso# A anti3a
persistnia ali se enontra, emora seCa otida por meios menos evidentes#

%orém, esta lin;a de raioLnio su3ere Kue mesmo nas eplia.Jes da


psiolo3ia da *estalt aparee a ;iptese de persistnia# Foi su3erido
realmente Kue, de uma orma ou de outra, a ;iptese de persistnia n/o é
apenas urna tendnia muito natural do pensamento, omo J;ler salienta,
mas tamém uma tendnia neessOria no pensamento ientLfo# A prpria
psiolo3ia da *estalt ome.ou omo uma tentativa para desrever a
eperinia omo ela sur3e de imediato em
55 E# *# Borin3, A Histor o Eperimental %s]olo3, 9<<#
Edna Heidlreder
rela./o Ps ondi.Jes de estLmulo# Foi, de ato, porKue Wert;eimer n/o
enontrou a orrepondnia esperada ? isto é, do ponto de vista das anti3as
eplia.Jes ? Kue se desenvolveu o novo plano de pensamento# ( Kue os
primeiros 3estaltistas prouraram aer oi enontrar um modo realmente
adeKuado de mostrar omo a eperinia imediata, em toda a sua
plenitude, se relaiona om as ondi.Jes estimulantes e aandonar a
eplia./o ilusria Kue desrevia somente a one/o despreando al3umas
das araterLstias da eperinia imediata# A psiolo3ia da *estalt
desoriu Kue a dita one/o pode ser epliada mel;or em un./o da
intera./o dinQmia# %orém, n/o serO a intera./o dinQmia apenas uma
orma mais sutil de one/o ? e Kue n/o inlui liames estruturais, mas Kue
ei3e uma or3ania./o, uCo resultado seCa uma orrespondnia mais real

entre a eperinia
psiolo3ia da *estaltimediata e as ondi.Jes
n/o sustitui de estLmulo^
apenas planos &erO
mais sutis deKue a
one/o por
aKueles visLveis em estruturas meQnias onretas^ E ao aer isso, n/o
estarO usando a ;iptese de persistnia^
Isso é verdade se a ;iptese de persistnia déve si3nifar KualKuer
tentativa Kue seCa para estaeleer planos de rela./o entre a eperinia e
suas ondi.Jes estimulantes, entre uma situa./o e outra# Neste sentido
muito 3eral, a psiolo3ia da *estalt estO utiliando um método sempre
usado em psiolo3ia e em todas as outras inias# %orém, o termo
V;iptese de persistniaV, na orma em Kue é usado pela esola 3estOltia,
tem um si3nifado muito mais espeLfo# Reere?se defnidamente a uma
VpersistniaV entre a eperinia imediata e o estLmulo loal defnido, a
uma teoria Kue estO assoiada om a onep./o do sistema nervoso omo
uma estrutura de Vdisposi.Jes espeiaisV e om a onep./o da
eperiniaimediata omo sendo omposta de elementos# &e a ;iptese de
persistnia é tomada neste sentido, a psiolo3ia da *estalt, ao ;amar a
aten./o sore ela, oloou uma alternativa em defnida perante a inia#
De um lado, est/o os elementos e assoia.Jes e um sistema nervoso de
arranCos espeiais de outro, est/o as *estalten e a intera./o dinQmia# Nas
oisas reais, o ontraste é defnido e laro# %oua dieren.a a o 3rau de
novidade da situa./o tampouo a dieren.a se eiste uma semel;an.a
Osia no pensamento suCaente P ;iptese de persistnia e P teoria de

intera./o dinQmia#
de persistnia num Asentido
Kuest/o é Kue, aoa;amar
espeLfo, a aten./o
psiolo3ia paratroue
da *estatt a ;iptese
P lu
do dia um tema impor?
%siolo3ias do &éulo 
75
tante, or.ou a psiolo3ia a eaminar al3umas de suas ;ipteses, ori3ando?
a assim a purifar o seu pensamento#
Esta Kuest/o, entretanto, su3ere Kue a psiolo3ia da *estalt oi tamém
ausada de alta de larea em al3uns de seus oneitos undamentais# (
oneito entral, o de *estalt, oi menionado omo o eemplo mais
\a3rante# (s rLtios salientaram Kue o termo tem sido apliado aos
encmenos mais diversos ? aos padrJes visuais, tanto espaiais omo
temporais, P eperinia imediata em outros ampos sensoriais, P memria
e ao pensamento, ao instinto e a outras ormas de omportamento motor
visLvel oservaram Kue, em arésimo, a palavra *estalt tem sido usada
para se reerir P totalidade, unidade e or3ania./o e Kue om a Cun./o de
tanto material so o mesmo tpio, ;ouve uma tendnia para 3eneraliar
de um ampo para outro, nem sempre om a devida autela# Nos primeiros
tempos deste movimento, esta rLtia oi ouvida om maior reK[nia do
Kue a3ora, pois, P medida Kue oram sendo ormulados os prolemas
eperimentais, as ondi.Jes nas Kuais se verifam ertos encmenos oram

mel;or
de altadeterminadas
de larea oi etamém
as afrma.Jes se tornaram
eita ontra mais
as teorias eatas# Apropostas
fsiol3ias ausa./o
pela esola da *estalt# 'ertamente a psiolo3ia da *esta,lt n/o apresenta
uma desri./o da atividade nervosa Kue possa ser visualiada e dia3ramada
omo a onep./o Kue l;e é ontrOria e de aordo om a Kual é
teoriamente possLvel se3uir uma dada eita./o do prinLpio ao fm por
meio de amin;os Kue se tornam astante ompliados, mas nos Kuais o
prinLpio é sempre o mesmo, o das unidades de ondu./o oloadas de uma
ponta a outra# &e alta de larea si3nifa inapaidade para apresentar
uma desri./o em eso.ada e ompleta, a psiolo3ia da *estalt pode
onsiderar?se ulpada# Ela admite aertamente Kue o seu on;eimento do
sistema nervoso é inadeKuado para a tarea de aompan;ar
detal;adamente a intera./o dinQmia Kue ela supJe eistir# (s 3estaltistas
est/o tamém a par de Kue o prolema da intera./o dinQmia apresenta
mais difuldades do Kue os oneitos mais anti3os# Admitem tamém Kue
deduiram este proesso dos encmenos psiol3ios e dos prinLpios da
dinQmia e Kue a evidnia apresentada pela fsiolo3ia é apenas
onfrmativa# Areditam, entretanto, Kue é totalmente le3Ltimo se3uir este
método# Além disso, para os 3estaltistas o ato de Kue sua eplia./o é
neessariamente in? # ompleta n/o si3nifa Kue, até onde l;e di respeito
seCa
7
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo 
77
impreisa# A dire./o para a Kual se inlina é laramente assinalada e n/o
vem motivo por Kue, prinipalmente sendo traal;adores de uma inia
muito Covem, devam se reusar a se3uir as su3estJes de seus dados,
mesmo Kuando indiKuem Kue a maioria de seus prolemas ainda estO pela
rente#
A psiolo3ia da *estalt oi tamém ritiada pela sua posi./o Kuanto P
anOlise# %odem os 3estaltistas Kuerer seriamente desareditar a anOlise
omo método ientLfo de pesKuisa^ s vees pareem assim aer em suas
delara.Jes de Kue a anOlise destri a prpria realidade Kue proura
epliar e Kue reduir uma oisa a seus elementos e estudO ?l por partes é
perder de vista a prpria oisa# -ais delara.Jes feram parte do ataKue
dos 3estaltistas ontra o elementarismo, e da sua insistnia de Kue o todo
n/o é apenas a soma de suas partes# Naturalmente os rLtios n/o perde#
ram tempo em salientar Kue sem anOlise eperimenta a inia n/o
poderia eistir, e Kue mesmo a esola da *estalt, deve usar a anOlise ao
isolar, variar e ontrolar eperimentalmente dierentes onCuntos de atores#
Havia tamém muita onus/o Kuanto ao Kue os 3estaltistas Kueriam
eatamente si3nifar om seus ataKues P anOlise# Em al3umas de suas
primeiras advertnias ontra os peri3os da anOlise, eles evidentemente se
eederam# Entretanto, J;ler reentemente onsiderou a Kuest/o de modo
espeLfo# Ele eplia Kue a psiolo3ia 3estOltia, pelo seu destaKue aos
todos, n/o pretende de modo al3um aandonar a anOlise omo método
ientLfo# &alienta Kue os 3estaltistas reon;eem em os todos
se3re3ados e Kue assim empre3am um método de anOlise Kue trata om
partes 3enuLnas, emora possam se reusar terminantemente a ter
KualKuer oisa a ver om elementos de sensa./o Kue n/o possuem
eistnia omo partes separadas da eperinia# %or eemplo, toda ve
Kue tratam om um ampo no Kual eistem todos e sutodos se3re3ados,
omo num 3rupo em Kue eistem vOrios memros, os 3estaltistas utiliam
tais anOlises# A psiolo3ia da *estalt reon;ee tamém uma orma de
anOlise, na Kual, através da ado./o de uma atitude defnida pelo
oservador, dO?se a esol;a de al3umas partes do ampo e a supress/o de
outras
? uma espéie de aiiOlise Kue pode provoar uma mudan.a na or3ania./o
do ampo, de maneira Kue a impress/o total é visivelmente alterada#
%orém, este tipo de anOlise é tamém astante reK[ente na eperinia
real# Finalmente, a psiolo3ia da *estolt aeita mesmo uma anOlise Kue n/o
trate om #partes reais# Esta é uma espéie de anOlise Vdiereii ialV
na Kual o material estudado é dividido em partes adeKuadas, fando
suentendido laramente Kue estas n/o representam o real e Kue
desapareer/o nos resultados fnais, omo aontee no proesso do Olulo
dierenial# Esta anOlise é admitida omo um proesso neessOrio no
traal;o ientLfo, ompletamente inua enKuanto é aeita pelo Kue é ?
um instrumento inteletual# A anOlise a Kue se opJe a psiolo3ia da *estalt
é a Kue redu a eperinia a elementos mentais Kue s/o produtos da
astra./o ao invés de dados de oserva./o, e Kue ent/o os trata omo
materiais verdadeiros, omo unidades reais, de Kue se ompJe a
eperinia# Esta idéia é, Ps vees, epressa diendo?se Kue os 3estaltistas
n/o aem oCe./o P anOlise, mas sim P sLntese#
Entre muitos psilo3os norte?amerianos, entretanto, a oCe./o
undamental P psiolo3ia da *estalt pouo tem a ver om a sua posi./o em
KualKuer dessas KuestJes provém mais de uma suspeita 3eneraliada de
Kue os ensinamentos dos 3estaltistas est/o um tanto eivados de metaLsia
ou pelo menos se relaionam om um tipo de psiolo3ia Kue CO
aandonaram defnitivamente#
e;aviorismo nos Devido
Estados Unidos, P tremenda
;O uma orrentein\unia do de
suterrQnea
sentimento de Kue tratar om a matéria é a fnalidade preLpua da inia e
Kue tratar om a mente é se envolver om a metaLsia# (s e;avioristas,
;avendo anido (& antasmas, est/o prevenidos ontra esta esola Kue se
reere P eperinia direta livremente e sem erimcnia# E Kuando um
3estaltista os ausa de Vpurea epistemol3iaV por sua reusa em ter
KualKuer rela./o om a onsinia, eles ranamente n/o ompreendem#
-ampouo tentam responder um ar3umento om outro# &implesmente se
mantm em sua p_? si./o, reusando ser envolvidos em KualKuer oisa Kue
paree t/o medieval, e sempre suspeitando Kue esta é a psiolo3ia da Kual
se liertaram# Est/o interessados, é verdade, nas eperinias da *estalt
sore psiolo3ia animal, pois a;am isto inataavelmente oCetivo# DeseCam
e mesmo est/o ansiosos para eperimentar os novos prolemas naKuele
ampo su3erido pelas doutrinas 3estOltias# Est/o, realmente, dispostos a
dar a devida onsidera./o a KualKuer aspeto do assunto Kue n/o os
ori3ue a aeitar a onsinia, ou KualKuer oisa Kue onsiderem omo
misteriosa# %orém, n/o est/o dispostos a serem onvenidos por KualKuer
estran;o Kue apare.a empun;ando ar3umentos da epistemolo3ia# %ara eles
tais ar3umentos, emora ;Oeis, pareem muito me?
7
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
79
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nos verdadeiros do Kue as oisas naturais, laras, palpOveis e ine3Oveis om
as Kuais est/o aostumados a lidar#
Essas n/o s/o de nen;uma orma as Mnias oCe.Jes ar3umentadas ontra
a psiolo3ia da *estalt, porém representam al3uns dos prinipais temas#
Neste Lnterim, n/o pode ;aver dMvida Kue esta esola imprimiu a sua mara
sore a inia# Fe om Kue muitos psilo3os pusessem em dMvida as
;ipteses undamentais om as Kuais estavam traal;ando, e estudassem
de orma rLtia ertas limita.Jes ormais Kue, em parte devido P tradi./o
aadmia e tamém porKue estavam sendo aeitas omo verdadeiras, se
estavam tornando indevidamente in\uentes# Deu ori3em a prolemas t/o
reais e si3nifativos Kue despertaram vivo interesse nos psilo3os, dentro
e ora da esola# Aima de tudo, a psiolo3ia da *esta#lt deende ;ipteses
defnidas e métodos de eperimenta./o e é direta e indiretamente
responsOvel por um 3rande volume de pesKuisas# Assim omo outras
esolas, Kue se reelaram ontra a ordem estaeleida, os 3estaltistas
eereram uma in\unia renovadora na psiolo3ia em seu todo#
Basiamente, a sua tentativa oi a de livrar a psiolo3ia de um
profssionalismo rL3ido, levando?a para uma vis/o direta e lara da
eperinia# "uitas esolas, uma aps outra, tm de erta maneira tentado
aer a mesma oisa e é sintomOtio das difuldades inerentes P psiolo3ia
o ato de ser sempre neessOria uma nova tentativa#

!
7: Edna Heidreder
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569, 59# 55?9#

&tern, W#, V*estalt  Un3estaltV, em %siolo3ia *eneral desde ei punIa


de vista personalistio, ap# @ !Buenos Aires, %aids, 5695, 74& ed#,
56:_$#
@itoria, "aros, V)as aasias  la teorLa de la ormaV !Buenos Aires,
Rev# )a &emana "édia, 56:, pO3s# 958?9:$#
Was;urn, "# F#, V*estalt %s;olo3 and "otor %s;olo3V, Amer#
2# %siC;ol#, 56:, 7<, 95:?9_#

Wert;eimer, "a, VEperimentelie &tudien [er das &e;en von


BeSe3un3enV, hs;## # %s;ol#, 565, :5, 5:5?:9#
? ?, VUntersu;un3en ur )e;re von der *estaltV, %s;ol# Fors;#, 567, ,
7_5?79_#
? ? %rinipios de or3aniaaiJn pereptual !Buenos Aires, Ediiones -res,
56:_$#

@II
A %&I'AN>)I&E0 FREUD
Breuer !58?569$ ';arot !589?56_7$ Freud !5896?5676$ Adier
!58<_?567<$ 2un3 !58<9?56:$ Breuler !589<?5676$#
%assar para a interpreta./o psianalLtia da psiolo3ia é passar a um
movimento muito dierente daKueles onsiderados até aKui# (s sistemas
Kue aaamos de ver, seCam Kuais orem as suas diver3nias, s/o
pareidos por serem aadmios# Est/o saturados da atmosera das
ilioteas e dos laoratrios, de seminOrios e salas de onernia# (u s/o
inia pura ou o Kue mais se assemel;e P mesma# Até aKueles Kue om
maior desvelo Custifam as aplia.Jes da inia sur3iram Cuntos em Lntima

li3a./o na tentativa
desprendimento, de onsiderar
liertos o oCeto
no momento da psiolo3ia
da neessidade deom um
aer erto
al3o em seu
avor# Nen;um deles teve a sua ori3em real na inia apliada# -odos
naseram nas salas das aademias, e ormaram seus ;Oitos e arateres
pelas suas primeiras li3a.Jes om o mundo erudito# %orém, a psianOlise
n/o é aadmia, nem pura## 'om seus undamentos no solo da prOtia
lLnia, é, tanto pela ori3em Kuanto em sua prinipal fnalidade, uma
tentativa para realiar o Kue -it;ener ;avia t/o ardentemente ne3ado
osse um oCetivo prprio para a psiolo3ia ientLfa ? a ura das almas
doentes#
( undador deste movimento oi &i3mund Freud# Iniiou sua arreira
estudando mediina em @iena e durante al3um tempo esteve interessado
pela fsiolo3ia, prinipalmente a do sistema nervoso# Finalmente, entre3ou?
se P prOtia da mediina, assoiando?se om um ;omem um pouo mais
vel;o, o Dr# 2ose Breuer# Freud interessou?se lo3o pelas desordens
neurtias, e oi em sua prOtia real om asos desta naturea ? Freud
salienta prinipalmente este
78 Edita Heidreder
ponto ? nas suas oserva.Jes diretas aran3endo anos de eperinia, Kue
aos pouos elaorou a prOtia e a teoria da psianOlise# %ois emora Freud
afrme om onvi./o e, Ps vees, amar3amente Kue ele, e s ele, oi o
undador da psianOlise, nuna pretendeu ter ;e3ado a esta onep./o
Kuer por uma vis/o repentina ou por uma ria./o defnitiva# "eniona
amiMde a lon3a prOtia Kue pouo a pouo e em ra3mentos desoneos l;e
revelou a personalidade ;umana na orma em Kue onse3uiu v?la#
Em 5889, Freud se3uiu para %aris a fm de estudar so a dire./o de ';arot,
na époa a autoridade de maior proCe./o em desordens mentais, na Europa#
Freud fou astante impressionado om ';arot e interessou?se
prinipalmente pelo seu modo de tratar a ;isteria# ';arot areditava Kue a
;isteria e a ;ipnose est/o intimamente assoiadas e Kue a verdadeira
;ipnose é, de ato, essenialmente um encmeno ;istério e pode ser
provoada somente em paientes ;istérios# "uito naturalmente,
aonsel;ava o seu uso tanto para as pesKuisas Kuanto para o tratamento
dos sintomas ;istérios# Essa idéia 3eral n/o era nova para Freud# Em
3rande parte devido ao prestL3io de ';arot, o tratamento da ;isteria pela
;ipnose tornara?se amplamente diundido, e o prprio Freud ;avia?se
amiliariado om a prOtia da mesma em seus traal;os em @iena#
Houve um inidente, entretanto, ora das aulas normais de ';arot, Kue
soressaiu om memorOvel larea nas eperinias de Freud, Kuando
estudante em %aris# 'erta noite, numa reep./o, ouviu ';arot deatendo
um aso Kue l;e ;avia ;e3ado Ps m/os na sua prOtia daKuele dia# Falando
om a maior nase possLvel, ';arot delarou Kue em tais ondi.Jes ;avia
sempre um prolema seual# V&empre, sempre, sempreV, repetia ele# 5
Freud fou perpleo, n/o apenas pelo onteMdo da delara./o, mas
tamém pelo ato de Kue ';arot n/o revelara este on;eimento aos seus
alunos Kuando CO o possuLa# %osteriormente, Kuando sua prpria atividade o
estava levando a desorir sua teoria da ori3em seual das neuroses,
reordou?se da delara./o de ';arot, naturalmente a onsiderando omo
uma opini/o ténia Kue vin;a a avor de suas prprias desoertas# %orém,
antes mesmo de se3uir para %aris, Freud tin;a vislumrado uma
5 ';arot ne3ou ter eito tal delara./o# Freud relata tanto a delara./o
Kuanto a sua ne3ativa em seu traal;o sore V-;e Histor or t;e
%s;oanalti "ovementV, %s;oaaaltial RevieS !565:$, 7, _:?9# A
;istria do desenvolvimento da psianOlise dada neste apitulo aseia?se
prinipalmente nesse relato esrito por Freud#
%sSolo3ias do &éulo  76
idéia Kue, omo a teoria da ori3em seual das neuroses, estava destinada a
ser uma das doutrinas Osias da psianOlise# Um dos asos de Breuer l;e
pareia prinipalmente si3nifativo# A paiente era uma Covem sen;ora,
uCos sintomas ;istérios ;aviam sur3ido de um inidente em sua inQnia#
Naturalmente, ela ;avia fado ortemente impressionada, entretanto, ;avia
esKueido ompletamente o inidente# ( tratamento de seu estado oi
essenialmente uma atarse, uma liera./o de emo./o reprimida, realiada
aendo?se om Kue ela se reordasse e reproduisse so ;ipnose a

eperinia
Freud omo Kue Caia na
de Breuer eraase
a dede suaa pertura./o#
Kue A interpreta./o
eperinia iniial tanto de
tin;a provoado um
distMrio emoional Kue ;avia sido impedido de se maniestar na orma
direta e normal e Kue esta emo./o, enontrando loKueada a sua saLda
natural, ;avia prourado uma outra e se eprimia pelos sintomas# Freud
;amou este proesso de onvers/o, e se reeriu aos sintomas omo sendo
a onvers/o do eeito ori3inal# Este aso é importante no desenvolvimento
da teoria psianalLtia porKue india as un.Jes suterrQneas das tensJes
psLKuias# A desoerta de Kue um inidente, Kue estO no inonsiente e de
;O muito esKueido, era n/o ostante a onte de aentuados distMrios do
omportamento, n/o s ;amou a aten./o para o papel eerido pelo
inonsiente, omo tamém deu a entender Kue o inonsiente é
aentuadamente dinQmio#
-odavia, este aso, emora altamente si3nifativo para o desenvolvimento
da teoria, n/o aran3ia a verdadeira psianOlise# A ;ipnose ;avia sido usada
e, se3undo Freud, a verdadeira psianOlise somente ome.a Kuando a
;ipnose é reCeitada# Freud ;avia estudado sua paiente, devemos lemrar,
antes de se3uir para %aris, e o desenvolvimento da verdadeira psianOlise
deu?se muito mais tarde# Ao re3ressar a @iena, aps ;aver estudado om
';arot, Freud assoiou?
?se novamente a Breuer e adotou de novo a prOtia da ;ipnose Cuntamente
om o proesso de atarse# %orém, n/o a;ou este método inteiramente
satisatrio# Era astante efa na remo./o dos sintomas, porém no fnal
n/o realiava a ura# "uitos paientes Kue ;aviam reeido alta voltaram
mais tarde, muitas vees om outros sintomas# Um eame suseK[ente
3eralmente revelava Kue a verdadeira ausa da pertura./o n/o ;avia sido
desoerta e Kue se oultava muito mais proundamente no passado do
paiente do Kue até onde ;avia ;e3ado o primeiro eame# Estes atos fe
Ii

77_
Edna He]ireder

ram om KueinadeKuado


instrumento Freud onsiderasse o método ;ipntio omo superfial, omo
para aproundar?
?se nas ori3ens reais da pertura./o#
Neste Lnterim, Freud e Breuer estavam aperei.oando, de orma um tanto
inormal, um método inventado por Breuer no Kual o paiente era initado a
alar de si mesmo ao médio ? um proesso Ps vees ;amado o método da
onversa# ( paiente era mantido desperto normalmente ? isto é, n/o fava
so ;ipnose ? e era instado para se epressar livremente omo l;e
aprouvesse, a dier o Kue l;e viesse P ae.a, e a n/o oultar nada Kue l;e
pareesse emara.oso ou sem valor, ou porKue n/o seria normalmente
menionado# Nessas palestras os paientes reordavam?se Ps vees de
eperinias de ;O muito esKueidas, Kue onstituLam importantes pistas
para a desoerta de suas pertura.Jes#
A prinLpio, oram usados tanto a ;ipnose Kuanto o método da onversa,
porém om o passar do tempo Freud passou ada ve mais a depender
deste Mltimo# 'onsiderava prinipalmente uma enorme vanta3em traal;ar
om a olaora./o e o on;eimento ativos do paiente# %ois so ;ipnose o
paiente n/o estava, por assim dier, totalmente presente# &omente uma
parte dissoiada de sua personalidade se a;ava presente a restante
estava mer3ul;ada em sono ;ipntio# Ao dspertar, podia estar
ompletamente al;eio ao Kue aonteera durante o tratamento, e omo
resultado n/o era ompletamente urado# %ara Freud o método ;ipntio
pareia um proesso muito mais inompleto do Kue aKuele em Kue o
paiente, so a orienta./o do médio, porém, aseado em suas prprias
ontriui.Jes, era levado a pereer a verdadeira ausa de sua
pertura./o#
Este proedimento oi o ome.o da ténia psianalLtia# A atarse oi
inluLda omo essenial, porém, a ;ipnose oi reCeitada omo superfial, e o
método da onversa ou, omo oi mais tarde ;amado, o método de
assoia./o livre, a sustituiu# Esta desri./o n/o implia, entretanto, Kue o
desenvolvimento da ténia psianalLtia onsistiu apenas em esol;er e
Cuntar proessos Kue estivessem disponLveis# A psianOlise pro3rediu
lentamente e, através de tentativas, onse3uiu a sua orma adulta somente
aps ;aver venido difuldades ostinadas#
"as, as prprias difuldades oram Mteis# Duas delas oram onsideradas
partiularmente si3nifativas para Freud# A menor ;amou de transernia#
Este termo re %aiolo3ia
do &éulo 
795
ere?se ao 0ato de Kue o paiente, durante as onversa.Jes lon3as e
intimamente pessoais, nas Kuais suas emo.Jes est/o sendo provadas e
estimuladas, desenvolve uma orte li3a./o aetiva pelo analista ? ou fa
apaionado por ele laramente e sem suterM3ios, ou ent/o desenvolve
uma atitude ;ostil e pessimista Kue Freud onsidera apenas omo o inverso
de se apaionar, e em essnia é a mesma espéie de rea./o =uando
Breuer se onveneu de Kue a transern.ia era re3ularmente provoada,
sentiu?se na ori3a./o de reCeitar o proesso analLtio# -amém se opcs ao
destaKue dado por Freud ao papel do seo na 3nese das neuroses#
Desistiu, portanto, deste método Kue tanto ontriuLra para iniiar, e os dois
médios se3uiram seus amin;os profssionais em separado#
%ara Freud, o sur3imento da transernia representava mais uma prova da
naturea seual das difuldades do paiente# &i3nifava Kue a emo./o
removida pela anOlise ;avia se ape3ado ao analista# A transernia tornou?
se em sua opini/o uma parte neessOria do proesso ? a ponto de ser um
dos tra.os araterLstios da verdadeira psianOlise# %orém, esta
irunstQnia, emora indispensOvel, era realmente s temporOria# Faia
parte da tarea io médio ;Oil destaar a emo./o de si mesmo e diri3i?la
outra ve para anais onde sua presen.a osse adeKuada, e onde
avoreesse a saMde mental do paiente#
A outra difuldade estava na resistnia Kue o paiente desenvolve
inevitavelmente no transorrer da anOlise pois o proesso de assoia./o
livre em psianOlise nada mais é do Kue uma passa3em Oil de uma
lemran.a para outra até Kue se enontre a ausa do distMrio# "aLs edo
ou mais tarde, atin3e?se um ponto de onde o paientj n/o deseCa ou é
inapa de prosse3uir0 n/o deseCoso, porKue ;e3ou a al3o muito doloroso
ou odioso e ;oante para ser enrentado inapa, porKue sua mente se
tornou vaia e ele estO ompletamente em ponto morto# A alta de deseCo e
a inapaidade de prosse3uir s/o apenas dois 3raus de resistnia, este
Mltimo mais 3rave# Amos s/o ormas pelas Kuais o paiente se prote3e
ontra a dor, e a presen.a desta si3nifa Kue a anOlise estO sondando um
erimento real# A resistnia, portanto, mostra Kue o tratamento estO no
rumo erto, estO atin3indo um ponto rLtio, e deve ser ontinuado no
amin;o Kue tomou# &eCa Kual or a intensidade de seus sorimentos, o
paiente deve se oloar ae a ae om a situa./o Kue oi enoerta,
aastada ou distorida# &omente a ena

Edna Heidreder
rando omo é na realidade, om todas as suas implia.Jes oultas, somente
rea3indo P mesma de modo ompleto e sem suterM3ios, poderO enontrar
alLvio para as suas emo.Jes realadas# No deorrer de uma anOlise
ompleta, a resistnia é enontrada n/o apenas uma ve, porém, om
reK[nia, e todas as vees deve ser venida sem esmoreimento# Além
disso, deve ser venida sem ;ipnose# &eria mais Oil, realmente, tanto para
o paiente omo para o médio, se as lemran.as dolorosas pudessem ser
evoadas so ;ipnose# (s inidentes esKueidos seriam ent/o reproduidos
sem aer li3a./o om a personalidade onsiente, e, portanto, sem
provoar resistnia# %orém, a eperinia de Freud tornara?o ada ve mais
étio em rela./o P ;ipnose omo meio de penetrar nas amadas realmente
proundas da personalidade# Ademais, a fnalidade Osia da psianOlise é
traer de volta o onteMdo reCeitado para a vida onsiente, preen;er a
launa riada pela sua reCei./o, e assim urar a erida Kue divide a
personalidade ontra si mesma# Isto s pode ser onse3uido Kuando o
paiente onsidera a situa./o de orma onsiente em sua asoluta larea
n/o ;O outra maneira de oter verdadeiro alLvio#
A desoerta da resistnia enseCou tamém a desoerta do realKue, ? ou
mel;or, o apareimento da resistnia levou Freud a desorir a teoria do
realKue ou repress/o omo a Mnia eplia./o plausLvel# A teoria do
realKue di, em suma, Kue um ato esKueido porém incmodo, Kuer sei a
uma lemran.a ou um deseCo, tornou?se inonsiente n/o apenas por ;aver
sido esKueido ou porKue saiu da onsinia, mas porKue oi or.ado a
isso# E tendo sido empurrado para ora, é ali mantido P or.a# %ois a
eperinia realada n/o é uma idéia ou uma lemran.a no sentido
omum da palavra estO arre3ada de emo./o e deseCo# %orém, o deseCo é
essenialmente impulsivo tem orte tendnia para epressar?se de orma
visLvel e o onteMdo realado n/o estO de orma al3uma etinto# A3e no
inonsiente, eerendo a sua in\unia de orma enoerta, distorendo a
onduta em ormas ora do omum# ( eu onsiente ou e3o n/o rode
eliminO?lo ou mesmo tornO?lo inativo o e3o pode apenas onservO?lo no
inonsiente# VA teoria do realKueV, di Freud, Vé a oluna mestra onde se
assenta o ediLio da psianOliseV#  (s tra.os araterLstios da teo &#
reud, -;e Hlstor o t;e %s;oanaltl "ovementV, %s;oanaltial
ReveS !565:$, 7, 57#
%siolo3ias do &éulo 
77
ria psianalLtia est/o nele implLitos ? a onep./o do iionsiente omo
ativo e lutador, e da 3uerra entre o eu oisiente ou e3o e o deseCo
inonsiente#

A psianOlise omo ténia estava a3ora em enamin;ada e se a;avam


estaeleidos os pontos undamentaCs da teoria# A assoia./o livre oi aeita
omo método a resistnia e o seu si3nifado oram ompreendidos a
ompreens/o pelo paiente de sua situa./o e a atarse através da liera./o
emoional Kue a aompan;a oram admitidas omo a parte prinipal da
terapia# %orém, enKuanto esta ténia estava ainda em orma./o ? de ato,
antes de Breuer e Freud se separarem ? Freud ;avia ome.ado a suspeitar
Kue os son;os de seus paientes eram si3nifativos# A teoria dos son;os,
assim omo a prpria ténia da psianOlise, pro3rediu lentamente, porém,
lo3o Kue Freud ompletou a sua onep./o, passou a onsiderO?la omo um
dos pontos prinipais da teoria psianalLtia# N/o é de admirar Kue Freud
tomasse essa atitude, pois assim omo o oneito de realKue real.a a
atividade do inonsiente, a teoria dos son;os india os amin;os indiretos
Kue este toma para se epressar# Nos son;os, as or.as reprimidas s/o
vistas urlando as resistnias por amin;os tortuosos e a todo usto
otendo satisa.Jes proiidas#
De aordo om Freud, o son;o é essenialmente uma satisa./o disar.ada
dos deseCos Kue oram realados durante o estado de vi3Llia# (s son;os s/o
muito mais si3nifativos e muito mais ompleos do Kue pareem# 'ada
son;o possui um onteMdo maniesto e outro latente# ( onteMdo maniesto
é a desri./o Kue se a ao relemrar o son;o ? o son;o em sua aparnia
porém, o onteMdo latente possui o seu si3nifado verdadeiro# ( onteMdo
maniesto pode ser orneido pelos aonteimentos do estado de vi3Llia de
ada um ? de ato, é omumente etraLdo das eperinias das vinte e
Kuatro ;oras anteriores mas, apesar de tudo isso, o son;o n/o é um
simples e asual Co3o de assoia.Jes triviais# ( onteMdo maniesto é
simples material empre3ado pelas or.as psLKuias reprimidas# (s deseCos
Kue oram lan.ados no inonsiente durante o dia tm oportunidade de se
eprimir P noite, Kuando o sono enraKuee a vi3ilQnia do VensorV, f3ura
de retria usada por Freud para denominar as inii.Jes Kue o e3o impJe ao
inonsiente# "as mesmo Kuando o e3o dorme e a ensura é diminuLda, os
deseCos aastados n/o ousam se epressar aertamente# &e ossem
ranamp,i gvii,i, 5,?mp nr5rii
%8iolo3ias do &éulo 
779
77
Edna Heidreder
mente, Kuando o si3nifado de um son;o se torna muito evidente, a pessoa
desperta# %ortanto, os deseCos proiidos utiliam disares e se es3ueiram
pelo ensor até P onsinia, sem serem reon;eidos#
(s disares s/o vOrios e en3en;osos ao etremo# Um deles é o simolismo#
As pessoas, oCetos e atos Kue apa? ? reem rio onteMdo maniesto do

son;o realmente
paiente si3nifam
partiipou em seu al3uma outra oisa# Ao esta
son;o representava pMlia
enterro da marido#
de seu Kual umaA
u3a aterroriada de um inimi3o omumente representa a usa ;O muito
deseCada de um amante# Al3uns sLmolos etraem o seu si3nifado de
eperinias pessoais Lntimas de Kuem son;a outros s/o omuns a toda a
;umanidade e tm sempre o mesmo si3nifado# 2ardins, saadas e portas
si3nifam o orpo eminino, e as \e;as de ampanOrios, velas e serpentes,
os r3/os seuais masulinos#
Entretanto, o simolismo n/o realia soin;o o traal;o do son;o ;O outras
maneiras de enorir o verdadeiro si3nifado do son;o# %aree n/o ;aver
limites para a en3en;osidade do inonsiente em seus artiLios para iludir o
ensor# Um item importante pode ser disar.ado a fm de pareer uma parte
trivial do todo e, ontudo, ser realmente o prinipal motivo para o son;o# (u
a emo./o importante pode ser assoiada a um oCeto de aparnia neutra#
E mesmo depois Kue o son;o oi ompletamente disar.ado, o traal;o do
mesmo n/o estO ompleto# =uando Kuem son;a desperta, n/o deve saer o
Kue de ato esteve aendo# Ent/o se dO uma se3unda elaora./o# Ao
reordar e relatar o seu son;o, a pessoa Kue son;a inonsientemente
oloa?o em orma l3ia e oerente, de maneira a possuir al3uma
semel;an.a om uma ;istria ou ato real# %orém, no prprio son;o a l3ia
e a oernia n/o est/o presentes nem se sente a sua alta, pois son;ar é a
epress/o de uma orma prounda e primitiva de pensar, na Kual as
maneiras l3ias e rLtias do pensamento n/o oram ainda implantadas#

Assim, ososon;os
tamém arOterrevelam n/osuas
al3io de s aun.Jes#
lin;a tortuosa do inonsiente, mas

Foi tamém durante o perLodo ormativo da psianOlise Kue a teoria da


seualidade inantil se desenvolveu# A prOtia de Freud o ;avia onvenido
ompletamente da ase seual das neuroses e emora a maniesta./o
rana de sua ren.a l;e trouesse a maior impopularidade e al3o muito
pareido om o ostraismo profssional ? irunstQnia Kue
i,? ia Kt tporia e
sentiu?se mesmo na ori3a./o de levO?la adiante# Aos pouos, mas ada ve
om maior frmea, tornou?se onvenido de Kue os impulsos seuais atuam
ortemente antes da
atuam até mesmo naidade da maturidade seual Ps vees, onluLa Kue
inQnia#
A evidnia sore a Kual Freud aseava suas onlusJes oi menionada de
passa3em# Havia desistido da ;ipnose em sua lLnia porKue sentira Kue ela
deiava de atin3ir a ausa suCaente do prolema do paiente# Um ato
;avia muitas vees relamado sua aten./o, o de Kue ada mal psLKuio ou
trauma possuLa uma ;istria# Uma pesKuisa ompleta levava sempre o
paiente ada ve mais para o passado, e, Ps vees, reeria o seu mal a uma
sedu./o oorrida na inQnia# %orém, paralela a esta desoerta, sur3iu uma
outra Kue pareia uma rana ontradi./o# Em muitos asos, pesKuisas
posteriores revelaram Kue as sedu.Jes eram simples antasias e Kue

simplesmente
durante al3um n/o ;aviam
tempo# oorrido#
As anOlises Freud fou
onduiam ompletamente
invariavelmente aosperpleo
;oKues
seuais na inQnia, e a pesKuisa mostrava Kue estes n/o tin;am uma
eistnia oCetiva# Ent/o, oorreu?l;e a idéia de Kue se os seus paientes
ima3inavam sedu.Jes de orma t/o re3ular, este ato em si era importante
;aver produido antasias de sedu./o pareia?l;e t/o si3nifativo, a seu
modo, omo se tivesse oorrido a sedu./o real# %ara Freud, esta situa./o
si3nifava Kue os deseCos seuais da rian.a eram satiseitos pelas prOtias
auto?ertias e Kue tais prOtias, proiidas e CO onsideradas omo
ver3on;osas, eram aastadas do e3o onsiente por antasias de sedu./o,
Kue eimiam o e3o de toda a ulpa# Esta interpreta./o deu?l;e a ;ave para
ompreender a importQnia da vida seual da rian.a e a teoria da
seualidade inantil
Cuntamente om oi aresentada
as doutrinas aos undamentos
do realKue de seuNen;uma
e do inonsiente# sistema
esola ressaltou tanto omo a psianalista a tremenda importQnia da
meninie e mesmo da tenra inQnia na determina./o do arOter do adulto#
'om essas desoertas, a teoria, em omo a ténia da psianOlise, ;avia
ompletado a etapa de orma./o# %orém, n/o se deve supor Kue o
verdadeiro proesso de desenvolvimento ten;a sido t/o sistemOtio ou t/o
oerente, omo a desri./o posterior pode su3erir# Freud omenta vOrias
vees os perLodos de dMvida e perpleidade pelos Kuais passou, o ato de
n/o ;aver previsto as teorias para as Kuais as suas oserva.Jes o
onduiam# -odavia, pouo a pouo os prini4

77:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
77<
pais oneitos tomaram orpo e onordaram entre si# ( inonsiente oi
oneido omo sendo ativo, lutador e poderoso# ( realKue oi onsiderado
omo india./o de on\ito entre o e3o e os deseCos inonsientes# A dire./o
tortuosa do insonsiente e seu arOter primitivo e al3io oram amos
indiados pelos son;os# Reon;eeu?se a importQnia dos deseCos seuais,
mesmo na inQnia# Freud onsidera estes pontos de vista omo os
primeiros rutos da anOlise e insiste sempre Kue s/o resultados arduamente
otidos pela oserva./o direta, e n/o simples devaneios ou espeula.Jes#
A teoria psianalLtia pode ser onsiderada omo a estrutura para epliar
estas desoertas e as uturas# (s ensinamentos de Freud, entretanto,
nuna oram um orpo fo e rL3ido de doutrina# ( prprio Freud estava,
ontinuamente, modifando?os e ampliando?os, e sempre epliando Kue
n/o eram ompletos e fnais# 'ontudo, os prinipais ontornos permaneem
astante invariOveis e podem ser rapidamente mostrados#
A vida psLKuia dos seres ;umanos onsiste de duas partes prinipais, o

onsiente e o (inonsiente#
insi3nifante# ( onsiente
Kue uma pessoa é peKueno
sae sore e relativamente
os seus prprios motivos e
onduta dO apenas um aspeto superfial e ra3mentOrio de sua
personalidade total# %or aio do e3o onsiente estO o vasto e poderoso
inonsiente, onte das 3randes or.as oultas Kue onstituem a verdadeira
or.a impulsora das a.Jes ;umanas# Entre o onsiente e o inonsiente
estO o pré?onsiente, Kue se unde 3radualmente om amos, mas Kue se
paree mais om o onsiente do Kue om o inonsiente em onteMdo e
arOter e é aessLvel P onsinia sem resistnia emoional# ( pré?
?onsiente n/o é ormado pelo material Kue oi ortemente reCeitado e
realado em onseK[nia, os seus onteMdos podem ser evoados pelos
proessos omuns de assoia./o# A ensura loalia?se 3eralmente no pré?
onsiente#
-anto o onsiente omo o inonsiente s/o oneidos omo ativos# Freud
naturalmente onsidera omo um assunto de oserva./o diOria e evidente,
assim omo um ato Kue n/o neessita ser provado, Kue os e3os
onsientes possuem deseCos e anelos e é um dos tra.os araterLstios de
sua teoria Kue o inonsiente é oneido tamém omo ativo e impulsivo#
Neste sentido, Freud dO um arOter antropomrfo ao inonsiente# Reere?
se a ele omo se osse estritamente pessoal, omo as pessoas Kue
enontramos diariamente# Desreve o inonsiente prinipalmente n/o em
un./o

de tra.os nervosos ou en3ramas, n/o omo onCuntos de ;Oitos, n/o omo


ra3mentos espal;ados, destaados da personalidade ? para menionar
somente al3umas das onep.Jes menos antropomrfas Kue tm sido
usadas pelos estudiosos do inonsiente ? mas omo um a3ente ativo,
impulsivo e ;eio de deseCos, muito pareido om as pessoas Kue o senso
omum reon;ee e entende# ( inonsiente, na orma em Kue Freud o
ima3ina, é sempre dinQmio toda a estrutura psLKuia, seCa onsiente ou
n/o, é asiamente um misto de impulsos e deseCos#
Entre o onsiente e o inonsiente ;O uma luta inessante# Um ser ;umano
aprende, pratiamente desde a inQnia, Kue tudo o Kue se relaiona om a
vida seual é ver3on;oso# Desde o inLio, a soiedade impJe poderosos
taus, e o e3o onsiente rea3e reprimindo todas as maniesta.Jes do seo,
or.ando?as para o interior do inonsiente omo ver3on;osas# %orém,
aaio do nLvel da onsinia, os deseCos ontinuam a eistir, e, emora
rustrados, lutam om todo o su poder e om toda a sua ;ailidade para
rustrar as proii.Jes do e3o# A vida psLKuia é assim or3aniada em volta
de dois entros0 o e3o ou eu onsiente, Kue desenvolve a VonsiniaV
omo uma epress/o de aprova./o soial e o inonsiente ou liido, Kue
ari3a os poderosos deseCos seuais, al3uns dos Kuais o e3o nem mesmo
suspeita Kue eistam, e outros Kue ele aasta mas n/o pode destruir#
A aten./o de Freud oi primeiro orientada prinipalmente para a liido#
&empre onsiderou a in\unia do impulso seual omo ponto
essenialmente ruial em sua teoria# 'onsidera KualKuer esor.o para u3ir
do assunto omo déil tentativa para tornar a verdade mais suportOvel e
omo tLmida oness/o Ps maneiras onvenionais de pensar e sentir# +
esta, essenialmente, a ausa./o Kue a ontra 2un3 e Adler, amos seus
anti3os disLpulos e sios, e amos undadores de esolas Kue diver3iram
da sua# 2un3 onsidera Kue a 3rande or.a propulsora da ;umanidade é um
Lmpeto vital 3eral, Kue n/o deve ser onundido om o impulso
elusivamente seual, emora possua 3rande e importante omponente
seual# ( papel Kue Freud atriui ao seo, Adler onede ao deseCo de
domina./o, P aspira./o de Vser um ;omem ompletoV# Freud denunia
essas duas idéias omo déeis e viiosas u3as do assunto n/o deia a
menor dMvida de Kue onsidera o impulso seual omo sendo de
esma3adora imnortQnia na onduta ;umana#
778
Edna Heidreder
%siolo3ias io &éulo 
776
Freud usa a palavra VseoV num sentido muito 3eral# Inlui nele n/o s os
interesses e atividades seuais propriamente ditos, omo tamém toda a
vida amorosa ? poderLamos Kuase dier, tudo o Kue aran3e o praer ? dos

seres ;umanos#
omo possuindo Aum
lista das atividades
si3nifado seualKue ele e infnita
é Kuase seus adeptos
porém,onsideram
o seu
alane e variedade podem ser indiados pelo ato de inluLrem prOtias t/o
simples omo andar,  umar e tomar an;o, e atividades t/o ompleas
omo a ria./o artLstia, as erimcnias reli3iosas, as institui.Jes polLtias e
soiais, e mesmo o desenvolvimento da prpria ivilia./o#
A luta entre a liido e o e3o tem inLio na mais tenra inQnia# ( primeiro
praer da rian.a reém?nasida é o de mamar, e este praer Freud
onsidera omo seual# Desde o er.o, a rian.a ama a sua m/e porém, a
soiedade a3e de orma a Kue o interesse seual n/o seCa epresso nem
admitido omo tal# + erto Kue o praer Kue a rian.a sente por sua m/e
n/o se produ sem ostOulos# %or um lado, o pai tem direito P m/e e nesse
ponto é o rival da rian.a, ( resultado é o ompleo de +dipo0 a rian.a ama
sua m/e e odeia o pai# + verdade Kue a rian.a pode tamém amar o pai, e
nesse aso sua atitude é amivalente ? ama e odeia a mesma pessoa# (
mesmo ompleo, desenvolvido de orma um tanto dierente, tamém se dO
om a menina0 ela ama o pai e odeia a m/e ou desenvolve uma atitude
amivalente em rela./o a ela# -oda esta situa./o, om seus amores e
iMmes violentos, om seus on\itos e repressJes inevitOveis, determina
uma Kuantidade enorme de esor.o e tens/o psLKuios Kue pode dar ori3em
a desordens emoionais interminOveis#
Naturalmente, a vida seual da rian.a diere da do adulto# A prinLpio, é
auto?ertia as satisa.Jes est/o onentradas no prprio orpo da rian.a
e s/o provenientes da estimula./o, de inLio aidental, das onas er3enas#
Entre a primeira inQnia e a puerdade ;O um perLodo de latnia, durante
o Kual os deseCos seuais s/o epressos em ormas de sentimentos Kue a
soiedade aprova, e no Kual a rian.a passa a maior parte de seu tempo
om ompan;eiros
7 Durante al3um tempo, o amor da menina pelo pai oi ;amado Vompleo
de EletraV, mas, atualmente, por ser o prinIpio suCaente o mesmo nos
dois seos, o termo Vompleo de adipoV é apliado a amos, (
desenvolvimento do ompleo de kdipo na menina é mais indireto e mais
om\;5, ,\ i\ iiip no rana#
de sua mesma idade e seo# Na adolesnia, o interesse seual torna?se
novamente
seo oposto#aentuado e é defnitivamente orientado para as pessoas do
( desenvolvimento normal mostra omumente estas etapas suessivas,
mas tamém pode aonteer Kue esse desenvolvimento n/o oorra# -odas
as espéies de omplia.Jes provm do ato de Kue a rian.a é uma
Vperversa polimoraV
? isto é, o seu impulso seual n/o é ri3orosamente delimitado pode
epressar?se numa 3rande variedade de ormas, e assoiar?se a uma 3rande
variedade de oCetos# Uma onseK[nia muito provOvel e omum desta
situa./o é o ;omosseualismo a liido enontra o seu oCeto numa pessoa
do mesmo seo Kue o e3o# Uma orma randa de ;omosseualismo, de ato,
pode mesmo ser onsiderada uma ase do desenvolvimento normal,
ormando uma transi./o Oil ou pelo menos cmoda das prOtias auto?
ertias, Kue ei3em apen/s o e3o, para o verdadeiro ;eterosseualismo,
Kue reKuer uma pessoa do seo oposto# HO outras ormas, tamém, nas
Kuais o desenvolvimento normal da vida emoional pode sorer
interernia# A Vfa./oV pode oorrer em KualKuer ponto# Um erto
aCustamento pode ser t/o satisatrio Kue a prima etapa n/o é seKuer
tentada pelo menos pode ser preerido em lu3ar da aventura e do riso
eistente ao enrentar uma situa./o nova# Um menino pode ser t/o
dediado P sua m/e e estar t/o satiseito om essa rela./o, prinipalmente
se o amor da m/e se onentra nele, Kue deia de se interessar por outras
mul;eres ou, uma menina pode estar t/o asorta om suas ompan;ias
emininas, t/o entretida om os altos e aios emoionais proporionados
pelas suas VpaionitesV om ole3as do mesmo seo, Kue n/o a sua
transi./o para o amor dos ;omens# Estas ases podem ou n/o inluir
intimidade Lsia, e podem ser passa3eiras ou duradouras# 'ada transi./o é
eita om erta difuldade em onseK[nia, uma pessoa tLmida, ou outra
;ipersensLvel ou om um trauma Lsio, pode a;ar inteiramente mais
a3radOvel permaneer em um dado ponto, do Kue onentrar suas or.as
para um novo aCustamento# "esmo uma pessoa Kue ;aCa onse3uido om
ito uma transi./o, n/o estO se3ura no nLvel mais maduro# Eiste sempre a
possiilidade de Vre3ress/oV a uma etapa mais Oil e mais primitiva# Uma
rian.a Kue n/o se dO em om os ompan;eiros da sua idade pode

ensimesmar?se, ou prourar
amante des3ostoso o ari3o
pode voltar nara aonortante
omoan;ia do
de Lrulo amiliar#
seu urnrio seoUmou
para o a
%siolo3ia#s do &éulo 
75
7_
Edna Heidreder
rin;o de sua m/e, ou mer3ul;ar em seus prprios pensamentos e
sentimentos#
Nin3uém, nem mesmo o mais eli, pode esapar do on\ito entre o deseCo
e a repress/o# 'ada um Kue nase na soiedade ;umana estO adado a ter
al3um de seus impulsos ontrariado e omo resultado, a onduta, mesmo
das pessoas normais, dO mostra de atritos e tensJes# A psiolo3ia da vida
otidiana mostra ser isto verdade, e Freud nuna a;a diLil enontrar
provas para as suas teorias nos inidentes omuns Kue ns despreamos
omo insi3nifantes ou atriuLmos ao aaso# As al;as da lin3ua3em e as da
esrita, nomes e enontros esKueidos, presentes e oCetos perdidos, todos
indiam o papel desempen;ado pelo deseCo e pela motiva./o# -ais
aonteimentos, insiste Freud, nuna s/o aidentais# A mul;er Kue perde o
seu anel de asamento deseCaria nuna t?lo possuLdo# ( médio Kue
esKuee o nome de seu onorrente, na realidade deseCa ver aKuele nome
risado da eistnia# ( Cornal Kue imprime V'loSn %rineV em lu3ar de
V'roSn %rineV e orri3e o seu erro afrmando Kue naturalmente Kuis dier
V'loSn %rineV, de ato Kuer dier isso mesmo# ` "esmo o senso omum
inulto tem a suspeita astuta de Kue os esKueimentos s/o si3nifativos
raramente uma pessoa delara, sem emara.o, Kue deiou de ompareer
a um enontro porKue o esKueeu# (s atos dessa espéie s/o sempre
determinados# &/o mesmo superdeterminados# Diversas lin;as de
ausalidade podem onver3ir sore o mesmo inidente desa3radOvel, e
determinantes Lsios em omo psLKuios podem estar inluLdos# (s erros
no alar, por eemplo, podem ser devidos em parte a difuldades de
oordena./o musular, P transernia de letras, P i3ualdade das palavras,
e oisas desse teor# "as tais irunstQnias n/o d/o a eplia./o ompleta#
Elas n/o epliam por Kue erta al;a e n/o outra oi ometida ? por Kue oi
pronuniada tal omina./o de sons e n/o outra# Um Covem omeriante,
por eemplo, esor.ando?se para ser eduado a respeito de um onorrente,
e pretendendo dier V&im, ele é muito efienteV !VeYientV$ realmente
disse0 V&im, ele é muito intrometidoV !VoYiousV$# Naturalmente, ele estava
inorrendo em uma Oil onus/o de palavras mas, tamém estava
eprimindo a sua verdadeira opini/o# Dese A maioria dos eemplos dados
neste parO3rao s/o etraidos do livro -;e %s;opat;olo3 o Everda
)ie#
N# da Editora# V'roSn %rine !prlnlpe da oroa$ era o titulo do prlnipe
;erdeiro em ertas monarKuias da Europa entral# 'loSn %rineV
Co e satisa./o indireta est/o na ase da onduta normal omo da anormal,
e até os aonteimentos Kue atriuLmos ao aaso s/o determinados por
motivos#
Além disso, as pessoas normais son;am, e os son;os, é Kuase
desneessOrio repetir, d/o astante prova das maKuina.Jes do
inonsiente# (s devaneios em omo os son;os noturnos s/o omuns entre
as pessoas normais e, omo aKueles, s/o modos de satisa./o dos deseCos e
das maneiras primitivas de pensar# (s devaneios, de ato, d/o a ;ave para
uma das mais interessantes teorias reudianas0 a interpreta./o do papel do
inteleto nos assuntos ;umanos#
Nas m/os de Freud, o inteleto reee esasso respeito# A no./o de Vra/o
entroniadaV transorma?se em mito e o ;omem raional entra em olapso
no meio dos deseCos reudianos# ( pensamento e a ra/o podem ser tudo
menos or.as dominantes na naturea ;umana eistem somente para
servir aos 3randes impulsos e deseCos primaiais, Kue s/o os verdadeiros
donos da onduta ;umana# ( inteleto é o seu servo, e muitas vees servo
orrupto, n/o se peCando em torer, esonder e manipular a verdade no
interesse de seus poderosos donos# A ra/o é sempre motivada por
neessidades aetivas ela eiste para eeutar as suas ordens direta ou
indiretamente, traal;a para onse3uir as satisa.Jes dessas neessidades#

+ verdade
tratar om Kue o inteleto,
o mundo a fm
omo ele é, de servir eetivamente,
ompetir devee,aprender
om os atos reais portanto,a
assumir as maneiras rLtias, l3ias e realistas Kue reon;eemos omo
pensamento verdadeiro# "as, essas s/o ormas seundOrias de rea./o
inuladas sore o pensamento primitivo e al3io pelo ato de Kue os
anseios instintivos, para onse3uir sua verdadeira satisa./o, devem atuar
no mundo real# "esmo o pensamento mais l3io e realista é determinado
pelo deseCo pessoal e primitivo#
Além disso, o inteleto nem sempre a aso das li.Jes Kue aprendeu# s
vees, esKuivando?se das difuldades do aCustamento Ps situa.Jes reais,
ele prov ale3rias e triunos ima3inOrios Kue n/o podem, na oasi/o, ser
otidos na realidade# Bleuler deu o nome de Vpensamento autLstioV a esta
espéie de intele./o, da Kual o devaneio é o mel;or eemplo possLvel# Em
ontraste om o pensamento realista, o autLstio aredita no Kue Kuer
areditar, detendo?se nas satisa.Jes imediatas e ima3inadas Kue podem
ser otidas sem o usto e o riso do ompromisso real om o mundo
verdadeiro# ( pensamento autLstio, laramente motivado pelo prinLpio do
77
7
Edna Heidreder
%8olo3ias do &éulo 
praer, revela Kue o inteleto estO inonundivelmente suCeito ao instinto e
ao deseCo#
(utra prOtia Kue denota o papel seundOrio do inteleto é a Kue Ernest
2ones ;ama de raionalia./o# Ela onsiste em a;ar ons motivos para um
ato, Kuando a pessoa n/o estO Kuerendo revelar ou admitir o motivo real ?
ou Kuando, o Kue é pereitamente possLvel, ela prpria deson;ee Kual
seCa o motivo verdadeiro# A oorrnia da raionalia./o si3nifa K[e ns
aemos as oisas primeiro porKue deseCamos aer, e depois enontramos
motivos para as mesmas# ( ;omem Kue de ato Kuer Co3ar 3ole pode a;ar
muitos ons motivos para assim proeder, nas ;oras de traal;o e ora
delas# ( 3ole é um om eerLio desanuvia a mente para o traal;o
muitas vees e;a um ne3io no ampo de 3ole tanto traal;o sem
distra./o a dele uma pessoa an3ada# (s seres ;umanos 3ostam de
pensar Kue s/o diri3idos pela ra/o, e a raionalia./o é um artiLio Kue
alimenta esta ilus/o#
%orém, tudo isso, pode?se ar3umentar, é astante omum# Fal;as de
lin3ua3em e lapsos de memria, son;os e erros, irre3ularidades do
pensamento, tais omo o devaneio e a raionalia./o, n/o s/o afnal as
maiores atividades da vida# %odem os prinLpios da psianOlise epliar os
prolemas mais 3raves da onduta ;umana^
(s reudianos om ertea n/o se esKuivam dessa tarea# As neuroses n/o
podem ser onsideradas oisas sem importQnia, e a teoria psianalLtia
tem omo sua prpria ori3em a tentativa de ompreender e urar as
neuroses# De aordo om os reudianos, eatamente as mesmas or.as
est/o em a./o no omportamento normal e no anormal, porém, neste
Mltimo, est/o ealtadas e seus eeitos s/o mais pereptiveis# (s sintomas
neurtios s/o epressJes indiretas de deseCos reprimidos# A e3ueira
;istéria pode ser uma u3a a um dever intolerOvel um soldado Kue n/o
pode suportar a luta nem a u3a pode resolver seu prolema fando e3o ?
uma solu./o medLore, de ato, mas Kue pelo menos resolve o on\ito entre
a onsinia e o deseCo, sem erir o amor?
?prprio# A paralisia ;istéria pode ser uma deesa ontra uma
estarreedora tenta./o os memros, n/o podendo se mover, podem
onservar o seu dono ora de peri3o# Um maneirismo ou eentriidade de
onduta aparentemente sem si3nifado pode ser a satisa./o sustitutiva
de um deseCo n/o satiseito em erto aso, o ;Oito motor estereotipado de
uma mo.a neurtia representava a profss/o do amante
Kue ela ;avia perdido# Isto n/o Kuer dier Kue o amin;o do deseCo até o
sintoma seCa simples e direto# =uase sempre o paiente n/o sae o Kue estO
aendo# (s meanismos est/o no inonsiente e este, atuando por vias
indiretas araterLstias, torna inrivelmente diLil desrever a verdadeira
situa./o# &empre, porém, na ase da pertura./o estO o deseCo ? ao Kual oi
ne3ada a epress/o direta e Kue aparee torturado na orma de al3uma
deorma./o da onduta#
( prprio Freud, omo médio, tratou das neuroses e psioneuroses# "as
seus adeptos ampliaram as suas interpreta.Jes, muitas vees om
arésimos prprios, PKueles aastamentos mais pronuniados do
omportamento normal, Kue s/o lassifados omo psioses# ( primeiro a
aer esta amplia./o oi o psiKuiatra suL.o Bleuler, Kue epliou a
esKuiorenia, a mais desonertante das psioses, omo uma is/o ou
Vra3menta./oV da personalidade, resultante de um on\ito t/o intenso Kue
redu a personalidade a ran3al;os# A orienta./o de Bleuler oi se3uida om
entusiasmo por outros elementos de sua profss/o e atualmente n/o ;O
setor da psiolo3ia anormal no Kual as interpreta.Jes psianalLtias n/o
;aCam penetrado#
desordem Nen;um
é t/o 3rande, sintoma
para é t/oasem
o desvelo, importQnia,
dili3nia nen;uma
e a ompleta e inrLvel
;ailidade daKueles Kue tentam adaptar a psianOlise para todos os asos#
As 3raves preoupa.Jes da onduta normal oram tamém epliadas em
un./o dos meanismos reudianos# Naturalmente, a profss/o, as atividades
do traal;o Kue tm tanta importQnia na vida de ada dia n/o podem ser
despreadas por nen;uma teoria Kue tente dar urna eplia./o orreta da
onduta ;umana# (s reudianos onsideraram este prolema de vOrios
pontos de vista# Urna teoria di Kue
o impulso pela realia./o, pelo suesso, por onsidera.Jes de toda a
espéie, é asiamente o deseCo de possuir um ompan;eiro do seo
oposto, e Kue por aio de toda a luta pelo poder, pela riKuea e pela ama,
estO o deseCo de ;amar a aten./o de um ompan;eiro adeKuado# Através
do traal;o do artista, do ientista, do estadista, do apit/o de indMstria, \ui
o motivo do eiiionismo, ? um eiiionismo erta?
9 A palavra VmeanismosV é empre3ada pelos psianalistas om reerénda
aos proessos espeifos pelos Kuais o inonsiente a3e# Heal, Bron\er e
EoSers, no livro -;e &triture and "eanin3 o %siC;oanali,sis, 5676,
su3erem a ado./o do termo VdinamismoV em lu3ar da palavra
VmeanismoV# VA psiKuiatriaV, diem eles, Ve em partiular a psianOlise
est/o espeialmente Interessadas na dln/mla da vida mental, nas oras
atuantes e nas leis Kue l;es diem respeito# Ent/o, omo diria um tisio, o
dinamismo é uma ora espeifa a3indo numa dire./o ou maneira
espeifaV#
7
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo 
79
mente sulimado e reorientado, mas Kue é, asiamente, um deseCo
primitivo de ser notado# Eplia.Jes mais espeLfas oram apresentadas
em aundQnia# ( ientista, oi su3eri?# do, é um voeur# &ua usa da
verdade, emora possa pareer desinteressada e impessoal, tem sua
ori3em na uriosidade seual ontrariada na inQnia, Kue persiste e se une
a oCetos sem li3a./o aparente om as irunstQnias Kue primeiramente a
despertaram# *rande parte da aten./o oi dada Ps artes, porém a mais
rana e amosa tentativa de epliar a produ./o de um artista em un./o
de oneitos psianalLtios é o livro )eonardo da @ini de Freud# %ara o
autor, n/o poderia ;aver eemplo mais pereito de ompleo de +dipo do
Kue aKuele sorido por )eonardo, fl;o ile3Ltimo, dediado P sua ineli m/e,
mesmo na idade adulta osedado pela sua fsionomia, e reproduindo?a
sempre em suas pinturas# Um modo um tanto diverso de apliar os
prinLpios reudianos v?se nos omentOrios de Freud a respeito do romane
*raiva de 2ensen# Neste aso, um simples traal;o literOrio é usado para
revelar n/o o motivo da ora do autor, mas sim a interpreta./o psianalLtia
da situa./o por ele desrita# ( arOter e a onduta do Covem arKuelo3o,
Kue é o ;eri do romane, mesmo o seu interesse pela arKueolo3ia, s/o
apresentados omo epress/o de seus deseCos inonsientes#
E as mesmas or.as suterrQneas Kue a3em nos indivLduos, tamém atuam
na soiedade omo um todo# De mil maneiras, a ener3ia seual é sulimada
? diri3ida para anais aprovados pela soiedade# ( mito, as erimcnias
reli3iosas, os taus triais, as institui.Jes soiais ? todos eles, através do
simolismo ou al3um outro disare, revelam a satisa./o de deseCos
proiidos# As prOtias de Kue se servem, emora muito onvenionais
devido ao uso e a repeti./o, tm suas raLes no inonsiente e est/o
arre3adas de emo./o# -oda a ontetura da ivilia./o estO marada pelo
padr/o reudiano ? om on\ito, repress/o, interposi./o de resistnia e
amin;os indiretos para a satisa./o#
Até ent/o, supun;a?se Kue ;avia uma oposi./o astante simples entre o
onsiente e o inonsiente, entre as tendnias do e3o e as do seo#
%orém, mais tarde, Freud apresentou teorias Kue diem ser essa oposi./o
muito menos simples e defnida do Kue pareia# Diri3indo a aten./o para as
tendnias do e3o, impressionou?se pelo 3rande onteMdo liidinoso Kue
enontrou pelo amor de si mesmo epressando?se de orma mais omplea
e sutil do Kue a enontrada no simples
auto?erotismo# ( resultado disso oi uma nova teoria de or3ania./o da
psiKue, 3irando em volta de trs oneitos, o id, o e3o e o supere3o# A
rela./o entre esta nova teoria e a anti3a n/o fou em eslareida# Freud
paree onsiderar amas omo aspetos da mesma realidade, omo
panoramas da psiKue vistos de Qn3ulos li3eiramente dierentes de vis/o#
Reon;ee aertamente Kue as rela.Jes entre elas s/o osuras, mas
aredita Kue a alta de larea é devida ao on;eimento inompleto além
disso, ele aredita frmemente Kue um deseCo de oernia n/o deve
impedir o re3istro dos Vinsi3;tsV a Kue um sistema eistente ?
prinipalmente um Kue se reon;ee inompleto ? n/o se adapta
prontamente#
?Dos trs oneitos, o id !o id latino$ é talve o menos reelde# 'orresponde
mais de perto P anti3a no./o de inonsiente# Al3uns analistas, de ato,
areditam Kue ele suplantou o oneito de inonsiente, emora outros o
onsiderem omo uma interpreta./o omplementar# ( id é a parte mais
primitiva e prounda da personalidade# k proundo, osuro, inonsiente e
poderoso# 'ontém omo seus maiores omponentes os impulsos seuais
instintivos, mas inlui tamém tendnias de ;Oitos Kue o indivLduo
suprimiu, e uma espéie de saedoria e3a ;erdada da ra.a# ( id, emora
poderoso, é ompletamente desprovido de perep./o é amoral, inulto,
desptio e audaioso# Busando somente os praeres do momento, ei3e
sua satisa./o insistente mas e3amente#
( e3o se desenvolve a partir do id pelo ontato do eu om a realidade
eterna, e torna?se o mediador entre o eu e o mundo eterior# ( e3o
on;ee a realidade de modo dierente ao do id ? pereendo, ao passo Kue
o id deseCa e3amente# A perep./o, Cuntamente om a apaidade para
manipular o meio amiente e re3ular o id om reernia ao mesmo, é a
atividade araterLstia do e3o# ( e3o desta nova teoria é realmente muito
menos o opressor e3o Kue era o e3o do passado# Emora pon;a reio ao id,
muitas vees resistindo frmemente Ps suas ei3nias, o e3o, seCa
aproveitando ou riando oportunidades, realia KuaisKuer satisa.Jes
verdadeiras Kue o id admite# Nestas atividades, o e3o torna?se al3o omo
um oportunista, mesmo um tanto diplomata# -orna?se tamém oCeto de
amor por parte do id# Freud enontra no amor a si prprio um omponente
liidinoso orneido diretamente pelo id#
A mais impressionante das novas onep.Jes é, sem termo de ompara./o,
a do supere3o# -alve a mel;or maneira
7:
Edna HeCdreder
de desrever o supere3o seCa dier Kue ele é a onep./o da onsinia,
se3undo Freud, e, ent/o, aresentar imediatamente Kue se trata de uma
onsinia Kue é inantil, inulta, em 3rande parte inonsiente e poderosa
ao etremo,
ontatos om(osupere3o
mundo ao é ormado Kuando
seu redor, a rian.a,
inorpora em seuso primeiros
em si mesma pai ideal ?
Kue representa de erto modo amos os pais
? e adota omo parte de si mesma as proii.Jes inuladas pelos pais na
meninie e na tenra inQnia, ( supere3o tem sido ;amado de V;erdeiro do
ompleo de +dipoV# %rovém da tentativa inantil de autodisiplina, de
resistnia ontra os atos proiidos, pelo estaeleimento dentro do eu dos
padrJes do mundo dos pais# ( supere3o, portanto, inlui as emo.Jes Kue
arateriam o ompleto de +dipo e estO or3aniado na ase dos VFa.a istoV
e VN/o a.a istoV Kue provm das irunstQnias morais impensadas,
inompreendidas e onusamente emoionais da inQnia# %or sua

intensidade
assemel;a?se emoional e pela
mais ao id nsistnia
do Kue e3a de suasom
ao e3o omunia?se ei3nias,
o id mais
livremente do Kue o e3o# E, ontudo, desde edo, o supere3o adKuire um
enorme poder sore o e3o é apa de severidade a ponto de rueldade ao
in\i3ir puni./o pela viola./o de seu di3o# Um urioso arranCo eiste Ps
vees, no Kual o supere3o permite ao e3o aastamentos do di3o P usta
de a3onias de remorso e sorimento uturo, ( supere3o, em suma, é a
moralidade inonsiente do indivLduo, a Kual, muitas vees em desaordo
om suas ren.as e prinLpios onsientes, in\i3e sorimento e ei3e
epia./o por atos dos Kuais a pessoa n/o sae onsientemente Kue o
mesmo desaprova# Esta situa./o aumenta muito a proailidade da
orma./o de on\itos Freud aredita Kue uma Kuantidade inalulOvel de
ener3ia psLKuia é 3asta pelas onusJes nas Kuais o supere3o se envolve#
Devemos lemrar, tamém, Kue Freud n/o oi o Mnio a revisar e
desenvolver o seu sistema# As modifa.Jes de seus ensinanentos sur3iram
em toda parte, muitas vees asperamente opostas entre si# Al3umas das
su3estJes de seus adeptos oram aeitas por Freud, porém outras ?
notadamente as de 2un3 e Adier ? oram ondenadas e reCeitadas por ele# +
surpreendente Kue, na euerQnia da doutrina Kue se desenvolveu, os
prinLpios de Freud se destaKuem t/o laramente omo o aem# %ois,
apesar das modifa.Jes Kue ele estO ontinuamente introduindo, e a
despeito das altera.Jes e amplia.Jes ? t/o reK[entes omo
%siolo3ias do &éulo 
7<
n/o ofiais ? Kue outros realiaram em seu nome, os ontornos prinipais de
sua onep./o s/o laramente pereidos# Eiste sempre o padr/o Osio
de um eu em luta om os deseCos inonsientes, emora as rela.Jes entre
eles seCam intriadas e nem sempre laras# As orrentes de impulso e
repress/o perorrem toda a estrutura psLKuia ? lin;as de resistnia, de
urla da resistnia e de satisa./o indireta do deseCo#
No limiar de KualKuer tentativa para avaliar as doutrinas da psianOlise ;O
uma difuldade uriosa e si3nifativa# &e a teoria or verdadeira, a simples
Kuest/o de eaminar os prs e os ontras CO pode ser uma epress/o de
motivos inonsientes, e KuaisKuer oCe.Jes Kue surCam e seCam oCeto da
aten./o do rLtio podem ser deesas inonsientes ontra reeldias
indeseCOveis# Neste aso, as prprias oCe.Jes onstituem evidnia da
eatid/o essenial do sistema pois o seu apareimento si3nifa Kue o
rLtio a;a o si3nifado da psianOlise oCetOvel e estO se prote3endo na
orma prevista pela teoria# Esta possiilidade pode ser determinada e
admitida desde o inLio#
Esta situa./o, de ato, é um aso partiular de difuldade l3ia Kue sur3e
em KualKuer tentativa para avaliar a teoria do ponto de vista da inia0 é
impossLvel tanto provar omo desaprovar as teorias psianalLtias,
aseando?se em evidnia ientLfa# +, realmente, impossLvel provar Kue
est/o ertas porKue é impossLvel provar Kue est/o erradas# A inia, no
fnal, apela para a evidnia eperimental, e um eperimento deisivo é o
Kue dO uma lara resposta a irmativa ou ne3ativa a al3uma per3unta, (
eperimento, portanto, deve ser eito de tal orma Kue torne possLvel uma
resposta de V&imV ou VN/oV ou de V&im ? em uma erta porenta3em de
asosV# + por este motivo Kue a inia insiste em omputar os asos
ne3ativos# %orém, a teoria psianalLtia, na orma em Kue é a3ora eposta,
torna impossLvel um aso ne3ativo# %or eemplo, se a anOlise revela um
ompleo seual, a teoria fa onfrmada# Em aso ontrOrio, deia de o
revelar porKue a anOlise enontrou uma resistn: %ara ser mais espeifo,
se o ritio reCeita a teoria, pode estar a3indo

em
suasdeesa prpria#
oCe.Jes para &e
umele
ou simpatia ompode
outro ponto, a teoria
estarem seu todo,
apenas reservando
usando uma
deesa mais sutil, tentando prote3er seus pontos mais sensiveis aendo
onessJes sore pontos Kue n/o l;e diem muito respeito# "esmo Kue
apresente oas raJes para a sua posi./o, nuna pode ter ertea de n/o
estar raionaliando# E o ritio pode n/o ter ertea de n/o estar adotando
tais artiflos, porKue os seus motivos podem estar proundamente situados
em seu inonsiente,
78
Edna Heidreder

ia ostinada, daL a eistnia de um ompleo seual astante 3rave e


outra ve a teoria é onfrmada# Este eemplo é menos sutil Kue muitos
outros Kue poderiam ser esol;idos, porém, india a naturea essenial da
difuldade#
Do ponto de vista da inia, esta Kuest/o da evidnia representa o mais
sério ostOulo na maneira de Cul3ar a teoria# Foram eitas tentativas, para
ser eato, em al3uns asos por psianalistas, mas em sua maior parte pelos
psilo3os aadmios, para sumeter al3uns dos oneitos deste sistema
aos proessos eperimentais e estatLstios da inia# ( eperimento sore
assoia./o livre é um dos dispositivos Kue oram usados para este fm# Este
eperimento, um dos lOssios do laoratrio de Wundt, oi levado a eeito
por 2un3 no ampo da psianOlise e emora a assoia./o livre na
psianOlise e a de laoratrio seCam reon;eidamente um tanto dierentes,
o método oi aproveitado por muitos psilo3os omo possLvel meio de
oloar em orma eperimental al3uns dos prolemas da psianOlise# A
psiolo3ia animal su3ere outras lin;as de ataKue# %or eemplo, oi eita uma
tentativa para determinar o poder relativo da ome e do seo omo
impulsos, riando?se situa.Jes Kue mostrar/o para Kual de duas
alternativas, o alimento ou uma mea, o animal suportarO ;oKues
elétrios dolorosos# 'om os seres ;umanos, KuestionOrios e taelas oram
usados para desorir até Kue ponto a;am?se presentes ondi.Jes
espeLfas ? por eemplo, a preernia do rapa pela m/e em lu3ar do pai ?

mas tais dados,


;ipteses, mesmoorroorativos#
s/o apenas Kuando positivos,
Aléms/o indiretos
disso, ;O umae, na mel;or das
impress/o,
astante omum entre os psianalistas, de Kue tais estudos s/o inMteis e
mesmo ondenOveis# %ara muitos deles paree laramente impossLvel inluir
os verdadeiros atores vitais numa eperinia de laoratrio ou num
KuestionOrio n/o l;es paree apenas ora de propsito mas ranamente
errcneo eaminar médias estatLstias e urvas de distriui./o e tirar
onlusJes sore taelas de dados estudados Kuantitativamente# -ais
prOtias, eles insistem, empanam a personalidade e esta, uCas mLnimas
idiossinrasias podem ser importantes, deve ser sempre mantida omo
entro da aten./o#
-udo isso si3nifa Kue os psianalistas oereem um tipo de evidnia
dierente daKuele aeito pela inia# Isto n/o Kuer dier Kue n/o oere.am
evidnia# A deles, entretanto, é a do tipo aumulado na eperinia
onorme sur3e, e n/o em situa.Jes espeialmente preparadas para pcr P
pro %siolo3ia
do &éulo 
76
va as proposi.Jes na orma de per3untas# (s psianalistas depositam a sua
é naKuilo Kue oservaram diretamente em suas anOlises e no Kue
realiaram na prOtia# + omo se apenas dissessem Vol;em e veCamV, ertos

de Kue osInevitavelmente,
faram# Kue viram o Kueao eles viram
tentar devem far
eaminar onvenidos
a psianOlise omode
do ponto eles
vista ientLfo, o rLtio depara om dois tipos de evidnia0 por um lado,
oserva.Jes imediatas Vn/o tratadasV Kue se aumularam e Kue produiram
onvi./o no deorrer da eperinia prOtia diOria de outro, oserva. es
sumetidas a proessos espeialmente dispostos para testar as ;ipteses
em Kue s/o relevantes# Naturalmente, o ato de Kue a evidnia
apresentada em apoio da teoria psianalLtia n/o eCa ri3orosamente
ientLfa, n/o si3nifa Kue a teoria seCa alsa# -amém n/o Kuer dier Kue
os ientistas ten;am se reusado a aeitO?la, pois um dos atos notOveis
dessa importante teoria oi Kue ela ariu amin;o mesmo entre ientistas,
sem o apoio da evidnia Kue é estritamente ientLfa# &i3nifa apenas Kue
Kuando é mantida uma ren.a na teoria psianalLtia, é apoiada em outros
undamentos além da prova ientLfa# =uer dier Kue a ren.a n/o se
aseia em evidnia verifada de orma sistemOtia, mas na impress/o de
Kue eiste al3o na mesma e Kue esta eplia raoavelmente as oisas Kue
toda a 3ente realmente a e Kue as espeula.Jes estran;as, por
;oantes Kue seCam, oinidem de maneira onvinente om a oserva./o
omum e ontriuem para tornar oerentes e inteli3Lveis as atividades Kue
de outra orma seriam atias e sem sentido e Kue onstituem uma parte
t/o 3rande do omportamento ;umano# =uem Kuer Kue aeite ou n/o as
teorias psianalLtias, assim proede através do mesmo tipo de raioLnio
Kue l;e ornee os mil e um CuLos Kue é or.ado a aer na vida diOria
aseado em evidnia inadeKuada e insufiente ? os tipos de CuLo,

realmente,
inia# -aisaos Kuais é ori3ado
estima.Jes, a sede
derivadas adaptar, mas Kueden/o
uma multid/o tm lu3arena
impressJes
interpreta.Jes, onCeturas e intui.Jes, transormam?se muitas vees em
onvi.Jes inaalOveis, Kue podem estar ertas ou erradas mas Kue, do
ponto de vista da inia, n/o podem ser onfrmadas ou ne3adas#
Além dessas rLtias de naturea 3eral, tm sido eitas oCe.Jes a
determinados pontos da teoria psianalLtia# A mais omum é a de Kue
Freud ea3erou demais o papel desemoen;ado nelo seo# (uvimos, Ps
vees, a oie/o inun
79_

Edna Heidrder
%siolo3ia8 do &éulo 
795
dada de Kue Freud redu tudo a seo ? sem undamento, porKue isto n/o
oinide om os atos# Freud nuna pretendeu Kue o motivo seual osse o
Mnio impulso Kue leva P atividade# Admitiu sempre as tendnias
autoonservadoras, e desde o inLio atriuiu ao e3o or.as Kue s/o apaes
de reprimir os deseCos seuais# "as, o impulso seual, saliente, estO suCeito
a uma orte e ontLnua repress/o, e devido a isso leva a distMrios
aentuados da onduta# -udo isso, entretanto, n/o altera o ato de Kue
Freud atriui ao seo o papel preponderante na onduta ;umana, e Kue a
doutrina da tremenda e universal potnia do seo é uma das suas mais
notOveis ;ipteses de traal;o#
A resposta de Freud P oCe./o de ter supervaloriado o seo é por demais
evidente para ei3ir eplia./o# Foi prinipalmente porKue 2un3 e Adier
tentaram alterar o seu ensinamento neste partiular Kue ele se aastou t/o
amar3uradamente de amos# -odavia, 2un3 e Adier, amos oloando o
impulso 3eral no lu3ar do interesse seual, est/o muito mais primos de
Freud do Kue a maioria de seus rLtios# %ara muitos psilo3os, paree um
erro supor Kue a vasta e variada 3ama da atividade ;umana seCa t/o
lar3amente dependente, omo aredita Freud, de KualKuer motivo 3eral
simples, seCa de autoonserva./o, autoonfan.a# impulso seual ou or.a
vital em 3eral# 'onsideram tal modo de proeder omo uma tenta./o para
entre3ar?se a lon3as e va3as espeula.Jes um onvite para Kue KualKuer
tipo espeLfo de onduta seCa relaionado P Mnia onte Kue se aeita#
(servam Kue a psiolo3ia, omo KualKuer outra inia, tem pro3redido
em propor./o direta P sua desoerta das ondi.Jes espeLfas Kue
determinam ertos atos# %reerem, portanto, ome.ar de orma mais
sin3ela, tomando as dieren.as visLveis pelo seu valor aparente, e tentando
desorir as ondi.Jes espeiais Kue provoam a onduta Kue o senso
omum atriui a uma variedade de motivos mais espeLfos ? medo, raiva,
uriosidade, vin3an.a, deseCo de dominar e uma infnidade de outros#
Areditam piamente Kue uma eplia./o verdadeira inlui uma desri./o

das ondi.Jes partiulares


disponiilidade Kue levaram
sempre presente de umaaeplia./o
determinada a./o
3eral e Kue a
? a possiilidade
permanente de dier a respeito de KualKuer a./o Vé devida ao motivo
seualV ? pode ailmente desenoraCar a pesKuisa dos pormenores
irunstaniados#
&erO imediatamente oCetado ? e om ra/o ? Kue os reudianos n/o se
detm, na prOtia, om as eposi.Jes 3e neraliadas
e Kue insistem na importQnia de on;eer om detal;es ompletos omo a
ondi./o perturadora sur3iu numa erta pessoa# %orém, eiste uma 3rande
dieren.a entre pesKuisar os detal;es Kue li3am uma dada ondi./o om
uma ausa Kue é on;eida em sua naturea 3eral e pesKuisar os detal;es
Kue eram aKuela ondi./o a fm de determinar a naturea da prpria
ausa# Além disso, a amplia./o eita por Freud do termo VseoV, muito além
do uso 3eralmente aeito, oi ritiada omo desonertante# + diLil saer,
Kuando uma atividade oi arateriada omo seual, até onde ;e3a o Kue
é espeifamente seual# E, ontudo, apesar dessas oCe.Jes, n/o é de
todo lamentOvel Kue Freud ten;a dado tanta nase ao seo Kmo o e# (
assunto oi notavelmente esKueido pelos psilo3os aadmios e o
ea3ero de Freud oi possivelmente um passo neessOrio no sentido de dar
ao seo o seu lu3ar le3Ltimo na eplia./o do omportamento ;umano#
N/o ostante, pode?se per3untar se os dados de Freud sore a seualidade
inantil, mesmo omo ele prprio os apresenta, sustentam neessariamente
suas onlusJes# A teoria, devemos lemrar, derivou do ato de Kue em
suas primeiras anOlises sempre a;ou Kue uma anOlise aparentemente
aaada n/o estava realmente ompleta Kue tin;a de remontar ada ve
mais P ;istria do paiente até alan.ar a époa de sua meninie ou tenra
inQnia, onde 3eralmente aaava por desorir uma suposta sedu./o#
"as, esta série de atos india neessariamente uma seualidade inantil^
N/o poderia uma série de malo3ros em atin3ir a rai da pertura./o
si3nifar isto mesmo ? uma série de malo3ros ? e nada mais^ N/o seria
neessOrio mudar o si3nifado do termo VseualV P medida Kue a anOlise
retroedesse ada ve mais em dire./o P inQnia^ E desde Kue as sedu.Jes
na inQnia provaram ser antasias, n/o seria possLvel Kue al3o no proesso
de anOlise tivesse su3erido a sua produ./o ou ampliado o seu si3nifado
para os paientes^ %elo menos s/o possLveis interpreta.Jes dierentes dos
dados itados por Freud# Isto n/o si3nifa, naturalmente, Kue Freud n/o
estivesse sineramente onvenido, nem Kue sua onvi./o n/o estivesse
aseada em evidnias# "as é em possLvel Kue sua onvi./o osse o
resultado de um onCunto de impressJes t/o sutis Kue n/o pudessem ser
oservadas e ormuladas em separado# + possLvel Kue as ases reais de
suas onvi.Jes u3issem P sua prpria oserva./o e desri./o, e Kue suas
onlusJes ossem o resultado de uma soma inonsiente de
79
Edna Heidreder
respostas na mente de um oservador muito perspia# + lu3ar?omum em
psiolo3ia Kue as onvi.Jes sur3em desta maneira, seCa em assuntos
ientLfos ou em outros# "as, a ase dessa onvi./o é partiular e pessoal,
e a sua epress/o veral n/o pode ser admitida omo on;eimento
ientLfo enKuanto n/o or apoiada por provas demonstrOveis a tereiros#
Novamente aparee a vel;a difuldade a prova é de uma naturea diversa
da Kue é admitida pela inia#
Intimamente relaionada om este prolema da rela./o entre a evidnia e
a onvi./o estO a rLtia de Kue a assoia./o livre empre3ada pela
psianOlise n/o é de ato VlivreV# (servou?se Kue, por mais
uidadosamente Kue o analista se sutraia, por mais Kue se esore em
evitar as su3estJes Kue possam in\ueniar o andamento das re\eJes do
paiente, a este deve de al3uma orma ser dado a entender Kue, ao deiar
Kue seus pensamentos o onduam para onde Kuiserem, n/o deve tentar
reter nada Kue pare.a sem importQnia ou emara.oso, ou Kue n/o seCa
omumente menionado nas onversas eduadas# "as este entendimento,
omo se sae, representa CO uma in\unia no sentido de provoar uma
tendnia defnida de pensamento# Além disso, de ve em Kuando durante a
anOlise, o médio intervém, Ps vees para su3erir interpreta.Jes, outras
vees para auiliar o paiente a vener uma resistnia e outras para aC
udar no prolema de transernia# Esta situa./o torna possLvel para o
pesKuisador eerer uma in\unia ontra a Kual é partiularmente diLil

or3aniar deesa#
oneeram vOrios(smétodos
prpriospelos
analistas
Kuaisest/o ientes
tentam dessasEdifuldades
superO?las# om erteae
devemos dier, a avor de Freud, Kue seu deseCo de alterar as suas opiniJes
Kue oram puliadas, india Kue, pelo menos Kuanto a ele, as onvi.Jes
terias n/o oram impenetrOveis Ps impressJes ausadas por atos
sur3idos nos ontatos reais om os paientes#
( sistema oi tamém ritiado por possuir inonsistnias internas e
pontos osuros# ( ompleo de +dipo prinipalmente tem sorido muitos
ataKues# De Kue maneira a rian.a reém?nasida aprende a reprimir seus
deseCos liidinosos^ De onde provém a sua or.a de repress/o^ 'omo é Kue
a atitude do meio amiente soial é eatamente transmitida P rian.a^ Das
tendnias do e3o^ Ent/o elas s/o mais ortes do Kue a liido^ =ual é a
rela./o eata entre os deseCos seuais e o e3o^ As mais reentes teorias de
Freud sore as tendnias do e3o, indiando omo o aem
I&I!(lH$I!l !l &éulo 
uma a./o reLproa e omplea entre a liido e o e3o, e om um amor a si
prprio no Kual se envolve a liido, tornam a distin./o entre as duas menos
lara do Kue antes# -ais re\eJes, entretanto, n/o perturam seriamente os
psianalistas# 'onsideram omo virtude de seus lLderes Kue n/o mostrem
pressa em onretiar as ren.as em sistemas ompletos e fnais Kue
onservem, ao ontrOrio, uma susetiilidade aos atos omo os vem,
mesmo se orem aparentemente inonsistentes e Kue manten;am uma
disposi./o a admitir as tendnias Kue reon;eem estarem em atividade,
mesmo Kue n/o possam ser representadas 3rafamente as inter?rela.Jes
das mesmas# Areditam Kue muitas destas difuldades s/o temporOrias,
Kue al3umas s/o artifiais e Kue, além disso, s/o, sem motivo,
onsideradas importantes por aKueles uCos ;Oitos aadmios de
pensamento deiam os seus possuidores desassosse3ados até onse3uirem
estaeleer uma estrutura nitidamente artiulada para as suas onep.Jes
de traal;o# Areditam, tamém, Kue para aKueles Kue tiveram uma
eperinia de primeira m/o om a psianOlise ? novamente o apelo é para
a oserva./o direta e intuitiva ? as imperei.Jes, inonsistnias e al;as do
sistema pareem insi3nifantes ao lado da relevQnia imediatamente visLvel
da teoria omo um todo, em rela./o aos atos Kue se apresentam na vida
;umana#
Assim, a dieren.a entre os psilo3os aadmios e os psianalistas é,
amiMde, nada mais Kue dieren.as nos ;Oitos de pensamento provoados
pelos seus respetivos prolemas# 'ertamente, 3rande parte da
irunspe./o dos psilo3os aadmios tem sua ori3em numa avers/o
pelo Kue onsideram uma alta de larea da lin3ua3em ? da simples e
natural epress/o literal ? nas delara.Jes reudianas# A nuvem da mitolo3ia
e da personifa./o Kue paira sore os oneitos desta esola oi
partiularmente desa3radOvel# As f3uras de retria, omo VensorV ou
Vompleo de +dipoV, ou mesmo aKuelas suentendidas em Von\itoV,
VrealKueV, Velaora./o onLriaV e outras Kue tais pareem estran;as e sem
aimento em eplia.Jes ientLfas# -oda inia, naturalmente, lan.a
m/o de termos Kue n/o s/o tomados totalmente em sentido literal# ( Lsio
n/o Kuer dier Kue um Otomo seCa uma olin;a de matéria dura e Freud
n/o entende por ensor um maneKuim real sentado no al.ap/o Kue se
omunia om a pris/o do inonsiente# %ode mesmo ;aver erta vanta3em
para o psianalista, do ponto de vista da prOtia real, em personifar as
or.as psiol3ias om as
79$,
Edna Heidrdt
%siolo30a7 do &éulo 
799
Kuais traal;a# Afnal de ontas, ele trata diretamente om pessoas, e sua
atitude em rela./o a seus paientes pode ser aetada sutilmente pelo ato
de pensar sore suas difuldades em un./o n/o de esor.os e anseios
impessoais, mas de lutas e raassos de riaturas ;umanas# %orém, para a
inia todo o amiente riado por esta prOtia paree de tumulto e
onus/o# %ois a inia deposita poua é em f3uras de retria ela teme
Kue as oisas esseniais possam ser onundidas om tra.os Kue inidem
apenas sore um determinado tipo de epress/o, e Kue os prolemas
importantes possam ser osureidos# %or eemplo, enKuanto se onsidera
a liido omo um vasto reservatrio de ener3ia Kue pode \uir
indierentemente através de vOrios anais, a possiilidade de sua variada
epress/o apresenta pouos prolemas# &omente Kuando se eperimenta
pensar em un./o das estruturas reais do orpo e das ontes de ener3ia é
Kue se tornam evidentes as difuldades prprias do oneito#
E, todavia, apesar das oCe.Jes Kue oram aumuladas sore a teoria
psianalLtia, as psiolo3ias onvenionais n/o oram apaes de i3norO?la#
De erta orma, al3umas ;e3aram mesmo a aeitO?la# ( e;aviorismo oi
astante avorOvel a al3uns dos oneitos reudianos, Kuando os traduiu
em un./o de meanismos orporais e os sumeteu em al3uns asos a
opera.Jes orretivas# (s oneitos da psianOlise tiveram tamém
tremenda
mesmo emin\unia soredidOtios
muitos livros a psiolo3ia
parasoial e a anormal#
prinipiantes, -iveram
emora 3uarida
muitas vees
ten;am perdido muito de seu arOter ori3inal no deorrer deste proesso# E
tudo isso aonteeu, é importante oservar, na alta de uma prova Kue seCa
estritamente ientLfa# (nde Kuer Kue as teorias reudianas ten;am sido
aeitas ora do Qmito psianalLtio, oram reeidas n/o porKue
trouessem onsi3o redeniais de evidnia eata e verifOvel, mas
porKue despertaram a onvi./o na orma em Kue se verifa na vida diOria
? pela impress/o de Kue representam uma oserva./o a3uda e uma
espeula./o perspia as Kuais, na maior parte, onordam om os atos#
Devido ao desaordo Osio sore a validade da evidnia, os ar3umentos

pr eeste
ato, ontra as teorias
desaordo reudianas
sore podem
a Kuest/o ontinuar
do Kue indefnidamente#
onstitui a evidnia Kue+,dO
deP
teoria psianalLtia o seu prinipal interesse ao estudante de esolas e
sistemas# %ois as teorias reudianas representam uma etapa riadora no
pensamento ientLfo na Kual est/o sendo ela?
oradas as ;ipteses Kue podem ser mais tarde levadas ao rivo dos testes#
Elas onstituem uma psiolo3ia no nLvel de su3estJes e onCeturas Kue
ser/o mais tarde onfrmadas ou reCeitadas, uma psiolo3ia Kue atualmente
se dedia astante P oserva./o de seu prprio material, mas Kue estO até
a3ora sem meios adeKuados para prote3er suas oserva.Jes# + animador
omparar a psiolo3ia psianalLtia om o estruturalismo, Kue a esse
respeito é a sua antLtese# ( estruturalismo, provido de um método ientLfo
altamente desenvolvido, e reusando?se a tratar om materiais irredutLveis
PKuele método, ilustra de modo admirOvel a ei3nia de eatid/o e
preis/o pelas Kuais a inia disiplina a uriosidade n/o orientada# A
psianOlise, om sua uriosidade Kuase ines3otOvel, n/o possui atualmente
os meios, e ao Kue paree Ps vees o deseCo de verifar as suas prousas
espeula.Jes por meio de testes ri3orosamente rLtios# "as o Kue l;e alta
em preis/o, sora em ener3ia, na ompreensiilidade de suas idéias, e na
intimidade de seus prolemas om as preoupa.Jes da vida diOria# %ois,
nuna é demais repetir, a psiolo3ia psianalLtia n/o presinde da
oserva./o ela utilia a Kue é mais intuitiva do Kue rLtia#
+, portanto, através de sua ener3ia, do seu ontato direto om o seu
material, de seu oCetivo e da sua perspiOia de senso omum Kue a
psiolo3ia psianalLtia in\uiu sore a psiolo3ia em 3eral# + omo se a
psiolo3ia aadmia, em ae de uma teoria Kue n/o pode aprovar nem
desaprovar, mas Kue n/o pode i3norar, ontrapusesse uma intui./o om
outra e se arrisasse a emitir um CuLo# ( seu veredito oletivo oi al3o
pareido om Vdois Kuintos de 3nio e trs Kuintos de pura lorotaV, om as
ra.Jes determinadas sem preis/o# A psiolo3ia aadmia, emora ten;a
mostrado um orte deseCo de randir a naval;a de (am !isto é, mostrar
Kue n/o eiste distin./o real entre a essnia e a eistnia$ e aastar o
aedal de onstru./o ima3inativa Kue aompan;a esta teoria, fou n/o
ostante impressionada om al3umas de suas interpreta.Jes# "uitos
psilo3os a;am os oneitos de on\ito e realKue ;ipteses eundas, e
muitos a;am Kue os meanismos, omo a raionalia./o, o pensamento
autLstio e as vOrias ormas indiretas de satisa./o dos deseCos, tm
aundantes eemplos na vida diOria# "uitos deles reon;eem o valor da
in\unia de Freud ao ;amar a aten./o para os prolemas da
personalidade omo um todo, e l;e onedem um lu3ar de destaKue no
movimento 3eral Kue, solapando diretamente a no./o de ;omem ra
79:
Edna Heidreder
%siolo3uis do &éulo 

79<
ional, real.a a tremenda importQnia dos aspetos onativo e aetivo da
naturea ;umana# A maioria deles tamém l;e dO valor por ressaltar os
prolemas psiol3ios do seo astante esKueidos# As doutrinas de Freud
relativas P import#Qn#ia da meninie e da primeira inQnia oram aeitas ?
muitas vees aps a elus/o de muitos de seus ensinamentos a respeito da
seualidade da rian.a ? em parte porKue, no cmputo 3eral, est/o de
aordo om muitas das desoertas dos prprios psilo3os onvenionais#
+ tamém 3eralmente reon;eido Kue Freud, apesar de sua inlina./o para
o va3o e o mLstio, promoveu em 3eral uma vis/o mais naturalLstia do
;omem# Finalmente, a onep./o Osia de Freud da importQnia do
inonsiente, sua onvi./o de Kue as oisas Kue os seres ;umanos aem
onsiente? mente pouo eslareem sore as amadas mais proundas de
sua naturea, é reon;eida omo tendo levantado prolemas Osios a
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Edna Ileidreder
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portu3us pela Editora "estre 2ou$#

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? ?, )a voiunto de vivir !Buenos Aires, ImOn, 569:$, !Eiste tradu./o em
portu3us pela Editora "estre 2ou$#
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Wo;l3emut;, Adol, A 'ritiai Eamination o %s;oanalsis !)ondres, Alien
and UnSin, 567$#

'(N&iDERAE& FINAI&
E possLvel Kue, om seu orteCo de sistemas, a psiolo3ia de ;oCe esteCa
aendo um papel n/o muito ril;ante# Um sistema aps outro prolama
seus prinLpios, ada um impJe a sua norma aos atos Kue atraem a sua
aten./o e ada um apresenta o seu aso om erto 3rau de proailidade# A
Kuest/o é Kue todos proedem assim e est/o Kuase sempre om
pendi0ias entre si# + si3nifativo, tamém, Kue Kuanto mais eatamente
um sistema estaelee as re3ras de seu estilo, niais ri3orosamente
seleiona os atos e Kue os sistemas mais inteli3Lveis e mais oerentes s/o
aKueles mais suCeitos Ps ne3a.Jes e Ps reCei.Jes# Além disso, nen;um
sistema, nem mesmo os mais ativos, pode ou Kuer pretender Kue CO esteCa
inteiramente apiado em atos# E Kuando nos lemramos Kue os sistemas
Kue aaamos
psiolo3ia, de eaminar
a onus/o reses/o somente
e se al3uns
multiplia# entreesta
-odavia, muitos
é ada moderna
situa./o aps
mais de meio séulo de esor.os0 sistemas em prous/o, porém, nen;uma
interpreta./o dos atos da psiolo3ia om os Kuais onordem a maioria,
sen/o todos os psilo3os#
%ara muitos, esta alta de ;armonia si3nifa Kue todo o empreendimento da
psiolo3ia é um dos esor.os desperdi.ados e desesperan.ados da ra.a
;umana# Em al3uns, ela ortalee a onvi./o de Kue a tentativa para tornar
a psiolo3ia uma inia é totalmente Mtil n/o apenas tm al;ado os
esor.os, mas sempre ;/o de al;ar, e a tarea é por sua prpria naturea
impossLvel, seCa porKue o inteleto ;umano é inapa de tal eito ou, o Kue

dO na mesma,
estudo porKue
ientLfo# o tema
"uitos é t/o ompleo
Kue eaminam e t/o seCa
este setor, en3anador Kueou
de dentro desafa
de o
ora, aL enontram poua oisa Kue se possa ;amar d inia, ( Kue eles
vem é apenas parte dos atos ou, na mel;or
7:$,
Edna Ileidreder
das ;ipteses, séries espal;adas de evidnia sustanial, mas em nen;um
lu3ar a estrutura de on;eimento unifada e oerente Kue se supJe possa
ser realiada pela inia#
+ em Oil air nessas onCeturas e nada podemos lurar reusando?nos a
reon;eer om toda
esor.o e ami./o, ;umildade
pode Kue"as
raassar# a psiolo3ia, apesar
tamém seria de todo on/o
insensato seuKuerer
aeitar Kue a possiilidade ontrOria tamém eiste# Afnal, o panorama da
psiolo3ia, da orma em Kue é visto através de seus sistemas diver3entes, é
somente um aspeto do todo e, omo tal, é inompleto e, até esse ponto,
inCusto# %ois eiste al3o mais em psiolo3ia do Kue apenas sistemas e atos
esparsos# Eaminando o seu onteMdo de atos, mesmo omo é visto pela
rLtia dos sistemas rivais, enontramos lin;as onver3entes de evidnia
Kue apontam para as mesmas onlusJes# (s mais impressionantes s/o
aKueles assinalados pelos investi3adores Kue, partindo de ases terias
muito diversas, se enontram no mesmo terreno para a desoerta de atos
omuns ? ou mel;or, de atos Kue reKuerem uma interpreta./o omum# N/o
;O nada mais promissor em psiolo3ia do Kue as tendnias para aordo
sore pe.as isoladas de pesKuisa Kue os diversos sistemas inspiraram, e
Kue podem ser o ome.o de um slido traal;o de unda.Jes, sore as
Kuais possa ser estaeleida uma inia psiol3ia aseada em atos# (s
sistemas poder/o assim servir de ase para opera.Jes Kue revelem atos
Kue seCam independentes desses sistemas#
-alve o aso mais impressionante de aordo seCa aKuele entre os
psilo3os e;avioristas e os da psiolo3ia da *estalt, Kuanto P
impropriedade da maneira onvenional de defnir a atividade nervosa#
)as;le, tratando diretamente om o sistema nervoso e om o
omportamento maniesto, lan.ou as mais sérias dMvidas sore a
onep./o
toda a idéiade
dere\eo e re\eo ondiionado
omportamento da mOKuina
omo sendo ormado or3Qniadee sore
de unidades
rea.Jes menores e relativamente estOveis# (s 3estaltistas, ome.ando om
prolemas sore perep./o omo é imediatamente pereida pelo paiente,
onveneram?se de Kue a mesma n/o podia ser epliada pela atividade de
um sistema nervoso ormado de ondutores isolados# "esmo em seu
aspeto positivo, estas teorias s/o notavelmente idntias# -anto na teoria
da a./o em massa de )as;le omo na onep./o de ;ler da intera./o
dinQmia, o sistema nervoso onsiderado omo uma estrutura na Kual a
a./o do todo é
%siolo3ia8 do &éulo 

7:9
de importQnia inesapOve e na Kual est/o em a./o lin;as de in\unia
mais sutis do Kue as inluLdas no unionamen## to de uma parte separada
sore outra parte separada#
(utros pontos de aordo sur3iram diversas vees# [lpe e seus disLpulos
ampliando os métodos do laoratrio Sundtiano, Binet oupado om os
testes de inteli3nia, WoodSort; usando a ori3em dos movimentos
voluntOrios, todos ;e3aram de modo independente P onlus/o de Kue
o pensamento n/o é uma Kuest/o de ima3ens e sensa.Jes ominadas de
orma variada de Kue n/o pode, realmente, ser desrito em un./o de
onteMdo estrutural# HO uma li3a./o evidente, tamém, entre esta
desoerta e a outra ;O pouo menionada mais uru elemento ontra a
teoria do mosaio# Entretanto, muitos psilo3os mostraramse étios
perante este resultado inesperado e, realiando estudos posteriores sore
os proessos rentaCs mais elevados, desoriram nos mesmos ? Ps vees,
nas Oreas de pensamento aparentemente Vsem onteMdoV sensa.Jes e
ima3ens inestésias de um tipo ailmente esKueido# Emora a oorrnia
de tal onteMdo osse interpretada de modo diverso pelos vOrios
pesKuisador, a sua presen.a ;amou a aten./o para o aspeto motor do
omportamento ;umano# A evidnia de Kue a inestesCa é uma parte da
onsinia do pensamento pcs em relevo a defni./o de pensamento omo
al3o Kue n/o pode ser onsiderado separado da atividade do or3anismo
Lsio no Kual se maniesta#
Este aspeto dos estudos dos proessos mais elevados do pensamento
su3ere ainda um outro tra.o de uni/o Kue li3a as vOrias esolas, um
resente reon;eimento da importQnia do aspeto motor da atividade
;umana# ( ato aparentemente laro de Kue os proessos psiol3ios se
verifam em indivLduos Kue a3em e se movem, somente aos pouos
adKuiriu destaKue em psiolo3ia# Anti3amente e no perLodo moderno mais
reente, emora o movimento e a a./o CO ossem eaminados Ps vees, o
destaKue era dado resolutamente a avor da o3ni./o# %orém, assim Kue se
desenvolveu a oserva./o sistemOtia de laoratrio, assim Kue os
psilo3os se entre3aram delieradamente ao eame dos proessos Kue se
desenvolviam P sua rente, em ve de re\etir sore eperinias
relemradas do passado, as provas da rea./o motora ome.aram a se
impor de modo notOvel# De orma astante si3nifaCv, a possLvel
importQnia do aspeto motor da atividade ;umana oi revelada muito edo
pela introspe./o# ( aso mais notOvel oi a desoerta do
7::
Edna Heidreder
VonCunto motorV por "[ller e &;umann ? a desoerta de Kue Kuando o
indivLduo ompara os pesos Kue levantou, o seu Olulo é resultante das
sensa.Jes musulares imediatamente sentidas, e n/o de proessos
inteletuais mais elevados nos Kuais as sensa.Jes presentes s/o
omparadas om ima3ens representando o passado# "ais tarde, os estudos
introspetivos dos proessos mais elevados do pensamento novamente
ressaltaram o possLvel si3nifado da atividade musular# ( aspeto motor
da atividade tornou?se ainda mais pronuniado nos estudos sore a maneira
omo o indivLduo aprende, onde a aKuisi./o das ;ailidades motoras era
muitas vees usada omo material para estudo e onde os dados
introspetivos, Kuando usados, ompletavam os re3istros do andamento da
prpria a./o motora# ( lLma de aten./o a este movimento do or3anismo
oi alan.ado pelo e;aviorismo, Kue sustenta Kue a onduta ou
movimento, implLito ou eplLito, é o oCeto prprio da psiolo3ia# Uma
onseK[nia importante de toda esta tendnia de levar em onta o
movimento e a a./o oi a de Kue a psiolo3ia adKuiriu o ;Oito de oservar
o seu material tanto de ora para dentro omo de dentro para ora, e de
enarar o ;omem omo um animal rea3indo ao seu meio amiente omo os
outros animais o aem# ( ;omem, assim oloado na série flo3enétia e
evolutiva, oi eposto P lu reveladora da psiolo3ia omparada, e omo
resultado a psiolo3ia liertou?se da idéia de Kue os seres ;umanos
onstituem um aso espeial e Mnio na ordem da naturea#
Ainda outro movimento no Kual os psilo3os de muitas esolas
partiiparam oi a modifa./o 3radual da no./o de ;omem raional# %or
al3um motivo, os seres ;umanos, Kuando ome.am a re\etir, tm orte
tendnia para enarar a naturea raional do ;omem omo pertenendo
essenial e peuliarmente ao prprio ;omem# Foi ertamente este o
pensamento dos flsoos 3re3os e os esolOstios da Idade "édia, emora
dierentes dos 3re3os em temperamento e inten./o, ealtaram a ra/o no
mesmo 3rau Kue os primeiros# A mesma tendnia se enontra no inLio do
perLodo moderno pois a psiolo3ia dos séulos @II e @III estava
preoupada, se n/o om os proessos raionais no sentido estrito do termo,
pelo menos om o on;eimento em 3eral# E, todavia, mesmo neste
movimento, ;avia indLios de Kue a onep./o do ;omem raional devia ser
modifada# )o]e e Hume CO supun;am Kue os eeitos do pensamento s/o
em 3rande parte KuestJes de ;Oito e ostume e da eperinia
%sioio3ias do &éulo 
7:<
Vimpressa nos sentidosV vinda do eterior# E Kuando oram eetuados
estudos eperimentais do pensamento, os resultados indiaram Kuase de
imediato uma onep./o do pensamento omo sendo uma atividade muito
menos ri3orosamente raional do Kue pareia# -alve as eperinias mais
impressionantes deste tipo seCam aKuelas Kue, adaptando os métodos da
psiolo3ia animal ao eame do pensamento ;umano, revelaram amiMde a
reK[ente oorrnia do método do ensaio e erro, Vtipiamente animalV no
pensamento ;umano oloado so estas ondi.Jes, e salientaram repetida?
mente semel;an.as em lu3ar de dieren.as entre os atos ;umanos e

animais#
do métodoDodo
ponto de evista
ensaio errooposto ? isto é, da oorrnia de Vinsi3;tV em ve
? o estudo dos maaos de [;ler indiou tamém a ontinuidade da
inteli3nia ;umana om a animal# E n/o apenas oram os prprios
proessos inteletuais oneidos omo menos raionais do Kue pareiam
na orma em Kue se apresentam, e seCam Kuais orem, passaram a ser
enarados omo muito menos deisivos do Kue se ;avia pensado Kuanto P
determina./o da onduta ;umana# (s psianalistas, naturalmente, oram
muito positivos sore este ponto mas os psilo3os aadmios inlinaram?
se na mesma dire./o# De seus vOrios pontos de vista, 2ames, DeSe e
"Dou3a\, todos oram ontra a no./o ea3erada da potnia da ra/o na
onduta ;umana e Watson, ;amando a aten./o para a importQnia das
atividades 3landulares e viserais, tomou essenialmente a mesma posi./o#
+ interessante notar Kue todos os psilo3os onordam em Kue os
aspetos raionais e o3;itivos da naturea ;umana oram muitLssimo
ea3erados no passado#
Ao lon3o dessas lin;as onver3iram a prOtia e a opini/o, e, em
onseK[nia, a psiolo3ia estO ;oCe diri3indo?se a um material muito
dierente daKuele Kue onstituiu o seu oCeto um séulo ou meio séulo
atrOs# (s seres ;umanos Kue a psiolo3ia estuda a3ora s/o riaturas Kue
possuem um lu3ar defnido na série animal e no mundo da naturea em
3eral, e Kue s/o estudadas tanto pela oserva./o dos Kue ol;am suas a.Jes
visLveis, omo através de suas prprias desri.Jes de atividades invisLveis
ao espetador riaturas nas Kuais a emo./o e o impulso s/o atores
poderosos na determina./o da onduta e nos Kuais a ra/o paree menos
importante do Kue muito tempo se supcs# &/o riaturas, tamém, Kue
pareem n/o ser estruturadas de aordo om nen;um padr/o muito
evidente de onstru./o em mosaio,
8:9
Edna He[ireder
%sSolo.nas do &éulo 
7:6
seCa de elementos onsientes ou de rea.Jes motoras# N/o asta estudar as
suas rea.Jes aos peda.os é preiso levar em onta o or3anismo omo um
todo#
-odos esses pontos de i3ualdade oram enontrados em one/o om um
material de atos astante onreto, porém# mesmo nas ases terias dos
sistemas, nas prprias araterLstias Kue distin3uem um do outro, podem
ser desoertos tra.os de onordQnia#
+ estran;o dier Kue eiste uma identidade undamental de atitude om
rela./o ao i;o?pap/o da psiolo3ia, o prolema sempre presente da
rela./o entre a mente e o orpo# -alve esta atitude seCa mel;or desrita
omo uma tentativa de entrar em aordo om o prolema, de maneira Kue
n/o interfra sempre no amin;o# De orma mais positiva e espeLfa, a
atitude é a de Kuem onsidera o oCeto da psiolo3ia n/o omo ormando
um mundo P parte, mas sim omo assumindo o seu lu3ar na ordem natural#
Historiamente, a psiolo3ia ome.ou om o estudo da mente ou
onsinia, e esta irunstQnia oloou o prolema de relaionar os atos
da psiolo3ia om os das inias Lsias# Al3uns sistemas tentaram resolver
o prolema pela ado./o de uma ormula./o 3eral Kue esperavam servisse
de uma ve por todas a esta fnalidade# (utros apenas anotaram todas as
rela.Jes Kue enontraram na eperinia, supondo Kue um ientista, pela
prpria naturea de seu prolema, n/o é ori3ado a desrever suas rela.Jes
em termos metaLsios# Além disso, esta atitude omum, esta tendnia
para relaionar os atos psiol3ios om os das inias naturais em 3eral,
estO presente, Kuer seCa o sistema VdualistaV ou n/o, no sentido de
onsiderar o mental e o Lsio omo duas ordens dierentes# De uma orma
ou de outra, a li3a./o é eita# ( estruturalismo, por eemplo, pela doutrina
do paralelismo psioLsio, torna possLvel distin3uir entre o mental e o Lsio
e ainda relatar as rela.Jes oservadas entre eles# ( e;aviorismo, pela
redu./o do mental ao Lsio, sustenta Kue esta rela./o é de identidade# (
unionalismo assevera Kue as suas idéias e prOtias s/o ompatLveis om
KualKuer uma das numerosas interpreta.Jes metaLsias# 'ada sistema, ou
onee um modo dierente de Custifar os seus proessos ou afrma Kue
n/o é neessOria uma Custifa./o# Eiste, realmente, uma tendnia

resente parasinais
Kue é um dos desprear a metaLsia
mais ertos de Kuenoa prolema
psiolo3iada
se mente e do orpo, o
estO transormando
em inia# %ois desde Kue a inia, por defni./o, restrin 3
as suas pesKuisas ao mundo da eperinia, n/o ;O motivo para Kue as
rela.Jes mente?orpo na orma em Kue s/o oservadas na eperinia n/o
devam ser tratadas omo as outras rela.Jes oservadas ? omo, por
eemplo, s/o realmente tratadas na fsiolo3ia dos sentidos# Do ponto de
vista empLrio, as rela.Jes mente?orpo n/o s/o nem mais nem menos
inteli3Lveis do Kue as rela.Jes enontradas em outras inias e se
pareem representar um prolema espeialmente importante, assim o
aem porKue os interesses pessoais e os valores emoionais os isolaram
omo um aso espeial# *eralmente, toda inia natural enontra atos e
rela.Jes Kue n/o pode epliar ? e Kue \e\i rnemo t?
epliar# E isto n/o si3nifa Kue a inia esteCa impre3 nada de mistério#
%elo ontrOrio, a inia leva avante o seu traal;o eatamente porKue
aeita ertos atos e rela.Jes empLrias omo assentados e omo
onstituindo os limites prOtios de sua investi3a./o, sem se deter para
ponderar porKue s/o assim#
'omo inia, a psiolo3ia a;a?se na mesma situa./o# -anto omo
KualKuer inia, n/o é ori3ada ou soliitada ? a pronuniar?se sore a
naturea Mltima de seus dados# N/o mais do Kue a KualKuer inia, ei3e?
se dela ? ou se l;e permite ? admitir KualKuer oisa ora da ordem natural
em suas eplia.Jes# &ua un./o, di3amo ?l novamente, omo a de KualKuer
inia, é a de determinar as rela.Jes Kue oserva na eperinia e
desrever o seu material em un./o de tais rela.Jes# Isto se tornou lu3ar?
omum no pensamento ientLfo, a tal ponto Kue pode pareer supér\uo
menionO?lo# E todavia, de pontos de vista diversos do ientLfo, os atos
3eralmente lassifados omo mentais s/o t/o reK[entemente
onsiderados omo ate3oriamente Mnios Kue, Ps vees, é neessOrio
epor epliitamente Kue podem ser onsiderados simplesmente omo
aonteendo na ordem natural# "as, o ;Oito de ver a die## ren.#a entre os
atos materiais e mentais so o mesmo aspeto em Kue s/o vistas outras
dieren.as empLrlas, de onsiderar amas as lasses de eventos omo
atos de eperinia Kue podem ser lassifados de orma diversa e entre
os Kuais é possLvel estaeleer rela.Jes empLrias de oservar os
pensamentos e sentimentos mais Lntimos e intriados, seCa omo or Kue
possam ser ;amados, omo partes da mesma ordem natural omo as
marés, os planetas e as ontra.Jes musulares ? este ;Oito assinala a
onseu./o da atitude ientLfa# E a psiolo3ia estO a3ora adKuirindo este
;Oito# %ois
7<5
75_
Edna He]ireder

ada um dos sistemas estudados, até onde se tem relaionado om o


prolema mente?orpo, adotou uma ormula./o Kue tornou possLvel o
tratamento de seu oCeto esol;ido omo parte do mundo natural,
tornando?o aessLvel aos proedimentos normais da inia#
De maneira idntia, Kuanto Ps defni.Jes do oCeto da psiolo3ia, os
desaordos entre os sistemas n/o s/o t/o proundos nem t/o perturadores
omo pareem# Em sua maioria, as dieren.as de defni./o aran3em
dieren.as na esol;a dos atos n/o impliam ne3a./o dos prprios atos#
-it;ener, em suas polmias ontra o e;aviorismo e o unionalismo, n/o
ne3ou a eistnia nem mesmo o valor dos materiais apresentados para
aeita./o ne3ou apenas Kue pertenessem ao ampo da psiolo3ia# A
psiolo3ia da *estalt tamém n/o ne3a os atos om os Kuais os
introspeionistas se oupam simplesmente afrma Kue esses atos s/o o
resultado de uma atitude espeial e ne3a o direito a esta atitude espeial de
determinar os limites da psiolo3ia# Nem mesmo o e;aviorismo ne3a
epressamente Kue a onsinia eista ? emora n/o ofialmente Kuase o
a.a e om ertea afrme Kue a inia n/o pode reon;eer a onsinia,
uma ve Kue n/o ;O prova ientLfa de sua eistnia# A posi./o do
e;aviorismo paree ser a de Kue a onsinia !se ela eiste$ n/o pode ser
sumetida P oserva./o ientLfa e, portanto, n/o tem lu3ar numa
psiolo3ia Kue pretenda ser ientLfa# As psiolo3ias lierais, tais omo as
de 2ames, An3eli e WoodSort;, est/o muito mais interessadas em inlusJes
do Kue em elusJes e os psianalistas e os psilo3os aadmios em
3eral tm fnalidades de pesKuisa Kue se ompletam entre si em ve de
serem mutuamente elusivas# Isto si3nifa Kue, pratiamente, 3rupos
dierentes de investi3adores est/o usando 3rupos diversos de prolemas
? um estado de oisas Kue n/o deve ser lamentado numa inia Kue
pro3ride# E se al3umas esolas se dediam om tanto elo aos seus prprios
empreendimentos, a ponto de onsiderarem os outros omo perda de tempo
ou oisa pior, essa situa./o tamém apresenta suas vanta3ens# As
defni.Jes da psiolo3ia, sustentadas pelos vOrios sistemas na orma em
Kue realmente se elaoram na prOtia, s/o epressJes de ertos prolemas
numa inia inompleta# &/o delimita.Jes, onvenientes por al3um tempo
e neessOrias na prOtia, de um ampo t/o vasto e t/o pouo eplorado Kue
al3o deve ser eito para reduir as suas dimensJes a um taman;o em Kue
se possa traal;ar#
%s]olo3ia7 do &éul( 
Nas KuestJes de método, a situa./o é Kuase a mesma# Na realidade, os
psilo3os n/o est/o t/o aastados um do outro omo pareem# %ouos
métodos s/o reCeitados na Lnte3ra e em seus prinLpios por KualKuer 3rupo
de investi3a# dores# ( e;aviori&m(, naturalmente, elui ri3orosamente a
introspe./o, mas outras esolas demonstram poua ou nen;uma
;ostilidade para om esse método sem l;e dar o destaKue Kue CO l;e tem
sido atriuLdo, aeitam?no om vOrios 3raus de entusiasmo e l;e d/o lien.a
para realiar o Kue puder# A ténia da psianOlise é reCeitada por muitos
omo sendo inse3ura para a pesKuisa ientLfa, e n/o oi, naturalmente,
adotada omo método omum de pesKuisa eperimental pela psiolo3ia
aadmia# -odavia, além desses dois meios de pesKuisa, os métodos da
psiolo3ia tendem a ser transerLveis de uma esola para outra# (utrossim,
eistem ténias, eperimentais e estatLstias, Kue oram desenvolvidas
ora de KualKuer sistema ? por eemplo, os dispositivos usados em
psiolo3ia industrial e para testar e medir os tra.os mentais# Emora
ten;am sido sumetidos a um omardeio de rLtia, soreviveram em
parte, oram mel;orados e omplementados e se estenderam até aran3er
situa.Jes muito dierentes daKuelas Kue l;es deram ori3em# (s métodos,
naturalmente, s/o determinados peos prolemas e um determinado
psilo3o, desde Kue seus prinipais interesses esteCam satiseitos, n/o
utilia, por via de re3ra, toda a 3ama de proessos disponLveis, Kuando
traal;a# Naturalmente, tamém as dieren.as de opini/o, omo ostumam
oorrer em KualKuer inia, sur3em om reernia aos méritos relativos
das vOrias ténias# 'ada ve mais# porém, a rLtia estO tendendo a se far
sore as raKueas e as limita.Jes espeLfas de uma ténia, e ada ve
menos em sua alian.a om uma determinada esola ou sistema# A
psiolo3ia estO aumulando om muita fr]riea um aervo omum de
métodos e n/o mais ausa surpresa ver os métodos de eperimenta./o e
medi./o oneidos por uma esola, adaptados aos prolemas de outra#

&eria em possLvel, realmente, aer uma desri./o dos sistemas Kue, em
lu3ar de ressaltar as araterLstias pelas Kuais se distin3uem, sulin;asse
as suas i3ualdades sui aentes mostrasse Kue, apesar de suas dieren.as,
est/o todos orientados para a mesma lasse de atos e Kue até mesmo
su3erisse Kue as suas prprias diver3nias provm de uma elosa
preoupa./o para Kue essa lasse de atos seCa orretamente oservada#
&eria possLvel, realmente, asear
7<7
7<
Edna Heidreder
tal desri./o nas delara.Jes pelas Kuais ertos sistemas se destaam
epressamente de outros ? nos arti3os de -it;ener eomun3ando o
unionalismo e o e;aviorismo, por eemplo, e nas delara.Jes de
independnia de Watson e Wert;eimer# + interessante onsiderar Kuanta
psiolo3ia n/o?sistemOtia fa de pé depois Kue os ataKues das esolas
rivais atin3iram o mOimo Kuantos dados undamentais est/o implLitos no
ato de Kue elas podem tornar suas rLtias reiproamente si3nifativas#
Um dos aspetos n/o menos importantes de tais ontrovérsias estO em Kue
os anta3onistas, Kuando assinalam uma diver3nia, usam palavras e se
reerem a atos Kue impliam onordQnias por amas as partes#
Derontam?se em terreno omum para tornar suas diver3nias mais
nLtCdas#
%or outro lado, seria possLvel, e talve da maneira mais via, tomar os
sistemas om todas as suas dieren.as e tra.ar uma lin;a ontLnua de
desenvolvimento mostrar Kue mesmo os movimentos revoluionOrios
etraem al3o de sua orma e muito de seu poder dos sistemas ontra os
Kuais se revoltam e Kue os protestos suessivos resultaram em amplia./o
do ampo da psiolo3ia, e n/o em aniKuilamento de KualKuer e suas
3enuLnas realia.Jes mostrar, em suma, Kue a asens/o e a Kueda das
esolas e dos sistemas n/o ormam um aos, mas sim uma ordem# &eria
possLvel, tamém, mostrar Kue a psiolo3ia se estO tornando ada ve mais
cnsia de tais atos a seu respeito# Ultimamente, tm apareido ;istrias
de psiolo3ia, desri.Jes de suas eperinias relevantes, sLnteses de seus
materiais em ertos setores e avalia.Jes de suas esolas e teorias
ontemporQneas Kue, em onCunto, indiam Kue a psiolo3ia se estO
tornando meditativa, aendo pausas, ao Kue paree, para aer o seu
alan.o e ver o Kue o seu desvelo e empreendimentos realiaram# -alve
estas medita.Jes si3nifKuem desapontamento, ansa.o ou desilus/o ou
Kue a primeira onfan.a Cuvenil oi aalada, ou ainda Kue a ori3inalidade e
riatividade primitivas est/o temporariamente es3otadas# "as podem
tamém si3nifar Kue a psiolo3ia estO reunindo os seus reursos para uma
luta mais Ordua e demorada do Kue P primeira vista pareia neessOria#
Ent/o, poder?se?ia afrmar, om ;umilde prudnia, Kue a psiolo3ia estO
tendendo para a ;armonia e a estailidade# %orém, tal ar3umento seria
proundamente also se pretendesse eprimir mais do Kue a verdade parial
Kue enerra# -oda a ar3umenta./o neste sentido paree ilusria e or.ada
^s(I(6W do &éulo 
desde Kue deie de ser aompan;ada pela advertnia, Kue n/o deve ser
esKueida, de Kue eiste um outro aspeto da Kuest/o# A psiolo3ia, de
ato, possui realiaJes defnitivas a seu rédito, e seria tolo e inCusto
menospreO5as# "as é i3ualmente tolie e inCusti.a pretender Kue elas
seCam maiores do Kue o s/o na realidade? Nada poderia ser mais errcneo do
Kue pretender Kue a psiolo3ia esteCa mais adiantada do Kue estO, ou Kue CO
ten;a onse3uido uma inte3ra./o dos materiais ao seu alane# %ois o ato
si3nifativo sore a psiolo3ia na orma em Kue eiste atualmente n/o é
Kue seC a ontraditria ou Kue sei a inepta e Kue seu traal;o seCa
desordenado mas Kue é Covem e Kue pode estar pro3redindo, Kue tem
tanto a ineperinia omo a promessa de Cuventude, e estO no meio da luta
em usa daKuele ontrole de instrumentos e materiais Kue é tLpio de uma
inia desenvolvida#
A psiolo3ia é realmente interessante, se n/o por outro motivo, pelo menos
porKue permite a @is/o de uma inia ainda em orma./o# A uriosidade
ientLfa, Kue penetrou em tantos amin;os da naturea, estO sendo neste
aso oservada na prpria oasi/o em Kue are amin;o através de uma
re3i/o Kue apenas ome.ou a eplorar, topando om arreiras, tateando
através de onusJes, traal;ando & vees desastradamellte, outras vees
astuiosamente, eitada ou ansada, num prolema Kue estO ainda em
3rande parte sem solu./o# %ois a psiolo3ia é uma inia Kue ainda n/o e
a sua 3rande desoerta# Nada enontrou Kue fesse por ela o Kue a teoria
atcmia e pela KuLmia, o prinLpio da evolu./o or3Qnia para a iolo3ia, e
as leis do movimento para a Lsia# N/o oi ainda desoerto (U reon;eido
nada Kue l;e desse um prinLpio unifad(r# %or via de re3ra, uma inia é
apresentada do ponto de vista do seu oCeto e do seu desenvolvimento, P
lu de seus 3randes itos# &uas ;ipteses onfrmadas ormam as lin;as
estaeleidas sore as Kuais oloa seus atos em ordem, e sore os Kuais
or3ania a sua pesKuisa# A psiolo3ia, porém, ainda n/o oteve a sua
3rande vitria unifad(ra# -em tido vislumres de perep./o, pos&Ui uma
por./o de pistas, mas n/o onse3uiu ainda uma sLntese ou um Vinsi3;tV Kue
seCa onvinente, em omo plausLvel# E nin3uém presta al3um servi.o P
psiolo3ia pretendendo Kue a situa./o seCa outra# + ertamente um elo3io
duvidoso atriuir P psiolo3ia Kualidades Kue n/o possui# %ois a psiolo3ia
tem tanta neessidade de se desulpar Kuanto tem um Covem por n/o ser
ainda adulto ou
7<9
s5
Edna Heidreder

um aprendi por n/o ser mestre# + somente Kuando pretende ser al3o Kue
n/o é, Kue a psiolo3ia se torna pouo onvinente e, Ps vees, ridLula#
&eus proessos s/o Custifados n/o Kuando d/o ril;o aos atos, mas
Kuando os apresentam de maneira eata#
'ertamente é desses atriutos da psiolo3ia ? sua imperei./o, sua
Cuventude, seu esor.o em dire./o a um alvo ainda lon3LnKuo ? Kue os
sistemas etraem o seu si3nifado# N/o onstituem o estO3io fnal da
psiolo3ia, nem tm essa pretens/o# "as omo pro3rama de a./o e
instrumentos de disiplina, tornam?se ao mesmo tempo inteli3Lveis e
importantes# A sua prpria variedade torna?se si3nifativa, su3erindo Kue a
situa./o provoou a rea./o variada do método de ensaio e erro pelo Kual a
inteli3nia ;umana normalmente ataa os prolemas em setores
deson;eCdos# &eu arOter eperimental, tamém, eplia e Custifa
al3umas de suas araterLstias seundOrias, entre outras a emotividade
Kue, Ps vees, os aompan;a e Kue muitas vees paree estran;amente
desloada nas pesKuisas austeras da inia# Realmente, al3o muito
pareido om uma utilidade iol3ia se peree na emotividade Kue os
sistemas atuais reKuerem pois, emora um ato frmemente estaeleido
n/o provoKue e nem eiCa uma deesa ou propa3anda ativa, uma teoria Kue
pode possivelmente ser verdadeira mas Kue n/o oi ainda provada pode ser
apoiada ou ritiada, durante o perLodo em Kue estO sendo testada, por
uma preernia ou avers/o de ori3em emotiva# ( arOter eperimental dos

sistemas eplia
soial, omo tamém
a emo./o, a sua tendnia
ortalee para ormar
as onvi.Jes esolas#
ainda n/o ( apoio
estaeleidas
omo verdadeiras e é diLil ima3inar mel;or instrumento soial para
manter elevado o Qnimo do Kue uma esola reon;eida, omposta de
traal;adores dediados a uma ausa omum, estimulados por esperan.as,
lealdades e aversJes omuns, apliadas na tentativa de derrotar um inimi3o
omum# N/o é de admirar, portanto, Kue a psiolo3ia esteCa em 3rande
parte or3aniada em esolas e uma defni./o satisatria de uma esola é
dier Kue é um 3rupo de investi3adores Kue dedia a uma erta idéia ou a
um determinado onCunto delas muCto maCs do Kue uma simples parela de
aten./o e entusiasmo#
Novamente devemos dier Kue n/o ;O nada de ver3on;oso nesta situa./o
e Kue os sistemas est/o, ao ontrOrio, entre os instrumentos le3Ltimos,
prOtios, e pode?se dier, indispensOveis, Kue est/o sendo utiliados para
onstruir uma
%siolo3i do &éulo 
?
psiolo3ia ientLfa# %elo menos, d/o eatid/o e orienta./o
a uma empresa t/o vasta e amiiosa e ainda t/o imprei&a Kue as
limita.Jes artifiais impostas ao seu esor.o est/o, ao Kue paree, entre as
ondi.Jes neessOrias para onse3uir al3um resultado# Realmente, a
maioria dos atos de posse da psiolo3ia derivaram de esolas e sistemas#
"esmo a mais notOvel ee./o a esta re3ra ? a pesKuisa da psiolo3ia
apliada, eduaional e industrial ? é uma prova disso pois, neste aso, os
limites, tais omo os impostos por um sistema, s/o se3urad_9 pelas
ei3nias de um prolema prOtio# Além disso, nem mesmo as dissensJe&
entre as esolas s/o de todo deseva\taCosaZ A rivalidade pode estimular o
esor.o e assim aumentar a realia./o# As esolas mais intolerantes &(
muitas vees as mais produtivas e as lealdades, aversJes e preoneitos
ortemente emoionais podem ontriuir para a orma./o da verdade
impessoal# %ois o resultado de pensamento ientLfo n/o se identifa om
os meios nem om as ondi.Jes de sua orma./o ( resultado é Kue é
imparial e impessoal# ( método ientLfo é um instrumento para tornO?lo
assim, independente das ondi.Jes Kue provoaram a sua oten./o# -alve
a prova mais notOvel da efinia do método ientLfo, a esse respeito, é
aKuela enontrada no traal;o dos pesKuisadores Kue, omo adeptos de
uma determinada esola, realiam pesKuisas Kue revelam atos em
desaordo om os ensinamentos dessa mesma esola# Em seus prprios
atritos, além disso, as esolas se orri3em entre si# Reon;eem, sem
ee./o, Kue a prova de uma doutrina, seCa a Kue est/o apoiando ou a Kue
est/o ataando, é a verifa./o eperimental e é a sua aeita./o deste ato
Kue torna os sistemas de psiolo3ia mais do Kue simples espeula.Jes
aéreas# Faendo a prova real das suas asser.Jes ? Kuer as prprias Kuer as
das outras ? as vOrias esolas realiaram todas as onKuistas Kue f3uram a

seu rédito#
e outras E se
desse apareer
teor uma
ormar/o ( inia psiol3ia
seu aervo de atos#estOvel, essas onKuistas
Naturalmente, ao aandonar as esolas e os sistemas, ;O um impulso para
fltrar e esol;er os resultados Kue apresentam# "as a tentativa de assim
aer seria prematura na mel;or das ;ipteses, e na pior daria a idéia de
uma onlus/o ilusria, p(i& teria a aparnia de um deseCo de ontornar
uma realia./o# 'omparar um sistema de al3uma orma om outros e
aptar sinais de sua in\unia na psiolo3ia em 3eral é possLvel,
naturalmente, e mesmo neessOrio
7<: Edna Heidred

P sua ompreens/o#
verifa.Jes + anCmador
pelas Kuais passou, oservar as onKuistas
as empresas Ku realiou,
Ku promoveu, as Kue
a oposi./o
estimulou, as alian.as Kue e, er suma, para determinar o mais eatamente
possLvel o sei lu3ar no padr/o Kue a psiolo3ia apresenta atualmente# %o
rém, este padr/o é apenas um parte de um todo até a3ora apresentado de
orma imprpria# =ualKuer fltra3em o esol;a eita nessa ase ? KualKuer
oisa dessa naturea im plLita nos apLtulos preedentes, por eemplo ?
deve sei onsiderada da mesma maneira Kue os prprios sistemas0
omo dando uma interpreta./o eperimental e temporOria a um onCunto de
atos Kue é reon;eidaniente inompleto# Além disso, a tentativa para
Coeirar e esol;er é supér\ua, em omo prematura e inerta# De orma

mais efiente
sistemas est/odo Kue podeaser
umprindo eitaede
tarea KualKuer
assim outra
o aem maneira,
n/o somenteaspor
esolas e
espeula./o e ar3umenta./o, mas tamém pelas provas Kue est/o
deididamente aumulando sore suas ren.as# =uando a .vidnia or
sufiente em volume e solide, determinarO a orma da psiolo3ia e ormarO
a sua sustQnia# Nessa oasi/o, n/o ser/o mais neessOrios os sistemas
ter/o preen;ido a sua fnalidade# "as esta époa ainda n/o ;e3ou#
Atualmente est/o na plenitude de seu vi3or e utilidade# + mel;or, portanto,
onservar a vis/o de uma a./o inaaada, e deiar Kue as esolas e
sistemas de psiolo3ia ontinuem atuando no sentido de produir uma
estrutura defnitiva se esses esor.os orem em suedidos, a eistnia
dessas esolas e sistemas se tornarO desneessOria#

III 5

(& %RI"RDI(& DA %&I'()(*IA 'IEN-FI'A

Wundt !587?56_$ "[nsterer3 !58:7?565:$ %earson !589<?


?567:$ Blnet !589:?5655$ &tanle Hail !58?56$ "as]elne !5<76?

?5855$ Besse$ !5<8?58:$ %ur]inCe !5<8<?58:6$ "ulier !58_5?5896$


Weer !5<69?58<8$ Fe;ner !58_5?588<$ H# von Helrn;olt !585?
?586$ &;e\tn3 !5<99?589$ Donders !5858?5886$ )an3e !588?
?58<9$ Euer !58:?56:$ )ote !585<?5885$ Brentano !5878?565<$ )ipps
!5895?565$ DarSln !58_6?5888$ *alton !58?5655$ %inel !5<9?58:$
Eln3;aus !589_?56_6$ &tump !588?567:$ "[\er !589_?567$ Rlot
!5876?565:$ 2anet !5896?56$ Bern;eim !58_?
?5656$ )léeault !587?56_$#
o primeiro laoratrio psiol3io oi undado por Wil;elm Wundt em )eipi3
no ano de 58<6#
Esta delara./o a parte Kuase Kue invariavelmente de KualKuer desri./o
do desenvolvimento da psiolo3ia omo inia# N/o é inteiramente eata, e
a verdade nela ontida pode se tornar ailmente ilusria, porém aproima?
se tanto de ser um ato importante Kue enontrou lu3ar se3uro no onCunto
de atos Kue eram a psiolo3ia# &eCa, pois, Kual or o seu verdadeiro
si3nifado, a unda./o do laoratrio de )eipi3 é um ponto de reernia
indispensOvel e destaado em KualKuer desri./o dos aonteimentos Kue
onduiram P psiolo3ia ientLfa#
Do ponto de vista da simples ronolo3ia, o primeiro laoratrio psiol3io
oi talve aKuele Kue William 2ames iniiou, Kuase por aaso, em Harvard,
por volta de 58<9# Nessa époa, William 2ames era proessor de anatomia
na Esola de "ediina de Harvard, porém CO demonstrava seu despreo
tLpio pelas ronteiras er3uidas entre as diversas disinlinas# -endo?se
tornado astante interessado pela f
45
<_
Edna Heidreder
siolo3ia sensorial, ome.ou em erta époa, durante o perLodo de 58< a
58<:, a levar para o seu laoratrio prolemas sore sensa./o Kue eram
tipiamente psiol3ios# ( laoratrio de W# 2ames, entretanto, n/o se
omparava em importQnia ;istria omo o de Wundt# ( prprio W# 2ames
n/o estava muito interessado nele, e s depois Kue o laoratrio passou a
ser diri3ido por Hu3o "[nsterer3, disLpulo de Wundt, oi Kue a psiolo3ia
eperimental realmente pro3rediu em Harvard# ( laoratrio de Wundt, se
n/o o primeiro, oi sem dMvida o Kue teve maior reperuss/o#
"as, mesmo assim, seria um erro onsiderar a unda./o do laoratrio de
)eipi3 omo o inLio da psiolo3ia eperimental# Esta estava no ar CO
eistia ;O muito tempo antes de se ari3ar em laoratrios, e tamém se
instalou em outros laoratrios Kuase ao mesmo tempo Kue no de )eipi3 ?
naKueles, além disso, Kue n/o provin;am do de Wundt# Ein3;aus, &tump
e *# E# "[ller, todos ontemporQneos mais Covens de Wundt e todos ativos
na psiolo3ia eperi# mental, difilmente podem ser onsiderados seus féis
se3uidores# Assim omo tamém n/o o podem ser *alton e %earson, nem
';arot, 2anet e Binet, Kue promoveram importantes movimentos na
psiolo3ia na In3laterra e Fran.a# Nem mesmo de Hail e 'attell, disLpulos
de Wundt, Kue tiveram muito Kue ver om a unda./o dos primeiros
laoratrios na Améria, pode?se dier Kue ten;am se3uido de perto as
pe3adas de seu mestre# ( laoratrio de )eipi3, sem dMvida, n/o oi o
ponto sore o Kual onver3iram todas as orrentes Kue onduem P
psiolo3ia eperimental e do Kual todos os desenvolvimentos posteriores
tiveram o seu inLio# "as tamém é erto Kue a sua unda./o oi um
aonteimento da maior importQnia# A sua instala./o solene numa 3rande
universidade alem/ oi o sinal visLvel e eterior tanto de Kue a psiolo3ia se
tornara defnitivamente eperimental Kuanto de Kue se onvertera em
inia independente, vivendo por sua prpria onta#
%orém ;O uma 3rande distQnia entre a psiolo3ia Kue ulminou om Bain e
@ol]mann, e aKuela Kue teve inLio nos laoratrios# Antes de poder alar
om o estilo da inia, antes mesmo Kue pretendesse produir resultados
Kue trouessem o sinal do on;eimento Kue a dierenia da opini/o, a
psiolo3ia teve Kue adKuirir novos métodos de oli3ir e elaorar os seus
dados# -eve, em suma, Kue aprender o método ientLfo e, ao assim aer,
transeriu?se da Otedra para o laoratrio#

)
%8i(lois do &éulo 
A dieren.a entre a psiolo3ia de laoratrio e a teria n/o é a Kue eiste
entre a oserva./o e a n/o?oserva./o# -amém n/o é aKuela entre a oa e
a mO oserva./o# + a Kue eiste entre dois métodos de oserva./o# (s
oupantes das Otedras s/o, Ps vees, oservadores sutis ? provam isso
Hoes, )o]e e Rume ? mas Kuando respondem a uma per3unta aseada
em oserva./o, utiliam as Kue CO oorreram, isto é, aKuelas Kue n/o oram
eitas espeialmente om o fm de etrair os atos relevantes sore um
determinado prolema# Em tais irunstQnias, onde os dados s/o limitados
elusivamente a asos Kue CO se verifaram espontaneamente, e Kue
oram oservados e lemrados, é vio Kue mesmo para os oservadores
mais em intenionados, atores, tais omo a dire./o da aten./o, limita./o
da eperinia, aidentes do meio amiente e lapsos da memria, podem
in\ueniar a esol;a da evidnia# ( sinal distintivo de uma eperinias
ientLfa é o de ser um meio de aiKuirir s a inorma./o Kue é relevante ?
n/o simplesmente usando o Kue CO estO P m/o ? e de adKuiri?la em
irunstQnias Kue eluem o mais ompletamente possLvel os atores
partiulares e inidentais na oserva./o# %ortanto, o pesKuisador ome.a
por ormular sua Kuest/o de modo defnido e prosse3ue dispondo o onCunto
tLpio de ondi.Jes Kue possa revelar mel;or os atos a ela assoiados#
Repete suas oserva.Jes uidadosamente, tanto para aumentar a preis/o

Kuanto paratanto
ondi.Jes, reduir
parao aaso
alar3araoa mLnimo
sua vis/omuda sisteinatiamente
Kuanto para testar suasas;ipteses
e ontrola a situa./o toda o mais ri3orosamente possLvel a fm de Kue
saendo eatamente o Kue oloou em sua eperinia, n/o se en3ane
Kuanto ao Kue dela resultou# &empre Kue possLvel, redu os seus resultados
a termos Kuantitativos e os sumete a tratamento estatLstio, anotando
esrupulosamente os asos ne3ativos, em omo os positivos# E a tudo
isso para reduir ao mLnimo possLvel a in\unia de seus prprios
araterLstios e as ontin3nias de sua situa./o ? os seus prprios deseCos
e esperan.as, suas preernias e aversJes, suas susetiilidades a
impressJes de uma erta espéie e seus prprios modos de enarar o
prolema# %orKue, num sentido muito real, o método ientLfo é um
dispositivo para prote3er
na prpria pesKuisa# aKuele Kue
As ondi.Jes s/oinvesti3a
dispostasa de
in\unia
orma ado seu
Kue osinteresse
atos
sur3ir/o t/o impessoais Kuanto possLvel# A importQnia de tal proeder em
psiolo3ia, Kue trata de um assun
<
Edna Heidreder
%siolo3S# do &éulo 
<7 5
to pelo Kual as pessoas s/o inlinadas a ter idéias preoneidas e
preernias sutilmente determinadas, é t/o evidente Kue dispensa
omentOrios# A psiolo3ia ientLfa nada mais é do Kue um prolon3amento
do método ientLfo a uma re3i/o onde a oserva./o desinteressada tem
sido partiularmente diLil#
Uma ve Kue as inias Lsias ;aviam apareido e pro3redido astante,
era inevitOvel Kue sur3isse a psiolo3ia ientLfa# As inias mais anti3as
tornaram isso neessOrio# (s pesKuisadores estavam amiMde tendo sua
aten./o atraLda para o or3anismo oservador e para a neessidade de levar
em onta as suas rea.Jes, a fm de tornar seus prprios Olulos eatos e
ompletos# ( eemplo lOssio é enontrado na astronomia, em um
inidente Kue todo estudante de psiolo3ia vem a on;eer mais edo ou
mais tarde# Em 5<6:, "as]elne, o astrcnomo real do oservatrio de
*reenSi;, reparou Kue o seu Covem auiliar, inneroo], re3istrara
oserva.Jes estelares Kue dieriam das suas, em mais de meio se3undo#
=uando elas ontinuaram a dierir, mesmo aps o Covem ;aver sido
inormado da disrepQnia, "as]elne a;ou neessOrio demiti?lo# 'era de
vinte anos mais tarde, o astrcnomo alem/o Bessel estudou, o inidente#
Desonfado de sua importQnia, omparou as oserva.Jes de um erto
nMmero de astrcnomos de reputa./o onsa3rada, e verifou Kue ;avia,
re3ra 3eral, li3eiras disrepQnias na oserva./o em outras palavras, Kue
eistem dieren.as individuais entre os oservadores no tempo de rea./o
ei3ido para o proesso altamente ompleo de anotar e alular, até a um

déimo
lin;a node se3undo,
ampo o instanteBessel
do telespio# em Kue uma estrela
;amou atravessa
o encmeno uma dada
de eKua./o
pessoal# %esKuisou?a eperimentalinente, salientando a importQnia de sua
orre./o, e assim e a astronomia far iente do papel Kue o oservador
desempen;a entre o aonteimento Lsio e a perep./o psiol3ia#
Foi prinipalmente em fsiolo3ia, entretanto, Kue os pesKuisadores
depararam om o ato de Kue proessos ompleos intervm entre o oCeto
Lsio e a perep./o psiol3ia# (s encmenos da mistura de or, Kue
estavam reeendo onsiderOvel aten./o nessa époa, s/o o mel;or dos
eemplos# &e duas ores omplementares, aul e amarelo, por eemplo, s/o
apresentadas em propor.Jes adeKuadas num diso Kue 3ira rapidamente, o
oservador n/o v o aul nem o amarelo, mas o inento# "as omo é
possLvel Kue Kuando
duas ores s/o postas fsiamente em ontato o oservador veCa al3o Kue é
inolor^ Evidentemente, n/o eiste uma simples orrespondnia ponto?a?
ponto entre a perep./o imediata e seu oCeto Lsio# A ;iptese mais
provOvel é a de Kue a resposta deve estar na naturea do or3anismo Kue
rea3e, prinipalmente na a./o dos r3/os dos sentidos, interpostos entre a
perep./o e seu estLmulo eterno# (utras pesKuisas onduiram ao mesmo
prolema# %lateau, em seu estudo da persistnia da sensa./o aps o
estLmulo, BreSster e W;eatstone nas suas pesKuisas da vis/o
estereospia, e %ur]inCe em suas oserva.Jes das araterLstias da vis/o
repusular, todos evideniaram, de uma orma ada ve mais onreta e
minuiosa, ser impossLvel deiar de lado o ol;o Kue v, Kuando se desreve
a oisa vista# E, ertamente, a teoria das ener3ias espeLfas dos nervos
ontin;a a mesma implia./o# De aordo om esta doutrina, um nervo
rea3e sempre de uma determinada orma Kue l;e é prpria, n/o importando
omo é estimulado o nervo ptio, por eemplo, mesmo Kuando estimulado
meaniamente, produ a sensa./o de lu# + laro Kue, de aordo om esta
teoria, a sensa./o n/o pode ser oneida omo uma pia do estLmulo, e
Kue a impress/o reeida do mundo eterior pelo ser ;umano deve ser
onsiderada omo determinada, em 3rande parte, pela sua prpria
onstitui./o# 2o;annes "[ller, um dos 3randes pioneiros da nova inia da
fsiolo3ia, ormulou e sustentou a teoria das ener3ias espeLfas e, mais
devido ao seu entusiasmo pela mesma, estimulou uma pesKuisa em massa
da fsiolo3ia dos sentidos Kue determinou de modo muito direto o
desenvolvimento da psiolo3ia# Assim, a fsiolo3ia, sendo uma inia nova,
;amando a aten./o para o papel desempen;ado pelo or3anismo Kue rea3e
em ae da sensa./o e da perep./o, muito ontriuiu para preparar o
amin;o para a inia da psiolo3ia, ainda mais reente#
+ interessante oservar Kue, tanto na flosofa Kuanto na inia, o interesse
pela psiolo3ia se desenvolveu tarde e oi, de inLio, aidental# A flosofa,
dispondo?se a desrever o universo em lin;as 3erais, ome.ou om a
osmolo3ia, e somente Kuando se viu envolvida nos prolemas da
epistemolo3ia, dediou?se séria e diretamente ao material psiol3io# A
inia, tamém, prinipiou om uma tentativa para epliar o mundo em
3eral, ome.ando om a Lsia e a astronomia# E a inia Lsia, assim
omo P flosofa, deu aten./o, pela primeira ve, P psiolo3ia de um modo
sério,
<
Edna Heid;reaer %siolo3ias do &éulo 
<9
Kuando enontrou na inia a ontrapartida do prolema da epistemolo3ia
? a neessidade de onsiderar o or3anismo Kue oserva, a fm de dar uma
desri./o ompleta do universo estudado#
Em rela./o P Histria, a ora de Ernst Heinri; Weer oi de primordial
importQnia para a psiolo3ia# Weer, ontemporQneo de "[ller, tamém
um pioneiro em flosofa, estava interessado prinipalmente no sentido do
tato# (u mel;or, era um dos fsilo3os Kue estavam demonstrando Kue n/o
eiste um sentido Mnio do tato Kue, ao ontrOrio, eistem muitos sentidos
do tato e Kue sensa.Jes diversas, tais omo as de press/o, temperatura e
dor, podem ser distin3uidas e Kue os mMsulos, a pele e o interior do orpo,
todos aem ontriui.Jes espeiais e separadas# !A propsito, lemremos
Kue o ato de n/o ser orreto alar?se dos anti3os ino sentidos oi
onsiderado pela ima3ina./o popular omo uma das mais revoluionOrias
desoertas da inia moderna#$ EnKuanto Weer estava pesKuisando a
sensiilidade relativa dos sentidos musulares e utQneos, eetuou uma
eperinia Kue estava destinada a ser de importQnia vital para o
desenvolvimento da psiolo3ia# ( seu prolema, Kue pareia astante
prosaio, era desorir até Kue ponto o sentido musular in\ui na
disrimina./o de pesos# A sua eperinia oi eita primeiramente para
determinar se dieren.as de peso podem ser pereidas de modo mais
preiso Kuando os pesos s/o levantados pelo prprio paiente ou Kuando
s/o oloados em sua m/o pelo pesKuisador ? isto é, om e sem a
partiipa./o ativa dos mMsulos#
A pesKuisa resultou em duas desoertas# A primeira oi a resposta direta
ao ponto prinipal da eperinia0 a sensiilidade ao peso é muito mais
a3uda Kuando é inluLdo o sentido musular# A se3unda oi a desoerta
Kue se tornou depois a lei de Weer, e o ponto de partida de uma série de
eperinias Kue levaram diretamente P psiolo3ia eperimental#
A desoerta oi, em suma, Kue n/o ;avia uma rela./o simples de um para
um entre a 3randea de uma dieren.a e a ;ailidade do paiente para
pere?la# &e um peso padr/o de 7 on.as osse oloado na m/o do
paiente, e se pedLssemos ao mesmo para omparO?lo om outros pesos
i3ualmente apresentados, ele provavelmente notaria um aumento no peso
Kuando oito ou nove on.as 5 ? aproima5 Estas Kuantidades s/o usadas
omo eemplo n/o s/o os valores eatos otidos por Weer, emora os
pesos padrJes menionados, 7 e  on.as,
damente 5 do peso padr/o ? ossem aresentadas# Este valor tem sido
;amado a dieren.a mLnima pereptLvel# %orém, se osse usado um peso
padr/o de  on.as, poderia ser notado um aumento de peso Kuando osse
aresentada mais uma on.a aproimadamente# Em outras palavras, um
aumento asoluto muito menor ausou a mesma dieren.a pereptLvel,
tanto num aso Kuanto noutro porém, novamente a dieren.a oi era de
5 do peso padr/o#  primeira vista, a perep./o da dieren.a dependeu
n/o do taman#;o asoluto da dieren.a, mas sim da ra/o entre a dieren.a
e o padr/o# A ra/o oi dierente, era de um para Kuarenta, Kuando o
sentido musular partiipou, mas ainda pereitamente onstante# E dentro
de ada um dos ampos dos sentidos estudados, os resultados para as
Kuatro
mesmos#pessoas Kue serviram
Além disso, omo oram
os resultados paientes oram mais
?onfrmados emouuma
menos os
eperinia
posterior, muito mais ontrolada# N/o seria possLvel, ent/o, eprimir, dentro
de um dado ampo dos sentidos, a dieren.a mLnima pereptLvel em un./o
de uma ra/o onstante^ Weer estava disposto a onsiderar esta
3eneralia./o# %ara provO?la, prolon3ou suas oserva.Jes até P
disrimina./o das distQnias visuais e a;ou Kue, em 3eral, os resultados
onfrmavam as suas ;ipteses# Areditava,  tamém, emora estivesse
errado ao assim aer, Kue o estudo de Deleenne em aMstia onfrmava o
seu ponto de vista no ampo da disrimina./o da altura do som e om os
elementos disponLveis, aventou a ;iptese de Kue dentro de ada ampo
sensorial a ;ailidade para distin3uir dieren.as mLnimas pereptLveis n/o
depende da 3randea asoluta da dieren.a em Kuest/o, mas de uma ra/o
onstante entre a dieren.a e a unidade de ompara.ao#
Era esse o mesmo ato Kue se apresentara de orma menos pronuniada,
porém inalLvel e repetidamente, no traal;o de outros ientistas# N/o se
pode admitir Kue ;aCa uma orrespondnia simples, literal, ponto por
ponto, entre
o estLmulo Lsio e a sua perep./o# %ara Weer, isto era um ato fsiol3io
interessante e nada mais# Ele n/o o apresentou omo a lei de Weer, nem o
onsiderou omo tendo um si3nifado flosfo de maior alane# A seu
ver, a
ossem usados em sua eperinia# ( leitor enontrarO um estudo da
eperinia de Weer no livro de E# B# -lt;ener, Eperimental %s;olo3,
Instrutors "anual, Ii, V=uantitative EperimentsV# III?#
 Erroneamente, visto Kue Deleenne n/o e nen;uma determina./o
omparativa do D#)#V E# a -lt;ener, op# it#, @III#
<:
Edna Heidreder
<<

3eneralia./o era t/o importante, mas n/o mais do Kue KualKuer outra
re3ra empLria#
%orém, esta desoerta oi aproveitada Kuase omo uma revela./o por
*ustav -;eodor Fe;ner, Kue a oloou no prprio entro de estudo
psiol3io# %ara ele, sua importQnia residia no ato de ela revelar uma
li3a./o entre o Lsio e o psLKuio ? uma rela./o matemOtia eata ? e uma
li3a./o de al3uma orma entre os dois mundos era o Kue Fe;ner estivera
usando durante lon3os e ansiosos anos om toda a 3rande dedia./o de
sua naturea amante da unidade# Dediou pratiamente toda a sua vida
para provar a lei de Weer, e ao assim aer, elaorou métodos de pesKuisa
Kue auiliaram a tornar possLvel a psiolo3ia ientLfa#
Fe;ner é, Ps vees, ;amado o pai da moderna psiolo3ia, porém é
duvidosa a paternidade desta Covem inia# Foi, Ps vees, atriuLda a
Helm;olt, Wundt e *alton# %orém, se a psiolo3ia estO prourando um
anestral su3estivo, n/o poderO aer uma esol;a mais eli do Kue
Fe;ner, ;omem simples, sutil, proundamente ulto, asinado por um
impulso irresistLvel de levar as idéias a sério e totalmente P mer de sua
sineridade inteletual# Fe;ner era ao mesmo tempo ientista e mLstio#
Aossado por ei3nias inteletuais opostas, era inteiramente inapa de
desistir de uma em avor de outra e i3ualmente inapa de pa sem vitria#
'omo ientista, seus interesses eram vastos e proundos# Iniiou sua
arreira omo estudante de mediina, mas lo3o depois suas atividades
orientaram?se para a Lsia, KuLmia e matemOtia# Foi prinipalmente na
Lsia Kue adKuiriu sua reputa./o, em parte pelas suas pesKuisas sore as
propriedades da orrente elétria e, em 587, aos 77 anos de idade, oi
nomeado proessor de Lsia em )eipi3# E n/o oi somente reon;eido no
movimento ientLfo omo um de seus ativos pesKuisadores, nem estava
apenas inteiramente a par da inia de sua époa estava tamém
proundamente impressionado, emoional e inteletualmente, pela inia
em si ? pelos seus métodos eatos e ri3orosos, pela naturea ordeira do
mundo Kue esta revelava# A;ava Kue era impossLvel i3norar os seus
oneitos e leis# %orém, em onronto om o mundo da inia, oloou o
mundo dos valores, pelo Kual a inia n/o se interessava, mas Kue ele
onsiderava i3ualmente real, le3Ltimo e atraente omo oCeto de interesse
inteletual# Em sua Cuventude, Fe;ner impressionara?se proundamente
om a flosofa de &;ellin3, e esta
%aiolo3ias do &éulo 
eperinia inutira?l;e a sensa./o duradoura de Kue i3norar o apelo
imediato da vida e da mente seria aastar?se da realidade realmente
sentida# =uando tin;a apenas vinte anos de idade, esreveu, so o
pseudcnimo de Dr# "ises, um estudo sore a tese de Kue a )ua era eita de
iodo, o primeiro de um erto nMmero de traal;os, nos Kuais, so o mesmo
pseudcnimo, eprimia 3eralmente em orma de sOtira P inia o lado de
sua naturea Kue ela n/o satisaia# ( on\ito, ao mesmo tempo sutil e
vi3oroso, era Kuase um eo sem saLda# Na Kualidade de proessor de Lsia,
Fe;ner ensinou a inia ofial de sua époa om o nome de Dr# "ises,
enontrou uma vOlvula de esape para a impress/o de Kue a inia era
insatisatria e inompleta# 'om esse esor.o, sua saMde fou aalada,
porém, apesar de sua doen.a, realiou eperinias sore ima3ens
remanesentes positivas ? encmenos, é de notar, Kue servem de limiar
entre os mundos mental e Lsio# Assim proedendo preCudiou sua vis/o,
fando Kuase e3o# &ua saMde arruinou?se ompletamente# %ediu demiss/o
de seu ar3o e viveu durante trs anos desli3ado do mundo, vLtima de
doen.a, dor e depress/o#
Fe;ner reuperou a saMde, nin3uém soue omo, muito menos ele prprio
porém,
arin;o na man;/ do?l;dia
? soreveio uma idéia
de outuro de 589_
Kue satise as ?ei3nias
ele anota esta data
de sua om
naturea
;umanista e ientLfa# (orreu?l;e Kue poderia ;aver uma rela./o
oservOvel e até mensurOvel entre o estLmulo e a sensa./o e, portanto,
entre os mundos mental e Lsio# (servou Kue a sensa./o e o estLmulo
pareem n/o aumentar de intensidade no mesmo 3rau asoluto# %or
eemplo, se uma vela estO aesa em uma sala e aendemos outra, a
dieren.a é imediatamente notada porém se est/o aesas de velas e é
aresentada mais uma, a dieren.a Kuase n/o é pereida# + possLvel,
ent/o, Kue a sensa./o res.a em pro3ress/o aritmétia, ao passo Kue o
estLmulo aumenta em pro3ress/o 3eométria# A sensa./o em si n/o pode
ser diretamente medida, mas o estLmulo pode, e serO possLvel mostrar Kue
um aumento no estLmulo, por uma ra./o onstante dele mesmo, é
re3ularmente orrelaionado om ada aumento pereptLvel na sensa./o#
Em outras palavras, pode?se enontrar a rela./o Kuantitativa eata entre os
mundos mental e  Lsio# %ara Fe;ner, esta onep./o era ompletamente
satisatria se osse onfrmada, uniria o Kue ;avia pareido desoneo e
irreoniliOvel daria a ele o sentido da unidade
<8
%sioLo3ias do &éulo 
<6
Edna Heidreder
do mundo Kue sempre usara ? uma unidade do mundo, além disso, Kue
ele poderia demonstrar om evidnia matemOtia, eata#
Restava, entretanto, a tarea de provar eperimental? mente sua ;iptese, e
s depois de iniiada esta tarea oi Kue se deparou om a desoerta de
Weer# %ara Fe;ner, ela pareia onfrmar suas esperan.as# Deu orma
matemOtia aos resultados otidos por Weer, deu P 3eneralia./o o nome
de lei de Weer e dediou?se sem reservas P tarea de verifO?la por meio
de eperinias# %ara esse fm, passou a levantar pesos, pratiamente

mil;ares de pesos,
om os pesos tentando
fsiamente omparar suas
determinados dos impressJes imediatas
oCetos er3uidos# de peso
Fe estudos
semel;antes dos 3raus de ril;o, e das distQnias visual e tOtil, areditando
sempre Kue se a sensa./o, isto é, o ponto de ontato entre o Lsio e o
psLKuio, pudesse ser demonstrada omo tendo rela./o matemOtia
defnida em reernia ao estLmulo, a unidade do mundo Kue prourava
poderia ser estaeleida#
Enontrou raJes onstantes, pelo menos em Kuantidade sufiente e om
raoOvel aproima./o dos reKuisitos ideais, para enoraCar seus anseios e
esor.os# %orém, a sua importQnia para a psiolo3ia n/o estO de orma
al3uma na idéia do mundo Kue esperava estaeleer om suas pesKuisas#
Enontra?se, antes, nos métodos eperimentais Kuantitativos e eatos Kue
desenvolveu ao realiO?los, ( prprio Fe;ner elaorou trs dos métodos
psioLsios ? assim ;amados devido P sua onep./o de uma inia
psioLsia Kue tratava da rela./o entre os mundos Lsio e psLKuio# (
nMmero de pontos ontrovertidos e ténios Kue sur3em numa eperinia
P primeira vista simples de levantamento de pesos é, de ato, notOvel
ontudo, tais pontos enerram um pouo das oisas esseniais de al3uns
dos prolemas mais undamentais e persistentes da psiolo3ia
eperimental0 a difuldade em ontrolar tanto as ondi.Jes eternas
Kuanto a atitude do paiente, a neessidade de oserva.Jes repetidas, de
anOlises Kuantitativas em eitas, e de uma disposi./o en3en;osa de
onCunto e de método, a fm de Kue todos os atores de pertura./o seCam

eluLdos,por
utiliadas um outros
aps outro# As téniasmodifadas,
perKuisadores, aperei.oadas por Fe;ner
usadas oramde
omo pontos lo3o
partida para outras ténias e apliadas em outros ampos além do da
sensa./o# ( prprio Fe;ner ampliou?as até o ampo da estétia,
omparando maniestas preernias om situa.Jes
oCetivas, por eemplo, retQn3ulos de dierentes taman;os, rela.Jes
lineares de vOrias espéies, de um modo um tanto pareido ao utiliado
para a sensa./o# Realmente, para os ontemporQneos de Fe;ner, o tra.o
notOvel dos métodos psioLsios estava em serem Kuantitativos# Era
onsiderado uma inova./o surpreendente medir os proessos mentais as
eperinias eitas om eles para oter dados Kuantitativos assinalam a
aurora de um novo dia# A pulia./o em 58:_ do livro Filemente der
%s;op;si] !Elementos de %sioLsia$, no Kual Fe;ner relata seu traal;o
e suas idéias, é omparOvel P unda./o do laoratrio de )eipi3, omo um
dos atos mais destaados no desenvolvimento da psiolo3ia# 'omo
tentativa séria, ori3inal e uidadosamente planeCada de tratar os proessos
psiol3ios no estilo das inias eatas, este livro é, Ps vees, onsiderado
omo um maro da primeira realia./o defnida da psiolo3ia omo inia#
(s prprios métodos psioLsios despertaram o maior interesse# Foram
eaminados detidamente por notOveis estudiosos da époa e, emora
ten;am sido ritiados avorOvel ou desavoravelmente, a promessa Kue
traiam veneu o etiismo Kue provoaram# N/o demorou muito, de ato,
para Kue os métodos de Fe;ner, em omo outros aresentados por seus

se3uidores,
rapidamentesesetornassem um lu3ar?omum
tornando uma nova inia,na a3a3em do
a psiolo3ia# Kue métodos
Estes estava
tm persistido até os nossos dias e ainda onservam o seu lu3ar entre os
mel;ores instrumentos de pesKuisa em psiolo3ia#
%orém, por mais diundido Kue ten;a sido o uso dos métodos de Fe;ner, a
interpreta./o de seus dados tem sido de um tipo muito dierente do Kue
pretendera# A interpreta./o mLstia, Kue para ele era o prinipal resultado
de suas eperinias e a sua prpria ra/o de ser, nuna oi aeita em
psiolo3ia# "esmo num sentido ténio e mais restrito, as interpreta.Jes de
suas eperinias n/o tiveram aeita./o 3eral# Havia e ainda ;O muito
desaordo Kuanto ao 3rau de preis/o das medi.Jes eitas pelas
eperinias psioLsias e ;ouve pelo menos um rLtio importante Kue
onsiderou todo o movimento iniiado por Fe;ner omo inteiramente sem
valor# Esreveu William 2ames0
V( "aasormel e;neriano e sua onep./o omo sendo uma lei
psioLsia fnal permaneerO omo um Ldolo das avernas, se al3uma ve
eistiu al3um# De ato, o prprio Fe;ner era um *er;rter alem/o do tipo
ideal, ao mesmo tempo simples e perspia, mLstio e eperimentador,
simples e ousado, t/o leal para om os atos, omo
8_
Edna Heidreder

r
%siolo3ias do &éulo 
85
para as suas teorias# %orém seria terrLvel se mesmo um ;omem t/o om
omo esse pudesse sorearre3ar nossa inia om os seus ontLnuos
apri;os e, num mundo t/o ;eio de outros oCetos mais di3nos de
aten./o, ori3asse todos os uturos estudantes de psiolo3ia a lutar om as
difuldades, n/o s de seus prprios traal;os, omo tamém de outros
ainda mais Oridos esritos ontra eles# AKueles Kue deseCarem esta ;orrLvel
literatura podem enontrO?la possui um valor disiplinar mas, nem
mesmo a menionarei num rodapé# ( lado cmio do assunto é Kue os
rLtios de Fe;ner sentem?se ori3ados, aps omater suas teorias pondo
tudo aaio desapiedadamente, a dier Kue, n/o ostante, a ele pertene a
3lria impereivel de as ;aver ormulado pela primeira ve e, dessa orma,
tornado a psiolo3ia uma inia eata,
VAnd everod praised t;e du]e
VE todos louvaram o duKue
W;o t;is 3reat f3;t did Sin#
por ter venido esta 3rande atal;a#V
But S;at 3ood arne o it at last^
V"as, afnal, Kue resultados troue^V,
=uot; little %eter]in#
disse o peKueno %edrin;o#
W;, t;at 5 annot teu, said ;e,
VIsso eu n/o sei epliarV, disse ele,
But tSas a amous vitor V7
V"as oi uma amosa vitriaV
"as, por mais plausLvel Kue W# 2arnes onsiderasse este assunto,
permanee o ato ;istrio de Kue uma das ontes da psiolo3ia moderna
reside nas pesKuisas paientes e talve Orduas do VsimpOtio vel;in;oV Kue
realiou a primeira tentativa de medir realmente os proessos psiol3ios,
ainda Kue mal defnidos, e orrelaionO?los om os atos Lsios# "esmo Kue
n/o restasse a mLnima parte de suas doutrinas espeLfas, o
estaeleimento da psiolo3ia omo inia seria ainda, em 3rande parte,
resultado de seu traal;o#
A ria./o da nova inia oi tamém, em 3rande parte, o traal;o de
Hermann von Helm;olt, Kue oi assistente de Fe;ner durante vinte anos#
Assim omo este, Helm;olt ora antes estudante de mediina, e depois
Lsio, uCo interesse n/o estava de maneira al3uma limitado P Lsia# %orém,
Helm;olt n/o se interessava muito pela unidade do universo# =ueria saer,
entre outras oisas, a maneira eata omo os ol;os e os ouvidos
unionavam, e para tanto, entre?
7 WlllIam 2ames, %rinipies o %s;olo3, 9, 96#
3ou?se a uma série de pesKuisas Kue en3loaram a tremenda Kuantidade
de atos e teorias Kue onstituem seus dois 3randes livros, Handu; des
p;siolo3is;en opti] !"anual
-onempfndun3 !-eoria de ptia
da sensa./o fsiol3ia$
dos tons$# e )e;re
Do ponto von do volume
de vista
total de traal;o eetuado, a realia./o é ma3nLfa# Helm;olt eaminou
uidadosamente todo o on;eimento eistente sore p assunto, testou?o
eperimentalmente, oneeu novas eperinias, desoriu novos atos e
su3eriu novas teorias# 'om a mesma ailidade, inventava aparel;os,
oneia métodos eperimentais e elaorava teorias# %ossuLa um talento
etraordinOrio para tratar tanto om oisas Kuanto om idéias# &eus poderes
de oserva./o, visuais e auditivos, eram onsiderados muito a3udos e
sensLveis# Nen;um aspeto de seu estudo deiava de interessO?lo suas
pesKuisas iam desde a anatomia da vista e do ouvido até a ;istria do
desenvolvimento da ;armonia#
As pesKuisas de Helm;olt sore a vista e o ouvido eKuiparam?se Ps
maiores onKuistas da inia# (s estudos undamentais e iniiais neste
ampo pertenem P Lsia, fsiolo3ia e psiolo3ia# A sua importQnia para o
desenvolvimento da psiolo3ia difilmente pode ser sorestimada n/o
somente desvendaram a enorme ompleidade de proessos psiol3ios
aparentementes simples, omo seCa ver oCetos e ouvir sons, mas ao
mesmo tempo demonstraram de maneira ril;ante a possiilidade de se
estudar estes proessos pelos métodos das inias naturais# Em seu
traal;o sore aMstia, Helm;olt mostrou omo um som aparentemente
simples, omo o produido por uma Mnia orda virando, possui 9_?
retons além do undamental e omo dois sons emitidos Cuntos podem dar
ori3em
ausa daa tons a3re3ados,
desarmonia# tons dierentes
Helm;olt Ps VatidasV
determinou Kue ele mais
os sons audLveis onsiderava a
elevados
e os mais aios e os intervalos entre os mesmos# Epcs tamém a sua
teoria de ressonQnia da audi./o, em Kue afrma ser o ouvido i3ual a uma
;arpa# Em ptia, tratou de prolemas omo os de rera./o por meio de
lentes, métodos de estimular a retina e o nervo ptio, ima3ens
remanesentes, ima3em da retina, ilusJes de ptia, movimentos dos ol;os,
vis/o mono e inoular e a perep./o da distQnia# Aps estudar os
aspe.tos da vis/o olorida, epcs a teoria de Kue todos os encmenos da
vis/o olorida podem ser epliados em un./o das trs ores primOrias,
vermel;o, verde e aul ? teoria Kue ele em parte atriuLa ao pesKuisador
ritQnio
8
Edna Heidreder
&ir -;omas 1oun3, e Kue atualmente é on;eida omo a teoria de 1oun3?
Helm;olt# Ao epliar a perep./o do espa.o, adotou o ponto de vista
empLrio em ve do inatista, ou seCa, n/o onsiderava a perep./o espaial
omo VdadaV, mas omo resultado da eperinia# Em oposi./o ao ponto de
vista ]antiano, pelo Kual o espa.o é uma das ormas de intui./o, Helm;olt
afrmava Kue a perep./o do espa.o é um traal;o da mente, o produto de
onlusJes inonsientes, etraLdas de numerosas e variadas eperinias
Kue n/o s/o espaiais em si mesmas# A ontrovérsia entre o inatismo e o
empirismo, em suas vOrias ormas, teve uma lon3a ;istria em psiolo3ia e
n/o estO de modo al3um resolvida porém, oi om Kue, no onCunto
espeial de irunstQnias em Kue traal;ou, Helm;olt lan.asse a parte
maior de sua in\unia para o lado do empirismo porKue a sua atitude
neste aso si3nifou a anOlise de proessos Osios Kue seriam de outra
orma aeitos sem disuss/o# Foi em 3rande parte por esse motivo Kue
Helm;olt demonstrou a possiilidade de realiar oserva.Jes ientLfas
eatas sore a sensa./o e a perep./o, proessos Kue em seu tempo eram
tidos omo aendo parte do undamento da vida mental# Assim omo
Fe;ner estaeleeu frmemente tanto a idéia Kuanto a prOtia da medi./o

em psiolo3ia,
suedidas soretamém Helm;olt
a sensa./o provou, através
e a prep./o, de suas
ser possLvel pesKuisas
apliar a em
oserva./o eata e a eperimenta./o a um material estritamente
psiol3io#
(utra eperinia realiada por Helm;olt, ori3inada na onsidera./o de um
prolema fsiol3io, teve onseK[nias importantes para a psiolo3ia#
Helm;olt oi a primeira pessoa Kue mediu a veloidade da orrente
nervosa# NaKuela époa era ren.a 3eral, em parte aseada na autoridade
de 2o;annes "[ller, Kue a veloidade da transmiss/o nervosa n/o poderia
ser medida porKue n/o ;averia espa.o em nen;um or3anismo animal para
determinar uma veloidade t/o 3rande# Helm;olt mediu?a na perna de uma
r/# Em primeiro lu3ar, estimulou um nervo motor primo ao mMsulo Kue
inervava, e mediu o espa.o de tempo entre o estLmulo do nervo e a
ontra./o do mMsulo em se3uida, estimulou o nervo em um ponto mais
distante do mMsulo, e mediu omo antes o tempo deorrido entre o
estLmulo nervoso e a resposta musular ent/o sutraiu a primeira medida
da se3unda, e assim oteve o tempo Kue a orrente nervosa ;avia
 A taa de transmiss/o é alulada atualmente em era de 57 metros
por se3undo#
%sioio3ias do &éulo 
87

3asto para atravessar a distQnia entre os dois pontos estimulados#


Naturalmente, oi eita uma série de tais medi.Jes# A;ando os resultados
onsistentes, Helm;olt avaliou a veloidade de transmiss/o no nervo motor
em 7_ metros por se3undo, valor muito aio para a epetativa da maioria
dos ientistas da époa, al3uns dos Kuais pensavam Kue a veloidade de
transmiss/o nervosa osse omparOvel P da lu#
( primo passo, desde Kue o impulso do nervo motor ;avia sido medido,
era ver se a taa de transmiss/o dos nervos sensoriais era dierente# (
método usado neste aso inluLa o uso do or3anismo intato e, portanto, a
parte prinipal da eperinia do tempo de rea./o em sua orma atual# Um
r3/o dos sentidos oi estimulado, o paiente oi instruLdo para Kue rea3isse
assim Kue pereesse o estLmulo, e oi medido o tempo deorrido entre a
aplia./o do estLmulo e a ontra./o do mMsulo# Foi se3uido o mesmo plano
3eral usado para medir a veloidade do impulso no nervo motor0 o estLmulo
oi apliado em pontos dierentes, no Coel;o e no pulso, e a média de
transmiss/o otida por sutra./o# Neste aso, entretanto, os resultados
oram etremamente variOveis, e Helm;olt n/o Kuis ;e3ar a onlusJes
defnitivas aseadas neles#
Até ent/o, oserve?se, o prolema ;avia sido puramente fsiol3io
Helm;olt estava interessado simplesmente em medir a veloidade do
impulso nervoso# %orém, as possiilidades psiol3ias da eperinia
atraLram a aten./o de outros pesKuisadores, e o método de medir a taa de
transmiss/o nos nervos sensoriais ? aKuele Kue ei3ia o or3anismo intato ?
transormou?se lo3o na eperinia do tempo de rea./o, Kue tornou
possLvel uma série eunda de dierentes pesKuisas psiol3ias#
Donders, um fsilo3o ;olands, reorreu a esta eperinia na esperan.a
de onse3uir VonstantesV psiol3ias mensurOveis# &eu plano 3eral era o
de usar a eperinia simples do tempo de rea./o de Helm;olt omo ase
em se3uida, introduir atores ompliados aran3endo disrimina./o e
sele./o e pela sutra./o do tempo de rea./o simples, daKuele neessOrio
para as rea.Jes mais ompleas, oter medidas defnitivas de atos
psiol3ios, tais omo a disrimina./o e a sele./o# ( plano era simples# De
inLio,
na ormadevia?se
omum realiar uma série
a um dado sinal de medi.Jes
? por nas
eemplo, umKuais o paiente
Cato de rea3iria
lu vermel;a#
Isto daria o tempo de rea./o sim?
455
8
Edna HeCdreder %8iolo3ia& do &éulo 
89
pies# Ent/o, em outra série, o paiente deveria rea3ir somente aps ;aver
distin3uido entre uma lu vermel;a e uma verde, rea3indo se apareesse a
vermel;a e n/o em aso da lu verde# Estas rea.Jes, pareia raoOvel
supor, onteriam n/o s tudo Kue a simples rea./o tin;a, mas em
arésimo, a disrimina./o# Ainda em outra série, o paiente deveria rea3ir
om a sua m/o direita no aso da lu vermel;a, e om a esKuerda P verde#
Admitia?se Kue estas rea.Jes inluLam tudo o Kue eiste na rea./o
disriminatria, e além disso, a sele./o# Ent/o, aendo as neessOrias
sutra.Jes, seria possLvel oter medidas do Vtempo de disrimina./oV e
Vtempo de sele./oV# ( resultado seria um erto nMmero de atos mentais
relevantes Kue poderiam ser medidos no tempo e dariam ao psilo3o
unidades defnidas om as Kuais pudesse operar#
A idéia era atraente, pois prometia a a3radOvel simplifa./o Kue resulta
Kuando se redu material ompleo em unidades Kuantitativas,
identifOveis e fas# %orém, a anOlise posterior das rea.Jes simples e
ompleas mostrou poua ou nen;uma evidnia de VonstantesV
psiol3ias# %elo ontrOrio, provoou uma dMvida onsiderOvel Kuanto P
le3itimidade da afrma./o Osia de Kue as rea.Jes mais ompleas podem
ser oneidas omo uma omposi./o na Kual a rea./o simples é retida em
seus pontos esseniais, om o arésimo de um ator esol;ido# + verdade
Kue o prprio Donders realiou os seus planos e oteve resultados Kue
apresentavam tempos mais prolon3ados para as rea.Jes de sele./o do Kue
para as de disrimina./o, e maiores nestas do Kue para as simples, e esse
resultado ruto tem sido vOrias vees onfrmado# %orém, P medida Kue as
rea.Jes e os tempos de rea./o or#m estudados de modo mais ompleo,
tornou?se ada ve mais evidente Kue, mesmo nesse peKueno setor da
atividade ;umana, a situa./o é astante omplea# -ornou?se evidente Kue
o tempo de rea./o varia om o r3/o dos sentidos estimulado, om a
intensidade do estLmulo, om o nMmero de itens a serem VdisriminadosV ou
Vesol;idosV, om o 3rau de dieren.a entre eles, om a etens/o da prOtia
Kue o paiente reee, e om uma entena de outros atores# Uma das
ontriui.Jes mais su3estivas oi eita por )an3e, Kue desoriu Kue o
tempo de rea./o variava om a atitude do paiente# &e este prestava
aten./o prinipalmente aP estLmulo, o tempo de rea./o era li3eiramente
mais lon3o do Kue se a aten./o osse fada antes no movimento a ser eito#
Esta desoerta da dieren.a entre as rea.Jes

sensorial e musular, omo eram ;amadas, levou a um sem?


?nMmero de interpreta.Jes, ontrovérsias, re\eJes e pesKuisas de
propor.Jes realmente assustadoras# Wundt, Kue ;avia analisado a rea./o
em seus aspetos de perep./o, de aperep./o e de vontade, omo seus
omponentes psiol3ios, areditava Kue a rea./o musular era
inompleta, e Kue era uma rea./o na Kual a aperep./o n/o ;avia podido
desenvolver?se# Ener e 'atteli su3eriram Kue a eperinia do tempo de
rea./o em paiente treinado era al3o astante pareido om um re\eo,
Kue o or3anismo preparado para rea3ir é VdispostoV de erta orma e Kue a
rea./o Kue se se3ue é, em si, um ato nervoso automOtio, resultante de
vOrios atores em outras palavras, Kue a rea./o n/o é uma série de
proessos suessivos, tais omo a perep./o, a aperep./o e a vontade,
mas sim um proesso nervoso unitOrio determinado por um arranCo espeial#
"ais tarde, o estudo introspetivo da rea./o eito por A; tendeu a
onfrmar esta idéia# "ostrou Kue o perLodo de rea./o em si é Kuase
desprovido de onteMdo psiol3io, e Kue proessos, tais omo estar iente
das instru.Jes, do estLmulo, do movimento e dos erros, tanto preedem
Kuanto suedem o movimento em si# (s estudos a este respeito s/o
etensos e ontrovertidos, porém, seCa Kual or o seu valor espeLfo, pouo
demonstram Kue CustifKue o proesso de sutra./o e a teoria na? Kual se
aseiam# 'onstituem um dos muitos eemplos na ;istria da psiolo3ia, na
Kual uma anOlise a priori de uma situa./o deia de ser onfrmada pelos
atos oservados posteriormente, e na Kual desorimos Kue a situa./o real
é menos evidente e menos simples e de ase l3ia evidente muito menor
do Kue su3eria a prévia anOlise inteletual#
%orém este estudo dos tempos de rea./o vai além da prinipal ;istria do
desenvolvimento da psiolo3ia e onstitui somente um simples eemplo da
orma intensa pela Kual Helm;olt estimulou a pesKuisa psiol3ia# N/o
somente tornou possLvel a eperinia do tempo de rea./o ;avia
demonstrado, om suas pesKuisas sore a vista e audi./o, Kue os métodos
eperimentais usados em fsiolo3ia eram apliOveis aos proessos
psiol3ios da sensa./o e perep./o# 'oloando os reursos dos
laoratrios de fsiolo3ia P disposi./o dos estudantes de psiolo3ia, tornou
inevitOvel o desenvolvimento de uma psiolo3ia eperimental# De ato, seu
estudo ;avia apresentado KuestJes estimulantes# N/o ;avia mostrado Kue a
sensa./o podia ser estudada eperimental? mente^ N/o s/o realmente as
sensa.Jes a matéria?prima, o
Edna Heidreder
material Osio, om o Kual é ormada a vida psLKuia^ Ent/o, n/o é o
estudo desses proessos e suas rela.Jes um meio evidente de introduir o
on;eimento ientLfo mais para dentro do ampo psiol3io^ E n/o
poderia ser otido o on;eimento Kuantitativo eato, tendo P disposi./o os
métodos psioLsios^ Era al3um raioLnio dessa espéie, eperimental
porém esperan.oso, om reservas, lassifa.Jes e aperei.oamentos, Kue
estava
de umava3ueando P tona Kuando
matéria independente# a psiolo3ia
2O eistia se aprestava
P disposi./o a tomar
uma por./o a orma
raoOvel
de traal;o ientLfo, espeifamente psiol3io em Kualidade# Foram
riadas ténias, métodos de investi3a./o e aparel;os, oram esritos livros
importantes, e despertou?se um interesse 3eneraliado# As partes estavam
prontas para serem reunidas, e Kuando isso aonteesse, ormariam uma
nova inia#
( toKue fnal Kue uniu as partes oi dado por Wil;elm Wundt, Kue por esse
motivo se tornou outra f3ura eminente na ;istria da psiolo3ia ? emora o
ato de apliar o adCetivo VeminenteV a Wundt seCa um tanto imprprio, uma
ve Kue nem a sua ora nem o seu arOter possuem a simpliidade e a

eatid/o de'ompreender
duradoura# oCetivo sufientes
a orapara provoar
de Wundt a mLnima
si3nifa impress/o
entender uma rede
intrinada de rela.Jes, na Kual o destaKue e a larea est/o normalmente
suordinados P riKuea de detal;es# %ois Wundt estava t/o pereitamente
cnsio das Kualidades Kue aompan;am um determinado ato Kue oi
desrito omo um ;omem Kue Vnuna disse uma oisa tola nem uma
3enialV# InstruLdo, l3io, ativo e sistemOtio, adaptava?se de modo
admirOvel, tanto por treino Kuanto por temperamento, P tarea de
entraliar, or3aniar e inte3rar, o Kue para a psiolo3ia era a 3rande
neessidade da époa#
=uando Covem, o prinipal interesse de Wundt estava na fsiolo3ia, tornou?
se, é natural, inteiramente amiliariado om a pesKuisa fsiol3ia se3undo
a tradi./o de Weer, Fe;ner e Helm;olt# Assoiara?se, na realidade, tanto
a Helm;olt Kuanto a Fe;ner em Heideler3, palo de seu primeiro urso
universitOrio, om Helm;olt em )eipi3, Kue preseniou o seu apo3eu,
om Fe;ner# Essas li3a.Jes pessoais, entretanto, pareem n/o ;aver
desempen;ado um papel deisivo, ou mesmo importante, na orienta./o de
seu pensamento# &uas rela.Jes om Helm;olt nuna oram Lntimas, nem
mesmo partiularmente ordiais, e seu traal;o
%sSolo3ias do &éulo 
assumiu seu un;o araterLstio antes de on;eer Fe;ner em )eipi3#
=uando ainda em Heideler3, esreveu o livro *rund[3e der

p;siolo3is;en
Kue é tido, mais %s;olo3ie !Elementos
do Kue KualKuer de psiolo3ia
outro livro, fsiol3ia$,
omo o Kue tratado
tra.ou a primeira
estrutura da psiolo3ia omo inia P parte# Em al3uns de seus primeiros
esritos, ;ouve realmente anteipa.Jes de sua onep./o de uma
psiolo3ia eperimental porém em seu livro Elementos de psiolo3ia
fsiol3ia esta oi defnitivamente ormulada e elaorada, e muita oisa Kue
;avia estado va3amente implLita na psiolo3ia dos laoratrios de
fsiolo3ia oi tratada de orma eplLita e sistemOtia# ( livro, em verdade,
tentava duas tareas0 a primeira, uma apresenta./o ompreensLvel dos
atos on;eidos da psiolo3ia da époa e a se3unda, o estaeleimento
dos prinLpios de um sistema# Este Mltimo, emora repetidamente
modifado nas muitas edi.Jes posteriores do livro, era em tra.os 3erais
aKuele Kue Wundt
sua onvi./o aeitou
Osia durante
de Kue toda aésua
a psiolo3ia vida# Afrmando
o estudo omomentais
dos onteMdos o e,
e uma inia Kue atin3e esses onteMdos prinipalmente por meio da
introspe./o e da eperimenta./o, seu livro Elementos de psiolo3ia
fsiol3ia tornou?se uma das maiores in\unias na determina./o do
arOter do primeiro traal;o eperimental da nova inia#
( livro ontém, na realidade, a onep./o de Wundt ? a mesma Kue CO ;avia
apareido em seus primeiros traal;os
? defnindo eatamente o Kue seria uma eperinia psiol3ia# Na orma
em Kue a desreve, a eperinia psiol3ia imita laramente a fsiol3ia0
é um método no Kual o proesso a ser estudado é mantido em primo de
um estLmulo ontrolOvel e de uma resposta oCetiva, e no Kual a
introspe./o é um ato uidadosamente preparado, intenso e de peKueno
alane# + di3no de nota o ato de Kue apesar de toda a sua é na
introspe./o e na eperimenta./o, Wundt nuna areditou Kue esses
métodos ossem apliOveis ao estudo dos proessos mentais mais elevados
e Kue mais tarde, Kuando al3uns de seus disLpulos ? notadamente [lpe ?
tentaram estudar os proessos mais elevados do pensamento pela
introspe./o so ondi.Jes ontroladas, malifaram esses métodos de
Valsos eperimentosV# Areditava Kue os proessos mentais miis
elevadospuiessem ser estudados somente por meio dos Vprodutos soiaisV
s/o ompreensLveis 9_?

9 ( prprio Wundt apliou este método em seu livro @ol]erpsii;ol(3S


!%siolo3ia dos povos$, ora de 5_ volumes, Kue terminou pouo antes de
sua morte#
8:
F
8<
88
Edna Heidreder

mente para o método ;istrio# & desrevendo o desenvolvimento do


;omem através de sua lin3ua3em, sua arte, suas leis, seus ostumes e suas
institui.Jes em 3eral ? somente, em suma, mediante o estudo dos Vprodutos
soiaisV ? é possLvel desorir a naturea dos proessos mentais pelos Kuais
aKueles produtos se ormaram#
A pulia./o dos Elementos de psiolo3ia fsiol3ia assinalou um ponto
deisivo na arreira de seu autor, em omo no desenvolvimento da
psiolo3ia# Em 58<, Wundt se3uiu5 para huriKue omo proessor de
flosofa, um passo Kue, de aordo om o plano de or3ania./o das
universidades alem/s, : si3nifava mudan.a da fsiolo3ia para a psiolo3ia#
Um ano mais tarde, tornou?se proessor de flosofa em )eipi3, onde aps
Kuatro anos ? isto é, em 58<6 ? undou o seu amoso laoratrio para
pesKuisas psiol3ias#
Naturalmente, )eipi3 tornou?se a "ea dos estudantes Kue deseCavam
aprender a VnovaV psiolo3ia ? a Kual n/o mais era um ramo da flosofa
espeulativa, n/o mais ramo da fsiolo3ia, porém nova e ousada tentativa
para estudar os proessos mentais pelos métodos eperimentais e
Kuantitativos omuns a todas as inias# %ois a psiolo3ia de )eipi3 era,
nas déadas de 8_ e 6_, a maior novidade so o &ol# Era a psiolo3ia prpria
para os arroCados Covens radiais Kue areditavam ser possLvel medir e
tratar eperimentalmente os proessos da mente ? e Kue possivelmente se
onsideravam, em suas re\eJes Lntimas, omo pioneiros na mais reente
ronteira da inia, levando o seu método a setores de on;eimento Kue
até ent/o n/o ;aviam sido penetrados# De KualKuer maneira, lan.aram?se
Ps suas tareas om dili3nia e desvelo# -ornaram?se introspeionistas
treinados e, aliando a introspe./o aos reursos dos laoratrios de
fsiolo3ia, tentaram realiar a anOlise minuiosa da sensa./o e da
perep./o# "ediram tempos de rea./o, aompan;ando seus prolemas em
ramifa.Jes numerosas e diusas# %esKuisaram as rea.Jes verais,
estendendo, dessa maneira, as suas prprias pesKuisas dentro do ampo da
assoia./o# "ediram o alane e as varia.Jes da aten./o e anotaram
al3uns dos seus tra.os mais ompleos no Veperimento de omplia./oV,
um método de laoratrio nos moldes da situa./o Kue deu ori3em ao
prolema do
( Nas universidades alem/s, (s psilo3os aiam parte dos departa#
mentos de flosofa#
%sSolo3ias do &éulo 
86
astrcnomo no aso da VeKua./o pessoalV# Em seus estudos dos sentimentos
e da emo./o, re3istraram veloidades de pulsa./o, de respira./o e as
varia.Jes da or.a musular, e no mesmo assunto aperei.oaram métodos
para re3istrar de modo sistemOtio e tratar estatistiamente as impressJes
oservadas por introspe./o# Aperei.oaram tamém os métodos
psioLsios e, além disso, feram uso onstante dos reursos do laoratrio
de fsiolo3ia# E através de todos esses esor.os estavam possuLdos pela
idéia de uma psiolo3ia Kue seria ientLfa por ser oposta P espeulativa
tentaram sempre onfar nas oserva.Jes, eperinias e medi.Jes eatas#
%or Mltimo, Kuando saLram de )eipi3 e traal;aram em seus prprios
laoratrios ? prinipalmente em universidades norte?amerianas ou alem/s
? a maioria deles reteve o sufiente da impress/o dada por )eipi3 para
poder ensinar uma psiolo3ia Kue, independente do aperei.oamento
posterior do pensamento do indivLduo, apresentava sinais do sistema
reon;eido em )eipi3 omo ortodoo#
%ois, Cuntamente om o laoratrio, ;avia um sistema Kue, realmente,
anteedeu o laoratrio e, depois, desenvolveu?se om ele# ( livro
Elementos de psiolo3ia fsiol3ia de Wundt, omo se reordam, oi esrito
antes de seu autor deiar Heideler3, porém o sistema por ele idealiado oi
revisto e aperei.oado P medida Kue o laoratrio se tornava ada ve mais
produtivo# %ara um espLrito amante da ordem omo o de Wundt era
impresindLvel dispor devidamente os dados Kue estavam passando a aer
parte da psiolo3ia P medida Kue sur3iam e P medida Kue a inia se
desenvolvia, preparava edi.Jes suessivas de seu sistema ? no Kual estava
defnido o oCeto da psiolo3ia, eso.ados os métodos, enuniados os
prolemas, lassifados e isolados os elementos da vida mental, desritas
suas maneiras de omina./o, e enuniados os prinLpios undamentais da
inia# Wundt nuna se ansou, realmente, de tentar a;ar um lu3ar para
ada oisa e de onservar ada oisa em seu lu3ar# &endo um esritor
eundo, dediou uma 3rande parte de sua ora P tarea de onservar sua
eposi./o sistemOtia atualiada em rela./o Ps desoertas da nova inia
e ao desenvolvimento de seu prprio pensamento pareia?se, Ps vees,
om a dona de asa uidadosa, aompan;ando om a vassoura uma inia
em epans/o Kue n/o ;avia aprendido ? e ainda n/o aprendeu ? a ser em
limpa, ( seu livro Elementos de psiolo3ia fsiol3ia soreu seis revisJes e a
eposi./o mais popular de suas idéias# *rundriss der %s;olo3ie !'ompn
-
6_
Edna Heidreder
dio de psiolo3ia$, passou por de revisJes# Deve ter sido enorme o traal;o
neessOrio, porém a tarea era importante# %ois um orpo de doutrina
reon;eido Kue mantivesse o passo om esta inia em rOpido
resimento era notoriamente Mtil para dar orma e arOter P massa de
material Kue estava ome.ando a ser ;amada psiolo3ia#
%aree, Ps vees, Kue Wundt era o tipo do indivLduo propenso a ser
menospreado# &da personalidade n/o era astante ori3inal para tornO?lo
uma ee./o a esse respeito e sua ora n/o apresenta uma ontriui./o
3enial e Mnia Kue possa ser prontamente delimitada e atalo3ada por meio
de uma rase# &ua 3rande realia./o oi estaeleer as rela.Jes reais entre
muitas oisas Kue, de ato, ;aviam eistido antes, porém n/o ;aviam sido
inluLdas em uma verdadeira or3ania./o e, de erto modo, os seres
;umanos s/o inlinados a onsiderar tais realia.Jes menos surpreendentes
e menos riadoras do Kue as do tipo de Helm;olt e de Fe;ner# %orém,
Kuem pereeu as tendnias do pensamento ientLfo omo o e Wundt,
Kue as inorporou em seu primeiro laoratrio, dando?l;es orma em um
sistema in\uente e Kue as omuniou aos entusiastas estudantes
or3ul;osos em levar avante o seu traal;o, tem astante direito ao tLtulo
Kue l;e é reK[entemente atriuLdo, Kual seCa o de pai da moderna
psiolo3ia# ( prprio Wundt estava iente da dLvida da psiolo3ia para om
sua pessoa, e n/o inteiramente insensLvel ao ato disso ser ou n/o
reon;eido# No seu papel de pai, assumia Ps vees um arOter patriaral e
Kuase papal sentia?se no direito de alar om autoridade, pronuniar?se e
at;edra sore psiolo3ia e psilo3os, e de tra.ar uma lin;a de separa./o
em visLvel entre a verdadeira psiolo3ia e aKuela Kue ele n/o aprovava#
Ainda ;oCe, a sua in\unia e prestL3io tm sido t/o 3randes Kue a
epress/o Vpsiolo3ia eperimentalV ainda tem omo seu prinipal
si3nifado o tipo de psiolo3ia ensinado no laoratrio de Wundt ou por ele
reon;eido e aprovado#
%orém Wundt e a idade de )eipi3, apesar de seu mereido prestL3io e sua
evidente resolu./o de mant?lo, n/a possuLam o monoplio da psiolo3ia,
mesmo na Aleman;a# Em outros lu3ares e so outros mestres, a nova
inia tamém pro3redia# Hermann )ote, ontemporQneo de Helm;olt,
muito tin;a eito para ;amar a aten./o sore os prolemas Kue deveriam
se tornar psiol3ios# Emora )ote se ;ouvesse ormado em mediina, era
artista e flsoo, além de ientista, e é notrio o ato de sua primeira
pulia./o
%sioio3ias do &éulo 
65
aps sua tese de doutoramento ter sido um livro de poemas esrito Kuando
era estudante# &ua in\unia na psiolo3ia deve?se prinipalmente ao seu
livro "ediinis;e %s;olo3ie oder %;siolo3ie der &eele !%siolo3ia média
ou fsiolo3ia
amin;os da alma$, da
naturalistas no nova
Kual tentou
iniareoniliar os valores
eperimental, ;umanos
e no Kual e os a
ominou
a3udea e a penetra./o de ientista e metaLsio om a simpatia em rela./o
aos deseCos e esperan.as ;umanas nem sempre enontradas no
temperamento rLtio# )ote aredita Kue n/o eistem estados mentais Kue
n/o esteCam relaionados om proessos Lsios, mas areditava tamém
Kue este assunto n/o alterava os valores da vida# &ua ontriui./o
espeLfa para a psiolo3ia mais on;eida é a teoria da perep./o do
espa.o, a Kual admite Kue em lu3ar de uma apaidade inata de perep./o
do espa.o, os seres ;umanos elaoram as suas perep.Jes de espa.o por
meio da eperinia# (s dados n/o elaorados s/o araterLstias n/o?
espaiais de sensa./o visual e tOtil ? a saer, ertos ompleos de
intensidade Kue aompan;am o estLmulo da pele e dos mMsulos e Kue, no
aso da vis/o, s/o 3erados pelos movimentos dos ol;os# Estes ompleos de
intensidade onsiderou ele omo Vsinais loaisV,os Kuais, li3ados
omumente om o estLmulo de ertos pontos, servem para distin3uir uns
dos outros# Esta teoria, é laro, pode ser atriuLda tanto aos inatistas Kuanto
aos empLrios#
Da mesma 3era./o erudita de Wundt, aia parte Fran Brentano, padre
uCos esrMpulos em matéria de inte3ridade inteletual estavam sempre a
envolv?lo em rises om o mundo erudito e o levaram, fnalmente, ao
rano rompimento om a I3reCa# A prinipal in\unia de Brentano oi
estaeleer a psiolo3ia do ato ? Kue afrma serem os proessos psLKuios,
em sua essnia,
onteMdos# atos Kue diem
Esta onep./o respeito
estO em visLvelou s/o orientados
ontraste no sentido
om a idéia de
Sundtiana
Kue di serem onteiLdos os proprios proessos psLKuios# Esta dieren.a
pode ser eemplifada pelo proesso de ouvir um som# &e3undo Brentano,
é preiso distin3uir entre o som Kue al3uém ouve e a audi./o de um som# +
a nud.uo de um som, di ele, Kue é uru proesso ou ato psiol3io o som
ouvido é o onteMdo do ato# ,(uvir um d natural é um proesso psiol3io
o d natural, da orma em Kue é ouvido, n/o o é# ( onteMdo, entretanto, é
indispensOvel ao proesso psiol3io, porKue este pela sua prpria
naturea reere?se a um onteMdo# Realmente, o tra.o distintivo de um
proesso psi

6
Edna Hedreder psioio3ias do &éulo 
67
ol3io é o ato de reerir?se a al3o Kue n/o a parte dele
? de Vsi3nifarV um oCeto# Um proesso psiol3io verdadeiro, portanto, é
um ato e n/o um onteMdo# De aordo om Wundt, entretanto, é o onteMdo
sensitivo o d natural Kue representa o proesso psiol3io de ato,
eatamente tais proessos Kue ormam a vida psLKuia é Kue onstituem
seus elementos# Além disso, somente o onteMdo pode ser estudado por
introspe./o# (s atos n/o podem sorer oserva./o direta e, portanto, n/o
podem ser material de estudo de uma inia porém, os proessos, tais
omo ouvir sons, s/o onteMdos sensitivos e lu3ares?omuns de um
laoratrio fsiol3io# +, realmente, o estudo de tais proessos pelos
métodos reon;eidos da inia natural Kue deverO onstituir o
undamento da psiolo3ia# Assim, uma dieren.a de oCeto ori3a a uma
dieren.a de método# (s atos n/o se oereem P introspe./o analLtia, o
Kue era onsiderado em )eipi3 omo essenial para uma psiolo3ia
eperimental# (s Kue estudavam os atos mentais aiam uso da oserva./o
em um sentido mais amplo e menos esotério, emora nem sempre menos
uidadoso, do Kue aKuele aeito pelos introspeionistas ortodoos# Esta
espéie de oserva./o oi ;amada enomenol3ia, e distinta da
introspe./o num sentido ténio omo resultado, a psiolo3ia do ato oi

arateriada omo empLria


oservar, entretanto, em ontraste
Kue o movimento om a eperimental#
representado Deve?se
por Brentano, emora
ontrastasse om a psiolo3ia eperimental de Wundt, n/o era um retorno P
anti3a psiolo3ia espeulativa# ( método empLrio era de oserva./o,
emora n/o osse eperimental# A apresenta./o do modo de pensar de
Brentano no livro %s;olo3ie vom empiris;en &tandpun]te !%siolo3ia do
ponto de vista empLrio$ sur3iu no mesmo ano em Kue Wundt terminou a
primeira edi./o do livro Elementos de psiolo3ia fsiol3ia# Assim, desde o
inLio, oi estaeleida uma is/o na pro3ressista inia CO no ome.o, oi
eito um ontraste entre os onteMdos e os atos, entre a introspe./o
analLtia e a oserva./o enomenol3ia, entre a psiolo3ia eperimental e
a empLria#
A 3era./o se3uinte de psilo3os alem/es é representada por ;omens Kue,
emora era de vinte anos mais mo.ts do Kue Wundt, eram, n/o ostante,
onsiderados pioneiros em psiolo3ia# Desses, provavelmente os mais
in\uentes oram 'arl &tump, -;eodor )ipps, Hermann Ein3;aus e
*# E# "[ller, tendo todos traal;ado total ou Kuase totalmente
independentes de Wundt#
&tump era deididamente rival de Wundt# =uando estudante, ;avia
traal;ado om )ote e Brentano e estava, portanto, ora do 3rupo
Sundtiano# 2O psilo3o amadureido, oi nomeado proessor de flosofa em
Berlim, posi./o onsiderada a mais elevada Kue um psilo3o alem/o
poderia atin3ir, e para a Kual Wundt pareia o andidato mais indiado do
ponto de vista do prestL3io e da autoridade# &tump, assim omo )ote, era
flsoo e artista, além de psilo3o# Desde a inQnia ;avia estado
proundamente interessado pela mMsia, e esta voa./o musial oi, sem
dMvida, a maior responsOvel em inlinO?lo para a pesKuisa Kue resultou em
sua ora?prima -onps;oio3ie !%siolo3ia do tom$# Este livro, Kue é
reon;eido omo um lOssio em seu 3nero, perdendo somente para
-eoria da sensa./o dos tons de Helm;olt, é a ora na Kual se aseia
prinipalmente a ama de &tump# Foi tamém o interesse musial de
&tump Kue o levou P amosa ontrovérsia om Wundt sore distQnias
tonais ?# amosa n/o tanto pelo Kue ada um diia sore as distQnias
tonais, Kuanto pelo Kue diiam um do outro# %oi& os deates, tornando?se
pessoais e Osperos, resultaram num dos amosos esQndalos da psiolo3ia
moderna, e proporionaram astante divers/o para os Kue a;am uma
impa3Ovel omédia o espetOulo de psilo3os instruLdos P mer de
sentimentos primitivos, os Kuais naturalmente n/o puderam ser
ontrolados# &tump, devido P sua li3a./o om Brentano e por enarar as
un.Jes mentais omo proessos psiol3ios tLpios, é inluLdo entre os
psilo3os do ato#
)ipps, outra f3ura de destaKue na nova psiolo3ia, n/o era um
eperimentalista de vulto# -endo interesse prinipalmente pelos prolemas
da perep./o e estétia, estaeleeu suas teorias em Est;eti] !Estétia$,
seu livro mais on;eido# &ua maior ontriui./o é a sua doutrina do
Em[;lun3 ou VempatiaV, pela Kual aKuele Kue oserva tende a Vsentir?se
dentroV do oCeto Kue estO ontemplando e se3undo a Kual as li3eiras e
Kuase despereidas respostas musulares Kue eeuta ao oservar,
onstituem a ase da eperinia estétia# A teoria é interessante, além de
sua rela./o evidente om a estétia, por ;amar a aten./o para as rea.Jes
motoras, de uma orma dierente, neste aso li3eira e inipiente# +
si3nifativo o ato de Kue a tendnia para levar em onta as rea.Jes
motoras torna?se ada ve maior P medida Kue a psiolo3ia depende ada
ve mais da oserva./o e menos da ontempla./o# %ois o reon;eimento
do movimento ;e3ou P psiolo3ia eperimental através das
5
6
Edna Heidr.er
sensa.Jes de movimento, Kue, omo as outras sensa.Jes, entraram na
psiolo3ia por meio da introspe./o e assim, a prpria introspe./o
eemplifa a tendnia da oserva./o em a3ir de ora para dentro# As
sensa.Jes Kue diem respeito ao mundo eterior, omo as da vis/o e da
audi./o, atraem mais ortemente a aten./o do Kue aKuelas pelas Kuais o
paiente onstata a sua prpria atividade#
Ein3;aus era, tamém, independente de Wundt# Na realidade, n/o
dependia de nen;uma esola, tendo frmado sua posi./o dentro da
psiolo3ia pela usa de seus prprios interesses e se3uindo o método de
estudo Kue eles indiavam# No seu tempo diia?se Kue, emora a nova
psiolo3ia pudesse reduir os proessos simples, omo a sensa./o e a
perep./o, a medi.Jes e eperinias, n/o poderia nuna tratar om os
proessos mentais mais elevados ? isto é, om aKueles li3ados menos
diretamente do Kue a perep./o e a sensa./o, om estLmulos ontrolOveis
eternos# A prinipal ontriui./o de Ein3;aus para a psiolo3ia oi provar
Kue esta idéia estava errada, o Kue e oloando a memria so ontrole
eperimental, e realiando isto om proessos Kue eram t/o simples, t/o
efientes e t/o eatamente adeKuados Ps neessidades do aso Kue
pareeram vios lo3o aps terem sido inventados# Utiliando sLlaas sem
neo espeialmente dispostas omo material a ser deorado, Ein3;aus
orneeu um suprimento ilimitado de unidades para serem deoradas, as
Kuais eram possivelmente de i3ual difuldade e om as Kuais n/o ;aviam
sido eitas as assoia.Jes omuns# Dessa orma, a3indo omo seu prprio
paiente, sumeteu?
?se a uma série de eperinias Kue um seu ole3a psilo3o lassifou de
;erias# &ua tarea inluLa literalmente a aprendia3em de entenas de
listas de sLlaas sem neo ? uma das oupa.Jes mais enadon;as, omo
pode testifar KualKuer pessoa Kue ten;a estudado a matéria, Camais
realiada dentro ou ora de um laoratrio de psiolo3ia# &eu plano 3eral era
ontrolar os proessos de memoria./o e reten./o, variando
sistematiamente as ondi.Jes, medindo o nMmero de repeti.Jes
neessOrias para aprender e reaprender determinadas listas e, assim,
aumulando dados Kuantitativos otidos so ondi.Jes on;eidas sore os
proessos utiliados para lemrar e esKueer# %ara fns de ompara./o,
memoriou tamém um material om neo, so ondi.Jes ontroladas
evperimentalmente# Em toda a sua ora, Ein3;aus dediou a maior
aten./o, até mesmo ao dispor os aonteimentos de sua vida em rela./o P
rotina de suas
%aioio3iae d Béuho 
69
eperinias, no sentido de onservar t/o onstantes Kuanto possLveis todas
as ondi.Jes Kue pudessem aetar sua efinia omo paiente# &eus
resultados s/o apresentados em sua mono3rafa er das *ed,ii;tni#s
!&ore a memria$ e, emora ossem aseados nos re3istros de um Mnio
paiente, oram onfrmados em sua maior parte, por pesKuisas posteriores#
Este traal;o sore a memria é, sem dMvida, a maior realia./o de
Ein3;aus, a Kuem tamém devemos um tratado 3eral de psiolo3ia# Este
Mltimo livro é omumente onsiderado omo o manual mais lido Kue eiste
sore a matéria, na Aleman;a, pois Ein3;aus era on;eido pela sua
personalidade a3radOvel além de uma apaidade ientLfa ora do omum,
e amas se revelam neste livro# Entretanto, o livro, tal omo o ;avia

planeCado,
suesso Kueoil;e
interrompido pela
pediram Kue sua morte#
fesse ( primeiro
duas revisJes paravolume
novas e tanto
edi.Jes,
enKuanto estava ainda traal;ando no se3undo volume, o Kual aps sua
morte oi ompletado por D[rr# %or Mltimo, é interessante o ato de
Ein3;aus ;aver inventado o teste de ompleta./o# 2O em 586<, num
estudo dos possLveis eeitos da adi3a, e de uma distriui./o mais
satisatria das ;oras de traal;o para os esolares ? pesKuisa Kue l;e oi
soliitada pela idade de Breslau ? Ein3;aus usou este sistema, Kue tem
provado ser um dos mais Mteis pro3ramas de testes#
A in\unia de *# E# "[lIer sore a nova psiolo3ia eereu?se em parte
através de suas prprias ontriui.Jes pessoais, e tamém por meio do
ativo laoratrio Kue diri3iu em *otin3a# A ora de "[ller, Kue se
arateriou pela etraordinOria inteirea e a3udo senso rLtio, reMne era
de trs tpios prinipais0 vis/o, memria e psioLsia# &ore a vis/o, seu
traal;o mais on;eido é sua modifa./o e amplia./o da teoria da vis/o
olorida de Herin3 ? a Kual eplia o encmeno da vis/o em ores em un./o
de trs pares de ores omplementares, aul?amarelo, vermel;o?verde e
preto?rano# "[ller, ao aeitar omo Osia a lassifa./o de Herin3, deu
uma eplia./o fsiol3ia um pouo dierente, e aresentou o Vinento
ortialV Kue aparee Kuando os proessos sensorias Kue aompan;am as
sensa.Jes de or s/o eitados ao ponto de uma neutralia./o mMtua# Em
seu traal;o sore a memria, "[ller utiliou os métodos de Ein3;aus,
revisou?os na esperan.a de ontrolar as ondi.Jes de modo mais minuioso,
introduiu novos métodos, e om seus disLpulos levou a eeito pesKuisas
eaustivas, arateriadas por uidadoso planeCamento e metiulosa realia?
E
6:
Eina Heidreder
./o# Este traal;o inluLa um estudo dos vOrios VauLliosV usados para
memoriar# (s resultados dessas pesKuisas, puliados em trs 3randes
volumes, onstituem o tratado mais eaustivo eistente sore a memria#
Em psioLsia tamém "[ller revisou uidadosamente o aervo eistente,
sumeteu?o a uma anOlise rLtia ompleta e introduiu modifa.Jes no
método# Uma das desoertas de "[ller, eita por aaso em seu prinipal
traal;o sore psioLsia, oi a Kue resultou no oneito de
Vondiionamento motorV# Em seu estudo de levantamento de pesos, inluiu
oserva.Jes introspetivas uidadosas do proesso pelo Kual o paiente
Cul3ava um peso ser maior do Kue outro# %areia raoOvel supor, aseado
em uma anOlise inteletual, Kue para ormar um CuLo de Vmais leveV ou
Vmais pesadoV a ima3em?memria do peso anterior deveria ser omparada
om a sensa./o ou memria da ima3em remanesente do peso atual#
Entretanto, esta anOlise provou n/o orresponder aos atos oservados# Um
paiente, ao levantar um peso, 3eralmente saia de imediato se este era
mais leve ou mais pesado do Kue um outro ;O pouo levantado seu ra.o
suia depressa se o peso era menor e mais deva3ar, om maior difuldade,
se aKuele era maior ;avia?se inonsientemente VondiionadoV para um
dado impulso, e o peso onfrmava essa disposi./o ou provava Kue ela ora
ea3erada ou insufiente# Em outras palavras, seu Cul3amento era
resultado de uma rea./o musular sentida imediatamente, e n/o de uma
ompara./o inteletual# Este ato, aparentemente simples, é muito si3ni
iativo omo mais uma prova de Kue uma anOlise inteletual a priori do
material psiol3io pode onduir a uma desri./o alsa dos atos# -al
anOlise tem 3rande proailidade de inteletualiar em eesso a situa./o e
é improvOvel Kue seCa posta em dMvida até Kue uma oserva./o verLdia
mostre Kue os atos, neste aso, s/o dierentes# A eplia./o de "[ller da
situa./o oservada em un./o do ondiionamento motor é ainda mais
si3nifativa omo sendo outra india./o de Kue o lado motor da rea./o
estava aos pouos sendo pereido# Neste aso, a interpreta./o de "[ller
resultou no oneito 3eral de VondiionamentoV do or3anismo, Kue tem
provado ser muito Mtil ? Ps vees até um tanto Mtil demais ? na interpreta./o
da onduta# + interessante oservar Kue no aso de "[ller omo no de
)ipps, o reon;eimento do papel eerido pela atividade musular oi
resultado da introspe./o#
%aiolo3ias do &éulo 
6<
Estes ;omens e muitos outros dediavam?se P psiolo3ia na Aleman;a#

Al3uns eram mais


mais fsilo3os, flsoos
mas do Kue psilo3os
omo resultado em suas preernias,
de seus traal;os outros
estava sur3indo um
ramo de on;eimento Kue n/o era flosofa e nem fsiolo3ia# A VnovaV
psiolo3ia n/o era um estudo da alma, n/o era tamém um inKuérito eito
por anOlise raional de sua simpliidade, realidade e imortalidade# Era um
estudo, por meio da oserva./o e da eperimenta./o, de ertas rea.Jes do
or3anismo ;umano n/o inluLdas na matéria de nen;uma outra inia# (s
psilo3os alem/es, apesar de suas muitas diver3nias# estavam a esse
respeito empen;ados numa empresa omum e sua ;ailidade, sua
aplia./o e a orienta./o omum de seus traal;os feram dos
aperei.oamentos, nas universidades alem/s, o entro do novo movimento
da psiolo3ia#
N/o oi somente na Aleman;a, entretanto, Kue se estava desenvolvendo um
novo ponto de vista em psiolo3ia# -amém na In3laterra ;avia Kuem
estudasse os ;omens de uma orma naturalista# Neste aso, o ato ientLfo
notOvel do séulo oi a pulia./o em 5896 do livro (ri3in o &peies
!(ri3em das espéies$ de DarSin, Kue apresentou perante o mundo
ientLfo a possiilidade de enarar a ;umanidade n/o omo uma ria./o
espeial e avorita, n/o omo uma ra.a P parte, n/o omo oCeto de um
interesse espeial no universo, mas simplesmente omo uma das muitas
espéies animais evoluLdas no deorrer dos aonteimentos naturais#
Uma ve Kue a psiolo3ia é uma inia de seres viventes, a teoria de
DarSin apresenta implia.Jes vias# &i3nifa, antes de mais nada, Kue
n/o asta estudar o ;omem em si e por si mesmo, porém é neessOrio
onsiderO?lo tamém em rela./o Ps muitas or.as Kue o moldam ? on;eer
sua ;istria e suas irunstQnias, seu desenvolvimento tanto 3enétio
Kuanto flo3enétio, sua posi./o no orteCo de espéies animais, e os meios
pelos Kuais ele se adapta ao seu amiente# As psiolo3ias 3enétia,
omparada e dos povos tornam?se todas muito importantes, e ao mesmo
temp passa a oupar primeiro plano o oneito das atividades mentais omo
un.Jes de adapta./o# De erto modo, a psiolo3ia ientLfa da Aleman;a
oi ormada nos moldes da  Lsia# &ur3indo em 3rande parte da tentativa de
ompreender os r3/os dos sentidos omo modelos meQnios, e
in\ueniada por este ato em sua maneira de enrentar a vida psLKuia,
empreendeu a tarea de desorir em Kue partes elementares podem ser
analisados os estados mentais, e deter?
68
Edna Heidreder
66
minou as maneiras em Kue estas partes s/o ominadas# A psiolo3ia
alem/, em 3rande parte, era das Kue mantin;am um modelo meQnio P
sua rente porém DarSin deu P psiolo3ia outro padr/o#  lu de sua
onep./o, o ;omem n/o era somente para ser analisado minuiosamente
era tamém uma unidade num sistema ora de si mesmo, para ser estudado
em rela./o om sua ;istria e seu amiente#
&ir Franis *alton, primo de DarSin, oi o primeiro representante desta idéia
em psiolo3ia# Ao ontrOrio de seus ole3as alem/es, *alton n/o era
psilo3o profssional# Era um ;omem almo, uCa viva uriosidade e
inteli3nia etraordinariamente perspia oram atraLdas para vOrias
inias# Deparando om prolemas psiol3ios no deorrer de suas
variadas atividades inteletuais, enarava?os naturalmente de um ponto de
vista um tanto diverso daKueles dos pesKuisadores dos laoratrios
alem/es# Um dos prinipais interesses de *alton era a eu3enia, e por meio
dela oi levado a onsiderar o prolema da ;eran.a das araterLstias
mentais, para uCa solu./o suas prinipais ontriui.Jes s/o os livros
Hereditar *enius, En3lis; "en o &iene, Natural In;eritane e InKuiries
into Human Fault !Heran.a da 3enialidade, Homens de inia in3leses,
Heran.a natural, Investi3a.Jes sore a auldade ;umana$# Nos seus
estudos neste setor, *alton aperei.oou vOrios métodos Kue se tornaram de
uso omum, dos Kuais podem ser menionados o método io3rOfo, o da
;istria da amLlia, o estudo da semel;an.a entre os 3meos e a
ompara./o entre as ra.as# Baseado em suas pesKuisas, ;e3ou P
onlus/o de Kue a apaidade mental é al3o inerente ao individuo, al3uma
oisa Kue n/o depende asiamente de treino# Areditava Kue os ;omens
Kue onse3uem altas posi.Jes possuem uma apaidade ora do omum, e
tamém Kue os ;omens realmente apaes tornam?se amosos apesar das
irunstQnias adversas#
Nestes estudos, *alton impressionou?se naturalmente pelas varia.Jes
eistentes dentro da ra.a ;umana, nos tra.os, tanto mentais Kuanto Lsios#
%ortanto, diri3iu sua aten./o para o estudo das dieren.as individuais, um
tema Kue adKuiriu 3rande importQnia em psiolo3ia, e Kue tem sido
estudado om espeial entusiasmo na Améria do Norte# Assim omo Wundt
e os Sundtianos estavam interessados na mente ;umana em 3eral, *alton
uidava do ato de Kue as mentes individuais apresentam uma ampla 3ama
de varia.Jes# No estudo das dieren.as individuais, /o neessO rio
dois tipos de instrumentos0 primeiro, testes para revelar as dieren.as de
apaidade entre os indivLduos e se3undo, métodos estatLstios para
analisar o 3rande volume de dados Kuantitativos Kue tais testes
proporionam# *alton idealiou as duas oisas e muito e para mant?las
em estaeleidas em psiolo3ia# +, Ps vees, ;amado de pai dos testes
mentais# Um VtesteV, deve?se notar, é um artiLio para revelar a ;ailidade
individual em uma dada a./o, e n/o para analisar o proesso em si# Assim
dierenia?se em propsito da eperinia tLpia, Kue é orientada no sentido
de desorir al3o, n/o sore o indivLduo, mas sore o proesso Kue estO
sendo eaminado# Esta dieren.a pode ser eemplifada por meio da
ténia do tempo de rea./o# &e or usado omo teste, o método do tempo
de rea./o determina simplesmente a posi./o de um indivLduo numa esala,
mostrando onde o mesmo se situa em rela./o aos outros memros do
3rupo om reernia ao item Mnio, a veloidade de rea./o# &e or usado
omo eperimento, essa ténia aran3e anOlises pereitas, oCetivas e
suCetivas, tais omo as desritas aima# 'omo eperimento, seu oCetivo
n/o é desorir um ato isolado sore um indivLduo, mas tudo o Kue or
possLvel, dentro das ondi.Jes da eperinia, sore o proesso em si#
*alton tamém reorria aos elementos estatLstios# (servou a urva de
proailidade em seus estudos, dispcs os seus asos em séries Kue oram
onsideradas as anteedentes das modernas esalas de avalia./o, e
elaorou um método para representar 3rafamente o dispor
Kuantitativamente o 3rau de rela./o entre duas variOveis, otendo assim o
Kue se ;amou de VLndie de orrela./oV# &eus estudos sore a teoria da
estatLstia oram aperei.oados por seu disLpulo, arl %earson, Kue
elaorou a rmula do produto?momento para oter o oefiente de
orrela./o, a3ora amplamente usada#
Nen;uma desri./o de *alton seria ompleta sem uma reernia espeial
sore o seu amoso estudo da ima3ina./o e seu traal;o sore a
assoia./o, menos amoso mas de i3ual importQnia# Neste Mltimo, oi seu
prprio paiente e tentou uma anOlise de um 3rupo de assoia.Jes reais#
Usou setenta e ino palavras omo estLmulo, re3istrou as duas primeiras
assoia.Jes de ada uma delas, mediu o tempo neessOrio para as duas
assoia.Jes, e tentou desrever o seu onteMdo em un./o de sua prpria
eperinia anterior# As Vassoia.JesV usadas por *alton eram tanto
palavras isoladas Kuanto ima3ens mentais, Kue naturalmente tin;am de

%siolo3ias do &éulo 
5__
Edna Heidreder
-
%siolo3ias do &éulo 
5_5
ser desritas# ( método oi Kuase de imediato aproveitado por Wundt, Kue o
simplifou e alterou em parte, prinipamente ei3indo Kue a ada palavra?
estLmulo orrespondesse uma Mnia resposta, ontrolando mel;or as
ondi.Jes, e reduindo o todo a um método mais uniorme, Kue
proporionasse respostas susetLveis de serem medidas em rela./o ao
tempo, lassifadas e tratadas Kuantitativamente# Dessa orma, o estudo
de *alton deu ori3em a eperinias sore assoia./o livre e ontrolada,
Kue se tornaram um dos métodos mais proveitosos na pesKuisa dos
proessos mentais mais ompleos, inteletuais e emoionais, tanto em
paientes normais Kuanto nos anormais#
( estudo da ima3ina./o inluiu o uso de um KuestionOrio, onsiderado o
primeiro a ser utiliado numa pesKuisa em lar3a esala em psiolo3ia#
Ei3iu Kue o paiente Vpensasse em al3um oCeto defnido ? ima3inasse
omo era sua mesa do aé Kuando ao lado dela se sentara pela man;/ ? e
eaminasse uidadosamente o Kuadro Kue apresentava em sua vis/o
mentalV# ( paiente, em sua desri./o, deveria levar em onta KuestJes
tais omo se a ima3em era lara ou osura, olorida, pereitamente
defnida ou apa3ada# (s resultados mostraram n/o s Kue os indivLduos
variam muito em sua ima3ina./o, omo tamém Kue n/o eiste uma
orrela./o ori3atria entre a ima3ina./o e a apaidade ? isto é, Kue um
pintor, por eemplo, poderia n/o possuir ima3ina./o visual, ou Kue um
ientista ou um erudito poderia n/o ter Kuadros onretos dos atos nos
Kuais s/o espeialistas# Havia sido 3eralmente aeito, mais ou menos va3a?
mente, Kue as ima3ens eram os materiais utiliados pelo pensamento e,
omo orolOrio, Kue a ima3ina./o lara e értil aia parte da ;ailidade
mental superior# %orém, novamente os atos ontradisseram as previsJes
aseadas em anOlises a priori mais uma ve a oserva./o n/o provou
aKuilo Kue, de aordo om tal inda3a./o, devia ser verdade# E neste aso,
tamém, assim omo no estudo da assoia./o, os métodos usados nesta
eperinia oram amplamente apliados em psiolo3ia, om modifa.Jes#
Assim, *alton, Kue n/o era psilo3o e uCo interesse pela psiolo3ia era em
3rande parte asual, ontriuiu mais para essa pro3ressista inia do Kue
muitos profssionais assLduos# Fe inu ? idas nos ampos da assoia./o,
ima3ina./o e ; eia, ndo introduido, em todos eles, métodos p af ente v9
de pesKuisa# + lar3amente responsOvel p i rm\or e te da moderna
psiolo3ia0
o estudo das dieren.as individuais# Além disso, toda a sua maneira de
estudar a psiolo3ia era dierente daKuela dos ientistas alem/es# Ao
estudar os proessos inte3rais e os or3anismos ompletos, tal omo
apareiam ao senso omum, ompletou o método de anOlise minuiosa
eerida nos laoratrios alem/es om um outro de oserva./o Kue
utiliava onCuntos maiores omo unidades, Kue revelava prolemas de
outro teor, e Kue os apresentava so uma nova perspetiva#
A in\unia tLpia dos raneses no desenvolvimento da psiolo3ia eereu?
se prinipalmente através de seu interesse pelos encmenos anormais e
pela psiKuiatria# A rela./o dos raneses notOveis neste setor inlui nomes
amosos omo os de %inel, Kue CO em 5<6_ onveneu o mundo Kue os
louos s/o doentes e n/o endemonin;ados de ';arot Kue, traal;ando na
metade do séulo se3uinte, ;amou a aten./o de seus ole3as e disLpulos
para o estudo ientLfo da ;isteria e desordens desse tipo de Bern;eim e
)iéeault, Kue ar3umentaram n/o ser o ;ipnotismo ou mesmerismo mais
misterioso e, por esta ra/o, nem mais pato3io, Kue a su3est/o de %ierre
2anet, um dos disLpulos de ';arot e, omo este, pesKuisador da ;isteria e
da dissoia./o em 3eral e de Riot, Kue tentou enarar os distMrios da
vida mental P lu da nova psiolo3ia fsiol3ia# ( estudo dos doentes
mentais, Kue durante séulos ;avia sido onsiderado omo inteiramente
dierente daKuele dos seres ;umanos normais, inlinou?se aos pouos para
a idéia, a3ora omumente aeita, de Kue as rea.Jes anormais s/o somente
um ea3ero das normais e, omo tal, s/o devidas a ondi.Jes idntias
PKuelas Kue produem suas eKuivalentes menos desinte3radoras nos
indivLduos normais# 'omo resultado do estudo proundo dos estados
anormais, o ;omem pode ser onsiderado omo um or3anismo ompliado
Kue Ps vees se desarranCa esperava?se Kue as suas mais estran;as
antasias ossem epliOveis em un./o das leis Kue a3em em seu viver
mais sadio a VunidadeV de sua ValmaV n/o era mais onsiderada omo
asoluta e indissolMvel, mas sim suCeita P desinte3ra./o n/o s pela morte
omo tamém pelo esor.o e o ansa.o de viver# A psiKuiatria, om sua
resente valoria./o do ato da i3ualdade essenial entre o normal e o
anormal, reor.ou astante a tendnia ada ve maior em psiolo3ia para
onsiderar todo o omportamento ;umano onorme uma lei natural#
i

5_
Edna Heidi,reder
%siolo3ias do &éulo 
5_7
-odos esses movimentos, assim na Aleman;a omo na In3laterra e na
Fran.a, aiam parte daKuele proesso altamente ompleo pelo Kual veio a
lume a psiolo3ia atual# 'omo inia, n/o resultou do traal;o de um s
;omem ou de um s 3rupo# N/o sur3iu em onseK[nia de um prolema
ou de um onCunto deles# Foi, na realidade, uma das muitas maniesta.Jes
do modo de pensar ientLfo Kue arateriou a vida inteletual do séulo
I# N/o ;O dMvida de Kue o entro do movimento estava nas universidades
alem/s, e a VnovaV psiolo3ia, omo ome.ava a ser on;eida# li3ava?se
3eralmente om aKuela desenvolvida na Aleman;a, prinipalmente om a
do laoratrio de )eipi3# %orém, em toda parte ;avia indLios de Kue o
pensamento ientLfo ;avia enontrado o seu lu3ar na psiolo3ia# Durante a
se3unda metade do séulo I, a psiolo3ia estava eerendo atividades
em mMltiplos setores# Estava adKuirindo ténias, eKuipando laoratrios,
realiando pesKuisas e riando esolas e sistemas# 'omo resultado, ;avia
asse3urado o reon;eimento dos eruditos omo disiplina independente, e
na Mltima déada do séulo, instalara?se defnitivamente omo inia#
(nde Kuer Kue os estudiosos se reunissem para oservar mais do Kue para
re\etir sore material psiol3io ? emora pudessem diver3ir em suas
defni.Jes ormais ? onde Kuer Kue enarassem a sua matéria omo parte
de um mundo natural, onde Kuer Kue tentassem oservar om o auLlio de
métodos eperimentais e Kuantitativos as ondi.Jes em Kue oorrem ou
deiam de oorrer os proessos psiol3ios, ali ;avia ome.ado a
psiolo3ia ientLfa#
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)a psiolo3ia ontemporOnea !Barelona, )aor, 567_$# Warren, H# '#, A
Histor o Assoiation %s;olo3 !Nova lorKue,
';arles &riners &ons, 565$#
Weer, Alred, e %err, R# B#, A Hstor o %;slosop; !Nova lorKue, ';arles
&riners &ons, 569$#
WoodSort;, R# &#, 'ontemporar &;ools o %s;olo3 !Nova lorKue, -;e
Ronald %ress, 56

NDI'E ANA)-I'(
Aadmios de psiolo3ia e psianOlise, 7<, 797
A./o de massa, 75
A./o retlea, 5# 589?58:, 569, :, 7_:
Aordo sore sistema, 7:8
Adapta./o de atividades mentais,
6<

Ae./o, 57, 5, 5<


A3rupamento, 7_5
ACusta3em ao unionalismo, 587
Amivalnia, 778
AnOlise da psiolo3ia da *estalt,
69, 75
Anteipa./o da psiolo3ia da *estatt, 6

Aperep./o, 89, 58


Aprendiado, 56, 98, <6# @er tamém Re\eos ondiionados
Aristotélios, 5:
Arte, 7# @er tamém Empatia e Estétia
Assoia./o, 7<, 7, 99, ::, 66, 8:, 69# @er tamém Assoiaionismo e
Assoia./o livre
Assoiaionismo, 76, 7, <, 97, 9, 99, 9<, 5_, 5<, 595, 59<, 565,
68# @er tamém Assoia./o
Assoia./o AmerIana de %siolo3ia, 5_8?5_6
Assoia./o livre, 7, 66, 77_, 775, 777, 79
Astronomia, <, <7, 9, 75_
Aten./o, 5<, 58, 5<9
Atomistia, 9
>tomos, 8, 6
Atos adaptativos, 56<
Atitude ritia na psiolo3ia, 59#
7:7
Atividades de traal;o, 77
Aulas de -it;ener, 55_
Auto?erotismo, 776
Be;aviorismo, 77, 575, _<?6# ::, :<, 85, 759, 77, 7:9, 7:8
Biolo3ia, 5, 8# 6<, 55, 5<, 5<:, 58_, 5, 75

Boneo# 55:
'alvinismo, 97
'apaidades# @eCa Dons
'atarse, 77_, 777
'Otedra de psiolo3ia, <_?<5
'ausa, 7:, ::, 558, 5, 97# @er tamém Eplana./o em psiolo3ia e
teolo3ia
'ausalidade, 6, 95
'ensor, 777, 77
'etiismo, _, 9, :, 9_, 97
';ia3o, Universidade de %siolo3ia, 5<6, 5
'olMmia, Universidade de %siolo3ia, 5, 9, 99, :_
V'omo se, 5
'ompleta./o, 7_, 7_:
'ompleo de idipo, 778, 7, 79
'onep./o, 5:7
'ondillae, :5
'onduta ;umana, 75
'onf3ura./o# @er *estatt
'on\ito, dentro de um MnIo eu,
5:_, 777, 779, 7:
'on;eimento, minuioso, :7
'onsinia da a./o, 56
'onsinia, 8<, 65, 55, 57, 59_,
585, 56_, _<, _8, <, , :9,
759, 77<, 7:9# @er tamém psiolo3ia do ato, onteMdo psiol3io e
introspe./o
'onsiente, 77<
'onteMdo latente, 777
'onteMdo psiol3io, 65, 559, 57, 57:, 58_, 56, 7:9# @er tamém
psiolo3ia do ato, onteMdo psiol3io e introspe./o
'ontinuidade da onsinia, 96
'ontinuidade do desenvolvImento em psiolo3ia, 7<
'ontrole, 5, , <8
'onvers/o do eeito ori3inal, 76
'opérnio, teoria de, 56
'ornell, !Universidade$ estudo de psiolo3ia, 55_
'rte, 75, 77
'osmolo3ia, 8, ::, <7
'ren.a, 97, 5:9
'rian.a, rea.Jes inatas, 57 ;umana, 58, :, <
88
'ritia do on;eimento, 75, 77, 76, 5, 7?, 9_, ::# @er tamém
Epistemolo3ia

DarSinlsmo, 56, 6<, 58_


Defni.Jes ormais !suCet?matter$, 5_, 557v 59_, 56, 59, 95, :9,
7:<, 7<_
Demrito, 6
Desartes, René, 76
Determinismo, 6, 57, _8, 9, 85# @er tamém )ivre aritrio
Dialétia, 7
Dieren.as individuais, 79, 5__, 55<, 58
Dinamismo, 77n#
Disrimina./o, 87
Dispositivos ri3idos, 757
Disposto !V&etV$, 8
Dissoia./o, 5:# @er tamém %sianalise
DistQnia tonal, 67
Divis/o de traal;o em psiolo3ia, 57

Dons, <9
Dualismo, 7, 5, 98, 56, 569, _, _8, :8, 75, 7:8# @er
tamém 'onsinia e %aralelismo
VE?'oneJesV, 69
Edua./o, 59, 7, :, 59, 96, 7<9
Eeito, lei do, 98
E3o, !Eu$, 95, 777, 779, 7?79

Einstein, teoria, 58
Elementarismo, 8, 5:, 59_, 58:, 56_, 8:, 6# @er tamém
Assoiaionismo, Atomismo e Elementos
Elementos, atriutos dos, 5 Elementos estatistios, 66# @er tamém
"étodos Kuantitativos em psiolo3ia
Eletra, ompleo, 778n# @er tamém 'ompleo de dipo
Emo./o, :, 56, 5<_, 56, <, <8, 8_# @er tamém %sianalise e
Homem raional

VEmpatiaV, 67
Empirismo, 5, 97# @er tamém Assoiaionismo
Empirismo radial, 57, 5<:
Ener3ia espeifa, <7
E?(?R, <5, <8
E?R, <5
Epistemolo3ia, <, , ::, <7, 7__, 759, 77# @er tamém 'ritia do
on;eimento
EKua./o pessoal, <
EKuipamento ori3inal, 58, <
EKuipotenialidade, 77
Erro de estimulo, 556
Esola de *ra# 6
Edna Heidreler
ém Assoiaionismo

EsolOstia, 7<, 78, _


EsKuema, estimulo?or3anismo?resposta !Er(?R$ 8
EsKuiorenia, 77
Estado sustantivo, 59
Estado transitivo, 59
Estétia, <8, 67
Estruturalismo, 5_<?57<, 5_<n#

étia, <, ::
Eu3enia, 68
Evidnia, naturea da, para a teoria psianalltia, 7<, 79
Eerido, lei do, 98
Eiiionismo, 77
Eistenialismo, 5555#
Eperinia do tempo de rea./o,

87
Eperinia em psiolo3ia, <_, <5, 8<, 55, 5, 599, _5, 9:, :_,
755
Eperimentalismo, _5
Eperimentalistas, 5_6, 599
Eplia./o em psiolo3ia, 5, _5, 97
Epress/o indireta dos deseCos,

777
Fauldades de psiolo3ia, :7 Fantasia, 779# @er tamém &on;os
Fencmeno de mistura de or, <
Fenomenolo3ia, 6, 57_n#, 759
Fenmeno p;i, 8<
Fi3ura e undo, 7_7
Fisia, 9, <7, 55, 7_8, 759

Fisiolo3ia, <, <7, :, 8:, 6<# @er tamém &istema nervoso e Re\eo
ondiionado
Fia./o, 776
For.a, 97# @er tamém Intera./o dinQmia e %sianalise
Forma matemOtia, <8 Forma da parte e do todo, 78, ::, 8_, 85
Forma e matéria, 7:
Fun./o, 7<, 58_, 565, 56:# @er tamém Funionalismo
Funionalismo, 575? 5<6?_9, 5 Fundamentos de 2ames, 59
*estalt, 75, 8<?7__, 7_?7#
V*estaltenV, fsia, 5:, 7_<
V*estaltKualit/tV, 65
*radiente, 757
*radiva, 7
*ra, esola de, 6
VHOitos larin3eosV, 5
HOitos manuais, _
Haituais, 5<7
Harm(nia# alta de em osiol( ^yeran.
das arateristias mentais, 68
VHeran.a da 3enialidadeV, 68
VHeran.a naturalV, 68
Herartismo, 76, :7, ::, 59<
Hereditariedade, 58, 9, <6, 85, 8
Heterosseualidade, 776
Hipnose, 78, 77
Hiptese de li3a./o, 6
Hiptese de persistnia, 69, 756
Histeria, 78# @er tamém %sianOlise
Homem raional 77, , 5<:, <7, 75, 7::, 7:<# @er tamém %sianOlise e
Inteleto
td, 79
Idade "édia, 78
Idéias astratas, 8, ::, 59
Idéias inatas, 5, ?9, ::, 9
Ilus/o psiol3ia, 59<
Ima3erV# 57, 5:, 57_
Ima3ina./o visual, 5__
Imaturidade na psiolo3ia, 7<7
Inidente, Eplia./o de Freud,
7_
Inonsiente, 96, :9, ::, 76, 777, 779# @er tamém %sianOlise
Vlnsl3;tV, 7_<, 777, 7:< Instinto, 97, :_, 5:<, 5, 56, <7, 7_<
Inteleto, 9, 57, 5:7, 75# @er tamém Homem raional
Inteleto ativo, 7<
Inteletualismo, :, 57# @er lamem Inteleto, Raionalismo e %siolo3ia
raional
Inteli3nia, 98, 96# @er tamém -estes
Intera./o dinQmia, 7_8, 757, 7:
Interaionismo, 5, 98, 558
Introspe./o, 8<, 88, 55n#, 556, 59, 585, 569, 59, :n#, 9:,
:9, 85, 6:# 759

2ames?)an3e, teoria de 5: 57_# 5<_


)aoratrios psiol3ios, :6?<_, 88, 5_<# 555, 5<6, 9:
)atnia# vriod(, 778
)ei da pr ii nia, 7_7
)ei de Wei 5,  <:
),etter`, de W 2iii# 59
)iid(, 77<

ilmita./o dos sistemas, 5, 7<7


)in;as onver3entes da evidnia na psiolo3ia, :, 7:
)iteral, 797
#ivre aritrio, 57, 5<7, 9, 8# @er tamém Determinismo
)oalia./o de un./o, 7
"aKuinaria, 7_8
"assa, aperep./o, :

"atéria e orma, 7:
"aterialismo, 6, :_, :5, _8, 79
"e/nio, 5, 
"eanismo e impulso, :8
"eanismo na teoria psianalltia, 77n#
"eaniismo, 5, :_, :<, _8, 9, 7_8
"emria, 6

"etatisia, e psiolo3ia, 9?:<, <7, 558, 576, 7# 8?87# @er tamem
determinismo, Epistemolo3ia, "aterialismo, "eaniismo, "ente e @italismo
"étodo omparativo, 59:# @er tamém %roduto soial
"étodo da onversa, 77_
"étodos de estudo na psiolo3ia,
<8, <6, 88, 6, 68, 59, 585, 569#
5, 97, :9, 755, 75, 77_, 7<5#
@er tamém %siolo3ia eperimental# Introspe./o e oCetividade
"étodos Kuantitativos na psiolo3ia, 5, 59, :, <<, 7, 9:,
:_, 75i @pr tamém -estes e
Elementos estatistios
"odifa./o no sisten, de Freud,
778, 7:
"otivo, 56<, <, 755
Nativismo, 5, 95, 85, 5<

Naval;a de (am, 799


Nelroses, 7<, 7
Nivel de ii3a.Qo, 5_5, 5_, 555, 576, :7?:6
VNousV, 7_
Nova psiolo3ia, 88, 6:
(Cetividade, _8, 7<, 7<n# @er tamém "étodos de estudo na psiolo3ia
(am, a naval;a de, 799

(edipus, ompieo# @er 'ompleo de zdipo V(pera.Jes da menteV, 9


(rdem, 7_, 5
tlos !ol;os e ouvidos$, :, 8_
(uvindo sons# 85
%aralelismo, 98, 558, :, 7:8
%aralelismo, %arte e o todo, a, 78, ::, 8_# 85, 8# @er tamém *estalt e
Forma
%apel dos sistemas na psiolo3ia,
_, 7<
%ensamento, 586, 7:9# @er tamém Vtnsl3;tV
%ensamento autistio, 75
%ensamento sem ima3em# 57, 7:9
sSolo30as io &éulo 
786
76_
Edna Hidre2er
%erep./o, :?<, 85, 67, 89, 755
%erep./o espaial, 8, <7
%eriodo de latnia, 778
%ersistnia de sensa./o, <7
%ersonalidade, 7
%erversa polimora, 776

%esKuisa psiKuia, 55


%etites pereptions, 96
%ineal, 3lQndula, 5
%luralismo, 5<:
%ra3matismo, 57, 5<:
%ré?lentifa, psiolo3ia, 76
%ré?onsiente, 77:

%redi./o e o ontrole, 5


%roessos# @er Elementos, Atos psiol3ios e Funionalismo
%roessos e sustQnia, 78
%sianOlise, 96, 7<?79:, 7:<
%siolo3ia animal, 57, _, :_, 6<,
59, 58, _6, 57 :_, 7_<, 755,
78# @er tamém %siolo3ia

omparativa
%siolo3ia apliada, 59, 7, 7<, 55<, 57_, 585, _, 5, :, 7<,
7<9
%siolo3ia omparativa, 6<, 55<# @er tamém %siolo3ia 3enétia e
%siolo3ia animal
%siolo3ia das auldades, :7
%siolo3ia da vida otidiana, 7_
%siolo3ia dinQmia, 95?87
%siolo3ia do ato, 65, 67, 5<, 575, 587, 5
%siolo3ia dos povos# @er tamém %siolo3ia omparativa
%siolo3ia eduativa, 59, 7<9
%siolo3ia empiria, 95, 65
%siolo3ia eperimental, 6_# 5_6, 575, 57, 5_, 9<# @er tamém %siolo3ia
do ato e %siolo3ia
%siolo3ia 3enétia, 6<, 59, 57, 58, <
%siolo3ia Industrial, 59, 59, 7<9
%sioio3ia raional, , 95, :
%sioneUr(ses, 77
%sioses, 77
%siKuiatria, 5_5# @er tamém %sianOlise
=ualidade primaria, 9
=uestionOrio, 5__
=ulmia mental, 9:
Raioinio, 5:9
Raional, ;omem, 77, , 5<:, , 75, 7::?7:<# @er tamém %sianOlise
Raionalismo, 76, 98
Raionalia./o, 7
Ra/o entroniada, 75
Rea./o, <9?<8
Rea./o preparatcr!o, :7, <, <<# @er tonrn E?(?R
Rea./o retardada, <!5# <_n#
Rea./o motora, 9, :, :<, 67, 6:, 58:, 7::
Rea./o musular, 8?89
Rea.Jes n/o veraliadas, 
Re3ress/o, 776
Reinte3ra./o, 99
Repress/o, 77, 777
RepMlia, 79
Res o3itans, _
&ele./o, 87
&em ima3em, 8, 57
&ensa./o, 7, , 9, 5
&ensaionalismo, :5
&enso omum, 7_, 97, 55:, 58_#

_7# 9<# 66


V&etV !disposto$, 89
&eo, 78, 779, 79_?795
&eualidade Inantil, 779, 795
&imolismo, 77
&inais loais, 65
&istemas de psiolo3ia, :, :_#,

<#
&olu./o do prolema, 7_<# @er tamém VInsi3;tV
&on;os, 777, 77
&ustQnia material, :
-eleolo3ia, 7:, 56, 568, 566, _5
-endnias determinantes, 57
-eoria da sensa./o dos tons, 67

-eoria politia, <, 79, :9


-estes, 5, 59?5:, 7, 9:, 96#
@er tamém "étodos Kuantitativos de psiolo3ia
-lt;enerismo, 55
-ons, 67
-raal;o de son;o, 77
-ransernia, 77_

-ransposto, 6, 7_:


Unidades superiores, <6 Utilitarismo, 9:
@is/o olorida, 69
@is/o repusular, <7
@is/o estereospia, <7
@italismo, 9, 8, 87, 7_8# @er tamém "eaniismo
@oluntarismo, 5<9

V@orstellun3V, 595

NDI'E *ERA)
%reOio
IN-R(I$UG_
5 &istemas de %siolo3ia0 sua un./o e si3nifado 57
55 %siolo3ia pré?ientLfa 9

III (s primrdios da %siolo3ia ientLfa :6


&I&-E"A& DE %&I'()(*IA
5 ( estruturalismo0 -it;ener 5_<
II A %siolo3ia de WillLam 2ames 576
555 ( unionalismo0 2# R# An3eil, Harve 'arr, 2o;n
DeSe 5<6
I@ ( e;avCorCsrno0 2o;n Broadus Watson _<

@ A %siolo3ia dinQmia0 WoodSort; 95


@I A %siolo3ia da *estalt0 Wert;eimer, J;ler,
ob]a
@II A %sianOlise0 Freud 7<
'onsidera.Jes fnais 7:7
'ronolo3ia dos %silo3os do séulo  7<<
ndie de nomes 787

ndie AnalLtio 78<


Impresso nas ofinas da
EDI-(RA %AR"A )-DA#
Fone0 _6?9_<<
Av# Antcnio Bardeila, 8_
*uarul;os ? &/o %aulo ? Brasil
'om flmes orneidos pelo Editor

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