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-radu./o de0
)AUR( &# B)AND1
2ou
%rimeira edi.ao em sn3iés 4 5677
&e3unda edi.do em in3la 569:
primeira edi./o em espan;ol 5697
%rimeira edi./o em portu3us 56:<
%ulis;in3 'ompan#
Direitos reservados para os poises de
lin3ua portu3uesa pela
EDI-(RA "E&-RE 2(U
IN-R(DUG(
5
&I&-E"A& DE %&I'()(*IA0 &UA FUNG( E &I*NIFI'AD(
+ um pouo paradoal o ato de sur3irem tantos sistemas de psiolo3ia no
solo norte?ameriano# A psiolo3ia, prinipalmente nos Estados Unidos, tem?
se empen;ado a undo para tornar?se uma inia e a inia por naturea
astém ?s de inda3a.Jes Kue n/o seCam aseadas e onstituLdas por atos#
Apesar disso n/o eiste nMmero sufiente de atos em toda a psiolo3ia
para ormar um sistema Mnio e ompleto#
5
Edna Heidreder
%sioio3,as do &éulo
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da é Kue, aendo eperinias nas ori3ens da matéria e do mMsulo,
est/o?se aproundando no Qma3o das oisas#
Um 3rupo menos ativo, mas nem por isso menos onvito, e onsiente da
sineridade de sua inia, é o ormado pelos psilo3os eperimentais#
%ara
inluirestes,
todosa os
palavra
Kue X, Vepe!
realiam5pesKuisas
rimentalV pelo
n/o émétodo
apliada no sentido de
eperimental omum
P inia natural em 3eral, mas naKuele espeial e oulto de indiar aKueles
Kue est/o na lin;a de desendnia Kue provéY mais
efiente do mundo, tund oJiWil;ie5Wundt, em )eipi3# A psiolo3ia
eperimental, neste sentido, reere?se P matéria espeial, aperei.oada na
Aleman;a, e liderada nos Estados Unidos prinipalmente por EdSard
Bradord -it;ener, um dos alunos in3leses de Wundt# &eus representantes
tLpios s/o os Vintrospeionistas treinadosV, Kue areditam ser o eame da
onsinia a verdadeira un./o da psiolo3ia# &eu traal;o, se3undo
afrmam, ei3e treinamento espeial e mOimo uidado devido aos
aparel;os Kue oneeram e montaram para servir?l;es de auLlio, s/o, Ps
vees, ;amados de Vpsilo3os de instrumentos de metalV# Representam a
aristoraia eistente na 3era./o passada# Alimentam a idéia Kue a sua
psiolo3ia, Kue eles deseCam onservar, é a Kue tem resistido e ontinuarO a
resistir aos emates do tempo#
(s dois 3rupos ol;am, um tanto desonfados, para um tereiro, Kue se
oupa da eperimenta./o e medi./o das araterLstias mentais pois
eiZte pouo ma,tér-al d/s outras inias tradiionais nos redutos dos
psiometristas !mental ?testers$ ? pouos instrumentos de metal Kue dem
um ar da di3nidade austera da Lsia e tampouo ratos ranos para dar a
impress/o das oisas palpOveis da iolo3ia# Entretanto, eiste uma 3rande
Kuantidade de dados numérios# %ois, talve mais do Kue KualKuer outro
3rupo de psilo3os, os
psiometristas aperei.oaram o modo matemOtio de pensar, ue a
ien53tonsidera t/o apropriado e, lidando om urvas
de distriui./o, oefientes de orrela./o e dispositivos estatLstios mais
proundos, empreenderam a tarea de medir a inteli3nia e outras
araterLstias mentais, e de oterem a maior soma possLvel de inorma./o
sore as mesmas, na orma Kue o tratamento Kuantitativo permitisse#
Intimamente assoiados a este 3rupo, na realidade n/o se distin3uindo
laramente dele, est/o os Kue traal;am em
psiolo3ia apliada# Entre eles enontram?se os Kue enren ta
os prolemas do omério e da indMstria ? a sele./o de empre3ados, a
administra./o do pessoal, a elimina./o da adi3a industrial, os métodos
mais efientes de puliidade, a ilumina./o e o areCamento das Orias# AL
tamém est/o os psilo3os lLnios, Kue traal;am em esolas, nos
Cuiados
!K de menores, nas lLnias de orienta./o inantil, em omo em ?éV
institui.Jes para os déeis mentais, os psiopatas e os louos,
prourando ontriuir, pela mel;or ompreens/o das pessoas so seus
uidados, a ailitar?l;es a adapta./o P vida normal# Na psiolo3ia apliada
enontram?se tamém os psilo3os eduaionais, oupados n/o s om os
vOrios prolemas da aprendia3em e do ensino, mas tentando,
ultimamente, medir as apaidades e as aptidJes dos alunos e a efinia
dos vOrios métodos eduaionais#
Estes 3rupos, nen;um dos Kuais apresenta uma delimita./o eata,
Cuntamente om outros 3rupos ainda menos em defnidos e muitos
indivLduos isolados, ormam o onCunto dos psilo3os# Emora ada 3rupo
possa li3ar?se impereptivelmente om outros de um modo ompleto, desde
os mais eatos, onstituLdos pelos estudiosos da psiolo3ia eperimental e
animal até o mais reente e mais novato dos paiometristas, todos eles
disutem reiproamente o valor e a valide de seus traal;os# Além disso,
deatem a valide do traal;o dos outros memros de seu prprio 3rupo#
Nin3uém é apa de ritiar t/o em um psilo3o Kue estuda o animal,
omo outro estudante de psiolo3ia animal os ataKues mais airrados
ontra os psiometristas provm de outros psiometristas# =uem estiver
empen;ado na tarea ompliada de prourar atos, sae ? e sae om
espeial onvi./o Kuando o assunto pertene ao seu prprio ampo ? omo
é raro eles serem otidos do mananial da é, da esperan.a e das ;ipteses
em Kue se aseiam, omo é reK[ente desapareerem em mera ilus/o, e se
persistirem, omo é peKueno o seu valor provOvel, Kuando omparados om
o seu valor aparente na ale3ria da desoerta# -al pessoa, naturalmente,
n/o aredita, de imediato, em KualKuer por./o maior do suposto
on;eimento Kuesomente
provado# Aredita um seu ole3a
Kuandodeo tiver
traal;o l;e apresente
verifado omo ato
ompletamente,
sumetendo?o a todas as provas rLtias Kue on;e.a#
Isso tudo é muito om para a Covem inia psiol3ia# %orKue KualKuer
oisa Kue suna deste tratamento omo sendo ato, passando pela rLtia
mais ardente, eliosa e persistente, deve ter no seu erne o tra.o de
teimosia Kue torna um ato real# &e os testes de inteli3nia ou as leis do
aprendi?
5:
Edna Heidreder
%siolo3ias io &éulo
5<
ado ou *estalten ou ainda os re\eos ondiionados sorevivem P
manipula./o de seus rLtios ativos, é porKue eiste neles al3uma oisa,
assim omo ;avia na pedra arremessada pelo Dr# 2o;nson em sua réplia
motora ao Bispo Ber]ele porKue oereem uma resistnia real P violnia
e inteli3 ia ;umanas#
E, elimente, a puCan.a da nova inia é evidente n/o s nos deates
omo em seus esor.os# (s ontendores s/o pareidos pelo menos em um
ponto s/o
inrLvel, todosos
ontam inansavelmente ativos#
erros de seus ratos, 'om uma
alulam dedia./o Kuase
os oefientes de
orrela./o e re3istram as india.Jes de pesos suspensos# E o resultado de
toda essa aplia./o e de toda essa rLtia é o estaeleimento oasional de
um ato, ou o Kue é mais reK[ente e Kuase t/o om, a Kueda de um
do3ma#
Além disso, no desenrolar dessa luta desenvolveu?se um proundo respeito
para om a inia em si# Em presen.a de inias mais anti3as, a
psiolo3ia sente um pouo do respeito do novi.o pelo seu mestre, al3o da
admira./o inveCosa dos nouveau ri;es pela aristoraia eistente# &ente
tamém o mesmo interesse ansioso temendo Kue o seu modo de viver
deie de se3uir os padrJes do meio soial e o seu prprio desvelo em
manter aKueles padrJes transparee, Ps vees, em uma superioridade
Cataniosa em rela./o Ps prOtias Kue ;O t/o pouo tempo ;avia aprendido
a desprear# "as essa C atQnia é ompensadora e superfial# %ois, esta
Covem inia rO3il, assim omo muitas outras oisas novas e rO3eis, estO
em onsiente de seus deeitos# Ela ompara os seus 3rOfos tosos e
suas orrela.Jes duvidosas om a notOvel preis/o da Lsia, e ;e3a a
duvidar de Kue tudo esteCa em# %orKue so sua a3ita./o, eiste o anseio
de atos onretos e de uma ténia se3ura# A intolerQnia arro3ante Kue Ps
vees demonstra em rela./o a KualKuer oisa Kue n/o ten;a reeido o
sinete da inia é, pelo menos em parte, um erto uidado e iMme Kue
sente pela inte3ridade de seu on;eimento, Kuase i3ual ao despreo sutil
de Baon pelas pretensJes dos aristotélios de sua époa# %ois, em seus
pouos
tamémanos de eistnia,
etiismo, Kue paraa uma
psiolo3ia adKuiriu
inia n/o s
é o ome.o daatividade omo
saedoria# &ae
Kue on;ee pouo e Kue esse pouo é eperimental# A psiolo3ia n/o pode
mostrar nen;um aervo imponente de atos sae Kue sua maior virtude é a
deis/o em se3uir o método ientLfo, e Kue na mel;or das ;ipteses, tenta
introduir aKuele método em urna re3i/o, onde até
a3ora as perKuiri.Jes da inia n/o ;aviam penetrado# Aima de tudo, a
psiolo3ia estO a par da 3rande neessidade do elemento onreto, do Kual
KualKuer inia é, em 3rande parte, onstituLda e aprendeu a ol;ar om
desaprova./o, Kuase om temor, toda inda3a./o Kue n/o seCa ortemente
apoiada em atos#
Ent/o, por Kue se ormaram todos estes sistemas^ %or Kue a psiolo3ia, Kue
estO t/o empen;ada em se tornar uma inia, onstri estruturas de
pensamento espeulativo Kue n/o poderO, durante anos, verifar por meio
de atos eistentes^
Em suma, porKue atin3iu uma posi./o onde tal onduta é de todo
inevitOvel# Nin3uém é apa de afrmar atualmente as irunstQnias eatas
Kue estimulam o pensamento ? a palavra VpensamentoV é usada neste aso
para indiar as atividades re\etoras e riadoras do inteleto Kuando em
onronto om a oserva./o e a eperimenta./o ? porém as ondi.Jes
3erais s/o astante on;eidas para tornar evidente Kue a psiolo3ia n/o
se3uiria amin;os inteletualistas se n/o tivesse sido estimulada# &oreu a
a./o dos trs mais poderosos inentivos ao pensamento0 um on;eimento
ada ve maior, um interesse proundo e uma dMvida persistente#
( on;eimento estimula, Ps vees, o pensamento, porém a sua dosa3em
deve ser levada em onta ? nem demasiado muito nem demasiado pouo#
&e uma pessoa estivesse de posse de todos os atos de um determinado
assunto, seu pensamento sore ele essaria automatiamente# &eu
prolema estaria resolvido n/o mais ;averia motivo para pensar# ( adulto
ulto n/o preisa pensar Kuando responde a per3untas omo0 =uanto s/o
sete vees ino^ =ual é a omposi./o KuLmia da O3ua^ =uais s/o as leis
do movimento de NeSton^ 2O estarO de posse desses on;eimentos ou os
mesmos estar/o ailmente ao seu alane# 2O ;ouve uma époa, na ;istria
da ra.a ;umana e Kuem sae mesmo na dos indivLduos, em Kue essas
per3untas susitaram um 3rande esor.o mental, porém atualmente
despertam apenas as assoia.Jes adeKuadas, de modo mais ou menos
rOpido# De maneira idntia, um indivLduo nada pensa se n/o possuir
nen;um ato# A maioria das pessoas, provavelmente, pensa muito pouo, ou
mesmo n/o pensa, sore diereniais ou a esrita unial e sore as atuais
intri3as polLtias em "ontene3ro# Na maior parte delas, os atos importantes
est/o ausentes e temos, portanto, alta dos prprios materiais om os Kuais
o pensamento a3e# Este é, sem dMvida, o motivo pelo Kual a
%siolo3]s do &éulo
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Edna Hedreder
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nossa maioria n/o pensa mais sore a teoria da relatividade de Einstein,
pelo menos sore seus prinLpios undamentais# De ato, eistem al3uns
aspetos da teoria sore os Kuais pensamos enaramo?la omo uma idéia
revoluionOria, omo um eito inteletual ril;ante, omo uma desoerta
Kue ei3e uma revis/o dos modos undamentais de oneer o universo
Lsio, omo uma outra india./o do Kue o pensamento matemOtio é apa
de realiar# "as isto aontee em parte porKue ns on;eemos al3uma
oisa sore idéias revoluionOrias, eitos inteletuais, revisJes de oneitos
undamentais, e a apaidade de raioLnio matemOtio# %odemos se3uir
satiseitos até onde o on;eimento nos ondua, mas n/o nos leva muito
lon3e saemos Kue ;O al3uma oisa por trOs disso# Realmente, o interesse
provoado pela teoria de Einstein é uma eelente amostra do 3rau de
on;eimento Kue tem proailidade de estimular o pensamento# &aemos
Kue eiste al3uma oisa estimulante n/o saemos eatamente o Kue seCa#
Nossa uriosidade é espia.ada temos um ome.o, sentimos um impulso
para se3uir até o fm# E o ato do impulso n/o nos levar a adKuirir sufiente
on;eimento da Lsia e da matemOtia Kue nos ondua a uma
ompreens/o total, n/o si3nifa Kue n/o ten;a sido despertado em ns o
impulso para pensar, mas sim Kue o mesmo n/o é astante orte para nos
permitir aastar os ostOulos, ou ainda Kue estes s/o superiores Ps nossas
or.as# Isto n/o Kuer dier Kue o pensamento esse Kuando atin3e os limites
do on;eimento ele supre o on;eimento om a ria./o tem orte
tendnia para ompletar o Kuadro inaaado de al3um modo ? a todo o
usto# Uma ultura limitada é peri3osa Custamente porKue desperta o
pensamento riador, e este, emora possa, muitas vees, onduir P
verdade, em outras leva ao ridLulo ou a um erro peri3oso#
"as o pensamento, naturalmente, n/o é simplesmente uma oorrnia do
inteleto# ( interesse tamém é importante# %ensamos a respeito das oisas
a Kue damos importQnia, e possivelmente os nossos pensamentos mais
vi3orosos e laros s/o apliados nos assuntos Kue mais diretamente se
relaionem om nossos interesses pessoais# + por isso Kue a totalidade dos
mel;ores pensamentos do mundo ? onsideran do nesse aso o pensamento
da ;umanidade em 3eral, e n/o a de pouos pensadores onsa3rados ?
onsiste provavelmente de assuntos tais omo realiar al3um
empreendimento muito deseCado, o Kue os ami3os e os inimi3os estar/o
aendo# e omo onse3uir al3uma espéie de salva./o, tempo?
ral ou eterna# ( pensamento Kue produ maior estLmulo no mundo é aKuele
Kue tem al3um apoio no destino do ;omem e de seus aaeres# A teoria de
'opérnio ;amou a aten./o n/o tanto por ei3ir uma nova onep./o do
universo Kuanto por pedir uma nova vis/o do ;omem, daL em diante n/o
mais omo persona3em entral# E o darSinismo é interessante,
prinipalmente pelas suas onseK[nias para a ;umanidade porKue
apresenta o ;omem n/o omo oCeto de uma aten./o espeial, mas
simplesmente omo uma das muitas ormas Kue o protoplasma adKuiriu em
um mundo Kue n/o oi eito espeialmente para nen;uma delas# =ualKuer
assunto Kue os ;omens onsiderem omo inluindo o seu prprio em?estar,
tem oa proailidade de estimular o pensamento, emora a Kualidade
deste seCa determinada por outras ondi.Jes além da naturea e da
ma3nitude de sentimento nele ontido#
( pensamento relaiona?se tamém om a a./o, e por meio dela, om a
dMvida# %ensamos o Kue vamos aer, prinipalmente Kuando nossas
maneiras anti3as de aer as oisas sorem interernia, ou Kuando
desorimos
? a desoertaKue
de n/o
Kue tm mais
o Kue utilidade#
pareia + ent/o pode
onveniente Kue duvidamos e a dMvida
deiar de s?lo ?é
prova de Kue um novo aCuste deve ser eito# -alve num animal
pereitamente aCustado ossesupér\uo o pensamento# "as Kuando al3uma
oisa vai mal, o pensamento pode ser Mtil e é provOvel Kue apare.a# =uando
um motor pOra, o seu dono proura saer por Kue parou Kuando seu
traal;o vai mal, ele analisa a situa./o e Kuando seu Weltans;auun3
!osmovis/o$ sore modifa./o de tal orma Kue se veCa, n/o mais num
papel deseCado, e sim num outro Kue é ridLulo ou insi3nifante, é lan.ado
em seu &turm und Dran3 de uma a3ita./o inteletual de propor.Jes ainda
maiores# A dMvida si3nifa Kue um novo aCuste deve ser eito, e na solu./o
dos aCustamentos ;umanos o pensamento é muitas vees utiliado, emora
nem sempre isso aonte.a#
Eistem inMmeros eemplos, ora do ampo da psiolo 3ia, Kue
apresentam estas ondi.Jes em unionamento# N/o
oi por aaso Kue os 3randes sistemas raionalistas de Des artes, de
)eini e de Espinosa oram estaeleidos aps a
Renasen.a ;aver ol;ido os seus primeiros rutos do on;eimento e da
dMvida sore assuntos intimamente li3ados om
a eliidade e a salva./o ;umanas# + espeialmente interes sante Kue a
prpria desonfan.a para om o inteletualismo
medieval ten;a provoado uma resposta do mesmo 3nero# Baon, por ser
um rLtio dos métodos raionalistas da
_
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
5
Idade "édia, deiou sua ontriui./o para a inia n/o tanto pela
utilia./o do novo método Kue preoniava, Kuanto
por se3uir outro mais pareido om o anti3o método Kue despreava, (
Novum (r3anum, emora seCa um ar3umento
e uma orienta./o para o método indutivo, n/o representa om
eemplo daKuele método# + uma anOlise ponderada do Kue
deve ser eito se deseCamos oter o on;eimento ientLfo
e n/o o resultado de um aMmulo sistemOtio de asos oservados e
re3istrados, positivos e ne3ativos, dos prolemas
reais tratados pelo pensamento ;umano# "esmo o empirismo ti rLtio de
)o]e
do Kueepor
Hume oianOlise
uma otidoretrospetiva
menos pela oserva./o 6 real da mente em a./o,
tradi.Jes,
sentimentosonven.Jes, padrJes,
pessoais Kue preoneitos
onstituem e, Ps vees,
a sua a3a3em# dos vi3orosos
A ori3em mais
omum dos sistemas estO na insatisa./o om um sistema mais anti3o, a
Kuera de um modus vivenli ientLfo e o aandono de um modus
vivendi, Kue aran3e a desor3ania./o do ;Oito e da emo./o, em omo o
estLmulo do inteleto, difilmente darO ori3em a uma atividade totalmente
serena e desinteressada# A resposta normal P desoerta de Kue a maneira
de viver de um indivLduo al;ou é a de tentar outra, apesar de a nova
maneira poder estar aseada em um on;eimento inompleto, omo era a
anterior# -alve o método puramente raional de enrentar a situa./o osse
o de suspender o C ul3amento até Kue se tivesse toda a evidnia, porém
suspend?lo indefnidamente é uma a./o muito sofstiada, nem sempre
apropriada Ps maneiras
pro3resso ientLfo tem rudes e inéditas
sido otido de vees
muitas uma inia nova# Atualmente
pela aeita./o de o
respostas erradas, inompletas ou eperimentais aseadas nos dados
disponLveis, e orri3indo as respostas P medida Kue mais dados s/o otidos#
A psiolo3ia, pelo menos, tem tido pouo ito em sustar o seu pensamento
a meio amin;o tem respondido Ps Kues# tJes Kue l;e s/o diri3idas
ormando sistemas, ada um dos Kuais é para os seus adeptos um
prenMnio da verdade e im pro3rama de a./o ? ao mesmo tempo uma oisa
om a Kual se traal;a e para Kuem se traal;a# %or onse3uinte, um
sistema de psiolo3ia n/o é somente uma norma de onduta, mas tamém
de moral# + possLvel Kue para os adeptos de um dado sistema a Custifativa
para a sua aeita./o deva ser enontrada em al3o pareido om a flosofa
do Vomo seV de @ai;in3er# "as aKuele Kue oserva e estuda o sistema deve
v?lo da mesma maneira Kue um psilo3o v as a.Jes de um rato em um
lairinto0 omo um onCunto de a.Jes ompleas e variadas Kue s/o as
maneiras mais ou menos efientes de atin3ir um determinado oCetivo#
Isto si3nifa por sua ve Kue os sistemas de psiolo3ia devem ser
enarados n/o omo postulados do on;eimento ientLfo, mas sim omo
instrumentos om os Kuais o on;eimento ientLfo é produido n/o omo
desri.Jes de um ato ientLfo, mas omo meios de adKuirir um ato
ientLfo# Representam a arma./o dentro da Kual a estrutura da inia
psiol3ia estO sendo er3uida, t/o neessOria e provisria
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
7
omo a prpria arma./o n/o é identifada om a estrutura em si, todavia
n/o poderia eistir sem ela# &/o os instrumentos mediante os Kuais o
on;eimento é otido, porém t/o dierentes dele omo os instrumentos
s/o diversos do minério de Kue provm# Inundem entusiasmo nos Kue neles
traal;am, mas s/o t/o dierentes do traal;o, omo a inspira./o o é da
produ./o# (ereem um pro3rama de a./o tLpio e, Ps vees, atraente, mas
o pro3rama n/o deve ser onundido om a realia./o# + diLil saer o Kue
mais ressaltar0 se a indispensailidade do instrumento ou se o ato de ele
ser um instrumento#
-alve se deva ressaltar a primeira ;iptese, se onsiderarmos a ondi./o
da psiolo3ia na atualidade# %ois a psiolo3ia, om sua etremada devo./o
ao? método ientLfo, torna?se, Ps vees, ri3idamente antiinteletualista#
Reon;ee, naturalmente, Kue a espeula./o desempen;a um papel
le3Ltimo no pensamento ientLfo, Kue a distin./o entre oserva./o e
espeula./o n/o é asoluta, e Kue as duas realmente se omplementam#
"as a sua atitude ativa n/o é t/o simplesmente raional# -alve devido P
atualidade da separa./o entre psiolo3ia e flosofa, ou devido a um
sentimento a3udo da neessidade de atos oservados, muitos psilo3os
enaram a espeula./o om suspeita e desa3rado, Kuase om
ressentimento e pavor# %ois muitos deles est/o ainda um tanto temerosos
de serem metaLsios, e ;amam de metaLsio, de modo erto ou errado,
Kuem estaelee teorias sem verifO?las por meio de atos# ( Kue temem
naturalmente n/o é o pensamento, mas aKuele Kue se aasta dos atos e
fa além de seu alane# %orém todo pensamento anteipa?se ao ato isso
a parte de sua prpria naturea e a dieren.a entre pensamento ientLfo
e Vmera espeula./oV estO na dieren.a da rela./o entre as ria.Jes do
pensamento e os atos pelos Kuais preisam ser provados# ( pensamento
Kue mantém sua lin;a de omunia./o om o ato de um modo rano e
ativo, é ientLfo o Kue assim n/o é, n/o passa de Vmera espeula./oV#
Eina Heidredet
'onsiderados so esse aspeto, omo pro3ramas de a./o e ases de moral,
os sistemas podem ser onsiderados omo sintomas si3nifativos da
situa./o da psiolo3ia em ertos lu3ares, em ertas époas e nas m/os de
determinados 3rupos de pesKuisadores e tamém omo india.Jes dos
aspetos da psiolo3ia Kue pareem estar reeendo maior nase do Kue o
neessOrio, num dado onCunto de irunstQnias# N/o é o aso de se
lastimar o ato de ;aver uma valoria./o eessiva da psiolo3ia, pois ela
atrai a aten./o para assuntos importantes, estimula a rLtia e, Kuase
ertamente, é ompensada por uma valoria./o eessiva no sentido
oposto em outras époas e lu3ares# %ois o pro3resso da inia n/o pode ser
onsiderado o traal;o de um s ;omem ou de um 3rupo de ;omens, a
inia é um 3rande empreendimento soial, no Kual as ontriui.Jes mais
valiosas de um indivLduo podem ser os seus maiores erros#
+ desse ponto de vista, ent/o, Kue os sistemas de psiolo3ia ser/o
onsiderados neste estudo n/o omo ertos ou errados, nem omo
aproima.Jes mais ou menos ompletas ao on;eimento, mas na medida
de sua in\unia no desenvolvimento real da inia psiol3ia# %odem ser
mel;or ompreendidos n/o omo afrma.Jes de um ato ientLfo, nem
omo resumos do on;eimento eistente, mas omo proessos e maneiras
de ;e3ar ao on;eimento, omo etapas provisrias, porém neessOrias ao
desenvolvimento de uma inia, omo ria.Jes de traal;adores Kue, num
empreendimento onuso e, Ps vees, depressivo, devem onservar n/o s
o seu 3aro mas tamém a sua ener3ia# %ois nuna é demais repetir Kue a
inia n/o a3e somente P lu da ra/o, mas assim omo outros
empreendimentos, é uma aventura inerta, Kue se passa
Vas on a dar]lin3 piam
Vomo numa planLie esura,
&Sept Sit; onused alarms o stru33le and \i3t;
@arrida por alarmes onusos da luta e deandada,
W;ere i3norant armies las; ni3;tV# `
(nde i3norantes eéritos se ;oam P noite#V
` @ersos fnais da é5er poesia de "att;eS Arn(ld, VDover Bea;V#
!N# da Ed#$
II
%&I'()(*IA %R+?'IEN-FI'A
tipos de on;eimento,
determinar identifar
as araterLstias os elementos
prprias e indiar oou proessos
seu Osios,
eso.o 3eral ou
orienta./o araterLstia# 'on;eer um sistema é saer omo ele se porta
em rela./o a todos estes assuntos e prinipalmente saer o ponto de vista
do Kual os onsidera# %ois o ponto prinipal de um sistema de psiolo3ia é a
posi./o da Kual ele en3loa o seu ampo, a posi./o privile3iada a partir da
Kual eamina os dados onretos da inia e da Kual distin3ue um padr/o
oerente Kue l;es dO unidade#
"as, seCam Kuais orem os sistemas de psiolo3ia, n/o s/o simplesmente
estruturas l3ias estOtias, ompletas, Kue possam ser onsideradas omo
tantas outras oisas independentes, separadas e ompletas, para serem
analisadas ora das ondi.Jes Kue l;es deram ori3em# %ois os sistemas de
psiolo3ia atualmente eistentes ? os onCuntos de atos e suposi.Jes Kue
a3em omo sistemas ? n/o s/o, muitas vees, sistemas no eato sentido da
palavra, nem, ertamente, orma.Jes de pensamento, ;ermétias e
ompletas, elaoradas de modo onsistente em todos os seus detal;es# 5
%elo ontrOrio, resultam de lon3as e, Ps vees, osuras orrentes de
desenvolvimento ;istrio porKue a psiolo3ia, omo KualKuer outro
empreendimento do inteleto ;umano
? talve mais do Kue a maioria ? tem estado suCeita a onusJes,
ompromissos, e mal?entendidos, muitos dos Kuais tm sua ori3em em
passado remoto#
+ partiularmente si3nifativo o ato de o interesse pela psiolo3ia
desenvolver?se n/o s tarde, mas tamém por aaso# ( pensamento evoluiu
aparentemente sem introspe./o a flosofa ome.a om a osmolo3ia, e a
inia om a astronomia e a Lsia# Isto n/o Kuer dier Kue os seres
;umanos n/o esteCam desde o inLio interessados neles mesmos# Est/o
interessados pelo mundo em primeiro lu3ar porKue o ;aitam, porKue este
ontém as oisas Kue a;am importantes# %orém a sua prpria eistnia e
naturea, emora or?
5 A epress/o Vsistema de psiolo3iaV da orma em Kue é usada neste livro
n/o India neessariamente uma onstru./o ompleta e ;ermétia# Reere?
se antes a KualKuer esor.o em aran3er o ampo da psiolo3ia so um
ponto de vista defnido e assim reunir os atos# %or esse motivo, oram
Inluldas al3umas interpretaJes da psiolo3ia Kue os prprios autores n/o
onsideram VsistemasV no sentido eato do termo#
mem o entro do Kual todos os interesses ;umanos irradiam, oram, no
inLio, simplesmente supostas omo ertas# ( pensamento, no ome.o, n/o
tem onsinia de seu e3o, porKue isto implia um modo de oservO?lo de
erta orma omo Kuem oserva outros oCetos, uma perep./o do e3o Kue
nuna estO livre do interesse prprio mas Kue, n/o ostante, dO indLios de
desprendimento inteletual# Ei3ir uma eplia./o do e3o e de seus modos
de a3ir si3nifa inKuirir a seu respeito, e isto s poderO ser eito depois Kue
a primeira impress/o de onsiderO?lo omo uma ertea tiver até erto
ponto desapareido#
+ por isso Kue a psiolo3ia, Kue no inLio é ;umana, ome.a om
oserva.Jes Kue s/o ao mesmo tempo seundOrias em rela./o Ps tareas
superiores do inteleto# Em flosofa, é mais provOvel Kue se enontre a
psiolo3ia omo epistemolo3ia# Em seus esor.os para ompreender o
universo, os flsoos deparam?se, mais edo ou mais tarde, om o
pensamento0 V'omopodemos on;eer^V, e esta per3unta dO ori3em a um
eame dos proessos ;umanos de on;eimento# As inda3a.Jes
psiol3ias sur3em, tamém, na étia e na teoria soial e polLtia as
KuestJes reerentes P onduta do ;omem para om seus onidad/os e
para om o Estado orientam ailmente a aten./o para a prpria naturea
do ;omem# Em inia, a psiolo3ia proveio da fsiolo3ia, prinipalmente da
fsiolo3ia dos r3/os dos sentidos, Kue pareiam ser as vias de omunia./o
entre o mundo eterior e o da eperinia pessoal e Lntima# %or outro lado,
tamém em suas vidas diOrias e no trato om seus semel;antes, os seres
;umanos s/o ori3ados a aprender, pelo menos dentro das normas
imediatas e simples do om senso, al3o sore as maneiras ;umanas# Além
disso, seCa Kual or o ponto de partida do Kual os seres ;umanos se
onsiderem, s/o de modo Kuase irresistLvel, envolvidos em KuestJes
relativas ao seu prprio valor e em?estar ? sore a sua posi./o na naturea,
sua ori3em e destino, o si3nifado da eistnia e
suas possiilidades de salva./o# Desde o inLio, as oserva.Jes dos ;omens
sore a naturea ;umana s/o provavelmente eivadas ? do ponto de vista da
inia pura ? pelas esperan.as, deseCos e temores ;umanos# "esmo
Kuando a psiolo3ia sur3e omo disiplina isolada, tra al3uma oisa de
flosofa, de étia e de senso omum# 'omo resultado, o primeiro passo no
sentido de ompreender os sistemas psiol3ios da atualidade onsiste
numa vis/o 3eral, emora re
8
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
6
via oisas,
idntia HerOlito
PKuela viapela
usada proessos, e aoKue
Lsia atual, assim aer
estO empre3ou
despoCando uma teoria
a matéria de
sua estailidade e solide# A importQnia deste modo de pensar para a
psio## lo3ia é lo3o pereida# Um psilo3o n/o pode ter o menor
on;eimento novo da matéria Kue estuda, sem Kue perea n/o estar
tratando om partes ou partLulas de KualKuer oisa estOvel ou onreta,
mas sim om proessos mutOveis# "esmo nos sistemas de psiolo3ia Kue
reduem o seu material a elementos, estes, Kuer seCam ases da onsinia
ou de um omportamento, s/o defnidos omo proessos# + verdade Kue,
tendo sido defnidos omo proessos, s/o muitas vees na prOtia tratados
omo unidades fas, porKue é orte o ;Oito de pensar em termos de
unidades fas# %orém, Kuando a aten./o é diri3ida diretamente para um
material psiol3io,
ato inevitOvel# o arOter
A psiolo3ia deontinuamente
estO varia./o apresenta?se
;amandoomo sendo um
a aten./o para o
ato de estar tratando om proessos e aonteimentos#
Um tereiro desenvolvimento oi aKuele iniiado por AnaO3oras# 'omo
HerOlito, ele areditava Kue uma redu./o a elementos simples n/o
epliava ompletamente o mundo, mas a sua rLtia oi menos radial do
Kue a de HerOlito# N/o fou perpleo por pensar Kue n/o eiste sustQnia,
e Kue, portanto, n/o eistem elementos# AnaO3oras, realmente, deendia a
eistnia de um nMmero indefnido de elementos Kualitativos dierentes#
&eu prolema sur3iu da suposi./o de Kue, emora os elementos ossem
on;eidos, far?
75
ta um prolema Kue reK[entemente reaparee em psiolo3ia# + este Mltimo
detal;e ? o protesto ontra o ato de onsiderar a redu./o dos elementos
omo uma eplia./o ompleta
? Kue dO P flosofa de AnaO3oras o seu prinipal si3nifado para a
moderna psiolo3ia# + uma opini/o intimamente relaionada om os
ontLnuos protestos ontra as vOrias ormas do sensaionismo, e n/o diere
muito da revolta Kue o movimento da *estalt, um dos mais reentes em
psiolo3ia, estO diri3indo ontra o atomismo psiol3io de nossos dias#
Um Kuarto movimento representa um modo muito dierente de desrever o
universo# &ua ori3em estO assoiada ao nome de %itO3oras, e sua doutrina
ensina Kue a realidade pode ser ompreendida por meio dos nMmeros# Na
esola pita3ria, esta doutrina assumiu o arOter de uma reli3i/o# Foi
erada por ensinamentos mLstios, antOstios e, Ps vees, triviais, e e?se
aompan;ar por ertas re3ras espeLfas e aparentemente sem sentido,
omo, por eemplo, a proii./o do uso do eiC/o# "as a tentativa para
on;eer o mundo em termos Kuantitativos é em si mesma da mais alta
importQnia, sendo interessante Kue ten;a sur3ido t/o edo# A inia, em
seu esor.o para oter um on;eimento eato, sempre se tem unido
avidamente ao pensamento Kuantitativo e, omo veremos mais adiante, a
aplia./o em suedida dos métodos Kuantitativos ao material psiol3io
oi, dentro da ;istria, um dos atores deisivos Kue feram da psiolo3ia
uma inia#
"as aos pouos, no transurso dessas investi3a.Jes sore a naturea do
universo, em meio a todas essas teorias, ada Kual onsiderando?se erta e
todas provando a sua eatid/o om um erto 3rau de plausiilidade, sur3iu
uma dMvida de outra espéie ? a per3unta V'omo podemos on;eer^V# Em
primeiro lu3ar, isto n/o era uma per3unta psiol3ia n/o era V'omo
on;eemos^V mas V'omo podemos on;eer ^V e provoada menos por
uriosidade sore o proesso do on;eimento do Kue pelo interesse sore
a validade do mesmo# No entanto, este interesse pela validade do
on;eimento provoou investi3a.Jes sore os seus proessos# 2O de ;O
muito os flsoos ;aviam eito distin./o entre o on;eimento adKuirido
pelos sentidos daKuele otido pela ra/o# Haviam tamém oservado Kue o
on;eimento é relativo, Kue é ;umano, onse3uido a partir de um ponto de
vista ;umano, eivado de maneiras ;umanas de oter o on;eimento# (
primo passo seria investi3ar se KualKuer método ;umano de oneer o
mundo poderia ter validade
Edna Heidreder
%siolo3ia# do &éulo
77
oCetiva se a investi3a./o sore a naturea Mltima da realidade n/o é, em
Mltima anOlise, um tanto inMtil#
(s sofstas, partindo deste ponto de vista, deram uma dire./o inteiramente
nova ao pensamento 3re3o# %assaram de modo defnitivo da osmolo3ia
para as oisas ;umanas, e assim vieram a interessar?se por assuntos Kue
podem ser ;amados, em sentido amplo, psiol3ios# Além disso, seu
estudo era prOtio# Era inevitOvel Kue a prpria aundQnia de espeula.Jes
sore o universo, a eii./o de eplia.Jes suessivas, todas i3ualmente
plausLveis, aaasse por impressionar al3umas mentes, prinipalmente pela
inutilidade de tal espeula./o# (s sofstas, de KualKuer orma, reusaram?se
a se oupar om tentativas de ompreender a naturea undamental da
realidade# Dediaram?se, em ve disso, P sua profss/o, Kue era o ensino da
flosofa omo norma de vida, e da retria e dialétia omo ;ailidades
prOtias# De modo delieradamente superfial e ;ailmente prOtio,
aeitaram, mediante pa3amento, treinar os Covens nas artes da persuas/o ?
as Kuais eram muito Mteis na *réia onde os ;omens suiam ao poder
onvenendo os seus semel;antes e dominando as massas# Havia,
naturalmente, sofstas e sofstas, representando uma esala de inte3ridade
inteletual Kue ia desde o 3osto pelo eerLio livre da inteli3nia rLtia
até o deseCo de Vaer o pior pareer mel;orV# %orém, KuaisKuer Kue ossem
as suas idéias sore a utilidade ou n/o da dialétia, estavam interessados
pelo proesso em si# Enontravam nele al3uma oisa em Kue se oupar,
al3o Kue podia ser eerido, ultivado e ontrolado, e além disso, Kue ? n/o
importando a naturea Mltima da realidade ? era de valor no mundo dos
assuntos da vida diOria# 'om uma atitude uriosamente idntia P da
moderna psiolo3ia apliada, dediaram?se a realia.Jes espeLfas e
situa.Jes onretas, muito mais interessados em manipular o imediato e o
real do Kue em mer3ul;ar no undamental e no proundo# &eria um erro,
naturalmente, atriuir aos Kue atualmente traal;am em psiolo3ia
apliada as idéias assoiadas aos sofstas 3re3os, mas KualKuer Kue osse o
ponto de partida terio de suas atividades, al3uma oisa é idntia no
temperamerito de amos# A 3rande virtude da psiolo3ia apliada é a sua
li3a./o enéfa om o real e o imediato, o seu ;Oito de manter?se
prima, ou pelo menos, P vista de materiais Kue os seres ;umanos podem
maneCar e ontrolar#
Uma onseK[nia indireta dos ensinamentos dos sofstas oi a flosofa de
&rates, uma das f3uras mais pito resa
da ril;ante soiedade de Atenas, no séulo @ antes de 'risto# &rates era
eio, enantador, entrio, soiOvel e 3eneroso a prinipal atividade de
sua vida ora atrair os Covens para as onversas flosfas e daL, por meio
de uma ;Oil ar3umenta./o, a?los ver Kue suas idéias sore os assuntos
undamentais da vida, mesmo os mais triviais, eram onusas e
ontraditrias# ( seu oCetivo era oloar seus ouvintes ante a neessidade
de defnir as suas palavras de maneira eata, e ori3O?los a desorir o Kue
a ra/o mostrava omo verdadeiro# ( suesso Kue oteve aendo aKueles
Kue o ouviram duvidar de verdades aparentemente vias, oi t/o 3rande
Kue, em sua vel;ie, oi Cul3ado e ondenado P morte, so ausa./o de
minar a reli3i/o do Estado e orromper a Cuventude#
Da mesma orma Kue os sofstas, &rates areditava Kue a investi3a./o
sore a naturea do universo é inMtil mas, ao ontrOrio deles, areditava Kue
um tipo de on;eimento pode ser otido ? o do prprio eu# Além disso,
areditava Kue é este tipo de on;eimento Kue os ;omens realmente
neessitam, e Kue l;es pode indiar o Kue devem aer, permitindo?l;es
assim levar vida virtuosa# &rates areditava Kue a virtude é o resultado do
on;eimento e Kue o mal é asiamente i3norQnia ? um anti3o eemplo
da ren.a enontrada amiMde em psiolo3ia Kue afrma ser o prinLpio
raional ou inteletual o Kue prevalee no ;omem# Areditava, ainda, Kue a
verdade estO implLita no inteleto ;umano Kue ela neessita apenas ser
etraLda e purifada# %ara demonstrar esta asser./o, onse3uiu Kue um
esravo n/o ensinado, auiliado somente por per3untas ;Oeis, desorisse
por si mesmo Kue o Kuadrado da ;ipotenusa de um triQn3ulo é i3ual P soma
dos Kuadrados dos outros dois lados#
Apesar disso, &rates estava mais interessado na naturea inte3ral do
;omem do Kue em KualKuer de suas ;ailidades individuais# Em essnia,
seu interesse pelos seres ;umanos era étio, e este ato é responsOvel por
um dos tra.os araterLstios de sua aorda3em psiol3ia# 'onsidera os
;omens n/o omo unidades isoladas, mas sempre em rela./o om seus
semel;antes e o Estado# De erto modo, esta idéia é a mesma dos atuais
e;avioristas, Kue areditam no estudo do or3anismo total em suas
rela.Jes om o meio amiente# Realmente, o e;aviorismo em seus
primeiros tempos pretendeu interessar?se muito pelo amiente Lsio, ao
passo Kue &rates estava interessado prinipalmente pelo amiente soial
mas ultimamente o e;aviorismo tem dado
7
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
79
ada ve maior nase Ps in\unias soiais na vida ;umana e estO ada
ve mais se aproimando dos prolemas étios#
4 ( mais amoso aluno de &rates oi %lat/o, Kue estaeleeu pela primeira
ve uma distin./o defnida entre a mente e a matéria, distin./o essa Kue
tem apareido de modo astante destaado na ps]olo3ia até os nossos dias#
%lat/o era um aristorata, tanto por nasimento Kuanto por temperamento,
um ;omem Kue tin;a pouo interesse pelas oisas omuns da eistnia
diOria, e Kue se dediou de modo mais ompleto possLvel P vida inteletual,
pois areditava Kue vivendo pelo inteleto, o ;omem estaria eprimindo as
suas maiores possiilidades# Em sua vida de ontempla./o, impressionou?se
proundamente pela dieren.a entre as idéias, Kue s/o maniestadas pela
ra/o e os oCetos Kue s/o revelados pelos sentidos e oloando as idéias
num mundo a elas pertenente, onsiderava?as t/o reais Kuanto as do
mundo on;eido pelos sentidos# As idéias, oservou %lat/o, possuem uma
perei./o Kue nuna é enontrada nas oisas onretas# A idéia da elea,
por eemplo, é permanente, sem deeitos, imutOvel, asoluta ao passo Kue
as oisas elas, Kue s/o onitas somente em rela./o a uma outra, s/o
impereitas, mutOveis e ontin3entes# %ara %lat/o pareia evidente Kue tudo
Kue é permanente, pereito, imutOvel e asoluto deveria ser mais real do
Kue os orpos pereLveis, mutOveis e impereitos os Kuais, por mais elea
Kue pudessem onter, poderiam apenas se aproimar da elea pura#
%ortanto, pressupcs um mundo de idéias, do Kual o mundo VrealV ? aKuele
revelado pelos sentidos ? é apenas uma pia impereita# A matéria é a
sustQnia na Kual as idéias se epressam por si mesmas, mas a sua
prpria naturea torna impossLvel a suO pereita epress/o, porKue impJe
suas
%lat/oprprias limita.Jes
n/o somente sore elas
estaeleeu umae as despoCaentre
distin./o de sua purea#e Assim,
a mente a matéria,
mas tamém assoiou tais termos a onCuntos de valores opostos# A mente
oi identifada om o em e o elo# A matéria era o inimi3o, a parte mais
inerior do ;omem e do universo, al3o para ser omatido e suCu3ado# Esta
distin./o, Cuntamente om os valores atriuLdos por %lat/o aos termos, tem
permaneido até ;oCe# Eiste ainda uma tendnia no pensamento diOrio
para onsiderar a mente omo sulime e a matéria omo inerior# Em al3uns
setores, entretanto, ;ouve uma uriosa invers/o# (s triunos da inia
moderna tm sido os da inia Lsia o método e o ponto de vista
ientLfos tm estado assoiados om o estu d
da naturea Lsia e para aKueles Kue adKuiriram um onCunto de valores
dierente do de %lat/o ? Kue onrontam o Kue é ientLfo om aKuilo Kue
n/o é, em lu3ar do nore e do vil ? a mente e a matéria troaram de lu3ar
na esala de valores# + a matéria Kue se entre3a P inia é a mente Kue
pertura e é intratOvel# %or etapas simples, a mente é identifada em
primeiro lu3ar om o mais elevado em, em se3uida om o Kue é ineOvel e
inaessLvel, e fnalmente om o Kue é mLstio e n/o ientLfo e em
onseK[nia, a distin./o platcnia, em 3rande parte através dos valores
Kue ainda se atm Ps suas palavras, até ;oCe reperute na inia#
=uando %lat/o onsiderava os ;omens, pensava neles naturalmente do
ponto de vista de seu prprio interesse pela vida do inteleto# 'lassifando
as or.as ;umanas desde a mais elevada até P mais aia, itava em
primeiro lu3ar a ra/o, Kue reside na ae.a depois, a ora3em, Kue se
enontra no peito os sentidos e os deseCos, Kue fam no adome# %lat/o
onsiderava essas or.as omo partes da alma e por isso utiliou um modo
de pensar idntio ao Kue seria mais tarde ;amado de auldade
psiol3ia# Reon;eeu tamém as dieren.as individuais entre os ;omens#
No Estado ideal, a RepMlia, os ;omens deveriam ser esol;idos para seus
vOrios misteres de aordo om suas ;ailidades# (s dotados de ra/o
superior seriam diri3entes os Kue possuLssem ora3em seriam 3uerreiros o
resto da ;umanidade seria omposta de artesJes, omeriantes,
traal;adores e esravos
? neessOrios ao Estado, porém de lasse inerior aos militares e estadistas,
da mesma orma em Kue os deseCos e os sentidos s/o ineriores P ora3em
e P ra/o# Esta parte do pensamento de %lat/o, entretanto, teve poua
in\unia sore a psiolo3ia moderna# A prinipal onte de sua in\unia
estO na distin./o entre a mente e a matéria e sua identifa./o da mente
om o etraterreno ? e Kue ainda persiste na ren.a mantida por al3uns
psilo3os de Kue o mental nuna poderO ser oCeto de on;eimento
ientLfo#
"as os prprios 3re3os n/o desistiram de tentar ompreender a mente#
Aristteles, aluno e suessor de %latOo, e até erto ponto seu rival, ao tentar
aer uma avalia./o ompreensLvel do ser ;umano, diri3iu?se Ps oisas da
mente, de maneira idntia a tudo o mais na ordem natural# Entretanto, sua
distin./o entre a mente e a matéria n/o oi a mesma de %lat/o# %ensou mais
em termos de matéria e orma# No modo de ver as oisas e em
temperamento, Arist#
7:
Edna Hetdreder
%8iolo3ias do &éulo
7<
teles era muito dierente de %lat/o# Estava interessado pelo onreto e pelo
real ao ontrOrio de %lat/o, e desviando sua aten./o naKuela dire./o, n/o
enontrou uma dieren.a marante entre a matéria e a mente ou, omo
diia, entre a materia e a orma# -in;a a impress/o de Kue uma n/o podia
eistir sem a outra# A orma eiste no oCeto onreto, afrmava ele, n/o
omo uma entidade separada# A matéria é orma potenial, o oCeto real é a
orma atualiada na matéria, é a uni/o de orma e matéria# ( mOrmore é
matéria para a estOtua esta é a orma atualiada no mOrmore# Além disso,
a distin./o entre a orma e a matéria n/o é asoluta o mOrmore, Kue é
matéria para a estOtua, é orma para as or3ania.Jes ineriores da matéria#
Desse modo a realidade onreta dispJe?se em uma seK[nia na Kual é
impossLvel indiar um ponto KualKuer e dier Kue de um lado ;O matéria, e
de outro, orma# Este oneito de ontinuidade, emora desrito num
onteto
muitas muitona
vees, dierente
psioIo3idoatual#
de Aristteles tamém
(s psilo3os é o mesmo
modernos enontrado,
da mesma orma
Kue Aris tteles, Kuando em presen.a de dados onretos, a;am im
possLvel far limites rL3idos e estOveis n/o podem indiar uma lin;a
divisria entre os proessos onsientes e inonsientes, entre a inteli3nia
e a deilidade mental, a raiva e o temor, a sanidade e a insanidade mental,
o instinto e a ra/o, a inQnia e a maturidade, a psiolo3ia e a fsiolo3ia#
)idam muito menos om dieren.as asolutas do Kue om seK[nias nas
Kuais eistem 3rada.Jes ontLnuas entre os etremos#
Relaionado intimamente om o oneito de matéria e orma estO o
ostume de epliar os encmenos em un./o de suas ausas Mltimas#
Aristteles e uma ee./o P re3ra de Kue a orma nuna eiste isolada# A
orma fnal, o &er &upremo, n/o pode de maneira al3uma ser matéria# +,
portanto, orma pura e desde Kue a matéria se esor.a para resultar em
orma, esta orma fnal é o alvo para o Kual toda a naturea se enamin;a#
%or onse3uinte, a naturea toda, inluindo a ;umana, é epliada
teleolo3iamente omo tendendo para um fm ou oCetivo# "as omo a
inia trata om ausas primas, om aonteimentos imediatamente
anteriores a um dado eeito, n/o oi avorOvel a esta no./o da teleolo3ia#
(utra implia./o do esKuema 3eral de Aristteles, entretanto, apareeu de
modo pronuniado na psiolo3ia moderna# No mundo da naturea,
Aristteles desore Kue a matéria e a orma sempre se relaionam# &e o
orpo
todo osse um ol;o, a alma seria a vista# ( orpo eiste por ausa da alma,
porém, a alma eiste somente no orpo e através do orpo# Em outras
palavras, as atividades da alma s/o aKuelas dos r3/os orporais# + t/o
impossLvel deseCar e ter impulsos sem as estruturas Lsias adeKuadas Jmo
ener3ar sem ol;os# 'onsidera os proessos psiol3ios individuais omo
atividades e un.Jes das estruturas Lsias, Kue se realiam em um mundo
onde tal atividade é defnitivamente relaionada om uma erta onstitui./o
Lsia#
"as na alma, Aristteles a distin./o entre a parte mortal e a imortal# As
atividades Kue s/o un.Jes das estruturas do orpo pereem om o mesmo,
porém eiste no ;omem um inteleto ativo Kue n/o é uma un./o do orpo#
+ este inteleto
imortal, ativo
e oi esta Kue
parte deAristteles
seu ensino,delara ser simples, imaterial
o seu reon;eimento e
do inteleto
ativo, Kue ei3iu o maior interesse dos telo3os medievais#
Em arésimo ao seu tratamento dos proessos psiol3ios dentro do
esKuema 3eral das oisas, Aristteles e uma ontriui./o defnida P teoria
psiol3ia em seu estudo da memria, prinipalmente em sua amosa
enunia./o dos prinLpios da assoia./o# Estes prinLpios ? assoia./o por
ontraste, por i3ualdade e por onti3[idade no tempo e no espa.o ? oram
dados omo re3ras empLrias# Na maneira aparentemente ausal das idéias
se apresentarem, Aristteles n/o via o aaso, mas sim uma lei# -anto a
onep./o 3eral de assoia./o Kuanto as re3ras prprias Kue ormulou
eereram
mais tarde#uma 3rande in\unia no desenvolvimento da psiolo3ia séulos
Aristteles oi o Mltimo dos 3randes flsoos da anti3[idade# &ua morte, no
Mltimo Kuartel do Kuarto séulo antes de 'risto, assinala o enerramento do
perLodo mais ori3inal e produtivo do pensamento 3re3o# Entre as flosofas
Kue \oreseram durante os séulos fnais do mundo anti3o, as idéias
sustentadas pelos estios e epiuristas s/o as mais interessantes para a
psiolo3ia devido Ps atividades ontrastantes Kue eles assumiam naKuilo
Kue pode ser onsiderado uma aplia./o prOtia da psiolo3ia# As duas
esolas se ouparam prinipalmente om o prolema de onse3uir o
mOimo da vida ;umana# Em 3eral, os estios apoiavam a supress/o, e os
epiuristas eram avorOveis P epress/o dos impulsos naturais# (s estios
areditavam na sumiss/o do deseCo P ra/o por amor P virtude, Kue devia
ser usada
76
78
Edita Hed,reder
pelo seu valor intrLnseo os epiuristas areditavam na disiplina da
epress/o dos impulsos naturais a fm de oter a eliidade e a
tranK[ilidade# + interessante oservar Kue os proessos dessas duas esolas
rivais persistem até ;oCe nas modernas teorias sore o ontrole da naturea
;umana, e na oten./o da eliidade e da virtude#
Dessa maneira, Kuando a psiolo3ia era ainda uma parte da flosofa, muitos
dos padrJes de pensamento Kue deveriam tornar?se proeminentes mais
tarde, CO ;aviam apareido# Isto n/o Kuer dier Kue os atuais modos de
pensar oram onsientemente emprestados dos anti3os, nem Kue as
desoertas da inia moderna CO estivessem implLitas nas anti3as
espeula.Jes# Antes si3nifa Kue os mesmos prolemas sur3iram na vida
;umana, oram pereidos da mesma maneira, e deram ori3em aos
mesmos métodos para resolv?los# NaKuela époa, omo a3ora, eistiam os
prolemas dos elementos e da orma, das partes e do todo, da rela./o entre
a mente e o orpo, da un./o e da estrutura, dos proessos e da sustQnia,
e do ontrole e orienta./o da naturea ;umana para oter a realia./o, a
virtude e a eliidade#
Do ponto de vista das ontriui.Jes positivas para a psiolo3ia ientLfa, a
Idade "édia é relativamente sem importQnia# &ua ontriui./o
araterLstia aos prolemas psiol3ios a;a?se nos estudos esolOstios
sore a naturea e os atriutos da alma# "as, omo todos saem, esses
estudos oram muitas vees menionados omo sendo a prpria antLtese do
método ientLfo# N/o ome.am om per3untas, mas om uma verdade CO
aeita, aseada na autoridade# Ao avan.ar, n/o se utiliavam da oserva./o
e da indu./o, mas se apoiavam no desenrolar minuioso das implia.Jes
dos oneitos e na dedu./o l3ia das onseK[nias# N/o usavam,
enfm, a evidnia dos atos mas a sua validade l3ia# &eu método de
pensar tem sido usado omo o eemplo par eeliene da espeula./o sem
ase, do raioLnio traal;ando sem o lastro dos atos empLrios# -odavia, os
eeitos ne3ativos dessa mesma prOtia oram da mais Ita importQnia para a
inia# "uitas das araterLstias da inia ? de ato, n/o a sua naturea
essenial, mas um nMmero apreiOvel de seus tra.os aidentais ? podem ser
epliadas omo uma revolta ontra os eessos de tal método# A sua
avers/o pelo do3matismo e o seu temor pelas espeula.Jes n/o provadas
s/o pereitos soreviventes das atitudes emoionais desenvolvidas na luta
neessariamente violenta ontra o apelo P autoridade e a urOtia da
dedu/o v# au o
%siolo3ias do &éulo
esolastiismo medieval ;avia tornado a moda inteletual vi3ente#
( perLodo moderno da flosofa, entretanto, estO repleto de anteipa.Jes das
psiolo3ias da atualidade# 'ontém, realmente, tantas previsJes de
prolemas e teorias Kue est/o sendo estudados ;oCe em dia, Kue é
impossLvel tentar aer uma desri./o ampla dos mesmos# "uitos pontos de
vista interessantes e su3estivos em si mesmos devem ser postos de lado, e
a aten./o deverO se limitar Ps lin;as de pensamento Kue possuem al3uma
rela./o ;istria evidente om o desenvolvimento do ponto de vista
ientLfo em psiolo3ia# ( Kue apresenta maior seK[nia l3ia é a lin;a
de investi3a./o
a ant, rLtia
e Kue teve entreKue
os se reere
seus a Desartes,
suprodutos aos empiristas
o sur3imento in3leses
de duas e
esolas
de psiolo3ia pré?ientLfa, o assoiaionismo na *r/?Bretan;a e o
;erartism( na Aleman;a#
"uito perto da onte deste movimento estava René Desartes, uCa ora na
primeira metade do séulo @II é inteiramente tLpia do inLio do perLodo
moderno pela sua revolta ontra o do3matismo da tradi./o esolOstia# (
prprio Desartes, entretanto, n/o passava de um reelde por
temperamento# Era um ;omem etremamente raoOvel, sinero, muito
auteloso, Kue, emora se tivesse devotado P proura do saer, desoriu,
ao atin3ir a maturidade, Kue nada eistia Kue ele souesse om ertea#
@erifando Kue podia duvidar de al3umas das maiores ren.as dos ;omens,
deidiu delieradame\te utiliar a dMvida omo um método ? duvidar de
tudo Kue osse possLvel duvidar, na esperan.a de ;e3ar ao evidente por si
e ao induitOvel# Desoriu Kue podia duvidar astante0 da eistnia de
Deus, do mundo, e mesmo da eistnia de seu prprio orpo# De uma oisa
n/o podia duvidar0 era o ato de Kue estava duvidando, e a ertea de Kue
sua dMvida ? isto é, seu pensamento ? eistia, deu?l;e
o undamento para seu sistema# Estaeleeu sua onvi./o na amosa
rase0 V%enso, lo3o eistoV, e a onsiderou omo um aioma# Estaeleeu,
portanto, a ren.a em sua prpria eistnia omo um ser pensante, e daL
por um proesso de raioLnio dedutivo, a ren.a na eistnia de Deus e do
mundo, inluindo o seu prprio orpo Lsio# &ua prova da eistnia de
Deus onsistia no ar3umento Kue ele, Kue duvidava e era um ser impereito,
n/o ostante possuLa a idéia de Deus, um ser pereito# E uma ve Kue o
pereito n/o pode depender do impereito, é neessOrio admitir a eistnia
de Deus para poder ter a idéia Dele# Ent/o, se Deus
_
Edna Heid)reder psiolo3ias do &éulo
5
eiste, o mundo deve eistir, porKue as idéias Kue ns pereemos lara e
distintamente omo verdades ? n/o aKuelas Kue aeitamos simplesmente
pela evidnia da ima3ina./o e dos sentidos ? devem ser verdadeiras,
VporKue do ontrOrio n/o poderia ser Kue Deus, sendo totalmente pereito e
vera, as tivesse oloado em nsV# Assim Desartes ;e3ou om o seu
raioLnio a tudo aKuilo Kue a sua dMida ;avia destruLdo# A dieren.a entre
o seu primeiro estado e o Mltimo n/o era uma dieren.a nos oCetos da
ren.a, mas no ato de Kue os mesmos estavam a3ora estaeleidos
raionalmente#
Este ponto é si3nifativo# =uer dier Kue emora Desartes omatesse o
do3matismo do pensamento esolOstio, n/o ataou os seus métodos
inteletualistas# Reorria P ra/o em lu3ar da eperinia# &e eiste al3o em
Desartes mais notOvel do Kue o esor.o delierado de um ompleto
etiismo, é a sua é serena no poder do inteleto ;umano para eslareer a
onus/o reinante# primeira vista, paree Kue Desartes n/o leva em
onta a possiilidade de a ra/o ser inadeKuada para tal tarea# =uando
desoriu Kue n/o podia ter ertea de nada, lan.ou m/o da ra/o omo
uma oisa natural e dediou?se sistematiamente P tarea de elaorar um
undamento inteletual estOvel para o universo# Deseriu um notOvel 3olpe
na suservinia medieval P autoridade, mas, ao assim aer, utiliou o
método dedutivo Kue é t/o araterLstio do pensamento medieval Kuanto o
seu do3matismo#
?N Eistem vOrias afrma.Jes de Desartes Kue s/o de espeial interesse
para a psiolo3ia# A de maior alane entre elas é o seu dualismo Kue,
emora dierente do de %lat/o em sua ori3em, é idntio em seus eeitos#
De aordo om Desartes, eistem duas sustQnias0 mente e matéria, a
sustQnia pensante e a etensa# Esta onep./o oloou?o em al3umas
difuldades interessantes e eslareedoras ;avia separado a mente e a
matéria de modo t/o ompleto Kue a;ava diLil CuntO?las novamente de
orma ;armcnia# Um resultado desta situa./o oi a teoria de Kue os
animais, por n/o possuLrem res o3itans, ou sustQnia pensante, s/o
autcmatos ? uma interpreta./o dos or3anismos vivos ompleos Kue é
espeialmente interessante P lu das reentes interpreta.Jes meaniistas
do omportamento animal e ;umano# Desartes oi, na realidade, um
ompleto meaniista em reernia a todo o mundo material# Areditava
Kue todas as a.Jes do orpo ;umano ? os movimentos dos mMsulos e
tendJes, as atividades da respira./o, mesmo os pro esso
da sensa./o ? podem ser epliadas de aordo om prinLpios meQnios#
Foi Desartes, de ato, Kue introduiu o oneito de a./o re\ea, t/o
lar3amente usado desde ent/o nas eplana.Jes meaniistas dos proessos
orporais# -odavia, Desartes se asteve de onsiderar os seres ;umanos
omo meros autcmatos areditava Kue em ada pessoa ;avia uma alma
provida de ra/o, uma sustQnia pensante, Kue tin;a o poder de diri3ir e
alterar o rumo meQnio dos aonteimentos# Esta alma a3e através da
3lQndula pineal na ase do érero, e in\uenia os movimentos do orpo,
a3indo sore os espLritos animais no san3ue, o Kual entrando por um nervo
ou outro determina Kue movimento deve ser eetuado# "as, a a./o do orpo
em si, emora suCeita P dire./o da alma, é puramente meQnia# A rela./o
entre a mente e o orpo, omo Desartes a via, é, portanto, de intera./o# A
mente a3e sore o orpo da maneira Kue aaamos de desrever, e sore a
in\unia do orpo através da sensa./o, emo./o e a./o# Desartes deiou
de epliar omo duas sustQnias t/o dierentes podem se in\ueniar
reiproamente, porém estaeleeu a posi./o do dualismo e do
interaionismo om a mOima larea e assim reafrmou a distin./o entre a
mente e a matéria no pensamento moderno#
(utro ponto dos ensinamentos de Desartes Kue tem uma one/o direta
om a psiolo3ia é a sua ren.a nas idéias inatas# Desartes, Kue era t/o
om matemOtio Kuanto flsoo, admitiu Kue eistem ertas verdades
neessOrias ou aiomas Kue onstituem a ase do on;eimento
demonstrOvel# -ais verdades, se3undo admitia, s/o inerentes P naturea
;umana e Kuando pereidas s/o evidentes por si mesmas# Apesar de sua
inten./o de duvidar de tudo, Desartes n/o ar3umentou sore a eistnia
das idéias inatas# Esta Kuest/o da dMvida, entretanto, oi susitada por
al3uns de seus rLtios, e alan.ou tal importQnia Kue se tornou o ponto de
partida da lon3a série de investi3a.Jes, pelas Kuais os flsoos da *r/?
Bretan;a desenvolveram o seu empirismo rLtio#
Um deles, ontemporQneo mais vel;o de Desartes, oi -;omas Hoes,
monarKuista ritQnio, rude e ostinado, Kue esreveu um erto nMmero de
tratados sore a naturea ;umana, nos Kuais deu espeial aten./o Ps
rela.Jes do ;omem om o Estado# ( )eviat/, puliado em 5:95, dois anos
aps a eeu./o de 'arlos 5, oi talve o mais importante deles# Este livro é
em primeiro lu3ar um tratado de polLtia, mas ao lado de seu tratamento
das KuestJes polLtias eiste
Eina Heidreder
uma tendnia Kue é de espeial interesse para a psiolo3ia, ou seCa, a de
super?raionaliar a onduta ;umana, ( prinipal oCetivo de Hoes era
Custifar o poder asoluto do 3overno# Assim o e epliando antes de tudo
Kue ;O um impulso natural em todos os ;omens para onse3uir o Kue
Kuerem e tudo o Kue podem oter# Este impulso, entretanto, ondu
inevitavelmente ao on\ito# 'ada um estO em luta om todos os outros
nin3uém estO se3uro ada um estO, até erto ponto, derrotado em seus
oCetivos# Esta situa./o intolerOvel termina Kuando os ;omens, impelidos
pelo medo e pelo e3oLsmo, pereem Kue podem onse3uir se3uran.a e
maior proveito das oisas oas da vida, desistindo de seu direito natural de
tomar tudo o Kue podem, e pereendo em troa a 3arantia de prote./o
ontra as a3ressJes e depre?# da.Jes de seus semel;antes, %orém, este
estado de oisas s pode ser mantido se ;ouver um poder astante orte
para impc?lo, e este é estaeleido Kuando os omponentes do Estado
onordam em arir m/o de seus direitos e poderes, em avor de uma
autoridade entral# Este aordo voluntOrio é a Custifativa para o poder
asoluto daKuele Kue 3overna#
Do ponto de vista da psiolo3ia, é si3nifativo no estudo de Hoes o uso
Kue a da idéia de V;omem raionalV, isto é, de Kue a onduta ;umana é
dominada pela ra/o# Emora o medo e o e3oLsmo, de ato, seCam
onsiderados os motivos da a./o, a ra/o su3ere Vondi.Jes onvenientes
de paV e orienta a orma da onduta# ( medo e o e3oLsmo atuam de uma
orma alulada e n/o se maniestam Ps e3as# Em outras palavras, é a
ra/o Kue ontrola a situa./o# Dessa maneira, Hoes ornee outro
eemplo da tendnia 3eral de pensarmos no ;omem .omo sendo um
animal raional, de epliar a seK[nia de suas a.Jes omo planeCadas e
previstas, em lu3ar de determinadas pelo aaso e omo sendo diri3idas
fnalmente por onsidera.Jes inteletuais, ao invés de por al3uma oisa t/o
irraional omo o sentimento, a emo./o, e os inidentes da vida# A
psiolo3ia estO ontinuamente desorindo Kue os seres ;umanos 3ostam
de atriuir P ra/o o maior papel nos seus aaeres e é um sinal evidente
do poder desta tendnia o ato de ela apareer no Lnio e realista Hoes,
Kue nuna oi ausado de tentar desrever a naturea ;umana de uma
orma lisonCeira, por mLnima Kue osse#
%orém, a atitude de Hoes em rela./o ao ;omem raional oi menos uma
epress/o propriamente sua do Kue do modo de pensar orrente na époa#
De ato, isto é si3nifa?
%siolo3ias do &éulo
7
tivo porKue é uma epress/o daKuele modo de pensar# (utras ontriui.Jes
de Hoes para a psiolo3ia, entretanto, ariram novos ;oriontes# Uma
delas é um tratamento 3eral dos proessos psiol3ios Kue os oloa de
modo ineKuLvoo na orrente dos aonteimentos naturais# Hoes ;avia?se
impressionado pela ora de *alileu e, aproveitando?se da possiilidade
su3erida de uma eplia./o naturalista, tentou desrever toda a atividade
;umana, inlusive a psiol3ia, em un./o do movimento# A sensa./o, Kue
é a onte do on;eimento, é movimento omuniado pelo oCeto eterno
ao érero# A ima3ina./o e a memria s/o ontinua.Jes daKuele
movimento Vsentido deadenteV é a epress/o usada por Hoes# A mente
n/o tem onteMdo, por mais ompleo Kue seCa, Kue n/o possa ser reduido
a estes termos# "esmo as seK[nias de pensamento, por mais oasionais
Kue possam pareer, s/o parte da lei natural# Da mesma orma Kue as
idéias s/o determinadas pelos oCetos a3indo sore os sentidos, assim
tamém as transi.Jes de uma idéia para outra s/o determinadas pelas
rela.Jes Kue elas mantm entre si na eperinia iniial# Naturalmente, isto
implia o prinLpio Osio do assoiaionismo0 isto é, Kue uma idéia suede
a outra n/o por aaso, mas de aordo om uma lei# Foi em rela./o a isto
Kue Hoes e uma distin./o entre as duas espéies de pensamento Kue
oram desde ent/o ;amadas assoia./o livre e ontrolada# Na primeira,
Vdi?se Kue os pensamentos va3ueiam e pareem n/o ter rela./o entre si,
omo aontee no son;oV na se3unda, eiste al3um Vpensamento interno
para 3overnar e diri3ir os outros Kue vm a se3uirV# E ainda, mesmo no
Vordenamento onusoV aparente da assoia./o livre, Hoes onsiderava o
urso do pensamento omo determinado# &ua psiolo3ia oi materialista,
meaniista e determinista em seu todo, na Kual mesmo as mais ausais
ima3ina.Jes do ;omem tm o seu lu3ar em uma orrente ordenada de
aonteimentos Kue onstituem o mundo da naturea#
N/o oi Hoes, entretanto, mas seu ontinuador, 2o;n )o]e, Kuem susitou
a Kuest/o espeLfa Kue deu impulso ao empirismo ritQnio# Do ponto de
vista da psiolo3ia, )o]e situa?se no ponto de partida de dois movimentos#
Um deles, uma série de investi3a.Jes rLtias eetuadas por Ber]ele, Hume
e ant, resultou na destrui./o da anti3a psiolo3ia raional, um sistema de
pensamento Kue, pretendendo um on;eimento da alma aseado na
intui./o e na dedu./o, sustentava Kue o seu on;eimento é demonstrOvel
omo
%8iolo3ias do &éulo
9
Edna Heidlreder
asolutamente
maniestando?sevOlido, ( outro
em parte oi um movimento
na flosofa mais positivo,
do senso omum da esolao Kual,
esoesa,
e em parte nos ensinamentos dos assoiaionistas ritQnios, resultou em
uma psiolo3ia Kue, emora osse empLria por ser oposta P raional, n/o
;e3ou a se tornar eperimental#
A ori3em do prolema de )o]e é astante interessante# Durante um deate
om al3uns ami3os, oorreu?l;e Kue, omo n/o estivessem ;e3ando a um
aordo, sua primeira tarea seria desorir Kuais os assuntos Kue est/o P
sua altura, e Kuais os Kue est/o além de sua al.ada# &u3eriu, portanto, essa
Kuest/o e onordou em apresentar seu modo de pensar sore ela, na
prima reuni/o do 3rupo# Dessa orma, reuniu suas idéias sore o assunto
em orma resumida,
inteli3ente, o mantevemas este prolema,
oupado por vOriasapresentado assim
vees durante vintede orma
anos t/o
de sua
vida laoriosa# &ua resposta fnal oi dada no Essa onernin3 Human
Understandin,K, puliado em 5:6_, Kuando o autor tin;a 98 anos de idade#
( prolema de )o]e, é preiso notar, n/o era elusivament psiol3io#
'omo os flsoos 3re3os, estava interessado prinipalmente na validadE do
on;eimento n/o eaminava o proesso do on;eimento pelo seu valor
intrLnseo# Foi puramente oasional sua per3unta V'omo on;eemos^V# Em
essnia, a per3unta era V( Kue onordamos em aeitar omo
on;eimento verdadeiro^V# Em primeiro lu3ar, o empreendimento de )o]e
oi uma investi3a./o epistemol3ia, mas desviou a aten./o para os
prolemas psiol3ios#
=uando )o]e eaminou a onstitui./o do on;eimento, onveneu?se de
Kue todo on;eimento é derivado de uma Mnia onte, a eperinia# "as a
eperinia em si é de duas espéies0 uma provém da sensa./o, outra da
re\e/o em outras palavras, uma parte é proveniente dos oCetos sensLveis
do mundo eterior, e outra da perep./o das un.Jes de nossa prpria
mente# N/o eistem outras ontes de on;eimento# N/o eistem idéias
inatas# Um ponto em Kue )o]e insiste de modo espeial é o de Kue ns n/o
ome.amos a vida om uma reserva de aiomas ou verdades neessOrias#
Através de pO3inas e mais pO3inas, desenadeia uma 3uerra ontra a no./o
de Kue a mente esteCa provida de idéias independentes da eperinia#
Iniialmente a mente é Vum papel em rano, desprovida de atriutos, sem
nen;uma idéiaV# VNada eiste no inteleto Kue n/o ten;a passado antes
pelos
sentidosV0 esta rase é, Ps vees, onsiderada uma ormula./o da teoria do
on;eimento de )o]e# A sensa./o e a re\e/o nos d/o idéias simples, as
Kuais s/o o material om Kue é ormado todo o pensamento ;umano#
%ara )o]e, tudo isso era de interesse e importante, porKue mostrava as
apaidades e, prinipalmente, as limita.Jes da ompreens/o ;umana# Isso
l;e deu um ritério para provar a validade do on;eimento# &e pudéssemos
desorir a ori3em real de uma idéia, a eperinia, tal idéia seria aeitOvel
se n/o se
ilusria pudesse
? teria enontrar
entrado um undamento
urtivamente naaseada
e n/o seria eperinia, ela seria
em atos# A anOlise
do on;eimento de )o]e, entretanto, teve um si3nifado tanto
epistemol3io Kuanto psiol3io# Estaeleeu no pensamento da époa
uma onep./o atomLstia da mente ? uma onep./o da mente omo
sendo omposta de unidades ominadas de vOrios modos# %roporionou
um onCunto de idéias simples e um plano de or3ania./o mental Kue
mostrou ser neessOrio somente desorir omo as idéias simples s/o
reunidas, a fm de ompreendermos a mente ;umana e todas as suas
possiilidades# + este aspeto positivo do ensino de )o]e, sua esperan.a
de tornar a mente inteli3Lvel em un./o de unidades e suas omina.Jes,
Kue levou ao aperei.oamento da esola do assoiaionismo psiol3io#
%orém, os lados ne3ativo ou rLtio do pensamento de )o]e tamém
tiveram onseK[nias importantes# A eplia./o do on;eimento eita por
)o]e, omo sendo omposto de idéias simples, Cuntamente om sua
tentativa de desrever o on;eimento de um mundo real eterior, levou?o
a distin3uir entre Kualidades primOrias e seundOrias# As primOrias s/o
aKuelas tais omo o movimento, a etens/o, a orma, a solide e o nMmero,
Kue eistem no oCeto em si# As seundOrias s/o, por eemplo, as ores,
saores e sons, Kue dependem do aparel;o sensorial do or3anismo# Assim,
a solide realmente eiste no mundo eterior mas n/o a or porKue ela é
al3o para a Kual ns ontriuLmos, por serem os nossos r3/os dos sentidos
de um erto tipo#
material#
além 'on;eemos
delas somente
e se o tentarmos as Kualidades
e onluirmos Kuesensoriais
eiste umanuna vamos
sustQnia
imanente nelas, al3o Kue as mantém e Kue l;e é prprio, nada estaremos
aresentando# Estaremos aendo simplesmente uma delara./o vaia,
ompletamente 3ratuita e sem undamento e, em Mltima anOlise,
inoneLvel# )o]e, Kue se ape3ou ao senso omum, onservou um nMleo
de sustQnia material no mundo eterior Ber]ele, Kue aderiu a um
método de raioLnio l3io, deiou?o de lado#
(u talve nem isto, pois Ber]ele n/o i3norou a dieren.a entre os oCetos
pereidos e os ima3inados# (s primeiros, afrmou, s/o independentes de
nossa vontade eistem, Kuei psiolo3ia
io &éulo
<
ramos ou n/o mais ainda, possuem uma ordem, uma oernia e frmea
Kue n/o l;es s/o impostas por ns# N/o est/o suCeitos aos nossos apri;os
possuem uma realidade ora de ns# "as esta realidade, insiste Ber]ele,
n/o pode ser orporal# A sua anOlise mostrou Kue a sustQnia material n/o
é real Kue a eistnia das oisas depende de serem pereidas Kue os
oCetos eternos n/o possuem um nMleo de sustQnia orporal Kue n/o
;O neessidade de tal nMleo e nem mesmo é ima3inOvel# Ainda mais, a
oeritividade, a independnia, a ordem e a estailidade dos oCetos s/o
atos Kue preisam ser levados em onta e Ber]ele eplia essas
Kualidades diendo Kue elas residem na mente pereptiva de Deus ? um
oneito Kue para ele estO livre da ontradi./o e da vauidade Kue enontra
na idéia de sustQnia material# Assim omo nossas idéias est/o para as
nossas mentes, a naturea toda estO para a mente divina# A eistnia das
oisas, fnalmente, onsiste na perep./o de Deus# %ara Ber]ele, este era o
ponto essenial de todo o seu tratado# Assim omo )o]e, ele estava
interessado em sua anOlise psiol3ia prinipalmente pelas suas
onseK[nias metaLsias# "as do ponto de vista da evolu./o ;istria, o
lado positivo de seu pensamento teve poua in\unia# Foi o lado rLtio e
destrutivo de sua flosofa Kue produiu ruto no pensamento suseK[ente#
E no entanto, apesar do ato de serem seus interesses prinipalmente
metaLsios, Ber]ele é o autor do Kue é provavelmente o primeiro tratado
elusivamente psiol3io ? podemos Kuase dier, da primeira mono3rafa
psiol3ia# &eu livro NeS -;eor o @ision, puliado um ano antes do
-reatise, enrenta um prolema psiol3io pelo seu valor intrLnseo, o de
mostrar omo Vpereemos pela vis/o a distQnia, a 3randea e a posi./o
dos oCetosV# Ber]ele tenta neste estudo mostrar omo pereemos a
distQnia ou tereira dimens/o, e assim o a n/o por ausa das implia.Jes
étias ou flosfas do prolema, mas simplesmente porKue o prolema
eiste# Ber]ele adverte Kue n/o podemos pereer a distQnia diretamente
porKue Va distQnia, sendo uma lin;a diri3ida de ponta para os ol;os, proCeta
somente um ponto no undo do ol;o# Este ponto permanee
invariavelmente o mesmo Kuer a distQnia seCa maior ou menorV# &ua
eplia./o é a de Kue ns pereemos a distQnia omo resultado da
eperinia de modo mais defnido, ertas impressJes visuais tornam?se
assoiadas om as sensa.Jes do tato e do movimento Kue se verifam
Kuando aemos os
8
Edna Heidreder psiolo3ias do &éulo
6
aCustes oulares neessOrios para ol;ar oCetos primos ou distantes, ou
Kuando movemos nossos orpos ou partes deles ao nos aproimarmos ou
ao nos aastarmos dos oCetos vistos# Esta é provavelmente a primeira
aplia./o do prinLpio da assoia./o a um prolema elusivamente
psiol3io# -alve deva ser menionado de passa3em Kue Ber]ele pareia,
em um 3rau ora do omum, estar iente do papel desempen;ado pelas
sensa.Jes musulares e do tato nos proessos psiol3ios# %or al3um
motivo, as sensa.Jes Kue nos aem ientes de nossos prprios movimentos
orporais s/o mais ailmente omitidas do Kue s/o aKuelas provenientes da
vista e do ouvido, e ;amaram a aten./o um pouo tarde no
desenvolvimento da psiolo3ia# E, todavia, Ber]ele utiliou estas sensa.Jes
n/o somente para epliar a perep./o da distQnia, omo tamém para
mostrar Kue as Kualidades primOrias, assim omo as seundOrias, onsistem
em Mltima anOlise
sensa.Jes em serem
musulares sentidas
e tOteis aia, ou pereidas#
portanto, parte (dareon;eimento das
doutrina prinipal
de sua flosofa#
Ber]ele susitou ainda um outro prolema psiol3io dierente, o da
eistnia de idéias astratas# Neste aso, entretanto, o prolema oi
onsiderado devido a ter rela./o om a sua posi./o metaLsia# )o]e, Kue
;avia ondenado a no./o das idéias inatas, reon;eeu n/o ostante a
eistnia de idéias astratas# %orém, Ber]ele ne3ava a eistnia de
idéias astratas, e assim o e t/o aertamente devido P rela./o deste
assunto om a sua ale3a./o de Kue a idéia de sustQnia material Kuando
intimamente verifada torna?se inoneLvel# ( estudo de Ber]ele é
interessante do ponto de vista psiol3io, porKue identifa, de modo
evidente, a idéia om a ima3em# Uma ve Kue n/o pode ormar a idéia de
um ;omem a n/o ser Kue seCa um V;omem rano, preto ou amarelo, direito
ou urvo, alto, aio ou de estatura medianaV, CO Kue n/o pode aer uma
idéia do movimento Kue é dierente daKuele do orpo, e Kue n/o é rOpido
nem lento, retilLneo ou urvilLneo, onsidera a ren.a em idéias astratas
um VCo3o de palavrasV# Emora essa Kuest/o n/o ten;a sur3ido laramente
em seu estudo, a dieren.a entre Ber]ele e )o]e sore a possiilidade de
idéias astratas, inlui realmente a Kuest/o da possiilidade de pensamento
sem ima3ens# No undo f3uravam as per3untas0 podem nossas idéias ser
pias das oisas em Kue estamos pensando^ (u, em aso ontrOrio, devem
elas apresentar al3um onteMdo sensorial Kue as represente de erta
nada enontra
ou somra sen/o
? nada Kueperep.Jes
orrespondaisoladas ? amor
ao eu Kue ou dio, desrevem
os flsoos praer ou dor,
omolu
uma sustQnia simples Kue persiste através de toda transorma./o# Na
idéia do eu, ele v uma adi./o sem ase e desneessOria aos atos
oservados, a mesma espéie de idéia sem undamento Kue Ber]ele
enontrou na sustQnia material#
De maneira idntia, Hume trata da ausalidade# A idéia de ausa, di ele,
ontém a idéia da one/o neessOria, porém Kuando ele proura li3O?la de
novo om as eperinias das Kuais ela possivelmente provém, nada
enontra Kue d idéia de neessidade, apenas onti3[idade e suess/o# A
eperinia n/o nos ornee nada além de uma seK[nia invariOvel dentro
do tempo tudo o Kue ns realmente vemos é Kue Kuando aontee A, B
vem em se3uida# A neessidade em Kue a idéia de ausalidade implia
nuna é enontrada na eperinia# A idéia de ausalidade, portanto, n/o
possui validade oCetiva# + produida na mente, e n/o desoerta no oCeto#
%ermanee o ato, entretanto, Kue temos uma ren.a arrai3ada na
ausalidade, ato Kue Hume nuna ne3a,
9_
Edna 55 dr der
e Kue tenta epliar# Nossa ren.a na ausalidade é onsiderada por ele
uma Kuest/o de ostume ou ;Oito, ou ainda uma assoia./o muito orte#
seu onteMdo
susetLvel n/otratada
de ser é redutLvel
om aa termos Kuantitativos
eatid/o e, portanto,
Kue arateria n/o é
uma verdadeira
inia# N/o oi omo psilo3o, entretanto, Kue ant in\uiu sore a
psiolo3ia# Foi omo flsoo rLtio Kue delarou serem sem undamento as
pretensJes da psiolo3ia raional# &ua importQnia para a psiolo3ia reside
no ato de ele permaneer no etremo de uma série de investi3a.Jes
rLtias na Kual, pelo eame de seu prprio instrumento, o inteleto
;umano, a flosofa tornou ada ve mais evidente Kue a psiolo3ia,
KualKuer Kue seCa, n/o é metaLsia# Desartes iniiou o movimento om seu
apelo da autoridade para a ra/o# Hoes, )o]e, Ber]ele e Hume,
eetuando suas anOlises através de etapas suessivas, ;e3aram a um
ponto onde n/o se podia dar nen;uma Custifativa asoluta para a
autoridade do inteleto# ant, ao mesmo tempo Kue afrmava o papel do
inteleto na eperinia, delarou Kue este era vOlido somente dentro do
ampo da eperinia, e Kue todo on;eimento Kue pretendesse
transender a mesma, ser asoluto e de ertea fnal, n/o tin;a
undamento# A psiolo3ia raional aia parte desse on;eimento sem
ase# N/o ;avia mais tanta esperan.a, seCa na psiolo3ia, seCa na Lsia,
para se oter um on;eimento erto e asoluto# A psiolo3ia, omo a
Lsia, somente podia eistir omo inia empLria#
Neste Lnterim, o interesse pelos aspetos psiol3ios da eperinia em si
n/o esperou por essa Custifa./o meta Lsia# Devemos lemrar Kue lado a
lado om a rLtia do on;eimento ;avia um outro movimento, de arOter
mais positivo, Kue tin;a sua ori3em na anOlise empLria do on;eimento,
Kue )o]e e seus ontinuadores utiliaram# Uma parte desse movimento
epressou?se na flosofa do senso omum da esola esoesa# ( seu ponto
de partida oi Hume, omo o ;avia sido de ant, mas os flsoos esoeses
trataram seus ilustres onterrQneos de modo muito mais drOstio do Kue o
dili3ente ant# (s resolutos realistas esoeses frmaram?se num mundo
slido Kue se reusava a ser anido por espeula.Jes sutis# Estas l;es
pareiam menos reais do Kue os oCetos dos sentidos e da vida diOria, e se a
anOlise raional deiava uma impress/o de oisas t/o laramente em
ontraste om a realidade omo ela aparee ao senso omum, a;avam Kue
isso era muito noivo P anOlise raional# -;omas Reid, proessor de flosofa
em Edimur3o e ontemporQneo de Hume, oi o undador dessa esola#
Baseava sua posi./o no VinstintoV e no Vsenso omumV# (s sentidos,
afrmava, nos aem imediatamente onsientes de um mundo eterior e
despertam em ns uma Vren.a inaalOvelV na eistnia dos oCetos
eternos# Emora seCa verdade n/o ser possLvel Custifar nossa ren.a, a
sua presen.a é indisutLvel, e ela prpria deve ser epliada, portanto, omo
devida a uma tendnia iniial e instintiva implantada na naturea ;umana#
Foi lemrado Kue as idéias de Hume e Reid n/o s/o, afnal, muito dierentes,
uma ve Kue amos sustentam Kue a ren.a n/o possui uma ase raional,
mas n/o ostante eiste# 'onta?se Kue Kuando este assunto oi su3erido ao
Dr# -;omas BroSn, um dos se3uidores de Reid, BroSn respondeu0 V&im, Reid
prolamou aos 3ritos Kue ns devemos rer num mundo eterior mas
aresentou em vo aia, n/o termos motivos para esta ren.a# Hume
alardeia Kue n/o temos motivo para tal idéia e, a meia vo, reon;ee Kue
n/o podemos nos livrar dela#V7
"as a dieren.a em nase teve enormes onseK[nias prOtias# A atitude
da esola do senso omum n/o s ;amou a aten./o para o mundo dos
atos empLrios, omo tamém Custifou o sentido daKuela aten./o# Ao
assim aer, adotou a posi./o Kue é, em essnia, a Kue a inia
ompartil;a om o senso omum ? ou seCa, aeitar omo erto, omo ponto
de partida, o mundo omo paree ser para a perep./o in3nua# A flosofa
do senso omum adotou o mesmo proesso para o aso da reli3i/o
revelada# Era, de ato, um dos oCetivos da esola esoesa protestar ontra
as implia.Jes do etiismo de Rume Kue pudessem minar a é reli3iosa#
Afrmar Kue a é e a ren.a s/o atitudes verdadeiras e neessOrias em
rela./o ao mundo eterior era dar um passo no sentido de Custifar essas
atitudes om respeito P reli3i/o# %ara a esola esoesa, reli3i/o era
sincnimo de alvinismo, e omo esta esola uniu?se, lo3o depois, ao
7 *# H# )eSes, -;e Bo3rap;iai Hstor o %;ilosop;, 95#
5
9
Edna Heidreder
reon;eem a assoia./o
reoniliar a ren.a por semel;an.a,
na unidade outros,
do eu om uma n/o e al3uns
eplia./o tentam
de proessos
mentais derivados do atomismo lo]iano# "as apesar das modifa.Jes
introduidas por al3uns, a lin;a prinipal de desenvolvimento oi uma
tentativa para mostrar, Ps vees minuiosamente, Kue, partindo de idéias e
do prinLpio 3eral de assoia./o, é possLvel epliar todas as orma.Jes
mentais, seCa Kual or o seu 3rau de ompleidade#
'om -;omas BroSn, a esola esoesa e o assoiaionismo ritQnio
ominaram de modo defnitivo# BroSn, Kue ;avia sido aluno de Du3ald
&teSart, suessor de Reid em Edimur3o, oi tamém proessor de flosofa
nessa idade# &e3uindo a esola esoesa, Kue aeitava os eus do mesmo
modo omo aeitava o mundo eterior, BroSn admitiu uma psiolo3ia Kue
real.ava a unidade da mente# Areditava, ao mesmo tempo, Kue a anOlise
oereida pelos empiristas ritQnios ontriuLa muito para o on;eimento
das ormas peuliares em Kue a mente uniona# + on;eido em psiolo3ia
prinipalmente por sua tentativa de estaeleer a& ondi.Jes espeLfas
so as Kuais a3e o prinLpio 3eral de assoia./o# As leis de reentiidade,
reK[nia e intensidade ? esse trio muito usado ? f3uram entre elas#
Depois de BroSn, a prinipal série de suessores vai de &ir William Hamilton
aos "ills, &pener e Bain, Kue representam o assoiaionismo em seu
apo3eu# &ir William Hamilton, ;omem notavelmente apa, oi iniialmente
um flsoo e um l3io# + mais on;eido em psiolo3ia por sua defni./o
de Vreinte3ra./o totalV, ou seCa, a tendnia Kue uma idéia possui de
restaeleer na mente todas as oisas Kue a ela est/o li3adas na
eperinia iniial# 2ames "uI é al3umas vees menionado omo o
assoiaionista par eellene, porKue em seus esritos os prinLpios
assoiaionistas oram apliados em toda a sua inteirea e om tal minMia
Kue suas limita.Jes se tornam evidentes a par de suas possiilidades# "ill
era inati3Ovel em seu esor.o para mostrar Kue os proessos assoiativos
s/o adeKuados para as mais
f:
Ednt Heidreder %8i'(l(3W& do &éulo
9<
altas ompleidades da vida mental# &uas oserva.Jes a respeito da idéia
do V-odoV s/o muitas vees itadas omo eemplo de até onde deseCava
levar seu prinLpio#
V-iColo é uma idéia ompleaV, esreveu ele, Vreoo é outra essas idéias,
Cunto om as de posi./o e Kuantidade, ormam min;a idéia de parede#
"in;a idéia de uma tOua é omplea, a de vi3a é omplea, a de pre3o
tamém o é# Essas, unidas om as mesmas idéias de posi./o e Kuantidade,
ompJem min;a idéia omposta de assoal;o# De maneira Idntia, min;as
idéias ompleas de vidro, madeira e outras ormam min;a idéia omposta
de Canela e essas idéias ompostas, todas Cuntas, ormam min;a idéia de
uma asa, Kue é ormada de vOrias idéias ompostas# =uantas idéias
ompleas ou ompostas est/o Cuntas na idéia de moilia^ E Kuantas mais
na de meradoria^ E ainda mais na idéia do -odo ^V
2o;n &tuart "ill, fl;o de 2ames "ili, a;ou diLil epliar as idéias ompleas
em termos de idéias mais simples Vtodas CuntasV mesmo se osse admitido,
omo seu pai admitira, Kue os elementos n/o retm sua distin./o, ( fl;o,
entretanto, ontinuou assoiaionista, pelo menos de nome, e sorepuCou
sua difuldade por meio do oneito de VKuLmia mentalV# As idéias
ompleas, diia, nem sempre s/o destinadas P omposi./o pode?se dier
Kue resultam de idéias simples ou s/o 3eradas por elas, mas n/o ormadas
por elas, assim omo nos ompostos KuLmios aparee al3uma oisa no
omposto Kue an/o
orma em Kue estO presente
sensa./o nos n/o
do rano elementos tomados
é omposta# das em
seteseparado#
ores do Da
prisma, mas é 3erada por elas, assim uma idéia omplea pode ser 3erada,
e n/o omposta, de idéias simples# Nos dois "iils, tamém, os prinLpios do
utilitarismo de Bent;am oram ominados om as doutrinas do
assoiaionismo, dando omo resultado Kue o assoiaionismo traia, em si,
um oneito de motiva./o Kue eplia a onduta ;umana na ondi./o um
tanto super?raional de Ve3oLsmo eslareidoV, uma ren.a de Kue os atos
;umanos podem ser epliados em un./o da usa do praer e da u3a da
dor#
Herert &pener, atore anos mais Covem do Kue 2o;n &tuart "ill, é
importante
de para o assoiaionismo
vista da evolu./o prinipalmente
em seu pensamento porKue
psiol3io# adotou
&pener, o ponto
Kue
areditava na ;eran.a dos arateres adKuiridos, sustentava Kue os tra.os
ompleos evoluem na ra.a da mesma orma Kue as idéias ompleas se
desenvolvem nos indivLduos a partir das idéias sim?
2ames "iii, Gnalais o, t;e %\enomena o t;e Human "md, 5, 559#
pies ? Kue os instintos, por eemplo, s/o ormados a partir dos re\eos#
Aleander Bain, ontemporQneo de &pener, é mais on;eido pelos seus
dois livros -;e &ense8 and t;e Intellet e -;e Emotions and t;e Will# &ua
importQnia reside n/o tanto por KualKuer ontriui./o defnida, nem
devido a uma doutrina ou teoria partiular, Kuanto pelo ato de seus dois
livros onstituLrem uma eplia./o sistemOtia e didOtia do
assoiaionismo lOssio em seu apo3eu# Estes livros, puliados lo3o aps
a primeira metade do séulo I, assinalam o ponto ulminante do
assoiaionismo ritQnio e, portanto, podem ser onsiderados omo
maros da ;istria da psiolo3ia#
De erto modo, o assoiaionismo oi a primeira VesolaV de psiolo3ia# &eus
adeptos ormavam um 3rupo de ;omens Kue traal;ava so a mesma
orienta./o e Kue enarava os maiores prolemas da psiolo3ia Kuase da
mesma orma# N/o onordavam em todos os pontos ? na rela./o entre a
idéia e a sensa./o, por eemplo, e em pontos tais omo se a assoia./o por
semel;an.a deveria ser reon;eida Cunto om a assoia./o por
onti3[idade ? porém estavam todos oupados om os mesmos tipos de
KuestJes e seu pensamento apresentava um desenvolvimento ontLnuo# E
de modo em defnido, os assoiaionistas estavam esrevendo psiolo3ia
em lu3ar de flosofa# Eaminavam os prolemas na orma atual das
inias naturais, usando o seu oCeto na eperinia real, nas orma.Jes
de pensamento Kue podiam ser oservadas# Em suas m/os, a mente perdia
muito de sua aura de mistério e inaliilidade, e a psiolo3ia torna?se
evidente, despretensiosa e empLria# A prinipal tarea da esola era a
mesma Kue em toda parte a inia realia ? a tentativa de desorir as leis
naturais nun mundo de atos naturais e oservOveis#
Até a3ora pouo alamos sore os flsoos da Europa ontinental# &omente
Desartes e ant
li3a.Jes om oram menionados,
o pensamento e oramda
rLtio e empLrio inluLdos devido Ps
*r/?Bretan;a# suasmais
Ainda
do Kue os seus ontemporQneos ritQnios, os flsoos do 'ontinente
estavam s oasionalmente interessados em psiolo3ia# N/o ;avia,
ertamente no 'ontinente, uma lin;a ontLnua de investi3a./o psiol3ia
Kue persistisse, omo no aso do assoiaionismo e empirismo ritQnios,
através das personalidades e dos prolemas mutOveis# No entanto, muitas
das onep.Jes dos flsoos ontinentais, emora se tivessem
desenvolvido em tentativas de resolver prolemas Kue n/o eram
98
96
Et)na Heidreder
em si psiol3ios, in\ueniaram a psiolo3ia de modo defnitivo#
Uma dessas onep.Jes é o paralelismo de Espinosa, ontemporQneo de
Desartes e, omo este, o autor de um dos 3randes sistemas raionalistas
do séulo @II# Em al3uns dos seus esritos, Espinosa tratou de prolemas
espeifa? mente psiol3ios mas, de orma astante estran;a, é somente
através de sua doutrina metaLsia do paralelismo Kue ele a parte da
psiolo3ia na atualidade# E mesmo essa doutrina tem sido usada em
psiolo3ia de uma orma Kue n/o paree representar o pensamento de seu
autor# %ois o paralelismo de Espinosa aia parte de sua onep./o da
realidade, omo uma unidade Kue tudo inluLa e Kue, emora tendo um
nMmero infnito de Kualidades, é uma s em si e se apresenta P perep./o
;umana somente através de dois de seus atrLutos, matéria e mente#
Basiamente, Espinosa oi um monista a ren.a na unidade do mundo e
Kue se situa na ase de sua flosofa era al3o para a Kual sentia tanto uma
neessidade emoional Kuanto inteletual# "as, em psiolo3ia, o oneito
de paralelismo, etraLdo do onteto Kue deu seu si3nifado ao seu autor,
oi usado por al3umas esolas omo um meio adeKuado para tratar do
prolema mente?orpo# &eu mérito, assim omo tal método, reside no ato
de permitir a um pesKuisador levar em onta tanto os aonteimentos
Lsios Kuanto
envolver?se naos mentais edeoservar
metaLsia sua rela./o
sua rela./o Mltima# (deparalelismo
modo empLrio sem
de Espinosa
oi onsiderado realmente Mtil em psiolo3ia, eatamente porKue pode ser
tomado em separado de seu onteto e usado sem se onsiderar as suas
implia.Jes metaLsCas# ( mental e o Lsio podem ser enarados omo
duas orrentes de aonteimentos, nen;uma a3indo omo ausa da outra,
mas Cuntamente onstituindo um sistema, no Kual a varia./o de uma é
normalmente aompan;ada de uma varia./o da outra# Esta onep./o
torna possLvel preservar o dualismo da mente e matéria e ainda evitar as
difuldades da intera./o das duas# Um modo de pensar um tanto pareido
enontra?se no oasionalismo de "aleran;e e na ;armonia
preestaeleida de )eini, representando amos, omo Espinosa, o
raionalismo do séulo @II#
)eini, realmente, omo Desartes e Espinosa, estaeleeu o Mltimo dos
trs 3randes sistemas raionalistas do séulo# &ua onep./o de realidade
era a de um Vuniverso pulveriadoV, omposto de um nMmero infnito de
entros de
or.a imateriais, sem dimens/o, ;amados mcnadas# &eu ;Oito mental de
VpulveriarV estO tamém presente em suas ontriui.Jes Ps inias
espeiais no Olulo infnitesimal, do Kual oi um dos inventores, e nas
petites pereptions Kue est/o inluLdas em uma de suas ontriui.Jes P
psiolo3ia# Esta doutrina das petites pereptions é virtualmente a doutrina
do inonsiente, e da ontinuidade do inonsiente om o onsiente# Da
mesma orma em Kue o mundo visLvel pode ser reduido a mcnadas
invisLveis, assim tamém nossa onsinia lara retorna P onsinia
osura ou mesmo a estados mentais inonsientes# )eini utiliou o
ramido do mar para eemplifar o si3nifado disto# + um ato ine3Ovel
Kue ouvimos este som todavia, os VpeKuenos sonsV dos Kuais ele deve ser
omposto ? aKueles produidos pelas ondas isoladas Kue onstituem o mar ?
n/o seriam ouvidos se ada um deles oorresse soin;o# N/o ostante,
devemos ser um pouo aetados pelas ondas isoladamente, porKue Vdo
ontrOrio n/o terLamos a perep./o de entenas de mil;ares de ondas, pois
uma entena de mil;ar de nadas n/o pode produir al3uma oisaV# -alve a
moderna psiolo3ia devesse preerir, em seu todo, epliar este encmeno
em un./o da soma total dos estLmulos, do Kue em un./o da soma total
das perep.Jes inonsientes# "as o ponto si3nifativo é Kue em )eini ;O
um reon;eimento defnido dos proessos mentais inonsientes, uma
re3i/o da psiolo3ia Kue, é esusado dier, tem provoado o mais vivo
interesse na psiolo3ia atual# As doutrinas dos psianalistas, por mais Kue
possam dierir em orma e arOter das inda3a.Jes de )eini, n/o ostante
possuem al3o em omum om os raioLnios eatos e as perep.Jes
penetrantes de um dos undadores do Olulo#
)eini estava por demais interessado no prolema das idéias inatas# )o]e,
deve ser lemrado, ne3ava a eistnia delas, mas aseava seu ar3umento
na ;iptese de Kue tais idéias eram tanto presentes Kuanto ausentes,
ompletamente ormadas ou ineistentes# )o]e levou muito em onta o
ato de os aiomas Osios n/o se enontrarem nas mentes das rian.as,
dos selva3ens e dos n/o instruLdos, e s apareerem Kuando o indivLduo
vive as eperinias Kue s/o apaes de produi?los# %ara )eini, tudo isso
podia ser verdade, e todavia o oneito da mente omo um Vpapel em
ranoV ou Vtaula rasaV n/o poderia ser a Mnia eplia./o possLvel#
&u3eriu o VmOrmore om nervurasV omo uma alternativa# Assim omo um
loo de mOrmore pode ser mar?
%siolg3ias do &éulo
:_
%8Soho3ias do &doulo
:5
Edna Heidreder
ado om nervuras a fm de tornO?lo mais adeKuado para a estOtua de
Hérules do Kue para KualKuer outra, tamém o ser ;umano pode naser
om idéias n/o ompletamente ormadas, mas om tendnias e
predisposi.Jes Kue tornam o desenvolvimento de ertas idéias altamente
provOvel e adeKuado P sua naturea# Esta onep./o n/o diere daKuela dos
instintos livremente or3aniados, Kue é aeita por um erto nMmero de
psilo3os ;oCe em dia ? isto é, Kue ertos tipos de omportamento s/o
inatos,
om n/o no sentido
a re3ularidade de sur3irem
meQnia ompletamente
de uma ormados,
adeia de re\eos, mas pereitos,
no de e
eistirem omo tendnias P rea./o, uCos detal;es s/o adKuiridos por um
proesso de aprendia3em por ensaio e erro, em resposta Ps araterLstias
de situa.Jes reais# De aordo om este modo de pensar, os tipos de a./o
on;eidos omo instintos s/o produidos por dois onCuntos de atores, os
Kue aem parte da onstitui./o inata e aKueles proporionados pelo meio
amiente#
No séulo @III, persistia o raionalismo do séulo anterior, n/o omo uma
tendnia para ormar sistemas e;ados omo os de Espinosa e )eini,
mas no ormalismo, lassiismo e no praer da onstru./o l3ia Kue
arateriou o pensamento desse perLodo# Na Fran.a, as duas prinipais
orrentes de pensamento psiol3io oram tentativas para levar as teorias
eistentes até suas onlusJes l3ias# Uma delas oi a representada por
)amettrie e 'aanis# Desartes, omo vimos, epliava os animais omo
sendo autcmatos e utiliou os prinLpios meaniistas de orma astante
etensa para epliar o omportamento ;umano# Em 5<8, )amettrie em
seu livro )Homme "a;ine tomou a deis/o Kue Desartes n/o Kueria
tomar e afrmou Kue todas as a.Jes dos seres ;umanos podem ser
epliadas meaniamente# 'inK[enta anos mais tarde, o médio 'aanis
reafrmou e desenvolveu a mesma opini/o# Delarou Kue a mente é
simplesmente uma un./o do orpo, mais propriamente do érero, e Kue
as a.Jes ;umanas, inlusive as mais ompliadas un.Jes do inteleto e as
mais avan.adas epressJes de sua naturea moral, n/o s/o nada mais do
Kue as onseK[nias inevitOveis de uma lei natural a3indo em seu orpo
Lsio# ( materialismo e o meaniismo eram aeitos de om 3rado omo
onstituindo uma eplia./o inteiramente adeKuada da onduta ;umana#
Da mesma orma, 'ondilla, aade de "ureau, esrevendo na metade do
séulo, levou a teoria do on;eimento
de )o]e ao etremo de um ompleto sensaionismo# )o]e ;avia
reon;eido duas ontes de on;eimento0 a sensa./o e a re\e/o#
'ondilla reduiu todo o on;eimento a uma Mnia onte0 a sensa./o#
Apresentando sua teoria, ima3inou uma estOtua, ormada por dentro omo
um ser ;umano, porém oerta om uma amada de mOrmore# Em primeiro
lu3ar,
estOtuaremoveu o mOrmore
tem a3ora do nari
uma sensa./o de eolato
oloou uma rosa da
a ra3rQnia P sua
rosarente# A
representa
sua onsinia total# A rosa é retirada e a sensa./o torna?se memria#
(utros oCetos s/o oloados em rente P estOtua ? uma violeta, um Casmim
e uma assa?étida# (s seus odores araterLstios s/o desta ve omparados
om a ima3em ? memria da rosa e om as ima3ens ? memria de ada
uma das outras, resultando Kue al3umas s/o pereidas omo a3radOveis e
outras desa3radOveis# Dessa orma sur3e o deseCo por al3umas e avers/o
por outras, e as paiJes e a vontade apareem omo onseK[nia da
ompara./o entre as sensa.Jes a3radOveis e desa3radOveis# De maneira
idntia s/o produidas todas as un.Jes do inteleto da ompara./o das
sensa.Jes sur3em a re\e/o, o CuLo, a astra./o, a 3eneralia./o e o
raioLnio# =uando permitimos outras sensa.Jes para a estOtua
? as de paladar, audi./o, vis/o e tato ? a sua vida psLKuia torna?se
muitLssimo mais omplea# ( sentido do tato tem importQnia espeial, uma
ve Kue proporiona o ponto de partida para a idéia de um orpo, e
portanto, do mundo eterior# %orém, tudo o Kue aontee na mente e todas
as idéias por ela produidas s/o derivados da sensa./o# ( onteMdo inte3ral
da mente, inlusive suas opera.Jes, nada mais é do Kue sensa./o Kue se
transorma de vOrias maneiras# A tese de 'ondilla é a Mltima palavra em
sensaionismo, e tamém em empirismo, onsiderando este termo omo
indiativo de uma teoria do on;eimento Kue se orma e se desenvolve
através da eperinia# "as, é importante oservar Kue o sistema de
'ondilla n/o é empLrio no sentido de oposto ao raional# + sempre até o
fm uma onstru./o l3ia e n/o uma desri./o de atos oservados# -alve
deva?
?se notar tamém Kue 'ondilla n/o era materialista# %artindo de sua
onvi./o de Kue todos os atos mentais s/o apenas sensa./o
transormada, poderia ter areditado ailmente, om os materialistas
raneses de sua époa, Kue a sensa./o é produida pelo unionamento
dos r3/os dos sentidos e do érero# "as o aade de "ureau n/o e isto#
De modo laro e defnido, supcs uma alma Kue, emora dis
:
Edna Heidreder
:7
tinta do orpo, era, no Kue di respeito P psiolo3ia, nada mais do Kue a
simples apaidade para sentir# Entretanto, este ponto n/o é importante em
seus ensinamentos# 'ondilla é lemrado prinipalmente por afrmar Kue a
sensa./o isolada é sufiente para epliar as mais ompleas un.Jes da
mente ;umana#
No mesmo séulo, 2ean 2aKues Rousseau e pesKuisas em um setor do
pensamento psiol3io totalmente diverso# A notOvel ontriui./o de
Rousseau para a psiolo3ia oi sua insistnia no papel desempen;ado pelo
sentimento e pela
tendnia para seremo./o na orma./o
inteletualista# -anto;umana# A psiolo3ia
os empiristas Kuantoteve
os sempre a
raionalistas ;aviam analisado o ser ;umano omo sendo uma riatura, uCa
atividade primordial seria o saer, o pensamento e a desoerta da
verdade# "as, era evidente para Rousseau Kue a naturea real do ;omem
era a emoional# A idéia de Kue o ;omem é essenialmente um ser
possuidor de idéias e ra/o, Rousseau onsiderava n/o somente alsa, omo
ainda uma alsidade unida a todos os males da ivilia./o, pois ele
areditava no Vselva3em noreV e no Vretorno P natureaV, e enarava a
ivilia./o omo sincnimo de esravid/o# A seu ver, as onven.Jes e as
restri.Jes da soiedade eram preCudiiais P parte mais Lntima do ;omem e
por seu prprio arOter ausivo aos ol;os de seus ontemporQneos
? e Kue se epressou em palavras e atos ? Rousseau permaneeu em rano
protesto ontra o ormalismo e a artifialidade de sua époa# Entretanto, a
sua in\unia na psiolo3ia n/o é Oil de estaeleer, pois oi
prinipalmente omo terio polLtio e omo individualista sem peias Kue
impressionou o mundo# 'ertamente ele n/o se enKuadra em nen;uma das
orrentes de desenvolvimento em defnidas Kue onduiram P inia
psiol3ia# %orém o ;omem Kue lan.ou as sementes da revolta na Fran.a
do séulo @III, e Kue protestou ontra o rio inteletualismo da flosofa,
em omo ontra o onvenionalismo artifial na soiedade ;umana,
tornou impossLvel para a psiolo3ia, mesmo a aadmia, ne3li3eniar
ompletamente o lado emoional da naturea ;umana# A emo./o ;avia
permaneido por muito tempo omo um ampo i3norado e pouo eplorado,
e a psiolo3ia fara por muitos anos aentuadamente inteletualista# A3ora,
no entanto, o ampo das emo.Jes tin;a sido ranamente indiado e
reon;eida sua enorme importQnia#
%orém as orrentes Kue estavam impelindo a psiolo3ia em dire./o ao
empirismo e ao naturalismo n/o deiavam de
ter onorrentes# Eram, na realidad, rea.Jes ontra o pensamento
ofialmente aeito# Na Aleman;a, por eemplo, ;avia ';ristian Wolb,
prottipo do raionalismo, ormalismo e do3matismo, uCa esola de
pensamento \oreseu durante a primeira metade do séulo @III# Wolb é
importante para a psiolo3ia moderna, mormente em ra/o de seus
ensinamentos eemplifarem t/o laramente dois ;Oitos do pensamento
Kue tin;am de ser etirpados se a psiolo3ia Kuisesse se tornar uma
inia# ( primeiro é a afrma./o de Kue a psiolo3ia raional prourou o
amin;o para a verdade e a realidade de urna orma inaessLvel P inia
natural e Kue a verdade asoluta e demonstrOvel a respeito da alma é
onse3uida pelo eerLio da ra/o pura# Esta é a ren.a Kue, omo CO oi
oservado, ant ataou do ponto de vista da flosofa rLtia# ( se3undo
;Oito é a onep./o da psiolo3ia das auldades, a Kual afrma Kue a
alma é dotada de um erto nMmero de poderes ? o raioLnio, a memria e o
CuLo, por eemplo ? e Kue eplia as realia.Jes tLpias da mente em un./o
do eerLio dessas auldades# -em ;avido Kueias ontra a psiolo3ia das
auldades por parte de vOrios setores# ( empirismo ritQnio, em sua
totalidade, opun;a?se oviamente a esta onep./o, e prinipalmente )o]e
oi ontra a mesma# %orém a psiolo3ia das auldades da Aleman;a no
séulo @III, omo era representada por Wolb, enontrou o seu maior e mais
direto adversOrio na psiolo3ia ;erartiana Kue a destronou# %ois 2o;ann
Friedri; Herart despertou o interesse alem/o om um modo de pensar
Kue se opun;a defnitivamente e dispensava as auldades ou poderes da
alma# A psiolo3ia de Herart tratava om idéias ou @orstellun3en, unidades
mentais um tanto semel;antes Ps idéias simples usadas pelos
assoiaionistas ritQnios e tamém pareidas om as mQnadas de )eini#
Herart oi o suessor de ant em ini3ser3, e omo o pensamento deste é
um desenvolvimento do lado rLtio da flosofa empLria ritQnia, assim
tamém as teorias de Herart pareem?se om o lado mais positivo do
mesmo movimento# 'omo os assoiaionistas ritQnios, Herart
empreendeu a tarea de epliar os mais ompleos encmenos mentais em
un./o de idéias simples# Estava impressionado pelo pensamento de Kue
ada idéia possui um erto 3rau de or.a, e salientou o encmeno da
inii./o, assim omo o de assoia./o# Epliou al3uns atos mentais em
un./o de idéias Kue ormam ompostos ou misturas, porém e da mi?
%sSoho3as do &éulo
: Edna Heidreder
i./o, em ve da assoia./o, a tcnia de seu sistema# -oda idéia, de aordo
om Herart, possui a tendnia de se onservar e aastar as outras om as
Kuais seCa inompatLvel e variam em poder# =uando uma idéia enontra
outra mais orte ou um 3rupo de idéias om as Kuais é inompatLvel, é
lan.ada aaio do limiar da onsinia# A idéia n/o é destruLda, entretanto,
mas persiste, emora no momento seCa inonsiente# AKuela Kue seCa em si
mesma raa pode adentrar a onsinia e aL se onservar no aso das
outras aima do limiar da onsinia serem afns# As idéias, CO de posse do
ampo da onsinia, 3eralmente repelem aKuelas om as Kuais n/o
ten;am afnidade porém as idéias n/o iniidas, se3uindo a tendnia 3eral
de suir P tona da onsinia, s/o assimiladas pelas Kue esteCam na
onsinia naKuela oasi/o# Herart ;ama este proesso de aperep./o, e
o 3rupo no Kual
aperep./o# a idéia
A vida Kueé;e3a
mental assiméprinipalmente
introduida é on;eido omoidéias,
uma luta entre massa de
todas ativas, esor.ando?
?se para onse3uir e onservar um lu3ar na onsinia, e ada uma
repelLndo todas as outras om as Kuais n/o seCa ompatLvel#
Esta onep./o permitiu a Herart pensar nos encmenos mentais em
un./o da meQnia mental, e tamém em termos Kuantitativos# As idéias
variam tanto em tempo de dura./o Kuanto em or.a ou intensidade
portanto, o material psiol3io apresenta duas variOveis mensurOveis
independentes# Apliando este prinLpio, Herart esreveu rmulas
matemOtias para eprimir as leis da mente# Areditava, entretanto, Kue a
psiolo3ia Camais se tornaria eperimental# + importante oservar este ato
omo indiativo da maneira astante 3radual pela Kual evoluiu o oneito
de psiolo3ia omo inia# ant, na se3unda metade do séulo @III,
emora onsiderasse a psiolo3ia uma inia empLria, era de opini/o Kue
ela nuna se tornaria Kuantitativa# Herart, na primeira metade do séulo
I, areditava Kue emora a psiolo3ia pudesse se tornar Kuantitativa
nuna seria eperimental# E, ontudo, oi parialmente através da
onep./o da psiolo3ia Kuantitativa de Herart Kue a mesma se
desenvolveu omo inia eperimental durante o meCo séulo aps sua
morte#
Herart estava tamém interessado em edua./o e o interesse
3eneraliado em apliar a sua teoria na ténia do
9 %rinipalmente pela intlunla de Fe;ner, Kue serO estudado no primo
apitulo#
%siolo3ias do &éulo
ensino representa um importante passo no sentido de reon;eer a
psiolo3ia omo inia tendo al3o para servir aos aaeres prOtios da vida
diOria# Durante al3um tempo os proessores em toda parte travaram
on;eimento om as amosas ino etapas da ténia ;erartiana, método
destinado a onstruir na mente do aluno uma massa de aperep? ./o
apropriada P reep./o do novo material a ser apresentado# Desde a époa
de Herart, a edua./o e a psiolo3ia tm estado intimamente
relaionadas, e mesmo ;oCe em dia a edua./o é provavelmente o ramo
mais etenso da psiolo3ia apliada#
+ importante oservar tamém Kue a psiolo3ia de Herart ei3ia o
reon;eimento dos proessos inonsientes ativos# &ua onep./o das
idéias omo sendo ativas, e persistindo aaio do limiar da onsinia
Kuando iniidas e esor.ando?se ontinuamente para onse3uir ompleta
epress/o, lutando om outras idéias, é notavelmente idntia Ps teorias do
inonsiente admitidas pelos psianalistas#
Um dos disLpulos de Herart em psiolo3ia, W# F# @ol]mann, esreveu um
livro didOtio Kue possui om a psiolo3ia ;erartiana Kuase a mesma
rela./o Kue eiste entre os dois livros de Bain e o assoiaionismo ritQnio#
Assinala o ponto ulminante e aprjsenta as prinipais ontriui.Jes de uma
lin;a de pensamento araterLstia# Até Kue a psiolo3ia eperimental osse
em estaeleida, o )e;ru; de @ol]mann oi amplamente usado omo
livro didOtio na Aleman;a# A data de sua pulia./o é 589:, um ano aps o
apareimento do livro -;e &enses and t;e Intellet e Kuatro anos antes da
pulia./o do livro -;e Emotions and t;e Will# + interessante Kue, por volta
da metade do séulo, a Aleman;a e a *r/?Bretan;a produiram ada uma
em separado um tratado apresentando a psiolo3ia pré?eperimental em
sua orma mais avan.ada# + onveniente, portanto, onsiderar esses livros
omo assinalando o fm de um perLodo na ;istria da psiolo3ia# William
2ames, ao omentar a psiolo3ia deste perLodo ? ainda n/o toada pelo
método eperimental desreveu a ora de Bain om palavras Kue podem
ser tamém apliadas P de @ol]mann, omo sendo o ultimo maro da
Cuventude de nossa inia, ainda n/o ténia e 3eralmente inteletual,
omo a KuLmia de )avoisier, u a anatomia, antes da inven./o do
mirospioV#
a metade do séulo I, a lon3a era da psiolo3ia pre?$entLfa ;e3ara ao
fm# %orém, no deurso desse pe rLodo tin;a avan.ado muito# 'ome.ando
om espeula.Jes
:9
:<
::
Edna He0dreder
aidentais li3adas aos prolemas prOtios da ;umanidade e das soiedades
e P usa da verdade fnal, sur3iu omo um orpo de on;eimentos
estudados pelo seu valor intrLnseo e eistindo por sua prpria onta# Entre
os 3re3os, antes da psiolo3ia eistir omo uma disiplina isolada, a
osmolo3ia e a epistemolo3ia, a étia, a teoria polLtia e as atividades
prOtias ;aviam todas enrentado KuestJes sore a naturea ;umana# Nessa
oasi/o, entretanto, estas KuestJes n/o oram oCeto de um interesse
psiol3io real# N/o oram estudadas pelo seu valor intrLnseo, mas pela
lu Kue lan.avam sore outros prolemas oram estudadas porKue aiam
parte de tentativas para ompreender o universo ou planeCar a maneira
raional de viver# Além disso, oram soluionadas menos na ase da
oserva./o do Kue da espeula./o, e as oserva.Jes sistemOtias Kue
delas se ori3inaram eram 3erais e astratas# "as, por essa mesma ra/o, as
primeiras oserva.Jes permaneem nos eso.os defnidos dos oneitos
raionais, ainda n/o maulados pela minMia dos atos Kue oram
posteriormente revelados pela oserva./o uidadosa e Kue, mais do Kue
nuna, n/o se oadunam om o modelo oneitual# Em onseK[nia,
muitos dos prolemas tratados pelos 3re3os ? de sustQnia e proesso, das
partes
ausas eprimas
do todo, edaremotas,
mente eda
daaorda3em
matéria, domatemOtia
indivLduo e para
da soiedade,
o das
entendimento, e o prolema 3eral do on;eimento ? oram estaeleidos
de tal maneira Kue tm servido desde ent/o de pontos fos de reernia e
omo instrumentos oneituais nas o3ita.Jes da psiolo3ia#
Na époa atual, na Europa (idental, sur3iram novamente os prolemas
psiol3ios# %or al3um tempo, a flosofa esteve astante interessada pela
rLtia do on;eimento, e daL sur3iu um interesse psiol3io ativo# Em
suas lin;as 3erais, o movimento rLtio iniiou?se partindo do apelo P
autoridade elesiOstia para o apelo P ra/o e, em se3uida, do apelo P
ra/o, omo é oneida pelos metaLsios, ao da evidniQ dos atos omo
eistem na inia# Um dos rutos desse movimento oi o interesse pela
psiolo3ia em si, e Kue eventualmente epressou?se pela orma./o de duas
esolas, o assoiaionismo e o ;erartismo# Nesse Lnterim, sur3iram
prolemas tLpios da psiolo3ia ? os da possiilidade de idéias inatas e
astratas, da naturea da perep./o do espa.o, das leis de assoia./o, da
rela./o entre os proessos onsientes e inonsientes# Haviam sur3ido
pouas tendnias em defnidas, entre elas a possiilidade de epliar as
ati %sio]3ia
do &éulo
vidades ;umanas de orma meaniista, e de analisar a naturea ;umana
de modo atomLstio# Na maioria dos asos, durante este perLodo, a
psiolo3ia ;avia superinteletualiado e super?raionaliado o seu material,
porém ;avia tamém reeido astante evidnia de Kue a vida aetiva do
;omem poderia ser muito importante, e tin;a vislumrado por aaso a
possiilidade de Kue dar aten./o ao aspeto motor da naturea ;umana
poderia ser muito eslareedor# Havia suedido tudo isso de uma orma
lon3e de ser sistemOtia além disso, ;aviam sido aperei.oados uma
atitude e um método defnido de estudo# Na metade do séulo I, a
psiolo3ia ;avia aprendido a onsiderar o seu material de estudo omo
parte da naturea e a tentar epliO?lo em termos naturais# Estava
aprendendo, tamém, a oservar o seu material, em omo pensar sore o
mesmo# Em resumo, a psiolo3ia estava prestes a se tornar uma inia#
-anto na matéria omo no método ;avia?se tornado empLria altava pouo
para passar a ser eperimenta)#
&I&-E"A& DE %&I'()(*IA
5
( E&-RU-URA)I&"( 50 -I-'HENER 5
aliados
somentepor um lado,
Kuando e al3umaé outra
a oposi./o entre esola por outro,etorna?se
o e;aviorismo lara
-it;ener# A sua
morte, dessa orma, de erto modo, ria um aos lassifatrio na
psiolo3ia sistemOtia norte?ameriana#V
+ si3nifativo o ato de -it;ener nuna ter orrido o mLnimo riso de
amerianiar?se, emora tivesse ido para os Estados Unidos Kuando tin;a
somente vinte e ino anos de idade e ali tivesse permaneido até sua
morte, trinta e ino anos mais tarde# -odavia, uma permannia de
somente dois anos em )eipi3 o tin;a 3ermaniado# Até mesmo pareia
alem/o e era, Ps vees, tomado por um deles a inia para a Kual
traal;ou era toda alem/ e no Kue pareeu?l;e uma universidade atrasada
no outro lado do AtlQntio, presrvou om uma devo./o frme e metiulosa
o erimonial om o Kual tin;a visto erada a psiolo3ia numa universidade
alenl/# k evidente Kue enontrou na ultura alem/, pelo menos na inia
alem/, al3uma oisa proundamente adeKuada P sua naturea# %orém
-it;ener nuna ominou om o amiente norte?ameriano# Aastou?se e
opcs?se aos empreendimentos tipiamente norte?amerianos em psiolo3ia
os Kuais, traendo todos os indLios da ori3em nativa, frmaram?se e
prosperaram naKuele paLs# A psiolo3ia apliada, o estudo das dieren.as
individuais, o movimento a avor dos testes mentais, em todos os Kuais o
interesse norte?ameriano era espontQneo e vivo, pareia a ele de se3unda
lasse, e do ponto de vista da inia pura, até um pouo despreLvel e
Kuando sur3iram e prosperaram esolas defnidas omo o unionalismo e o
e;aviorismo,
Kue omateu?as
ele n/o ominava om de orma realmente
a mentalidade Cupiteriana# Era
norte?ameriana# evidente
A;ou mesmo
diLil ontinuar omo sio da Assoia./o Ameriana de %siolo3ia,
or3ania./o da Kual os maiores psilo3os da Améria eram
tradiionalmente sios# 'erta oasi/o, n/o onse3uiu o apoio da
Assoia./o, num assunto Kue, a seu ver, era uma
E# *# Borln3# Ameran 2ournal o %s;olo3 !56<$ 78, 86?9_:#
Kuest/o de étia profssiona) Demitiu?se, ent/o, da soiedade e emora
renovasse a sua insri./o al3uns anos depois, nuna mais ompareeu Ps
reuniJes ? nem mesmo P élere reuni/o de Ltaa ? e ;e3ou a deiar
aduar o seu tLtulo de sio# Neste Lnterim, ;avia ormado um 3rupo
prprio, on;eido omo Vos eperimentalistasV# Este 3rupo mal podia ser
;amado uma or3ania./o# N/o possuLa sede e nen;um estatuto, os seus
tLtulos de sio eram determinados por meio do onvite de -it;ener, e suas
pulia.Jes e deates se restrin3iam aos tpios Kue reeiam sua
aprova./o ou pelo menos Kue esapavam do seu amOvel porém# autoritOrio
V@erotenV !proiido$# Era ormado por ele e o traia na palma da m/o#
-anto a eistnia do 3rupo e o praer Kue este l;e proporionava
arateriavam a rela./o de -it;ener om a psiolo3ia norte?ameriana#
%areia enarar os eperimentalistas omo um 3rupo de eIeitos, uns pouos
esol;idos omo mereedores ou Kuase mereedores, de servir P psiolo3ia
omo uma inia pura ? um 3rupo de salvadores, separado por ele da
turamulta dos psilo3os nativos#
estudantes onereniavam
entrevistas# om ele,em
&uas ;oras de traal;o aiam?no emuidadosamente
asa eram sua asa, através de
prote3idas, e era saido Kue somente uma verdadeira emer3nia
Custifaria uma tentativa de ;amO?lo pelo teleone#
%orém -it;ener era um ;omem possuidor de asLnio e in\unia, e a
admira./o Kue os seus disLpulos sentiam por ele n/o era elusivamente
pela sua perLia em sua espeialidade# Era um ;omem de interesses
mMltiplos e onta3iantes, um notOvel onversador e um anftri/o simpOtio#
%odia ser tanto amOvel, Kuando imponente, t/o prestimoso omo
autoritOrio# N/o ;O dMvida de Kue o sentimento por ele despertado em seus
disLpulos e olaoradores era mais do Kue de simples respeito#
Emora osse raramente visto na universidade, a in\unia de -it;ener
era onsiderOvel e a psiolo3ia em 'ornell tornou?se aKuela interpretada
por uma Mnia pessoa in\uente, por uma presen.a ompleta porém
invisLvel# Nos astidores ;avia sempre uma autoridade fnal Kue onservava
o destino e as teorias dos ;omens em suas m/os, Kue tra.ava uma lin;a
defnida entre a ortodoia e a ;eterodoia, Kue aia da distin./o o primeiro
reKuisito da asta erudita e Kue dispun;a os elementos de seu mundo
erudito no sentido de deesa e pro3resso da nova psiolo3ia ? da nova e
Mnia psiolo3ia em toda a sua purea#
Em suas oras, -it;ener tamém ala arateristiamente# %rinipalmente
nos livros Kue esreveu para os esta? dantes o seu tom é de autoridade# %ois
os livros didOtios de -it;ener s/o pouo mais notOveis pela ompetnia
ientLfa e poder de eposi./o do Kue pela alta asoluta de tato
peda33io# Raramente dO uma oportunidade P inteli3nia do leitor#
'onsidera Kue, omo autor, deve salientar tudo até os mLnimos detal;es
Kue deve livrar?se das implia.Jes Kue deve epliar, ao mOimo, as
lassifa.Jes e restri.Jes# Nem uma Mnia ve pede ao leitor para aeitar
suas idéias sem evidnia ou ar3umento, porém a sua prpria maneira
7 E# *# Borln3, op# st#, 9__#
%siolo3ias do &éulo
557
55
Edna Heidreder
de ordenar os atos, de aumular uma eplia./o sore outra e um
ar3umento aps outro, é didOtia# N/o resta dMvida Kue muito do uidado
metiuloso Kue arateria a eplana./o de -it;ener é devido a seu
prprio amor pela larea e eplia./o, e a neessidade premente de
inte3ridade em sua prpria naturea# ';e3a?se a suspeitar, tamém, Kue
uma parte disto se ori3ina de uma apreia./o sensLvel ora do omum de
todas as oCe.Jes Kue possam ser ar3umentadas ontra a sua atitude Kue
suas onvi.Jes n/o apareeram om a tranK[ilidade inalterOvel Kue
arateria os temperamentos menos rLtios e Kue suas onlusJes,
Kuando estaeleidas, eram delaradas do modo mais laro e mantidas da
maneira mais frme porKue n/o eram otidas sem resistnias internas#
%orém, eiste além disso mais de uma insinua./o do seu estilo normativo de
ensinar# %or fm, o modo araterLstio de -it;ener apresentar um assunto
é o de epor as suas prprias opera.Jes inteletuais a esse respeito
impliando isto em Kue o leitor deverO oservar de perto, e produir a
mel;or reprodu./o Kue puder# Em disserta.Jes dediadas aos seus ole3as
de profss/o e para auditrios possuidores de al3um on;eimento ténio
psiol3io, ele é menos mestre?esola, mas om a mesma autoridade#
"esmo neste aso ? nas duas séries de aulas puliadas so o tLtulo de
Eperimental %s;olo3 o t;e Hi3;er -;ou3;t %roesses e %s;olo3 o
Feelin3 and Attention, por eemplo, ? realmente n/o pede ao pMlio para
tratar do assunto Cunto om ele eamina o terreno, or3ania os atos e
aponta o amin;o a se3uir#
E o sistema em si^ E a psiolo3ia Kue era o motivo para todo este
impressionante dispositivo, o oCeto de toda esta eposi./o uidadosa e
deesa vi3orosa^ + uma psiolo3ia Kue n/o possui um nome aeito por
todos, mas Kue Ps vees é ;amada de estruturalismo, outras de
introspeionismo, Ps vees de eistenialismo, 9e oasionalmente de
tit;enerismo# Eposta em sua orma mais ompleta e sistemOtia no livro
-et?oo] o %s;olo3 de -it;ener, é a psiolo3ia Kue, nos Estados
Unidos, prinipalmente aps o apareimento do e;aviorismo, tem sido
3eralmente ara Devido P importQnia Kue atriuL P introspe./o omo
método de
estudo#
9 VEistenialismoV, omo VestruturalismoV, é uma palavra usada para
dieren.ar a psiolo3ia de -lt;ener das (utras Kue, omo o unionalismo e
a psiolo3ia do ato, tentam estudar os proessos mentais omo atos e
un.Jes, e n/o simplesmente omo onteMdos onsientes ou realidades
eisteniais#
teriada omo VtradiionalV e VreaionOriaV# -em sido Ps vees delarada
animista, porKue trata om a mente# -em sido tamém ;amada de
metaLsia em ontraste om a ientLfa, aparentemente devido ao urioso
onCunto de pressupostos de Kue o mental é sincnimo de sorenatural, de
Kue a dieren.a entre a inia e a metaLsia é a mesma Kue entre a
matéria e a mente, e ainda de Kue KualKuer investi3a./o Kue se diriCa aos
proessos mentais estO ipso ato ora do ampo da inia natural#
&eria diLil, entretanto, enontrar outra atitude Kue om mais ertea
empanasse o si3nifado de todo o movimento do Kual a psiolo3ia de
-it;ener a parte, ou Kue servisse mel;or omo eemplo de alOia
;istria# Nada poderia ser mais en3anoso do Kue apliar a palavra Vn/o
ientLfaV, omo é usada por um erto 3rupo de psilo3os ;oCe em dia, a
uma esola Kue ;O meio séulo atrOs aCudou a omater e a vener a
atal;a travada pela independnia da psiolo3ia em rela./o P metaLsia#
A Kuest/o toda om a nova psiolo3ia estava em ser esta um
prolon3amento do método ientLfo dentro de um novo setor# =uando se
reorda Kue no séulo I mesmo as inias Lsias eram relativamente
novas, e Kue a fsiolo3ia era onsiderada uma aventura ousada pela
aplia./o dos prinLpios ientLfos P matéria viva, e Kue os proessos
mentais, tais omo a sensa./o e a perep./o, 3oavam de om oneito
nos laoratrios de fsiolo3ia, torna?se evidente Kue lo3iamente o passo
se3uinte seria estender o método ientLfo aos proessos mentais ? tratO?
los omo atos naturais em um mundo natural e sumet?los ao tipo de
pesKuisa eperimental Kue arateriava as outras matérias ientLfas# A
nova psiolo3ia estava aseada na é etrema do método ientLfo, a saer,
em seu poder de revelar as leis dos proessos mentais omo ela os ;avia
desoerto e os da naturea Lsia Kue ainda estava desorindo# Foi por
esse motivo Kue a nova psiolo3ia se onsiderava omo o impulso mais
oraCoso e de maior alane do movimento ientLfo e por ter?se tornado
onsiente, mesmo autoonsientemente ientLfa# Ao defnir o seu oCeto,
ao determinar os seus métodos, e ao estaeleer os seus prinLpios, seus
se3uidores mantin;am sempre presente a per3unta0 Isto é uma inia^ A
tcnia do empreendimento todo era a tentativa de onsiderar o material
psiol3io da maneira omo a inia trata normalmente os seus
elementos# Deiar de reon;eer esta tentativa omo Osia para o esor.o
sensa./o
oCetos node vermel;o
mundo Lsio,ass/o
ondas do éter Kue
onstruLdas o epliam,
aseadas onsideradas
na sensa./o e s/o omo
pereidas somente através dela# A sensa./o do vermel;o Kue é pereida
imediatamente, pertene P psiolo3ia as ondas do éter, Kue s/o pereidas
mediatamente, pertenem P Lsia# Wundt n/o aprounda a Kuest/o Kue
al3umas vees sur3iu sore este assunto, Kual seCa a de Kue o
on;eimento psiol3io é, portanto, mais se3uro e mais orreto, menos
suCeito aos deslies de onlus/o, do Kue o on;eimento mediato da Lsia#
&ua prinipal fnalidade era a de mostrar Kue a psiolo3ia, assim omo a
Lsia ou KualKuer outra inia natural, trata de um assunto Kue é dado
pela eperinia, e seu prinipal interesse era o de Custifar a afrma./o de
Kue a psiolo3ia é uma inia
Veperinia
onsiste Kue depende
de proessos do or3anismo
oservOveis eperienianteV#
no mundo -al eperinia
da naturea, livre dos
interesses ;umanos e separada das difuldades prOtias da vida diOria# +
al3o Kue pode ser estudado da mesma orma impessoal Kue a inia adota
omumente em rela./o ao seu material# N/o estO li3ada de nen;um modo
ao sorenatural#
558
Edna Heidreder %siolo3ia do &éulo
556
Nada poderia ser mais isento da ndoa do animismo do Kue a onsinia
Kue -it;ener inspeiona e analisa#
A defni./o do oCeto omo Veperinia Kue depende de um suCeito
eperienianteV oi aompan;ada pela doutrina do paralelismo psioLsio,
Kue -it;ener etraiu espeifamente de Wundt# Realmente -it;ener n/o
estava muito interessado no prolema da mente?orpo pelo seu valor
intrLnseo mas ;avendo eito uma distin./o entre o mental e o Lsio,
enontrou nesta teoria a orma mais onveniente de oneer a rela./o
entre eles# De aordo om esta onep./o, os proessos mentais e Lsios
\uem lado a lado omo orrentes paralelas# Uma n/o é a ausa da outra,
n/o ;O intera./o entre elas, porém a mudan.a em uma delas é sempre
se3uida por uma mudan.a na outra# + possLvel, portanto, reerir uma P
outra além disso, omo salienta -it;ener, é possLvel VepliarV uma pela
outra ? isto é, epliar os proessos mentais oloando?os em rela./o aos
atos do mundo Lsio, Kue ormam um sistema oerente e e;ado#
-it;ener aeita, portanto, o paralelismo psioLsio omo um esKuema Kue
l;e permite tomar on;eimento dos elementos tanto mentais Kuanto
Lsios, e assim aer Custi.a a todos os atos da eperinia om o mLnimo
de aten./o P metaLsia# Ao Kue paree, este era o seu Mnio interesse no
assunto# &uas emo.Jes n/o estavam envolvidas no prolema pelo seu valor
intrLnseo, omo est/o aKuelas de al3uns de seus ole3as psilo3os# Da
maneira em Kue o usava, o paralelismo psioLsio era um artiLio
eplanatrio adeKuado
? e nada mais ? para Kue um ;omem, sufientemente fel aos dados da
eperinia, insistisse em aer inlus/o dos atos mentais e Lsios e osse
sufientemente cnsio das re\eJes raionais para sentir?se
desonertado sem uma eplia./o sistemOtia# ( ato de Kue ele n/o
ar3umentava sore isto e de Kue pretendia apenas servir?se dela pela sua
utilidade mostra Ku/o defnidamente a psiolo3ia se ;avia separado de sua
ase metaLsia# Ele é Kuase peruntrio na disuss/o deste tpio# + vio
Kue a;ou todo este prolema de muito menor interesse do Kue as
KuestJes elusivamente psiol3ias, tal omo se as ima3ens e as
sensa.Jes ossem dierentes em sua estrutura, ou eistissem outros
proessos aetivos primOrios além do praer e do despraer#
8 AliOs, -it;ener aproveitou?se da doutrina de Wundt um tanto sem ritia,
aparentemente sem onsiderar Kue esta onep./o ? Kue Wundt tin;a
apresentado em rela./o a uma dierenia./o entre eperin5a mediata e
imediata ? n/o poderia se apliar sem altera./o P distin./o entre as
ensrlnias oue deoendem ou nao de Kuem as sente#
A Kuest/o dos métodos Kue a psiolo3ia pode le3itimamente empre3ar é
um dos pontos importantes do sistema de -it;ener e uma ve Kue o
sistema é, Ps vees, ;amado de introspeionismo, asta dier sem mais
delon3as Kue o método tLpio é a introspe./o# %orém, tal proeder seria t/o
errcneo omo dier sem omentar Kue a matéria estudada é a olsinia#
%orKue neste aso novamente -it;ener a;a neessOrio indiar om 3rande
eatid/o o Kue a inia entende, e o Kue n/o, om essa palavra#
( método omum a toda inia, oserva -it;ener, é a oserva./o, e a
introspe./o é uma orma de oserva./o# A introspe./o, ou oserva./o
dos onteMdos da onsinia, pode ser dieren.ada da inspe./o ou da
oserva./o do mundo Lsio mas, asiamente, os dois métodos s/o i3uais#
A introspe./o, sustenta -it;ener do prinLpio ao fm, é uma orma de
oserva/o#
A introspe./o, além disso, é uma espéie muito espeial de oserva./o#
%or al3um tempo, muito se ouviu alar, na nova inia, sore o
Vintrospeionismo treinadoV# medida Kue a psiolo3ia se tornou
onsiente de sua posi./o omo inia, tendeu ortemente a dar nase P
introspe./o, de modo Kue, ao sustituir a espeula./o pela oserva./o,
separou?se da psiolo3ia raional do passado pré?ientLfo# Ao Kue paree,
al3uns dos psilo3os da époa se deliiaram om a posse de um método,
ténio e esotério, Kue distin3uia a psiolo3ia das outras inias, sem
todavia eluL?la da ilustre omunidade ientLfa# Insistiram, portanto, Kue a
introspe./o n/o pode ser onsiderada de modo superfial# &alientaram a
difuldade em oservar os proessos onsientes, os Kuais n/o se detm
para serem oservados, Kue est/o t/o emaran;ados om outros proessos
onsientes Kue se torna diLil separar um deles para eame, e se de ato
devem ser vistos omo na realidade s/o, ei3em uma atitude Kue vai de
enontro aos ;Oitos de toda uma eistnia# %ois os ;Oitos omuns de
oserva./o determinam Kue veCamos os oCetos e atos do senso omum e
da vida diOria, e n/o os onteMdos da onsinia# @er a oisa em si, em
lu3ar do onteMdo onsiente, oi posteriormente ;amado de Verro de
estLmuloV# =uando um indivLduo oserva in3enuamente, de aordo om o
senso omum, v, por eemplo, uma mesa porém, se um introspeionista
v a mesa ao aer uma oserva./o ientLfa da perep./o Kue ele tem da
mesma, estarO ometendo o erro de estLmulo# EstarO respondendo ao
estrrnulo ao invés do proesso ons
5
Edna Heidreder
%siolo3iaa do &éulo
57
om a empLria, e assim mantiveram a distin./o Kue remonta P dieren.a
entre Wundt e os psilo3os do ato# ( destaKue dado por -it;ener ao
método eperimental dispensa omentOrios Kuando se reorda Kue nos
Estados Unidos a prpria epress/o Vpsiolo3ia eperimentalV passou a
si3nifar, na mente de muitos, o tipo de psiolo3ia Kue -it;ener aprovara#
'om seu oCeto defnido, estaeleida a rela./o mente?
?orpo, entendidos os métodos, pode ser apresentado o prolema da
psiolo3ia na orma em Kue era visto por -it;ener, de um modo defnitivo#
-oda inia,
Ku^V, di ele,
V'omo^V, estaelee
e V%or Ku^V# A trs KuestJes
per3unta em rela./o
V( Ku^V a seu oCeto0
é respondida pela V(
anOlise, reduindo?se o material aos seus elementos e desorindo
eatamente o Kue eiste neles# A per3unta V'omo^V é respondida pela
sLntese, mostrando omo os elementos est/o dispostos e ominados, e
desorindo as leis Kue re3em as suas séries e omina.Jes# A per3unta
V%or Ku^V investi3a a ausa# As duas primeiras s/o respondidas por meio
de desri./o a tereira proura uma eplia./o#
De aordo om -it;ener, a eplia./o em psiolo3ia é eita em un./o do
sistema nervoso# "esmo no aso de termos uma desri./o Kue respondesse
de modo ompleto Ps per3untas V( Ku^V e V'omo^V, nosso on;eimento
seria inompleto
Kuest/o# até Kue
%orém, omo osse
pode serdesoerta a ausa
dado esse passo do em
fnal encmeno em Um
psiolo3ia^
estado mental n/o pode ser onsiderado omo a ausa de outro somente
porKue uma mudan.a no amiente Lsio pode ser aompan;ada por
onteMdos onsientes ompletamente novos# V=uando visito Atenas ou
Roma pela primeira ve,V esreve -it;ener, Vreeo impressJes Kue s/o
devidas aos estLmulos atuais e n/o P onsinia anteriorV# A impress/o
onsiente n/o pode tamém ser provoada por proessos no sistema
nervoso, ou por outros atos no mundo Lsio a doutrina do paralelismo
psioLsio elui esta possiilidade# Ainda mais, -it;ener afrma Kue,
emora o sistema nervoso n/o seCa a ausa da mente, pode ser utiliado
para epliO?la# VEle eplia a mente assim omo um mapa de um paLs
eslaree
aptamos os
emvislumres ra3mentOrios
nossa via3em de olinas,
através dele#V %ois os rios e idades
proessos Kue n/o
mentais
onstituem a adeia ininterrupta de atos Kue a eplia./o ausal ei3e# A
sua ontinuidade é interrompida por atos, tais omo o sono, o oma e os
lapsos da memria# %orém, o mun d
Lsio, preisamente por ser independente do indivLduo Kue o peree, n/o
ontém tais launas e rupturas# Devido a isso e tamém porKue as
orrentes mental e Lsia \uem paralelas uma P outra ? torna?se possLvel
oservar Kuais os atos Lsios Kue normalmente aompan;am
determinados proessos mentais e assim atriuir a ada proesso mental
um lu3ar defnido em uma seK[nia uniorme e ontLnua# + nesse sentido,
sensa./o,
elementosae./o e ima3em#
tLpios das As sensa.Jes
perep.Jes s/o nas
verifam?se defnidas
visJes,omo sendonos
nos sons, os
odores, nos paladares, nas Vsensa.JesV musulares e do tato, e em outras
semel;antes oserva.Jes dos oCetos Lsios reais# As ima3ens s/o os
elementos araterLstios das idéias apareem nos proessos mentais Kue
retratam, ou de erta orma representam, eperinias n/o presentes
atualmente, tais omo as lemran.as do passado e as onep.Jes do
uturo# As ae.Jes s/o os elementos araterLstios da emo./o a;am?se
em eperinias, tais omo o amor e o dio, na ale3ria e tristea# -it;ener
%asolo3ias do &uho
59
5
Edna Heidreder
n/o estO ompletamente se3uro de Kue a sensa./o e a ima3em perten.am
a lasses dierentes# ';e3a a areditar Kue a ae./o tem muita
semel;an.a om a sensa./o, o astante para dar a impress/o de terem um
Vasendente mental omumV# %orém, em sentido 3loal, preere enarO?las
separadamente e reon;eer trs tipos de proessos elementares ?
sensa./o, ima3em e sentimento#
(s elementos, na Kualidade de proessos mais simples a Kue a onsinia
pode ser reduida, s/o asolutamente simples, do ponto de vista da
psiolo3ia# Entretanto, possuem atriutos# As sensa.Jes e as ima3ens tm
sempre pelo menos Kuatro atriutos0 Kualidade, intensidade, dura./o e
larea# A ae./o tem os trs primeiros, porém n/o possui o atriuto de
larea#
A Kualidade é defnida omo o atriuto Kue distin3ue os proessos
elementares entre si# ( rio, o aul, o sal e o si emol s/o eemplos# A
intensidade é o atriuto Kue oloa a perep./o de uma determinada
Kualidade em uma esala Kue vai do mais alto ao mais aio 3rau de seu
tipo araterLstio, o Kue torna possLvel dier Kue uma sensa./o é mais
orte ou mais raa, mais lara ou mais onusa, mais intensa ou mais déil
do Kue outra# A dura./o é o atriuto Kue dO a um proesso sua posi./o
araterLstia dentro do tempo
? a sua Vasens/o, seu ponto de eKuilLrio e seu delLnioV# ( atriuto de
larea determina o lu3ar de um dado proesso na onsinia se estO
primo ou aastado do ato prinipal# &e or laro, o proesso predomina e
é notrio, omo no aso dos sons Kue al3uém ouve atentamente em aso
ontrOrio, desaparee em se3undo plano, omo aontee om os ruLdos
desoneos K[e mal pereemos Kuando estamos asortos em uma tarea
interessante# A ae./o, entretanto, aree de larea# + impossLvel farmo?
nos diretamente sore o praer e o despraer Kuando tentamos aer isto, a
prpria Kualidade da ae./o desaparee# ( praer e o despraer s/o
sentidos mais de perto Kuando atendemos Ps sensa.Jes e Ps ima3ens om
as Kuais as prprias Kualidades da ae./o est/o assoiadas#
Estes atriutos, entretanto, n/o onstituem uma lista eaustiva# 'ertos
proessos possuem seus atriutos prprios# A vis/o e o tato, por eemplo,
possuem o atriuto da etens/o est/o espal;ados no espa.o# Além disso,
eistem Vatriutos de se3unda lasseV ormados pela Cun./o do dois ou mais
atriutos# Um desses é a VinsistniaV Kue -it;ener enontra na
Vpenetrailidade dos odores, tais omo o da
Qnora e o da natalina a premnia ou incmodo de al3umas dores ou do
3osto amar3o a a3udea e o resplendor de ertas lues, ores e sonsV# A
insistnia, entretanto, n/o é onsiderada por ele omo um novo atriuto
primOrio, mas sim
talve a larea e auma omina./o
Kualidade, de doisKualidade
ou larea, ou mais atriutos primOrios
e intensidade ?
Cuntas#
Assim, torna?se evidente Kue os elementos om seus atriutos s/o as
unidades om as Kuais é ormada toda a estrutura psLKuia# (s elementos,
entretanto, n/o s/o unidades estOtias# &/o proessos sua Vessnia é ser
proessoV !proessene$# Formam um mosaio, porém em movimento, no
Kual s/o ormados padrJes intriados e u3aes# E ontudo, no meio de toda
essa ompleidade, eiste um prinLpio simples de or3ania./o# -udo Kue
suede na onsinia é redutLvel a trs espéies de elementos e suas
omina.Jes# Evidentemente, uma ompreens/o dos dierentes tipos de
ele?# mentos torna?se o primo passo no sentido de se ompreender a
psiolo3ia#
A maior parte do -et?oo] é dediada a essa tarea# As sensa.Jes s/o
onsideradas em primeiro lu3ar e tratadas de modo eaustivo porKue
onstituem um dos setores mais estudados da nova psiolo3ia da
atualidade# 'ada ate3oria é estudada por sua ve ? a visual, a auditiva, a
olativa, a 3ustativa, a utQnea, a inestésia, a or3Qnia e para ada uma
delas o plano de estudo é o mesmo# ( método vai normalmente da
desri./o até a eplia./o# Em primeiro lu3ar, s/o analisadas e desritas as
prprias Kualidades senso? riais e depois, através de uma eplia./o, as
perep.Jes s/o relaionadas om seus orrespondentes fsiol3ios# 'omo
um meio de avaliar a psiolo3ia ortodoa de sua époa, estes apLtulos do
-et?oo] s/o provavelmente sem i3ual# %ois neles eistem deates sore a
pirQmide de or e o lOpis sonoro de pressJes Kue s/o VvivasV ou VtrmulasV
ou V3ranularesV de misturas de paladar e vis/o repusular de partes rias
e Kuentes do orpo e da dor puntiorme# Neles se a reernia aos
aparel;os lOssios ? misturadores de or e moldes de adapta./o, diapas/o
e aias de ressonQnia, olatcmetros, varicmetros, perLmetros e apitos de
*alton# Neles se enontram tamém as teorias atuais sore a vis/o, audi./o
e outras ormas de sensa./o, om relatos desritivos das estruturas em
Kuest/o# A lei de Weer estO inluLda no apLtulo sore VIntensidade da
&ensa./oV, onde é interessante enontrar?se, so o tpio V"edi./o "entalV,
uma reernia
5:
Edna Heidreder %aSoCo3Cs do &éuho
5<
sore assuntos, tais omo estLmulos terminal e limiar e dieren.as mLnimas
pereptLveis, ao invés dos =# 5# !Kuoiente inteletual$ e I#"# !idade mental$
Kue a epress/o atualmente su3ere# As reernias para leituras adiionais
no fm dos apLtulos s/o o ponto mais tLpio deste livro# ';eio de tLtulos em
alem/o e om os 3randes nomes da époa, nos traem P memria de modo
muito laro os dias produtivos, laoriosos e ;eios de esperan.a, Kuando a
psiolo3ia estava se impondo omo inia independente#
ima3em, -it;ener
Va.JesV, sem é apa
preisar de Kue
de nada desrever a aten./o
n/o esteCa semelementos
dado nos reorrer aeVor.asV
seus e
atriutos, e assim desrev?la toda omo um onteMdo# Em resumo, a
aten./o é uma padronia./o da onsinia# Esta idéia remonta ao oneito
de aperep./o de Wundt# De aordo om ele, a onsinia n/o é disposta
de modo uniorme sore todo o seu ampo# Eiste um oo, no Kual os
proessos s/o apereidos, dentro de um ampo total Kue inlui o alane
inte3ral da onsinia# + este o padr/o Sundtiano, esta disposi./o em oo
e mar3em, Kue -it;ener adota para epliar a aten./o# =uanto P sua
naturea eata, ele n/o estO inteiramente erto, mas n/o duvida Kue seCa
um padr/o# De um modo 3eral, tende a areditar Kue o padr/o tem dois
nLveis, om uma dieren.a em de inida entre o nLvel de larea e o de
osuridade#
3radual do oo'onsidera a possiilidade
para a mar3em, mas em deseu
;aver
todoum osureimento
apia aKuelia Kue tem
dois nLveis prinipais e su3ere Kue onde ;ouver mais 3raus de larea, trata?
se de dieren.as eistentes entre um dos dois nLveis prinipais, Vran;urasV
nas suas superLies e nada mais# Do ponto de vista do sistema em seu
todo, entretanto, o ponto importante é o reon;eimento da aten./o omo
um arranCo ? omo onteMdo e larea ? sem reorrer a nada Kue os
elementos n/o possam suprir isto é, sem reernia a nada Kue n/o seCa
VestruturalV# Esse ponto é si3nifativo porKue a aten./o, Kue mais do Kue
KualKuer outro proesso mental paree aer realmente al3uma oisa, tem
3rande proailidade de esapar dos limites do onteMdo#
'om a mesma
prolema diLilonsistnia, -it;ener
do si3nifado, trata de
por eemplo, eleoutros
reduproessos mentais#
a uma Kuest/o de (
onteto# %siolo3iamente, o si3nifado de um proesso mental é a
reuni/o de proessos na Kual estes permaneem nada mais do Kue isso#
%or eemplo, uma perep./o si3nifa peri3o se oorrer num onteto de
sensa.Jes inestésias Kue aompan;am a tendnia para u3ir de
proessos or3Qnios e emoionais Kue arateriam o medo# Assim o
si3nifado, omo a aten./o, pode ser desrito omo onteMdo# Assim pode
ser tamém a emo./o, Kue é um proesso transitrio, Viniiado de re penteV
Valtamente ompleoV, Vortemente emoionalV, Vinsistentemente or3QnioV,
e VpredeterminadoV no sentido de se diri3ir para um fm natural# A emo./o,
tamém, é um padr/o realmente de mOima ompleidade, e no Kual o
ator temporal é etremamente importante, mas é, n/o ostante, um
padr/o de onteMdos onsientes# A prpria a./o, de aordo om a
psiolo3ia, na orma em Kue é mostrada por ele em rela./o P Vonsinia
da a./oV nas eperinias lOssias, é uma Kuest/o de onteMdo
onsiente# "esmo neste aso, emora ele esteCa tratando om um ato Kue
muita 3ente tomaria de inLio por um movimento maniesto, -it;ener
prosse3ue sem errar no sentido das eperinias onsientes Kue onsidera
o Qma3o do proesso# Nas primeiras eperinias do tempo de rea./o,
eplia ele, ;avia pouo interesse pelos aspetos psiol3ios do prolema#
"as, em sua opini/o, a rea./o simples, Kue é a a./o reduida P sua
epress/o mais simples, proporiona uma tima oportunidade para o estudo
da onsinia da a./o# Nesta, ele enontra Vuma ase preliminar na Kual as
oisas importantes s/o inestésias e a idéia de fm ou resultado a ase
entral, na Kual al3um oCeto é pereido em rela./o om a idéia de fm e
uma ase fnal, na Kual a perep./o do resultado se destaa em um undo
de inestesia, de sensa.Jes despertadas pelo movimentP realV# Assim,
mesmo no estudo do tempo de rea./o, onde o estudo vio ? e neste aso,
o estudo ;istrio real ? é em diverso, -it;ener ataou o prolema por
meio da introspe./o e em un./o do onteMdo onsiente#
N/o ;O neessidade de mais eemplos# ( tratamento é sempre o mesmo
em sua essnia# A matéria de estudo da psiolo3ia é a onsinia seu
método tLpio é a introspe./o seus encmenos podem ser epliados em
rela./o aos proessos orporais, porém os onteMdos da onsinia em si
s/o os prinipais# Esta afrma./o é, naturalmente, muito simplifada e seria
totalmente alsa se desse a impress/o de Kue -it;ener era apa de
i3norar as oisas ompleas# %ois, devido P sua sensiilidade em ae das
difuldades sutis Kue eistem mesmo nos prolemas psiol3ios mais
simples, possuLa al3o da relutQnia de Wundt em aer uma delara./o sem
erO?la de lassifa.Jes# %orém, -it;ener nuna permitiu Kue as
lassifa.Jes empanassem a desri./o prinipai paree Kue se esor.ou
para tornar o assunto prinipal ompreensLvel em parte porKue estava
iente das muitas raJes Kue poderiam t?lo modifado# 'omo
onseK[nia, avesar dos parO3raos em ompostos Kue 3arantem o teto
57_
Edna He[5reder
%siolo3us do &éulo
575
prinipal apesar da uidadosa eplia./o das raJes pr e ontra apesar
dos repetidos lemretes de Kue a psiolo3ia é inompleta, Kue n/o pode
aer afrma.Jes em orma do3mOtia, Kue suas onlusJes devem estar
prontas a ser modifadas pela evidnia dos atos de Kue ela tanto
neessita a despeito de tudo isso, o plano 3eral é inonundLvel# A
imperei./o da psiolo3ia é admitida ontinuamente, mas n/o om a
implia./o de Kue o proCeto prinipal seria alterado# As eperinias uturas
preen;er/o as launas do on;eimento e resolver/o pontos ontroversos,
porém o plano de ataKue é on;eido# ( -et?oo] fnalia om uma nota
onfdenial# V( método eperimental, tendo onKuistado todo o domLnio da
naturea e da vida, estO impulsionando, para as maiores alturas da mente, o
prprio pensamento# N/o é preiso ter o dom da proeia para predier Kue
a primeira metade deste séulo mararO époa na ;istria da psiolo3ia
ientLfa#V E n/o é neessOrio ser adivin;o para suspeitar Kue, se3undo
-it;ener, estes pro3ressos Kue aem époa n/o ei3ir/o altera.Jes
proundas nas onep.Jes Osias de seu sistema#
Isso se aplia mais ao Kue o sistema é# + importante oservar, tamém, o
Kue ele n/o é# Até o fm, -it;ener se asteve de onsa3rar ao traal;o,
om os testes de inteli3nia, um empreendimento Kue os psilo3os
amerianos, om seu interesse prOtio pelas dieren.as individuais, ;aviam
prontamente adotado# A psiolo3ia apliada, outra empresa Kue os
psilo3os amerianos estavam desenvolvendo om ener3ia e entusiasmo,
tamém fou ora de seu Qmito# E, ao Kue paree, -it;ener nem ao
menos o3itou em inluir na sua psiolo3ia 3eral, o Kue "Dou3all ;amara
de Vra3mentos de psiolo3ia anormalV, materiais Kue est/o enonttando
aeita./o em muitos ursos de psiolo3ia 3eral, e Kue eerem 3rande
atra./o sore os Covens perturados# -amém se opun;a P teoria das
emo.Jes de 2ames?)an3e, Kue onsiderava a emo./o, sem reon;eer um
elemento emoional espeLfo# Era, tamém, inteiramente ontrOrio ao
movimento do pensamento sem ima3em, Kue lan.ou dMvidas Kuanto P
interpreta./o do pensamento so o ponto de vista das sensa.Jes, ima3ens
e onteMdos onsientes em 3eral, e Kue utiliou um método de
introspe./o 5 n/o ortodoo, para n/o dier pior# E onlui?se Kue e
oposi./o Ps esolas
5 2O no fm de sua vida, -it;ener demonstrou 3rande interesse pela
enomenolo3ia, porém n/o e nen;uma delara./o defnida de mudan.a de
opini/o em rela./o a este assunto#
do unionalismo e do e;aviorismo, 57 Kue oram ate3oriamente
diri3idas ontra a sua interpreta./o da psiolo3ia# V@eCo menos possiilidade
de pro3resso por meio de uma revolu./o, do Kue pelo traal;o persistente
so o re3ime atualV, delarou ao omentar os novos traal;os sore os mais
altos proessos do pensamento, e este omentOrio é etensivo P sua atitude
em rela./o P psiolo3ia no sentido 3loal# N/o via motivo para mudan.a
nem epans/o radial o seu sistema era VpeKueno e erto, peKueno e
onisoV !Vri3;t little, ti3;t littleV$#
A psiolo3ia de -it;ener eereu, de ato, a sua maior in\unia nos
Estados Unidos, omo onep./o em defnida e omo atitude positiva# Era
um método om orma e di3o defnidos# %ura, mas enér3ia,
desinteressada de propsitos, onsientemente eata, soressaLa
visivelmente omo ponto de reernia fo e inonundLvel no panorama
rapidamente amiante da psiolo3ia norte?ameriana#
%orém, apesar de toda a sua or.a e lealdade, -it;ener n/o podia deter a
mar;a do tempo# Novas psiolo3ias, de vOrios 3raus de ;eterodoia,
sur3iam em toda parte P sua volta# Em 'olMmia, 'attell estimulava
onstantemente o estudo das dieren.as individuais, e afrmava
aertamente Kue a maioria dos estudos realiados em seu laoratrio
poderiam dispensar a olaora./o do introspeionista treinado# -;orndi]e,
tamém em 'olMmia, e eperinias om animais e esolares, preerindo
reon;eidamente pesKuisas em lar3a esala Kue tratam de mil;ares de
asos em lu3ar das oserva.Jes minuiosas de al3uns psilo3os treinados#
Em ';ia3o, desenvolveu?se um novo movimento on;eido omo
unionalismo, uma esola Kue tratava os proessos mentais omo un.Jes
dos or3anismos vivos# %ara -it;ener, tal idéia sore a psiolo3ia si3nifava
um desvio cmodo na dire./o do senso omum, em ontraste om os
modos de pensar ientLfos, uma u3a Ps ei3nias da psiolo3ia
ri3orosamente eperimental, e um namoro peri3oso om a teleolo3ia
si3nifava uma onus/o entre a inia e a tenolo3ia, por um lado, e a
flosofa, por outro# 'onsiderava a mesma omo o tipo de psiolo3ia
representada por Brentano, um modo de pensar Kue se opun;a 3eralmente
P verdadeira psi57 A posi./o de -it;ener Kuanto ao unionalismo pode ser
enontrada em seu arti3o V%ostulates o a &trutural %s;olo3V
%]Uosoiial RevieS !5868$# <# 6?:9# e em V&trutural and Funtlonal
%3;ol(3V, iid# !5866$, 8, 6_?6<# &ua réplia P prolama./o do
e;aviorlsmo de Watson oi dada num traal;o intitulado _n %s;olo3 as
t;e Be;avlorist @leSs It V, %roeedin3s o t5e Ameri#an %;ilosop;tal
Boiet, 97, 5?5<#
57
Edna Heidreder %sSolo3ias 5o &éulo
577
olo3ia ientLfa de Wundt# ( e;aviorismo, tamém, sur3iu e pro3rediu
apesar de sua delara./o Kue o mesmo era lo3iamente sem importQnia
para a psiolo3ia e Kue, emora pudesse aer ontriui.Jes valiosas ao
on;eimento dos meanismos do orpo, n/o poderia Camais suplantar a
prpria psiolo3ia#
( traal;o dos Kue eram avorOveis ao Vpensamento sem ima3emV era
espeialmente inKuietante, porKue neste aso ;avia ;omens, al3uns dos
Kuais eduados na esola a Kue pertenia, prolamando desoertas Kue
aiam a psiolo3ia da époa pareer inadeKuada# [lpe e seus disLpulos
na Aleman;a, Binet na Fran.a, e WoodSort; nos Estados Unidos ;aviam, em
separado e Kuase ao mesmo tempo, apresentado provas indiativas de Kue
o pensamento n/o é uma Kuest/o de ima3ens e sensa.Jes, omo se ;avia
pensado# (s seus estudos, aseados no eame direto de vOrios proessos
do pensamento, mostravam Kue o pensamento pode produir?se, Ps vees,
sem KualKuer onteMdo de ima3em ou sensa./o oservOvel, e o Kue pode
ser notado nessas oasiJes onsiste Kuase sempre de atitudes ou Vestados
de onsiniaV 3eralmente impreisos e impossLveis de ser analisados e
em diversos dos esperados VonteMdosV onsientes# Al3uns autores
su3eriram Kue devia ser inluLdo um elemento do pensamento# -it;ener
n/o podia aeitar este ponto de vista# Areditava Kue os estados de
onsinia Vn/o analisOveisV simplesmente n/o podiam ser analisados e
aseado em suas prprias introspe.Jes e em estudos eitos em seu
laoratrio, a;ava Kue estes Vestados de onsiniaV, Vsentimentos de
rela./oV e Vpensamentos sem ima3emV eram, de ato, ompleos de
sensa.Jes e ima3ens inestésias ailmente omitidas, as Kuais
representam as atitudes motoras na onsinia# Dessa orma, inorporou
esta desoerta ao seu sistema, sem alterO?lo0 o pensamento onsiente,
emora
ontin;aainda
aiasontinuasse sendo uma
onde os onteMdos Kuest/o
eram dé ima3ens
em 3rande e sensa.Jes,
parte inestésios
reon;eeu tamém Vdisposi.Jes motorasV e Vtendnias determinantesV
Kue n/o possuem aompan;amento onsiente# %orém, emora -it;ener
ten;a assim, de erto modo, superado esta difuldade, muitos psilo3os
areditavam Kue o ato importante no movimento do pensamento sem
ima3em era o de Kue, mesmo no pensamento, a atividade motora e as
ases nervosas pareem ser de mOima importQnia, e Kue a introspe./o
pode n/o dar as india.Jes mais apropriadas om rela./o ao Kue estO
realmente aonteendo#
De KualKuer maneira, a ontrovérsia do pensamento sem ima3em revelou
um deseCo, mesmo uma avide, entre os psilo3os amerianos no sentido
de tentar métodos para estudar e interpretar o seu material, Kue n/o eram
ri3orosamente ortodoos#
&eCa Kual or o motivo, a in\unia de -it;ener e aparentemente o prprio
3rau de seu interesse em psiolo3ia diminuLram durante a Mltima déada de
sua vida# Istava nessa époa traal;ando em sua ora %role 3omena, um
livro Kue, eito om a inten./o d ser uma eposi./o fnal dos prinLpios
Osios de seu método, iria ser o seu ma3num opus# %orém, o traal;o
permaneeu inaaado devido P sua morte, e os Kuatro apLtulos
terminados, ormando uma eposi./o ainda mais ompleta Kue as suas
primeiras onlusJes daKuilo Kue onsiderava omo prinLpios undamentais
da psiolo3ia, n/o ontm nada de novo# Era Kuase omo se a psiolo3ia,
omo a oneia, osse inadeKuada para manter apaidade de traal;o do
;omem Kue ;avia lautado t/o onsieniosamente a seu avor# %assou a
estudar moedas anti3as e om ;onestidade tLpia tornou?se perito no
assunto# -endo?se dediado a uma das aventuras mais reentes do
pensamento ;umano, passou os Mltimos anos de sua vida, emora n/o
osse um vel;o, asorto om as relLKuias de ivilia.Jes etintas#
%orém, seCam Kuais orem as oposi.Jes internas e eternas por ele
enontradas, -it;ener omateu?as a ponto de produir um
3rande##volume de traal;o# Em diversas époas de sua arreira, esreveu
Kuatro dos livros didOtios mais amosos de seu tempo, An (utline o
%s;olo3, %rimer o %s;olo3, -et?oo] o %s;olo3 e Be3inners
%s;olo3# Destes, o -et?oo] é de primordial importQnia porKue enerra
a apresenta./o mais em elaorada de seu método, em sentido 3loal# (
seu livro Epeimental %s;olo30 A "anual or )aorator %ratie é
3eralmente onsiderado sua maior realia./o isolada# 'ompJe?se de Kuatro
volumes, dois sore eperinias Kualitativas e dois sore Kuantitativas, um
manual para o aluno e outro para o instrutor, em ada onCunto# Este
traal;o, um monumento P erudi./o do seu autor, é muitas vees itado
omo uma espéie de evidnia doumentada a avor da eistnia real de
uma inia psiol3ia eperimental# ( livro %s;olo3
5 -it;ener aleeu a 7 de a3osto de 56<, vitima de um tumor ereral#
porém n/o ;ouve india./o de KualKuer diminui./o em sua apaidade
inteletual#
52
Eina Heidreder %siolo3Ss do &éulo
579
o Feelin3 and Attention e o Eperimental %s;olotC o t;e Hi=;er -;ou3;t
%roesses epJem a sua maneira araterLstia, tanto onsieniosa Kuanto
autoritOria, de lidar om 3randes Kuantidades de provas interli3adas de
orma intriada a respeito de assuntos altamente ontrovertidos# Além de
seus livros, esreveu
sua in\unia rtumerosos
sore os arti3os,
estudantes e seuspolmios
traal;!s,oue rios
n/o,deates
e por meio de
sore
psiolo3ia em 3eral, desempen;ou um papel preponderante na orma./o da
psiolo3ia nos Estados Unidos#
N/o ;O dMvida de Kue o apLtulo Kue -it;ener esreveu sore a psiolo3ia
norte?ameriana é importante# -alve a sua maior realia./o ten;a sido
sumeter o método por ele representado a um teste ompleto# Esta
afrma./o a reernia n/o somente P sua eposi./o sistemOtia pessoal,
mas tamém ao tipo 3eral de psiolo3ia Kue seu método representava para
aKuela psiolo3ia Kue era VeperimentalV em sentido restrito, resultado de
movimentos ientLfos espeLfos Kue ulminaram nos laoratrios
alem/es# "esmo
ientLfa# Em suapara -it;ener,
essnia, estetentativa
era uma tipo de psiolo3ia era an/o
para estudar, psiolo3ia
pelas
inda3a.Jes da flosofa, nem pelos instrumentos tosos do senso omum,
mas sim pela oserva./o preisa e pela eperinia, os encmenos da
onsinia# Foi salientado no inLio deste apLtulo Kue este era Kuase de
modo inevitOvel o passo se3uinte Kue a inia deveria dar# -endo ela
revelado em primeiro lu3ar as peuliaridades da matéria inor3Qnia, depois
dos orpos vivos, iria a3ora revelar aKuelas dos proesos mentais# E desde
Kue essa proailidade se apresentou t/o a propsito, era deseCOvel Kue
osse sinera? mente testada# Nin3uém poderia mel;or revelar as
eperinias da nova psiolo3ia do Kue al3uém Kue a aeitara om astante
é e a tratara o mais seriamente possLvel# &e a psiolo3ia na orma em Kue
-it;ener a interpretava n/o pudesse se manter nos Estados Unidos so a
lideran.a de uni ;omem om sua ;ailidade se, om o prestL3io da
prioridade e o de uma ;onrosa tradi./o aadmia, ela n/o se pudesse
estaeleer omo a ase da utura psiolo3ia e assimilar os uturos
desenvolvimentos ? este prprio ato seria si3nifativo# E ter revelado isto CO
n/o oi Oil# &e a psiolo3ia omo -it;ener a defnia e diri3ia nada mais
tivesse eito Kue revelar suas prprias definias, ao ampliar ao mOimo
suas or.as e pretensJes, ainda assim a tentativa teria valido a pena# Haver
mostrado por seu prprio eem plo
por meio de uma eperinia ompleta, oraCosa e defnida, Kue a psiolo3ia
ientLfa, omo ora oneida de inLio, era inadeKuada Ps ei3nias de
seu material de estudo, CO era prestar ;onroso servi.o a uma inia em
evolu./o#
+ ora de dMvida Kue a esola e importantes ontriui.Jes P psiolo3ia# +
simples realidade ;istria Kue o tipo de psiolo3ia ensinada por -it;ener,
empreendimento Kue se onentrou nos laoratrios alem/es, oi o primeiro
a onse3uir para a psiolo3ia o reon;eimento omo inia# E é tamém
verdade Kue esta disiplina, importada da Aleman;a, oi um dos meios pelo
Kual a psiolo3ia norte?ameriana e a transi./o da flosofa mental para a
inia, aprendendo a onfar menos na espeula./o e mais na oserva./o,
a estar menos preoupada om valores étios ou de outra espéie, e a
prestar mais aten./o aos atos omo tais# Além disso, o método preoniado
pela nova psiolo3ia era Custifado pelos estudos uidadosos provenientes
dos laoratrios# Em sensa./o e perep./o, tin;a a seu avor eminentes
realia.Jes e al3um pro3resso ao eplorar os proessos emoionais até
erto ponto penetrou mesmo nos ampos diLeis da memria, pensamento
e vontade# -odavia, a psiolo3ia eperimental, omo -it;ener a entendia,
n/o permaneeu omo sendo !5 psiolo3ia ientLfa nos Estados Unidos0
e o Kue é mais notrio, os novos empreendimentos da psiolo3ia norte?
ameriana n/o oram rutos de seu modo de pensar, mas sim protestos
ontra suas limita.Jes#
-alve o motivo prinipal para este estado de oisas estivesse na pai/o
pela preis/o sistemOtia Kue arateriava a esola tit;eneriana# %or seu
prprio
seu desvelo em ser-endo
desenvolvimento# ientLfa estaeleeu
defnido limita.JeseKue
ertos materiais erearam
métodos omoo
ientifamente eatos, limitou?se a prolemas dentro do esopo dessas
defni.Jes# %orém, a uriosidade, mesmo a ientLfa, ome.a om situa.Jes
onretas e n/o om defni.Jes eatas e se or ativa e verdadeira, n/o serO
dominada por defni.Jes# &e eiste um deseCo orte e verdadeiro para saer,
por eemplo, omo os seres ;umanos a3em e por Kue, e se essas per3untas
v/o além dos limites impostos por um determinado di3o ientLfo ? em
pesKuisas sore mMsulos e 3lQndulas, por eemplo, ou sore o
omportamento animal, ou dieren.as individuais, ou ainda sore as un.Jes
e utilidade das atividades mentais ? a uriosidade le3Ltima n/o serO arrada
pela afrma./o de Kue seu interesse n/o é ientLfo# Emora a per3unta
seCa eita de modo im
57:
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
59<
preiso ? e as perspetivas s/o de Kue a eposi./o sistemOtia serO
impreisa no inLio ? a uriosidade inipiente aseada na per3unta n/o serO
satiseita por aKuilo Kue esteCa ora de seu prinipal interesse# Afnal de
ontas, tal uriosidade é a ase da inia e n/o deve ser t/o severamente
reprimida# &e ela se envolver em luta om um determinado di3o
ientLfo, é em provOvel Kue ven.a, em parte porKue a inia n/o pode
passar sem ela, e tamém porKue um determinado di3o, mantido por um
erto 3rupo em al3um lu3ar e tempo, é onstituLdo n/o somente pelas
ei3nias Osias e esseniais da inia, omo tamém pelas
irunstQnias loais e um tanto aidentais da situa./o# Foi em tal on\ito
entre a uriosidade e a eatid/o ri3orosa Kue a psiolo3ia de -it;ener
tomou parte# =uando teve de esol;er entre ape3ar?saos prolemas Kue l;e
eram afns ou modifar a sua es utura para se adaptar a outros novos,
esol;eu sem tituear o primeiro aso# Reon;eeu os novos prolemas
omo tais, porém n/o omo psiolo3ia e oi em 3rande parte esta atitude
Kue tornou o movimento representado por -it;ener, nos Estados Unidos,
uma esola de psiolo3ia em ve de um ponto de partida da psiolo3ia
norte?
?ameriana em 3eral#
Realmente, os omentOrios mais importantes alusivos P psiolo3ia de
-it;ener s/o aKueles relativos Ps suessivas revoltas ontra a mesma#
"uitas das delara.Jes ontra sua doutrina s/o, de ato, ea3eradas e
al3umas das rea.Jes ontra ela s/o aseadas na mO ompreens/o do
prprio sistema# Houve, por eemplo, difuldade em onsiderar o oCeto por
ele desrito omo pertenendo P ordem natural, em aeitar a introspe./o
omo oserva./o 3enuLna, em interpretar o seu sistema omo de
VelementosV e VonteMdoV e, apesar disso, onsiderO?lo omo sistema no
Kual os elementos s/o proessos# Houve, Ps vees, tendnia a dar nase
demasiada P superfialidade do onteMdo real do sistema e a ver, em seu
desinteresse, apenas irrelevQnia e utilidade# -amém ;ouve, Ps vees,
uma tendnia para ea3erar a intolerQnia de -it;ener e para esKueer
Kue ele deseCava reon;eer o valor dos movimentos Kue l;e eram
anta3onistas, ontanto Kue n/o se intitulassem de psiolo3ia# %orém, o
sentido 3eral do movimento por ele representado é evidente e oi ontra tal
movimento Kue as novas esolas protestaram ? areditando Kue uma
psiolo3ia ri3orosamente estrutural deiava de reon;eer o material
psiol3io na orma em Kue eiste na eperinia Kue uma psiolo3ia t/o
pura omo essa deveria ser estéril e Kue as eposi.Jes sistemOtias atuais
n/o devem ser levadas t/o a sério a ponto de eluir prolemas importantes
Kue n/o est/o preparadas para enrentar# + verdade Kue muitas das
oCe.Jes podiam ser reutadas por ar3umentos l3ios pelos tit;enerianos
outras, sem importQnia devido P maneira omo oram estaeleidas, em
nada a modifaram ou aalaram# %orém, oi ontra o sistema, pera maneira
om Kue realiava os seus empreendimentos e pelas suas reCei.Jes
dili3entes, Kue as psiolo3ias mais reentes se opuseram em protestos
suessivos, e n/o simplesmente pelo Kue pudesse estar delarado ou
defnido em seus esritos#
E, no entanto, o movimento Kue -it;ener diri3iu nos Estados Unidos
representa uma realia./o defnida no sentido de tornar a psiolo3ia uma
inia# medida Kue sua matéria era al3o realmente presente na
eperinia, e até o ponto em Kue sua purea ;amou a aten./o mais para
os atos do Kue para os valores, a psiolo3ia de -it;ener assinalou um
verdadeiro pro3resso em dire./o ao ponto de vista ientLfo# &e levou muito
a sério suas defni.Jes e reCei.Jes, assim o e numa tentativa de frmar?se
omo um empreendimento dierente do senso omum, da tenolo3ia e da
metaLsia# &e tentou, sem ito, oloar toda psiolo3ia dentro do seu
molde ? ou mel;or, afrmar Kue oinidiam os seus limites om os da
verdadeira psiolo3ia ? o seu raasso demonstrou tanto as possiilidades
Kuanto as limita.Jes de seus prinLpios# N/o resta dMvida Kue a psiolo3ia
de -it;ener desempen;ou um papel preponderante no desenvolvimento da
psiolo3ia norte?ameriana, n/o somente omo realia./o eminente e
duradoura, mas tamém omo raasso ;erio e eslareedor#
BIB)I(*RAFIA
Bentle, "adison, V-;e %s;olo3ies 'alled &trutural Historial DerivationV,
%s;olo3ies o 569, 787?767#
? ?, V-;e Wor] o &truturalistsV, %s;olo3ies o 569, 769?_#
Bentle "adison, V-;e %s;olo3ial (r3anismV, %s;olo3ies o 569,
_9?5#
Borin3, E# *#, VEdSard Bradord -it;enerV, Amer# 2# %s;ol#, 56<, 78, 86?
9_:#
-it;ener, E# B#, An (utline o %s;,olo3 !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#,
586:$#
? ?, Eperimental %s;olo30 =ualitative, Instrutors "anual =ualitative,
&tudents "ani`l =uantitative# Instrutors "anual =uan 2
578 Edna Heidre
ttatve, &tudents "anual !Nova lorKue, -;e "amillan
56_5?_9$#
? ?, A %rimer o %s;olo.C !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#, 5
?66$#
?, )etures on t;e Elementar %s;o]3iC o Feelin3 and Attenl !Nova lorKue,
-;e "amillan 'o#, 56_8$#
? ?, )etures on t]e Eperimentah %s;olo3 o t;e -;ou3;t 5 esses !Nova
lorKue, -;e "amillan 'o#, 56_6$#
? ?, A -ei?Boo] o %s;olo3 !Nova lorKue, -;e "amillan 56_6?5_$#
II
A %&I'()(*IA DE WI))IA" 2A"E&
2ames !58?565_$ )an3e !587?56__$#
IN2 este Lnterim, ;ouve William 2ames# De erto modo, 2ames tanto preede
omo se3ue -it;ener na psiolo3ia norte?ameriana# Era vinte ino anos
mais vel;o Kue -it;ener puliou o livro -;e %rinipies o %s;o!o3, sua
maior ora, em 586_, dois anos antes de -it;ener in3ressar em 'omeu e
aleeu em 565_, Kuando a in\unia daKuele estava em seu apo3eu#
Entretanto, os dois s/o responsOveis por in\unias Kue eram mais
paralelas do Kue suessivas e Kue, realmente, nuna se enontraram#
(s ensinamentos de William 2ames indisutivelmente remontam mais ao
passado do Kue os de -it;ener, ou seCa, P anti3a psiolo3ia metaLsia Kue
este aandona ompletamente mas, ao Kue paree, est/o destinados a se
prolon3ar mais além no uturo, porKue ontinuam a prosperar om um vi3or
e um vi.o Kue os torna importantes em ae dos novos prolemas# A
psiolo3ia de 2ames é a de transi./o0
aia se sore
apLtulo se sentisse impelido
a aten./o, para
se3uia deater
seu de eespontQnea
impulso ao depararvontade
om umum
prolema para o Kual n/o ;avia ainda dados estatLstios ou eperinias
defnitivas, n/o reuava prudentemente da espeula./o# 'ostumava
oservar om perspiOia, e depois opinava ao saor da evidnia
disponLvel, onfando em seu inteleto para preen;er as launas ? Ps vees
muito 3randes ? e ompreender o porKu da situa./o da mel;or orma
possLvel# %ela ado./o deste método, possuLa um modo de desenvolver
onep.Jes, tal omo a teoria de 2ames?)an3e das emo.Jes, Kue oram de
3randK valor para a pesKuisa# &aia tamém de erto modo prever as
uturas desoertas seu apLtulo sore os \uos de pensamento ontém
eelentes desri.Jes dos Vpensamentos sem ima3emV posteriormente
desoertos nasausado
n/o poderia ser eperinias psiol3ias#
de maneCar E, apesar os
inorretamente deste ;Oito,
atos# 2ames
Admitia um
ato omo tal e a inda3a./o tamém, e emora muitas vees tivesse
desoedeido Ps restri.Jes espeLfas da inia da époa, era
essenialmente possuidor de mentalidade ientLfa# =ualKuer Kue osse a
matéria de estudo, atirava?se P mesma em usa de atos inéditos e om
um dom para a oserva./o fel Kue os mais austeros ientistas
reon;eeram# "as, saia tamém far do lado erto em um prolema Kue
a inia n/o podia resolver# Era t/o sensLvel aos deseCos e esperan.as da
;umanidade Kue n/o podia deiar de l;es dar uma oportunidade#
Realmente, a personalidade de William 2ames diunde?
59
-udo isto remonta P eistnia de sentimentos radial? mente demorOtios
no espLrito de 2ames# -odo indivLduo, toda idéia, todo instante de
eperinia deve ter a oportunidade de se maniestar e ser reon;eido#
Esta demoraia, este deseCo sinero de Kue tudo osse onsiderado de
al3uma orma ? todas as eperinias, todos os ;omens, n/o importando
Ku/o desareditados seCam aos ol;os dos sOios
? era talve a sua maior preoupa./o# %areia impulsionado pelo deseCo de
ser fel para om todos e este deseCo se revela n/o s em suas rela.Jes om
os outros ? seus ole3as, disLpulos e ami3os ? omo tamém ao tratar om
idéias#
%ois a atitude de 2ames em rela./o Ps idéias é, aima de tudo, demorOtia#
Reee?as om ortesia, trata?as om interesse, realmente inlinado em
on;e?las tais Kuais s/o# N/o pode aeitO?las todas, n/o pretende 3ostar
de todas, porém, estO deidido a eaminO?las indisriminadamente e
Kuando reCeita as Kue deve reCeitar, aandona?as Ps vees Kuase om pesar,
om pleno on;eimento do poder e da raKuea dessas idéias# -em a
mesma maneira ativante de tratar om todos em termos de i3ualdade,
inlusive om os leitores de suas oras# Admite de orma lisonCeira Kue o
leitor é seu i3ual no inteleto e Kue o leitor, o autor, os doutos ientistas
uCas idéias est/o sendo deatidas, est/o todos empen;ados na tarea
omum de tentar atin3ir o Qma3o de KualKuer assunto asorvente Kue
esteCa sendo onsiderado# %or serem todos i3uais, é possLvel ser ao mesmo
tempo 3eneroso e severo# Numa soiedade onde todos s/o i3uais, nin3uém
preisa ter eesso de onsidera./o om respeito Ps susetiilidades dos
outros# A todos podemos pedir satisa.Jes, porKue todos podem se
deender# ( arOter da ora polmia de 2ames é o de Custi.a entre i3uais,
de imparialidade no plano inteletual# %or esse motivo, 2ames, omo se tem
afrmado muitas vees, pode epor a posi./o de um adversOrio mel;or do
Kue ele prprio e, pela mesma ra/o, pode ritiO?lo om ineorOvel
metiulosidade# Na rLtia, omo em tudo o mais, sua minuiosidade ori3a?
o a empen;ar?se ao mOimo# DO ao inimi3o a ;onra de eerer todo o seu
poderio ontra ele#
-alve a efinia om Kue 2ames trata determinado assunto, eiCa uma
palavra de oserva./o, prinipalmente porKue a \uide e o vi.o de seu
estilo, Ps vees, d/o a impress/o de Kue suas opiniJes n/o s/o em
undamentadas# &uas rOpidas arateria.Jes, suas visJes vivamente
eslare edoras
seus rompantes, tudo dO a idéia de al3uma oisa orrendo a alta veloidade,
diri3ida somente pelo impulso do momento porém, nen;uma outra
impress/o poderia estar mais distante da realidade# (s traal;os de 2ames
s/o pereitamente eatos# Era de um esrMpulo eessivo a esse reBpeito#
*uardava os seus manusritos e os urilava, reusando entre3O?los até Kue
dissessem eatamente o Kue deviam# &empre se ressentiu da rLtia de Kue
seus esritos n/o eram uidadosamente planeCados# Apesar de todo o seu
praer nas inspira.Jes do momento, n/o poupava esor.os, Kuer
traal;ando om 3randes Kuantidades de atos materiais enadon;os, Kuer
aompan;ando lon3as séries de ar3umentos e espeula.Jes Kue
onsiderava pretensiosos e inMteis# Apesar de sentir Kue 3rande parte do
traal;o dos laoratrios alem/es era de penosa utilidade ? ostumava
;amar al3umas de suas disserta.Jes de Velaora.Jes do vioV ? tornou?se
um espeialista neste ramo da literatura psiol3ia# =uem Kuer Kue
eamine as notas do livro -;e %rinipies verO Ku/o proundamente 2ames
dominava a psiolo3ia de sua époa e Kuem eaminar as partes
ontrovertidas de seu livro ? seu eame da teoria do autcmato, a da
sustQnia da alma, o livre arLtrio, e as loalia.Jes ererais ? verO Ku/o
metiulosamente
vista além do seu#eaminava as ;ipteses
HO uma eatid/o su3eridasna
surpreendente pelos
oraoutros pontos
de 2ames, Kuede
sem dMvida se relaiona om o ato d ter a;ado diLil aeitar KualKuer
oisa Kue n/o osse provada e defnitiva# &ua tolerQnia, sua perei./o, sua
eatid/o e sua alta seriedade onstituem partes de sua personalidade
omplea tanto Kuanto a sua vivaidade e a3udea#
Em suas rela.Jes pessoais diretas, 2ames era t/o efiente Kuanto em seus
esritos# &uas )etters mostram Kuantos pontos de ontato manteve om
seus ami3os e essa orrespondnia revela tamém o oCetivo de seus
interesses# &eus disLpulos a;avam?no etraordinariamente enoraCa? dor#
Em sua sala de aula, omo em seus livros, admitia um onvLvio sem
distin./o entre os alunos# N/o estava ;aituado a aer prele.Jes solenes e,
muitas vees, mer3ul;ava em notOveis diva3a.Jes su3eridas pela oasi/o#
& vees, aastava?se astante de seu sistema em usa de um assunto
Kue a;ava asorvente, e um dia um aluno, tentando a?lo voltar a si de
uma dessas diva3a.Jes, elamou0 V"as, proessor, alando sério por um
momento# # #V Naturalmente, o
-;e )etters o William 2ames, ed# por seu fl;o Henr 2ames#
5:
%siolo3ias do &éulo
Edna Heidreder
5<
amiente da sala de aula de 2ames era tal, a ponto de ae5 om Kue se
esKueessem os proedimentos de uma lasse KualKuer# Nada é mais tLpio
de 2ames do Kue o ato de n/o ter undado uma esola# EnoraCava os
alunos para Kue pensassem ? n/o propriamente os seus pensamentos#
%reeria lan.ar os seus pensamentos e teorias no mundo e deiO?los ter uma
oportunidade em rela./o a outros pensamentos e teorias# N/o prourava
dar?l;es o apoio de uma esola deiava?os onfar em suas prprias or.as
desprote3idas#
A psiolo3ia de 2ames é apresentada em sua orma mais ompleta nos dois
volumes do -;e %rinipies o %s;olo3# -em?se dito om reK[nia Kue
este traal;o n/o é sistemOtio, Kue tem alta de or3ania./o ou, pelo
menos, Kue KualKuer or3ania./o Kue possua n/o é de muito valor# De ato,
o livro n/o dO a idéia de uma estrutura intimamente artiulada dO mais a
impress/o de uma série de intui.Jes, de lampeCos penetrantes nas
proundeas do assunto# =uase todos os apLtulos podem ser lidos
isoladamente omo ensaios em separado, sore o seu assunto partiular e,
om raras ee.Jes, ada apLtulo se apresenta omo se o seu tema osse o
mais importante da psiolo3ia, omo se neste aso, por este estudo, osse
enontrado o amin;o para o prprio Qma3o do assunto# ( prprio 2ames
areditava ser, antes de tudo, uma Vriatura de aper.usV e o livro -;e
%rinipies é laramente o traal;o de tal riatura# Emora osse o tratado
mais eaustivo sore psiolo3ia 3eral em sua époa, é, na mel;or das
;ipteses, uma série de perep.Jes a3udas e visJes penetrantes dentro de
um setor do on;eimento novo e pouo eplorado#
-udo isto é verdade, todavia n/o deve ser ressaltada a alta de or3ania./o#
%ois, através do livro todo eiste um padr/o, raamente indiado e nuna
imposto, mas n/o ostante si3nifativo# &em dMvida, al3umas das
oserva.Jes, no sentido de Kue o livro n/o oi planeCado om uidado,
tiveram ori3em no ato de Kue le n/o se3ue o sistema onvenional de
ome.ar om unidades, tais omo sensa.Jes e idéias simples e, a partir
dessas unidades, onstruir os estados de onsinia mais ompleos#
%orém, uma parte essenial do ensinamento de 2ames destinava?se
Custamente a provar Kue este método n/o é Custifado e Kue o ponto de
partida erto é a eperinia na orma em Kue se apresenta, a torrente
omo \ui perante a perep./o, e n/o a simples sensa./o# A Vsensa./o
simplesV ou Vidéia simplesV, insistia sempre 2ames, n/o se enontra na
eperinia n/o analisa?
da e n/o inteletualiada é o resultado da astra./o, P Kual se ;e3a aps
um estudo lon3o e ei3ente# Além disso, areditava Kue antes da psiolo3ia
poder ser deatida, era preiso preparar o terreno# %ois, n/o podia aeitar,
omo fera -it;ener, Kue a psiolo3ia CO osse uma inia, depois
esrever uma urta delara./o da rela./o mente?orpo e, sem maiores
difuldades, esrever psiolo3ia# 2ames era norte?
?ameriano e flsoo, em omo psilo3o e on;eia muito em a tradi./o
flosfa dos Estados Unidos para areditar pudesse ela ser desartada om
ailidade# 'onsiderava a psiolo3ia norte?ameriana n/o omo esta deveria
ser, porém, omo a enontrou na orma de flosofa mental aseada no
assoiaionismo, muitas vees li3ada ao alvinismo, e Ps vees em suas
ormas mais inteletuais, ao transendentalismo e ao idealismo asoluto#
2ames n/o s on;eia a tradi./o norte?ameriana, mas esta era uma parte
dele prprio# %ara ele, era impossLvel deiar de lado os prolemas da mente
na orma em Kue se apresentavam ao povo norte?ameriano de sua époa#
Em resumo, este é o eso.o do livro -;e %rinipies# (s primeiros seis
apLtulos do primeiro volume s/o astante Mteis no sentido de preparar o
terreno para a psiolo3ia propriamente dita# 'onsiderando omo sua
primeira tarea oloar as onep.Jes iol3ias neessOrias perante o
leitor, 2ames deate os aspetos da atividade nervosa Kue onsidera mais
importantes P vida mental e a esse respeito, inlui o seu amoso apLtulo
sore o ;Oito ? o Kual desenvolve, a tese de Kue a vida mental, na
realidade, toda a onduta ;umana, é, em 3rande parte, determinada pela
tendnia do sistema nervoso em ser modifado de tal orma em ada
a./o, Kue toda a./o suseK[ente da mesma espéie se torna um pouo
mais Oil do Kue a anterior# A se3uir, 2ames predispJe o leitor para o ponto
de vista ientLfo deatendo as prinipais onep.Jes metaLsias da
mente# -rata da teoria do autcmato, a da mente orprea, a da mcnada
material e a da alma porém, fnalia reCeitando todas as ;ipteses
metaLsias relativas P rela./o mente?orpo, ontentando?se, para as
fnalidades da psiolo3ia, om uma Vorrespondnia simples imediata,
termo por termo, entre a suess/o de estados de onsinia e a suess/o
dos proessos ererais totaisV# Em outras palavras, aeita tanto os estados
de onsinia Kuanto os proessos ererais omo encmenos de um
mundo natural e aredita Kue sendo a psiolo3ia uma inia natural e n/o
um sistema de metaL
5
58
Edna Heidreder
%suolo3ias do &Oulo
56
sia, pode oservar e aeitar KuaisKuer rela.Jes Kue enontre sem se sentir
ori3ado a eslareer porKue eistem#
No resto do livro, 2ames trata da psiolo3ia propriamente dita# Deate os
métodos de pesKuisa num apLtulo ao mesmo tempo perspia e tolerante,
om o tLtulo su3estivo de V(s "étodos e as 'iladas da %siolo3iaV# Um
apLtulo intitulado V( Fluo do %ensamentoV ? Kuase na metade do livro ?
desreve o oCeto da psiolo3ia omo 2ames o onsidera# ( tema do apLtulo
é o de Kue a onsinia n/o é ormada de pedain;os reunidos, mas sim
de uma orrente, a \uir ontinuamente# ( \uo do pensamento é desrito
omo possuindo ino araterLstias prinipais0 é pessoal mutOvel
sensivelmente ontLnuo trata om oCetos eteriores a ele mesmo e estO
sempre esol;endo entre eles, aeitando, reCeitando, destaando,
seleionando# De erto modo, o resto do primeiro volume é um
desenvolvimento deste apLtulo# ( arOter imediatamente pessoal da
onsinia é deatido num apLtulo sore o eu ? e Kue vem lo3o a se3uir ao
do \uo do pensamento, em ve de ser posto no fnal do livro, onde é
omumente enontrado nos tratados de psiolo3ia# A naturea seletivO da
onsinia é tratada em trs apLtulos, VAten./oV, V'onep./oV e
VDisrimina./o e 'ompara./oV e o resto do volume trata dos vOrios
aspetos da mudan.a e da ontinuidade do \uo de pensamento# ( apLtulo
sore VAssoia./oV trata dos proessos assoiativos n/o omo uni/o de
Vidéias simplesV ou partes disretas da onsinia, mas omo omina./o
de proessos fsiol3ios no sistema nervoso# Este apLtulo, em seu ataKue
P teoria da onsinia omposta de partes disretas, repete e pJe em
destaKue a afrma./o de Kue a onsinia é sensivelmente ontLnua e
mutOvel# No apLtulo intitulado VA %erep./o do -einpoV, 2ames salienta
novamente a mudan.a e a ontinuidade, ressaltando Kue em nossa
eperinia direta e imediata do tempo ? omo sentimos e n/o omo o
oneituamos ? o passado, o presente e o uturo est/o todos ontidos no
Vpresente ilusrioV# ( Mltimo apLtulo, sore a V"emriaV, trata dos atos no
%siolo3ias do &éulo
595
Edna HeidZreder
Kue a psiolo3ia estO se aastando da metaLsia e tornando?
?se uma inia natural a transi./o é visLvel em seu modo de tratar o
assunto#
(s dois volumes do -;e %rinipies est/o t/o ;eios de detal;es ? om
oserva.Jes, ar3umentos, teorias, a;ados eperimentais, interpreta.Jes,
intui.Jes ? Kue seria louura tentar uma desri./o ompreensLvel de seus
ensinamentos# ( mel;or Kue se pode aer é seleionar al3umas partes Kue
s/o mais representativas do total#
-alve o amin;o mais urto a uma ompreens/o do oneito Kue 2ames
tin;a a respeito da psiolo3ia, é onsiderar a sua posi./o nas KuestJes
Osias do oCeto e dos métodos, e da rela./o entre a vida mental e o resto
da naturea# Em rela./o a estes temas, a tendnia de 2ames era a de ser
inlusivo, mais Kue elusivo# ( livro ome.a om a rase VA psiolo3ia é a
inia da vida mental, tanto em seus encmenos Kuanto em suas
ondi.JesV# As palavras VencmenosV e Vondi.JesV s/o amas importantes0
VencmenosV porKue india Kue o seu oCeto é enontrado iia eperinia, e
Vondi.JesV, porKue para 2ames as ondi.Jes imediatas da vida mental
est/o no orpo ;umano, prinipalmente no érero# A partir deste ponto de
vista, as estruturas Lsias Kue onstituem as ondi.Jes da vida mental
ormam uma parte real da psiolo3ia n/o s/o simplesmente o material de
estudo de uma inia afm# 2ames esreveu tendo em mira o ser ;umano
inte3ral o oo de seu interesse estava no \uo da onsinia, mas da
onsinia tal omo eiste em seu V;aitatV natural, o ;omem Lsio# Esta
reviravolta iol3ia do pensamento, realmente, é um dos tra.os distintivos
da psiolo3ia de 2ames# A partir do novo e ontrovertido material
representado pela siolo3ia do érero ? pois 2ames esreveu Kuando a
fsiolo3ia do érero era novidade e Kuando todo este assunto estava ainda
menos estaeleido do Kue a3ora ? aeitou a idéia do sistema nervoso omo
sendo um aparel;o no Kual os \uos iniiados pela estimula./o dos r3/os
dos sentidos atravessam os nervos sensoriais até ao sistema nervoso
entral, de lO passam através das vias de li3a./o de vOrios 3raus de
ompleidade, e daL \uem para ora através dos nervos motores para os
mMsulos# Na opini/o de 2ames, é a a./o do érero Kue estO assoiada om
a onsinia, de orma imediata#
A outra palavra em sua defni./o, VencmenosV, possui tamém implia.Jes
importantes, pois estudar os encmenos
da vida mental é estudar a onsinia tal omo eiste na eperinia real e
imediata# Isto si3nifou para 2ames o V\uo do pensamentoV# Areditava
Kue o verdadeiro ponto de partida da psiolo3ia é a eperinia sentida de
orma imediata ? n/o uma alma ou mente Kue se maniesta pela e através
da onsinia, n/o por.Jes de material onsiente a3lomeradas, mas sim a
eperinia omo a on;eemos no momento# A desri./o do \uo de
pensamento eita por 2ames é um dos mais amosos tre;os de toda a
literatura psiol3ia# + um lOssio, em parte porKue desreve om
vivaidade e fdelidade al3o Kue é muito diLil de ser desrito, e em parte
porKue tem valor ;istrio por ser um ataKue ao atomismo do
assoiaionismo e do ;erartismo#
William 2ames oserva omo primeira araterLstia do \uo de onsinia
ser ela pessoal, e esta araterLstia é aeita por ele omo um ato Osio#
N/o iniiamos om pensamentos e terminamos om eus# ( eu estO presente
desde o inLio
onCunto n/o omo
de idéias, uma alma,
nem omo nem espLrito
uma onstru./o imanente,
l3ia, nem
mas sim omo
omo umum
ato empLrio evidente ? o de Kue Vtodo pensamento tende a ser parte de
uma onsinia pessoalV# (u mel;or, nem todo pensamento é
invariavelmente uma parte da onsinia pessoal# 2anet demonstrou Kue o
pensamento pode ser dissoiado da personalidade prinipal# %orém, mesmo
essas partes separadas da onsinia, se possuLrem uma por./o
onsiderOvel de onteMdo, tender/o a adKuirir a orma pessoal e a se
tornarem personalidades seundOrias, Kue eistem lado a lado om a
prinipal#
Ao oservar a se3unda araterLstia do \uo de pensamento, Kue estO
sempre seDi
doutrina# modifando,
laramente2ames ;e3a
Kue ns mais
nuna primo
temos do Qma3o
o mesmo de sua idéia
pensamento,
ou sentimento duas vees e Kue Vnen;um estado de onsinia uma ve
desapareido pode Camais repetir?se ou ser idntio a outroV# %odemos ver o
mesmo oCeto, ouvir o mesmo som, até eaminar sempre a mesma
realidade ideal, porém, n/o devemos onundir o oCeto do pensamento
om ele prprio# +, realmente, uma impossiilidade Lsia a repeti./o da
mesma sensa./o orporal pois ada uma orresponde a erta atividade
ereral, e para Kue osse idntia P sua anterior, esta deveria oorrer pela
se3unda ve em um érero Kue n/o se alterasse, uma ondi./o Kue é
impossLvel# -udo isso Kuer dier Kue Vuma idéia ou @orsteliun3 Kue eista
de modo permanente e Kue suna P lu da onsinia a intervalos pe dA
59
Ed,a Heidreer
ridios, é um ser t/o mitol3io omo o valete de espadas do aral;oV#
A tereira araterLstia, a de Kue o pensamento é sensivelmente ontLnuo,
ondu 2ames P importante distin./o entre estados de onsinia
esseniais e transitrios, e P doutrina da VorlaV, de 3rande alane# ( seu
prinipal ar3umento é o de Kue n/o ;O Kueras ou interrup.Jes no \uo da
onsinia Kue eiste uma ontinuidade Kue é sentida e eperimentada# (
Kue dO a aparnia de al;as ou Kueras, o Kue nos a pensar em un./o
de oCetos e atos om intervalos entre os mesmos, é a adnia dierente
das diversas partes do \uo# =uando a média de varia./o é aia, temos
onsinia de um oCeto ou ato em Kue o pensamento pode far?se
Kuando é elevada, pereemos uma passa3em, uma transi./o, uma
rela./o# 2ames se reere Ps duas médias de varia./o omo Vpontos de
paradaV e VvcosV e omo estados de onsinia VesseniaisV e
VtransitOriosV# (s estados esseniais ? a perep./o de uma mesa, ou de uma
pessoa andando ? s/o aKueles Kue pereemos ailmente e de modo
natural# &/o literalmente impressivos# %orém, os estados transitrios, insiste
2ames, s/o i3ualmente reais, e ao reon;e?los, estO apto a desorir
rela.Jes em omo oisas no material real da eperinia# VDeverLamos
dier uma sensa./o de e, uma de se, uma de mas e uma de por, t/o
prontamente omo diemos uma sensa./o de aul ou de rio#V As
sensa.Jes de tendnia s/o tamém estados transitOrios# As sensa.Jes de
VEspere V, VEsuteV, V@eCaV a sensa./o de Kue um nome esKueido estO
Kuase ao nosso alane a sensa./o de VompreenderV um si3mfado antes
deste ser ormulado em palavras ? s/o eemplos de sensa./o de
tendnias# -ais estados n/o s/o ora do omum# 'ada palavra essenial, na
realidade, é erada por uma orla de rela.Jes, Kue podem n/o ser
onsientes mas Kue s/o, n/o ostante, verdadeiras# Esta doutrina da orla é
de 3rande utilidade# %or meio dela, 2ames eplia as idéias 3erais e
astratas, pois a orla torna possLvel a uma idéia ter um sentido ou um
si3nifado, ou seCa, um 3rande volume de onota.Jes latentes, sem todos
os detal;es laros e reais Kue Ber]ele e sua esola ei3iam# 2ames
empre3a
tempo, a mesma omo
mostrando onep./o para desrever
o passado, o presentea eeperinia psiol3ia
o uturo podem todos do
eistir Cuntos omo o Vpresente ilusrioV# Fa tamém uso dele para mostrar
por Kue o urso do pensamento realia as surpreendentes varia.Jes Kue Ps
vees eeuta, e o?
%8Solo3ias do &éulo
597
mo al3o Kue ;O apenas um instante atrOs era va3amente presente na orla
da onsinia pode reser e tornar?se domin#ante e dar uma nova dire./o
ao urso total do pensamento#
A Kuarta araterLstia do \uo de onsinia, o ato de Kue o pensamento
trata om oCetos distintos de si mesmo, 2ames a onsidera omo um ato
undamental, do ponto de vista da psiolo3ia# Reere?se em outro tre;o ao
Vdualismo irredutLvel entre a mente e seus oCetos, os Kuais simplesmente
aeita omo psilo3o# %orém, o oCeto n/o deve ser onsiderado,
psiolo3iamente, em um sentido t/o simples Kuanto o omum# =uando se
pede para desi3nar a fnalidade do pensamento epresso pelas palavras
V'olomo desoriu a Améria em 56V, a maioria das pessoas responde
V'olomoV, ou VAmériaV, ou ainda Va desoerta da AmériaV# Em outras
palavras, esol;em al3um termo relativo a um estado essenial do
pensamento e esKueem a orla# %orém, realmente, a fnalidade do
pensamento,
desoerta dainsiste 2ames,
Améria n/omenos
é nada é 'olomo, nem
do Kue a Améria
a rase nem a
toda, V'olomo
desoriu a Améria em 56V om todo o seu onCunto de rela.Jes# E,
ontudo, apesar de toda a sua ompleidade, o estado da mente Kue
on;ee o oCeto é simples# N/o é uma idéia de 'olomo, li3ada P de
desoerta, e a da Améria li3ada P de 56# Novamente 2ames insiste na
unidade e ontinuidade do pensamento, emora a sua fnalidade seCa
omplea#
Finalmente, a Kuinta araterLstia do \uo de pensamento é a de estar
sempre seleionondo# (s prprios r3/os dos sentidos s/o aparel;os
seletivos respondem somente a vira.Jes de uma amplitude limitada# A
perep./o tamém é seletiva a partir de todas as idéias Kue aemos de
uma tOua de mesa retan3ular, real e possLvel, uma delas soressai omo
tLpia e a tOua da mesa é vista retan3ular# ( mesmo tipo de seletividade
oorre nos proessos mais elevados e se torna mais evidente nas atividades
Kue denominamos pondera./o e esol;a# Deve ser entendido, entretanto,
Kue 2ames n/o reon;ee em todas estas atividades seletivas da mente
aKuelas ao nLvel da sensa./o e da perep./o, por eemplo, as
araterLstias dos atos da vontade# A;a é Kue o \uo mental estO sempre
pleno de onteMdos e Kue a ada instante eiste um sem?nMmero de
possiilidades, das Kuais somente al3umas se tornam reais#
5d
59
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
599
Este \uo de pensamento é o oCeto da psiolo3ia omo é visto pela
introspe./o do ser ;umano adulto# %orém, William 2ames n/o limitou o
oCeto da psiolo3ia ao Kue pode ser oservado dessa maneira# Reon;eeu
omo psiolo3ia o estudo dos animais, dos selva3ens, das rian.as e dos
louos# &empre se interessou pela psiolo3ia dos anormais diia amiMde
Kue muito poderia ser aprendido das mentes enermas# Naturalmente,
deseCava dar lu3ar para tudo Kue pudesse ser aresentado talve P soma
total do on;eimento psiol3io# ( estudo da fsiolo3ia, o eame da
onsinia, pesKuisas das mentes maduras e imaturas, normais e
anormais, ;umanas e animais ? tods essas pesKuisas ele as aol;ia omo
possLveis ontes de on;eimento# -in;a suas preernias e aversJes,
porém, n/o ;O notLia de ;aver?se reusado a dar aten./o a KualKuer
assunto#
=uando William 2ames eamina a Kuest/o dos métodos, intitula de modo
si3nifativo o apLtulo de V(s "étodos e as 'iladas da %siolo3iaV# %ois
emora aeite a psiolo3ia omo uma inia natural, avalia inteiramente
as difuldades Kue o seu oCeto apresenta P oserva./o ientLfa# Dos
métodos de pesKuisas, meniona a introspe./o em primeiro lu3ar omo
asolutamente undamental# Aeita omo ato Osio, Kue nuna oi posto
em dMvida, o desorirmos estados de onsinia Kuando eaminamos
nossas prprias mentes# Admite Kue a ren.a nesse ato representa o
postulado mais Osio da psiolo3ia, e reCeita Vtodas as investi3a.Jes
uriosas sore a sua eatid/o, por serem demasiado metaLsias para a
fnalidade deste livroV# &ua delara./o de Kue a Veistnia de estados de
onsinia n/o oi posta em dMvida por nen;um rLtioV soa de modo
estran;o aos ouvidos dos estudantes de psiolo3ia de nossos dias# %orém, é
importante oservar Kue tais dMvidas s/o, para 2ames, demasiado
metaLsias para um livro sore inia natural para ele nada poderia ser
mais real, mais evidente, menos neessitado de prova metaLsia do Kue o
\uo de onsinia omo sur3e de orma imediata#
%orém, emora William 2ames onsiderasse a introspe./o omo o método
undamental em psiolo3ia, e estivesse a esse respeito de aordo om
Wundt e -it;ener, a espéie de introspe./o Kue preoniava n/o era a
mesma Kue a do Vintrospeionista treinadoV# %ara 2ames, a introspe./o
era o eerLio de um dom natural onsistia em apreender um momento da
prpria vida, P medida Kue passa, em far e desrever este ato u3a na
orma em Kue suedeu em
seu V;aitatV natural# N/o era a introspe./o de laoratrio, auiliada por
instrumentos de metal era a rOpida e se3ura apreens/o de uma impress/o
eita por um oservador sensLvel e perspia# %orém, 2ames n/o estava
menos cnsio das difuldades da introspe./o do Kue o estavam os mais
erren;os adeptos dessa é ortodoa# Eaminava os dois etremos da
atitude om respeito P introspe./o# Um deles, representado por Brentano
entre outros, é a ren.a na inaliilidade da introspe./o de Kue na
apreens/o de nossos prprios estados de onsinia, eperimentamos a
realidade de orma imediata e sem deorma./o, n/o na maneira
reonstruLda pela Kual tomamos on;eimento dos oCetos do mundo
eterior# ( outro etremo é representado por 'omte# V( pensadorV, afrma
'omte, Vn/o pode se dividir em dois, um dos Kuais raioina enKuanto o
outro o oserva raioinar# ( r3/o oservado e o r3/o Kue oserva, neste
aso, s/o os mesmos ent/o, omo se pode produir a oserva./o^V 2ames
n/o adotou nen;uma dessas idéias radiais# Aeitou a introspe./o omo
uma orma de oserva./o Kue n/o é inalLvel e nem impossLvel# Admitia Kue
ela estava erada de difuldades, prprias P sua naturea, porém,
areditava Kue, omo as outras ormas, pode ser eaminada por meio de
verifa.Jes apropriadas e omparando?se as desri.Jes de vOrios
oservadores# Este tipo de verifa./o é normalmente aeito pela inia, e
o tipo de on;eimento otido dessa maneira é tudo o Kue 2ames ei3e para
a introspe./o#
Emora n/o osse ele prprio um eperimentador, 2ames tin;a onfan.a
tamém no método eperimental em psiolo3ia# &ua prpria desri./o do
método onstitui a mel;or prova da sua atitude#
Kual as menores vanta3ens otidas ada dia pelas or.as Kue a assediam
v/o?se somando até P sua derrota fnal# %ouo eiste de estilo nore nesses
novos flsoos de rel3io, pndulo e prisma# Eles n/o est/o rinando e n/o
se preoupam om o aval;eirismo, ( Kue no onse3uiram aer a 3enerosa
intui./o e a superioridade em virtude, Kue 'Lero onsiderava neessOrias
para dar ao ;omem a mel;or vis/o da naturea, serO sem dMvida
onse3uido al3um dia pelas investi3a.Jes e sele.Jes, pela terrLvel
tenaidade e ;ailidade Kuase dialia dos novos flsoos#V
N/o é preiso dier Kue esta atitude meio divertida n/o era aKuela adotada
omumente pelos devotos da nova psiolo3ia# %orém, para William 2ames,
3rande parte deste ataKue or3aniado e penoso, 3rande parte da tarea de
seleionar elemento por elemento, pareia or.ada e artifial# ( método
eperimental, entretanto, era tido por ele omo um dos meios possLveis de
se ;e3ar ao on;eimento psiol3io# VFatos s/o atosV, diia, Ve se os
onse3uirmos em nMmero sufiente, ertamente ;/o de se ominarV#
'omo sempre, estava deidido a on;eer todas as ontes do on;eimento#
( método omparativo era inluLdo por William 2ames omo suplemento aos
métodos introspetivo e eperimental# &ua utilidade, a;ava ele, estava em
revelar a vida mental em suas varia.Jes# Realia investi3a.Jes na psiolo3ia
dos animais, das rian.as, das ra.as primitivas, dos selva3ens e dos louos,
e na ;istria de institui.Jes, tais omo a lin3ua3em, os ostumes e o mito# (
método, entretanto, n/o é eato, e as interpreta.Jes aseadas em seus
a;ados est/o suCeitas a muitos deslies# A esse respeito, 2ames a um
omentOrio no Kual di Kue as pesKuisas posteriores provaram ser verdade
Kue os estudos omparativos, para darem om resultado, devem ser eitos,
om a fnalidade de provarem al3uma ;iptese espeLfa# E aresenta Kue
Va Mnia oisa a aer ent/o é usar a maior perspiOia possLvel e ser o mais
sinero Kue se puderV#
Em seus omentOrios sore os vOrios métodos, William 2ames mostra
amiMde Kue estO a par das difuldades em seu uso0 a introspe./o é, Ps
vees, impreisa a eperienia é, por vees, ansativa e inMtil a
interpreta./o dos resultados da psiolo3ia omparada pode tornar?se um
Vtraal;o estaanteV# %orém, eistem duas difuldades neste metodo Kue
a;a t/o proundas e t/o sérias Kue sentiu ser preiso onsiderO?las P parte#
7 Wllliam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, 9, 56?567#
Uma delas provém do uso da lin3ua3em# Nossas palavras s/o orCadas pelo
senso omum e n/o pela inia oram eitas para servir Ps neessidades
prOtias da vida diOria e n/o para re\etir os pensamentos e os sentimentos#
'omo resultado, n/o eiste uma orrespondnia di3na de onfan.a entre
as palavras e os atos da onsinia, e as palavras deormam nossa vis/o
do material psiol3io# &e n/o eiste uma palavra para desi3nar um ato
mental, somos inlinados a omitir o prprio ato a;amo até diLil areditar
Kue tal ato eista# %or outro lado, se eiste uma palavra Kue pretenda
si3nifar um proesso mental, somos levados a rer neste, mesmo Kue n/o
;aCa prova introspetiva de sua eistnia# Além disso, uma ve Kue as
palavras do senso omum tm ;aitualmente uma si3nifa./o onreta, é
provOvel Kue a;emos Kue nossos pensamentos s/o idntios aos oCetos
Kue representam# Assim, somos inlinados a enarar o pensamento das
diversas oisas isoladas omo por.Jes separadas de pensamento e devido
aos oCetos do pensamento irem e virem sem essar, Cul3amos os
pensamentos omo indo e vindo, permaneendo e retendo sua identidade
omo remos Kue oorra om os oCetos# Esta ilus/o, de aordo om 2ames,
enontra?se na ase de todas as esolas assoiaionistas e ;erartistas e da
onep./o atomLstia da psiolo3ia em 3eral ? uma ilus/o ontra a Kual o
psilo3o deve estar sempre alerta#
596
ser i3ual ao oCeto a Kue se reere, e Kue, em si mesma, n/o tem Kue estar
onsiente de suas rela.Jes eternas# Novamente 2ames insistia num apelo
P eperinia imediata# Este apelo, realmente, é a ase verdadeira de sua
advertnia ontra a Vilus/o do psilo3oV# ( Kue estava instando, para Kue
a psiolo3ia fesse, era eaminar a sua matéria sem preoneitos ? para
verifar tudo o Kue ali eiste e nada mais do Kue ali eiste, e ver isso n/o
deormado pelo ;Oito, pelo saer, ou pelos ostumes n/o?rLtios do senso
omum#
A rela./o entre a mente e o orpo, omo William 2ames a onsiderava em
psiolo3ia, pode ser desrita em pouas palavras# 'omo uma inia natural
a psiolo3ia deve ome.ar pelo ponto de partida omum a todas as
iénias, ou seCa, o mundo omo é visto pela oserva./o sin3ela de todos os
dias# A partir deste ponto de vista, as mentes estudadas pelo psilo3o s/o
oCetos num mundo de oCetos s/o as mentes de determinados indivLduos,
eistindo no tempo e no espa.o# V'om KualKuer outra espéie de mente,
om a Inteli3nia &uprema, om a "ente n/o li3ada a um determinado
orpo, ou om a "ente n/o suCeita P passa3em do tempo, o verdadeiro
psilo3o nada tem a verV# Aeita simplesmente, e omo ato empLrio, Kue
as ondi.Jes imediatas das mentes s/o or3anismos vivos e éreros a
naturea fnal da rela./o entre eles é um prolema de metaLsia, e n/o de
psiolo3ia#
As mentes possuem uma outra rela./o om o mundo dos oCetos no Kual
elas eistem ? a de ter onsinia desses oCetos, de on;e?los e de
aeitO?los ou reCeitO?los# 'om reernia a esta rela./o, nada se pode dier a
n/o ser a simples afrma./o de Kue eiste# %ara o psilo3o, o
on;eimento é uma Vrela./o primOria Kue preisa ser aeita, Kuer seCa
epliada ou n/o, de orma idntia Ps dieren.as e semel;an.as Kue
nin3uém proura epliarV# De ato, eistem prolemas Kue 3iram em torno
da rela./o do on;eimento, porém, s/o epistemol3ios e n/o
psiol3ios# A atitude do psilo3o é simplesmente a de Kue a rela./o do
on;eimento eiste, e Kue n/o pode ser reduida a termos mais simples ou
mais inteli3Lveis, e deve ser aeita assim omo a inia aeita KualKuer
outra rela./o Kue, a seu ver, seCa Osia#
+ importante oservar Kue oi William 2ames, o psilo3o, Kue tomou essa
posi./o em rela./o ao prolema mente?orpo# 'omo flsoo estava
proundamente interessado no prolema Kue ele separou da psiolo3ia por
ser metaLsi o
Em sua teoria do empirismo radial ? mais eatamente no seu ensaio VEiste
a 'onsinia ^V ? introdu, omo flsoo, uma onep./o ori3inal sore a
rela./o mente?orpo# %orém, emora muitas de suas atitudes, Kue oram
mais tarde epliadas em sua flosofa, possam ser notadas em sua
psiolo3ia, 2ames, omo psilo3o e omo autor do -;e %rinipies, manteve
a posi./o Kue ormulara#
( mesmo se di3a sore a atitude de William 2ames no toante aos
prolemas Osios de seu oCeto e método e da rela./o das mentes om o
mundo em Kue eistem# ( seu modo de tratar os prolemas espeiais deve
ser eaminado a se3uir# AKui, de modo ainda mais laro do Kue em seu
deate dos prinLpios Osios da psiolo3ia, seu estilo araterLstio é
revelado# &eria impossLvel apreiar tanto o vi.o omo a etens/o de seu
tratamento, sem se notar sua maneira de lidar om al3uns dos assuntos
espeiais da psiolo3ia#
No apLtulo sore o eu, William 2ames mostra al3uns de seus ;Oitos
mentais mais tLpios# N/o trata do eu omo se osse uma simples astra./o,
Kue persiste através da eperinia, dando?l;e unidade trata om os eus
pereidos Kue vivem no mundo real# Em sua orma mais evidente, o eu é
material, porém, esta matéria é variOvel# ( eu material é o orpo, porém, é
mais do Kue isso inlui as roupas, a asa, as propriedades e a onta no
ano ? todas as posses Kue o eu pode onsiderar suas# -odas essas oisas
despertam as mesmas espéies de sensa.Jes, emora n/o
neessariamente no mesmo 3rau# =uando aumentam e prosperam,
produem CMilo e uma sensa./o de triuno Kuando diminuem ou aaam,
produem aatimento e depress/o, e uma sensa./o de Vonvers/o parial# #
# ao nada, Kue é, em si mesmo, um encmeno psiol3ioV#
Em arésimo ao eu material, eiste o eu soial ? ou mel;or, ;O um onCunto
de eus soiais, pois ada pessoa possui tantos eus soiais Kuantas seCam as
pessoas Kue a on;eem e tm uma opini/o ou idéia a seu respeito# %orém,
uma ve Kue essa 3ente pertene a diversas lasses ou 3rupos, é possLvel
dier Kue uma pessoa tem tantos eus soiais Kuantos orem os 3rupos de
pessoas uCa opini/o é importante para ela ? um eu amiliar, um profssional,
um no lue, um Kue mostra aos de sua idade, aos mais vel;os, aos seus
patrJes, aos seus empre3ados, a todos Kue on;ee# "es WiIliam 2ames,
Does 'onsiousness Elst^V EssaCs in Radial Empirti#sm, 5?78#
dA
%siolo3ias do &éulo
5:5
5:_
Edna Heidreder
mo a sua VamaV ou V;onraV s/o eus soiais# (s triunos e as des3ra.as de
seus eus soiais provoam as mesmas espéies de suidas e Kuedas na
emo./o, e os mesmos tipos de CMilo ou depress/o, omo o aem as
eventualidades do eu material#
"ais Lntimo do Kue KualKuer desses eus é o espiritual ? as apaidades
inteletuais, os sentimentos, a vontade, Vtodas as auldades psLKuias ou
disposi.Jes em seu todoV# + o eu espiritual Kue sentimos ser o mais
verdadeiro, e por esse eu 2ames Kueria si3nifar o Kue é realmente sentido
na eperinia ? n/o uma simples astra./o, n/o uma neessidade l3ia de
pensar, n/o al3o ora ou além da realidade imediatamente sentida#
Enontra o seu oo num sentido de atividade, al3o interno mesmo aos
pensamentos e sensa.Jes, al3o Kue paree sair para enontrar todas as
Kualidades e onteMdos da eperinia, enKuanto estes pareem vir a ele
sendo reeidos pelo mesmo# %orém, este eu espiritual 2ames a;a Kue n/o
é de todo espiritual no sentido omum em Kue a palavra é aeita# N/o ne3a
Kue o sentido de atividade estO presente tamém n/o duvida um s
momento da le3itimidade da eperinia porém, Kuando oserva a
eperinia psiolo3iamente, a;a Kue esta sensa./o é sempre da
atividade Lsia, em sua maior parte se eetuando dentro do rQnio# (s
aCustes dos r3/os dos sentidos, as aerturas e e;amentos da 3lote, a
ontra./o do mMsulos das mandLulas e da testa, os movimentos da
respira./o ? estes e outros proessos semel;antes ontriiem para a
sensa./o# E a perep./o dessas atividades, indefnidas mas sempre
presentes, onstantes em ompara./o a outras atividades, é responsOvel de
erta orma pelas araterLstias Kue ns sentimos omo a naturea mais
Lntima do eu ? para este, omo uma atividade Kue persiste através de todas
as outras, porém, n/o se identifando o; as mesmas# ( ato de Kue os
proessos s/o indefnidos, montonos e sem interesse em si, eplia por
Kue n/o s/o reon;eidos pelo Kue s/o, por Kue passam Kuase
despereidos, e todavia onstituem um sustrato de sensa./o verdadeira
Kue on;eemos omo o eu espiritual#
-omados em onCunto, o eu material, o soial e o espiritual ormam o eu
empLrio, onstituindo assim uma assoia./o ;et:ro3nea, na Kual os
diversos omponentes nem sempre est/o em pa# Nin3uém desreveu de
modo mais real do Kue 2ames os numerosos impulsos, as possiilidades de
on\ito e rivalidades, dentro de um Mnio eu0
V'omo aontee om muitos motivos de deseCo, a naturea Lsia restrin3e
nossa esol;a para um s entre muitos ens apresentados, e assim tamém
aontee neste aso# Deparo om reK[nia om a neessidade de far
om um dos meus eus empirios e renuniar aos outros# N/o si3nifa Kue
eu n/o Kueira, se pudesse, ser ao mesmo tempo ele3ante e 3ordo, em
vestido, 3rande atleta, 3an;ar um mil;/o de dlares por ano, ser ;umorista,
on?vivant, onKuistador e tamém flsoo flantropo, estadista, 3uerreiro
e eplorador ariano, assim omo mMsio romQntio e santo# %orém, isto é
simplesmente impossLvel# (s interesses do milionOrio iriam de enontro aos
do santo o onvivant e o flantropo n/o poderiam andar de aordo o
flsoo e o onKuistador n/o poderiam viver na mesma ;aita./o# -ais
arateres t/o dierentes podem ser oneidos omo possLveis para um
;omem no ome.o de sua vida# %orém, tornar KualKuer um deles real ei3e
Kue os restantes seCam mais ou menos suprimidos# Assim, aKuele Kue usa
o seu eu mais real, mais orte e mais proundo, deve rever esta lista om
aten./o e esol;er aKuele om o Kual possa 3arantir seu uturo# -odos os
outros eus por isso tornam?se irreais, mas os aonteimentos deste eu s/o
reais# &eus raassos tamém, assim omo suas vitrias, levando ver3on;a
e ale3ria om eles#
VEu, Kue até a3ora me apliKuei inteiramente em ser um psi]3o, soro se
outros on;eem muito mais psiolo3ia do Kue eu porém, estou satiseito
em ;aurdar?me na maior i3norQnia do idioma 3re3o# Neste aso, as
min;as defiénias n/o me aem sentir ;umil;ado# -ivesse eu pretenses
de ser um lin3[ista, teria sido eatamente o ontrOrio# Assim, podemos
oservar o paradoo de um ;omem Kue se sente enver3on;ado s por ser o
se3undo pu3ilista ou o se3undo remador do mundo# ( ato de Kue ele seCa
apa de derrotar toda a popula./o do 3loo, menos um, nada si3nifa
omprometeu?se a derrotar aKuele Mnio ;omem e enKuanto n/o o fer,
nada mais importa# Aos seus prprios ol;os, ele é inapa de derrotar Kuem
Kuer Kue seCa e, se ele assim pensa, ele assim é#V
Naturalmente, o eu empLrio, de aordo om 2ames, aree daKuela unidade
asoluta Kue o pensamento popular, a teolo3ia e muitos sistemas de
flosofa onsideram omo sua araterLstia essenial#
-udo o Kue dissemos, entretanto, é apliOvel ao eu empLrio, aKuele Kue é
on;eido diretamente pela eperinia# Resta o eu puro, omo pensador,
n/o omo oCeto do pensamento# %orém, ainda Kuando onsidera o eu puro,
2ames n/o enontra evidnia de unidade asoluta# De ato, é riada a
impress/o de unidade paree ;aver KualKuer oisa no prprio entro do ser
Kue se onserva através de todas a mudan.as da eperinia# %orém, esta
impress/o de unidade é epliada por 2ames em un./o de ertos estados
transitrios da onsinia, ertos sentimentos de rela./o no \uo do
pensamento# 'ada instante da eperinia vem P lu
9 Wllliam 2ames, -;e %rinples o %s;olo37, 5, 7_6?75_#
IC
5:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo
5:7 55
em se3uida a outro Kue, emora esteCa passando, ainda n/o o e por
ompleto sente a sua ontinuidade om o seu anterior, apropria?se dele e,
por sua ve, é apropriado pelo Kue l;e suede# Eiste assim uma sensa./o
ontLnua de propriedade, mas n/o é devida a al3o unitOrio por detrOs da
eperinia, é devida a rela.Jes de apropria./o na eperinia e Kue
transmitem a sensa./o de propriedade de um instante para o outro# Essa
eplia./o da identidade pessoal é mantida por 2ames ontra a teoria de
uma alma imaterial e sustanial, ontra a doutrina do eu dos
assoiaionistas, omo sendo estados suessivos de onsinia e Kue Vse
olam uns aos outrosV, e ontra a doutrina ]antiana de um eu
transendental de aperep./o Kue estO lo3iamente suentendido em todo
pensamento# -udo o Kue é preiso para epliar a unidade do eu, é por ele
enontrado no \uo da onsinia, mais propriamente nas rela.Jes de
apropria./o Kue s/o estados transitrios Kue podem ser enontrados na
eperinia imediata#
William 2ames onlui seu apLtulo sore o eu relatando asos de notOveis
mudan.as de personalidade ? aKueles encmenos de personalidades
mMltiplas, estados de onsinia indidos e dissoia./o Kue sempre o
interessaram# %ara ele, isso pareia representar a evidnia empLria de Kue
o eu n/o é a unidade asoluta Kue reK[entemente diem ser# %ara ele, o
encmeno da dissoia./o pareia ter implia.Jes de 3rande alane om
respeito or3ania./o dos eus reais#
Este resumo omitiu naturalmente 3rande parte dos detal;es onretos Kue
d/o ao apLtulo o seu tom araterLstio# Em nen;uma prte do livro -;e
%rinipies, o estilo de 2ames é mel;or apresentado do Kue Kuando trata do
eu# As oserva.Jes perspiaes e ompreensivas, as desri.Jes pitoresas,
o estudo empLrio, a eplia./o da unidade do eu em un./o das sensa.Jes
transitrias de rela./o, a eplana. #o uidadosa de sua posi./o om o
devido respeito Ps teorias orrentes, tanto psiol3ias omo metaLsias, o
interesse pelos encmenos reentemente investi3ados das personalidades
anormais ? tudo revela o seu toKue araterLstio# E através de todo o
apLtulo Kue perorre toda a 3ama da oserva./o direta até a espeula./o
metaLsia astrata, do eame minuioso até P 3eneralia./o ampla, o eu
permanee omo uma oisa vivente# N/o é tratado omo astra./o, omo
alma, ou omo suess/o de idéias simples, ou neessidade l3ia de pensar,
mas sim omo realidade psiol3ia, n/o apenas ima3inada mas tamém
sentida#
(utra das atitudes araterLstias de William 2ames é enontrada em seu
modo de tratar os proessos inteletuais# Foi uma de suas maiores ren.as a
de Kue a psiolo3ia ;avia inteletualiado em eesso o seu material e, Ps
vees, pareia Kue o seu prinipal interesse, ao disutir a naturea do
;omem raional, era o de mostrar omo este é, em 3rande parte, irraional#
Na ase de seu modo de tratar a defni./o, a ren.a e o raioLnio, assenta?
se a prounda onvi./o de Kue as atividades inteletuais est/o presentes
no animal ;umano porKue possuem utilidade iol3ia aem parte das
maneiras prOtias pelas Kuais a riatura ;umana se mantém no mundo#
Assim, as defni.Jes s/o ria.Jes dos seres viventes apliadas em
determinadas empresas e oCetivos# &/o se.Jes retiradas do \uo da
eperinia, reeendo nomes e adaptadas para atender Ps fnalidades
;umanas# &/o maneiras ;umanas de tratar om a eperinia, Kue em si
nuna fa imvel# As defni.Jes, entretanto, s/o fas e imutOveis s/o
tornadas fas e imutOveis por meio do inteleto# 'onstituem o VQma3oV de
nosso pensar, uma ve Kue somente se reerindo P sua estailidade somos
apaes de tratar om a eperinia, a Kual de outra orma nos esaparia
para sempre# =uando, por eemplo, pensamos sore o papel omo al3o
para ser esrito, ns isolamos e famos este ato a seu respeito e, ao assim
aer, transormamo?lo em al3uma oisa na Kual podemos a3ir de erta
orma# %orém, tal onep./o é de nossa prpria autoria é um instrumento
tal;ado para uma erta neessidade n/o Kuer dier Kue o papel seCa
essenialmente al3o para ser esrito# N/o eiste, insiste 2ames, nen;uma
propriedade ompletamente elusiva de unia determinada oisa# EnKuanto
estamos esrevendo, o papel é oneido omo uma superLie para
esrever, porém, se o estivermos usando para aender o3o, é ima3inado
omo material omustLvel# ( mesmo papel pode ser oneido de
inMmeras maneiras0 Vum orpo del3ado, um ;idroaroneto, um orpo de
oito por de pole3adas, um oCeto primo a uma pedra no Kuintal de meu
viin;o, um produto norte?
?amerianoV s/o al3uns eemplos# A onep./o, aresenta ele, é
neessariamente parial#
=ualKuer um desses aspetos de seu ser Kue eu lassifar
proXisoriamente, torna?me inCusto para om os outros# %orém, omo estou
sempre lassifando?o so um aspeto ou outro, sou sempre inCusto,
sempre parial, sempre elusivista# "in;a desulpa para isso é a da
neessidade Kue a min;a naturea prOtia e limitada me impJe#
5:
Edna Heidreder
"eu pensamento eiste, sempre, e do prinLpio ao fm, em onsidera./o
om o Kue a.o, e s posso aer uma oisa de ada ve#V :
William 2ames onsidera uma idéia ontrOria ao senso omum o ato de n/o
;aver uma Kualidade inteiramente elusiva de um oCeto, nem uma oisa
Kue seCa ele verdadeiramente# ( senso omum admite Kue deve ;aver al3o
no Qma3o de um oCeto Kue onstitua a sua essnia e da Kual suas vOrias
araterLstias seCam simplesmente propriedades# A essnia do oCeto é o
Kue l;e dO o nome# ( oCeto é o papel, e sua orma retan3ular, sua
propriedade de omust/o, sua distQnia de uma erta pedra s/o
propriedades Kue l;e s/o inerentes# %orém, esta atitude é em si devida a
uma de nossas fnalidades prOtias e determinadas, Kual seCa a de dar nome
aos oCetos# + de 3rande utilidade ter nomes para as oisas, al3o por meio
do Kual elas possam ser representadas, mesmo Kuando ausentes# 'omo
resultado, o ;Oito de dar nomes tornou?se t/o orriKueiro Kue os nomes
mais omuns nos vm P mente para si3nifar o Kue tal oisa é, so as
maneiras mais raras de one?las# (u ent/o, se adotarmos a atitude da
inia popular, podemos pensar sore a O3ua omo sendo real e
essenialmente H_# %orém, a O3ua n/o é mais verdadeira omo 55_ do
Kue omo al3o a ser eido, ou Kue onserva vi.osas as \ores# 'one?la
so sua rmula KuLmia é Mtil em al3umas irunstQnias, e so outras
ormas, é Mtil em outros asos porém, nen;uma defni./o representa de
modo invariOvel a sua realidade separada de ertas fnalidades# V-oda a
un./o de defnir, de far, de se ater aos si3nifados, nada representa além
do ato de Kue aKuele Kue defne é um ser om propsitos limitados e
oCetivos prprios#VV
( raioLnio, assim omo a defni./o, estO aseado em neessidades
irraionais, e desde o inLio estO suCeito a ondi.Jes n/o raionais# (
raioLnio, sem dMvida, n/o é uma oorrnia de um inteleto Kue estO ora
do orpo# +, por um lado, uma Kuest/o de assoia./o deve usar o Kue
oereem os proessos assoiativos e, estO, portanto, na dependnia do
meanismo do érero# + tamém uma Kuest/o de sele./o# A partir de
todos os materiais apresentados, um determinado tipo é etraLdo omo
essenial# Este proesso de sele./o oi ;O pouo deatido omo onep./o
e a ;ailidade de esol;er uma matéria de maneira adeKuada, aptar e iso:
Wllliam 2ames, op# it#, II, 777#
- William 2ames, op# it#, 5, 8#
%8iolo3is do &éulo
5:9
lar os elementos esseniais para as neessidades do aso, é o passo mais
importante em todo o proesso do raioLnio# 'oneer de maneira
adeKuada pressupJe a ;ailidade de dividir uma situa./o ompleta em
partes, ver o Kue é importante e ? o Kue possui a mesma importQnia ?
i3norar o restante, o arOter seleionado provoa ent/o assoia.Jes Kue
levam P onlus/o# Estas assoia.Jes s/o, naturalmente, resultados do
aprendiado# Assim, se o alor é ima3inado omo movimento, os atos CO
on;eidos sore movimento s/o a3ora assoiados ao alor# %ara se
ompreender o alor de orma meQnia, eistem dois estO3ios# Um deles
aran3e o Kue 2ames denomina sa3aidade é a onep./o do alor omo
movimento# ( outro inlui o aprendiado é o despertar do on;eimento
assoiado P idéia de movimento# Em orma de silo3ismo, o ato de ima3inar
ornee a premissa menor, a de Kue o alor é movimento# A premissa maior,
a proposi./o sore movimento, ori3ina?se pela assoia./o#
Isto n/o si3nifa Kue 2ames Kueira dar a impress/o de Kue o raioLnio, do
ponto de vista psiol3io, si3a o padr/o do silo3ismo# Uma ve Kue o
raioLnio depende da assoia./o, estO suCeito a todos os imprevistos,
restri.Jes, irre3ularidades e impropriedades da assoia./o# A assoia./o por
i3ualdade é espeialmente importante para o raioLnio porKue estO
presente na onep./o, na perep./o da essnia# A esol;a, tamém,
desempen;a um papel importante no raioLnio# &ur3e primeiro na
orma./o de oneitos ? isto é, na esol;a das oisas prinipais porém, os
proessos, pelos Kuais as assoia.Jes importantes para o elemento
esol;ido s/o despertadas, tamém inluem a esol;a# E esta, n/o é demais
repetir, é uma atividade de seres om fnalidades pariais e prOtias Kue
est/o em usa de fns partiulares# 2ames sulin;a o ato de Kue o
raioLnio oorre no interesse da a./o#
Finalmente,
determinadaaporren.a, assim
atores omo a oneitua./o
irraionais# %ara 2ames, ae ren.a
o raioLnio, é
estO mais prima
da emo./o do Kue de tudo o mais e a redulidade, o sentido imediato e
indisutLvel da realidade, é onsiderado por ele omo a nossa primeira
resposta Ps nossas prprias perep.Jes e pensamentos# A redulidade n/o é
o resultado de uma prova ela sur3e antes de apareer a neessidade de
provar# -emos orte tendnia para aeitar omo verdadeiro tudo Kue nos é
apresentado somente Kuando al3o interere om a ren.a, ou vem ontra
5::
Edna Heidreeler 5 %8iolo3ias do &éulo
5:<
ela, é Kue ome.amos a duvidar# Isto si3nifa Kue eistem muitas ormas
de realidade, muitos tipos de ren.a, e Kue devemos esol;er um omo real
e desprear os outros# Devemos resolver, por eemplo, se numa
determinada perep./o, estamos vendo um antasma, um nevoeiro ou uma
aluina./o# Eistem, realmente, vOrios tipos de realidade Kue muita 3ente
reon;ee e seleiona uma das outras# HO, em primeiro lu3ar, o mundo dos
sentidos ou oisas Lsias na orma omo as pereemos de imediato, om
suas ores, sons e temperaturas# Eiste tamém o mundo da inia, do
Kual as ores, os sons e outras Kualidades seundOrias est/o eluLdos#
Eistem mundos de rela.Jes astratas, dos Kuais s/o eemplos os mundos
da l3ia e da matemOtia# Eistem vOrios mundos sorenaturais, tais omo
o 'éu e o Inerno dos rist/os, e o mundo da mitolo3ia lOssia# Eistem
mundos de f./o intenional, omo o de %i]Si] %apers, o Kual, emora
admitido omo f./o, possui uma realidade prpria t/o peuliar Kue a idéia
de uma altera./o KualKuer é pereida lo3o omo prpria ou imprpria#
Eistem todos os mundos da opini/o pessoal# Eistem até mundos da
louura, Kue possuem o seu tipo espeial de realidade#
Fae a tantas possiilidades, deve ;aver uma esol;a# -ais possiilidades
n/o s/o, entretanto, reiproamente elusivas# Aeitamos o mundo dos
sentidos, e o da inia, e o do %i]Si] %apers em dierentes estados de
;umor e para fns diversos# 'ontudo, nos deparamos amiMde om a tarea
de distin3uir o real do irreal, e o mais verdadeiro do menos e, ao assim
aer, n/o usamos um ritério Mnio mas vOrios# 2ames esreve0
V%or via de re3ra, a persistnia om a Kual um oCeto ontraditrio se
onserva em nossa ren.a é proporional a vOrias Kualidades Kue deve
possuir# Dessas, uma Kue deveria ser posta em primeiro lu3ar por muita
3ente, porKue arateria oCetos de sensa./o, é sua ? V!5$ 'oeritividade
sore a aten./o, ou o simples poder de ter
onsinia a se3uir, vem0
V!$ @ivaidade, ou pun3nia sensLvel, em espeial no sentido de despertar
praer ou dor
%siolo3ias do &éulo
5:6
ii
importante e si3nifativo do Kue KualKuer outra oisa no mundo^ Nada
mais se pode dier sen/o Kue assim se omportam os seres ;umanos e Kue
ada riatura 3oeta de seus prprios modos e os se3ue omo oisa natural#
%ode aonteer Kue a inia eamine essas maneiras e verifKue Kue a
maioria delas é Mtil# %orém, n/o é por ausa de sua utilidade Kue s/o
se3uidas, mas porKue na oasi/o de adotO?las esta é a Mnia oisa
onveniente a aer# Nem um s ;omem dentre um il;/o, ao aer sua
reei./o, pensa Camais sore sua utilidade# 'ome porKue o alimento l;e
paree om e o a deseCar mais# &e vo l;e per3untar por Kue deseCa
omer mais daKuela omida saorosa, em ve de onsiderar vo omo um
flsoo, ;O de dier, rindo, Kue vo é um idiota# A rela./o entre a sensa./o
de saor e o ato Kue ela despertar é para ele asoluta e
selstverst,fnlhi;#, ou seCa, uma sLntese a priori do tipo mais pereito, n/o
reKuerendo nen;uma prova a n/o ser a sua prpria evidnia# Em resumo, é
preiso ter o Kue Ber]ele ;ama de mente orrompida pela ultura para
aer om Kue o natural pare.a estran;o, a ponto de per3untar o porKu de
KualKuer ato ;umano instintivo# &omente para o metaLsio podem oorrer
per3untas omo estas0
%or Kue sorrimos Kuando satiseitos, e n/o ranimos a testa^ %or Kue somos
inapaes de alar a uma multid/o omo alamos a um Mnio ami3o^ %or Kue
determinada mo.a nos transtorna tanto^ ( ;omem omum pode dier
somente0 naturalmente ns sorrimos, naturalmente nosso ora./o palpita P
vista da multid/o, naturalmente amamos a mo.a, aKuela ela alma
enarnada em orma pereita, t/o palpOvel e eita evidentemente para ser
amada eternamente
VE assim, provavelmente, sente ada animal a respeito de ertas oisas Kue
tem tendnia a aer em presen.a de determinados oCetos# Essas oisas
s/o tamém sinteses a prori# %ara o le/o, é a leoa Kue oi eita para ser
amada para o urso, a ursa# %ara a 3alin;a ;oa pareeria monstruosa a
idéia de Kue ;ouvesse al3uém no mundo Kue n/o onsiderasse atraente
uma nin;ada de ovos para deitar?se em ima dias a fo om a maior
satisa./o#V 5_
Este tre;o, mostrando a naturea impulsiva e irraional do instinto, ontém
o ponto essenial do ensino de 2ames a este respeito# -alve devssemos
oservar Kue a nase dada ao instinto na époa de 2ames tin;a si3nifado
muito dierente do Kué teria nos dias atuais# Eiste ;oCe, na psiolo3ia, uma
tendnia para aastar?se do oneito de instinto, em desonfar dele porKue
poderia talve suentender idéias inatas, ou mesmo al3uma or.a
misteriosa, n/o analisOvel pela inia, Kue or.aria o or3anismo a
omportar?se de determinadas maneiras, al3o Kue desenoraCaria a
pesKuisa porKue seria aeito omo um VdomV# %orém, na 3era./o de 2ames,
um destaKue dado ao instinto, prinipalmente se osse assoiado Ps suas
idéias sore a naturea dos proessos inteletuais, si3nifava ;amar a
aten./o para o ato de Kue as espéies estudadas pela psiolo3ia ;umana
s/o, em Mltima anOlise, iol3ias si3nifava um aandono da psiolo3ia
de idéias simples e @orstellun3en, e um passo no sentido de onsiderar o
;omem omo um or3anismo vivo no mundo da naturea#
Realmente, é interessante oservar Kue al3uns dos omentOrios de 2ames
sore o instinto, puliados em fns do séulo passado, est/o estreitamente
de aordo om as tendnias da psiolo3ia atual# 2ames diia Kue os
instintos n/o s/o ori3atoriamente Ve3os e invariOveisV omo afrmava o
oneito ;istrio de instinto, e Kue podem ser modifados pelo ;Oito#
Neste ponto, suas oserva.Jes est/o em ;armonia om a mel;or das
evidnias eperimentais disponLveis atualmente, Kue mostram Kue Kuando
as atividades omumente lassifadas omo instintivas s/o sumetidas P
oserva./o so ondi.Jes ontroladas, verifa?se Kue elas n/o s/o as
realia.Jes VpereitasV, imutOveis e inevitOveis Kue se poderia esperar, de
aordo om o anti3o oneito# Além disso, sua idéia de Kue os seres
;umanos tm um 3rande nMmero de instintos ? realmente, mais do Kue os
possuem os animais ineriores ? estO tamém de aordo om as rLtias
ontemporQneas, pois inlina?se no sentido da espeifidade# A parti./o do
instinto em modos tLpios de omportamento oi, de ato, o primeiro passo
no sentido de aandonar a anti3a idéia de instinto omo uma 3rande or.a,
inerta, arre3ada de misteriosa potnia# As or.as enormes e inertas Kue
s/o, por defni./o, misteriosas n/o se prestam para os estudos prOtios da
inia mas em ae de realia.Jes defnidas e tLpias, a inia pode a3ir
imediatamente# 'omo resultado, Kuando os pesKuisadores resolveram
dividir entidades maiores, omo o instinto de onserva./o, em atividades
partiulares, omo a loomo./o e a ala, ou mesmo em atividades defnidas
menores, omo a riatividade, a uriosidade e a omatividade, o espanto e
o pavor, em presen.a do deson;eido, ome.aram a dar lu3ar Ps
pesKuisas sore oorrnias onretas e defnidas#
Em seu modo de tratar as emo.Jes, 2ames desenvolveu a teoria Kue é
talve a sua ontriui./o mais amosa para a psiolo3ia# -rata?se do
oneito on;eido omo teoria das emo.Jes de 2ames?)an3e# Ao
onsiderar o prolema d ponto de vista psiol3io, onveneu?se de Kue a
emo./o nada mais é Kue a sensa./o da atividade orporal despertada por
via re\ea por ertas irunstQnias estimulantes# ( fsilo3o dinamarKus
)an3e, estudando em partiular o
5_ Willlam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, II, 78:?78<#
5I
5<_
Edna Heireder
sistema irulatrio, ;e3ou P onlus/o de Kue as sensa.Jes das
mudan.as vasomotoras onstituem a ase das emo.Jes# (s dois ientistas
puliaram a teoria em separado e Kuase ao mesmo tempo#
William 2ames epcs sua teoria, opondo?a ao ponto de vista do senso
omum0
V( senso omum afrma Kue ao perdermos nossas riKueas, famos tristes
e ;oramos enontramos um urso, famos om medo e orremos somos
insultados por um inimi3o, famos om raiva e ri3amos# A ;iptese a
onsiderar neste aso di Kue a ordem desta seK[nia estO errada, Kue um
dos estados mentais n/o é imediatamente induido pelo outro, Kue os
sintomas orporais devem primeiramente interpor?se entre eles, e Kue uma
afrma./o mais raional é a de Kue ns famos tristes porKue ;oramos,
an3ados porKue ri3amos, medrosos porKue trememos, e n/o Kue
;oramos, ri3amos ou trememos porKue esteCamos tristes, an3ados ou
medrosos, onorme o aso# &em os estados orpreos suedendo P
perep./o, esta Mltima seria puramente o3nitiva, pOlida e inolor,
destituida de alor emoional# %oderLamos ent/o ver o urso, e deidir se é
mel;or orrer, reeer o insulto e a;ar Kue devemos ri3ar, mas n/o
sentiriamos realmente medo ou raiva#V
Nas emo.Jes mais 3rosseiras, tais omo a raiva, o temor, o pesar e o amor,
as pertura.Jes orpreas s/o vias naKuelas mais sutis, as respostas do
orpo, emora n/o t/o Oeis de desorir, est/o, n/o ostante, presentes#
A n/o ser Kue se sorria ante um ato ;umorLstio, a menos Kue viremos em
ae de um ato de Custi.a ou ora3em, n/o teremos uma apreia./o
emotiva da situa./o teremos simplesmente uma perep./o inteletual de
Kue o oCeto de nossa aten./o é en3ra.ado, Custo ou oraCoso# &em a
pertura./o orporal, orte ou raa, n/o eiste emo./o#
Esta teoria, omo 2ames a epJe de modo eplLito, é diretamente oposta P
onep./o do senso omum# De aordo om este, vemos primeiro o urso, a
se3uir sentimos medo, e depois orremos a ordem dos atos é a perep./o,
a emo./o e o movimento do orpo# 2ames inverte a seK[nia temporal dos
dois Mltimos
sua ase# atos
( Kue o movimento
sentimos orporal
realmente omopreede
emo./oa éemo./o e onstitui
o onCunto de a
sensa.Jes oasionadas pelos movimentos do orpo# A sensa./o desses
movimentos é a emo./o#
%orém, a teoria, assim eposta, estO numa orma muito rua e ousada# &/o
neessOrios ertos reKuisitos para aer om Kue esta eposi./o desreva o
pensamento de 2ames de
55 WilIiam 2ames, -;e %rinipies o %s;oio3, \, 6?9_#
%sioo3ias do &dulo
5<5
maneira mais eata# Em primeiro lu3ar, 2ames n/o Kuer dier Kue eistem
trs atos psiol3ios separados ? a perep./o do estLmulo, os movimentos
do orpo e a sensa./o dos mesmos ? separados por intervalos apreiOveis
de tempo# A seK[nia é t/o rOpida, e a superposi./o é t/o 3rande, Kue n/o
se pode esperar nen;uma introspe./o eata de ordem temporal# ( Kue ele
Kuer dier é Kue a emo./o possui uma
ase or3Qnia, e Kue sem a sensa./o do movimento do orpo
n/o ;averO emo./o, e Kue além e aima das sensa.Jes provo ada pelo
estLmulo do orpo n/o eiste sustQnia da mente
ou puramente mental aendo parte da emo./o# Em se3undo
lu3ar, emora insista na li3a./o imediata entre a perep./o
e os movimentos do orpo, 2ames n/o ne3a o papel desem pen;ad pela
resposta ortial ao in\uir na rea./o total#
Ao ontrOrio, insiste nisso# Um urso na \oresta e outro
numa Caula provoam rea.Jes dierentes isto porKue repre senta
irunstQnias dierentes e a situa./o 3loal é a Kue
tem valor# 2ames, sem dMvida, admite uma li3a./o imediata
e instintiva entre o oCeto e a rea./o delara Kue Vos oCe to estimulam as
mudan.as orporais por meio de um me anism preestaeleidoV mas
insiste tamém Kue a situa ./ total, e n/o determinada parte dela, é Kue
produ o resul tado e a apta./o da situa./o 3loal implia uma resposta
ortial# Na realidade, 2ames mostra?se va3o em rela./o P
naturea eata da li3a./o entre o oCeto estimulante e a
pertura./o orporal porém, levando em onta Kue tanto
o oneito de instinto Kuanto o on;eimento do sistema ner vos eram
muito impreisos
surprI" na époa
+ evidente, em Kue estava esre vendo o ato n/o ausa
entretanto,
Kue ao salientar a proimidade ra li3a./o entre a perep./o
e o movimento, desreve a emo./o mais para o lado instintivo
da naturea ;umana, do Kue para o inteletual# ( ato Kue
deseCa deiar laro é o de Kue, emora a idéia ou a apreia ./ inteletual do
peri3o possa estar presente e, nesse aso,
a.a sua ontriui./o tLpia ao tom emoional, aKuela idéia
5<
Edna Heidreder
sa.Jes das mudan.as orporais, or3Qnias e outras# Al3uns de seus
ontemporQneos se opuseram ortemente a esse ponto de vista, entre eles,
-it;ener, 5 Kue lutou em deesa de um elemento aetivo, insistindo Kue a
ae./o é intrinseamente dierente da sensa./o or3Qnia ou outra de
KualKuer tipo# A;ava Kue a teoria onundia a ae./o om a sensa./o
or3Qnia, e tin;a ertea de Kue uma dieren.a irredutLvel entre a ae./o e
a sensa./o de KualKuer espéie é revelada de orma inonundLvel pela
introspe./o#
su3erido Kue o as
dieren.assem raasso de 'annon,
emo.Jes em enontrar
entre si, n/o ondi.Jes fsiol3ias
vai ori3atoriamente ontra estaKue
teoria Kue pode ;aver ondi.Jes fsiol3ias n/o investi3adas em suas
pesKuisas ? dieren.as devidas P atitude orporal, postura, epress/o aial,
ou mudan.as fsiol3ias muito rOpidas ? Kue distin3uem as emo.Jes na
orma em Kue ns omumente as onsideramos# Foi tamém su3erido Kue
os distMrios enontrados por 'annon s/o os omuns Ps emo.Jes em 3eral,
as Kuais, afnal de ontas, n/o s/o t/o dierentes entre si omo as Cul3am
nossos modos de pensar ;aituais#
AliOs, emora a teoria de 2ames?)an3e n/o ;aCa sido aprovada ou
desaprovada de modo asoluto pelas provas eperimentais, o onsenso
3eral, ;oCe em dia, é o de Kue ela n/o eplia de maneira adeKuada os atos
on;eidos prinipalmente, Kue n/o eplia a rela./o entre a perep./o e a
sensa./o, e Kue é um tanto impreisa ou totalmente errada Kuanto Ps
oneJes nervosas entre o érero e as vLseras# Entretanto, n/o se disute
ter eerido esta teoria 3rande in\unia# + 3eralmente admitido Kue o lado
or3Qnio da emo./o é muitLssimo importante, mesmo por aKueles Kue
disordam Kue a emo./o seCa somente a sensa./o do distMrio orporal# A
teoria oi aeita tamém em suas lin;as 3erais, porKue dO uma ra/o de ser
iol3ia P emo./o e l;e onere um lu3ar e uma un./o na eonomia total
da naturea ;umana# Aima de tudo, estimulou a pesKuisa sore as
emo.Jes, mais do Kue KualKuer outra onep./o# &eCa Kual or a resposta
da evidnia eperimental, a teoria de 2ames?)an3e terO desempen;ado um
%or Mltimo, eistem tpios nos Kuais o tratamento dado por 2ames mostra
uma tendnia Kue tem sido muito pouo assinalada neste livro ? a
tendnia para o voluntarismo# Até erto ponto, sua posi./o a respeito
deste prolema estO implLita no seu relato sore a oneitua./o, raioLnio
e ren.a omo estando intimamente assoiados P naturea ati v
e emoional do ;omem# %orém, em seu apLtulo sore a aten./o, aorda o
prolema de orma mais direta# Ali salienta Kue se, através da aten./o
voluntOria, uma determinada idéia pudesse ser prolon3ada apenas por um
instante ? o sufiente para permitir a entrada de assoia.Jes reor.adoras e
para Kue essas desempen;assem o seu papel ? estaria asse3urada a vitria
daKuela idéia, ( esor.o da vontade realiaria ent/o o Kue ele paree aer,
e 2ames admite esta possiilidade# ( prolema do livre arLtrio, salienta ele,
estO ora do Qmito da inia ela n/o pode ser ontra nem a avor do
mesmo# 2ames, porém, omo pessoa, preeriu a teoria do livre arLtrio ao
invés do determinismo e, portanto, teve 3rande difuldade para mostrar
Kue uma é t/o ientifamente respeitOvel Kuanto a outra#
A pulia./o de -;e %rinipies oi alamada no paLs e no eterior omo
aonteimento de primeira 3randea no mundo psiol3io# N/o s era uma
desri./o ompreensLvel de um novo ampo do saer, n/o s era uma nova
sLntese dos atos da psiolo3ia representava uma verdadeira ontriui./o P
psiolo3ia# Desde o inLio, oi reon;eido omo mais do Kue um simples
livro sore o assunto# Devido ao seu vi.o e poder, devido Ps suas atitudes
defnidas e su3estJes estimulantes, onstituLa um aonteimento na ;istria
da psiolo3ia#
-alve a araterLstia mais marante deste livro seCa o ato de ;aver
tratado defnitivamente a psiolo3ia omo inia natural, espeialmente
omo inia iol3ia# A psiolo3ia, naturalmente, estava sendo tratada
omo inia em toda parte, prinipalmente pelos eperimentalistas na
Aleman;a# A de 2ames, porém, tomou dire./o muito dierente# Ele estava
interessado em proessos onsientes n/o s pelo seu valor intrLnseo,
omo tamém por serem atividades dos or3anismos vivos nos Kuai oorrem,
modifando as suas vidas# Foi a sua voa./o ientLfa 3eneraliada,
naturalmente, Kue o e passar da ontempla./o espeuladora da mente
para a oserva./o direta da eperinia imediata e de suas ondi.Jes
porém, oi o seu interesse iol3io espeLfo Kue o e ver os proessos
mentais omo atividades de seres viventes onservando?se no mundo da
naturea ? omo atividades, possivelmente Mteis, deveras, para os seres Kue
as eerem# Esta idéia sore a vida mental tem tido onseK[nias
importantes para a psiolo3ia norte?ameriana# De ato, ao tratar os
proessos mentais omo arrai3ados nas neessidades e prOtias dos
or3anismos vivos, 2ames
II
5<:
Edna Heidreder
estava esrevendo o Kue desde ent/o se tem demonstrado ser uma
psiolo3ia tipiamente norte?ameriana# Epressava uma atitude Kue,
Kuando se tornou eplLita, veio a ser a da primeira esola de psiolo3ia
defnitivamente norte?ameriana, o unionalismo#
Intimamente relaionado om esta atitude em rela./o P vida mental, estO o
destaKue Kue 2ames deu ao lado irraional da naturea ;umana# Através de
todo o livro, nuna deia Kue o leitor esKue.a Kue o ser em Kuest/o é uma
riatura dotada de emo./o e a./o, em omo de on;eimento e ra/o#
"esmo Kuando eamina os prprios proessos inteletuais, assinala os
atores irraionais inluLdos# Desreve om a mOima larea,
prinipalmente em seus apLtulos sore o ;Oito e a assoia./o, sua ertea
de Kue o inteleto uniona so ondi.Jes fsiol3ias defnidas# E vai mais
lon3e# A ren.a, insiste, é determinada por atores emoionais e volitivos a
oneitua./o e o raioLnio, sur3indo so a in\unia de deseCos e
neessidades individuais, oorrem em vista da a./o# ( pensamento, na
orma desrita por 2ames, é um tipo de rea./o desenvolvida por um ser
empen;ado om a Kuest/o prOtia de rea3ir ao seu meio amiente# ( ser
;umano Kue sur3e na psiolo3ia de 2ames pouo se paree om o ;omem
raional dos anos anteriores#
E, entretanto, apesar de todo o seu empen;o em tratar a psiolo3ia omo
inia e n/o omo metaLsia, apesar de sua mO vontade em superestimar
o papel do inteleto na naturea ;umana, 2ames n/o se eimiu,
pessoalmente, das ei3nias do inteleto para defnir a vida Kue se
prolon3a além da inia# + astante evidente Kue o autor do -;e %rinipies
o %s;olo3 é um ;omem tremendamente interessado pelos prolemas
metaLsios# %ode?se distin3uir laramente em seu estudo da psiolo3ia as
tendnia Kue deveriam sur3ir mais tarde em sua flosofa, omo o
pra3matismo, o pluralismo e o empirismo radial# + si3nifativo, entretanto,
ter 2ames onservado a sua flosofa e psiolo3ia separadas uma da outra
ou mel;or, Kuando inluiu a flosofa em seus deates, reon;eeu?a omo
flosofa# 'omo resultado, veio a ser vantaCoso para a psiolo3ia norte?
ameriana Kue 2ames possuLsse interesses flosfos# Foi, realmente, em
3rande parte por seu intermédio Kue a psiolo3ia norte?ameriana passou
de flosofa mental para inia, e o e inte3ralmente om ompreens/o#
%ois 2ames n/o somente rompeu om
%siolo3ia#s do &éulo
5<<
o passado n/o tratou de modo superfial as maneiras mais omuns de lidar
om o material ;umano# 'onsiderou seriamente a posi./o da psiolo3ia Kue
estava representando dentro das idéias flosfas a Kue os seus leitores
estavam aostumados e, ao assim aer, tornou inteli3Lvel e CustifOvel a
mudan.a para o novo ponto de vista# Realmente, a inteirea om Kue 2ames
trata desses prolemas de flosofa mental, Kue a psiolo3ia omo inia
tem o direito
eemplo de i3norar
? é urna ? os prolemas
das raJes da alma
Kue tornaram e da sustQnia
desneessOrio Kue osmental,
tratadospor
de
psiolo3ia onsiderassem atualmente este assunto#
Finalmente, a imperei./o, a improvisa./o, as prprias inonsistnias da
psiolo3ia de William 2ames tiveram proundo si3nifado do ponto de vista
do desenvolvimento desta inia, ( seu modo de tratar dos assuntos, mais
insinuante Kue onlusivo, mais ontriuiu para riar prolemas do Kue pari
resolv?los# (s ensinamentos de 2ames, ertamente, n/o representam a
orma Kue a psiolo3ia tomarO omo inia desenvolvida# Falta?l;es o
undamento de atos slidos, ineKuLvoos, prprios de uma inia
amadureida, e Kue teoriamente possam ser epressos em termos
Kuantitativos e sumetidos P verifa./o eperimental# + i3ualmente erto,
porém, Kue a psiolo3ia de 2ames ontém muito do material inorme Kue
ompJe uma inia# %elo menos é uma psiolo3ia Kue passou diretamente
P eperinia em usa de respostas para os seus prolemas, e Kue é
inteiramente fel Ps suas oserva.Jes individuais, ;armoniemse ou n/o
umas om as outras ou om um plano Kue deve inluir todas# -alve seCa
esta fdelidade aos atos individuais o tra.o marante da psiolo3ia de
2ames e ertamente este dO ao seu tratamento um arOter de inia
autntia# + esta fdelidade aos atos, tamém, Kue dO P sua psiolo3ia seu
arOter eperimental, uma ve Kue é saido Kue nem todos os atos s/o
disponLveis# +, portanto, muito apropriadamente Kue 2ames enerra o seu
livro om um tre;o Kue di respeito diretamente ao tema do Mltimo
III
( FUN'I(NA)I&"(0 2# R# AN*E)), HAR@E1
'ARR, 2(HN DEWE1
DeSe !5896?569$ 'arr !n# 58<7$ BZdSin !58:5?567$ 2udd
!58<7?56:$ Ward !587?569$ &tout !58:_?56$ Hibdin3 !587?
?5675$0 An3eli !58:6?566$ *# H# "ead !58<5?567:$#
un.Jes
ser n/ode
oCetos podem apareer
oserva./o na eperinia
introspetiva# Alémdireta
disso,e,pesKuisar
portanto, as
n/o podem
un.Jes
dos proessos mentais si3nifava onsiderar muito mais do Kue a prpria
onsinia# Em outras palavras, a introspe./o n/o poderia ontinuar a ser
onsiderada omo método distintivo da psiolo3ia, nem a onsi^iia o seu
oCeto espeLfo# Assim, mesmo uma desri./o preliminar do pro3rama do
unionalismo mostra 3randes aastamentos das esolas onsa3radas#
+ interessante Kue DeSe e An3eli n/o estavam inte? ressados em undar
uma esola# + provOvel Kue nen;um deles tivesse o Ceito e o 3nio de
deensores ervorosos de uma nova ausa# DeSe, apesar de todo o seu
prestL3io e ori3inalidade, era meditativo e ponderado# An3eil, mesmo em
seus mais veementes protestos ontra o anti3o estado de oisas, era aOvel
e tolerante# -odavia, o movimento Kue patroinaram desafava aertamente
a autoridade, e se desenrolou numa atmosera estimulante de omate om
um inimi3o valoroso# ( unionalismo tornou?se uma esola defnida em
parte porKue as suas prprias delara.Jes permitiam aertamente ;eresias,
e tamém porKue -it;ener deididamente o eomun3ara# De erto modo,
permaneeu assim até aos nossos dias# (s psilo3os treinados em ';ia3o
est/o pereitamente cnsios de sua lin;a3em psiol3ia ainda enaram
sua psiolo3ia em un./o de ompara.Jes e ontrastes e entre eles eiste
ainda ;oCe uma identidade de
<
58
Edna Hedreder
%8],oho3`a& do &éulo
587
sentimento Kue n/o se enontra em nen;um outro 3rupo do paLs#
( encmeno de uma esola sur3indo de si mesma, om ;ees Kue n/o
estavam Kuerendo undar uma esola, é, em si mesmo, si3nifativo# -alve
al3o no amiente da nova Universidade de ';ia3o osse responsOvel pelo
ato# + notrio, ertamente, Kue a primeira esola de psiolo3ia
elusivamente norte?ameriana ten;a sur3ido na nova universidade Kue
era tamém uma epress/o de tudo o Kue é tipiamente ianKue# ( ato
Kuase inareditOvel da ria./o de uma 3rande universidade ompleta ? de
atualiar um plano, de reunir um orpo doente notOvel, de tornar realidade
uma or3ania./o omplea inteira, em orpo e alma deu ao loal um ar de
3randes eitos realiados e por realiar e n/o é de admirar Kue uma esola
de pensamento, ome.ando em tais irunstQnias, prosperasse e
resesse#
%orém, o amiente loal, emora adeKuado, n/o é uma eplia./o
sufiente# A orma./o Kuase espontQnea de uma nova esola de psiolo3ia
si3nifava em primeiro lu3ar Kue muita oisa estava preparada para ter
inLio# Em muitos setores dos Estados Unidos eistia a impress/o de Kue a
psiolo3ia, defnida na orma onvenional, era muito mesKuin;a e restrita#
AliOs, o pro3resso real da psiolo3ia nos Estados Unidos n/o se3uiu as
re3ras para ela estipuladas# A psiolo3ia eduaional, a da rian.a, a do
animal, o estudo das dieren.as individuais e do desenvolvimento mental ?
nen;um desses movimentos poderia ser ori3ado a se3uir o modelo
onvenional, todavia estavam todos pro3redindo# William 2ames,
naturalmente, ;avia representado sempre uma in\unia poderosa ora do
Qmito tit;eriano# *# &tanle Hail, emora ;ouvesse estudado al3um
tempo em )eipi3, nuna fara impressionado de modo avorOvel por
Wundt e seu resente entusiasmo pela psiolo3ia 3enétia, aliado a uma
predile./o apri;osa pelo Kue se pode ;amar de psiolo3ia em 3eral,
si3nifava Kue a psiolo3ia em 'lar] ;avia superado amplamente os seus
limites onvenionais# Em 'olMmia, 'attell insistia em seu interesse pelas
dieren.as individuais, e -;orndi]e realiava eperinias em animais e
seres ;umanos om poua aten./o pelas re3ras de 'omeu# 2ames "ar]
BaldSin era astante rano om as rLtias severas da psiolo3ia ortodoa#
Em sua opini/o, uma inia Covem e pro3ressista n/o deve se limitar aos
proessos sanionados por al3uma esola, e seu prprio interesse pelas
Peren.as individuais e desenvolvimento mental, aliado a
uma frme onvi./o do valor dos deates terios irrestritos, sem dMvida,
muito ontriuiu para a frmea de sua onvi./o#4 Ele e -it;ener ri3aram
aertamente numa ontrovérsia sore a interpreta./o da dieren.a entre os
tempos de rea./o sensorial e motora, deate esse menos importante pela
Kuest/o em si do Kue pela rana oposi./o em Kue oloava as
interpreta.Jes mais amplas e as mais estritas da psiolo3ia# Estes asos,
além disso, s/o somente sintomas de uma tendnia 3eral# Nos Estados
Unidos ;avia um deseCo 3eneraliado de dar ouvidos P doutrina Kue
afrmava Kue a un./o do psilo3o n/o se limita neessariamente P
disse./o minuiosa dos estados de onsinia# (s empreendimentos
tipiamente norte?amerianos em psiolo3ia, por serem dierentes daKueles
da tradi./o alem/, se aCustaram prontamente ao plano do unionalismo# As
tendnias CO eistiam, prontas para serem entraliadas e oloadas dentro
de uma rmula Kue as unifaria e as Custifaria#
N/o oi s nos Estados Unidos, entretanto, Kue a psiolo3ia do tipo de
Wundt e sua esola ;avia deiado de eerer um ontrole inontestOvel# Na
Aleman;a, a psiolo3ia do ato de Brentano, eposta Kuase ao mesmo tempo
Kue a de onteMdo de Wundt, nuna deiara de ter seus adeptos
importantes# *rande parte da psiolo3ia ranesa, tamém, om seu
interesse pelas anormalidades mentais, adaptou?se depressa aos oneitos
unionais# Na In3laterra, 2ames Ward, em seu amoso arti3o V%s;olo3V
na Enlopaedia Britannia, n/o s reon;eeu omo tamém ressaltou a
atividade do eu ou do suCeito e *# F# &tout, in\ueniado por Ward,
desenvolveu uma psiolo3ia na Kual enarava omo modos OsiJs do ser
onsiente trs ormas de atividade
? n/o onteMdos, di3a?se de passa3em ? o3ni./o, ae./o e ona./o# (
flsoo dinamarKus, Harold HJbdin3, tratou tamém de orma defnitiva os
proessos psiol3ios omo tipos de atividade# Em seu livro (utlines o
%s;olo3, adotoda anti3a divis/o tripartida da mente em o3ni./o,
sentimento e vontade, empre3ando assim uma lassifa./o Kue aia
lemrar astante a psiolo3ia das auldades# %ara Hibdin3, entretanto,
essas ate3orias n/o si3nifavam nem Vor.asV nem VdivisJesV da mente,
mas sim maneiras pelas Kuais a mente toda a3e em diversas
oportunidades#
( unionalismo em ';ia3o n/o se mostrou disposto a menosprear estas
anteipa.Jes de seus ensinamentos# %elo
58
Edna Heiireder %siolo3ias, do &éulo
589
ontrOrio, deu?l;es mais nase, usando?as para demonstrar Kue o seu
estudo era muitas vees levado a sério pelos estudiosos, e assim su3eriu
Kue as limita.Jes onvenionais da époa eram artifiais# Realmente o
unionalismo n/o pretende ;aver desoerto al3o de novo deaio do sol#
An3eli insistia sempre Kue o unionalismo n/o deveria ser identifado om
a psiolo3ia Kue era ensinada em ';ia3o, e afrmou mesmo Kue n/o
representava eatamente uma eso la A seu ver, o movimento si3nifava
al3o mais vasto do Kue KualKuer ulto ientLfo ou seita# Areditava Kue os
prinLpios unionalistas ;aviam sempre eito parte da psiolo3ia, e Kue o
estruturalismo, por estaeleer suas prprias Kualidades, tin;a sido
realmente a primeira esola a se separar do orpo prinipal da psiolo3ia#
N/o ;O a menor dMvida Kue o traal;o de -it;ener, V-;e %ostulates o a
&trutural %s;olo3V, 5 por real.ar o ontraste entre os pontos de vista
estrutural e unional, e por insistir Kue somente o primeiro era le3itimo
numa verdadeira inia psiol3ia, muito ontriuiu para dar larea e
individualidade ao novo empreendimento#
%orém,
reseuaenova esolae,seapesar
prosperou estaeleeu, e n/o pode
dos protestos ;averodMvida
de An3ell, Kue ela veio
unionalismo
a se identifar om o tipo de psiolo3ia Kue estava se desenvolvendo na
Universidade de ';ia3o# Desde o inLio, reeeu apoio entusiOstio da
mesma# *# H# "ead e A# W# "oore, amos da se./o de flosofa, e tamém,
omo DeSe, interessados pela psiolo3ia, apoiaram laramente as novas
idéias# Em 56_, o prprio DeSe tornou?se diretor da Esola de Edua./o
da Universidade de ';ia3o, aproveitando a oportunidade, astante l3ia,
de pcr em prOtia os prinLpios da sua flosofa e da sua psiolo3ia# Aps
eerer seu ar3o durante dois anos, se3uiu para o -ea;ers 'olle3e da
Universidade de 'olMmia, omo proessor de flosofa# ';arles H# 2udd, Kue
veio a ser diretor da Esola de Edua./o al3uns anos aps a saLda de
DeSe, estava tamém astante interessado pelo novo movimento# Emora
tivesse deendido sua tese de 3radua./o em )eipi3 e assim devesse a sua
orma./o P anti3a esola, seu livro %s;olo3, puliado dois anos antes
de se3uir para ';ia3o, oi esrito t/o emeido no espLrito do
unionalismo, Kue o seu modo de tratar as rea.Jes motoras é muitas vees
itado omo o mel;or eemplo de interpre ta./
unionalista# Nesta époa, An3ell, omo ;ee do departamento de
psiolo3ia, tornara?o um dos mais in\uentes do paLs# %ermaneeu em
';ia3o pelo espa.o de vinte e seis anos, e mais tarde tornou?se diretor da
Universidade de 1ale# Desde a saLda de An3eli, Harve 'arr, o se3undo
estudante a se doutorar em psiolo3ia em ';ia3o e o atual ;ee da
adeira, prosse3uiu a# ora Kue DeSe e An3eil ;aviam iniiado#
+ si3nifativo n/o ;aver um livro ou tratado Kue represente o unionalismo
na orma em Kue o -et?Boo] de -it;ener representava o seu sistema, ou
os %rinipies de W# 2ames, a sua psiolo3ia# DeSe nuna esreveu uma
eposi./o sistemOtia da psiolo3ia unional, emora seus prinLpios
esteCam implLitos em seus mUit=& esritos# ( seu livro -et?Boo] o
%s;olo3 oi puliado em 588, antes Kue ;ouvesse elaorado suas
idéias psiol3ias tLpias e doe anos antes de ;aver sido lan.ado
defnitivamente o movimento unionalista# An3eli puliou seu -et?Boo] o
%si;olo3 em 56_ e seu Introdution !o %s;olo3 em 5658, porém,
emora os dois livros esteCam esritos do ponto de vista unionalista,
nen;um deles tem omo seu prinipal oCetivo a apresenta./o do
unionalismo omo sistema# ( mesmo se pode dier dos outros tetos em
3eral esritos om tendnia unionalista# Além disso, mesmo Kue eistisse
uma apresenta./o sistemOtia, nen;um livro, nen;um ruto do pensamento
unionalista, poderia representar felmente aKuilo Kue era essenialmente
um movimento e uma atividade# %ois o unionalismo, em omo o seu
prprio oCeto de estudo, era um proesso om uma un./o, uma
transorma./o na psiolo3ia norte?ameriana em 3eral e o Kue representou
para esta, pode ser mel;or disernido aompan;ando?se o proesso de sua
orma./o e desenvolvimento# %or omodidade, as trs ases deste
movimento podem ser separadas assim0 seu inLio om DeSe, seu
desenvolvimento so a lideran.a de An3ell e sua onserva./o omo uma
in\unia em defnida, om 'arr#
( arti3o de DeSe, V-;e Re\e Are 'onept in %s;olo3V , puliado em
586:, assinala o ponto de partida do unionalismo omo movimento
defnido# A importQnia desse estudo t/o deatido é a de Kue a atividade
psiol3ia n/o pode ser dividida em partes ou elementos, mas sim deve
5 @er nota 57, 'ap# I@, p/3# 59#
2o;n DeSe, -;e Re\e Ar 'onept In %s;olo3V, %s;olo3ia
RevieS !586:$, 8, 79<?7<_#
58:
Edna Heidreder
ser enarada omo um todo ontLnuo# Assim omo William 2ames, DeSe
estava ataando o atomismo psiol3io# 2ames, devemos estar lemrados,
;avia mostrado Kue as Vidéias simplesV omo por.Jes de onsinia n/o
possuem eistnia real# %orém, DeSe areditava Kue o erro do
elementarismo ;avia apenas mudado de lu3ar# No oneito de aro re\eo,
om sua distin./o entre estLmulo e resposta, entre sensa./o e movimento,
entre as por.Jes motora, sensorial e entral do aro, via a anti3a tendnia
para pensar em un./o de unidades separadas ? o anti3o atomismo so
nova orma# A tese de DeSe sustentava Kue distin.Jes, tais omo entre
estLmulo e resposta, s/o puramente unionais, e n/o s/o aseadas nas
dieren.as reais da realidade eistente, mas sim nos dierentes papéis
desempen;ados por ertos atos no proesso total#
DeSe epcs seu aso reerindo?se ao eemplo omum da rian.a Kue v
uma ;ama, proura atin3i?la e Kueima seus dedos# Esta atividade n/o é
uma simples seK[nia de trs atos0 ver, aproimar?se e Kueimar?se# N/o
se pode a ir? mar Kue, na primeira etapa da atividade, a vis/o seCa o
estLmulo e a usa seCa a resposta e Kue a sensa./o de ver ven;a em
primeiro lu3ar e o ato motor de usa ven;a a se3uir# A sensa./o n/o
preede o movimento, porKue ver n/o pode ser separado de ol;ar# (s
aCustes motores da ae.a e dos ol;os aem parte da perep./o da lu# De
maneira idntia, a usa n/o vem depis da vis/o e n/o pode ser
onsiderada separada dela# A usa n/o pode vir antes, a menos Kue a
vis/o, sempre ontinua, inia al3umas rea.Jes motoras e d inLio a outras,
ontrolando assim a a./o# Ao mesmo tempo, a usa ontrola a vis/o,
determinando a sua dire./o durante todo o tempo# De modo eato, a
atividade n/o é simplesmente ver, mas sim Vver?para?atin3irV#
Ent/o, por Kue oi eita esta distin./o^ &e a atividade é, de ato, um
proesso ontLnuo, por Kue temos orte tendnia em pensar omo se ela
osse omposta de partes separadas^ E por Kue esta tendnia se tornou
um ;Oito empedernido, a ponto de estarmos sempre prevenidos ontra
ele^
( estLmulo e a resposta oram distin3uidos, responde DeSe, por ausa dos
papéis dierentes Kue desempen;am na oordena./o total da usa ou para
manter um fm ou oCetivo por ausa de seu si3nifado prOtio de adaptar
o or3anismo Ps irunstQnias do momento# A distin./o é do tipo unional,
aseada no Kue os proessos realiam, e n/o do tipo eistenial, aseada
no Kue os proessos s/o#
%solo3]is do &éulo
58<
Isto se torna laro se ompararmos duas etapas da adapta./o0 uma sendo a
adapta./o ompleta, tal omo um instinto em desenvolvido a outra, uma
adapta./o em seu proesso de orma./o, omo a atividade de uma rian.a
aprendendo a n/o toar a ;ama da vela# Na adapta./o ompleta, n/o se
leva em onta o estLmulo omo estLmulo e a resposta omo resposta# Eiste
apenas uma seK[nia l3ia de atos, na Kual um deles pode ser enarado
omo o estLmulo do se3uinte porém, mesmo esta afrma./o é verdadeira
somente se a oordena./o or onsiderada omo um ato e omo um
proesso em dire./o a um fm ou oCetivo# &em reernia a uma fnalidade
e a seu papel em atin3ir o oCetivo, ,os atos n/o passam de uma seK[nia
dentro do tempo#
%orém, num ato de adapta./o ainda n/o totalmente or3aniado, tal omo o
da rian.a em usa da ;ama da vela, n/o ;O uma ordem de eventos fos
e ertos# Nada se estailiou omo estLmulo ou resposta# ( prolema,
se3undo DeSe, é desorir ou defnir o estLmu#lo, tanto Kuanto desorir
ou defnir a resposta# Na eperinia anterior da rian.a, a usa de oCetos
ril;antes al3umas vees terminou em praer, outras, em dor# A3ora depara
om a per3unta0
=ue espéie de oCeto ril;ante é este^ ( prolema estO em defnir o
estLmulo e Custamente neste aso é eita a distin./o entre o estLmulo e a
resposta# (s movimentos de usa Kue ;aviam sido iniiados s/o a3ora
iniidos pela imperei./o da oordena./o o ato de defnir o estimulo, isto é,
determinar a naturea da lu, tem Kue se dar antes Kue a usa possa ter
lu3ar sem onseK[nias dolorosas# A aten./o é assim orientada para ver, e
aKuela parte da oordena./o torna?se, portanto, separada da usa, n/o
eistenial mas unionalmente, para os fns prOtios do momento# ( peri3o
é o de Kue uma dierenia./o teleol3ia, desenvolvida no transurso de um
ato prOtio, possa ser tomada omo representativa de um ato eistenial#
Ent/o é a oordena./o total, e n/o KualKuer parte da mesma, Kue o
psilo3o deve tomar omo sua unidade# Isto n/o si3nifa, entretanto, Kue
DeSe sustitua simplesmente uma unidade maior por outra menor# Ele n/o
r Kue as oordena.Jes, oloadas de prinLpio ao fm, possam epliar a
onduta, mais
ondi.Jes# do Kue o estLmulo
A oordena./o e a por
total Kue, resposta
aaso,o esteCamos
podem aer, nas mesmas
onsiderando no
momento n/o pode ser separada de seu amiente, do mesmo modo Kue o
estLmulo e a resposta n/o podem ser separados da oordena./o ompleta
588
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
586
na Kual se verifam# A oordena./o total se relaiona om seu passado e
uturo e om a atividade total do or3anismo, da mesma orma em Kue as
dierentes
as ases
atividades do ato re\eo
do or3anismo# se relaionam
=uando entre si# unidade
um ato maniesta N/o ;O divisJes entre
e perei./o,
sua unidade é unional, pelo Kue n/o apresenta separa./o eistenial#
'omo é natural, o primeiro eeito deste ensinamento pode ausar onus/o
ele suprime as disrimina.Jes usuais# (s limites evidentes Kue separam um
oneito de outro demonstram n/o ter uma orrespondnia na realidade
eistenial para a Kual s/o utiliados# AL, tudo é ontinuidade# Entre o
estLmulo e a resposta, entre um movimento e outro, entre o or3anismo e o
seu meio amiente, n/o eiste solu./o de ontinuidade real# De ato, ns
podemos e mesmo devemos inluir separa.Jes ao pensar neles mas n/o
devemos esKueer nuna Kue as disrimina.Jes Kue usamos s/o de nossa
prpria autoria, e n/o est/o apoiadas na naturea das oisas, porém s/o
dispositivos onvenientes Kue as pessoas inventam para fns prOtios# As
lin;as de demara./o Kue pareem fas e estOveis n/o s/o realmente mais
duradouras Kue as nossas prprias fnalidades e no momento em Kue
onundimos nossas disrimina.Jes unionais om a realidade eistente, no
momento em Kue esperamos Kue o real seCa enerrado dentro dos limites
por ns estaeleidos ? omo Kuando famos surpresos porKue o aismo
Kue femos entre as oisas e os pensamentos n/o é insuperOe)na naturea
? estamos ompletamente en3anados a respeito da realidade# %odemos usar
estas distin.Jes unionais omo dispositivos prOtios, porém, sem Camais
perder de vista o ato de Kue s/o simples meanismos e Kue, por aio
dessas distin.Jes, eiste ontinuidade#
Emora n/o seCa preiso insistir na Kuest/o, deve?se oservar Kue o estudo
de An3ell sore este assunto lemra em parte a rLtia de William 2ames Ps
VidéiasV do assoiaionismo# ( Vmomento de onsiniaV Kue o
estruturalismo analisa é uma oisa pereLvel# Uma sensa./o ou uma idéia,
Kuando n/o estO realmente na eperinia, n/o eiste# %orém, as un.Jes
mentais persistem# &/o t/o duradouras omo as estudadas pelos ilo3os#
Assim omo a mesma un./o fsiol3ia pode ser eeutada por estruturas
dierentes, tamém a mesma un./o mental pode ser realiada por idéias
Kue dierem 3randemente em seu onteMdo# N/o podemos nuna ter a
mesma idéia duas vees porém, uma un./o pode ser identifada através
de suas repeti.Jes, ada ve representada na onsinia por uma idéia
Kue, em sua omposi./o eistenial, pode ser muito dierente das outras,
Kue em outras oasiJes serviram ao mesmo fm# An3eil estaelee uma
analo3ia entre as un.Jes mentais e as do protoplasma n/o dieren.ado em
amos os asos, uma dada un./o pode apareer se3uidamente, emora as
estruturas provisrias utiliadas possam n/o ser as mesmas duas vees# (
material do unionalista é assim uma oisa mais onstante do Kue aKuela
utiliada pelo estruturalista#
Além disso, mesmo o onteMdo mental Kue o estruturalista analisa n/o pode
realmente ser tratado omo independente e isolado# ( prprio estado de
onsinia Kue o estruturalista estuda ? uma sensa./o, por eemplo ?
depende das irunstQnias espeiais em Kue oorre, tanto no paiente Kue
a peree omo no amiente real# Na terminolo3ia de -it;ener, o Vo KueV
n/o é de ato independente do VomoV e do Vpor KueV# %orém, estudar as
ondi.Jes em Kue sur3e uma atividade CO é tarea do unionalismo#
=ualKuer investi3a./o ompleta do material estruturalista ei3e o ponto de
vista e o proesso do unionalista#
Em se3undo lu3ar, o unionalismo pode ser onsiderado omo um
movimento Kue se interessa pela utilidade dos proessos mentais, (
unionalismo estuda a atividade mental n/o em si e por si, mas omo parte
de todo o mundo da atividade iol3ia, omo parte do movimento inte3ral
da evolu./o or3Qnia# %or via de re3ra, as estruturas e as un.Jes de um
or3anismo vivo s/o o Kue s/o, porKue, de al3um modo, permitiram a
sorevivnia do or3anismo porKue auiliaram a sua adapta./o Ps
ondi.Jes Kue onstituem o seu meio amiente n/o ;O ra/o para Kue a
onsinia seCa uma ee./o a esta re3ra# Uma ve Kue a onsinia
sore?
56 Edna Heidreder
viveu, é provOvel Kue a.a al3uma oisa para o or3anismo Kue de outra
orma n/o seria realiado# = unionalismo tenta desorir preisamente
Kual é esta und/o, n/o s para a onsinia em 3eral, mas tamém para
pioessos espeLfos, omo o CuLo, a sensa./o e a vontade# A partir deste
ponto de vista, o prolema do unionalismo pode ser de inido omo o Kue
desore as utilidades Osias das atividades onsientes# Ao tratar mais
espeifamente da un./o da onsinia, An3eli oserva Kue tanto os
ilo3os omo os psilo3os tendem a tratar a onsinia omo sendo
Vsustanialmente sincnimoV das rea.Jes de adapta./o Ps novas situa.Jes#
+ Kuando o or3anismo estO ormando um ;Oito, Kuando a oordena./o n/o
estO ainda so ontrole, Kue a onsinia 3eralmente aparee# %or outro
lado, a onsinia tende a se aastar de um ;Oito fado é saido Kue as
rea.Jes inteiramente aprendidas tendem a se tornar automOtias# E a
onsinia n/o s estO normalmente presente Kuando o or3anismo estO se
adaptando ao seu meio amiente, mas o seu sinal araterLstio no
omportamento visLvel é a Vvaria./o seletiva da resposta ao estLmuloV#
Inspirando?se nestes atos, o unionalismo enara a Vaomoda./o seletivaV
omo o papel da onsinia em 3eral# (s proessos espeLfos ? de
perep./o, vontade, sensa./o e oisas pareidas
? podem ser lassifados de vOrias ormas, mesmo do ponto de vista
unional, uma ve Kue a lassifa./o é sempre teleol3ia# %orém, todos
esses proessos demonstram possuir 23uma orma de Vaomoda./o
seletivaV#
<? Em tereiro lu3ar, o unionalismo pode ser onsidera? do omo um
método tLpio de tratar om o prolema Vmente?
?orpoV# Enarando a onsinia do ponto de vista darSiniano, omo tendo
al3uma utilidade no adaptar o or3anismo ao seu meio amiente, o
unionalismo admite uma intera ./o entre o psLKuio e o Lsio# A
possiilidade de uma inte ra./o entre os dois, da mesma espéie da
eistente entre as or.as do mundo Lsio, é epliada om ase no ato de
n/o ;aver distin./o verdadeira entre o Lsio e o psLKuio# ( unionalismo
enara a rela./o mente?orpo Vomo apa de reeer um tratamento em
psiolo3ia, mais omo distin./o metodol3ia do Kue omo distin./o
metafsiamente eistenialV# Isto é, o unionalismo aandona o dualismo
Kue afrma ser o Lsio e o mental dois tipos de aonteimentos dierentes#
Enara a distin./o entre a mente e o orpo omo uma onveninia para o
nosso pensamento, omo uma Varma teleol3iaV, no dier de 2ames omo
um instrumento Mtil pa# %siolo3ia
do &éulo 567
ra tratar om a eperinia, mas n/o omo um Kue nos levasse a rer Kue a
mente e a matéria s/o duas entidades dierentes# Deveras, a distin./o entre
a mente e o orpo a?se sentir somente aps a re\e/o n/o estO presente
nos estO3ios mais primitivos da eperinia# Além disso, se tomada em
arOter asoluto e eistenial, ondu a difuldades metaLsias Kue s/o
insolMveis# %or estas raJes, é preerLvel tratar a distin./o mente?orpo
omo metodol3ia, enarar o Lsio e o psLKuio omo pertenendo P
mesma ate3oria, e admitir uma passa3em Oil de um para o outro# Esta
idéia n/o nos ompromete om nen;um sistema de metaLsia, porém é
ompatLvel om KualKuer uma das interpreta.Jes metaLsias#
( disurso
au3e dein\unia,
de sua An3eli oi epronuniado
a ailidade Kuando o unionalismo
e a larea estava
Kue arateria no
o seu
tratamento s/o, em parte, o resultado do suesso otido pelo unionalismo
desde a rLtia de DeSe sore o oneito de aro re\eo# An3eli se reeria
a um movimento CO estaeleido DeSe estava desenvolvendo uma idéia
Kue era o 3erme do movimento# DeSe, de propsito, mer3ul;a o leitor no
esor.o e na adi3a de oneitos remodeladores do traal;o# 'oloa a idéia
de aro re\eo no avesso para epor suas inonveninias e ent/o,
;avendo despoCado o leitor de seus reursos ;aituais, onvida?o para a
tarea de reonstru./o# =uando DeSe esreveu o seu estudo, oi
neessOrio onduir o leitor para dentro de seu prprio loal de traal;o,
onde estavam sendo orCados os oneitos Osios da esola An3eli poderia
deiO?lo permaneer
do disurso de An3eli,ora do movimento
o unionalismo e v?lo
era do lado de
uma empresa ora# Na époa
estaeleida e
prspera, na Kual a Cuventude e o vi3or estavam assoiados P realia./o#
A ora de 'arr representa o unionalismo CO estaeleido e reon;eido
omo esola, e n/o mais omo uma renasen.a ou uma reorma# +, de ato,
um dos sinais mais evidentes da verdadeira vitalidade deste movimento ter
ele persistido aps a eita./o da luta ;aver se dissipado e ;aver mantido
frmemente a sua produtividade nas pesKuisas# A ora de 'arr, assim omo
a de An3eli, é insuperOvel de seus deveres omo administrador a dire./o
das atividades reais de ada dia do departamento de psiolo3ia de ';ia3o
onstitui uma de suas maiores ontriui.Jes P psiolo3ia#
No inLio deste apLtulo oi dito Kue os livros didOtios esritos pelos
unionalistas, em re3ra, n/o apresentam o
5i
Edna Heireder 5 %siolo3ias do &éulo
569
unionalismo omo sistema# A %s;olo3 de 'arr n/o onstitui ee./o a
esta re3ra é uma maniesta./o mais do Kue uma eposi./o do
unionalismo# Além disso, é eita por um ;omem uCa li3a./o om esta
esola oi lon3a e Lntima, e Kue ;avia traal;ado durante anos om
oneitos unionais# Assim omo os estudos de DeSe e An3eli
representam etapas primitivas do movimento, a %s;olo3 de 'arr
representa o unionalismo de nossos dias#
Neste livro, 'arr defne o oCeto da psiolo3ia omo atividade mental# Esta é
a epress/o 3enéria para proessos, tais omo a perep./o, memria,
ima3ina./o, sensa./o, CuLo e vontade# A atividade mental relaiona?se om
Va aKuisi./o, fa./o, reten./o, or3ania./o e avalia./o das eperinias,
assim omo om sua ulterior utilia./o para orientar a ondutaV# Esta
onduta, na Kual sur3e a atividade mental, é ;amada omportamento
adaptativo ou de aCustamento#
Neste aso, nas palavras srias e tradiionais de uma esola Kue atin3iu a
maturidade, inluem?se
manteve ontra os Kue
a tradi./o oneitos Kue
l;e era o unionalismo
oposta# ( oCeto dado séulo I
psiolo3ia é
defnido omo atividade, e uma desri./o mais defnida n/o se reere a
elementos e onteMdos, mas sim a proessos, tais omo pereer e sentir# A
naturea da atividade mental é desrita em un./o do Kue ela realia desde
a VaKuisi./oV da eperinia até ao seu Vempre3o na orienta./o da
ondutaV# ( tipo de omportamento no Kual oorre a atividade mental é
desrito omo tipiamente VadaptativoV# -udo isso é almamente
apresentado na primeira pO3ina, de nen;uma orma omo assunto para
deates, mas simplesmente omo a eposi./o de um ato num livro
didOtio#
A rela./o entre a mente e o orpo tamém é tratada de modo simples e
inontestOvel# A atividade mental é desrita omo psioLsia# + psLKuia por
ter o indivLduo 3eralmente al3um on;eimento de sua atividade, e porKue
ele n/o raioina, n/o sente, nem Kuer estar a par dos atos é Lsia por ser
uma rea./o do or3anismo Lsio# N/o se tenta epliar a li3a./o entre o
Lsio e o psLKuio a rela./o é apenas aeita omo uma araterLstia da
atividade mental na orma em Kue sur3e na eperinia# 'arr eslaree em
espeial, entretanto, Kue os atos mentais n/o devem ser identifados om
o aspeto puramente psLKuio das a.Jes adap tativas
( adCetivo VmentalV reere?se ao proesso inte3ral, psLKuio e Lsio# (
psLKuio onsiderado isoladamente n/o passa de uma astra./o Vpossui
tanta eistnia Kuanto o lar3o sorriso de um 3ato de ';es;ireV# `
&/o adotados vOrios métodos para estudar a atividade mental# -anto a
introspe./o Kuanto a oserva./o oCetiva s/o admitidas# As eperinias
s/o onsideradas altamente deseCOveis, porém, onsidera?se impossLvel um
ompleto ontrole eperimental da mente ;umana# Inlui?se, tamém, o
estudo dos produtos soiais# Assim omo Wundt, 'arr aredita Kue através
do estudo da literatura, arte, lin3ua3em, inven.Jes, institui.Jes polLtias e
soiais Kue a ra.a ;umana tem produido, al3o pode ser aprendido sore a
mentalidade Kue as riou# Aredita, tamém, Kue omo a estrutura e a
un./o est/o intimamente relaionadas, um on;eimento das estruturas
anatcmias e dos proessos fsiol3ios, inluLdos nos atos mentais, é
reK[entemente muito eslareedor# Finalmente, admite Kue a oserva./o
omum é um meio de se ;e3ar ao on;eimento psiol3io, emora
tamém reon;e.a Kue a psiolo3ia ientLfa diere do senso omum por
ser mais sistemOtia e uidadosa, por usar o método eperimental sempre
Kue possLvel, por reunir seus atos de um 3rande nMmero de ontes e por
estaeleer uma estrutura sistemOtia mais adeKuada para a or3ania./K
de seus dados# + evidente Kue, para o unionalismo, s/o numerosas as vias
de aesso ao on;eimento psiol3io, Kue n/o estO assoiado a um
método em partiular, omo aontee om a introspe./o no aso do
estruturalismo# Na prOtia real, entretanto, ;ouve uma tendnia defnida a
avor da oCetividade# "uitas partes das pesKuisas realiadas em ';ia3o
s/o eitas sem reorrer P introspe./o, e onde ela é usada, é verifada por
meio
aordodeom
ontroles oCetivos#
os prolemas Este proesso,
onsiderados paranaturalmente, é determinado
estudar um proesso em seude
amiente e do ponto de vista de sua utilidade, é neessOrio eaminO?lo de
ora# Na prOtia, portanto, emora n/o ;aCa sido aandonada a
introspe./o, oi dado uru destaKue onsiderOvel P oserva./o eterna#
No apLtulo intitulado V&ome %riniples o (r3ani Be;aviorV, 'arr diri3e?se
para o prprio nMleo de sua onep./o de psiolo3ia# 'onsidera primeiro o
aro re\eo, porém,
N# da Editora0 *ato lendOrio de ';es;ire, na In3laterra, espeialmente
desrito em VAlie no %ais das "aravil;asV, on;eida ora de )eSis 'arroil#
aKuela doatipo
idntia, de un./o
psiolo3ia podeom respeito
alar P estrutura
da un./o Kue a3e#
do raioLnio, Dede
a fm maneira
reerir?se P
utilidade do mesmo em rela./o a todo o onCunto or3Qnio# (u ent/o pode
reerir?se ao raioLnio omo a uma un./o para desi3nO?lo omo a opera./o
de al3uma estrutura e Kuando, omo no aso do raioLnio,
< '# A# Ru]mi], V-;e Use o t;e -erm Funtign In En3lis; -et ?Boo] o
%s;olo3V, Amerian 2ournal o %s;olo3 !5657$, , 66?57#
8 Harve 'arr, VFuntionalismV, %s;olo3,#es o 567_, ompiladas por 'ari
"ur;ison, 96?<8#
tais estruturas n/o s/o em on;eidas, pode usar o termo Vun./oV para
si3nifar al3uma rela./o
'arr, é importante omoiaseetuada
oservar, ondi.Jes fsiol3ias#
depois do ato#%orém, a anOlise de
( unionalismo
usou primeiro o oneito e defniu?o mais tarde e esta seK[nia de atos é
araterLstia do movimento# %ois o unionalismo é antes de tudo uma
tendnia numa dire./o 3eral n/o é um sistema defnitivamente eso.ado
e intimamente artiulado# %ara o em ou para o mal, o unionalismo nuna
se dispcs a oloar a defni./o e a sistematia./o em primeiro plano#
( unionalismo enrentou tamém a rLtia, Ps vees uma va3a imputa./o
apenas, de Kue o3e um pouo dos limites estritamente ientLfos# Esta
atitude, ao Kue paree, remonta P anti3a oposi./o entre a psiolo3ia do ato
e a do onteMdo, na Aleman;a ? ao ontraste entre os métodos empLrio e
eperimental,
ontrolados noentre a oserva./o
mesmo, e P ren.aeita ora do
por parte dalaoratrio e osonteMdo
psiolo3ia do proessos
de
Kue a psiolo3ia do ato é ori3atoriamente de menor ri3or ientLfo do Kue
ela# Entretanto, esta atitude é inaeitOvel, pois os unionalistas norte?
amerianos, tanto Kuanto os de KualKuer outro 3rupo, estiveram
interessados na eperimenta./o# De ato, n/o utiliam os proessos padrJes
da esola tit;eriana, mas pesKuisam seus prolemas so ondi.Jes
eperimentais# Em seus estudos dos animais, por eemplo, o pesKuisador
n/o onfa na simples oserva./o 3eral insiste na neessidade de uma
disposi./o uidadosa e um ontrole das ondi.Jes Kue revelar/o os atos
importantes para determinado prolema# &e dermos P palavra
VeperimentoV o si3nifado Kue possui na inia em 3eral, e n/o a
interpreta./o
n/o preisa sede uma determinada
desulpar esola de psiolo3ia,
seCa pela Kuantidade o unionalismo
ou pela Kualidade dos
estudos eperimentais Kue tem a seu avor#
Além dessas rLtias, enontra?se a leve suspeita de Kue o unionalismo,
uma ve Kue trata om utilidades, estO um tanto eivado de teleolo3ia e a
inia de ;O muito tem desonfado da teleolo3ia Kuando ela é inluLda em
suas eplia.Jes# Epliar o Kue s/o os ol;os diendo Kue oram eitos para
ener3ar, os ouvidos para ouvir, tem demonstrado ser menos efiente do
Kue desorir as ondi.Jes primas Kue respondem pela estrutura e
unionamento daKueles r3/os# + ainda assunto de animado deate a
Kuest/o das eplia.Jes teleol3ias poderem ser ou n/o permitidas na
modos de pensar
psiol3ia, e de pesKuisa,
realiaram e assim
eatamente o Kueampliar
;aviamoproposto#
alane da pesKuisa
@iram seus
prolemas e métodos in3ressar t/o ompletamente na psiolo3ia, de orma
a n/o mais se distin3uirem omo propriedade de uma Mnia esola# Do
ponto de vista dos prinLpios Osios do sistema em si, n/o poderia ter
;avido mel;or fnal#
BIB)I(*RAFIA
An3eli, 2# R#, %s;olo3iC !Nova lorKue, Henr Holt and 'o#, 56_$#
? ?, Introdutvin to %s;oio3 !Nova lorKue, Henr Holt and 'o#, 5658$#
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Iv
( BEHA@I(RI&"(0 2(HN BR(ADU& WA-&(N
!%siolo3ia do 'omportamento$
Watson !58<8?5698$ )as;le !586_?5698$#
Em 56_7, a Universidade de ';ia3o onedeu o seu primeiro tLtulo de
doutor em psiolo3ia 5 a 2o;n Broadus Watson, undador, de anos depois,
do e;aviorismo #
De aordo om esta doutrina, o unionalismo é uma medida tLmida, raa e
inompleta, Kue tra onus/o e inefinia porKue onordou om um
inimi3o Kue deveria ter sido eliminado# %ois o e;aviorismo é ontrOrio a
toda psiolo3ia Kue se refra P onsinia# 'onsidera todo oneito de
onsinia omo sendo inMtil e inorreto, n/o sendo outra oisa sen/o a
sorevivnia da supersti./o medieval a respeito da alma e toda ela n/o
mereedora de onsidera./o ientLfa# &ua teoria tem tanto de simples
Kuanto de ri3orosa# A psiolo3ia deve romper om o passado, livrar?se
inteiramente do oneito de onsinia, ome.ar do inLio e ormar uma
nova inia#
o inLio, ontou
apresentou om realia.Jes
um pro3rama defnidas
de a./o prOtio#para
%ois apoiar as suas pretensJes
o e;aviorismo, emora e
ionolasta, n/o é somente isso0 asiamente, é responsOvel pela medida
onstrutiva e deidida de apliar os métodos e o ponto de vista da
psiolo3ia animal P ;umana e em 5657, Kuando oi undado ofialmente, a
psiolo3ia animal ;avia onKuistado uma posi./o Kue impun;a respeito#
As ori3ens da psiolo3ia animal, entretanto, Kuase podem ser ensuradas,
pois a mais importante delas situa?se nas ar3umenta.Jes dos anti3os
darSinianos Kue, em sua Qnsia de demonstrar Kue n/o eiste solu./o de
ontinuidade entre as espéies ;umana e animal, atriuLram
irre\etidamente proessos mentais ompleos aos animais# Na époa, a
psiolo3ia animal onfava mais no método anedtio, porém, suplantou aos
pouos esta prOtia disutLvel# &o a in\unia de )lod?"or3an, oi
sumetida P disiplina da lei da parimcnia, e os pesKuisadores aprenderam
lo3o a se aster de atriuir idéias aos animais, enKuanto osse possLvel
epliar o seu omportamento de modo mais simples# Além disso, )lod?
"or3an, des3ostoso om o método anedtio, aperei.oou uma orma de
oserva./o Kue se aproimava da eperimental# Faendo om Kue os
animais realiassem ;ailidades ou tareas em irunstQnias espeialmente
riadas, oservou om uidado o Kue eles podiam e o Kue n/o podiam aer,
so determinadas ondi.Jes# ( pro3resso
portante a se3uir Kuanto ao método, oi eito por -;orndi], Kue levou os
prolemas animais ao laoratrio e oneeu irunstQnias, tais omo
lairintos e aias?prolemasKue tornaram possLvel oservar, re3istrar e
mesmo medir as proeas do animal om pormenores# I5ais tarde, as oras
de %avlov e Be;terev ome.aram a atrair a aten./o dos psilo3os, e
fnalmente ? nos Estados Unidos, porém, prinipalmente aps o
apareimento do e;aviorismo ? os estudiosos do omportamento animal
aresentaram om satisa./o o método do re\eo ondiionado aos outros
dispositivos Kue ;aviam aproveitado dos laoratrios de fsiolo3ia# Nos
Estados Unidos, o interesse pela psiolo3ia animal oi partiularmente
intenso e as oras de "ar3aret Flo Was;urn e Roert "# 1er]es muito
ontriuLram para mant?lo# (s proessos para estudar a atividade animal
mel;oraram
5
i
L#
5_
%siolo3ias do &éulo
Edna Heidreder
55
Kue o oservador,
ori3atoa assim
rieite ora orno o astrcnomo,
do material o Lsio,
Kue estudam# ou enKuanto
De ato, o otQnio,
a fam
psIolo3ia oi defnida omo inia da onsinia, a onsinia do animal
oi normalmente pressuposta omo provindo do omportamento motor
porém, mesmo os atos sore o omportamento ? sore aprendia3em,
sore rea.Jes inatas, sore a apaidade de responder Ps vOrias lasses de
estLmulos e oisas pareidas ? oram os pontos Kue mais interessaram P
maioria dos pesKuisadores as inda3a.Jes sore a onsinia animal
estavam propensas a ser superfiais# E, asiamente, é a tentativa de
estudar os animais ;umanos, na orma em Kue os outros animais s/o
estudados, Kue representa a ori3inalidade verdadeira do e;aviorismo# (
materialismo Kue, Ps vees, ele ostenta omo radial é, afnal de ontas,
uma flosofa muito anti3a# N/o ;O nada de novo em dier Kue o ;omem é
p, ou mesmo Kue é um animal
porém, Kuando isso parte de um e;aviorista, estO a salvo de uma simples
repeti./o oa de um vel;o rer/o, por estar deendendo um modo muito
prOtio e defnido de pereer e estudar a naturea ;umana# &ua delara./o
si3nifa Kue o ;omem deve ser enarado omo uma espéie animal,
apenas omo uma entre as muitas espéies do mundo animal, sem
representar um aso espeial em nen;um sentido Osio# DO a entender
ainda um deseCo de estudar as rea.Jes ;umanas eatamente omo os
outros atos da naturea s/o estudados
KualKuer tentativa
unionalismo# %arade prourar
ele, as ori3ens
a dieren.a do atitudes
em suas e;aviorismo noao
Kuanto
reon;eimento da onsinia separa, prounda e essenial mente, os dois
pontos de vista# -odavia, oi em tLpio do unionalismo onsiderar o
;omem omo um animal rea3indo ao seu meio amiente, e esta atitude é
uma das Kue o e;aviorismo aeita omo erta# Foi, tamém, a mesma Kue
tornou o unionalismo t/o avorOvel P psiolo3ia animal, solo onde reseu
o e;aviorismo#
Em seus estudos dos animais, Watson tornou?se ada ve mais onvenido
de Kue a psiolo3ia animal é uma inia por direito prprio, totalmente
apta a manter?se por suas prprias or.as e sem nen;uma ori3a./o de
traduir suas desoertas em termos mentalistas# 'onveneu?se, ainda
mais, Kue os métodos da psiolo3ia animal poderiam ser apliados om
proveito P psiolo3ia ;umana e Kue esta realniente mel;oraria muito se,
pondo de lado toda alus/o P onsinia, estudasse os seus paientes omo
os animais s/o estudados# Em primeiro lu3ar, epcs as suas idéias em
palestras om seus ole3as# An3eil, nessa époa diretor do departamento
de psiolo3ia da Universidade de ';ia3o, emora inteiramente de aordo
om al3umas idéias de Watson, aonsel;ou?o a n/o ser responsOvel por
uma psiolo3ia ;umana desprovida de onsinia# Watson, entretanto,
manteve a sua posi./o e, em 565, epcs suas idéias mima série de
palestras na Universidade de 'olMmia# A primeira delara./o puliada de
sua posi./o apareeu em 5657, em arti# 3o intitulado V%s;olo3 as t;e
< E# B# -tt;ener,
%roeedin3s o t;eV(n %s;olo3
Amerian as t;e Be;avi(rl&t
%;)osop;iat @leSs98,
&oiet !565$, It 5?5<#
V,
%ssolo3ias do &éulo
5
Edna Heidreder
59
suas primeiras aKuisi.Jes pela eperinia# ( destaKue dado a este material
demonstra o reon;eimento onedido pelo e;aviorismo P importQnia da
inQnia no desenvolvimento ;umano e P do método 3enétio de estudar as
rea.Jes ;umanas#
( tereiro livro de Watson, Be;iviorism, sur3iu em 569# 8 Emora seCa
uma apresenta./o mais popular de seu ponto de vista, tem a mesma
seriedade Kue os anteriores# V-odos os esor.os, esreve o autor no preOio,
oram eitos para apresentar os atos sem deorma.Jes e relatar posi.Jes
terias om eatid/o#V Este livro diere dos anteriores em dois pontos
prinipais, ( primeiro é o de Kue a atitude de aprova./o om respeito P
psiolo3ia apliada é visivelmente mais pronuniada do Kue antes# "esmo
em 5656, apresentando o seu prolema omo a Vpredi./o e o ontroleV do
omportamento, Watson tornou?se responsOvel de modo ineKuLvoo por
uma psiolo3ia Kue apresenta resultados na prOtia porém, no livro
puliado
prOtias doem 569, demonstra
on;eimento um interesse
psiol3io# ainda maior
N/o satiseito pelas aplia.Jes
em apenas
ompreender a mOKuina ;umana, apresenta su3estJes para alterO?la e
mel;orO?la# A se3unda nova posi./o adotada neste livro di respeito P
;ereditariedade# Ne3ando ompletamente a eistnia dos instintos, da
inteli3nia inata e dos VdonsV inatos de KualKuer espéie, Watson delara
Kue aKuilo Kue omumente ;amamos de instintos, dons espeiais e
;ailidades inatas s/o, na realidade, resultado do meio amiente e do
treinamento# Esta atitude naturalmente dO enorme nase P importQnia da
inQnia e dos primeiros anos de vida omo o perLodo de orma./o mais
importante da vida ;umana#
(s ontornos do e;aviorismo s/o dia3ramatiamente laros# ( oCeto da
psiolo3ia é o omportamento ? e n/o onteMdos onsientes, nem un.Jes
mentais ou proessos psioLsios de nen;uma espéie, mas sim
movimentos no tempo e no espa.o# ( omportamento é a atividade do
or3anismo omo um todo, assim omo a di3est/o, a respira./o e a sere./o
s/o atividades de determinados r3/os# Da mesma orma Kue a fsiolo3ia
estuda as un.Jes do estcma3o, dos pulmJes e do L3ado, a psiolo3ia
estuda as atividades dos orpos vivos ompletos# (s pulmJes respiram, o
orpo todo
8 Uma edi./o revista oi puliada em 567_#
Em 56_, Watson tornou?se profssionalmente Identifado om a psiolo3ia
apliada# &aiu da Universidade 2o;ns Hop]ins e oi traal;ar em psiolo3ia
puliitOria#
omporta?se# -anto a respira./o omo o omportamento s/o atividades das
estruturas Lsias e, omo tais, podem ser estudadas pelos métodos
oCetivos Kue arateriam toda a inia#
&/o aeitos omo vOlidos somente os métodos oCetivos# A introspe./o é
de todo reCeitada sua pretens/o esmerada de oserva./o uidadosa é Mtil
e irrealiOvel desde o inLio# "esmo Kue ;ouvesse estados de onsinia
para o introspeionistP oservar ? e sua eistnia nuna pode ser provada
ientifamente ? é sempre impossLvel Kue dois oservadores veCam a
mesma oisa# Nin3uém pode ver os pensamentos e os sentimentos de outra
pessoa, e nada do Kue seCa aessLvel somente pela inspe./o individual
;e3arO a produir on;eimento oCetivo#
A psiolo3ia possui vOrios métodos oCetivos P sua disposi./o# A oserva./o
é, naturalmente, Osia para todos os proessos, e as oserva.Jes
ientLfas podem ser eitas om ou sem instrumentos# ( primeiro aso pode
ser eemplifado pelos estudos oto3rOfos dos movimentos dos ol;os
durante a leitura, o se3undo no lOssio traal;o de Fare sore os insetos#
(s testes psiol3ios s/o tamém aeitos, mas sem entusiasmo, e om a
ompreens/o lara de Kue n/o s/o testes VmentaisV ? Kue n/o testam a
Vinteli3niaV ou as VaptidJes espeiaisV omo aspetos da VmenteV# =uando
um e;aviorista utilia testes, onsidera?os apenas omo medidas do
omportamento ? das respostas do paiente, verais ou outras, Ps
irunstQnias oCetivas Kue os testes apresentam# ( e;aviorismo ;e3a a
aproveitar al3uns dos métodos da anti3a psiolo3ia# A medida do tempo de
rea./o, por eemplo, é aeita omo tJtalmente oCetiva# ( mesmo se dO
om as eperinias sore a memria, pois Ein3;aus e seus se3uidores
estudaram a orma./o, a reten./o e o delLnio das assoia.Jes em un./o
de atos e irunstQnias oCetivas# A aeita./o das eperinias sore a
memria é aompan;ada naturalmente pelo indispensOvel aviso de Kue n/o
eiste nada VmentalV a respeito da VmemriaV Kue esta si3nifa apenas a
reprodu./o de rea.Jes aps um erto tempo durante o Kual n/o oram
pratiadas# ( e;aviorismo reon;ee, tamém, os métodos da psiolo3ia
apliada, eduaionais e industriais, uma ve Kue ertos prolemas, omo
determinar os luros da puliidade e medir a efinia do aprendiado ou
de opera.Jes industriais em ertas irunstQnias, podem ser pesKuisados
omparando?se atos oCetivos defnidos om irunstQnias oCetivas
espeLfas# ( pr?
5:
%8iolo3ia8 do &éulo
Edn He]ireder
5<
prio Vrelato veralV é aeito omo onte de inorma./o, mas nas m/os do
e;aviorista o omentOrio do paiente sore o seu prprio estado ou sua
atividade reee eatamente a mesma aten./o dada a KuaisKuer outras
rea.Jes maniestas# Elas n/o s/o, ertamente, onsideradas omo estados
de onsinia# &e al3uém di Vestou tristeV, sua delara./o é tida,
Cuntamente om sua postura lQn3uida, talve omo sintomOtia do estado
de todo o seu sistema de rea./o# Nuna é aeita omo um indLio de um
estado VmentalV#
Um método oCetivo, entretanto, é t/o importante na onep./o
e;aviorista Kue deve ser destaado para reeer uma aten./o espeial#
Esta é a ténia do re\eo ondiionado desenvolvida por %avlov e seus
disLpulos# A men./o do re\eo ondiionado é a prolama./o de um tema
Kue se torna rapidamente predominante na psiolo3ia e;aviorista# %ois o
proesso de VondiionarV n/o s revela um novo meio de pesKuisar o
omportamento é tamém, em 3rande parte, responsOvel pelo seu arOter#
Uma resposta é VondiionadaV Kuando se torna assoV iada a um estLmulo
Kue anteriormente n/o a provoava# Uma eperinia de laoratrio de
%avlov tornou?se o eemplo lOssio# Em /es, a resposta salivar é
primeiramente despertada pela presen.a de alimentos sore a lLn3ua isto
é, o alimento é o VestLmulo apropriadoV para a resposta da saliva./o# Na
eperinia, uma ampain;a é toada toda ve Kue o alimento é
apresentado, e aps um erto nMmero de repeti.Jes, a ampain;a soin;a,
sem o alimento, provoava a resposta# Em outras palavras, um estLmulo Kue
miialmente n/o eliiava a resposta, passa a a?lo depois de partiipar
se3uidamente da irunstQnia para a Kual a resposta oi eita# Esta
eperinia, emora enerre um aso muito simples de re\eo
ondiionado, ilustra o prinLpio de todo o ondiionamento# s vees, omo
no eemplo dado, a resposta permanee a mesma e um novo estLmulo é
apresentado# (utras vees, o estLmulo permanee o mesmo e uma nova
resposta é apresentada, omo no aso da rian.a Kue, em ve de indiar um
oCeto, aprende a ;amO?lo pelo nome# %orém, em amos os asos, deu?se
modifa./o do omportamento em ada aso, a assoia./o iniial entre o
estLmulo e a resposta oi alterada#
Do ponto de vista do método, o proesso de ondiionamento é importante
porKue
;ipteseproporiona um modoser
do omportamento oCetivo de analisar
omposto o omportamento#
de unidades simples omoNa
os
re\eos, e Kue
todas as unidades maiores do omportamento seCam inte3ra.Jes das
assoia.Jes estLmulo?resposta, é teoriamente possLvel através da ténia
do ondiionamento estudar os prprios proessos pelos Kuais o
omportamento é elaorado e deseito# &eria possLvel tamém, por meio do
ondiionamento, enrentar al3uns dos prolemas Kue P primeira vista
pareem inaessLveis a KualKuer outro método a n/o ser P introspe./o# A
sensa./o deu sempre a impress/o de ser uma ortalea do
introspeionista, porém, a possiilidade do ondiionamento su3ere um
meio de
onde pesKuisar
pode um prolema
a vista ;umana t/o VsuCetivoV,
distin3uir os limites doomo o de desorir
vermel;o até
e violeta do
espetro# Watson aonsel;a o se3uinte proedimento0
V'ome.amos om KualKuer omprimento de onda intermediOrio e por meio
do ;oKue elétrio estaeleemos um re\eo ondiionado# -oda ve Kue
sur3e a lu, dO?se o re\eo# Aumentamos, ent/o, o omprimento da onda
rusamente e se apareer o re\eo aumentamos novamente o
omprimento da onda# Atin3imos, por fm, um ponto onde o re\eo se
interrompe, mesmo Kuando usamos puni./o para restaurO?lo ? mais ou
menos a <:_ mLrons# Este omprimento de onda representa o alane
espetral do ser ;umano no limite do vermel;o# Adotamos, a se3uir, o
mesmo proedimento om rela./o ao limite do violeta !76< mLrons$# Dessa
orma, determinamos o alane individual de maneira t/o se3ura omo se
;ouvéssemos estimulado o paiente om lues monoromOtias, variando
os omprimentos de onda e
per3untando se este os via#V 5_
A 3rande vanta3em deste método é a sua ompleta oCetividade ? de
3rande valor nos primeiros tempos Kuando o e;aviorismo ansiava em
mostrar Kue n/o ;avia setor da psiolo3ia, nem a prpria sensa./o, Kue l;e
osse inaessLvel# Na prOtia real, entretanto, o re\eo ondiionado n/o
demonstrou ser uma unidade de omportamento astante estOvel para
servir omo instrumento de pesKuisa# %orém, a idéia de usO?lo tem valor
omo eemplo da posi./o in\eLvel Kue o e;aviorismo assume a avor dos
métodos oCetivos de pesKuisa#
( prolema 3eral da psiolo3ia, se3undo o e;aviorista, é o de prever e
ontrolar o omportamento# De modo mais eato, a tarea da psiolo3ia é a
de determinar os estLmulos Kue provoam ertas respostas, e as respostas
provoadas por KuaisKuer estLmulos# -eoriamente, o psilo3o deveria
ompreender o animal ;umano assim omo o en3en;eiro ompreende uma
mOKuina deveria saer de Kue é eito o orpo,
5_ 2# B# Watson, %siC;olo3 rom t;e tandpont o a Be;aviorist, 79?7:#
58
%siolo3ias do &éulo
Edna HeiCreder
omo é ormado, e omo uniona# E uma ve Kue o omportamento é a
atividade do or3anismo omo um todo, o psilo3o se interessa
prinipalmente por trs onCuntos de aparel;os0 os reeptores ou r3/os dos
sentidos, pelos Kuais o or3anismo reee todo o estLmulo Kue o a
unionar os eetores, isto é, mMsulos e 3lQndulas, Kue s/o r3/os de
resposta e o sistema nervoso, através do Kual s/o eitas todas as li3a.Jes
entre os reeptores e eetores#
uma palavra,
resposta pode ser sustituLdo
é enatiamente por disso,
VsimV# Além al3umasoCeto ou irunstQnia,
rea.Jes manuais n/o sea
eetuam omumente sem uma veralia./o implLita# + esta, de ato, Kue as
mantém so ontrole# %odemos orientar nossos atos Kuando podemos
orneer su3estJes verais VsaemosV o Kue estamos aendo, e omo
aemos, Kuando podemos alar sore isso, implLita ou aertamente# %or
via de re3ra, os trs \uos de atividade, manual, larLn3ea e viseral,
realiam?se ao mesmo tempo# =uando a larLn3ea estO ausente, a atividade
a;a?se desontrolada daL ser a presen.a da veralia./o da mOima
importQnia prOtia#
Eistem duas lasses de rea.Jes, entretanto, das Kuais a veralia./o estO
3eralmente ausente ? as respostas emoionais e o omportamento da
inQnia e da primeira inQnia# Naturalmente, a veralia./o n/o se pode
verifar antes da lin3ua3em ser aprendida e, mesmo no aso de adultos,
uma ve Kue a lin3ua3em oi riada em 3rande parte reerindo?se a um
mundo eterno, os seres ;umanos tm alta de palavras para a maioria dos
atos Kue se d/o dentro de seus orpos, prinipalmente para aKuelas
rea.Jes inertas e diLeis de loaliar de Kue se onstituem as emo.Jes#
Assim, desenvolveu?se um sistema de rea.Jes n/o veraliadas,
prinipalmente inantis e viserais, as Kuais, por n/o serem aladas,
in\ueniam o omportamento de seu paiente de uma orma inontrolOvel#
A este sistema pertenem as aversJes va3as, temores, preernias,
saudade, preoneitos, todas as espéies de atitudes, inantis e emoionais,
Kue podem
porém, Kue ser
n/oinCustifOveis de orma
s/o menos tenaes inteletual n/o
e ertamente e mesmo
menosirreon;eLveis,
potentes# Na
terminolo3ia de Watson, o Vn/o veraaura
-odas essas rea.Jes reunidas ? veral, viseral, manual, real e potenial ?
onstituem a personalidade# N/o ;O nada de misterioso a respeito da
personalidade# Ela n/o é
%siolo3ias do &éulo
7
Val3o indefnLvelV mas sim um sistema de respostas, a soma total das
rea.Jes e tendnias P rea./o, de um indivLduo# ( termo personalidade é
usado muitas vees para si3nifar espeialmente o valor soial de um
indivLduo em tais asos, se arateria por palavras, omo VdominadorV,
VenantadorV, VrepelenteV, Vma3nétioV ou VraoV# %orém, este aspeto da
personalidade, omo todos os demais, é epliOvel em un./o do estLmulo e
resposta# A personalidade dominadora, por eemplo, é a Kue através de
seus prprios tra.os e onduta ? por um modo autoritOrio de alar, um ar de
se3uran.a, uma estatura Kue se impJe, um porte di3no ? desperta nos
outros as respostas de sumiss/o Kue na inQnia apresentaram, sem
re\etir, diante dos adultos# %or ser a personalidade apenas um sistema de
rea.Jes,
pode ser pode ser estudada
estudada de modo pelos métodos
ompleto tradiionais
na atualidade, da inia#
porKue & n/o
n/o oram
ainda desenvolvidos métodos adeKuados nada eiste na personalidade Kue
neessariamente se esKuive P onsidera./o ientLfa# 'on;eer uma
personalidade é possuir inorma./o espeLfa sore os ;Oitos de traal;o
do indivLduo, sua edua./o, atitudes, realia.Jes, tendnias emoionais
dominantes, adaptailidade soial, rerea.Jes e desportos avoritos, vida
seual, rea.Jes aos padrJes onvenionais, tra.os espeiais e
ompensa.Jes para os aCustamentos n/o satisatrios# Isso n/o Kuer dier
Kue seCa possLvel analisar a personalidade de uma ve por todas# A
personalidade modifa?se P medida Kue as anti3as rea.Jes s/o
aandonadas e se adKuirem outras novas# Na psiolo3ia do e;avioris,
personalidade
aontee om an/o susiste
alma raite através
da teolo3ia# Iorém, det= as viisit[dC#da.omo
os onCuntos de ;Oitos
predominantes em KualKuer oasi/o representam a personalidade nessa
époa#
-odo o sistema de omportamento, a personalidade ompleta, portanto, é
onstituLdo a partir de pouas rea.Jes simples pelo proesso de
ondiionamento# Um repertrio limitado de respostas inatas, o proesso de
ondiionamento, os estLmulos orneidos pelo orpo e pelo meio amiente,
soial e Lsio ? isto é tudo o Kue neessita o e;aviorista# &eu estudo n/o
elui nen;um setor da atividade ;umana# %ode epliar o pensamento e a
emo./o em omo os movimentos visLveis do orpo# Finalmente, apresenta
um ser ;umano
palavras ompleto ma montada, pronta pai tiinionarV, se3undo as
de Watson#
EdnC Heidreder
Isto é o e;aviorismo em seus aspetos undamentais porém, Kuase da
mesma importQnia para desrever a sua traCetria e a sua in\unia s/o as
araterLstias seundOrias om as Kuais o seu autor o oloou no mundo#
Uma delas é a sua atitude espeial em rela./o ao sistema nervoso# Na
opini/o de Watson, a psiolo3ia onvenional deu, sem ra/o, uma
importQnia ea3erada, e tamém inMtil, P estrutura orporal# Realmente,
pouo se on;ee a respeito das un.Jes do sistema nervoso# (s VKuadros
de Kuera?ae.asV nos livros didOtios e as le3endas Kue os aompan;am
s/o, em sua maioria, resultado de espeula./o 3ratuita, eitos de propsito
para se adaptar aos atos Kue pretendem epliar# ( sistema nervoso, di
Watson, é uma Vaia de se3redosV, um lu3ar no Kual uma psiolo3ia
mentalista lan.a seus prolemas para riar a ilus/o de Kue oram
epliados# Além disso ? e essa oCe./o é em tLpia ? a preoupa./o om o
sistema nervoso é puro ea3ero é o ;Oito de uma psiolo3ia interessada
em mentes e talve om o Kue se passa na ae.a e no érero# %orém, um
dos ensinamentos mais destaados do e;aviorismo é o de Kue a psiolo3ia
deve estudar o orpo todo ? mMsulos lisos e estriados, vLseras e 3lQndulas,
reeptores e oneionadores, arne, san3ue e ossos#V Deve estudar o
sistema nervoso, é evidente, porém, apenas omo uma das estruturas do
orpo, e n/o omo a prinipal# &e eiste al3um onCunto de r3/os Kue o
e;aviorista isola para dar uma aten./o espeial, s/o os mMsulos e as
3lQndulas, pois os eetores s/o os r3/os da onduta par eeilene# +
astante si3nifativo Watson epliar a aprendia3em assoiativa em
un./o do Kue aontee nos mMsulos mais do Kue no érero# &e um
movimento musular se torna o estLmulo do se3uinte, o encmeno todo l;e
paree evidente ? mais aessLvel e, portanto, menos misterioso do Kue as
assoia.Jes eetuadas no interior do érero# Watson estO astante
interessado em Kue os mMsulos lisos e 3lQndulas, r3/os da emo./o,
reeam, tamém, a sua parte de aten./o os seres ;umanos, di ele, est/o
Vterrivelmente P merV de suas 3lQndulas# A sua reusa em destaar o
sistema nervoso é, de ato, uma epress/o de suas opiniJes Osias# Uma
delas é a sua onvi./o de u
olo3ia deve estudar o or3anismo omo um o o outra e a Oua aver ioi ii
uearnvCsiveCnaessLvel niesmo Kuando a invisiilidade e a inaessi 5 5 a
%8iolo3ias do &éulo
9
( e;aviorismo tem tamém uma opini/o espeial om respeito P
;ereditariedade# Em 5656, no livro %s;olo3 rom t;e &tandpoint o a
Be;aviomst, Watson, em unLssono om a maioria dos psilo3os da époa,
admitiu a emo./o e o instinto omo um omportamento ;ereditOrio, em
ontraste om os ;Oitos ou omportamento aprendidos# %orém, mesmo
ent/o, ainda de aordo om muitos psilo3os, demonstrou um ompleto
etiismo em onsiderar os padrJes superiores de omportamento omo
;ereditOrios# Admitiu omo inatas somente trs emo.Jes, o medo, a raiva e
o amor e onsiderou omo rea.Jes instintivas somente oordena.Jes
ssimples, omo as eistentes no amamentar e al3uns movimentos
primitivos de deesa# )o3o aps o apareimento de seu livro, entretanto, o
oneito 3loal de instinto oi sumetido a uma rLtia sem preedentes# A
per3unta oi eita0
VEistem instintos^V h# 1# uo, 5 tomando posi./o na etrema esKuerda,
sustentou Kue o oneito de instinto deve ser totalmente reCeitado, risando
entre os seus ar3umentos, ontra o mesmo, Kue a teoria do instinto oi
aseada na anti3a doutrina reprovada das idéias inatas, e Kue impliava a
a./o de uma or.a mental ou espiritual# uo afrmou Kue os ;amados
instintos s/o omportamentos aprendidos, e Kue mesmo os re\eos s/o
rea.Jes aprendidas, adKuiridas no Mtero# Em seu livro se3uinte,
Be;aviorism, Watson oi astante a avor de uma psiolo3ia sem instintos#
&empre ;avia ritiado o oneito de instinto, e Kuando o viu assoiado ao
mentalismo e a uma tradi./o ultrapassada, opcs?se ranamente ao mesmo#
Além disso, para Kuem estava interessado na previs/o e no ontrole do
omportamento, uma psiolo3ia sem instintos apresentava vanta3ens
indisutLveis# =uanto menos ;ouvesse de inato no or3anismo omo VdomV,
mais oportunidades ;averia para ompreend?lo e mel;orO ?lo para
ompreend?lo mediante o estudo das rea.Jes ompleas onorme s/o
elaoradas ou destruLdas, ponto por ponto mel;orO?lo pela adi./o,
elimina./o e omina./o de rea.Jes, tornando dessa maneira o or3anismo
uma mOKuina mel;or#
( Mltimo ponto su3ere outra araterLstia do omportamento, isto é, o seu
interesse pelo ontrole prOtio dos assuntos ;umanos# Devido ao seu
despreo por tudo Kue n/o seCa estritamente ientLfo, o e;aviorismo n/o
possui
5 h# 1# uo, *lvln3 up Instlnts In %s;olo3, 2ournal o %;iloso;C !565$,
58, :9?::7
!56$, H(S Are (ur Instints AKuiredV, %s;oio3ial ReineS
6, 7?7:9#
:
Edna Heidreder %aiolo3ias do &éulo
<
um s tra.o do esOrnio om o Kual a inia pura Ps vees enara a inia
apliada# ( e;aviorismo estO deididamente interessado no em?estar e na
salva./o ? a salva./o estritamente seular ? da ra.a ;umana# ( e;aviorista
n/o eamina o seu material om o desinteresse Kue deson;ee valores
saeoservar
em distin3uir
osotemores
em do das
mal#rian.as
Watson,epor eemplo,
verifar n/o se ontenta
as ondi.Jes apenas
pelas Kuais
s/o adKuiridos e perdidos onsidera a maioria desses temores omo
inortMnios evitOveis, e proura meios e maneiras de aastO ?los N/o oserva
tamém om alma desinteressada Kue eistem alsos proetas na terra ?
ledores do arOter, psianalistas, e alsos psilo3os Kue reeem pa3a
pelos seus alsos traal;os# )amenta om palavras 3riadas Kue isto seCa
assim e sente Kue é seu dever e praer denuniO?los# Naturalmente, num
estudo inteiramente desinteressado do omportamento ;umano, nem o
ovarde ou o anOtio, em omo o introspeionista e a raude,
provoariam o mais leve estremeimento de desaprova./o ou ompai/o#
%orém, o e;aviorisrno n/o pretende ser uma psiolo3ia desinteressada# +
ranamente uma inia apliada, Kue proura oloar a efinia do
en3e;eiro a servi.o dos prolemas da reorma# + verdade Kue a dire./o
eata da reorma n/o estO totalmente estaeleida# s vees, om a
saedoria proverial do ;omem prOtio, o e;aviorismo paree dier Kue a
soiedade estaeleeu os padrJes aos Kuais a ;umanidade deve se adaptar
porém, outras vees india Kue aKueles mesmos padrJes oram
estaeleidos om uma i3norQnia total das limita.Jes e das possiilidades
da mOKuina ;umana# s vees, a ren.a na possiilidade de mel;orar a
onduta ;umana atin3e alturas espantosas# No parO3rao fnal do livro
Be;aviorism, no Kual o autor denunia muitas vees a louura das ren.as
Kue n/o se aseiam nos atos provados da inia, di Watson0
VEstou tentando provoar um estLmulo nos leitores, um estLmulo veral Kue,
se oedeido, mudarO aos pouos todo o universo# %ois este se modifarO
se eduardes os vossos fl;os, n/o na lierdade dos devassos, mas sim na
do e;aviorista ? a Kual n/o podemos nem desrever por meio de palavras,
t/o pouo saemos a seu respeito# Essas rian.as, por sua ve, om suas
mel;ores maneiras de viver e pensar, n/o nos sustituir/o na soiedade, e
por sua ve, n/o eduar/o tamém os fl;os de uma orma ainda mais
ientLfa, até Kue o mundo se torne fnalmente um lu3ar di3no para ser
;aitado pelos seres ;umanos^V
%orém, se os seres ;umanos devem ser mel;orados, é neessOrio ome.ar
nos primeiros momentos da vida, e o reon;eimento da importQnia da
inQnia é outra das araterLstias notOveis do e;aviorismo# A inQnia é
interessante para o e;aviorismo em parte do ponto de vista da
metodolo3ia# (servando as rian.as, o estudante pode ver a onduta em
orma./o pode oservar o aervo de rea.Jes Kue um ser ;umano possui ao
naser e desorir as maneiras pelas Kuais s/o modifadas# %orém, a
inQnia é tamém importante do ponto de vista do ontrole prOtio do
omportamento, pois nela s/o estaeleidos os prprios undamentos do
omportamento# Nestes primeiros anos, ertamente antes de ter seis anos
de idade, uma pessoa é ormada ou arruinada# + durante esses anos Kue ela
aprende a enrentar o mundo om temor ou onfan.a, om ;ostilidade ou
amiade, a suumir Ps difuldades ou a dominO?las, a esperar suesso ou
derrota estes anos, em resumo, s/o um perLodo durante o Kual ela adKuire
suas atitudes e ;Oitos, em 3rande parte viserais e tamém n/o
veraliados, Kue ir/o onstituir sempre o Qma3o de sua personalidade, e
Kue ormam os alieres da poderosa parte Vn/o veraliadaV de seu ser# (
prprio interesse de Watson neste setor é inonundLvel# Al3umas de suas
pesKuisas mais importantes oram sore as rea.Jes das rian.as, e seu livro
-;e %s;olo3iil 'are o t;e Inant and ';itd é dediado ao primeiro asal
Kue onse3uir riar uma rian.a eli#
%orém, so estes tra.os espeLfos do sistema, enontra?se uma
araterLstia t/o diundida Kue n/o se adapta de modo espeial a nen;uma
outra doutrina# -alve deva ser desrita em primeiro lu3ar omo uma rea./o
de reuo, eKuivalendo Kuase a um aastamento de KualKuer oisa Kue
su3ira a palavra VmentalV# Esta atitude é mais do Kue uma alma onvi./o
de Kue a psiolo3ia oi preCudiada por um interesse pela onsinia e
introspe./o é uma orte avers/o por todo o oneito de mente# %ois, para
Watson, o mental si3nifa aKuilo Kue n/o é natural, e até sorenatural#
Representa um modo de enarar as oisas totalmente antitétio ao da
inia# &i3nifa almas e animismo, mila3res e mistério# &u3ere redulidade
e espanto, em lu3ar de etiismo e pesKuisa um mundo invisLvel, em ve
de atos de oserva./o espeula./o e palavras, ao invés de
eperimenta./o direta# Assim Kue Watson v uma teoria Kue inlui o
mental, CO a onsidera omo raassada# Naturalmente, ele n/o presinde da
evidnia e da avalia./o rLtia da mesma#
8
Edna Heidreder
%orém, n/o se pode deiar de ter a impress/o de Kue as suas investidas
ontra a onsinia, ima3em, sentimento e instinto s/o determinadas
antes de tudo pelo ato de v?los omo impliando al3o de imaterial e,
portanto, sorenatural e Kue a Kuest/o CO estO de ato resolvida para ele no
momento atal em Kue v o oneito omo al3o aran3endo uma aeita./o
do mental#
%or ausa desta atitude, o e;aviorismo tornou?se mais do Kue uma simples
esola de psiolo3ia veio a ser uma ruada ontra os inimi3os da inia, e
neste papel ela assumiu, mesmo num 3rau maior do Kue muitas esolas de
psiolo3ia, al3o do arOter de uma reli3i/o# &eus adeptos s/o dediados a
uma ausa est/o de posse de uma verdade Kue nem todos os ;omens tm
a ora3em, a saedoria, ou a inteli3nia para aeitar e 3rande parte do
poder do e;aviorismo, omo um movimento ativo, provém desse ato# %ois,
a maioria dos Covens norte?amerianos soreram, de al3um modo, a
in\unia do undamentalismo, maniesto ou sutil, e al3uns, em sua revolta
ontra o mesmo, enontraram um maior sentimento de lierdade ao aeitar
o redo em defnido, ostinado, ineKuLvoo do e;aviorismo ortodoo# +
interessante a esse respeito oservar Kue as palavras, para muitos
e;avioristas, assumem al3o da importQnia Kue adKuirem nos ultos
primitivos em espeial Kue al3umas s/o onsideradas tau# -oda inia,
naturalmente, tem uidado om sua terminolo3ia porém, ;O mais do Kue
interesse ostumeiro de evitar si3nifados seundOrios Kue onundem,
mais do Kue a ei3nia omum de eatid/o, no desvelo om Kue o
e;aviorismo onserva pura a sua terminolo3ia# EstO disposto a reorrer a
todos os tipos de rodeios para evitar palavras omo VonsiniaV,
Vsensa./oV, VidéiaV, VvontadeV, VpraerV e Vima3emV e, se numa
neessidade, é or.ado a empre3O?las, era?as esrupulosamente om o
erimonial de notas epliativas# +, de ato, uma das oisas uriosas e
si3nifativas do e;aviorismo o ato de ter adKuirido al3umas das atitudes
emoionais 3eralmente assoiadas om o oneito de vida, Kue onsidera
seu maior inimi3o# &uas proii.Jes n/o s/o apenas as medidas preventivas
da inia s/o meios de deesa ontra uma idéia reCeitada a respeito da
vida#
%orém, o tom dominante do e;aviorismo n/o é em repressivo# (
e;aviorismo é aima de tudo epansivo e enér3io# %rote3ido pela
onfan.a ale3re Kue resulta da vis/o lara do mundo, ele aeita ou reCeita
mas n/o se ompromete# E o Kue l;e alta em sutilea, sora em poder, na
a %siolo3ia
do ulo
6
paidade para se entre3ar sem reservas Ps suas tareas# Alin;ando o erto
de um lado e o errado de outro, o e;aviorismo onse3uiu um sistema om
ontornos defnidos e laros# 'omo onep./o, possui a frmea e a eatid/o
Kue arateriaram o estruturalismo, e em parte por este motivo tornou?
?se, omo aKuele, um ponto de reernia indispensOvel na psiolo3ia norte?
ameriana#
Eistem, naturalmente, e;aviorismos e e;aviorismos# ( Kue oi dito se
aplia ao e;aviorismo Satsoniano, porém, modifa.Jes deste sistema
sur3iram em toda parte# AliOs, pouos psilo3os intitulam?se e;avioristas
sem uma lassifa./o# Al3uns aprovam de om 3rado o aastamento da
onsinia, porém, reusavam?se a aeitar as idéias de Watson sore a
;ereditariedade#
ondiionamento,Al3uns
porém,ar3umentam ontra
areditam Kue a doutrina
devem da orma./o
ser usados somente pelo
métodos oCetivos# s vees, tentou?se sorepuCar o prprio Watson, e
aeita.Jes e reCei.Jes oram eperimentadas em toda espéie de
omina.Jes# 'omo resultado, a psiolo3ia e;aviorista é asorvida aos
pouos pela psiolo3ia em 3eral e, o Kue é estran;o, o resultado n/o é a
desordem# *ra.as P larea dos ensinamentos de Watson eles
em ra n/o ermanente elo Kua o os os desvios odem ser ava ia os# (
resultado é uma me or omunia./o entre as psiolo3ias e;avioristas e
n/o?e;avioristas Kue, om uma inte3ra./o paLfa, resultou em enormes
onKuistas para o e;aviorismo# %ois, nem mesmo o e;aviorismo, om
toda aela
ato, sua audOia eaarOter
onKuistou pitoreso,
ima3ina./o tomou a psiolo3ia
pela violnia dein\unia
porém, sua assalto# De
nas
prOtias reais da inia oi otida por um proesso muito mais efiente no
sentido de provoar modifa.Jes duradouras ? por uma infltra./o
onstante nos ostumes#
( e;aviorismo realmente superou os limites da psiolo3ia propriamente
dita# Apareeu em arti3os de undo, na rLtia literOria, nos deates soiais e
polLtios e em sermJes# Atraiu a aten./o, em al3uns asos avoravelmente,
dos flsoos# Holt o apoiou no livro -;e Freudian Wis;, &antaana o
ontrapJe, om simpatia, P Vpsiolo3ia literOriaV, e Russeli, impressionado
pelo ato de Kue a introspe./o lan.a t/o poua lu sore o prprio e3o,
mostra?se interessado, apesar de ritiar a epistemolo3ia impliada no
sistema, numa tentativa de estudar o omportamento ;umano a nartir do
eterior# E mais do aue oualauer outra inter?
7_
%siolo3ias do &éulo
75
Edna Heidreder
preta./o da psiolo3ia, om ee./o da teoria psianalLtia, o e;aviorismo
despertou o interesse popular nos Estados Unidos# Em espeial, seu
pro3rama para mel;orar a ;umanidade pelos métodos mais efientes da
inia e um apelo total, Kuase irresistLvel, P aten./o do povo norte?
ameriano#
Dentro da prpria psiolo3ia norte?ameriana, a asens/o do e;aviorismo
oi importante e notOvel# 'omo um meio de estaeleer deate, de
apresentar prolemas, de estimular a pesKuisa, de eitar o entusiasmo,
nada se ompara ao mesmo, desde o apareimento dos primeiros
laoratorios e Ttilita./o do -;e %rinipies de William 2ames# %#3irn tempo, o
e;aviorisrno e dividiu a psiolo3ia norte?ameois ampos, eli iJi/ na
aviorista, e aidWCé aiiiiii;c i ii/ito -mais se3ui Wefii-r a posi./o
psiol3ia nos Estados Unidos onsiste em reeri?Ia ao e;aviorismo# %ara
mel;or ou pior,
tradiionais e osomores
e;aviorismo aetounorte?ameriana#
da psiolo3ia proundamente os ostumes
varia./o de
ostumes nase Kue eKuivale
prevaleentes de ormaa auma revolu./o#
modi %enetrou
iar os prprios t/o a undo
prolemas Kuenos
sur3em em psiolo3ia# 'om suas ori3ens na psiolo3ia animal e om seu
;Oito de oservar o or3anismo todo em atividade, o e;aviorismo
apoderou?se de prolemas Kue s/o mais evidentes, de alane mais amplo,
e muito mais provOveis de serem onsiderados omo vitais do Kue as
dissea.Jes inrivelmente minuiosas dos estados de onsinia para as
Kuais os introspeionistas dediaram o mel;or de seus esor.os# "esmo
em sua mesKuin;e e intolerQnia, o e;aviorismo oi importante pois n/o
somente Custifa novos prolemas, omo tamém denunia os anti3os
omo ridLulos# -omando a posi./o do vi3oroso senso omum, on3ratula?se
por ter al3o mel;or Kue aer do Kue duvidosas disrimina.Jes entre os
maties do
aul, e determinar se eiste ou n/o um eeito vLtreo nas ima3ens#
Franamente or3ul;oso por manter o ampo de oserva.Jes aerto para
todos ? em tratar om movimentos visLveis e re3istrOveis, om tra.ados de
ol;as Kuimo3rOfas, e om leituras de ponteiros Kue todos podem ver ? o
e;aviorismo se ompra em limitar seus estudos ao material Kue desperta
a onvi./o imediata de Kue realmente eiste Val3uma oisa aliV# 'omo
resultado de sua atitide enér3ia, mesmo aKueles estudos Kue ainda aem
uso n,Cderado da introspe./o apresentam tra.os da in\unia e;aviorista#
De ato, um dos sinais do vi3or deste movimento de etraordinOrio poder é
a maneira pela Kual tentou onse3uir Kue suas atitudes ossem
reon;eidas por aKueles Kue se opun;am Ps suas doutrinas Osias#
"esmo os seus taus s/o irunspetos, talve de um modo espeial# Eiste
uma tendnia, mesmo entre os psilo3os Kue areditam pia? mente no
seu direito de levar em onta a onsinia, em dar nase aos re3istros
oCetivos de suas desoertas, e Ps vees a epliar Kue, emora inluam a
onsinia em seu prprio pensamento, suas delara.Jes se apliam
i3ualmente para a onduta om a onsinia deiada P parte# Desde o
apareimento do e;aviorismo, a introspe./o e os seus resultados tm
menos proailidade de se sustentar por si ss s/o ompletados e mesmo
apoiados por dados oCetivos# N/o s entre os seus adeptos, omo tamém
na psiolo3ia norte?ameriana em 3eral, o e;aviorismo aumentou 3rande?
mente o destaKue dado aos métodos oCetivos de pesKuisa#
medi./o
métodos oCetiva da inteli3nia#
eram Kuantitativos, em+omo
espeialmente importante
eperimentais notar Kue
pois, através dasos
medidas defnidas do omportamento durante toda a pesKuisa, oi possLvel
determinar matematiamente as rela.Jes entre a perda ou a diminui./o de
ertas ;ailidades e a loalia./o e o 3rau das orrespondentes lesJes
ererais#
( resultado dessas pesKuisas oi um onCunto de provas, mostrando Kue,
em muitos asos, uma dada por./o do rte ereral n/o estO
invariavelmente assoiada a um determinado ato em outras palavras, Kue
a loalia./o ri3orosa de uma un./o n/o é a re3ra 3eral# %ara )as;le, isto
si3nifava n/o ser mais possLvel oneer o sistema nervoso omo uma
estrutura na Kual o aro re\eo é a unidade, ou omo um sistema no Kual
al3umas vias defnidas e fas li3am ertos pontos de estLmulo om ertos
r3/os de resposta# %ara ser eato, al3umas vias tm maior proailidade
de serem utiliadas em uma dada atividade do Kue outras ? e Kue s/o de
erta maneira mais onvenientes ? porém n/o eiste, em re3ra, ei3nia
Kuanto P disposi./o# &e essas vias orem destruLdas, as suas un.Jes n/o se
perdem para sempre, mas s/o ao Kue paree assumidas por outras partes
do érero# Em lu3ar de uma loalia./o eata da un./o no rte, eiste
uma i3ual potenialidade de suas vOrias
l7)as;le n/o oi o primeiro pesKuisador a aer uidadosas determina.Jes
eperimentais do omportamento animal durante eperinias aran3endo
a etirpa/o# As pesKuisas de &;ep;erd Ivor Fran, iniiadas em 56_, s/o
onsideradas o traal;o pioneiro neste setor# )as;ie, entretanto# ressaltava
mais o lado Kuantitativo dos dados, do Kue Fran#
partes para as atividades em Kue é utiliado# Eiste, taI5to#eeseesteo oCCuto
positivo do traal;d)as;le
? uma rel. trea3ua e a area rtaC#.ruL? da e o 3rau de deteriora /o do om
ortamento# Uma lC3.C lesao ere ral, 3eralmente, n/o produ uma diminui /o
senes/o aumen/ em 3randea, o ato torna?/ii/da ve
diJs/t/TsiiiiiIéo& ei3em[i/iaiitidie maior de teido ereral, do Kue as
tareas simples# Baseado nesta evidnia, )as;le onluiu Kue o rte a3e
omo um todo, ao invés de por partes isoladas destaou a a./o onCunta
em lu3ar da transmiss/o isolada, eK[ipotenialidade em lu3ar de
loalia./o eata# 5
A rela./o entre a ora de )as;le e o e;aviorismo é interessante so
vOrios pontos de vista# Antes de mais nada, desaredita deididamente a
onep./o espeLfa da atividade nervosa Kue Watson supJe em todo o seu
pensamento ne3a Kue o omportamento seCa VonstruLdoV ou ormado
parte por parte na ase do re\eo ondiionado# %orém, ao mesmo tempo,
deia inalterado o oneito e;aviorista Osio de Kue somente os métodos
oCetivos deveriam ser usados é realmente uma prova notOvel do valor de
tais métodos na pesKuisa psiol3ia# A partir deste ponto de vista, a
rela./o entre )as;le e o e;aviorismo é um tanto pareida om a de [lpe
e as doutrinas de Wundt, pois tanto um Kuanto outro, por usarem os
métodos prprios de suas respetivas esolas, depararam om atos Kue
ontrariavam os ensinamentos daKuelas esolas# Neste partiular, eles
eemplifam a un./o das esolas e sistemas na prOtia real# ( traal;o de
amos mostra Kue a pesKuisa estimulada por um sistema e ontrolada pelo
método ientLfo pode revelar atos Kue disordam dele e Kue um sistema
estaelee prolemas defnidos e estimula a pesKuisa, porém n/o
determina o seu resultado#
Até a3ora, entretanto, pouo se alou sore o ponto Kue para muitos é
Osio, e Kue é ertamente a mais interessante Kuest/o levantada pelo
e;aviorismo0 a possiilidade de uma psiolo3ia sem onsinia# Al3uns
espeialistas, asortos em
5 Isto n/o si3nifa asolutamente Kue )as;ie elua a loal5a.o eata#
Desoriu, de ato, Kue a un./o do padr/o visual se loalia num ponto
eato do Jrte# Aredita Kue tais atos de loalia./o, Cuntamente om
ratos Indiando a./o onCunta, devem ser levados em onta ao Interpretar a
a./o ortial# A tendnia 3eral de seu prprio traal;o, entretanto, oi a de
destaar a teoria da a./o onCunta, # &# )as;le, "ass Ation in 'ereral
FuntionV, &iene !5675$, <7, 9?9#
7
Edna Heidreder
suas pesKuisas, podem onsiderar importante o e;aviorismo,
prinipalmente do ponto de vista da metodolo3ia porém, para o mundo em
3eral, em omo para a maioria dos psilo3os, o si3nifado mais proundo
da onep./o e;aviorista reside na ale3a./o de Kue n/o ;O lu3ar, nem
neessidade, para a onsinia#
E é astante urioso Kue, na ;ora em Kue esta Kuest/o undamental é
diretamente oaliada, o sistema omee a perder a larea Kue P primeira
vista pareia de orma aentuada arateriO?lo# %ois, o e;aviorismo n/o
proporiona realmente uma desri./o da psiolo3ia Kue dispense ao
indivLduo a onsinia de suas prprias a.Jes# Esta é, naturalmente, a sua
fnalidade e, assim aendo, pretende despoCar a psiolo3ia de seus Mltimos
vestL3ios de metaLsia e suCetivismo# (s e;avioristas 3eralmente
admitem Kue Kuem se opJe Ps suas idéias assim proede porKue pensa ter
o e;aviorismo avan.ado demais ao insistir muito nos ri3ores de um ponto
de vista estritamente ientLfo# %areem n/o ;aver levado em onta Kue
sua posi./o poderia estar vulnerOvel ao ataKue vindo de um outro setor e
Kue o e;aviorismo pode ser ritiado por n/o se3uir muito a inia, e por
n/o ser de om 3rado oetiv oetamém por n/o far astante lierado
de uma atitude metaLsia om resoaa Eo#
&e essa eposi./o do assunto paree uma ontradi./o de palavras, tal ato
é testemun;a da orte assoia./o Kue o e;aviorismo estaeleeu entre a
onep./o de uma psiolo3ia estritamente ientLfa e o seu prprio ponto
de vista# ( e;aviorismo, oi dito muitas vees, é psiolo3ia ientLfa#
=ualKuer atitude Kue esteCa em ontraste om ele é, por dedu./o, menos
ientLfa# =uerer Kue uma psiolo3ia seCa mais ientLfa, eKuivale a Kuerer
Kue seCa mais e;aviorista#
E todavia, na ase do pensamento e;aviorista estO a distin./o mente?
orpo no sentido metaLsio ? n/o omo uma lassifa./o adeKuada de
atos da eperinia, mas omo uma divis/o entre a aparnia e a
realidade# Enaiada no prprio Qma3o da doutrina e;aviorista, enontra?
se a distin./o platcnia entre a mente e a matéria e o e;aviorismo, assim
omo %lat/o, enara um dos termos omo real e o outro omo ilusrio# A sua
prpria Kuest/o ontra o dua ? lismo é eposta em un./o daKuela distin./o
e é eita pelo proesso metaLsio lOssio de reduir um termo ao outro#
Esta distin./o metaLsia, mais do Kue uma evidnia empLria, é a ase na
Kual o e;aviorismo tanto aeita omo reCeita
%siolo3ia# do &éulo
79
dados para onsidera./o ientLfa e orma oneitos para tratar om eles#
(s proessos do pensamento, por eemplo, s/o onsiderados meanismos
da lin3ua3em, n/o porKue ;aCa evidnia eperimental para provar essa
afrma./o, mas porKue assim se adaptam ao oneito preerido, a matéria#
( e;aviorismo aeitou uma metaLsia para aaar om a metaLsia#
uma ;iptese
No estudo suCaente
terio em al3uns
por eelnia dos deates
de )as;le, V-;eterios do e;aviorismo#
Be;avioristi
Interpretation o 'onsiousnessV, 59 a maior parte do deate é dediada P
tarea de mostrar Kue toda araterLstia Kue ten;a sido atriuLda P
onsinia pode ser epliada em un./o de meanismos orporais e a
implia./o é a de Kue se tudo Kue é ;amado mental pode ser reduido a
Lsio, o oneito de onsinia é supér\uo# %o 5
%s;olo3ial Revieu !567$, 7_, 7<?<, 76?76#
7:
%solo3a# do &éulo
Edna HeiCreder
7<
rém, a menos Kue se onsidere o material omo mais real, n/o se ;e3a
invariavelmente a esta onlus/o# &em esta ;iptese, a estreita
orrespondnia pode si3nifar um sem?nMmero de oisas ? entre as mais
vias a de Kue o material possa ser reduido a mental, omo Kueria
Ber]ele e os idealistas alem/es ou, em nLvel menos pretensioso e mais
empLrio, Kue as desri.Jes so o ponto de vista da onsinia e do
omportamento, dada sua estreita onordQnia, ompletam?
lemos
de Kueal3umas desri.Jes
os autores dos eplia./o
onsideram e;avioristas, é diLil
afrmar Kueevitarmos
um deseCoatem
impress/o
uma
ase or3Qnia, Kue o si3nifado é uma atitude orporal, e Kue os
pensamentos s/o meanismos da lin3ua3em# -odavia, pouo é
aresentado ao on;eimento dos deseCos, si3nifados e pensamentos por
essas delara.Jes, Kue afnal onsistem em 3rande parte no aproveitar o
Kue CO se on;ee sore estes aonteimentos pelo senso omum e pela
psiolo3ia mais anti3a e ima3inar, muitas vees sem se asear em atos
on;eidos, al3uma possLvel desri./o fsiol3ia dos mesmos# -ais métodos
podem ailmente riar a ilus/o de Kue ;O uma e?
plia./o, Kuando n/o ;O nen;uma, e, ao orneer P psiolo3ia um
suprimento de rmulas verais om as Kuais possa responder Ps suas
per3untas, oultam o ato de Kue ela n/o sae as respostas# Naturalmente,
em muitos asos, este proedimento n/o tem a inten./o de epliar, mas
apenas de servir omo um passo iniial no sentido de epliar, ou seCa,
tratar os dados de orma a tornar possLvel a eplia./o ientLfa# Em tais
asos, a prOtia onsiste na medida de preau./o, antes menionada, para
3arantir o tratamento ientLfo do prolema# Em outros asos, o
proedimento tem um valor mais positivo# + usado, Ps vees, omo meio de
ver os atos so nova vestimenta Kue su3ere rela.Jes ainda n/o
suspeitadas e novas possiilidades de eplia./o# ( proedimento ent/o se
torna defnitivamente produtivo e n/o ;O, naturalmente, oCe./o al3uma ao
seu uso# %orém, sempre Kue a interpreta./o sustitui a eplia./o, a
psiolo3ia fa imediatamente eposta aos peri3os Kue advm de ter P
disposi./o um suprimento de rmulas verais prontas, om as Kuais pode
aer ae Ps pesKuisas espeLfas P medida Kue sur3em#
(utra onseK[nia da atitude e;aviorista om respeito ao prolema
mente?orpo é a de Kue o e;aviorismo tem difuldade em tratar om atos
Kue n/o se prestam P eplia./o do tipo modelo meQnio# ( e;aviorismo
lOssio, inspirando?se na Lsia lOssia, onee o ser ;umano omo
mOKuina or3Qnia, e proura analisar todas as rea.Jes ;umanas dentro de
li3a.Jes estLmulo?resposta# Em sua aplia./o a este prolema, muitos
e;avioristas adKuiriram o modo de pensar de Kue, a n/o ser Kue uma
rea./o possa ser pensada em un./o de proessos fsiol3ios defnidos, a
menos Kue possa ser analisada no mLnimo pela ima3ina./o e
eperimentalmente em rela./o a ertas atividades musulares e
3landulares, ela é um tanto irreal ou, pelo menos, menos real do Kue as
prprias rea.Jes musulares e 3landulares# "esmo no prprio ampo da
aprendia3em animal, eiste al3o desta atitude# "uitas vees os
e;avioristas fam t/o impressionados pela importQnia de relaionar as
suas desoertas ao on;eimento fsiol3io, Kue se esKueem de Kue a
fsiolo3ia tem uma ori3a./o idntia Kuanto aos atos da psiolo3ia e Kue
o fsilo3o Kue se propJe epliar o unionamento do sistema nervoso e
dos mMsulos deve epliar, entre outras oisas, omo unionam estas
estruturas Kuando o animal aprende e Kue sua eplia./o deve levar em
onta os atos da aprendia3em omo determinados por psilo3os
ompetentes, t/o ertamente Kuanto o psilo3o deve onsiderar os atos
sore
%sSolo3ias do &éulo
Edna Heidreder
7
os r3/os dos sentidos, mMsulos e nervos omo determinados por
fsilo3os ompetentes# ( relato do psilo3o n/o é apenas um sustituto
temporOrio para ser usado somente enKuanto o on;eimento fsiol3io or
inompleto, al3o Kue mMsulos
r3/os dos sentidos, se resolverO em fsiolo3ia
e nervos Kuando
estiverem as desri.Jes
ompletas dos
até em seus
mLnimos detal;es# "esmo se osse on;eida ada ontra./o musular,
ada li3a./o estLmulo?resposta e ada rea./o sensorial, o proesso total da
aprendia3em do animal seria uma parte neessOria da desri./o# 'ada
termo ? o psiol3io e o fsiol3io ? apresenta uma parte do prolema
ada um a3e omo uma verifa./o do outro nen;um pode ser onsiderado
mais importante do Kue o outro pelo on;eimento amos s/o
indispensOveis# (s e;avioristas podem dier Kue sempre reon;eeram
este ato e Kue, ao defnirem o omportamento omo atividade do
or3anismo omo um todo, levaram o seu reon;eimento ao prprio oo da
psiolo3ia# "as, é muito si3nifativo Kue, apesar deste ato, muitos
e;avioristas em sua prOtia real onsiderem suas desoertas omo
respeitOveis ientifamente, somente Kuando podem pensar nelas em
un./o de proessos fsiol3ios defnidos# + vio Kue eiste uma orte
assoia./o entre a onep./o e;aviorista do oCeto da psiolo3ia e a
eplia./o do tipo modelo meQnio#
E se esse modo de pensar sur3e no traal;o da psiolo3ia animal, é muito
mais pronuniado na atitude om respeito aos estudos Kue nem ao menos
pretendem oereer eplia./o da espéie modelo meQnio# Um eemplo
disso é a atitude tLia, Kuando n/o ometeira, de muitos e;avioristas a
respeito do traal;o sore a inteli3nia# Uma ve Kue esta n/o pode ser
apresentada em un./o de proessos orporais espeLfos, a no./o 3loal
de inteli3nia
neulosa mesmo é, Kuando
de aordo om ossem
defnida padrJes do e;aviorismo,
se reerir P onsinia#va3a e
%or outro
lado, a psiolo3ia oi i3ualmente mal suedida na tentativa de analisar a
inteli3nia em omponentes mentais# ( prolema da inteli3nia é, de
ato, um eemplo eelente do tipo de irunstQnia na Kual a psiolo3ia
teve Kue oneer métodos
I& Watson defne o omportamento omo a atividade do or3anismo orno
um todo# Delara, de modo laro, Kue o e;aviorismo se interessa n/o
apenas pelas ontra.Jes musularesV, mas tamém por atividades
importantes, tais omo alimentar?seV, Vesrever uma artaV e Vonstruir
uma asaV %orém, é evidente Kue pensa em tais atividades omo
inte3ra.Jes
reduidas de proessos
a li3a.Jes onstituintes,espeifas#
estimulo?resposta podendo eventualmente ser
presritos pelas ei3nias reais dos dados, ao invés de onfar nas ténias
eistentes e eposi.Jes sistemOtias#
+ muito si3nifativo Kue todo o movimento no sentido de testar e medir a
inteli3nia desenvolveu?se sem o apoio de KualKuer esola ou sistema
espeLfo, tendo?se ori3inado em 3rande parte nas ei3nias de
irunstQnias da vida prOtia# + tamém si3nifativo Kue a psiolo3ia, ao
deparar om esse prolema, desenvolveu espontaneamente um tipo de
eplia./o por meio de eKua.Jes matemOtias# (u, mais eatamente, os
pesKuisadores de inLio tentaram um proesso analLtio mais onvenional#
Binet, em seus primeiros estudos sore a inteli3nia, tentou medir em
separado e depois reunir o Kue areditava serem proessos inte3rantes, e
'attell aseou suas pesKuisas no mesmo lano# %orém, o ito apareeu
somente Kuando Binet, pondo de lado temporariamente o prolema de
onteMdo e anOlise, tentou medir a inteli3nia em 3eral, em un./o de sua
rela./o om outros atos# + importante oservar Kue ao oneer testes de
inteli3nia, o psilo3o n/o deide primeiro o Kue seCa a inteli3nia e em
se3uida aplia aritrariamente sua defni./o# Eperimenta erto nMmero de
testes, Kue presumivelmente ei3em atividades omumente onsideradas
inteli3entes, e deste nMmero seleiona, omo testes de inteli3nia,
somente aKueles Kue d/o resultados Kue variam Kuantitativamente, Kuando
;ailidade
inepliOvelpara
omoleruma
os re3istros do Kuim3rao,
onsinia imediata depor
suaeemplo ? seria
vo interior ou t/o
das
ontra.Jes musulares, ou ainda dos atimentos ardLaos# %orém, o
e;aviorista n/o disute a validade das oserva.Jes do mundo eterior# N/o
elui os eteroeptores, prinipalmente os ol;os, omo ontes de
inorma./o# Na prOtia real, o e;aviorista reCeita a perep./o proveniente
dos interoeptores e proprioeptores mas aKuela Kue provém dos
eteroeptores é admitida sem disuss/o#
Neste ponto estO a ;ave para as admissJes e reCei.Je& Kue arateriam o
e;aviorismo# ( e;aviorista, omo KualKuer outro ientista, depende de
sua prpria eperinia imediata# "as aKuelas Kue se reerem a um oCeto
eterno s/o aeitas na ;iptese de tais oCetos poderem partiipar da
:
Edna Heidreder
%sioli3ias do &éulo
<
eperinia de todos os oservadores e, a esse respeito, dar ori3em ao
on;eimento Kue possui validade oCetiva# As eperinias reerentes ao
eu s/o reCeitadas porKue n/o podem ser oservadas por nin3uém a n/o ser
pela pessoa Kue as peree de imediato, e porKue se supJe Kue n/o
podem, onseK[entemente, dar ori3em a um on;eimento Kue seCa ma#
niesto e oCetivo# Al3uns atos dentro do orpo podem ser revelados por
re3istros Kue os representam# @Orios dispositivos meQnios re3istram as
mudan.as respiratrias, ontra.Jes musulares, veloidade do pulso, e
oisas semel;antes, e elementos KuLmios d/o inorma./o de outro 3nero#
-udo isso é aeito de om 3rado pelo e;aviorismo# %orém, eistem ertos
atos Kue podem ser revelados somente por meio de desri.Jes verais _
dadas pela prpria pessoa Kue as eperimenta, ou por al3um sinal
preestaeleido, tal omo liertando uma rea./o em adeia para indiar a
sua presen.a# &er/o aeitOveis omo dados ientLfos tais re3istros^ Do
ponto de vista da inia, a resposta a esta per3unta deveria ser
determinada pelo mesmo ritério om o Kual os dispositivos meQnios ou
outro meio KualKuer de pesKuisar a eperinia s/o onsiderados
apropriados ou n/o para uso ientLfo# Dar/o eles resultados onsistentes
Kue possam ser verifados pelas oserva.Jes repetidas e Kue resultem
num aordo entre oservadores ompetentes^
%orém, n/o é isto o Kue interessa ao e;aviorismo# A esta altura, ao invés
de utiliar os testes ientLfos para a validade oCetiva do on;eimento,
ele ostenta a distin./o entre o Lsio e o mental Kue empre3a para
dieren.ar a realidade da ilus/o# Fatos omo as sensa.Jes sentidas de
imediato e as varia.Jes da aten./o s/o lassifados omo mentais, e pela
prpria afrma./o do e;aviorista, o mental é onsiderado omo suCeito a
oCe.Jes por li3ar?se om o misterioso e o sorenatural# -ais onota.Jes
sur3em somente porKue a distin./o mente?orpo é utiliada num sentido
pré?
?ientLfo# &em esses re\eos de um passado, do Kual o e;aviorismo
reon;eidamente se desartou, os atos da eperinia seriam todos da
mesma espéie, emora pudessem ser lassifados de vOrias maneiras so
dierentes pontos de vista# Basiamente seriam todos apenas
aonteimentos na
_ o relato veral Kue o e;aviorismo admite omo método n/o inlui tais
desri.Jes# ( e;aviorista trata um relato veral apenas omo uma rea./o
vislvel e n/o omo uma desri./o de al3o ora dela mesma# Aeitar um
relato veral
oservou omo
seria desri./o
admitir de umade
a onsinia eperinia Kue uminaessivel
uma eperinia individuo a um
oservador eterno e emnreear limo ormo 5p intro.nprn
eperinia, e seria uma Kuest/o de valor seundOrio saer se aran3iam
eteroeptores, interoeptores ou proprioeptores se se reerem a um
mundo eterno omum ou a uma eperinia interna e pessoal ou ainda, se
eram ou n/o lassifados, por omodidade, omo Lsios ou mentais# &e
al3o omo o terror do sorenatural n/o rondasse pelas viin;an.as, n/o
;averia motivo para Kue tais atos, omo sensa.Jes, emo.Jes e
pensamentos, na orma em Kue se apresentam de imediato, para Kuem os
sente, n/o devessem ser oneidos apenas omo atos naturais em um
mundo
n/o tamém
os utilie natural#
omo ontesE de
neste aso n/o ou
inorma./o, ;O para
ra/oKue
para Kue
n/o um ientista
enontre al3um
dado da eperinia de todo desonertante e tamém para Kue n/o
onsidere um pensamento ou um sentimento de praer om o mesmo
desinteresse almo om o Kual aprendeu a onsiderar os terremotos, eres
e sere.Jes 3landulares# & tem medo de antasmas Kuem neles aredita# +
verdade Kue al3uns atos da eperinia, tais omo pensamentos e
emo.Jes, s/o muito mais diLeis de oservar Kue outros e Kue,
atualmente, na alta de ténias adeKuadas, s/o aessLveis somente aos
métodos Kue, so o ponto de vista ientLfo, est/o lon3e de ser
satisatrios# + verdade tamém Kue os prolemas Kue apresentam podem
pareer totalmente sem interesse e sem importQnia para ertos ientistas,
Kue neste aso n/o tm KualKuer ori3a./o, seCa Kual or, de investi3O?los#
"as isto n/o si3nifa Kue essas eperinias n/o seCam investi3Oveis ou
Kue o seu estudo uidadoso n/o seCa reompensado#
-amém n/o si3nifa Kue a tentativa de estudar tais proessos eKuivaleria
a uma simples restaura./o do status Kuo em psiolo3ia, um retorno ao
ostume da époa, Kuando a psiolo3ia onsiderava sua un./o prinipal o
estudo dos proessos onsientes# A importQnia de estudar o or3anismo
omo um todo, e a partir do eterior, oi demonstrada om tanto ito Kue
n/o é preiso insistir no assunto# N/o se trata de saer se a psiolo3ia pode
ser asorvida pelo mistiismo e pelo sorenatural, mas sim se deve ampliar
os métodos da inia em re3iJes onsideradas omo pertenentes ao
mistiisnio e ao sorenatural# &eria uma reviravolta uriosa e ircnia se a
esola Kue omateu om tanta ravura a avor de um estudo totalmente
ientLfo dos proessos psiol3ios se tornasse, ne3ando ou despreando
al3uns deles,
8
Edna Heidreder %sioio3ias do &éulo
6
um ostOulo a um modo ientLfo de one?los, ou impedisse P
psiolo3ia o uso de instrumentos e métodos pelos Kuais osse possLvel um
estudo ientLfo dos mesmos#
"as seria um asurdo e um erro \a3rante dar a impress/o de Kue a
in\unia do e;aviorismo ten;a sido prinipalmente restritiva# %elo
ontrOrio, é Custamente porKue o e;aviorismo adKuiriu um prestL3io t/o
3rande através de sua luta em suedida no sentido de ampliar os oCetivos
da psiolo3ia, Kue s/o importantes mesmo os seus eeitos seundOrios, e
talve n/o esperados#
A realia./o ine3Ovel, notOvel e imediata do e;aviorismo oi a de liertar a
psiolo3ia norte?ameriana de uma tradi./o iniidora# Assim omo o
unionalismo, e mais aentuadamente do Kue ele, reusou?se a ser limitado
pelas restri.Jes de uma inia da onsinia# &o a in\unia do
e;aviorismo,
enarar a psiolo3ia
os proessos norte?ameriana
psiol3ios ortaleeu
em rela./o o seu ;Oito
ao seu amiente de e
iol3io,
tornou?se ada ve mais onsiente da importQnia de estudar o or3anismo
omo um todo, e reon;eeu mais laramente do Kue nuna as vanta3ens
de apliar na psiolo3ia ;umana o ponto de vista e os métodos da animal#
Aima de tudo, manteve sempre presente sua ei3nia de Kue osse aeito
omo ientLfo somente o on;eimento oCetivo#
Entretanto, o e;aviorismo estaeleeu a oCetividade reerindo?se ao
oneito metaLsio de matéria, e n/o apliando os testes realmente usados
pela inia# Em lu3ar de livrar?se da distin./o mente?orpo, o e;aviorismo
a oloou no prprio entro de seu pensamento e e as suas inlusJes e
elusJes aseado nela# 'omo resultado, oi ori3ado a n/o aeitar ertos
dados, uCa ausnia torna a sua desri./o in ompleta e mesmo
ininteli3Lvel# %orém, esta situa./o assim riada n/o oi de ato um impasse#
'ontinua sendo um impasse s enKuanto o mental or oneido omo
etranatural, e enKuanto a distin./o entre o mental e o material or usada
n/o omo uma lassifa./o cmoda dos atos da eperinia, mas sim
omo uma distin./o metaLsia entre a realidade e a ilus/o# -omando todos
os atos da eperinia apenas omo dados, omo aonteimentos na
ordem natural das oisas, e pela determina./o da oCetividade de seu
on;eimento por meio dos testes Kue a inia omumente aplia, a
psiolo3ia pode onservar o seu on;eimento inteiramente ientLfo sem
ser ori3ada a aer elusJes emara.osas#
+ possLvel Kue uma parte do servi.o prestado pelo e;aviorismo ten;a sido
onrontar a psiolo3ia om esta situa./o# + possLvel tamém Kue, ao tentar
esol;er entre duas alternativas, matéria e mente, onse3uiu Kue a
psiolo3ia pereesse Kue n/o é ori3ada a aeitar esses oneitos, seCa em
onCunto ou isoladamente, omo maneiras defnitivas de tratar om o seu
oCeto mas Kue ela, assim omo a Lsia ou KualKuer outra inia natural,
ae a uma situa./o para a Kual s/o indeKuados os seus modos de pensar
omuns, deve revisar seus oneitos e oneer outros novos em ormas
determinadas pelos prprios dados mais do Kue pelas ormula.Jes
preeistentes#
BIB)I(*RAFIA
Diserens, '# "#, V%s;olo3ial (CetivismV, %s;oi# Rev#, 569, 8,
55?59#
uo, h# 1#, V*ivin3 up Instints in %s;olo3V, 2# o %;il#, 565, 58,
:9?::7#
HoS Are (ur Instints AKuired^V, %s;oi# Rev#, 56, 6,
7?7:9#
)as;le, R# &#,
Rev#, 567# 7_,V-;e Be;avioristi
7<?<, 76?797# 'oneption o 'onsiousnessV, %siC;ot#
9
A %&I'()(*IA DINq"I'A0 W((DW(R-H
WoodSort; !58:6?568$ 'attell !58:_?56$ -;orndi]e !58<?
?566$ Hollin3Sort; !588_?5676$ %obener3er !n# 5889$#
A# psiolo3ia dinQmia, na orma em Kue é oneida por Roert &essions
WoodSort;, é um sistema modesto, prOtio e pouo audaioso, apresentado
ofialmente pela primeira ve numa série de palestras Kue, Kuando
puliadas, ormaram um volume despretensioso de pouo mais de
duentas pO3inas# Ao
n/o se undamenta invés
num da maioria
protesto dos sistemas,
n/o etrai a psiolo3ia
a sua or.a dinQmia
motri daKuilo Kue
l;e é oposto# %elo ontrOrio, nutrida pelas ontriui.Jes de muitas esolas,
aperei.oou?se dentro do ampo da psiolo3ia, valoriando o traal;o
levado a eeito so outros muitos pontos de vista e 3rata pelos resultados
de um esor.o ientLfo sadio, onde Kuer Kue ossem enontrados# E,
todavia, este sistema n/o é meramente elétio# &ua tolerQnia n/o provém
da alta de um ponto de vista defnido e peuliar, mas do ato de disernir,
entre as muitas atividades inluLdas na psiolo3ia, muitas vees opostas e
aparentemente irreoniliOveis, interesses e oCetivos omuns# 'onessa
Kue os psilo3os, apesar das evidentes dieren.as# est/o realmente
orientados na mesma dire./o e Kue seu traal;o é de eKuipe, apesar das
diver3nias# A esse alvo e
5 As palestras oram eetuadas em 565:?5<# ( livro Dnami %s;gto. ,,
Kue apareeu em 5658, emora osse a primeira afrma./o Kue aplia os
métodos de traal;o do autor ao ampo total da psiolo3ia, n/o oi a sua
primeira pulia./o desses prinipios# Em seu arti3o Dnamte %s;(lo3V
!%s;oloKCes o 567_, 7<?77:$, enontramos a rase %siolo3ia Doi&?
mia, epress/o Kue usei durante vinte anosV#
%siolo3ias do &éulo
97
9
Edna Heidreder
interesses omuns WoodSort; dO o nome de Vas opera.Jes da menteV#
Esta epress/o, etraLda da anti3a psiolo3ia, a lemrar prinipalmente as
pesKuisas de )o]e, Ber]ele e Hume# Estes ;omens, de aordo om
WoodSort;, dierem dos psilo3os ientLfos de ;oCe menos pela inten./o
do Kue pelo método, ( seu método era o de tirar onlusJes aseadas na
eperinia Kue ;aviam tido a possiilidade de aumular ao passo Kue a
inia, emora possa estaeleer ;ipteses da eperinia asual do
a Cuventude#
rutuosa, + um
numa sistema Kueapoiada
interpreta./o se delineou aseado numa
na esperan.a, Kue oieperinia
orCada e
ortaleida pelas realia.Jes passadas#
Espeifamente, a psiolo3ia dinQmia é a psiolo3ia da ausa e eeito# Esta
é a defni./o Kue WoodSort; estaelee omo Osia para o sistema e Kue
deende om alma e frmea# ( Kue o psilo3o realmente deseCa saer,
afrma ele, é por Kue ns aemos as oisas ? omo aprepdemos e
pensamos, por Kue sentimos e a3imos de uma ! a orma# A fm de
ompreender estas atividades do pont de vista de ausa e eeito, é preiso
oter a mais ompleta vis/o do proesso a ser estudado ? se3ui?lo em todo
o seu perurso, desorir os seus mLnimos detal;es e suas prinipais
tendnias, eaminO?lo de ora para dentro e de dentro para ora, e,
aseado neste on;eimento, oservar as uniormidades e ormular leis#
&omente um on;eimento deste tipo torna possLvel dier Kue um ato é a
ausa de outro#
=uem Kuer Kue apresente um sistema em un./o de ausa e eeito serO
ertamente advertido de Kue, na inia refnada de nossos dias, estes
oneitos n/o s/o mais usados# WoodSort; eamina este ponto de modo
espeLfo# N/o é preiso dier Kue n/o estO P proura das ausas fnais é
saido Kue as inias s tratam das ausas primas# A oCe./o Kue tem
de enrentar é a de Kue a inia n/o usa mais o oneito de ausa#
WoodSort; admite Kue numa desri./o ompleta do universo omo sistema
inluindo tudo, n/o ;averia neessidade da no./o de ausa nem para as
idéias assoiadas a esta, de or.a e eplia./o# (serva, entretanto, Kue
n/o eiste ainda tal desri./o e Kue em seu traal;o real, os ientistas
empre3am ainda al3o muito pareido om aKueles vel;os oneitos,
emora ainda defnam or.a omo o produto da massa pela aelera./o, se
refram a ausas omo estLmulo, ondi.Jes e situa.Jes, e onsiderem a
eplia./o t/o simplesmente omo uma desri./o ompleta ora do omum#
Na Lsia, por eemplo, emora a or.a seCa defnida em un./o do
movimento, e ao ser assim tratada omo movimento paree desapareer
omo or.a, apesar disso a or.a, Kue a3e num dado sistema A, n/o é
defnida em un./o das mudan.as naKuele sistema, mas sim em un./o das
mudan.as em um outro, B# ( ponto rLtio do assunto reside no ato de Kue,
para KualKuer sistema dado, a or.a é al3o Kue a3e naKuele sistema vindo
de ora# Este modo de tratar ;eira ortemente a ausa e eeito e
WoodSort; aredita Kue todos os Kue tratam om sistemas Kue n/o s/o
auto?sufientes ? isto é, Kue variam de aordo om as mudan.as no meio
am7 R# &# WoodSort;, VDnaml %s;(l(3V, %s;olo3ses o 567_,
78?76#
5 R# &# WoodSort; VDnami %s;olo3V, %siC;olo3ies o 569, 555?
9
Edna Hedreder
%siolo3ias do &éulo
99
iente ? pensar/o realmente em un./o de ausa e eeito, emora possam
mel;orar a sua terminolo3ia# E o psilo3o estO sempre tratando om um
oCeto Kue n/o é ompleto nem auto?sufiente# &e traal;a om o
or3anismo omo um todo, deve levar em onta o meio amiente se estuda
uma determinada atividade, omo a aprendia3em, n/o pode deson;eer
uma atividade onomitante, omo a ome# %or esse motivo, WoodSort;
sente?se Custifado ao onservar o oneito de ausa e eeito e preere, em
seu todo, assim aer sem lan.ar m/o de uma terminolo3ia modifada#
Aredita, é evidente, Kue os prolemas prementes da psiolo3ia podem ser
usados sem demasiada onsidera./o pelas desoertas revoluionOrias
da Lsia e da astronomia# A lar3uea de vis/o da psiolo3ia dinQmia em
rela./o Ps muitas esolas de pensamento psiol3io é aompan;ada por
um propsito frme em se ater aos prolemas na orma em Kue se
apresentam em termos onretos e em sua etapa real e atual de
desenvolvimento#
+ possLvel Kue uma psiolo3ia dinQmia seCa soliitada, tamém, para se
pronuniar sore KuestJes de meanismo e vitalismo, de livre arLtrio e
determinismo# %orém, WoodSort; aredita Kue a inia psiol3ia nada
tem a ver om KualKuer dessas KuestJes# A Kuest/o do meanismo versus
vitalismo, enKuanto se restrin3e a ser um assunto ientLfo, di respeito aos
proessos vitais das élulas e serO soluionada, se al3uma inia a
resolver, por meio da fsiolo3ia da élula# A psiolo3ia, di WoodSort;, Vn/o
se aproima muito delaV# E o prolema do livre arLtrio versus
determinismo, enKuanto aran3e a Kuest/o do fnalismo, omo uma flosofa
da naturea, é um prolema metaLsio e estO, portanto, ora do Qmito da
psiolo3ia ou de KualKuer outra inia natural# ( Kue a psiolo3ia dinQmia
tenta aer é a tarea mais imediata e mais modesta de determinar as
seK[nias oservOveis de ausa e eeito dentro de um determinado
ampo#
(viamente, ao estudarmos um sistema Kue admite Kue a psiolo3ia teve
um passado ;onroso, e Kue o onsidera omo al3o para ser usado em ve
de reCeitado, é importante on;eer o passado onde aKuele sistema sur3iu#
A psiolo3ia dinQmia desenvolveu?se na Universidade de 'olMmia, mas
n/o estO vinulada a ela na orma em Kue o estruturalismo estO a 'ornell,
ou o unionalismo a ';ia3o#
A psiolo3ia de 'olMmia n/o é Oil de ser desrita# N/o se relaiona om
nen;um orpo defnido de doutrina,
R# &# Wo(dSort;, Dnaml %s;olo3V# %st,;olo3ies o 569# 559?
5_#
nem é ensinada om a onsistnia e o paternalismo enontrados em
esolas mais em or3aniadas# -odavia, mostra ela araterLstias defnidas
e reon;eLveis# Um estudante orniado em psiolo3ia n/o poderO passar
muitas semanas em 'olMmia sem far a par da enorme importQnia
naKuele amiente desempen;ada pelas urvas da distriui./o, das
dieren.as individuais, da medida da inteli3nia e outras apaidades
;umanas, dos proessos eperimentais e dispositivos estatLstios e da
suorrente do pensamento fsiol3io# Desore imediatamente Kue a
psiolo3ia n/o leva uma vida isolada Kue se omreia om a iolo3ia, a
estatLstia, a edua./o, o omério, a indMstria e o mundo dos ne3ios#
Depara om muitas tendnias dierentes de pensamentos, e muitas vees
alan.a as mesmas a partir de Qn3ulos dierentes# %orém, a trama do ensino
n/o estO unida ormando um teido frme e padroniado# Nin3uém se
importa pela orma om Kue ele dispJe os fos oloados em suas m/os
ertamente n/o eiste um modelo Kue l;e pe.am para opiar# (s
estudantes de 'olMmia s/o t/o tLpios omo os de KualKuer outro 3rupo,
mas essa distin./o é 3eral e irre3ular# As mesmas unidades ? os mesmos
Velementos idntiosV ? tendem a sur3ir em ada memro do 3rupo, porém
em disposi./o variam muito de um para outro, e s raramente onstituem
um verdadeiro modelo#
Nos primeiros tempos da psiolo3ia de 'olMmia, a f3ura predominante era,
sem dMvida, a de 2ames "een 'attell# Este, omo se reorda, oi um dos
primeiros disLpulos de Wundt no laoratrio de )eipi3# 2O passou para a
;istria e, a onsel;o de Wundt, tornou?se primeiro assistente deste# No
laoratrio de Wundt, onde a fnalidade do estudo era a mente ;umana em
3eral, e onde Wundt 3eralmente desi3nava aos estudantes os prolemas
para as suas teses de ormatura, 'attell esol;eu seu prprio prolema e
inluiu em seu plano um estudo das dieren.as individuais# Wundt ;amou o
pro3rama 3an Ameri]anis;, e é muito importante para a psiolo3ia dos
Estados Unidos o ato de 'attell ;aver permaneido 3an Ameri]anis; e,
ao mesmo tempo, memro ativo do 3rupo de )eipi3# &ua aten./o ontLnua
Ps dieren.as individuais si3nifava, entre outras oisas, Kue ;avia se
tornado astante interessado no estudo de *alton sore psiolo3ia# Durante
um ano, no Kual e prele.Jes na Universidade de 'amrid3e, assoiou?se
pessoalmente a *alton e assim aliou P sua eperinia direta om a psio
renova./o
analLtia ompleta#
medindo (s testes de isoladas
as apaidades 'attell, ataando o prolema
em separado, deram de orma
resultados
nos Kuais n/o ;avia orrespondnia om a ;ailidade do estudante# Binet,
desistindo da tentativa de analisar a inteli3nia em seus omponentes, e
apresentando um erto nMmero de tareas Kue possivelmente ei3iam uma
inteli3nia 3eral para a sua eeu./o, onstruiu uma esala Kue realmente
estaeleia uma dieren.a entre os vOrios 3raus de inteli3nia nas
rian.as, Kuando aKuela era Cul3ada pelo ritério disponLvel ora dos
prprios testes# ( ito da esala de Binet e lemrar Kue a maneira de
medir a inteli3nia, pelo menos por enKuanto, era diri3ir?se a ela em seu
todo, e n/o por partes# %ortanto, o método de# Binet oi adotado
entusiastiamente em 'olMmia, e o -ea;ers 'oile3e tornou?se um dos
entros mais ativos do movimento de testes na Améria do Norte#
( traal;o om testes, entretanto, mostra somente um aspeto da
in\unia de 'attell# ( seu interesse pela psiolo3ia eperimental, em
sentido mais restrito, é representado n/o s por suas prprias pesKuisas,
prinipalmente em tempo de rea./o, assoia./o e psioLsia, omo
tamém pelo traal;o de seus alunos# "esmo aps a saLda de 'attell,
ontinuou a emer3ir do laoratrio de 'olMmia um \uo permanente de
estudos eperimentais e se tiveram menor reperuss/o no mundo do Kue o
movimento de testes, isso n/o é sen/o o destino omum dos estudos, onde
o valor prOtio n/o é evidente e talve ineistente# %orém, mesmo diri3idos
por 'attell os proilemas eperimentais lOssios assumiam uni aspeto ora
do omum# A introspe./o n/o oi tratada orno doutrina inviolOvel, a
estatLstia ansava?se ada ve mais do enar3o de verifar e or3aniar os
resultados, e as dieren.as individuais oram devidamente oservadas e
eaminadas em seus estudos Kue empre3avam os métodos desenvolvidos
em )eipi3, para a pesKuisa da mente ;umana em
%stolo3ias do &éulo 9<
3eral# A psiolo3ia eperimental, se3undo 'attell, n/o era uma disiplina
esotéria Kue devia medir or.as om o senso omum# 2O em 56_, era de
uma déada antes do apareimento ofial do e;aviorismo, 'attell, numa
alou./o ao 'on3resso Internaional de Artes e 'inias, e a se3uinte
delara./o om respeito ao papel desempen;ado pelo Vintrospeionista
treinadoV em psiolo3ia0
VN/o estou onvenido de Kue a psiolo3ia deva limitar?se ao estudo da
onsinia propriamente dita## N/o eiste on\ito entre a anOlise
introspetiva e a eperinia oCetiva# ## pelo ontrOrio, elas devem ooperar
e realmente ooperam entre si# %orém, a idéia astante diundida de Kue
n/o ;O psiolo3ia sem introspe./o é reutada pelo ar3umento in\eLvel do
ato realiado# %aree?me Kue a maior parte dos traal;os de pesKuisa
realiados por mim ou pelo meu laoratrio é Kuase t/o independente da
introspe./o omo o é a da fsia ou a da oolo3ia#V
Este é somente um eemplo do ato de Kue nos Estados Unidos, assim omo
em )eipi3, o estudo de 'attell sore os prolemas psiol3ios oi
assinalado por independnia e retid/o# 'cnsio de seu meio amiente,
sutilmente susetLvel ao mesmo, tomando parte ativa nos aonteimentos
ao seu redor, onservou, n/o ostante, seus interesses partiulares e suas
maneiras tLpias de aer as oisas# 'omo resultado, a tradi./o de 'attell
em 'olMmia é responsOvel por uma erta independnia, uma erta
;eterodoia e tolerQnia de interpreta./o ao tratar om material
psiol3io# Isto n/o si3nifa, entretanto, Kue 'attell desse mar3em a uma
3rande inertea no pensamento e prOtia psiol3ios, e nem Kue altasse
eatid/o e epressividade em suas opiniJes pessoais# As ;istrias
propaladas P oa peKuena pelos seus anti3os disLpulos, a respeito das
suas onessJes om o Kue onsiderava al;as da retid/o ientLfa, n/o d/o
a mLnima impress/o de tolerQnia eessiva em ae de tais viola.Jes#
%oderLamos aresentar de passa3em Kue a in\unia de 'attell eede a
de suas prprias pesKuisas e a de seus ontatos diretos om os alunos ?
realmente, ela se estende além das ronteiras da psiolo3ia# &uas
;ailidades omo or3aniador e administrador, aliadas ao seu deseCo de
arir amin;o para o pro3resso da inia em 3eral, lan.aram?no ao
traal;o diretivo e editorial nem sempre diretamente relaionado om a
psiolo3ia#
9 2ames "een 'attell, V-;e 'oneptions and "et;ods o %s;(5A vV
%onular E5iene "(nt]hi, !56_$# ::# 5<:?58:#
5
5
%siolo3ias do &éulo
98
Edn Heidreer
Na 3era./o aadmia se3uinte, em 'olMmia, a primeira pessoa a se
destaar oi EdSard )ee -;orndi]e# A sua ori3inalidade lo3o se impcs# Em
5868, Kuando tin;a vinte e Kuatro anos de idade, puliou a sua mono3rafa
lOssia Animal Intelli3ene# Esta ora é importante em parte porKue
desreve o primeiro estudo sistemOtio da inteli3nia animal por meio de
eperinias de laoratrio, e tamém porKue onduiu P teoria da
aprendia3em Kue desempen;ou um papel muito importante na pesKuisa e
teoria posteriores# Em seu estudo, -;orndi]e interpreta o omportamento
dos animais n/o em un./o de idéias, mas sim se3undo a Vfa./oV e a
Velimina./oV das li3a.Jes nervosas entre os estLmulos e a resposta ? o
ortaleimento e a fa./o de ertos elos e o enraKueimento e a
elimina./o de outros até se ormar um padr/o de omportamento Kue
atenda Ps irunstQnias# ( ortaleimento e o enraKueimento s/o
epliados em un./o de duas leis prinipais0 a lei do eerLio e a lei do
eeito# De aordo om a primeira, Kuanto mais reK[entemente, mais
reentemente e mais vi3orosamente um vLnulo é eerido, mais
eetivamente fa fado e ao ontrOrio, Kuanto mais or eerido, é mais
provOvel Kue se torne enraKueido ePs vees desapare.a# De aordo om a
se3unda, a lei do eeito, as respostas Kue levam a estados de satisa./o
tendem a ser retidas, e as Kue onduem a estados de aorreimento
tendem a ser eliminadas em outras palavras, as li3a.Jes nervosas s/o
in\ueniadas pelos eeitos da rea./o# A tendnia desta teoria omo um
todo é epliar a aprendia3em de orma meaniista e a defni./o pela
Kual o a é t/o defnida e real, e trata t/o diretamente om um prolema
vital Kue se tornou um dos pontos paLfos de reernia no setor astante
estudado da aprendia3em e da inteli3nia# ( prprio -;orndi]e ampliou a
teoria para aran3er a inteli3nia ;umana, a Kual epliou omo ;avia
eito om a animal, em un./o dos vLnulos espeiais de li3a./o entre o
estLmulo e a resposta# %osteriormente, admitiu dimensJes dierentes da
inteli3nia, omo altitude, amplitude, etens/o e rapide, e tamém tipos
dierentes, tais omo a astrata, a soial e a onreta# Ainda mais tarde,
admitiu o prinLpio de Vpertener a uma mesma lasse ou ate3oriaV, além e
aima de uma simples Vassoia./oV no tempo e no espa.o# :
: As idéias mais reentes de -;orndt]e sore a aprendia3em e a
inteli3énia ;umanas podem ser enontradas nas oras0 -;e "easurement
o Inte\l3ene !56:$ Adult )earnrn3 !em olaora./o om E# (# Bre3man,
&# W# -ilton, E# Woodard$ !568$ e Hutnae )eandna !5675$#
A onep./o primitiva de -;orndi]e, deve?se notar, soreu um
desenvolvimento onsiderOvel, porém ainda é asiamente uma teoria de
vLnulos defnidos# Assim omo a da aprendia3em, om a Kual se relaiona,
esta teoria da inteli3nia tm sido estimulante n/o s para a pesKuisa,
omo tamém para a ontrovérsia# &eu maior adversOrio era ';arles
&pearman, Kue sustentou a teoria de Kue eiste um ator 3eral na
inteli3nia além dos espeLfos# A ontrovérsia resultante sore a
or3ania./o da inteli3nia oi uma das mais animadas Kue a psiolo3ia CO
teve e, o Kue é mais importante, uma das mais proveitosas na verdadeira
pesKuisa#
-;orndi]e ;avia?se interessado, tamém, pelas mensura.Jes no ampo da
edua./o, n/o apenas do ponto de vista dos testes de inteli3nia, mas
tamém daKuele-;orndi]e
Evidentemente, da medi./o dostemperamento,
é, por resultados da edua./o
oposto P em 3eral# e Ps
impreis/o
oisas indefnidas# =ualKuer prolema Kue passa por suas m/os é Kuase
automatiamente reduido a termos onretos e Kuantitativos# =uando se
tornou interessado pela edua./o, portanto, prourou imediatamente
desorir o Kue e Kuanto ;avia sido eito na tentativa de eduar# %areia?l;e
evidente Kue os prolemas relaionados om as dieren.as individuais, a
adi3a mental, o aprendiado e a transmis/o dos on;eimentos ei3iam
tratamento Kuantitativo e eperimental# "esmo antes dos testes mentais
farem em moda, -;orndi]e ;avia adotado o sistema de mensura./o no
terreno eduativo e ;avia levado os seus prolemas para o laoratrio, (s
trs volumes de seu livro Eluitional %s;olo3, puliado em 5657 e
565, resumem os resultados de seus primeiros traal;os neste setor#
%orém, emora seu método osse essenialmente eperimental, tanto seus
prolemas omo o seu temperamento levaram?no para lon3e da psiolo3ia
eperimental no sentido onvenional do termo# Em lu3ar das introspe.Jes
minuiosas de al3uns oservadores treinados, estudou as realia.Jes de
3rande nMmero de paientes, otendo resultados Kue puderam ser postos
em taelas e tratados estatistiamente pelo eperimentador# Assim, so a
infun< '# &pearman, -;e Natue o Intelii3ene and t;e %rinipies o
'(3nltion !567$, e -;e Ailities o "an0 -;e!r Nature and "easureme\t
!56<$# !Desta Mltima eiste edi./o em espan;ol0 )as ;ailidades dei
;omre, Buenos Aires, %alds, 5699$#
:_
Edna Heidreder %aiolo3ias do &éulo
:5
ia de -;orndi]e, omo so a de 'attell, a eperinia psiol3ia saiu dos
amin;os atidos, e omo resultado sur3iu n/o somente uma onep./o
modifada da eperinia psiol3ia, omo tamém uma atmosera de
positivismo e efinia ténia na pesKuisa eduaional# + verdade Kue o
ulto do Kuantitativo na edua./o n/o ;avia sido realmente uma n./o#
'onduiu, Ps vees, a traal;os de pesKuisa nos Kuais o desvelo pelo
Kuantitativo, aompan;ado por uriosa alta de vis/o da situa./o
pesKuisada, epressou?se na é e3a e Kuase ;ostil de Kue nen;um ator
Kue n/o oede.a aos métodos de medi./o eistentes possa ser importante#
"as, em sentido 3loal, a edua./o lurou om a tentativa de medir seus
resultados e assim sustituiu o on;eimento eato pela va3a esperan.a
Kue al3o de om poderia ser realiado#
+ Kuase desneessOrio aresentar Kue, neste amiente, as aplia.Jes da
psiolo3ia n/o oram despreadas, e Kue outros ampos além daKuele da
edua./o oram invadidos#
H# )# Hollin3Sort; e A# -# %obener3er f3uram entre _ primeiros Kue
traal;aram ativamente na psiolo3ia voaional, na da puliidade, e om
os
n/oprolemas
se destaadaem
psiolo3ia apliada
psiolo3ia emna
apliada, 3eral#
mesmaA Universidade
medida em deKue'olMmia
'omeu,
por eemplo, soressai em psiolo3ia pura# Apenas admite a psiolo3ia
apliada, Cuntamente om a pura, omo um ampo autntio de pesKuisa
ientLfa#
'omo resultado, o panorama psiol3io em 'olMmia apresenta um
aspeto ;etero3neo, o Kual pode pareer desuidado e mesmo onuso
para Kuem esteCa ;aituado om uma or3ania./o mais ri3orosa# A
psiolo3ia animal, a dos testes e medidas, as vOrias espéies de psiolo3ia
apliada, as variedades ortodoa e ;eterodoa da psiolo3ia eperimental,
os deates terios sore aprendia3em, inteli3nia, medi./o e posi./o da
psiolo3ia separados#
amin;os em 3eral ? est/o todos representados
(s dierentes e se3uem
empreendimentos n/otodos seus
s/o sempre
;armoniosos olidem uns om os outros ? Ps vees, intenionalmente ?
porém, prosse3uem todos# Al3uns deles podem pareer ao oservador em
menos valiosos do Kue outros, porém todos se mantm em erto 3rau,
omo partes da psiolo3ia#
Este é o pano de undo onvenional e imediato da psiolo3ia dinQmia de
WoodSort; porém, este sistema n/o é o resumo das tendnias em seu
meio amiente nem a interpreta./o autoriada da psiolo3ia em seu
Qmito# N/o é ertamente ensinada omo psiolo3ia ofial da universidade#
N/o é ea3ero dier Kue n/o ;e3a mesmo a ser ensinada, e Kue é apenas
enontrada omo uma entre vOrias ormas em Kue a psiolo3ia se epressa
na Universidade de 'olMmia# -odavia, no 3rau em Kue toma on;eimento
das vOrias tendnias em psiolo3ia, anti3as e modernas, e a;a al3o de
valor em todas, a psiolo3ia dinQmia é representativa do mundo do Kual é
parte, mundo onde muitos empreendimentos est/o em andamento e onde
nen;um adKuiriu astante asendnia sore os outros para ser apa de
afrmar Kue somente o seu amin;o ondu P verdade ientLfa#
%ara o prprio WoodSort;, o amin;o para a psiolo3ia
? ou mel;or, 3rande tre;o desse amin;o ? enontra?se na fsiolo3ia# Desde
o inLio, WoodSort; esteve interessado nos encmenos do movimento sua
tese de ormatura intitulou?se -;e Aura o @oluntar "ovement# +
si3nifativo
pensamento tamém Kue sua
sem ima3em oraolaora./o no estudo
de inLio li3ada ao seuda ontrovérsia
estudo do
do movimento
e Kue a tentativa de desorir uma orienta./o para a a./o voluntOria levou?
o primeiramente P evidnia de Kue as ima3ens e sensa.Jes ei3idas pela
teoria ortodoa dos proessos mentais mais elevados n/o aiam parte das
eperinias reais de seus paientes# De ato, o seu estudo todo em rela./o
a este prolema é astante araterLstio# Assim omo muitos psilo3os,
WoodSort; é levado a pensar em un./o de estLmulo e resposta, porém
preere ome.ar om a resposta e n/o om o estLmulo, e ent/o pesKuisar as
ondi.Jes Kue a anteedem# No inLio de sua arreira, estudou om o
fsilo3o in3ls &;errin3ton, e a ora deste in\uiu proundamente em seu
pensamento# WoodSort; utilia normalmente oneitos, tais omo estLmulo
e resposta, rea.Jes
inte3ra./o# preparatrias
&ua psiolo3ia e onludentes,
é, de modo aentuado, ailita./o,
de rea.Jes#inii./o e o
'onsidera
on;eimento das rela.Jes estLmulo?resposta omo Vponto Osio essenial
em KualKuer desri./o eata de todo o ampo da atividadeV e mantém essa
posi./o apesar das rLtias a Kue estava suCeito o oneito estLmulo?
resposta ? om as Kuais, em muitos asos, estO de pleno aordo, e em
outras, eitas por ele mesmo# A psiolo3ia dinQmia, emora seCa de
estLmulo e resposta, n/o é de modo al3um simples tradu./o dos estLmulos e
respostas em ausa e eeito#
Eistem, realmente, trs pontos prinipais Kue WoodSort; aredita Kue
devem sempre ser levados em onta ao
&eu tereiro
é o de Kue o ponto ? erea./o
aro de esta é n/o
umaédas
umarLtias
unidadearaterLstias de s
indivisLvel# N/o WoodSort;
a rea./o ?
n/o é isolada de suas irunstQnias sua unidade interna n/o é asoluta#
%ode ser dividida ao meio# De aordo om WoodSort;, ;O uma vanta3em
em pensar em un./o de meios aros, prinipalmente ao onsiderar a
resposta ou o lado motor da rea./o omo uma unidade adeKuada, e em
pensar Kue as respostas
6 Ele meniona espeialmente e# &# &;errin3ton, -;e Inte3rattve Ation o
t;e Nervous &stem 2# DeSe, V-\e Re\e Are 'onept In %s;olo3V !ver
este livro, 'apitulo @I$ e )# )# -;urstone, V-;e &tlmulus?Response Falla in
%s;olo3V, %siC;olo3Ca! RevieS !567$, 7_, 79?7:6#
tal, tm
dier Kuea aver al3uma oisa
psiolo3ia omse
dinQmia a naturea
interessaMltima deste proesso#
pelas suessJes Basta
de ausa e
eeito aran3endo rela.Jes mais amplas do Kue as estudadas pela fsiolo3ia
e mais limitadas do Kue as da soiolo3ia#
( Kue WoodSort; Kuer si3nifar omo oCeto da psiolo3ia torna?se mais
evidente Kuando defne a sua posi./o om reernia Ps duas esolas Kue a
psiolo3ia norte?ameriana omumente onronta entre si, o
introspeionismo e o e;aviorismo# ( oCeto da psiolo3ia dinQmia n/o é
nem onsinia nem omportamento inlui amos# ( ponto prinipal na
determina./o de uma seK[nia ausal é onse3uir uma série ontLnua de
atos, e para aer isso, tanto os atos da onsinia Kuanto os do
omportamento devem ser levados em onta# Através de oserva.Jes do
omportamento, é possLvel desorir tanto os estLmulos eternos, Kue d/o
inLio a uma rea./o, Kuanto a resposta visLvel pela Kual ela fnalia porém,
o Kue aontee entre os dois etremos do proesso é on;eido, pelo
menos por enKuanto, em 3rande parte por meio da introspe./o#
'om reernia P introspe./o, a atitude de WoodSort; n/o é nem de
rana reCei./o nem de aeita./o entusiOstia# Neste aso, omo em outros,
pouo eiste de arOter elusivista em sua resposta# 'onsiderando as
ormas mais sim? pies da introspe./o, n/o alimenta dMvidas 3raves#
Aredita Kue Kuando se per3unta a al3uém V=ual dessas duas ores i;e
paree mais lara ^V esta oserva./o n/o diere, em essnia, da
oserva./o de um ato no mundo eterior# %orém, o tipo mais ompleo de
introspe./o é um assunto mais diLil e dierente# Neste aso, o oservador
é, de ato, soliitado a aer duas oisas ao mesmo tempo ? se3uir através
de um proesso metal e oservO?lo ao mesmo tempo ou, uma ve Kue isto
é uma tarea muito diLil e talve impossLvel, deve aptar, om um rOpido
ol;ar retrospetivo, o onteMdo e o arOter do proesso Kue aaou de
ompletar#
5_ R# &# WoodSort;, VDnami %s;olo3V, %siC;olo3ies o 569, 5_#
::
%siolo3ias do &éulo
:<
EOno Heidreder
WoodSort; aredita Kue esta espéie de introspe./o n/o estO isenta de
dMvidas, porém, verifa Kue al3uns resultados oram otidos om tal
re3ularidade Kue relamam aeita./o 3eral# HO, por eemplo, uma
oserva./o Kue di ser a onsinia inlinada a aandonar um ato
pratiado P medida Kue este se torna ;aitual, até Kue por fm a sua
eeu./o torna?se automOtia# WoodSort; a;a diLil n/o onordar om
tais desoertas e aredita Kue Vem seu Lntimo, mesmo os mais anOtios
e;avioristas
nem areditam
sem valor realia o nelasV#
Kue podeA seu ver, a(introspe./o
realiar# pesKuisadorn/o
n/oédeve
inalLvel
esperar
muito dela n/o deve ei3ir da mesma uma anOlise muito ri3orosa e, onde
or possLvel, deve apliar verifa.Jes oCetivas# A introspe./o é um
método Kue a psiolo3ia dinQmia aeita omo susetLvel de usos e
limita.Jes defnidas#
WoodSort; aeita a introspe./o, portanto, omo método le3Ltimo, mas n/o
omo o método por eelnia da psiolo3ia# 'ertamente n/o apia a idéia
de Kue a psiolo3ia seCa propriamente o estudo da onsinia pelo método
da introspe./o# Aredita, além disso, Kue esta doutrina n/o aia parte da
psiolo3ia eperimental no seu inLio e Kue n/o era uma parte essenial da
VnovaV psiolo3ia e Kue o papel do psilo3o omo Vintrospeionista
treinadoV ome.ou a ser ressaltado na déada de 586_, Kuando ;omens
omo -it;ener e [lpe, interessados em onse3uir um lu3ar para a
psiolo3ia entre as inias, ansiavam para l;e dar um om método e um
ampo de eperinia n/o relamado por KualKuer outra inia natural#
WoodSort; aredita Kue a ;istria real da psiolo3ia dO pouo apoio a esse
ponto de vista# &alienta Kue 3rande parte do primitivo traal;o em
psiolo3ia eperimental n/o era um estudo introspetivo da onsinia, e
meniona omo prova as eperinias de Fe;ner em psioLsia, os estudos
do tempo de rea./o, o traal;o sore a memria, os ostumes, as
dieren.as individuais, a ;ereditariedade, o desenvolvimento mental e as
ondi.Jes anormais# &e eiste um método araterLstio em psiolo3ia,
WoodSort; aredita ser o Vdispositivo para medir o itoV, Kue onsiste na
Vatriui./o
eeutada de uma
om tarea edas
a varia./o a medida do ito eom
irunstQnias o Kual a mesma
as oserva.Jes das é
mudan.as resultantes na eeu./o da tareaV# 55 =uer seCa o proesso
estudo da onsinia ou
omportamento, a Kuest/o é relaionar uma dada eeu./
om suas irunstQnias ? em outras palavras, desorir as rela.Jes Kue
omumente ;amamos de ausa e eeito#
WoodSort; é astante avorOvel ao e;aviorismo em# sentido 3loal, talve
mais do Kue ao introspeionismo# + erto Kue o e;aviorismo se l;e adapta
mel;or devido P sua tendnia em onsiderar o movimento do or3anismo e
desorir
onordaras ondi.Jes
Kue Kue provoam
seCa neessOrio ertos
aandonar movimentos#
o método %orém, en/o
introspetivo pode
todos os
traal;os a seu respeito# Enara a reCei./o da introspe./o n/o omo o
resultado inevitOvel de uma inompatiilidade Osia entre o estudo da
onsinia e o do omportamento, mas omo onseK[nia de uma ria
loal ? a do onCunto espeLfo de irunstQnias Kue or.aram a admiss/o
do e;aviorismo# Desde Kue a psiolo3ia oi defnida omo inia da
onsinia, os estudiosos do omportamento animal tornaram?se n/o?
psilo3os por defni./o e os e;avioristas, n/o satiseitos em revisar a
defni./o para inluir a sua prpria ora, se desorraram afrmando Kue
somente a sua psiolo3ia era verdadeira e Kue a mais anti3a era apenas
uma alsa inia#
A luta Kue se se3uiu oi notOvel, porém, se3undo WoodSort;, fou ora do
plano prinipal do desenvolvimento psiol3io# Enarando o prolema da
psiolo3ia desta orma, omo uma tentativa de desorir as rela.Jes de
ausa e eeito nas atividades mentais, onsiderava inompletos tanto o
introspeConismo Kuanto o e;aviorismo# "esmo Kue osse possLvel aer
uma desri./o eaustiva da onsinia, ;averia launas no on;eimento
das opera.Jes da mente por al3uma ra/o ou outra e, pelo menos, porKue a
onsinia n/o aompan;a todos os atos mentais# Da mesma orma, o
omportamento onsiderado omo uma série de rea.Jes motoras aos
estLmulos eternos, tomados isoladamente, n/o ornee uma desri./o
ompleta deia de lado o Kue aontee no or3anismo entre o estLmulo
eterno e a resposta motora# & vees, uma anOlise minuiosa do proesso
eistente pode ser eita pela fsiolo3ia, prinipalmente pela do érero mas,
nesse Lnterim, muito poderO se aprender aompan;ando a atividade do
prinLpio ao fm, usando a oserva./o tanto do omportamento Kuanto da
onsinia# &eria u3ir do assunto, portanto, defnir a psiolo3ia sei a omo
inia da onsinia ou omo a do omportamento#
Aontee, assim, de orma interessante, Kue a psiolo3ia dinQmia, Kue é
essenialmente onservadora, pouo se utilia das lassifaJes
onvenionais ao dpfnir n v?gii ,n##
55 R#&WoodSort;, Dnarni %s;olo3, 75#
:8
Edna Heidreder
terial# (s atos Kue ela apresenta, Kuando vistos de seu ponto de vista,
apareem so um prisma dierente# A psiolo3ia dinQmia n/o é dualista# As
epressJes omo Vvida mentalV e as Vopera.Jes da menteV n/o se reerem a
nada espeial, dierente do material Kue as outras inias pesKuisam#
Indiam atividades, tais omo aprender, pensar e sentir, Kue s/o, de omum
aordo e sem muita pesKuisa sore a sua naturea Lntima, admitidas omo
oCeto da psiolo3ia# AliOs, WoodSort; n/o se interessa muito pela
defni./o de psiolo3ia onsidera a defni./o de uma inia n/o essenial
ao seu desenvolvimento, nem omo seu ponto de partida adeKuado# A
mel;or defni./o de uma inia, di ele, é a desri./o dos prolemas Kue
ela realmente pesKuisa# A identifa./o mais do Kue a defni./o do seu
oCeto é o ponto de partida real de uma inia, e o material usado pela
psiolo3ia pode ser identifado sem Kue seCa ormalmente defnido# 5
Afnal de ontas, a per3unta eita pela psiolo3ia dinQmia, em rela./o ao
seu oCeto, n/o é V( Kue é isto^V mas V'omo uniona^V
-odo esse deate teve mais Kue ver om a estrutura da psiolo3ia do Kue
om ela prpria e muito mais nase oi dada a tais assuntos do Kue
WoodSort; 3eralmente l;es empresta# + provOvel Kue WoodSort; onorde
o mais depressa possLvel om o Kue onsidera o verdadeiro assunto da
psiolo3ia ? os prolemas tLpios Kue seu oCeto apresenta#
=uando empreende a tarea espeial de loaliar os enadeamentos ausais
no omportamento real, a uma distin./o entre duas espéies de atos,
meanismos e impulsos# ( prolema do meanismo é aKuele de omo é
eita uma oisa o do impulso é o de saer por Ku# A a./o de um Co3ador
de aseol serve de eemplo# V( prolema do meanismo é o de saer
omo ele visa, alula a distQnia e a altura da urva e oordena seus
movimentos para ;e3ar ao fm deseCado# ( prolema do impulso inlui
KuestJes, tais omo saer por Kue, afnal, estO realiando este eerLio, por
Kue Co3a mel;or num dia do Kue no outro, por Kue lan.a mais para um
atedor do Kue para outro e muitas per3untas desse teor#V 57 (u, se essa
distin./o se reere a uma mOKuina, o impulso é a or.a
5 -ratar om material psiol3io dessa orma ei3e Kue este seCa
oneido muito astrata ou muito onretamente# No primeiro aso, os
atos devem ser tratados apenas omo tais, sem reerénia ao seu
onteMdo# No se3undo aso, devem ser tratados omo sur3em na
eperi/nia, om ( menor nMmero possivel de pressuposi.Jes Kuanto P sua
orma fnal# (s etremos n/o s/o aastados omo paree amos se aplam
no deseCo de i3norar, para as fnalidades do momento, as KuestJes mais
proundas de saer om o Kue se estO tratando#
57 R# &# WoodSort;, Dnami %s;olo3, 7:?7<#
%siolo3ias do &éulo
:6
apliada, o vapor, eletriidade ou or.a ;idrOulia Kue a a mOKuina
unionar# ( meanismo é aKuilo Kue é eito para unionar é a estrutura
aionada por KualKuer or.a Kue seCa utiliada#
(s 3atos de -;orndi]e, em suas lutas para esapar das aias?prolema,
eemplifam tanto o meanismo omo o impulso# &uas un;adas, arran;Jes,
mordidas e empurrJes s/o meanismos ? ormas de rea./o de Kue o animal
dispJe Kuando estimulado de ertos modos# ( impulso é a ome# ( estLmulo
eterno ? talve um peda.o de peie ora da 3aiola ? nem sempre provoa
uma elos/o de atividade no 3ato Kue, e;ado dentro da mesma, veCa e
areCe o peie#
meanismos s/oUm 3ato, estando
aionados n/o sarto,
pelospode enrodil;ar?se
estLmulos eternos,e mas
dormir# (s
tamém
pelo impulso interno#
A eperinia onvenional do tempo de rea./o tamém serve de eemplo
de meanismo e impulso# Neste aso, o meanismo é o movimento do dedo
Kue liera a ;ave de rea./o omo resposta a um determinado sinal, tal
omo um eie de lu# ( impulso é o onCunto neuromusular em rela./o
PKuele movimento Kue é despertado no paiente pelas instru.Jes# Neste
aso, novamente o estLmulo eterno soin;o n/o provoa a resposta um
eie de lu n/o leva invariavelmente a um erto movimento do dedo# (
impulso ? neste aso, uma Kuest/o altamente artifial difilmente
enontrada
estado ora do laoratrio
inteiramente VnaturalV de? é, so muitos
ome todavia,aspetos, em dierente
a sua rela./o om a do
atividade Kue se l;e se3ue é eatamente a mesma# 'ria ondi.Jes propLias
para a a./o dos meanismos apropriados sem a sua presen.a, os
meanismos n/o a3iriam#
Fora do laoratrio, os impulsos ;umanos s/o de uma ompleidade muito
maior, porém, mesmo uma atividade altamente omplea omo ler a 'rLtia
da Ra/o %ura pode ser epliada em un./o de meanismo e impulso#
Naturalmente, o leitor adKuiriu os meanismos neessOrios, o onCunto
ompliado de rea.Jes ;amado leitura# A pO3ina impressa ornee o
estLmulo e a leitura é a resposta# %orém, novamente a resposta n/o é
sempre eliiada a simples presen.a da 'rLtia da Ra/o %ura n/o desperta
a vontade de ler em todas as pessoas alaetiadas# "ais uma ve torna?se
neessOrio levar em onta o impulso# Uma pessoa pode ler a 'rLtia da
Ra/o %ura por ser estudante om um eame a
rniig um fl3oo 3ui deseCa aduir novas pro
<_
%8iolo3ias do &éulo
<5
Edna Heidreder
o livro é de diLil leitura e deseCa ver o Kue pode aer a respeito, ou devido
a mil e uma raJes# %ode ser impulsionado pela ami./o, pela uriosidade,
pela afrma./o de si mesmo, pelo interesse, pelo seu ;umor atual, ou pelo
plano 3eral de toda a sua vida# ( impulso Kue o a ler a 'rLtia da Ra/o
%ura pode atuar durante lon3os perLodos de sua vida e pode determinar
ampla variedade de atividades# &e assim o fer apresentarO muitos motivos
;umanos, pois estes a3em 3eralmente sore perLodos astante lon3os de
tempo, ( omportamento aparee de orma ontLnua, di WoodSort;, e n/o
em parelas isoladas de estLmulo?resposta o prolema do impulso aran3e
as atividades de lon3o e de peKueno alane da vida# Fa, sur3ir os
prolemas de neessidades e anseios, deseCos e fnalidades, desde as
ormas mais amplas e evidentes, até Ps mais ompleas e mais sutis#
-alve isso tudo pare.a um tanto aastado da rmula simples do estLmulo?
resposta om a Kual a psiolo3ia dinQmia prinipiou# E, todavia, é uma
parte essenial da tese de WoodSort; Kue as maiores ompleidades do
omportamento ;umano, inluindo os motivos e as fnalidades, tm o seu
lu3ar na adeia normal de ausa e eeito, e prinipalmente Kue se adaptam
ao padr/o estLmulo?resposta#
Ao sustentar sua tese, WoodSort; salienta primeiro Kue a distin./o entre
meanismo e impulso n/o é asoluta# Este ponto é muito importante em
seu sistema# &i3nifa, em primeiro lu3ar, Kue o prprio impulso é um
meanismo, uma resposta do or3anismo vivo# Um impulso n/o é uma deu
e ma;ina, al3o inepliOvel Kue diri3e o or3anismo pelo lado de ora# N/o
é tamém um deus in ma;ina é parte inte3rante do prprio or3anismo# (
impulso pode ser um estado or3Qnio, tal omo a ome, a adi3a ou a
euoria, Kue predispJe o or3anismo para a3ir de erta orma# %ode ser uma
disposi./o neuromusular omo aKuela das eperinias de rea./o
retardada 5 ou, se preerirmos um eemplo tirado da vida esportiva, omo
aKuela do orredor em seu posto, urvado e pronto para partir assim Kue
seCa dado o tiro de pistola# %ode ser tamém uma predisposi./o de uma
espéie muito menos evidente e periéria ? uma ami./o polLtia ou um
interesse pela matemOtia ? a Kual difilmente pode
5 A rea./o retardada uma resposta eita aps um intervalo de tempo ;aver
passado entre a presen.a do estimulo fsio e o iniio da resposta
SI3ttrAl A nan,,#,, #?, ,I###,###,##5 A#,#`### 5###?# 5#
ser mantida por uma postura orporal adeKuada, mas Kue, n/o ostante, é
representada por proessos no or3anismo, entre os Kuais aKueles situados
nos entros nervosos Kue possivelmente desempen;am papel
preponderante# "as, em todos os asos, a prpria atividade é uma resposta
a um estLmulo e um impulso devido P sua un./o ? em virtude de ailitar
al3uns meanismos e iniir outros#
%orém, um meanismo é tamém um impulso# "esmo Kuando n/o se pode
ne3ar Kue seCa um meanismo, Kuando é mais laramente movido por al3o
mais, um meanismo s é relativamente passivo a sua prpria naturea
determina a da resposta# As un;adas de um 3ato, dadas para esapar de
uma aia?prolema, s/o a.Jes determinadas em parte pelos meanismos P
disposi./o do animal ? pela estrutura de seus ossos, mMsulos e sistema
nervoso# "esmo Kue a ome ;umana e a do 3ato ossem eatamente i3uais,
o omportamento do ;omem e dos 3atos seria dierente nas mesmas
irunstQnias, porKue os meanismos do esKueleto, os musulares,
3landulares, nervosos e sensoriais s/o dierentes nas duas espéies# Além
disso, um meanismo pode manter o seu prprio impulso# As rea.Jes da
leitura oram itadas omo meanismos, porém, uma ve adKuiridas,
tendem a entrar em a./o e ei3em epress/o prpria# %odem até servir
omo impulso para outras atividades, tais omo omprar livros, prourar
lu3ares sosse3ados, om oa lu, ou reK[entar ilioteas# WoodSort;
aredita Kue, om ee./o de al3uns re\eos simples, KualKuer meanismo
pode adKuirir o poder de manter o seu prprio impulso, ou pode tornar?se
um impulso para outras atividades# ( ;omem de ne3ios, Kue se sente
ineli Kuando se aposenta, é um eemplo eelente# &uas atividades diOrias
tornaram?se t/o ompletamente uma parte de seu ser Kue ei3em
epress/o prpria#
(s meanismos e impulsos, portanto, s/o asiamente i3uais por serem
respostas de um or3anismo ? um ponto importante ao adaptO?los no
esKuema estLmulo?resposta# Devemos lemrar Kue, mesmo no nLvel do
re\eo, WoodSort; é auteloso om respeito a uma simplifa./o eessiva
da rela./o estLmulo?resposta estO sempre prevenido para n/o deiar o
or3anismo ora de seus Olulos# &eu esKuema n/o é apenas estLmulo?
resposta, mas estLmulo?or3anismo?resposta n/o E?R, mas E?(?R#
A maneira pela Kual o meanismo e o impulso se aCustam a este padr/o
pode ser eemplifada por urna oorrn
<
<
Edna Heidreder
o impulso é a ome, al3o Kue é, em si, uma resposta or3Qnia a um estLmulo
? ou mel;or, a um erto nMmero de estLmulos
? e Kue onstitui uma disposi./o do or3anismo no sentido de um 3rupo
espeLfo de meanismos inluLdos no ato de omer# %orém, esses
meanismos n/o se verifam apenas porKue o impulso oi despertado, ou
porKue o or3anismo tem ome n/o oorrem a menos Kue esteCa presente o
estLmulo para os meanismos espeLfos relaionados om o ato de omer#
(s movimentos de masti3ar e en3olir n/o s/o omumente eitos, a menos
Kue ;aCa alimento na oa# %ortanto, um erto nMmero de rea.Jes
preparatrias deve primeiro ser eito para oloar o or3anismo em presen.a
do estLmulo Kue desperte as rea.Jes Kue ompletam o ato de omer# %orém,
ada uma dessas rea.Jes preparatrias deve tamém se aCustar no
esKuema de estLmulo?resposta# &upon;amos Kue o ;omem aminto vO até a
despensa, e ara armOrios e aias, até enontrar al3o para omer# -odas
essas rea.Jes !o meanismo$ s/o ailitadas pela ome !o impulso$ porém,
o impulso soin;o n/o é reonsOvel por suas atividades espeLfas# 'ada
rea./o preparatria reKuer um estLmulo prprio
? um assoal;o para andar, um ot/o para 3irar, uma porta para arir# (
padr/o de estLmulo?resposta a3e através de toda a atividade# ( prprio
impulso é uma resposta ao estLmulo as rea.Jes preparatrias e de
aaamento s/o respostas aos estLmulos e todas s/o inte3radas numa
unidade det/o
oorrnia omportamento pela a./o
simples apresenta uma permanente
or3ania./o do impulso#elaorada,
altamente "esmo uma
porém, a unidade toda é redutLvel a respostas aos estLmulos#
( esKuema E?(?R é adeKuado, se3undo WoodSort;, mesmo para os asos
mais ompleos de motiva./o# -odos os motivos s/o estados or3Qnios ou
rea.Jes em desenvolvimento e, omo tais, auiliam al3umas rea.Jes e
iniem outras, assim omo aem todas as rea.Jes em urso# &ua inten./o
é mostrar Kue todo o omportamento ;umano, mesmo em suas ormas
mais ompleas e sutis, pode ser epliado em un./o do meanismo e do
impulso#
Ao empreender esta tarea, WoodSort; enrenta diretamente um prolema
Kue a psiolo3ia em seu todo tendeu a
evitar ? o prolema de saer por Kue se a o Kue se a o
prolema dos motivos, das ontes e dos mveis da a./o# A
inia, oserva WoodSort;, tende a aastar?se da per3unta
V%or Ku^V %ois ela desistiu de tentar desrever a naturZa
Mltima das oisas, e a per3unta V%or Ku^V leva sempre a
%sSolo3uis do &éulo
( ponto
Kue mais desafador
os instintos na teoria
s/o as 3randes de "Dou3all
or.as eradaa onduta
propulsoras sua insistnia
;umanaeme
Kue direta ou indiretamente s/o os prinipais impulsores de toda a atividade
;umana, inlusive a inteletual e Kue, somente om o toKue vitaliante dos
instintos, os meanismos ;umanos s/o impelidos P a./o# A ona./o ?
esor.o propositado em dire./o a um oCetivo, e Kue n/o é em si redutLvel a
um meanismo ? é para "Dou3ail a ate3oria undamental em psiolo3ia#
WoodSort; estO de pleno aordo om a onvi./o de "Dou3all de Kue é
neessOrio levar em ontar os impulsos, os anseios, omo a3entes
motivadores no omportamento ;umano# %orém, disorda proundamente
da teoria Kue di ;aver um onCunto espeial de atividades, os instintos, Kue
orneem ori3atoriamente
al3uns pouos o impulso
anseios poderosos paraatoda
ormam asead
onduta
toda a ;umana
atividadee Kue
;umana# WoodSort; ar3umenta Kue n/o eiste uma lasse espeial de
atividades Kue orne.a de modo ori3atrio a or.a motivadora para a
onduta e Kue a distin./o entre o meanismo e o impulso é puramente
unional e Kue KualKuer meanismo !om ee./o de al3uns re\eos
simples$ é apa de tornar?se o impulso para outros meanismos e Kue o
impulso é em si um meanismo Kue, somente em virtude de suas rela.Jes
unionais om outros meanismos, se tornou, por sua ve, seu prprio
impulso# EnKuanto "Dou3all onsidera o instinto omo possuindo uma
Mnia or.a impulsora, WoodSort; aredita Kue os impulsos n/o s/o dotados
de nen;uma or.a peuliar a si prprios, porém s/o meanismos Kue se
distin3uem dos outros uniamente em virtude de suas rela.Jes unionais#
( desaordo de WoodSort; om a teoria de "Dou3all ome.a a sur3ir
Kuando, na Dnami %s;olo3, apresenta a sua rela./o das rea.Jes
;umanas inatas# Neste livro, o seu plano 3eral, aps epor o undamento de
seu sistema, onsiste primeiramente em se utiliar das rea.Jes inatas do
ser ;umano e, ent/o, mostrar omo, aseado em seus reursos imelais, se
desenvolve o resto do omportamento# 'ome.a por enumerar os proessos
mais minuiosos0 a sensiilidade dos reeptores, a ontratClidade dos
mMsulos, os re\eos,
%siolo3ia8 do &éulo
^<9
ertas oordena.Jes de re\eos e un.Jes or3Qnias, tais omo a respira./o
e a di3est/o# %rosse3ue ent/o menionando atividades maiores, tais omo
as emo.Jes e os instintos, e emora a sua rela./o de instintos e a de
"Dou3all n/o oinidam totalmente, n/o ;O um desaordo importante a
esse respeito# "esmo neste aso, entretanto, ;O uma araterLstia 3eral da
lista de WoodSort; Kue é importante# N/o ;O interrup./o em sua
lassifa./o entre rea.Jes minuiosas, omo de3lutir e alar, e os impulsos
poderosos Kue "Dou3all lassifa omo instintos primOrios# Ao ontrOrio,
;O um aumento 3radual, de um etremo a outro da lista, em ompleidade
e no Kue se pode ;amar de amplitude das rea.Jes# %orém, Kuando
WoodSort; inlui Vapaidades inatasV em sua lista, relaiona?as om o
aspeto inteletual da naturea ;umana, e sustenta Kue elas s/o tamém
impulsos P a./o, o seu desaordo, ent/o, om "Dou3all soressai de orma
lara e inonundLvel#
As apaidades inatas si3nifam para WoodSort; VaptidJesV ou VdonsV para
realiar ertas respostas ou para lidar om ertas oisas# Uma pessoa Kue
ten;a dom para a mMsia ou para a matemOtia é espeialmente susetLvel
a ertos tipos de oCetos# WoodSort; onlui Kue estas apaidades s/o
inatas a partir de evidnias tais omo tenderem a oorrer em amLlias, e
rotarem em indivLduos aastados de uma 3era./o ou mais de outros
memros da amLlia Kue possuLam o dom, e Kue ertos indivLduos s/o mais
susetLveis do Kue a massa da ;umanidade ao treinameito de um erto tipo
e desenvolvem maior interesse em tal treinamento do Kue o ;aitual# As
apaidades inatas dierem dos instintos por serem menos desenvolvidas e
menos prontas a serem utiliadas# &eCa Kual or o 3rau em Kue uma pessoa
é dotada para a mMsia ou para a matemOtia, ela n/o naseu om os
meanismos apropriados para uma tima eeu./o em KualKuer uma
dessas atividades# Naseu om uma susetiilidade para erta lasse de
materiais Kue a torna mais rOpida, mais pronta e mais efiente na aKuisi./o
dos meanismos para lidar om estes materiais# (utra alus/o eita por
WoodSort; om respeito Ps apaidades inatas é a de Kue n/o s/o
VauldadesV espeiais, tais omo a perep./o, a ima3ina./o ou raioLnio,
mas sim respostas a ertas oisas ou rela.Jes# Numa pessoa em dotada,
eistem respostas imediatas? a ertas lasses de oCetos ? aos sons
musiais, ou Ps rela.Jes matemOtias, por eemplo# Finalmente, e o Kue é
mais notOvel,
<:
%sioio3ias do &éulo
<<
Edita Heidreder
as apaidades est/o relaionadas om o aspeto inteletual da naturea
;umana mais do Kue om o emoional ou om o onativo est/o, portanto,
ora do ampo dos instintos, omo é desrito por "Dou3all#
+ neste ponto Kue se torna mais \a3rante a dieren.a entre as teorias de
WoodSort; e "Dou3all# As apaidades inatas, uma ve Kue s/o em
3rande parte inteletuais, pertenem ao aspeto da naturea ;umana Kue
"Dou3all onsidera omo impotente Kuando desprovido de instintos, omo
aparel;os Kue fariam paralisados, a menos Kue se l;es inundisse vida
pela sua poderosa or.a impulsora# %orém, WoodSort; onsidera estes dons
ou apaidades omo partiipantes, omo todas as outras rea.Jes inatas,
da or.a motivadora neessOria para entrar em a./o# Esreve ele0
VEste é o ponto prinipal sore o Kual o atual deate se estaelee om
"Dou3all ? de ato, o desaordo neste ponto é o prinipal ar3umento em
todo o seu livro, ( maior oCetivo do livro é, di3amos, tentar mostrar Kue
KualKuer meanismo ? om ee./o talve de al3uns dos mais rudimentares
Kue ormam os re\eos simples ? uma ve despertado, é apa de orneer
seu prprio impulso e tamém de transmiti?lo a outros meanismos a ele
assoiados,
V( prolema é saer se os meanismos para as mil e uma oisas Kue o ser
;umano tem apaidade para aer s/o em si mesmos totalmente passivos,
ei3indo o impulso destes pouos instintos, ou se ada um desses
meanismos pode ser diretamente despertado e prosse3uir a3indo sem o
auLlio da ome, seo, autoonfan.a, uriosidade e tudo o mais#V 5:
WoodSort;
para outras aeita, seme;esitar,
atividades Kue se Kue
podeosoter
prinipais
maior instintos
atividadeorneem impulso
de um suCeito
susitando?l;e a auto? onfan.a, a lideran.a ou a uriosidade# %orém,
afrmar Kue os prinipais instintos podem reor.ar a prOtia de um dom
inato é muito dierente do Kue dier Kue s/o as Mnias ontes de ener3ia
pelas Kuais tais atividades podem ser aionadas# WoodSort; aredita Kue a
or.a impulsora dos instintos n/o pode ser responsOvel por ertos tra.os
marantes Kue a prOtia de um dom apresenta# %or um lado, ela n/o eplia
a espeialia./o t/o evidente no indivLduo em dotado e, tamém, por
eemplo, por Kue o motivo dominante numa rian.a pode ser ativo em erto
setor, di3amos, no dos nMmeros e n/o em outro, omo no da mMsia#
-amém n/o eplia por Kue o motivo dominante permanee inativo ou
pode ser raionaliado para outro setor, se prourarmos ape la
para o rio da rian.a e interessO?la em al3uma atividade Kue nada ten;a a
ver om o seu dom espeial# %or Mltimo, ela n/o eplia a asor./o de uma
pessoa em uma erta atiSdade# WoodSort; atriui 3rande importQnia a
esta araterLstia, pois sua presen.a su3ere ortemente Kue esta atividade
é uma réa./o onlusiva# Além disso, sem a asor./o, sem uma ompleta
aten./o ao assunto em m/os, n/o eiste uma realia./o pereita# =uando
estamos empen;ados ao mOimo em uma realia./o, KualKuer interesse
al;eio, KualKuer onsinia do motivo dominante, ou da ome e do seo,
torna?se uma distra./o# Um matemOtio traal;a mel;or Kuando estO
interessado s pela matemOtia# E, todavia, se os instintos s/o os Mnios
mveis da a./o,
importante, a sua
deveria serinlus/o deveria
neessOria P suaauiliar
prOtia#a rea./o,
%orém, aeopini/o
o Kue éde
mais
WoodSort; é a de Kue a atividade pode prosse3uir por onta prpria e
prosse3ue, realmente, mel;or por si mesma# Uma ve iniiada, a eeu./o
ontinua soin;a# ( motivo n/o é al3o além ou ora da atividade Kue se
realia# + parte inte3rante da prpria atividade#
Esta atitude em rela./o P prOtia da apaidade inata é apenas um aso
espeial da atitude de WoodSort; om respeito P atividade em 3eral# Ele
n/o a;a sempre neessOrio onsiderar impulsos poderosos omo os
instintos, para epliar a atividade de um or3anismo vivo# A rian.a em
alimentada, em desansada, esperneando e 3ritando, a3itando os ra.os,
n/o l;e paree estar so a in\unia de um impulso poderoso paree estar
a3indo porKue eistem estLmulos no meio amiente e em seu prprio orpo
Kue despertam meanismos Kue representam parte de seu eKuipamento e
uma afrma./o idntia se pode aer dos meanismos mais altamente
desenvolvidos, inatos e adKuiridos# De ato, KualKuer meanismo, om
ee./o talve dos re\eos mais simples, uma ve despertado, n/o apenas
ornee o seu prprio impulso omo tamém pode servir de impulso a
outros meanismos ? KuaisKuer Kue seCam, note?se, n/o s aKueles
emoionais ou instintivos# 5< Isto si3nifa Kue a psiolo3ia dinQmia, omo
WoodSort; empre3a essa epress/o, n/o se limita a uma lasse espeial de
atividades psiol3ias, mas inlui toda a psiolo3ia# (s oneitos de
meanismo e impulso se apliam a atividades omo aprendia3em,
memria e assoia?
Este sistema,
oeree é astante
uma sLntese novaevidente, n/o atin3ee um
ou revoluionOria, n/oponto ulminante#
ondu N/o
a uma posi./o
privile3iada de onde os atos da psiolo3ia apare.am so uma perspetiva
nova e imediatamente si3nifativa# %elo ontrOrio, asorto om o traal;o
diOrio na ofina da inia, tenta apenas mostrar Kue um prinLpio
unifador esteve sempre presente na psiolo3ia e sempre tomou parte em
suas realia.Jes# A psiolo3ia dinQmia, n/o prometendo mais Kue as lentas
onKuistas da inia, permanee etremamente despretensiosa e alma#
Nem mesmo se envolve na eita./o Kue se produ Kuando tomamos
partido nas alternativas tradiionalmente opostas em psiolo3ia# (
e;aviorismo e o introspeionismo, a ;ereditariedade e o meio amiente, a
parte
em e o todo,dessas
nen;uma o livreKuestJes,
arLtrio e o sistema
determinismo, o meanismo
apia sem e olado
reservas um vitalismo
em ?
detrimento de outro# WoodSort; tem sido muitas vees ritiado a esse
respeito# %ara muita 3ente, eiste al3o de rano e satisatrio numa
afrma./o Kue suna nitidamente, pr ou ontra uma determinada
proposi./o ? talve porKue redua o aso P epress/o defnida de luta#
%orém, para WoodSort;, a Kuest/o n/o é de luta# N/o se trata de
8
Edna Heidreder
%8iolo3ia8 do &éulo
onse3uir uma vitria, mas sim de empreender uma tarea, e as
alternativas, na orma Kue assumiram através dos tempos, mostraram n/o
ser ompatLveis om este empreendimento# Assumir uma atitude seria
aandonar a tarea e air no irrelevante# E WoodSort; n/o desiste# A reusa
em se deidir é realmente uma onseK[nia ori3atria da empresa a Kue
se propcs e de toda a sua onep./o da psiolo3ia# -omando omo ponto de
partida as atividades onretas, individuais e oservOveis dos or3anismos
vivos, omprometeu?se a onse3uir uma desri./o a mais ompleta possLvel
das opera.Jes desses proessos em un./o de ausa e eeito
? n/o se ape3ando resolutamente P onsinia em ontraste om a
onduta, P ;ereditariedade oposta ao meio amiente, ao vitalismo ontra o
meaniismo, ou a KualKuer outra ;iptese Kue estivesse ora do plano
prinipal de sua pesKuisa# + verdade Kue al3umas das maiores onKuistas
da inia oram otidas através de luta ? pelo apoio a uma ;iptese ontra
toda espéie de oposi./o, até Kue osse provado estar, total ou
parialmente, erta ou errada# %orém, esta é s uma das maneiras pela Kual
a inia é em suedida# Al3umas vees otém suas vitrias por meio de
traal;adores Kue est/o t/o interessados em ertos prolemas de uma
erta lasse de atos Kue, de propsito, adiam ou despream temporaria ?
mente o eame das implia.Jes mais remotas e de maior alane daKueles
prolemas#
De ato, em se3ue
WoodSort; seu interesse
o métodopelos
Kueproessos espeLfos aKue
sempre arateriou estO estudando,
inia em
onronto om a metaLsia# "ais do Kue se pensa, as alternativas
lo3iamente opostas Kue se onrontaram através dos séulos, atraem a
aten./o da ;unianidade seCa direta ou indiretamente, através das
implia.Jes metaLsias Kue as eram# %orém, seCa Kual or o pro3resso Kue
a inia ten;P realiado, provém de ;aver delieradamente aastado sua
aten./o dos prolemas metaLsios# %or esse motivo, a psiolo3ia,
espeialmente por ser uma inia nova, Kue até ;O pouo aia parte da
flosofa, estO prevenida ontra a metaLsia a tal ponto, de ato, Kue um
sistema de psiolo3ia pode adotar, delieradamente ou n/o, uma metaLsia
para Custifar o seu aandono dos prolemas Kue onsidera metaLsios#
%orém, WoodSort; pressupJe Kue uni ientista tem = direito, omo tal, de
se3uir os seus prolemas até onde eles o onduam no mundo da
eperinia, sem oereer uma Custifa./o metaLsia para a sua prOtia# A
esse respeito, sua psiolo3ia mostra ser mais in 89
dependente da domina./o metaLsia do Kue aKueles sistemas Kue
prolamam mais intensamente a sua lierdade#
%rovavelmente, esta atitude, este interesse pelos detal;es onretos de
uma nova inia, tamém ontriui para uma outra araterLstia da
psiolo3ia de WoodSort;# &eu sistema nada tem de ;ermétio# + uma
psiolo3ia Kue, mais do Kue a maioria das outras, reon;ee a imperei./o e
o arOter eperimental da inia, e n/o impJe nen;uma simpliidade,
;armonia prematura ou fnalidade aos seus diversos atos#
'onseK[entemente, n/o é um sistema Kue se destaa om ontornos
nLtidos# + um sistema, realmente, no Kual ;O sempre o peri3o de n/o ver o
todo devido Ps partes de ato, a aten./o é reK[entemente atraLda para
ertas partes ou mesmo para determinados onCuntos de partes# +,
portanto, Oil perder de vista as ontriui.Jes espeLfas do autor#
WoodSort; aredita piamente Kue eiste uma inia psiol3ia
independente de KualKuer sistema partiular, um orpo de on;eimentos
raoavelmente em estaeleidos e aeitos pelos psilo3os em 3eral, e
este é o oCeto de seu interesse# HO, portanto, uma intera./o muito Lntima
entre o seu prprio pensamento e o da psiolo3ia em 3eral# ( resultado é
Kue as suas ontriui.Jes e mesmo os seus traal;os est/o entrela.ados
om o onteto da psiolo3ia ormando um todo n/o f3uram omo al3o P
parte#
Naturalmente, um sistema omo esse n/o serve omo ponto de
onentra./o, seCa para ataKue ou deesa# ( seu arOter re\ete a
possiilidade de pro3resso da inia, n/o por revolta mas por resimento,
n/o por orre./o drOstia mas por aMmulo 3radual de on;eimentos e o
apareimento de novos prinLpios e pontos de vista# Entre os muitos
sistemas em luta na psiolo3ia de ;oCe, este arOter tem tamém o seu
lu3ar# %ois a inia a;a?se muitas vees levada por lin;as onver3entes de
evidnia, n/o para os etremos de uma alternativa em defnida, mas
rumo a uma posi./o, n/o neessariamente entre as duas, da Kual peree
Kue amas tm a sua parte de verdade#
BIB)I(*RAFIA
'atteli, 2# "#, V-;e 'oneptions and "et;ods o %s;olo3V, %op# &i#
"on#, 56_, ::, 5<:?58:#
? ?# alunos de, V-;e %s;olo3ial Resear;es o 2ames "een 'attellV,
Ar;# %s;ol#, 565, N# 7_#
Hunter, W# &#, V-;e Delaed Reation in Animais and ';ildrenV, Animal
BeluS# "ono3#, , 5657, 5?8:#
8 Edna Heidreie
"Dou3all, W#, Introdution to &oial %siC;olo3 !)ondres, "et;ue
and 'o#, 56_8$# !Eiste edi./o em espan;ol0 IntroduiOn a
psiolo3ia soial, Buenos Alres, %aids, 5#a ed# 568 # ed# 5698
7 d# 56:5$#
&pearman, '#, -;e Nature o Inteili3ene and t;e %rinipies o 'o3
nition !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#, 56,7$#
? ?, -;e Ai#hities o "an0 -;eir Nature and "easurement !Nov lorKue, -;e
"amillan 'on#, 56<$# !Eiste edi./o em espan;ol )as ;ailidades dei
;omre# &u naturalea su mediin, Bueno Aires, %aids, 5699$#
-;orndi]e, E# )#, VAnimal Inteli3eneV, %s;ol# Rev#, 5:68, , "on
&upp# No# , 5?5_6#
? ?, Animal Intelii3ene0 Eperimenta$ &tudies, inluindo o monO 3rao,
VAnimal Inteili3eneV !Nova lorKue, -;e "amillan 'o#
5655$#
:
A %&I'()(*IA DA *E&-A)-0 WER-HEI"ER,
H)ER, (FFA
Wert;eimer !588_?567$ J;ler !588<?566$ ob]a !588:?565$#
&e duas lin;as, n/o muito aastadas uma da outra, s/o epostas de orma
instantQnea e suessiva a uma erta veloidade tima, o oservador n/o
verO duas lin;as, mas apenas uma s movendo?se da posi./o da primeira
para a da se3unda# N/o ;O movimento nem ontinuidade no oCeto eterno
as duas lin;as s/o estOtias e est/o separadas no tempo e no espa.o# ( Kue
o oservador v, entretanto, é sem dMvida um movimento ? e mais ainda,
um movimento notoriamente presente e n/o apenas deduido Ps vees t/o
imediato e real omo KualKuer oisa pereida diretamente pelos sentidos#
eperimental
interesse dos da esola da
psilo3os *sta5t, teve in\unia
norte?amerianos# notria
Realmente, no despertar
é em o
3rande parte
devido a J;ler e a ob]a Kue eiste o atual interesse por este movimento
nos Estados Unidos# Amos leionaram naKuele paLs e ob]a estO
atualmente realiando pesKuisas no &mit; 'olle3e# (s trs livros mais lidos
rios Estados Unidos sore este assunto s/o -;e *rout; o t;e "md, !le
ob]a, e -;e "entalit o Apes e *estalt lse;olo3, de i;ler, sendo este
Mltimo uma eposi./o 3eral destinada ao lei3o, em omo ao psilo3o
profssional#
N# da Editora0 A essa eapaidade de penetrar a essnia de um prolema, de
ompreender, de repente, uma situa./o deu?se o nome de Vinsi3;tV palavra
Kue tem sido usada so esta orma em nossa lin3ua
7 W# O;ler, Die p;sss;en *estaltsn in Ru;e und it station!res &us tand,
56_#
# ob]a, V%ereption0 an Introdution to t;e !2estalt?t]eorieV,
%stC;oio3iaC Builetin !56$, 56, 975?989#
Naturalmente, os prolemas Kue deram ori3em P esola da *estult n/o
;aviam passado ompletamente despereidos aos anti3os psilo3os#
-ornou?se realmente moda desorir anteipa.Jes da psiolo3ia da *estalt
na ora dos anti3os autores ? omo tamém anteipa.Jes do e;aviorismo#
da psianOlise e de tudo o mais# N/o é de todo surpreendente Kue tais
anteipa.Jes ten;am oorrido, e Kue os prolemas tratados diretamente
por uma determinada esola ten;am atraLdo a aten./o, emora Ps vees de
modo va3o e superfial, de outros espeialistas no mesmo assunto# As
anteipa.Jes, de erto modo, evideniam a autentiidade do prprio
prolema, mostrando Kue nele ;avia al3o realmente# Além disso, ao lado de
seu si3nifado so este ponto de vista, as anteipa.Jes de um oneito
muitas vees o ampliam P lu das semel;an.as e ontrastes# Isto é
espeialmente verdadeiio em rela./o a duas das anteipa.Jes da
psiolo3ia da *estalt#
Uma delas se onentrou na Kuest/o da VKualidade da ormaV ou *estaltKu!
lit t# prolema Kue despertou onsiderOvel aten./o ria se3unda metade da
déada de 586_ e ;e3ou a provoar o resimento de uma esola de
psiolo3ia, a de *ra# A idéia da Kualidade da orma realmente remonta a
589, menionada Kue oi no livro -;e Aralsi#s o &unsation, de Ernst
"a;# A sua prinipal tese era a de Kue a sensa./o onstitui a ase de toda
a inia, tanto Lsia omo psiol3ia mas, no aso em Kuest/o, o ponto
si3nifativo de seus ensinamentos é o Kue admitiu sensa.Jes de espa.o
?orm e senso .ies de tempo?orma# Isto é, "a; inluiu, entre as sensa.Jes,
padrJes espaiais, tais omo f3uras 3eométrias, e padrJes de tempo,
omo melodias, Kue s/o independentes, Kuanto P orma, de KualKuer das
Kualidades senso? riais partiulares, omo a or e a intensidade, nas Kuais
elas apareem# Esta idéia oi desenvolvida por von E;renels, Kue em 586_
l;e deu a ormula./o pela Kual é mais lar3amente on;eida# @on E;renels
deiou laro Kue eistem Kualidades na eperinia n/o epliadas pelas
propriedades das sensa.Jes 3eralmente aeitas# ';amou as mesmas de !
!tZtK5Stit/ten ou Kualidades da orma# ( eemplo lOssio é o da melodia,
uma orma temporal ou padr/o Kue é independente dos elementos
partiulares de sensa./o dos Kuais se ompJe# Em outras palavras, uma
melodia pode ser toada em laves dierentes, em instrumentos Kue
dierem em timre, om diversas intensidades de som, e ontinua a ser a
mesma melodia, pereitamente reon;eLvel através de
6
Edna Hedreder
todas as mudan.as# A melodia é, portanto, VtransponLvelV0
é independente das sensa.Jes prprias nas Kuais oorre pode sur3ir em um
outro onCunto no Kual nen;um elemento do primeiro esteCa presente# (
mesmo é verdade Kuanto ao padr/o espaial# Um triQn3ulo, assim omo
urna melodia, tamém pode ser VtranspostoV# As lin;as de Kue é ormado
podem ser urtas ou lon3as podem ser pretas, vermel;as ou auis e
ontudo, a f3ura ontinua sendo um triQn3ulo# ( prolema da orma é
assim defnitivamente apresentado# A orma indisutivelmente é# porém, mo
estO em nen;um dos elementos da sensa./o# %ara vou E;renels e para a
esola de *ra, Kue adotou o prolema, isto si3nifava Kue a orma é em si
mesma um elemento, mas um elemento Kue n/o é uma sensa./o# + um
novo elemento riado pelo inteleto atuando nos elementos sensoriais#
Estes s/o indispensOveis# A partir dos mesmos, o inteleto ria a orma# %ara
a esola de *ra, portanto, a orma era um \(vo eiemeiito, ormado na
ase das sensa.Jes, uma ria./o por ato do inteleto# (s psilo3os Kue
adotaram esta idéia resolveram o prolema sem reCeitar elementos, mas
aresentando um novo, derivado de orma dierente# Dieriam dos
Suridtiat?ios n/o por ne3ar os elementos, mas pelo arésimo de elementos
Kue os Sundtianos n/o inluLam, e Kue eram 3erados pelos atos mentais
Kue eles n/o admitiam#
(utra anteipa./o da psiolo3ia da *estolt deu?se om o %rotesto de
William ,2ames ontra o elen5entarismo# N/o é preiso repisar o ato de Kue
2ames onsiderava os elementos dos assoiaionistas omo astra.Jes
artifiais, e Kue na sua insistnia de Kue a '(\&inia é um \uo, n/o
urna seK[nia ou um mosaio, salientava n/o somente a ontinuidade da
eperinia, omo tamém o ato de Kue a ontinuidade é priniaial# %ara
2ames, as distin.Jes s/o seundOrias# As VoisasV s/o deslindadas, para fns
pariais e prOtios, do \uo da eperinia, Kue é iniialmente Vuma 3rande,
euerante e arul;enta onus/oV# A onep./o de 2ames é assim muito
dierente daKuela de von E;renels# Este ome.ava om elementos e
terminava om novos elementos 2ames prinipiava om ontinuidade e
terminava om oCetos retirados de seu onteto pelas neessidades
prOtias e fnalidades da vida#
A psiolo3ia da *estalt disorda enatiamente dessas duas interpreta.Jes#
E tamém da esola de *ra porKue é inteiramente oposta ao
elementarismo# Emora pereitamente de aordo om o ar3umento de Kue
a orma é essenial?
%siolo3ia8 do &éulo
67
mente dierente dos elementos sensoriais 3eralmente aeitos, de Kue é
transponLvel, e Kue n/o pode ser reduida aos prprios elementos, a
psiolo3ia da *estalt n/o soluiona o prolema pelo arésimo de novos
elementos# Disorda de 2ames em sua ren.a de Kue as oisas, oCetos,
unidades de toda espéie, s/o riadas por terem sido arranadas de seu
onteto# Aredita em totalidades, mas em totalidades se3re3aa s ? Kue
s/o assim desde o inLio# =uando ol;amos para o mundo, diem os
3estaltistas, vemos oCetos defnidos, tais omo Orvores e pedras, Kue s/o
pereidos t/o distinta e rapidamente de seus arredores, Kuanto a or verde
é vista dierente da inenta#
%orém, estas dieren.as de opini/o s/o apenas oasionais# + a psiolo3ia
eperimental do tipo Sundtiano Kue os 3estaltistas onsideram a sua maior
inimi3a, e oi om reernia a esta Kue se tornaram lo3o independentes e
estaeleeram o seu pro3rama# @iam na Vteoria do si3nifadoV daKuela
esola um timo eemplo de seus vLios, e omo resultado, uma das
mel;ores maneiras de ompreender o ponto de vista dos 3estaltistas é
eaminar as oCe.Jes Kue eles apresentam ontra aKuela teoria#
( aso da persistnia da orma na perep./o servirO para fns de eemplo,
t/o em omo KualKuer outro# 'omo todos saem, uma pessoa sentada a
uma mesa retan3ular v a parte de ima desta realmente retan3ular, da
mesma maneira Kuj a v Kuando estO de pé ao seu lado, ou ol;ando para a
mesma de erta distQnia# %orém, em nen;um desses eemplos, a ima3em
na retina é em si mesma um retQn3ulo# %ode ser demonstrado em
laoratrio Kue a ima3em na retina é, em ada um desses asos, um
KuadrilOtero irre3ular, e Kue varia de ormato onorme a posi./o dos ol;os
em rela./o P mesa# A psiolo3ia, ent/o, tem Kue responder P per3unta0
De Kue modo a perep./o real se relaiona om uma ima3em retinal t/o
dierente de si mesma^
De aordo om a teoria do si3nifado, a essnia do Kue é pereido é a
massa de sensa./o orrespondente eatamente a este KuadrilOtero
irre3ular de pontos da retina, inluLdo na ima3em proCetada ponto por ponto
na mesma, pelo oCeto# %orém, a superLie da mesa n/o é realmente vista
omo um KuadrilOtero irre3ular porKue tais sensa.Jes visuais oram
assoiadas repetidas vees om outras eperinias porKue a pessoa
aprendeu, através de inontOveis aonteimentos do mesmo tipo, Kue os
oCetos daKuele ormato aparente, oloados na mesma rela./o om os
ol;os, s/o de
6
Edna Hedreder %siolouius do &éulo
69
ato retan3ulares# (s movimentos dos ol;os, as impressJes tOteis, os
movimentos 3erais do orpo, e entenas de outros aonteimentos tamém
ontriuLram# Uma eperinia aps outra oi aumulada, até Kue os itens
isolados se tornaram t/o intimamente interli3ados e, dessa orma,
imediatamente assoiados om um estLmulo sensorial espeLfo, Kue todo o
onCunto é atin3ido Kuando o ponto entral da sensa./o é despertado#
-odavia, tudo se resume em elementos e assoia.Jes# ( entro de sensa./o
adKuiriu um onteto elaorado esse onteto é si3nifado e este
arateria o Kue é pereido#
-udo isso, de aordo om os 3estaltistas, é um eelente eemplo do Kue a
perep./o n/o é# A sua primeira oCe./o é diri3ida ontra a doutrina do
elementarismo# A psiolo3ia da *estatt assume uma posi./o ineKuLvoa
ontra a idéia de Kue os elementos, omo eistem na realidade, seCam o
material Kue orma uma perep./o ou outra KualKuer eperinia
psiol3ia# Ne3a positivamente Kue os elementos reunidos, misturados,
undidos, ou assoiados de KualKuer maneira, produam as perep.Jes Kue
realmente vemos# Um nMleo de sensa.Jes, ormando o entro de uma
multid/o de ima3ens ou de KuaisKuer outros proessos elementares,
simplesmente n/o é o Kue pereemos de imediato# Wert;eimer empre3ou
o termo V;iptese de li3a./oV para arateriar a teoria se3undo a Kual a
eperinia é uma omposi./o de elementos e os 3estaltistas diri3iram
3rande parte de sua rLtia, prinipalmente nas primeiras ases da sua luta,
ontra esta onep./o# (s elementos, tm eles afrmado amiMde, eistem
somente omo resultadoa da anOlise# Em lu3ar de sur3irem de imediato
omo material primitivo Kue onstitui a eperinia, s/o enontrados
somente aps uma re\e/o ompleta e omo resultado do Kue é
reon;eidamente uma atitude espeial, ou seCa, a do introspeionista
treinado# Um eame direto da eperinia n/o revela nen;um elemento ?
se3undo J;ler, Voisas diminutas loais Kue nin3uém Camais viuV# Além
disso, o oneito de elementos é disutLvel porKue n/o nos deia ver aKuilo
Kue realmente eiste# Fiamos t/o onentrados em reduir a perep./o a
seus elementos, Kue a alteramos, a destruLmos, e privamos de sua
inte3ridade e sin3ularidade, na tentativa de a?la ;armoniar?se om um
plano preoneido# ( elementarismo n/o nos dO apenas uma vis/o alsa
ele se interpJe em nossa oserva./o direta daKuilo Kue realmente vemos#
Um se3undo protesto, realmente CO suentendido no primeiro, diri3ido
ontra o assoiaionismo# (s elos de one/o, assim omo os prprios
elementos, s/o irreais# (s Vla.osV s/o mantidos por simples liames verais,
por meras Ve?oneJesV, para usar outra epress/o de X@ert;eimer# ( erro
dos elementos tem omo onseK[nia neessOria o erro das assoia.Jes#
&e a eperinia é dividida em partes artifiais, al3um meio artifial deve
ser oneido para CuntO ?la novamente, e o resultado s/o os elos de
assoia./o# 'om a ne3a./o dos elementos e da assoia./o, a teoria do
si3ni iado é naturalmente reCeitada ou mel;or, Kuando despoCada de seu
onteMdo, os elementos e as oneJes, ela entra inevitavelmente em
olapso#
Uma ve Kue os elementos e assoia.Jes e a ;iptese de li3a.Jes oram
reCeitados, n/o é de admirar Kue os 3estaltistas esteCam em alertas ontra
os peri3os da anOlise# ( inteleto, atuando sore a nossa eperinia, pode
separO?la em partes porém, daL n/o se onlui Kue a eperinia ten;a
realmente se ormado das partes nas Kuais oi dividida# %elo ontrOrio, os
3estaltistas insistem Kue o resultado da anOlise n/o é inteiramente o
mesmo Kue o da eperinia iniial# A anOlise altera os dados Kue destaa
para eaminar destri a prpria oisa Kue a inia tem por un./o epliar#
( arOter 3loal e a sua sin3ularidade perdem?se na dissea./o, assim
omo um mMsulo deia de o ser, Kuando é ortado em peda.os para ser
estudado no mirospio# E mesmo se um mMsulo or dividido menos
artifialmente, se or disseado em partes reais e naturais, em suas fras
musulares Kue podem ser vistas omo partes reais da estrutura, ele deia
de ser mMsulo# Nin3uém tentaria epliar o Kue é um mMsulo diendo Kue
provém da soma de tais partes, artifiais ou naturais, reunidas omo
estavam antes# Entretanto, oisa muito pareida om tal tentativa é eita
por uma psiolo3ia Kue eplia o seu material omo sendo realmente
omposto de elementos nos Kuais possa ser dividido#
Um Kuarto protesto mal pode ser eito P parte dos outros, porKue os apia e
inlui# + o ataKue eito P V;iptese de persistniaV# 'onorme a esola
3estaltista, esta ;iptese se diunde no pensamento psiol3io sem ser
defnidamente admitida# &upJe uma loalia./o estrita no estLmulo
sensorial, uma rela./o ponto por ponto entre o estLmulo periério e a
eperinia imediata# EnKuanto ;ouver uma orrespondnia entre os dois,
supJe?se Kue nada eiste para ser epliado e Kuando sur3e uma
dieren.a, arranCa?se uma
6:
Edna Heiireder
eplida./o Kue mantém a orrespondnia por meio de al3um liame
medidor#
No livro *estait %s;olo3# o;ler epJe, om o mOimo uidado, a
;iptese de persistnia# -/o deliadamente omo um irur3i/o sondando
um erimento 3rave, ele dissea o teido do pensamento, onde Ca
mer3ul;ada a ;iptese de persistnia# Novamente a mesa retan3ular pode
ser usada omo eemplo# Este oCeto, omo oi dito muitas vees,
3eralmente paree retan3ular e, todavia, é em possLvel ver a superLie da
mesa omo o KuadrilOtero irre3ular desrito pelo introspeionista# =ual
dessas é a eperinia sensorial real ou verdadeira^ Naturalmente amas
s/o reais no sentido de Kue as duas se verifam na eperinia#
'ertamente é possLvel ver a mesa tanto omo o senso omum a v, Kuanto
so a orma em Kue o introspeionista treinado a oserva# %orém, Kual
delas é a mais real^ =ual é a verdadeira eperinia psiol3ia^ A per3unta
Kuase l$(de ser eita assim0 =ual é a real e Kual a ilusria^
De aordo om o introspeionCsta treinado, a verdadeira eperinia
sensorial é aKuela P Kual ele ;e3a por meio de sua atitude espeial0 o
nMleo da sensa./o ao Kual aderem as ontriui.Jes seundOrias do
si3nifado# "as é erto, salieiita J;ler, Kue do ponto de vista do senso
omum, eatamente essas eperinias é Kue s/o eepionais# @emos a
mesa omo sendo retan3ular, pratiamente mil;ares de vees para ada
ve Kue a vemos omo KuadrilOtero irre3ular, e essas mil;ares de
eperinias s/o as Kue realmente usamos Kuando nos reerimos Ps mesas#
Além disso, a mesa do introspeionista tem valor seundOrio, porKue é
derivada da perep./o Kue oorre imediata e espontanearnente,
provenieiite do tipo de eperinia Kue tanto o senso omum Kuanto a
inia devem tomar omo ponto de partida# Isso n/o Kuer dier Kue o
senso omum a.a oCe./o P teoria do si3nifado# %elo ontrOrio, ele a
aeita imediatamente omo inteiramente raoOvel# ';e3a mesmo a
menionO?la Kuando depara om os atos# ( senso omum n/o se
surpreende em asoluto om o aspeto Kue a eplia./o tomou apenas fa
surpreso de Kue ;aCa t/o 3rande dieren.a entre a eperinia diOria Kue
on;ee t/o em e o arOter do VverdadeiroV estLmulo sensorial Kue
+ evidente,Kue
protestos, entretanto, onsiderando
a psiolo3ia da *estuitesta
n/o simples enumera./o
sur3e om dede retid/o
a aparnia
evidente, prOtia e de senso omum Kue deu ao e;aviorismo muito de sua
popularidade# ( ;omem omum ompreende imediatamente o Kue si3nifa
enarar o ser ;umano omo se osse mOKuina, e o Kue si3nifa transormO?
lo em mOKuina mel;or por meio de mel;or aCuste de suas pe.as# %reisa
somente utiliar os ;Oitos de pensar CO em seu poder, aps reCeitar aKueles
Kue lidam om a onsinia mas a psiolo3ia da *estait n/o pode reorrer
a medidas assim t/o simples# Emora ;amando a psiolo3ia de volta Ps
eperinias omuns, Ps laras oserva.Jes da vida diOria, ome.a
imediatamente a pesKuisar por Kue aKuela eperinia tem essa orma, e
assim se aasta do plano do senso omum em sua tentativa de ompreend?
lo e epliO?lo#
ome.am + verdade
a estudar Kue omo
o mundo os e;avioristas em omo os
aparee P oserva./o 3estaltistas
omum, e n/o
omo sur3e para o introspeionista treinado# Amos aem a psiolo3ia
passar do nLvel amiliar do senso omum para o mundo da perep./o
omum# A dieren.a estO em Kue a psiolo3ia da *estalt ome.a a eaminar
e a epliO?lo, e o e;aviorismo a maneCO?lo e a a3ir sore o mesmo# Em
onseK[nia, a psiolo3ia da *estait tem maior proailidade do Kue o
e;aviorismo de mer3ul;ar o leitor dentro dos detal;es ténios ora do
omum de um prolema de laoratrio ? e Kue s/o deson;eidos, deve?se
oservar, pois o e;aviorismo tamém possui suas araterLstias ténias
e é t/o insistente Kuanto a psiolo3ia da *estalt na Kuest/o da pesKuisa de
laoratrio# (s 3estaltistas, por eemplo, est/o interessadLssimos em
prolemas de perep./o, e se eiste KualKuer oisa Kue uma pessoa
mediana aeita omo verdadeira s/o os oCetos Kue se vem e os sons Kue
se ouvem# ( prolema de omo e por Kue essas oisas orriKueiras sur3em
desta orma s/o, para o ;omem omum, oisas onusas e tolas# + erto
Kue os proessos do e;aviorista pareem mais prOtios e mais inteli3Lveis#
"esmo Kuando lida om prolemas de perep./o, o e;aviorista a3e de
uma orma Kue de imediato se reomenda ao senso omum# &e deseCa
saer por Kuais r3/os dos sentidos !ou
68
66
sol
8__ Edna Heidreder
reeptores$ um rato enontra o seu amin;o através de um lairinto, ele
priva os ratos de seus reeptores, 3rupo por 3rupo, e em vOrias
omina.Jes, e oserva em ada aso omo oi aetada a sua atividade# &e
deseCa saer se uma erta parte do érero é utiliada para ver, remove ou
dimi\ui aKuela parte e verifa o Kue aontee# N/o se oupa, omo o
3estaltista, om as ases sutis da perep./o ;umana em ondi.Jes
li3eiramente variadas Kue, para o ;omem prOtio, pareem n/o aer
nen;uma dieren.a no mundo# Além disso, a psiolo3ia da *estalt tem uma
onsinia da epistemolo3ia Kue o e;aviorismo a;a uma virtude n/o
possuir# ( e;aviorismo resolve seus prolemas epistemol3ios
introduindo?se neles rutalmente e assumindo o realismo do snso omum#
A psiolo3ia da *estalt, porém, esol;e o seu amin;o delieradamente
através dos lairintos da epistemolo3ia, epliando os motivos da sua é#
Dispensa 3rande uidado ao estaeleer seu direito P sua posi./o ou
mel;or, ao mostrar Kue, do ponto de vista da epistemolo3ia, sua posi./o
n/o é inerior P das inias Lsias# Finalmente, o ato de a psiolo3ia da
*estait pedir ao leitor para aandonar o seu anti3o ;Oito de pensar em
un./o de uma parte li3ada P outra, deia?o om a sensa./o de espanto Kue
naturalmente aompan;a a mudan.a de anti3as maneiras de aer as
oisas# A este respeito, prinipalmente, a psiolo3ia da *estalt ei3e uma
mudan.a Kue é om ertea mais undamental e Lntima do Kue KualKuer
oisa su3erida pelo e;aviorismo# Ei3e uma altera./o nos modos de
pereer e oneer# ( radialismo do e;aviorismo é prinipalmente
prOtio e moral, porém, a vis/o da *estalt ei3e um reaCuste inteletual# E
ei3indo, omo a, uma mudan.a nos modos ;aituais de pensar, a
psiolo3ia da *estalt aree da inteli3iilidade imediata de uma onep./o
Kue ei3e apenas um novo e notOvel reaCuste dos anti3os modos de pensar#
=uando os 3estaltistas apresentam o aspeto positivo de sua ;iptese,
novamente reorrem P eperinia imediata, ao mundo omo é visto na
perep./o omum#
=uem
no Kuervisual
ampo Kue ol;e para onMmero
um erto mundode
aooCetos,
seu redor, diem
talve os 3estaltistas,
mesas, adeiras, verO
Canelas e portas, ou Kuem sae Orvores, pedras, O3ua e nuvens# %orém, em
todos os
9 + interessante oservar Kue, na Aleman;a, a psiolo3ia da *estatt tem
sIdo muitas vees ritiada por sua alta de ompleidade eplsteinol3la, e
nos Estados Unidos por um interesse demasiado proundo pelos prolemas
epistemol3ios#
%siolo3ia8 do &éulo
asos
é a KueverO
ele oCetos, e ;O duasde
n/o v onCuntos implia.Jes
sensa.Jes,para
maseste
sim simples ato#unifadas#
totalidades A primeira
A se3unda, é a Kue as totalidades s/o isoladas e separadas de um undo#
N/o s/o somente totalidades, mas totalidades separadas#
(s mesmos atos podem ser demonstrados em termos ainda mais simples,
onde as unidades n/o s/o oCetos no sentido em Kue a palavra é
omumente utiliada# : Um eemplo disto é a disposi./o das lin;as na
f3ura 5#
FI*URA 5
Neste aso, o oservador, espontaneal\e\te e sem su3est/o, v as lin;as
em 3rupos de dois porém, seCa o a3rupamento determinado por
proimidade espaial ou pela propriedade de inluir espa.o, n/o pode ser
determinado por este aso isolado# N/o ;O dMvida, entretanto, de Kue a
tendnia para ormar 3rupos, e Custamente esses 3rupos, é muito orte# &e
o oservador tentar ormar outros 3rupos, verifa Ku/o orte é a tendnia
Kue a3e ontra ele# + muito Oi5 ormar
55
55
55
5
liii
III
5555
5
FI*URA
: (s desen;os se3uintes oram adaptados de f3uras usadas no livro de
WerUielmer, untersu;un3en ur )ere von der *estalt, %s,C](l(3t&']e
Fora;i:\3 !567$, , 7_5?79_ e tamém usados por ;ler em 9ome -as]s
o *estalt %s\olo3V, %s]olo3iei o 567_, 57?5:_# ( deate no teto,
emora aseado em desri.ces de Wert;eimer e d;ler, n/o pretende ser
uma reprodU./( resumida de suas ep(&l'e&# Foi modifado para se
adaptar Ps fnalidades da presente ora#
7_
Edna HeCdreder
um Mnio par om as lin;as mais aastadas, porém, muita 3ente a;a
impossLvel ver realmente este a3rupamento sore todo o ampo visual#
%ode ser ailmente demonstrado Kue ada a3rupamento estO intimamente
relaionado om a perep./o das totalidades e dos oCetos# &e orem
aresentadas outras lin;as, omo na f3ura , o encmeno do a3rupamento
torna?se mais pronuniado# (s 3rupos ressaltam mais distintamente omo
unidades# &e os espa.os orem assim ompletamente ;eios om lin;as, de
maneira a termos uma ima3em ontLnua, omo na f3ura 7, n/o ;O dMvida
de Kue as unidades ;eias s/o unidades e se os retQn3ulos Kue elas
ormam orem proCetados para a rente de modo a ormarem slidos,
tornam?se imediatamente oCetos no sentido omum da palavra#
FI*URA 7
5
%s)rnioCias do &u5o
7_7
sas rea.Jes, mas é t/o intensa Kue Kuando a irunstQnia eterna n/o estO
inteiramente VormadaV, a rea./o psiol3ia tende a ompletO?la# A
Vompleta./oV é um aso partiular da Vlei da pre3nQniaV, de aordo om a
Kual a eperinia, Kuer seCa espaial ou temporal, e seCa Kual or a re3i/o
sensitiva, tende a assumir a mel;or orma possLvel, de modo Kue as ormas
tendem a se tornar mais eatas e mais em defnidas ? a tornarem?se o Kue
elas s/o, de modo mais ompleto e tLpio#
A f3ura eemplifa
totalidades n/o é uma tamém umum
Kuest/o de outro ato#
Mnio "ostrade
onCunto Kue a orma./o
atores# Neste de
aso,
inluem?se tanto a proimidade espaial omo a propriedade de ompletar o
espa.o# %ara muitos, a tendnia para ormar espa.os e;ados é maior
nesta irunstQnia do Kue a de proimidade espaial# Entretanto, o ato de
ser possLvel ver trs 3rupos de f3uras omo a se3uinte 5 w, mostra Kue esta
tendnia n/o é invariavelmente dominante# A f3ura 9 mostra uma
disposi./o onde mais outro ator determina o a3rupamento# Neste aso,
nem a proimidade espaial ou o espa.o e;ado s/o deisivos os 3rupos
s/o determinados pela semel;an.a Kualitativa de seus elementos#
%orém, supondo?se Kue a f3ura 5 seCa alterada n/o pelo en;imento dos
-alve pare.a or.ado etrair tanta teoria sore al3umas lin;as e f3uras#
%orém, a psiolo3ia da *estat, deve ser lemrado, estO sempre prevenida
ontra a teoria do si3nifado, e ao usar eemplos t/o laros Kuanto
possLvel, estO evitando a rLtia de Kue seu material apresenta as
araterLstias Kue tem porKue o si3nifado l;e deu previamente essas
araterLstias# (s oCetos omuns da vida est/o repletos de si3nifado, o
Kue n/o aontee om os espa.os e lin;as
%sSolo3ias io &éulo
7_9
simples# Além disso, os 3estaltistas, tendo apresentado seus prinLpios
neste meio sem sentido, n/o tm difuldade em mostrar Kue os mesmos
prinLpios aem parte da eperinia diOria#
=ualKuer oCeto é um todo isolado# N/o é uma reuni/o de partes, e tamém
n/o é uma por./o indistinta de uma ontinuidade n/o dieren.ada é uma
unidade separada e imediatamente sentida omo tal# =ualKuer oCeto om
a sua ase demonstra f3ura e undo e, em al3uns asos, as dieren.as
tLpias entre f3ura e undo s/o espeialmente \a3rantes# J;ler salienta
Kue o éu visLvel entre os ediLios de uma rua n/o é 3eralmente visto omo
VormadoV# -odavia, om os ontornos defnidos Kue o eram, o éu poderia
muito em ormar uma Vf3uraV 3eométria, emora, psiolo3iamente,
raramente o a.a# *eralmente, os ediLios s/o vistos omo ormas, e o éu
omo undo# Um mapa marLtimo, tamém, mostra a importQnia da f3ura e
undo# "uita 3ente, ao ol;ar pela primeira ve tal mapa do mar
"editerrQneo, n/o o reon;ee omo tal# ( ontorno é, naturalmente,
eatamente o mesmo do apresentado num mapa terrestre mas n/o é
reon;eido porKue, no mapa marLtimo, o mar é apresentado omo a orma,
e n/o apenas omo undo, omo nos mapas terrestres omuns da Orea
mediterrQnea# Neste aso, a invers/o da f3ura e undo altera tanto a
perep./o Kue um ontorno ;aitual n/o é reon;eido# (s psilo3os da
*estait est/o tamém interessados nos asos de ormas emutidas, tais
omo as Kue se enontram nos Kuadros de Kuera?ae.as, nos Kuais um
/o, uma onea ou KualKuer oCeto omum devem ser desoertos em
al3uma parte do desen;o# &e3undo os 3estaltistas, estas ormas emutidas
mostram o triuno da or3ania./o sensorial imediata, sore o si3nifado
pois tais ormas possuem tudo o Kue a teoria do si3nifado reKuer, e
todavia n/o s/o reon;eidas de imediato# -m ontornos vistos
se3uidamente na eperinia aumularam um 3rande estoKue de
inorma./o todavia, perdem?se nestas irunstQnias#
( a3rupamento, tamém, é visto de inMmeras maneiras na vida diOria# N/o
é preiso espeifar os muitos eemplos nos Kuais o a3rupamento dos
oCetos omuns se3ue os prinLpios mostrados nas f3uras do eemplo ?
distQnia relativa, a inlus/o do espa.o, aaamento das ormas su3eri< A
maioria dos eemplos Kue se se3uem sPo etraidos do livro *estalt
%s;olo3 de ;ler e -;e *roSt] o t;e "tnd de ob]a#
7_:
Edna Hei i reder
%siolo3ias do &éulo
7_<
das, e assim por diante# ( a3rupamento pode oorrer em ormas mais sutis,
mas nem por isso menos reais# &e trs ;omens est/o empen;ados numa
disuss/o, dois ontra um, os dois ser/o vistos omo um 3rupo e o tereiro
omo uma unidade separada deles# A atividade do deate pode determinar
a perep./o
tais da ena toda,
omo proimidade e pode
espaial ser dominante
e i3ualdade sore
de ra.a as outras ondi.Jes,
ou idade#
Uma orma./o de *estalt Kue seCa temporal e espaial é eemplifada pela
padronia./o da eperinia Kue se verifa Kuando uma pessoa estO
travando on;eimento om uma idade Kue nuna ora por ela visitada#
Nem mesmo um Mnio ponto de reernia é visto isolado, porém sur3e de
um modo va3o# )o3o a se3uir, al3uns outros pontos de reernia se
destaam, al3uns lu3ares se tornam defnidos, e aos pouos toda a ena
3an;a em larea e entrosamento até ser otido um onCunto defnido#
"uitos asos omo esse aran3em a perep./o visual, porém os *estalten,
naturalmente, n/o se resumem ao ampo visual# Um padr/o simples de
toKues
eemplifa, no ampo auditivo, vOrios dos prinLpios Kue aaamos de
deater o encmeno do a3rupamento, no Kual os onCuntos de trs s/o
ouvidos omo todos isolados o encmeno da f3ura e undo, no Kual os
3rupos de toKues s/o as f3uras e os intervalos de silnio, o undo o
encmeno da Vompleta./oV, no Kual eiste a tendnia em adiionar um
toKue ao Mltimo 3rupo para ormar 3rupo ompleto# A propsito, a
passa3em do padr/o visual para o ampo auditivo, Kue é eita sem a menor
difuldade, eemplifa a VtransponiilidadeV da orma e demonstra sua
independnia de KualKuer onCunto espeial de elementos#
( traal;o de ob]a sore desenvolvimento mental ornee al3uns
eemplos muito si3nifativos de *estalten n/o ori3inalmente pereptuais#
(s re\eos envolvidos nos movimentos dos ol;os, por eemplo, s/o
epliados n/o em un./o de li3a.Jes nervosas de um terminal a outro,
omo no esKuema do aro re\eo tLpio, mas em un./o de atividades num
Mnio sistema Lsio, no Kual estruturas espeiais, omo a retina e os
mMsulos, n/o s/o partes independentes do aparel;o, mas sim elementos
de um todo no Kual todas as partes est/o
rL3idos ? n/on/o
aristotélia, eistem
eisteVeseras de al3uma,
estrutura ristalV, omo
de atoas? da astronomia
para manter os planetas
em suas ritas# E Kuando dois Otomos se unem para ormar uma simples
moléula, ormam um todo em ordenado, tamém sem arranCos espeiais,
somente através da intera./o dinQmia#
A onep./o do sistema nervoso, omo um onCunto de ondutores isolados
por meio do Kual os impulsos nervosos s/o levados de um determinado
ponto a outro ao lon3o de vias fas, orresponde P teoria da mOKuina# Um
sistema oneido desta maneira é naturalmente uma Kuest/o de
dispositivos espeiais e omo nas mOKuinas eitas pelo ;omem, os
dispositivos espeiais ? teido froso espeial, entros nervosos espeiais, e
oisas desse teor ? s/o atores preponderantes# + a esta onep./o Kue os
3estaltistas se opJem# A psiolo3ia da *estalt sustenta Kue a eperinia
revelada pela oserva./o, padroniada, plOstia e VormadaV omo é, n/o
pode ser otida a partir de tais dispositivos rL3idos na intera./o das
prprias or.as Lsias, mais do Kue nas estruturas i3uais P mOKuina Kue
eluem todas as possiilidades, menos uma, ela v a eplia./o para o
aso# A psiolo3ia 3estOltia supJe Kue eista no sistema nervoso uma
intera./o de or.as anOlo3as Ps da intera./o dinQmia, a Kual, sem
estruturas espeiais para restrin3ir o seu raio de a./o, produ or3ania./o
no Otomo e no sistema solar# ( 3estaltista n/o pensa em un./o de sistemas
de fras li3ando determinadas Oreas sensitivas om ertos r3/os motores
através de vias fas no sistema nervoso entral# Aredita Kue por mais em
eitas e numerosas
inadeKuadas Kue as possiilidades
para epliar de li3a./o
a eperinia omo ela é#se tornem,
%ensa maiss/o
em un./o
de padrJes de or.as para mudar e em tensJes omo aKuelas Kue d/o a
orma irular numa pelLula de sa/o# ( sistema nervoso, insiste ele, ou
mel;or, o sistema nervoso e seus aneos devem ser onsiderados omo um
todo# ( Kue aontee na retina, por eemplo, n/o pode nuna ser
onsiderado em si e por si mesmo pois ela é apenas uma das superLies do
sistema nervoso, e tudo o Kue nela aontee in\uenia e é in\ueniado pelo
desenrolar total dos atos no sistema nervoso# + astante si3nifativo Kue a
orma./o de *estalten na eperinia imediata é determinada por atores,
omo a distQnia relativa e as rela.Jes das propriedades Kualitativas ? omo
se demonstra de orma mais simples pelos pares de lin;as e outras f3uras
dadas no inLio deste apLtulo pois s/o Custamente tais atores Kue a Lsia
a;a serem deisivos na intera./o das or.as# %ara os 3estaltistas a
onep./o da atividade nervosa em un./o da intera./o dinQmia paree
n/o somente ser relamada pelo arOter da eperinia imediata, omo
tamém apoiada pelos atos das inias Lsias# (s detal;es da onep./o
n/o oram ormulados, porém, o ontraste entre a teoria da intera./o
dinQmia e a dos dispositivos tipo mOKuina é laro e inonundLvel#
+ possLvel Kue tudo isso pare.a muito pretensioso# + erto Kue os
3estaltistas pro3rediram depressa e avan.aram muito# 'ome.ando om
encmenos espeiais da perep./o, ampliaram os seus oneitos através de
todo o ampo da psiolo3ia e mesmo além, na iolo3ia e na Lsia# &ur3e a
per3unta inevitOvel0 Eiste al3uma prova em apoio dessas espeula.Jes^
Nin3uém mais do Kue os prprios 3estaltistas poderia estar a par mais
seriamente da oportunidade dessa per3unta, pois, emora apresentem o
seu aso om desvelo, a sua esola n/o é a do tipo Kue se estende em
apresenta./o e ar3umento# -omando omo ponto de partida um estudo
eperimental, a psiolo3ia da *estalt nuna pretendeu Kue seus prolemas
pudessem ser resolvidos de KualKuer outra maneira a n/o ser por um apelo
P evidnia ientLfa# Desde o inLio, os 3estaltistas se apliaram
assiduamente P eperimenta./o# Al3umas de suas pesKuisas mais
importantes oram sore a perep./o e, inelimente do ponto de vista da
apresenta./o, a maior parte desse traal;o oi por demais ténio porém,
um eperimento de perep./o, Kue é t/o sim? pies na ténia omo é tLpio
no método 3eral, servirO de eemplo do seu modo de ataar o prolema#
J;ier, aendo eperimentos om 3alin;as, aostumou?
?as a tirarem 3r/os de um papel de erta tonalidade de inento# Foram
usados dois tons de inento, sendo espal;ados os 3r/os nos dois# =uando
as aves apan;avam os 3r/os do inento mais esuro podiam om?los
Kuando apan;avam os do papel mais laro, eram au3entadas# s vees, o
inento esuro estava P direita e outras P esKuerda do mais laro#
Finalmente, as 3alin;as aprenderam a omer os 3r/os do inento esuro#
6 A teoria
;ler Kue aaamos
na *eatalt %;oio3de apitulo
eso.ar I@#
é um reve relato
Wert;eimer da da desriZo
mesma maneirade
opcs?se P anti3a teoria, sustituindo?a pela do urto?iruito ortial#
75
Edna Heiireder %siolo3ias do &éulo
757
Esta parte do eperimento oi apenas preparatria# &e3uiu?se uma série de
testes, Kue oloou o prolema ruial# Novamente os 3r/os oram
espal;ados em papéis de dois tons dierentes de inento, porém, aKuele
Kue tin;a sido o mais esuro na série preliminar era o mais laro na nova
série de testes# &e as 3alin;as a3ora omessem deste papel, estariam
rea3indo a um elemento espeLfo, a um inento determinado se
prourassem alimento no inento mais esuro, estariam rea3indo a uma
situa./o 3loal, a uma rela./o, ao lado mais esuro do padr/o# As 3alin;as
rea3iram apan;ando, por via de re3ra, os 3r/os no lado mais esuro dos
dois inentos, e n/o no inento Kue ;aviam aprendido a preerir na série
prévia, ( seu omportamento oi uma rea./o P or relativa# Esta desri./o
dO apenas o eso.o mais simples do eperimento e n/o a Custi.a P
maneira pela Kual as ondi.Jes oram variadas e ontroladas de modo
sistemOtio, nem ao eame eito dos prolemas susidiOrios# "ostra,
entretanto, o plano 3eral Kue é tLpio de muitos dos eperimentos sore
perep./o#
rea3ir tantoAs irunstQnias
a um s/o dispostas
elemento isolado, omo Pde tal orma
*estalt total,Kue é possLvel
e as rea.Jes dos
suCeitos deidem a avor de uma das alternativas#
&e3uindo o mesmo plano 3eral, oram empreendidas eperinias de
reon;eimento para determinar se um dado elemento ou a situa./o 3loal
s/o deisivos# &ore a memria em 3eral, a esola da *estalt tentou
mostrar, pelas suas prprias eperinias e pela reinterpreta./o dos
estudos anteriores, Kue a or3ania./o inte3ral, mais do Kue as assoia.Jes
espeLfas entre ertos elementos, deteimina se um erto onteMdo é
onservado ou reproduido# ( traal;o de 9;ler eito om maaos é o
eperimento lOssio sore os proessos mais elevados Kue inluem o
Vinsi3;tV# urt )eSin ontriuiu om estudos sore a a./o e o
omportamento# ( oneito de f3ura e undo, Kue os 3estaltistas adotaram,
derivou do traal;o de Ed3ar Ruin# Do prinLpio ao fm, a pesKuisa ativa
desempen;ou sempre um papel importante no pro3rama da esola da
*estalt#
+ si3nifativo, além disso, Kue os 3estaltistas ten;am enontrado provas
em avor de suas teorias, ora do ampo da prpria psiolo3ia# (s psilo3os
norte?amerianos tm estado partiularmente interessados no ato de Kue
uma parte dos reentes traal;os sore iolo3ia ? levados a eeito de modo
ompletamente independente da esola 3estOltia e sem KualKuer rela./o
om seus ensinamentos ? deu resulta?
inimi3o f3adal
déadas na delara./o
aps sua opini/o dos de
3estaltistas e mesmo
independnia, ` se ;oCe em dia,
KualKuer vOrias
animosidade
pereptLvel se insinua nas palavras dos 3estaltistas, é mais provOvel Kue se
enontre em seus ataKues P esola tit;eneriana do Kue a KualKuer outra# A
sua oCe./o, é Kuase desneessOrio dier, é ontra o elementarismo da
esola e os ;Oitos de pensamento Kue o mesmo implia e n/o ontra a
tentativa de estudar a onsinia# A psiolo3ia da *estalt aeita a
5_ Isto n/o si3nifa, naturalmente, Kue os 3estaltistas a3iram sem
onsiderar os traal;os sore a fsiolo3ia do sistema nervoso# Em espeial,
(s estudos alem/es aseados nas vitimas da 3uerra vieram em apoio de
suas idéias# As suas prprias ontriui.Jes tipias, entretanto, %rovieram
dos estudos eperimentais dos prprios proessos psiol3ios#
` N# da dCtora0 %ara a eata ronolo3ia da psiolo3ia da *estalt, ver as datas
das (ras itadas na ilio3rafa deste apitulo#
eperinia imediata omo dados onretos nem um pouo menos
disutLveis do Kue os dados rutos das inias Lsias# Ela se opJe,
entretanto, Ps limita.Jes Kue a psiolo3ia mais anti3a impJe ao estudo
ientLfo da eperinia direta# (pJe?se ao uso elusivo do tipo de
oserva./o desenvolvido pelos Vintrospeionistas treinadosV opJe?se ao
uso elusivo de uma ténia na Kual é assumida uma atitude espeial de
laoratrio, e na Kual a eperinia omo e apresenta na oserva./o diOria
!a mesa retan3ular
Vorri3idaV omo paree
!o KuadrilOtero ser$
irre3ular Kueé oreCeitada em avor desreve$#
introspeionista da eperinia
(s
3estaltistas insistem enatiamente Kue a eperinia in3nua do senso
omum tem direito de ser ouvida na psiolo3ia# Areditam no tipo de
oserva./o Vn/o orri3idaV Kue se ;ama enomenol3ia# E, mais ainda,
areditam Kue o introspeionista elui os prolemas mais ur3entes e
si3nifativos de sua inia ao onsiderar omo VverdadeirosV dados
psiol3ios somente as eperinias, tais omo as Kue resultam de sua
atitude peuliar# A psiolo3ia da *estalt n/o a nen;uma oCe./o, seCa Kual
or o estudo da eperinia direta# A sua KuiLlia om o introspeionista
treinado é ontra o artifialismo de seu método, e n/o ontra sua tentativa
de estudar a onsinia#
'ontra o e;aviorismo, a esola 3estOltia apresenta duas oCe.Jes
prinipais# Uma é a de Kue os e;avioristas sem neessidade reCeitam a
onsinia ? sem neessidade, porKue a onsinia é um ato da
eperinia, n/o mais nem menos CustifOvel, l3ia e
epistemolo3iamente, do Kue o mundo Lsio# + si3nifativo Kue em *esta#lt
%s;olo3, livro esrito em in3ls para ser puliado nos Estados Unidos,
J;ler, diri3indo?se ao Kue ;ama o undamentalismo Kue o e;aviorismo
estaeleeu naKuele paLs, utilia todo o primeiro apLtulo para salientar a
inonsistnia entre a Vin3enuidade sadiaV dos e;avioristas ao aeitar o
mundo Lsi.o, e a sua Vpurea epistemol3iaV ao reCeitar a onsinia#
Neste apLtulo, tomando a eperinia in3nua omo ponto de partida de
toda
e inia,
eplia Kue mostra omo é eita
é t/o impossLvel a distin./o
provar entrede
a eistnia o oCetivo
um mundo e oLsio
suCetivo,
independente omo provar a onsinia de uma pessoa viin;a# E uma ve
Kue a Lsia tem ido para adiante apesar deste ato, ar3umenta Kue é
possLvel para a psiolo3ia a3ir de orma idntia Kue é mel;or adotar uma
Vin3enuidade sadiaV do Kue ser limitado pelos esrMpulos da Vpurea
epistemol3iaV# A se3un
75:
Edna Heidreder
da oCe./o ao e;aviorismo é a de Kue ele empre3a eatamente o mesmo
proesso Kue arateriou a psiolo3ia mais anti3a no Kue se reere P
onstru./o de 3randes totalidades a partir de proessos elementares# %ois
emora o e;aviorismo n/o produa estados ompleos de onsinia a
partir de sensa.Jes e sentimentos elementares, onstri padrJes
ompliados de omportamento pela inte3ra./o de rea.Jes simples# E o
resultado, se3undo os 3estaltistas, tanto no e;aviorismo omo na
psiolo3ia mais anti3a, é uma lamentOvel esterilidade Kuanto P produ./o de
oneitos positivos# A psiolo3ia da *estalt nada v de realmente novo no
e;aviorismo nada a n/o ser a mesma rmula montona, E?R nada mais
do Kue re\eos, ondiionados ou n/o, reunidos em ormas ada ve mais
ompleas#
Edna Heidreder
uma idéia é nova, mas se é importante para as neessidades da situa./o
eistente# E a maneira omo a psiolo3ia da *estalt tem su3erido prolemas
e planos de investi3a./o para os pesKuisadores estran;os a essa esola, ou
mesmo opostos a ela, representa uma das mel;ores provas de Kue os seus
Vinsi3;tsV estaeleeram uma dieren.a nas prOtias reais da inia#
Eiste, entretanto, uma outra orma um tanto mais sutil, na Kual a oCe./o
de Kue n/o ;O nada de novo na psiolo3ia da *estalt Ps vees aparee#
Fala?se por vees Kue os 3estaltistas deram uma importQnia ea3erada P
doutrina do elementarismo na orma em Kue é deendida pela esola
eperimental mais anti3a afrmam Kue realmente enrentaram um
espantal;o# Uma das reernias ao assunto é a se3uinte0
V-amém n/o se deve pensar Kue a psiolo3ia ortodoa ten;a Camais levado
a sua ren.a sore os elementos muito a sério# Estava ;aituada a prestar
;omena3em aos elementos e aos seus atriutos, vamos supor, aos
domin3os, e tratar om o Kue era de ato *estalten durante o resto da
semana# A or.a da psiolo3ia da *estalt a esse respeito estava em Kue
pedia a todos para aer o Kue CO estavam aendo Kuase sempre e Kue
deseCava, portanto, onfrmar a psiolo3ia da pesKuisa real, mais do Kue
instaurar uma nova psiolo3ia#V 55
%orém, se este
eslareida, ormenos
pelo o aso,pela
é 3rande vanta3em
destrui./o Kue a situa./o
do espantal;o# Afnal ten;a sido a
de ontas,
inia n/o pode onsentir seriamente em n/o deiar a m/o direita saer o
Kue a a esKuerda# A inia, naturalmente, n/o pode desprear os
resultados otidos por métodos onusos ou empLrios# A prOtia ientLfa
muitas vees anteipa?se P teoria reK[entemente lida de orma n/o
intenional e inonsiente om ;ipteses Kue s desore depois de ;aver
utiliado# "as esse proedimento Custifa?se porKue, por meio da aKuisi./o
e interpreta./o desses dados, estas ;ipteses apareem fnalmente P lu do
dia# Em al3um lu3ar do plano ;O um ponto onde o ientista depara om
atos ostinados Kue o ori3am a estudar as ;ipteses Kue os atos se
reusavam a aeitar# -ais pontos s/o sempre importantes no
desenvolvimento
oisa mais naturalde
douma inia#
mundo 'omo
Kue as a prpria
;ipteses psiolo3ia
omuns deiemensina, éa a
de ;amar
aten./o, fando, porém, a in\ueniar de orma oulta os traal;os dos
pesKuisadores# &e a psiolo3ia da
%siolo3ias do &éulo
*estalt e apenas a apresenta./o de ;ipteses Kue est/o inluLdas nas
prOtias da psiolo3ia e Kue n/o estavam defnitivamente aeitas, CO
Custifou a sua eistnia# =uer os seus ensinos esteCam ertos ou errados,
e seCam novos ou anti3os, CO ontriuLram para eslareer a situa./o#
A posi./o dos 3estaltistas a respeito da ;iptese de persistnia oi ritiada
de um modo um tanto semel;ante# Al3uns per3untaram se era verdade Kue
a ;iptese de persistnia estava na rai do pensamento da psiolo3ia mais
anti3a# De ato, 3rande parte do traal;o sore a fsiolo3ia dos sentidos e
sore a psioLsia derivou?se das onstantes provas de Kue n/o eiste uma
orrespondnia lara, ponto por ponto, entre o estLmulo periério e a
eperinia psiol3ia# De erto modo, isto pode si3nifar Kue a psiolo3ia
sempre soue Kue a ;iptese de persistnia n/o tem valor ou pelo menos
Kue a eperinia psiol3ia n/o é uma pia fel do estLmulo sensorial
loal# "as em outro sentido, pode si3nifar Kue a ;iptese de persistnia
apenas se retirou para um nLvel mais proundo# &e o estLmulo loal e a
resposta psiol3ia n/o orrespondem de uma orma via e epressiva
ent/o a orrespondnia deve estar onservada de al3um outro modo# As
irunstQnias 3loais devem ser divididas em seus elementos, e por meio
deles, uns despertados pelo estLmulo sensorial imediato e outros por
assoia./o, onserva?se a orrespondnia essenial om o estLmulo loal# A
onep./o do sistema nervoso omo onCunto ompleo de fras de li3a./o
estO ompletamente de aordo om esta idéia# ( mesmo aontee om as
eplia.Jes meQnias do unionamento dos r3/os dos sentidos Kue
;amaram a aten./o dos estudiosos, na lin;a divisria entre a fsiolo3ia e a
psiolo3ia# As vias de li3a./o podem ser etremamente ompliadas, as
un.Jes meQnias astante intriadas, porém, a orrespondnia é
onservada pelas li3a.Jes estruturais durante todo o proesso# A anti3a
persistnia ali se enontra, emora seCa otida por meios menos evidentes#
entre a eperinia
psiolo3ia da *estaltimediata e as ondi.Jes
n/o sustitui de estLmulo^
apenas planos &erO
mais sutis deKue a
one/o por
aKueles visLveis em estruturas meQnias onretas^ E ao aer isso, n/o
estarO usando a ;iptese de persistnia^
Isso é verdade se a ;iptese de persistnia déve si3nifar KualKuer
tentativa Kue seCa para estaeleer planos de rela./o entre a eperinia e
suas ondi.Jes estimulantes, entre uma situa./o e outra# Neste sentido
muito 3eral, a psiolo3ia da *estalt estO utiliando um método sempre
usado em psiolo3ia e em todas as outras inias# %orém, o termo
V;iptese de persistniaV, na orma em Kue é usado pela esola 3estOltia,
tem um si3nifado muito mais espeLfo# Reere?se defnidamente a uma
VpersistniaV entre a eperinia imediata e o estLmulo loal defnido, a
uma teoria Kue estO assoiada om a onep./o do sistema nervoso omo
uma estrutura de Vdisposi.Jes espeiaisV e om a onep./o da
eperiniaimediata omo sendo omposta de elementos# &e a ;iptese de
persistnia é tomada neste sentido, a psiolo3ia da *estalt, ao ;amar a
aten./o sore ela, oloou uma alternativa em defnida perante a inia#
De um lado, est/o os elementos e assoia.Jes e um sistema nervoso de
arranCos espeiais de outro, est/o as *estalten e a intera./o dinQmia# Nas
oisas reais, o ontraste é defnido e laro# %oua dieren.a a o 3rau de
novidade da situa./o tampouo a dieren.a se eiste uma semel;an.a
Osia no pensamento suCaente P ;iptese de persistnia e P teoria de
intera./o dinQmia#
de persistnia num Asentido
Kuest/o é Kue, aoa;amar
espeLfo, a aten./o
psiolo3ia paratroue
da *estatt a ;iptese
P lu
do dia um tema impor?
%siolo3ias do &éulo
75
tante, or.ou a psiolo3ia a eaminar al3umas de suas ;ipteses, ori3ando?
a assim a purifar o seu pensamento#
Esta Kuest/o, entretanto, su3ere Kue a psiolo3ia da *estalt oi tamém
ausada de alta de larea em al3uns de seus oneitos undamentais# (
oneito entral, o de *estalt, oi menionado omo o eemplo mais
\a3rante# (s rLtios salientaram Kue o termo tem sido apliado aos
encmenos mais diversos ? aos padrJes visuais, tanto espaiais omo
temporais, P eperinia imediata em outros ampos sensoriais, P memria
e ao pensamento, ao instinto e a outras ormas de omportamento motor
visLvel oservaram Kue, em arésimo, a palavra *estalt tem sido usada
para se reerir P totalidade, unidade e or3ania./o e Kue om a Cun./o de
tanto material so o mesmo tpio, ;ouve uma tendnia para 3eneraliar
de um ampo para outro, nem sempre om a devida autela# Nos primeiros
tempos deste movimento, esta rLtia oi ouvida om maior reK[nia do
Kue a3ora, pois, P medida Kue oram sendo ormulados os prolemas
eperimentais, as ondi.Jes nas Kuais se verifam ertos encmenos oram
mel;or
de altadeterminadas
de larea oi etamém
as afrma.Jes se tornaram
eita ontra mais
as teorias eatas# Apropostas
fsiol3ias ausa./o
pela esola da *estalt# 'ertamente a psiolo3ia da *esta,lt n/o apresenta
uma desri./o da atividade nervosa Kue possa ser visualiada e dia3ramada
omo a onep./o Kue l;e é ontrOria e de aordo om a Kual é
teoriamente possLvel se3uir uma dada eita./o do prinLpio ao fm por
meio de amin;os Kue se tornam astante ompliados, mas nos Kuais o
prinLpio é sempre o mesmo, o das unidades de ondu./o oloadas de uma
ponta a outra# &e alta de larea si3nifa inapaidade para apresentar
uma desri./o em eso.ada e ompleta, a psiolo3ia da *estalt pode
onsiderar?se ulpada# Ela admite aertamente Kue o seu on;eimento do
sistema nervoso é inadeKuado para a tarea de aompan;ar
detal;adamente a intera./o dinQmia Kue ela supJe eistir# (s 3estaltistas
est/o tamém a par de Kue o prolema da intera./o dinQmia apresenta
mais difuldades do Kue os oneitos mais anti3os# Admitem tamém Kue
deduiram este proesso dos encmenos psiol3ios e dos prinLpios da
dinQmia e Kue a evidnia apresentada pela fsiolo3ia é apenas
onfrmativa# Areditam, entretanto, Kue é totalmente le3Ltimo se3uir este
método# Além disso, para os 3estaltistas o ato de Kue sua eplia./o é
neessariamente in? # ompleta n/o si3nifa Kue, até onde l;e di respeito
seCa
7
Edna Heidreder %siolo3ias do &éulo
77
impreisa# A dire./o para a Kual se inlina é laramente assinalada e n/o
vem motivo por Kue, prinipalmente sendo traal;adores de uma inia
muito Covem, devam se reusar a se3uir as su3estJes de seus dados,
mesmo Kuando indiKuem Kue a maioria de seus prolemas ainda estO pela
rente#
A psiolo3ia da *estalt oi tamém ritiada pela sua posi./o Kuanto P
anOlise# %odem os 3estaltistas Kuerer seriamente desareditar a anOlise
omo método ientLfo de pesKuisa^ s vees pareem assim aer em suas
delara.Jes de Kue a anOlise destri a prpria realidade Kue proura
epliar e Kue reduir uma oisa a seus elementos e estudO ?l por partes é
perder de vista a prpria oisa# -ais delara.Jes feram parte do ataKue
dos 3estaltistas ontra o elementarismo, e da sua insistnia de Kue o todo
n/o é apenas a soma de suas partes# Naturalmente os rLtios n/o perde#
ram tempo em salientar Kue sem anOlise eperimenta a inia n/o
poderia eistir, e Kue mesmo a esola da *estalt, deve usar a anOlise ao
isolar, variar e ontrolar eperimentalmente dierentes onCuntos de atores#
Havia tamém muita onus/o Kuanto ao Kue os 3estaltistas Kueriam
eatamente si3nifar om seus ataKues P anOlise# Em al3umas de suas
primeiras advertnias ontra os peri3os da anOlise, eles evidentemente se
eederam# Entretanto, J;ler reentemente onsiderou a Kuest/o de modo
espeLfo# Ele eplia Kue a psiolo3ia 3estOltia, pelo seu destaKue aos
todos, n/o pretende de modo al3um aandonar a anOlise omo método
ientLfo# &alienta Kue os 3estaltistas reon;eem em os todos
se3re3ados e Kue assim empre3am um método de anOlise Kue trata om
partes 3enuLnas, emora possam se reusar terminantemente a ter
KualKuer oisa a ver om elementos de sensa./o Kue n/o possuem
eistnia omo partes separadas da eperinia# %or eemplo, toda ve
Kue tratam om um ampo no Kual eistem todos e sutodos se3re3ados,
omo num 3rupo em Kue eistem vOrios memros, os 3estaltistas utiliam
tais anOlises# A psiolo3ia da *estalt reon;ee tamém uma orma de
anOlise, na Kual, através da ado./o de uma atitude defnida pelo
oservador, dO?se a esol;a de al3umas partes do ampo e a supress/o de
outras
? uma espéie de aiiOlise Kue pode provoar uma mudan.a na or3ania./o
do ampo, de maneira Kue a impress/o total é visivelmente alterada#
%orém, este tipo de anOlise é tamém astante reK[ente na eperinia
real# Finalmente, a psiolo3ia da *estolt aeita mesmo uma anOlise Kue n/o
trate om #partes reais# Esta é uma espéie de anOlise Vdiereii ialV
na Kual o material estudado é dividido em partes adeKuadas, fando
suentendido laramente Kue estas n/o representam o real e Kue
desapareer/o nos resultados fnais, omo aontee no proesso do Olulo
dierenial# Esta anOlise é admitida omo um proesso neessOrio no
traal;o ientLfo, ompletamente inua enKuanto é aeita pelo Kue é ?
um instrumento inteletual# A anOlise a Kue se opJe a psiolo3ia da *estalt
é a Kue redu a eperinia a elementos mentais Kue s/o produtos da
astra./o ao invés de dados de oserva./o, e Kue ent/o os trata omo
materiais verdadeiros, omo unidades reais, de Kue se ompJe a
eperinia# Esta idéia é, Ps vees, epressa diendo?se Kue os 3estaltistas
n/o aem oCe./o P anOlise, mas sim P sLntese#
Entre muitos psilo3os norte?amerianos, entretanto, a oCe./o
undamental P psiolo3ia da *estalt pouo tem a ver om a sua posi./o em
KualKuer dessas KuestJes provém mais de uma suspeita 3eneraliada de
Kue os ensinamentos dos 3estaltistas est/o um tanto eivados de metaLsia
ou pelo menos se relaionam om um tipo de psiolo3ia Kue CO
aandonaram defnitivamente#
e;aviorismo nos Devido
Estados Unidos, P tremenda
;O uma orrentein\unia do de
suterrQnea
sentimento de Kue tratar om a matéria é a fnalidade preLpua da inia e
Kue tratar om a mente é se envolver om a metaLsia# (s e;avioristas,
;avendo anido (& antasmas, est/o prevenidos ontra esta esola Kue se
reere P eperinia direta livremente e sem erimcnia# E Kuando um
3estaltista os ausa de Vpurea epistemol3iaV por sua reusa em ter
KualKuer rela./o om a onsinia, eles ranamente n/o ompreendem#
-ampouo tentam responder um ar3umento om outro# &implesmente se
mantm em sua p_? si./o, reusando ser envolvidos em KualKuer oisa Kue
paree t/o medieval, e sempre suspeitando Kue esta é a psiolo3ia da Kual
se liertaram# Est/o interessados, é verdade, nas eperinias da *estalt
sore psiolo3ia animal, pois a;am isto inataavelmente oCetivo# DeseCam
e mesmo est/o ansiosos para eperimentar os novos prolemas naKuele
ampo su3erido pelas doutrinas 3estOltias# Est/o, realmente, dispostos a
dar a devida onsidera./o a KualKuer aspeto do assunto Kue n/o os
ori3ue a aeitar a onsinia, ou KualKuer oisa Kue onsiderem omo
misteriosa# %orém, n/o est/o dispostos a serem onvenidos por KualKuer
estran;o Kue apare.a empun;ando ar3umentos da epistemolo3ia# %ara eles
tais ar3umentos, emora ;Oeis, pareem muito me?
7
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo
79
BIB)I(*RAFIA
Ailport, *# W#, V-;e &tandpoint o *estalt %s;oio3V, %s;e, 56, , 79?
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7: Edna Heidreder
(3den, R# "#, V-;e *estalt?Hpot;esisV, %s;ol# Rev#, 568, 79, 57?5l#
%uiareili, E#, )a psiolo3ia de la estrutura !)a %lata, Universidad
de )a %lata !Ar3entina$, 567:, se# II, t# , n# 5_$#
??, V%rlo3oV P %siolo3ia de la orma, de W# d;ler, op# it#
Reu;lin, "#, Historia de la psiolo3ia !Buenos Aires, %aids, 5696$#
Ri3nano, E#, V-;e %s;olo3ial -;eor o FormV, %s;ol# Rev#, 568, 79,
558?579#
Romero, F#, V@ieCa nueva onepin de la realidadV, em Filosofa
ontemporOnea !Buenos Aires, )osada, 56$#
? ?, V)a teoria de Ia ormaV !Buenos Aires, Rei,# Nosotros, 56:, ano I, t# )III$#
??, VWol3an3 d;ler en la Faultad de Filosofa )etrasV !Buenos Aires, Rev#
&mntesis, 567_, ano I@, n# 5$#
Ruin, E#, Fi3ura ondo !Buenos Aires, Ediiones -res, 56:_$#
Ruer, R#, VEsKuisse dune %;ilosop;ie de Ia estrutureV %aris, Féli
Alan, 567_$#
&;ilder, %#, V%rlo3oV ao -est *estOltio @isomotor, o# it#
&oua Ferra, 2# de, )os undamentos de la %siolo3La !Buenos Aires,
Editorial Amerialee, 56, ap# $#
&pearman, '#, V-;e NeS %s;olo3 o &;ape V, Brit# 2# %s;ol#,
569, 59# 55?9#
@II
A %&I'AN>)I&E0 FREUD
Breuer !58?569$ ';arot !589?56_7$ Freud !5896?5676$ Adier
!58<_?567<$ 2un3 !58<9?56:$ Breuler !589<?5676$#
%assar para a interpreta./o psianalLtia da psiolo3ia é passar a um
movimento muito dierente daKueles onsiderados até aKui# (s sistemas
Kue aaamos de ver, seCam Kuais orem as suas diver3nias, s/o
pareidos por serem aadmios# Est/o saturados da atmosera das
ilioteas e dos laoratrios, de seminOrios e salas de onernia# (u s/o
inia pura ou o Kue mais se assemel;e P mesma# Até aKueles Kue om
maior desvelo Custifam as aplia.Jes da inia sur3iram Cuntos em Lntima
li3a./o na tentativa
desprendimento, de onsiderar
liertos o oCeto
no momento da psiolo3ia
da neessidade deom um
aer erto
al3o em seu
avor# Nen;um deles teve a sua ori3em real na inia apliada# -odos
naseram nas salas das aademias, e ormaram seus ;Oitos e arateres
pelas suas primeiras li3a.Jes om o mundo erudito# %orém, a psianOlise
n/o é aadmia, nem pura## 'om seus undamentos no solo da prOtia
lLnia, é, tanto pela ori3em Kuanto em sua prinipal fnalidade, uma
tentativa para realiar o Kue -it;ener ;avia t/o ardentemente ne3ado
osse um oCetivo prprio para a psiolo3ia ientLfa ? a ura das almas
doentes#
( undador deste movimento oi &i3mund Freud# Iniiou sua arreira
estudando mediina em @iena e durante al3um tempo esteve interessado
pela fsiolo3ia, prinipalmente a do sistema nervoso# Finalmente, entre3ou?
se P prOtia da mediina, assoiando?se om um ;omem um pouo mais
vel;o, o Dr# 2ose Breuer# Freud interessou?se lo3o pelas desordens
neurtias, e oi em sua prOtia real om asos desta naturea ? Freud
salienta prinipalmente este
78 Edita Heidreder
ponto ? nas suas oserva.Jes diretas aran3endo anos de eperinia, Kue
aos pouos elaorou a prOtia e a teoria da psianOlise# %ois emora Freud
afrme om onvi./o e, Ps vees, amar3amente Kue ele, e s ele, oi o
undador da psianOlise, nuna pretendeu ter ;e3ado a esta onep./o
Kuer por uma vis/o repentina ou por uma ria./o defnitiva# "eniona
amiMde a lon3a prOtia Kue pouo a pouo e em ra3mentos desoneos l;e
revelou a personalidade ;umana na orma em Kue onse3uiu v?la#
Em 5889, Freud se3uiu para %aris a fm de estudar so a dire./o de ';arot,
na époa a autoridade de maior proCe./o em desordens mentais, na Europa#
Freud fou astante impressionado om ';arot e interessou?se
prinipalmente pelo seu modo de tratar a ;isteria# ';arot areditava Kue a
;isteria e a ;ipnose est/o intimamente assoiadas e Kue a verdadeira
;ipnose é, de ato, essenialmente um encmeno ;istério e pode ser
provoada somente em paientes ;istérios# "uito naturalmente,
aonsel;ava o seu uso tanto para as pesKuisas Kuanto para o tratamento
dos sintomas ;istérios# Essa idéia 3eral n/o era nova para Freud# Em
3rande parte devido ao prestL3io de ';arot, o tratamento da ;isteria pela
;ipnose tornara?se amplamente diundido, e o prprio Freud ;avia?se
amiliariado om a prOtia da mesma em seus traal;os em @iena#
Houve um inidente, entretanto, ora das aulas normais de ';arot, Kue
soressaiu om memorOvel larea nas eperinias de Freud, Kuando
estudante em %aris# 'erta noite, numa reep./o, ouviu ';arot deatendo
um aso Kue l;e ;avia ;e3ado Ps m/os na sua prOtia daKuele dia# Falando
om a maior nase possLvel, ';arot delarou Kue em tais ondi.Jes ;avia
sempre um prolema seual# V&empre, sempre, sempreV, repetia ele# 5
Freud fou perpleo, n/o apenas pelo onteMdo da delara./o, mas
tamém pelo ato de Kue ';arot n/o revelara este on;eimento aos seus
alunos Kuando CO o possuLa# %osteriormente, Kuando sua prpria atividade o
estava levando a desorir sua teoria da ori3em seual das neuroses,
reordou?se da delara./o de ';arot, naturalmente a onsiderando omo
uma opini/o ténia Kue vin;a a avor de suas prprias desoertas# %orém,
antes mesmo de se3uir para %aris, Freud tin;a vislumrado uma
5 ';arot ne3ou ter eito tal delara./o# Freud relata tanto a delara./o
Kuanto a sua ne3ativa em seu traal;o sore V-;e Histor or t;e
%s;oanalti "ovementV, %s;oaaaltial RevieS !565:$, 7, _:?9# A
;istria do desenvolvimento da psianOlise dada neste apitulo aseia?se
prinipalmente nesse relato esrito por Freud#
%sSolo3ias do &éulo 76
idéia Kue, omo a teoria da ori3em seual das neuroses, estava destinada a
ser uma das doutrinas Osias da psianOlise# Um dos asos de Breuer l;e
pareia prinipalmente si3nifativo# A paiente era uma Covem sen;ora,
uCos sintomas ;istérios ;aviam sur3ido de um inidente em sua inQnia#
Naturalmente, ela ;avia fado ortemente impressionada, entretanto, ;avia
esKueido ompletamente o inidente# ( tratamento de seu estado oi
essenialmente uma atarse, uma liera./o de emo./o reprimida, realiada
aendo?se om Kue ela se reordasse e reproduisse so ;ipnose a
eperinia
Freud omo Kue Caia na
de Breuer eraase
a dede suaa pertura./o#
Kue A interpreta./o
eperinia iniial tanto de
tin;a provoado um
distMrio emoional Kue ;avia sido impedido de se maniestar na orma
direta e normal e Kue esta emo./o, enontrando loKueada a sua saLda
natural, ;avia prourado uma outra e se eprimia pelos sintomas# Freud
;amou este proesso de onvers/o, e se reeriu aos sintomas omo sendo
a onvers/o do eeito ori3inal# Este aso é importante no desenvolvimento
da teoria psianalLtia porKue india as un.Jes suterrQneas das tensJes
psLKuias# A desoerta de Kue um inidente, Kue estO no inonsiente e de
;O muito esKueido, era n/o ostante a onte de aentuados distMrios do
omportamento, n/o s ;amou a aten./o para o papel eerido pelo
inonsiente, omo tamém deu a entender Kue o inonsiente é
aentuadamente dinQmio#
-odavia, este aso, emora altamente si3nifativo para o desenvolvimento
da teoria, n/o aran3ia a verdadeira psianOlise# A ;ipnose ;avia sido usada
e, se3undo Freud, a verdadeira psianOlise somente ome.a Kuando a
;ipnose é reCeitada# Freud ;avia estudado sua paiente, devemos lemrar,
antes de se3uir para %aris, e o desenvolvimento da verdadeira psianOlise
deu?se muito mais tarde# Ao re3ressar a @iena, aps ;aver estudado om
';arot, Freud assoiou?
?se novamente a Breuer e adotou de novo a prOtia da ;ipnose Cuntamente
om o proesso de atarse# %orém, n/o a;ou este método inteiramente
satisatrio# Era astante efa na remo./o dos sintomas, porém no fnal
n/o realiava a ura# "uitos paientes Kue ;aviam reeido alta voltaram
mais tarde, muitas vees om outros sintomas# Um eame suseK[ente
3eralmente revelava Kue a verdadeira ausa da pertura./o n/o ;avia sido
desoerta e Kue se oultava muito mais proundamente no passado do
paiente do Kue até onde ;avia ;e3ado o primeiro eame# Estes atos fe
Ii
77_
Edna He]ireder
son;o realmente
paiente si3nifam
partiipou em seu al3uma outra oisa# Ao esta
son;o representava pMlia
enterro da marido#
de seu Kual umaA
u3a aterroriada de um inimi3o omumente representa a usa ;O muito
deseCada de um amante# Al3uns sLmolos etraem o seu si3nifado de
eperinias pessoais Lntimas de Kuem son;a outros s/o omuns a toda a
;umanidade e tm sempre o mesmo si3nifado# 2ardins, saadas e portas
si3nifam o orpo eminino, e as \e;as de ampanOrios, velas e serpentes,
os r3/os seuais masulinos#
Entretanto, o simolismo n/o realia soin;o o traal;o do son;o ;O outras
maneiras de enorir o verdadeiro si3nifado do son;o# %aree n/o ;aver
limites para a en3en;osidade do inonsiente em seus artiLios para iludir o
ensor# Um item importante pode ser disar.ado a fm de pareer uma parte
trivial do todo e, ontudo, ser realmente o prinipal motivo para o son;o# (u
a emo./o importante pode ser assoiada a um oCeto de aparnia neutra#
E mesmo depois Kue o son;o oi ompletamente disar.ado, o traal;o do
mesmo n/o estO ompleto# =uando Kuem son;a desperta, n/o deve saer o
Kue de ato esteve aendo# Ent/o se dO uma se3unda elaora./o# Ao
reordar e relatar o seu son;o, a pessoa Kue son;a inonsientemente
oloa?o em orma l3ia e oerente, de maneira a possuir al3uma
semel;an.a om uma ;istria ou ato real# %orém, no prprio son;o a l3ia
e a oernia n/o est/o presentes nem se sente a sua alta, pois son;ar é a
epress/o de uma orma prounda e primitiva de pensar, na Kual as
maneiras l3ias e rLtias do pensamento n/o oram ainda implantadas#
Assim, ososon;os
tamém arOterrevelam n/osuas
al3io de s aun.Jes#
lin;a tortuosa do inonsiente, mas
simplesmente
durante al3um n/o ;aviam
tempo# oorrido#
As anOlises Freud fou
onduiam ompletamente
invariavelmente aosperpleo
;oKues
seuais na inQnia, e a pesKuisa mostrava Kue estes n/o tin;am uma
eistnia oCetiva# Ent/o, oorreu?l;e a idéia de Kue se os seus paientes
ima3inavam sedu.Jes de orma t/o re3ular, este ato em si era importante
;aver produido antasias de sedu./o pareia?l;e t/o si3nifativo, a seu
modo, omo se tivesse oorrido a sedu./o real# %ara Freud, esta situa./o
si3nifava Kue os deseCos seuais da rian.a eram satiseitos pelas prOtias
auto?ertias e Kue tais prOtias, proiidas e CO onsideradas omo
ver3on;osas, eram aastadas do e3o onsiente por antasias de sedu./o,
Kue eimiam o e3o de toda a ulpa# Esta interpreta./o deu?l;e a ;ave para
ompreender a importQnia da vida seual da rian.a e a teoria da
seualidade inantil
Cuntamente om oi aresentada
as doutrinas aos undamentos
do realKue de seuNen;uma
e do inonsiente# sistema
esola ressaltou tanto omo a psianalista a tremenda importQnia da
meninie e mesmo da tenra inQnia na determina./o do arOter do adulto#
'om essas desoertas, a teoria, em omo a ténia da psianOlise, ;avia
ompletado a etapa de orma./o# %orém, n/o se deve supor Kue o
verdadeiro proesso de desenvolvimento ten;a sido t/o sistemOtio ou t/o
oerente, omo a desri./o posterior pode su3erir# Freud omenta vOrias
vees os perLodos de dMvida e perpleidade pelos Kuais passou, o ato de
n/o ;aver previsto as teorias para as Kuais as suas oserva.Jes o
onduiam# -odavia, pouo a pouo os prini4
77:
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo
77<
pais oneitos tomaram orpo e onordaram entre si# ( inonsiente oi
oneido omo sendo ativo, lutador e poderoso# ( realKue oi onsiderado
omo india./o de on\ito entre o e3o e os deseCos inonsientes# A dire./o
tortuosa do insonsiente e seu arOter primitivo e al3io oram amos
indiados pelos son;os# Reon;eeu?se a importQnia dos deseCos seuais,
mesmo na inQnia# Freud onsidera estes pontos de vista omo os
primeiros rutos da anOlise e insiste sempre Kue s/o resultados arduamente
otidos pela oserva./o direta, e n/o simples devaneios ou espeula.Jes#
A teoria psianalLtia pode ser onsiderada omo a estrutura para epliar
estas desoertas e as uturas# (s ensinamentos de Freud, entretanto,
nuna oram um orpo fo e rL3ido de doutrina# ( prprio Freud estava,
ontinuamente, modifando?os e ampliando?os, e sempre epliando Kue
n/o eram ompletos e fnais# 'ontudo, os prinipais ontornos permaneem
astante invariOveis e podem ser rapidamente mostrados#
A vida psLKuia dos seres ;umanos onsiste de duas partes prinipais, o
onsiente e o (inonsiente#
insi3nifante# ( onsiente
Kue uma pessoa é peKueno
sae sore e relativamente
os seus prprios motivos e
onduta dO apenas um aspeto superfial e ra3mentOrio de sua
personalidade total# %or aio do e3o onsiente estO o vasto e poderoso
inonsiente, onte das 3randes or.as oultas Kue onstituem a verdadeira
or.a impulsora das a.Jes ;umanas# Entre o onsiente e o inonsiente
estO o pré?onsiente, Kue se unde 3radualmente om amos, mas Kue se
paree mais om o onsiente do Kue om o inonsiente em onteMdo e
arOter e é aessLvel P onsinia sem resistnia emoional# ( pré?
?onsiente n/o é ormado pelo material Kue oi ortemente reCeitado e
realado em onseK[nia, os seus onteMdos podem ser evoados pelos
proessos omuns de assoia./o# A ensura loalia?se 3eralmente no pré?
onsiente#
-anto o onsiente omo o inonsiente s/o oneidos omo ativos# Freud
naturalmente onsidera omo um assunto de oserva./o diOria e evidente,
assim omo um ato Kue n/o neessita ser provado, Kue os e3os
onsientes possuem deseCos e anelos e é um dos tra.os araterLstios de
sua teoria Kue o inonsiente é oneido tamém omo ativo e impulsivo#
Neste sentido, Freud dO um arOter antropomrfo ao inonsiente# Reere?
se a ele omo se osse estritamente pessoal, omo as pessoas Kue
enontramos diariamente# Desreve o inonsiente prinipalmente n/o em
un./o
seres ;umanos#
omo possuindo Aum
lista das atividades
si3nifado seualKue ele e infnita
é Kuase seus adeptos
porém,onsideram
o seu
alane e variedade podem ser indiados pelo ato de inluLrem prOtias t/o
simples omo andar, umar e tomar an;o, e atividades t/o ompleas
omo a ria./o artLstia, as erimcnias reli3iosas, as institui.Jes polLtias e
soiais, e mesmo o desenvolvimento da prpria ivilia./o#
A luta entre a liido e o e3o tem inLio na mais tenra inQnia# ( primeiro
praer da rian.a reém?nasida é o de mamar, e este praer Freud
onsidera omo seual# Desde o er.o, a rian.a ama a sua m/e porém, a
soiedade a3e de orma a Kue o interesse seual n/o seCa epresso nem
admitido omo tal# + erto Kue o praer Kue a rian.a sente por sua m/e
n/o se produ sem ostOulos# %or um lado, o pai tem direito P m/e e nesse
ponto é o rival da rian.a, ( resultado é o ompleo de +dipo0 a rian.a ama
sua m/e e odeia o pai# + verdade Kue a rian.a pode tamém amar o pai, e
nesse aso sua atitude é amivalente ? ama e odeia a mesma pessoa# (
mesmo ompleo, desenvolvido de orma um tanto dierente, tamém se dO
om a menina0 ela ama o pai e odeia a m/e ou desenvolve uma atitude
amivalente em rela./o a ela# -oda esta situa./o, om seus amores e
iMmes violentos, om seus on\itos e repressJes inevitOveis, determina
uma Kuantidade enorme de esor.o e tens/o psLKuios Kue pode dar ori3em
a desordens emoionais interminOveis#
Naturalmente, a vida seual da rian.a diere da do adulto# A prinLpio, é
auto?ertia as satisa.Jes est/o onentradas no prprio orpo da rian.a
e s/o provenientes da estimula./o, de inLio aidental, das onas er3enas#
Entre a primeira inQnia e a puerdade ;O um perLodo de latnia, durante
o Kual os deseCos seuais s/o epressos em ormas de sentimentos Kue a
soiedade aprova, e no Kual a rian.a passa a maior parte de seu tempo
om ompan;eiros
7 Durante al3um tempo, o amor da menina pelo pai oi ;amado Vompleo
de EletraV, mas, atualmente, por ser o prinIpio suCaente o mesmo nos
dois seos, o termo Vompleo de adipoV é apliado a amos, (
desenvolvimento do ompleo de kdipo na menina é mais indireto e mais
om\;5, ,\ i\ iiip no rana#
de sua mesma idade e seo# Na adolesnia, o interesse seual torna?se
novamente
seo oposto#aentuado e é defnitivamente orientado para as pessoas do
( desenvolvimento normal mostra omumente estas etapas suessivas,
mas tamém pode aonteer Kue esse desenvolvimento n/o oorra# -odas
as espéies de omplia.Jes provm do ato de Kue a rian.a é uma
Vperversa polimoraV
? isto é, o seu impulso seual n/o é ri3orosamente delimitado pode
epressar?se numa 3rande variedade de ormas, e assoiar?se a uma 3rande
variedade de oCetos# Uma onseK[nia muito provOvel e omum desta
situa./o é o ;omosseualismo a liido enontra o seu oCeto numa pessoa
do mesmo seo Kue o e3o# Uma orma randa de ;omosseualismo, de ato,
pode mesmo ser onsiderada uma ase do desenvolvimento normal,
ormando uma transi./o Oil ou pelo menos cmoda das prOtias auto?
ertias, Kue ei3em apen/s o e3o, para o verdadeiro ;eterosseualismo,
Kue reKuer uma pessoa do seo oposto# HO outras ormas, tamém, nas
Kuais o desenvolvimento normal da vida emoional pode sorer
interernia# A Vfa./oV pode oorrer em KualKuer ponto# Um erto
aCustamento pode ser t/o satisatrio Kue a prima etapa n/o é seKuer
tentada pelo menos pode ser preerido em lu3ar da aventura e do riso
eistente ao enrentar uma situa./o nova# Um menino pode ser t/o
dediado P sua m/e e estar t/o satiseito om essa rela./o, prinipalmente
se o amor da m/e se onentra nele, Kue deia de se interessar por outras
mul;eres ou, uma menina pode estar t/o asorta om suas ompan;ias
emininas, t/o entretida om os altos e aios emoionais proporionados
pelas suas VpaionitesV om ole3as do mesmo seo, Kue n/o a sua
transi./o para o amor dos ;omens# Estas ases podem ou n/o inluir
intimidade Lsia, e podem ser passa3eiras ou duradouras# 'ada transi./o é
eita om erta difuldade em onseK[nia, uma pessoa tLmida, ou outra
;ipersensLvel ou om um trauma Lsio, pode a;ar inteiramente mais
a3radOvel permaneer em um dado ponto, do Kue onentrar suas or.as
para um novo aCustamento# "esmo uma pessoa Kue ;aCa onse3uido om
ito uma transi./o, n/o estO se3ura no nLvel mais maduro# Eiste sempre a
possiilidade de Vre3ress/oV a uma etapa mais Oil e mais primitiva# Uma
rian.a Kue n/o se dO em om os ompan;eiros da sua idade pode
ensimesmar?se, ou prourar
amante des3ostoso o ari3o
pode voltar nara aonortante
omoan;ia do
de Lrulo amiliar#
seu urnrio seoUmou
para o a
%siolo3ia#s do &éulo
75
7_
Edna Heidreder
rin;o de sua m/e, ou mer3ul;ar em seus prprios pensamentos e
sentimentos#
Nin3uém, nem mesmo o mais eli, pode esapar do on\ito entre o deseCo
e a repress/o# 'ada um Kue nase na soiedade ;umana estO adado a ter
al3um de seus impulsos ontrariado e omo resultado, a onduta, mesmo
das pessoas normais, dO mostra de atritos e tensJes# A psiolo3ia da vida
otidiana mostra ser isto verdade, e Freud nuna a;a diLil enontrar
provas para as suas teorias nos inidentes omuns Kue ns despreamos
omo insi3nifantes ou atriuLmos ao aaso# As al;as da lin3ua3em e as da
esrita, nomes e enontros esKueidos, presentes e oCetos perdidos, todos
indiam o papel desempen;ado pelo deseCo e pela motiva./o# -ais
aonteimentos, insiste Freud, nuna s/o aidentais# A mul;er Kue perde o
seu anel de asamento deseCaria nuna t?lo possuLdo# ( médio Kue
esKuee o nome de seu onorrente, na realidade deseCa ver aKuele nome
risado da eistnia# ( Cornal Kue imprime V'loSn %rineV em lu3ar de
V'roSn %rineV e orri3e o seu erro afrmando Kue naturalmente Kuis dier
V'loSn %rineV, de ato Kuer dier isso mesmo# ` "esmo o senso omum
inulto tem a suspeita astuta de Kue os esKueimentos s/o si3nifativos
raramente uma pessoa delara, sem emara.o, Kue deiou de ompareer
a um enontro porKue o esKueeu# (s atos dessa espéie s/o sempre
determinados# &/o mesmo superdeterminados# Diversas lin;as de
ausalidade podem onver3ir sore o mesmo inidente desa3radOvel, e
determinantes Lsios em omo psLKuios podem estar inluLdos# (s erros
no alar, por eemplo, podem ser devidos em parte a difuldades de
oordena./o musular, P transernia de letras, P i3ualdade das palavras,
e oisas desse teor# "as tais irunstQnias n/o d/o a eplia./o ompleta#
Elas n/o epliam por Kue erta al;a e n/o outra oi ometida ? por Kue oi
pronuniada tal omina./o de sons e n/o outra# Um Covem omeriante,
por eemplo, esor.ando?se para ser eduado a respeito de um onorrente,
e pretendendo dier V&im, ele é muito efienteV !VeYientV$ realmente
disse0 V&im, ele é muito intrometidoV !VoYiousV$# Naturalmente, ele estava
inorrendo em uma Oil onus/o de palavras mas, tamém estava
eprimindo a sua verdadeira opini/o# Dese A maioria dos eemplos dados
neste parO3rao s/o etraidos do livro -;e %s;opat;olo3 o Everda
)ie#
N# da Editora# V'roSn %rine !prlnlpe da oroa$ era o titulo do prlnipe
;erdeiro em ertas monarKuias da Europa entral# 'loSn %rineV
Co e satisa./o indireta est/o na ase da onduta normal omo da anormal,
e até os aonteimentos Kue atriuLmos ao aaso s/o determinados por
motivos#
Além disso, as pessoas normais son;am, e os son;os, é Kuase
desneessOrio repetir, d/o astante prova das maKuina.Jes do
inonsiente# (s devaneios em omo os son;os noturnos s/o omuns entre
as pessoas normais e, omo aKueles, s/o modos de satisa./o dos deseCos e
das maneiras primitivas de pensar# (s devaneios, de ato, d/o a ;ave para
uma das mais interessantes teorias reudianas0 a interpreta./o do papel do
inteleto nos assuntos ;umanos#
Nas m/os de Freud, o inteleto reee esasso respeito# A no./o de Vra/o
entroniadaV transorma?se em mito e o ;omem raional entra em olapso
no meio dos deseCos reudianos# ( pensamento e a ra/o podem ser tudo
menos or.as dominantes na naturea ;umana eistem somente para
servir aos 3randes impulsos e deseCos primaiais, Kue s/o os verdadeiros
donos da onduta ;umana# ( inteleto é o seu servo, e muitas vees servo
orrupto, n/o se peCando em torer, esonder e manipular a verdade no
interesse de seus poderosos donos# A ra/o é sempre motivada por
neessidades aetivas ela eiste para eeutar as suas ordens direta ou
indiretamente, traal;a para onse3uir as satisa.Jes dessas neessidades#
+ verdade
tratar om Kue o inteleto,
o mundo a fm
omo ele é, de servir eetivamente,
ompetir devee,aprender
om os atos reais portanto,a
assumir as maneiras rLtias, l3ias e realistas Kue reon;eemos omo
pensamento verdadeiro# "as, essas s/o ormas seundOrias de rea./o
inuladas sore o pensamento primitivo e al3io pelo ato de Kue os
anseios instintivos, para onse3uir sua verdadeira satisa./o, devem atuar
no mundo real# "esmo o pensamento mais l3io e realista é determinado
pelo deseCo pessoal e primitivo#
Além disso, o inteleto nem sempre a aso das li.Jes Kue aprendeu# s
vees, esKuivando?se das difuldades do aCustamento Ps situa.Jes reais,
ele prov ale3rias e triunos ima3inOrios Kue n/o podem, na oasi/o, ser
otidos na realidade# Bleuler deu o nome de Vpensamento autLstioV a esta
espéie de intele./o, da Kual o devaneio é o mel;or eemplo possLvel# Em
ontraste om o pensamento realista, o autLstio aredita no Kue Kuer
areditar, detendo?se nas satisa.Jes imediatas e ima3inadas Kue podem
ser otidas sem o usto e o riso do ompromisso real om o mundo
verdadeiro# ( pensamento autLstio, laramente motivado pelo prinLpio do
77
7
Edna Heidreder
%8olo3ias do &éulo
praer, revela Kue o inteleto estO inonundivelmente suCeito ao instinto e
ao deseCo#
(utra prOtia Kue denota o papel seundOrio do inteleto é a Kue Ernest
2ones ;ama de raionalia./o# Ela onsiste em a;ar ons motivos para um
ato, Kuando a pessoa n/o estO Kuerendo revelar ou admitir o motivo real ?
ou Kuando, o Kue é pereitamente possLvel, ela prpria deson;ee Kual
seCa o motivo verdadeiro# A oorrnia da raionalia./o si3nifa K[e ns
aemos as oisas primeiro porKue deseCamos aer, e depois enontramos
motivos para as mesmas# ( ;omem Kue de ato Kuer Co3ar 3ole pode a;ar
muitos ons motivos para assim proeder, nas ;oras de traal;o e ora
delas# ( 3ole é um om eerLio desanuvia a mente para o traal;o
muitas vees e;a um ne3io no ampo de 3ole tanto traal;o sem
distra./o a dele uma pessoa an3ada# (s seres ;umanos 3ostam de
pensar Kue s/o diri3idos pela ra/o, e a raionalia./o é um artiLio Kue
alimenta esta ilus/o#
%orém, tudo isso, pode?se ar3umentar, é astante omum# Fal;as de
lin3ua3em e lapsos de memria, son;os e erros, irre3ularidades do
pensamento, tais omo o devaneio e a raionalia./o, n/o s/o afnal as
maiores atividades da vida# %odem os prinLpios da psianOlise epliar os
prolemas mais 3raves da onduta ;umana^
(s reudianos om ertea n/o se esKuivam dessa tarea# As neuroses n/o
podem ser onsideradas oisas sem importQnia, e a teoria psianalLtia
tem omo sua prpria ori3em a tentativa de ompreender e urar as
neuroses# De aordo om os reudianos, eatamente as mesmas or.as
est/o em a./o no omportamento normal e no anormal, porém, neste
Mltimo, est/o ealtadas e seus eeitos s/o mais pereptiveis# (s sintomas
neurtios s/o epressJes indiretas de deseCos reprimidos# A e3ueira
;istéria pode ser uma u3a a um dever intolerOvel um soldado Kue n/o
pode suportar a luta nem a u3a pode resolver seu prolema fando e3o ?
uma solu./o medLore, de ato, mas Kue pelo menos resolve o on\ito entre
a onsinia e o deseCo, sem erir o amor?
?prprio# A paralisia ;istéria pode ser uma deesa ontra uma
estarreedora tenta./o os memros, n/o podendo se mover, podem
onservar o seu dono ora de peri3o# Um maneirismo ou eentriidade de
onduta aparentemente sem si3nifado pode ser a satisa./o sustitutiva
de um deseCo n/o satiseito em erto aso, o ;Oito motor estereotipado de
uma mo.a neurtia representava a profss/o do amante
Kue ela ;avia perdido# Isto n/o Kuer dier Kue o amin;o do deseCo até o
sintoma seCa simples e direto# =uase sempre o paiente n/o sae o Kue estO
aendo# (s meanismos est/o no inonsiente e este, atuando por vias
indiretas araterLstias, torna inrivelmente diLil desrever a verdadeira
situa./o# &empre, porém, na ase da pertura./o estO o deseCo ? ao Kual oi
ne3ada a epress/o direta e Kue aparee torturado na orma de al3uma
deorma./o da onduta#
( prprio Freud, omo médio, tratou das neuroses e psioneuroses# "as
seus adeptos ampliaram as suas interpreta.Jes, muitas vees om
arésimos prprios, PKueles aastamentos mais pronuniados do
omportamento normal, Kue s/o lassifados omo psioses# ( primeiro a
aer esta amplia./o oi o psiKuiatra suL.o Bleuler, Kue epliou a
esKuiorenia, a mais desonertante das psioses, omo uma is/o ou
Vra3menta./oV da personalidade, resultante de um on\ito t/o intenso Kue
redu a personalidade a ran3al;os# A orienta./o de Bleuler oi se3uida om
entusiasmo por outros elementos de sua profss/o e atualmente n/o ;O
setor da psiolo3ia anormal no Kual as interpreta.Jes psianalLtias n/o
;aCam penetrado#
desordem Nen;um
é t/o 3rande, sintoma
para é t/oasem
o desvelo, importQnia,
dili3nia nen;uma
e a ompleta e inrLvel
;ailidade daKueles Kue tentam adaptar a psianOlise para todos os asos#
As 3raves preoupa.Jes da onduta normal oram tamém epliadas em
un./o dos meanismos reudianos# Naturalmente, a profss/o, as atividades
do traal;o Kue tm tanta importQnia na vida de ada dia n/o podem ser
despreadas por nen;uma teoria Kue tente dar urna eplia./o orreta da
onduta ;umana# (s reudianos onsideraram este prolema de vOrios
pontos de vista# Urna teoria di Kue
o impulso pela realia./o, pelo suesso, por onsidera.Jes de toda a
espéie, é asiamente o deseCo de possuir um ompan;eiro do seo
oposto, e Kue por aio de toda a luta pelo poder, pela riKuea e pela ama,
estO o deseCo de ;amar a aten./o de um ompan;eiro adeKuado# Através
do traal;o do artista, do ientista, do estadista, do apit/o de indMstria, \ui
o motivo do eiiionismo, ? um eiiionismo erta?
9 A palavra VmeanismosV é empre3ada pelos psianalistas om reerénda
aos proessos espeifos pelos Kuais o inonsiente a3e# Heal, Bron\er e
EoSers, no livro -;e &triture and "eanin3 o %siC;oanali,sis, 5676,
su3erem a ado./o do termo VdinamismoV em lu3ar da palavra
VmeanismoV# VA psiKuiatriaV, diem eles, Ve em partiular a psianOlise
est/o espeialmente Interessadas na dln/mla da vida mental, nas oras
atuantes e nas leis Kue l;es diem respeito# Ent/o, omo diria um tisio, o
dinamismo é uma ora espeifa a3indo numa dire./o ou maneira
espeifaV#
7
Edna Heidreder
%siolo3ias do &éulo
79
mente sulimado e reorientado, mas Kue é, asiamente, um deseCo
primitivo de ser notado# Eplia.Jes mais espeLfas oram apresentadas
em aundQnia# ( ientista, oi su3eri?# do, é um voeur# &ua usa da
verdade, emora possa pareer desinteressada e impessoal, tem sua
ori3em na uriosidade seual ontrariada na inQnia, Kue persiste e se une
a oCetos sem li3a./o aparente om as irunstQnias Kue primeiramente a
despertaram# *rande parte da aten./o oi dada Ps artes, porém a mais
rana e amosa tentativa de epliar a produ./o de um artista em un./o
de oneitos psianalLtios é o livro )eonardo da @ini de Freud# %ara o
autor, n/o poderia ;aver eemplo mais pereito de ompleo de +dipo do
Kue aKuele sorido por )eonardo, fl;o ile3Ltimo, dediado P sua ineli m/e,
mesmo na idade adulta osedado pela sua fsionomia, e reproduindo?a
sempre em suas pinturas# Um modo um tanto diverso de apliar os
prinLpios reudianos v?se nos omentOrios de Freud a respeito do romane
*raiva de 2ensen# Neste aso, um simples traal;o literOrio é usado para
revelar n/o o motivo da ora do autor, mas sim a interpreta./o psianalLtia
da situa./o por ele desrita# ( arOter e a onduta do Covem arKuelo3o,
Kue é o ;eri do romane, mesmo o seu interesse pela arKueolo3ia, s/o
apresentados omo epress/o de seus deseCos inonsientes#
E as mesmas or.as suterrQneas Kue a3em nos indivLduos, tamém atuam
na soiedade omo um todo# De mil maneiras, a ener3ia seual é sulimada
? diri3ida para anais aprovados pela soiedade# ( mito, as erimcnias
reli3iosas, os taus triais, as institui.Jes soiais ? todos eles, através do
simolismo ou al3um outro disare, revelam a satisa./o de deseCos
proiidos# As prOtias de Kue se servem, emora muito onvenionais
devido ao uso e a repeti./o, tm suas raLes no inonsiente e est/o
arre3adas de emo./o# -oda a ontetura da ivilia./o estO marada pelo
padr/o reudiano ? om on\ito, repress/o, interposi./o de resistnia e
amin;os indiretos para a satisa./o#
Até ent/o, supun;a?se Kue ;avia uma oposi./o astante simples entre o
onsiente e o inonsiente, entre as tendnias do e3o e as do seo#
%orém, mais tarde, Freud apresentou teorias Kue diem ser essa oposi./o
muito menos simples e defnida do Kue pareia# Diri3indo a aten./o para as
tendnias do e3o, impressionou?se pelo 3rande onteMdo liidinoso Kue
enontrou pelo amor de si mesmo epressando?se de orma mais omplea
e sutil do Kue a enontrada no simples
auto?erotismo# ( resultado disso oi uma nova teoria de or3ania./o da
psiKue, 3irando em volta de trs oneitos, o id, o e3o e o supere3o# A
rela./o entre esta nova teoria e a anti3a n/o fou em eslareida# Freud
paree onsiderar amas omo aspetos da mesma realidade, omo
panoramas da psiKue vistos de Qn3ulos li3eiramente dierentes de vis/o#
Reon;ee aertamente Kue as rela.Jes entre elas s/o osuras, mas
aredita Kue a alta de larea é devida ao on;eimento inompleto além
disso, ele aredita frmemente Kue um deseCo de oernia n/o deve
impedir o re3istro dos Vinsi3;tsV a Kue um sistema eistente ?
prinipalmente um Kue se reon;ee inompleto ? n/o se adapta
prontamente#
?Dos trs oneitos, o id !o id latino$ é talve o menos reelde# 'orresponde
mais de perto P anti3a no./o de inonsiente# Al3uns analistas, de ato,
areditam Kue ele suplantou o oneito de inonsiente, emora outros o
onsiderem omo uma interpreta./o omplementar# ( id é a parte mais
primitiva e prounda da personalidade# k proundo, osuro, inonsiente e
poderoso# 'ontém omo seus maiores omponentes os impulsos seuais
instintivos, mas inlui tamém tendnias de ;Oitos Kue o indivLduo
suprimiu, e uma espéie de saedoria e3a ;erdada da ra.a# ( id, emora
poderoso, é ompletamente desprovido de perep./o é amoral, inulto,
desptio e audaioso# Busando somente os praeres do momento, ei3e
sua satisa./o insistente mas e3amente#
( e3o se desenvolve a partir do id pelo ontato do eu om a realidade
eterna, e torna?se o mediador entre o eu e o mundo eterior# ( e3o
on;ee a realidade de modo dierente ao do id ? pereendo, ao passo Kue
o id deseCa e3amente# A perep./o, Cuntamente om a apaidade para
manipular o meio amiente e re3ular o id om reernia ao mesmo, é a
atividade araterLstia do e3o# ( e3o desta nova teoria é realmente muito
menos o opressor e3o Kue era o e3o do passado# Emora pon;a reio ao id,
muitas vees resistindo frmemente Ps suas ei3nias, o e3o, seCa
aproveitando ou riando oportunidades, realia KuaisKuer satisa.Jes
verdadeiras Kue o id admite# Nestas atividades, o e3o torna?se al3o omo
um oportunista, mesmo um tanto diplomata# -orna?se tamém oCeto de
amor por parte do id# Freud enontra no amor a si prprio um omponente
liidinoso orneido diretamente pelo id#
A mais impressionante das novas onep.Jes é, sem termo de ompara./o,
a do supere3o# -alve a mel;or maneira
7:
Edna HeCdreder
de desrever o supere3o seCa dier Kue ele é a onep./o da onsinia,
se3undo Freud, e, ent/o, aresentar imediatamente Kue se trata de uma
onsinia Kue é inantil, inulta, em 3rande parte inonsiente e poderosa
ao etremo,
ontatos om(osupere3o
mundo ao é ormado Kuando
seu redor, a rian.a,
inorpora em seuso primeiros
em si mesma pai ideal ?
Kue representa de erto modo amos os pais
? e adota omo parte de si mesma as proii.Jes inuladas pelos pais na
meninie e na tenra inQnia, ( supere3o tem sido ;amado de V;erdeiro do
ompleo de +dipoV# %rovém da tentativa inantil de autodisiplina, de
resistnia ontra os atos proiidos, pelo estaeleimento dentro do eu dos
padrJes do mundo dos pais# ( supere3o, portanto, inlui as emo.Jes Kue
arateriam o ompleto de +dipo e estO or3aniado na ase dos VFa.a istoV
e VN/o a.a istoV Kue provm das irunstQnias morais impensadas,
inompreendidas e onusamente emoionais da inQnia# %or sua
intensidade
assemel;a?se emoional e pela
mais ao id nsistnia
do Kue e3a de suasom
ao e3o omunia?se ei3nias,
o id mais
livremente do Kue o e3o# E, ontudo, desde edo, o supere3o adKuire um
enorme poder sore o e3o é apa de severidade a ponto de rueldade ao
in\i3ir puni./o pela viola./o de seu di3o# Um urioso arranCo eiste Ps
vees, no Kual o supere3o permite ao e3o aastamentos do di3o P usta
de a3onias de remorso e sorimento uturo, ( supere3o, em suma, é a
moralidade inonsiente do indivLduo, a Kual, muitas vees em desaordo
om suas ren.as e prinLpios onsientes, in\i3e sorimento e ei3e
epia./o por atos dos Kuais a pessoa n/o sae onsientemente Kue o
mesmo desaprova# Esta situa./o aumenta muito a proailidade da
orma./o de on\itos Freud aredita Kue uma Kuantidade inalulOvel de
ener3ia psLKuia é 3asta pelas onusJes nas Kuais o supere3o se envolve#
Devemos lemrar, tamém, Kue Freud n/o oi o Mnio a revisar e
desenvolver o seu sistema# As modifa.Jes de seus ensinanentos sur3iram
em toda parte, muitas vees asperamente opostas entre si# Al3umas das
su3estJes de seus adeptos oram aeitas por Freud, porém outras ?
notadamente as de 2un3 e Adier ? oram ondenadas e reCeitadas por ele# +
surpreendente Kue, na euerQnia da doutrina Kue se desenvolveu, os
prinLpios de Freud se destaKuem t/o laramente omo o aem# %ois,
apesar das modifa.Jes Kue ele estO ontinuamente introduindo, e a
despeito das altera.Jes e amplia.Jes ? t/o reK[entes omo
%siolo3ias do &éulo
7<
n/o ofiais ? Kue outros realiaram em seu nome, os ontornos prinipais de
sua onep./o s/o laramente pereidos# Eiste sempre o padr/o Osio
de um eu em luta om os deseCos inonsientes, emora as rela.Jes entre
eles seCam intriadas e nem sempre laras# As orrentes de impulso e
repress/o perorrem toda a estrutura psLKuia ? lin;as de resistnia, de
urla da resistnia e de satisa./o indireta do deseCo#
No limiar de KualKuer tentativa para avaliar as doutrinas da psianOlise ;O
uma difuldade uriosa e si3nifativa# &e a teoria or verdadeira, a simples
Kuest/o de eaminar os prs e os ontras CO pode ser uma epress/o de
motivos inonsientes, e KuaisKuer oCe.Jes Kue surCam e seCam oCeto da
aten./o do rLtio podem ser deesas inonsientes ontra reeldias
indeseCOveis# Neste aso, as prprias oCe.Jes onstituem evidnia da
eatid/o essenial do sistema pois o seu apareimento si3nifa Kue o
rLtio a;a o si3nifado da psianOlise oCetOvel e estO se prote3endo na
orma prevista pela teoria# Esta possiilidade pode ser determinada e
admitida desde o inLio#
Esta situa./o, de ato, é um aso partiular de difuldade l3ia Kue sur3e
em KualKuer tentativa para avaliar a teoria do ponto de vista da inia0 é
impossLvel tanto provar omo desaprovar as teorias psianalLtias,
aseando?se em evidnia ientLfa# +, realmente, impossLvel provar Kue
est/o ertas porKue é impossLvel provar Kue est/o erradas# A inia, no
fnal, apela para a evidnia eperimental, e um eperimento deisivo é o
Kue dO uma lara resposta a irmativa ou ne3ativa a al3uma per3unta, (
eperimento, portanto, deve ser eito de tal orma Kue torne possLvel uma
resposta de V&imV ou VN/oV ou de V&im ? em uma erta porenta3em de
asosV# + por este motivo Kue a inia insiste em omputar os asos
ne3ativos# %orém, a teoria psianalLtia, na orma em Kue é a3ora eposta,
torna impossLvel um aso ne3ativo# %or eemplo, se a anOlise revela um
ompleo seual, a teoria fa onfrmada# Em aso ontrOrio, deia de o
revelar porKue a anOlise enontrou uma resistn: %ara ser mais espeifo,
se o ritio reCeita a teoria, pode estar a3indo
em
suasdeesa prpria#
oCe.Jes para &e
umele
ou simpatia ompode
outro ponto, a teoria
estarem seu todo,
apenas reservando
usando uma
deesa mais sutil, tentando prote3er seus pontos mais sensiveis aendo
onessJes sore pontos Kue n/o l;e diem muito respeito# "esmo Kue
apresente oas raJes para a sua posi./o, nuna pode ter ertea de n/o
estar raionaliando# E o ritio pode n/o ter ertea de n/o estar adotando
tais artiflos, porKue os seus motivos podem estar proundamente situados
em seu inonsiente,
78
Edna Heidreder
de Kue osInevitavelmente,
faram# Kue viram o Kueao eles viram
tentar devem far
eaminar onvenidos
a psianOlise omode
do ponto eles
vista ientLfo, o rLtio depara om dois tipos de evidnia0 por um lado,
oserva.Jes imediatas Vn/o tratadasV Kue se aumularam e Kue produiram
onvi./o no deorrer da eperinia prOtia diOria de outro, oserva. es
sumetidas a proessos espeialmente dispostos para testar as ;ipteses
em Kue s/o relevantes# Naturalmente, o ato de Kue a evidnia
apresentada em apoio da teoria psianalLtia n/o eCa ri3orosamente
ientLfa, n/o si3nifa Kue a teoria seCa alsa# -amém n/o Kuer dier Kue
os ientistas ten;am se reusado a aeitO?la, pois um dos atos notOveis
dessa importante teoria oi Kue ela ariu amin;o mesmo entre ientistas,
sem o apoio da evidnia Kue é estritamente ientLfa# &i3nifa apenas Kue
Kuando é mantida uma ren.a na teoria psianalLtia, é apoiada em outros
undamentos além da prova ientLfa# =uer dier Kue a ren.a n/o se
aseia em evidnia verifada de orma sistemOtia, mas na impress/o de
Kue eiste al3o na mesma e Kue esta eplia raoavelmente as oisas Kue
toda a 3ente realmente a e Kue as espeula.Jes estran;as, por
;oantes Kue seCam, oinidem de maneira onvinente om a oserva./o
omum e ontriuem para tornar oerentes e inteli3Lveis as atividades Kue
de outra orma seriam atias e sem sentido e Kue onstituem uma parte
t/o 3rande do omportamento ;umano# =uem Kuer Kue aeite ou n/o as
teorias psianalLtias, assim proede através do mesmo tipo de raioLnio
Kue l;e ornee os mil e um CuLos Kue é or.ado a aer na vida diOria
aseado em evidnia inadeKuada e insufiente ? os tipos de CuLo,
realmente,
inia# -aisaos Kuais é ori3ado
estima.Jes, a sede
derivadas adaptar, mas Kueden/o
uma multid/o tm lu3arena
impressJes
interpreta.Jes, onCeturas e intui.Jes, transormam?se muitas vees em
onvi.Jes inaalOveis, Kue podem estar ertas ou erradas mas Kue, do
ponto de vista da inia, n/o podem ser onfrmadas ou ne3adas#
Além dessas rLtias de naturea 3eral, tm sido eitas oCe.Jes a
determinados pontos da teoria psianalLtia# A mais omum é a de Kue
Freud ea3erou demais o papel desemoen;ado nelo seo# (uvimos, Ps
vees, a oie/o inun
79_
Edna Heidrder
%siolo3ia8 do &éulo
795
dada de Kue Freud redu tudo a seo ? sem undamento, porKue isto n/o
oinide om os atos# Freud nuna pretendeu Kue o motivo seual osse o
Mnio impulso Kue leva P atividade# Admitiu sempre as tendnias
autoonservadoras, e desde o inLio atriuiu ao e3o or.as Kue s/o apaes
de reprimir os deseCos seuais# "as, o impulso seual, saliente, estO suCeito
a uma orte e ontLnua repress/o, e devido a isso leva a distMrios
aentuados da onduta# -udo isso, entretanto, n/o altera o ato de Kue
Freud atriui ao seo o papel preponderante na onduta ;umana, e Kue a
doutrina da tremenda e universal potnia do seo é uma das suas mais
notOveis ;ipteses de traal;o#
A resposta de Freud P oCe./o de ter supervaloriado o seo é por demais
evidente para ei3ir eplia./o# Foi prinipalmente porKue 2un3 e Adier
tentaram alterar o seu ensinamento neste partiular Kue ele se aastou t/o
amar3uradamente de amos# -odavia, 2un3 e Adier, amos oloando o
impulso 3eral no lu3ar do interesse seual, est/o muito mais primos de
Freud do Kue a maioria de seus rLtios# %ara muitos psilo3os, paree um
erro supor Kue a vasta e variada 3ama da atividade ;umana seCa t/o
lar3amente dependente, omo aredita Freud, de KualKuer motivo 3eral
simples, seCa de autoonserva./o, autoonfan.a# impulso seual ou or.a
vital em 3eral# 'onsideram tal modo de proeder omo uma tenta./o para
entre3ar?se a lon3as e va3as espeula.Jes um onvite para Kue KualKuer
tipo espeLfo de onduta seCa relaionado P Mnia onte Kue se aeita#
(servam Kue a psiolo3ia, omo KualKuer outra inia, tem pro3redido
em propor./o direta P sua desoerta das ondi.Jes espeLfas Kue
determinam ertos atos# %reerem, portanto, ome.ar de orma mais
sin3ela, tomando as dieren.as visLveis pelo seu valor aparente, e tentando
desorir as ondi.Jes espeiais Kue provoam a onduta Kue o senso
omum atriui a uma variedade de motivos mais espeLfos ? medo, raiva,
uriosidade, vin3an.a, deseCo de dominar e uma infnidade de outros#
Areditam piamente Kue uma eplia./o verdadeira inlui uma desri./o
or3aniar deesa#
oneeram vOrios(smétodos
prpriospelos
analistas
Kuaisest/o ientes
tentam dessasEdifuldades
superO?las# om erteae
devemos dier, a avor de Freud, Kue seu deseCo de alterar as suas opiniJes
Kue oram puliadas, india Kue, pelo menos Kuanto a ele, as onvi.Jes
terias n/o oram impenetrOveis Ps impressJes ausadas por atos
sur3idos nos ontatos reais om os paientes#
( sistema oi tamém ritiado por possuir inonsistnias internas e
pontos osuros# ( ompleo de +dipo prinipalmente tem sorido muitos
ataKues# De Kue maneira a rian.a reém?nasida aprende a reprimir seus
deseCos liidinosos^ De onde provém a sua or.a de repress/o^ 'omo é Kue
a atitude do meio amiente soial é eatamente transmitida P rian.a^ Das
tendnias do e3o^ Ent/o elas s/o mais ortes do Kue a liido^ =ual é a
rela./o eata entre os deseCos seuais e o e3o^ As mais reentes teorias de
Freud sore as tendnias do e3o, indiando omo o aem
I&I!(lH$I!l !l &éulo
uma a./o reLproa e omplea entre a liido e o e3o, e om um amor a si
prprio no Kual se envolve a liido, tornam a distin./o entre as duas menos
lara do Kue antes# -ais re\eJes, entretanto, n/o perturam seriamente os
psianalistas# 'onsideram omo virtude de seus lLderes Kue n/o mostrem
pressa em onretiar as ren.as em sistemas ompletos e fnais Kue
onservem, ao ontrOrio, uma susetiilidade aos atos omo os vem,
mesmo se orem aparentemente inonsistentes e Kue manten;am uma
disposi./o a admitir as tendnias Kue reon;eem estarem em atividade,
mesmo Kue n/o possam ser representadas 3rafamente as inter?rela.Jes
das mesmas# Areditam Kue muitas destas difuldades s/o temporOrias,
Kue al3umas s/o artifiais e Kue, além disso, s/o, sem motivo,
onsideradas importantes por aKueles uCos ;Oitos aadmios de
pensamento deiam os seus possuidores desassosse3ados até onse3uirem
estaeleer uma estrutura nitidamente artiulada para as suas onep.Jes
de traal;o# Areditam, tamém, Kue para aKueles Kue tiveram uma
eperinia de primeira m/o om a psianOlise ? novamente o apelo é para
a oserva./o direta e intuitiva ? as imperei.Jes, inonsistnias e al;as do
sistema pareem insi3nifantes ao lado da relevQnia imediatamente visLvel
da teoria omo um todo, em rela./o aos atos Kue se apresentam na vida
;umana#
Assim, a dieren.a entre os psilo3os aadmios e os psianalistas é,
amiMde, nada mais Kue dieren.as nos ;Oitos de pensamento provoados
pelos seus respetivos prolemas# 'ertamente, 3rande parte da
irunspe./o dos psilo3os aadmios tem sua ori3em numa avers/o
pelo Kue onsideram uma alta de larea da lin3ua3em ? da simples e
natural epress/o literal ? nas delara.Jes reudianas# A nuvem da mitolo3ia
e da personifa./o Kue paira sore os oneitos desta esola oi
partiularmente desa3radOvel# As f3uras de retria, omo VensorV ou
Vompleo de +dipoV, ou mesmo aKuelas suentendidas em Von\itoV,
VrealKueV, Velaora./o onLriaV e outras Kue tais pareem estran;as e sem
aimento em eplia.Jes ientLfas# -oda inia, naturalmente, lan.a
m/o de termos Kue n/o s/o tomados totalmente em sentido literal# ( Lsio
n/o Kuer dier Kue um Otomo seCa uma olin;a de matéria dura e Freud
n/o entende por ensor um maneKuim real sentado no al.ap/o Kue se
omunia om a pris/o do inonsiente# %ode mesmo ;aver erta vanta3em
para o psianalista, do ponto de vista da prOtia real, em personifar as
or.as psiol3ias om as
79$,
Edna Heidrdt
%siolo30a7 do &éulo
799
Kuais traal;a# Afnal de ontas, ele trata diretamente om pessoas, e sua
atitude em rela./o a seus paientes pode ser aetada sutilmente pelo ato
de pensar sore suas difuldades em un./o n/o de esor.os e anseios
impessoais, mas de lutas e raassos de riaturas ;umanas# %orém, para a
inia todo o amiente riado por esta prOtia paree de tumulto e
onus/o# %ois a inia deposita poua é em f3uras de retria ela teme
Kue as oisas esseniais possam ser onundidas om tra.os Kue inidem
apenas sore um determinado tipo de epress/o, e Kue os prolemas
importantes possam ser osureidos# %or eemplo, enKuanto se onsidera
a liido omo um vasto reservatrio de ener3ia Kue pode \uir
indierentemente através de vOrios anais, a possiilidade de sua variada
epress/o apresenta pouos prolemas# &omente Kuando se eperimenta
pensar em un./o das estruturas reais do orpo e das ontes de ener3ia é
Kue se tornam evidentes as difuldades prprias do oneito#
E, todavia, apesar das oCe.Jes Kue oram aumuladas sore a teoria
psianalLtia, as psiolo3ias onvenionais n/o oram apaes de i3norO?la#
De erta orma, al3umas ;e3aram mesmo a aeitO?la# ( e;aviorismo oi
astante avorOvel a al3uns dos oneitos reudianos, Kuando os traduiu
em un./o de meanismos orporais e os sumeteu em al3uns asos a
opera.Jes orretivas# (s oneitos da psianOlise tiveram tamém
tremenda
mesmo emin\unia soredidOtios
muitos livros a psiolo3ia
parasoial e a anormal#
prinipiantes, -iveram
emora 3uarida
muitas vees
ten;am perdido muito de seu arOter ori3inal no deorrer deste proesso# E
tudo isso aonteeu, é importante oservar, na alta de uma prova Kue seCa
estritamente ientLfa# (nde Kuer Kue as teorias reudianas ten;am sido
aeitas ora do Qmito psianalLtio, oram reeidas n/o porKue
trouessem onsi3o redeniais de evidnia eata e verifOvel, mas
porKue despertaram a onvi./o na orma em Kue se verifa na vida diOria
? pela impress/o de Kue representam uma oserva./o a3uda e uma
espeula./o perspia as Kuais, na maior parte, onordam om os atos#
Devido ao desaordo Osio sore a validade da evidnia, os ar3umentos
pr eeste
ato, ontra as teorias
desaordo reudianas
sore podem
a Kuest/o ontinuar
do Kue indefnidamente#
onstitui a evidnia Kue+,dO
deP
teoria psianalLtia o seu prinipal interesse ao estudante de esolas e
sistemas# %ois as teorias reudianas representam uma etapa riadora no
pensamento ientLfo na Kual est/o sendo ela?
oradas as ;ipteses Kue podem ser mais tarde levadas ao rivo dos testes#
Elas onstituem uma psiolo3ia no nLvel de su3estJes e onCeturas Kue
ser/o mais tarde onfrmadas ou reCeitadas, uma psiolo3ia Kue atualmente
se dedia astante P oserva./o de seu prprio material, mas Kue estO até
a3ora sem meios adeKuados para prote3er suas oserva.Jes# + animador
omparar a psiolo3ia psianalLtia om o estruturalismo, Kue a esse
respeito é a sua antLtese# ( estruturalismo, provido de um método ientLfo
altamente desenvolvido, e reusando?se a tratar om materiais irredutLveis
PKuele método, ilustra de modo admirOvel a ei3nia de eatid/o e
preis/o pelas Kuais a inia disiplina a uriosidade n/o orientada# A
psianOlise, om sua uriosidade Kuase ines3otOvel, n/o possui atualmente
os meios, e ao Kue paree Ps vees o deseCo de verifar as suas prousas
espeula.Jes por meio de testes ri3orosamente rLtios# "as o Kue l;e alta
em preis/o, sora em ener3ia, na ompreensiilidade de suas idéias, e na
intimidade de seus prolemas om as preoupa.Jes da vida diOria# %ois,
nuna é demais repetir, a psiolo3ia psianalLtia n/o presinde da
oserva./o ela utilia a Kue é mais intuitiva do Kue rLtia#
+, portanto, através de sua ener3ia, do seu ontato direto om o seu
material, de seu oCetivo e da sua perspiOia de senso omum Kue a
psiolo3ia psianalLtia in\uiu sore a psiolo3ia em 3eral# + omo se a
psiolo3ia aadmia, em ae de uma teoria Kue n/o pode aprovar nem
desaprovar, mas Kue n/o pode i3norar, ontrapusesse uma intui./o om
outra e se arrisasse a emitir um CuLo# ( seu veredito oletivo oi al3o
pareido om Vdois Kuintos de 3nio e trs Kuintos de pura lorotaV, om as
ra.Jes determinadas sem preis/o# A psiolo3ia aadmia, emora ten;a
mostrado um orte deseCo de randir a naval;a de (am !isto é, mostrar
Kue n/o eiste distin./o real entre a essnia e a eistnia$ e aastar o
aedal de onstru./o ima3inativa Kue aompan;a esta teoria, fou n/o
ostante impressionada om al3umas de suas interpreta.Jes# "uitos
psilo3os a;am os oneitos de on\ito e realKue ;ipteses eundas, e
muitos a;am Kue os meanismos, omo a raionalia./o, o pensamento
autLstio e as vOrias ormas indiretas de satisa./o dos deseCos, tm
aundantes eemplos na vida diOria# "uitos deles reon;eem o valor da
in\unia de Freud ao ;amar a aten./o para os prolemas da
personalidade omo um todo, e l;e onedem um lu3ar de destaKue no
movimento 3eral Kue, solapando diretamente a no./o de ;omem ra
79:
Edna Heidreder
%siolo3uis do &éulo
79<
ional, real.a a tremenda importQnia dos aspetos onativo e aetivo da
naturea ;umana# A maioria deles tamém l;e dO valor por ressaltar os
prolemas psiol3ios do seo astante esKueidos# As doutrinas de Freud
relativas P import#Qn#ia da meninie e da primeira inQnia oram aeitas ?
muitas vees aps a elus/o de muitos de seus ensinamentos a respeito da
seualidade da rian.a ? em parte porKue, no cmputo 3eral, est/o de
aordo om muitas das desoertas dos prprios psilo3os onvenionais#
+ tamém 3eralmente reon;eido Kue Freud, apesar de sua inlina./o para
o va3o e o mLstio, promoveu em 3eral uma vis/o mais naturalLstia do
;omem# Finalmente, a onep./o Osia de Freud da importQnia do
inonsiente, sua onvi./o de Kue as oisas Kue os seres ;umanos aem
onsiente? mente pouo eslareem sore as amadas mais proundas de
sua naturea, é reon;eida omo tendo levantado prolemas Osios a
respeito da metodolo3ia e da estrutura undamental de toda a inia da
psiolo3ia#
BIB)I(*RAFIA
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Aerastur, A#, -eorIa ténia dei psioanOlisis de ni,los !Buenos Aires,
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# d#, 5698$#
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El método psioanOiisis
psioanalLtio !Buenosreudiana
la dotrina Aires, %siKue, 569:$#
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'(N&iDERAE& FINAI&
E possLvel Kue, om seu orteCo de sistemas, a psiolo3ia de ;oCe esteCa
aendo um papel n/o muito ril;ante# Um sistema aps outro prolama
seus prinLpios, ada um impJe a sua norma aos atos Kue atraem a sua
aten./o e ada um apresenta o seu aso om erto 3rau de proailidade# A
Kuest/o é Kue todos proedem assim e est/o Kuase sempre om
pendi0ias entre si# + si3nifativo, tamém, Kue Kuanto mais eatamente
um sistema estaelee as re3ras de seu estilo, niais ri3orosamente
seleiona os atos e Kue os sistemas mais inteli3Lveis e mais oerentes s/o
aKueles mais suCeitos Ps ne3a.Jes e Ps reCei.Jes# Além disso, nen;um
sistema, nem mesmo os mais ativos, pode ou Kuer pretender Kue CO esteCa
inteiramente apiado em atos# E Kuando nos lemramos Kue os sistemas
Kue aaamos
psiolo3ia, de eaminar
a onus/o reses/o somente
e se al3uns
multiplia# entreesta
-odavia, muitos
é ada moderna
situa./o aps
mais de meio séulo de esor.os0 sistemas em prous/o, porém, nen;uma
interpreta./o dos atos da psiolo3ia om os Kuais onordem a maioria,
sen/o todos os psilo3os#
%ara muitos, esta alta de ;armonia si3nifa Kue todo o empreendimento da
psiolo3ia é um dos esor.os desperdi.ados e desesperan.ados da ra.a
;umana# Em al3uns, ela ortalee a onvi./o de Kue a tentativa para tornar
a psiolo3ia uma inia é totalmente Mtil n/o apenas tm al;ado os
esor.os, mas sempre ;/o de al;ar, e a tarea é por sua prpria naturea
impossLvel, seCa porKue o inteleto ;umano é inapa de tal eito ou, o Kue
dO na mesma,
estudo porKue
ientLfo# o tema
"uitos é t/o ompleo
Kue eaminam e t/o seCa
este setor, en3anador Kueou
de dentro desafa
de o
ora, aL enontram poua oisa Kue se possa ;amar d inia, ( Kue eles
vem é apenas parte dos atos ou, na mel;or
7:$,
Edna Ileidreder
das ;ipteses, séries espal;adas de evidnia sustanial, mas em nen;um
lu3ar a estrutura de on;eimento unifada e oerente Kue se supJe possa
ser realiada pela inia#
+ em Oil air nessas onCeturas e nada podemos lurar reusando?nos a
reon;eer om toda
esor.o e ami./o, ;umildade
pode Kue"as
raassar# a psiolo3ia, apesar
tamém seria de todo on/o
insensato seuKuerer
aeitar Kue a possiilidade ontrOria tamém eiste# Afnal, o panorama da
psiolo3ia, da orma em Kue é visto através de seus sistemas diver3entes, é
somente um aspeto do todo e, omo tal, é inompleto e, até esse ponto,
inCusto# %ois eiste al3o mais em psiolo3ia do Kue apenas sistemas e atos
esparsos# Eaminando o seu onteMdo de atos, mesmo omo é visto pela
rLtia dos sistemas rivais, enontramos lin;as onver3entes de evidnia
Kue apontam para as mesmas onlusJes# (s mais impressionantes s/o
aKueles assinalados pelos investi3adores Kue, partindo de ases terias
muito diversas, se enontram no mesmo terreno para a desoerta de atos
omuns ? ou mel;or, de atos Kue reKuerem uma interpreta./o omum# N/o
;O nada mais promissor em psiolo3ia do Kue as tendnias para aordo
sore pe.as isoladas de pesKuisa Kue os diversos sistemas inspiraram, e
Kue podem ser o ome.o de um slido traal;o de unda.Jes, sore as
Kuais possa ser estaeleida uma inia psiol3ia aseada em atos# (s
sistemas poder/o assim servir de ase para opera.Jes Kue revelem atos
Kue seCam independentes desses sistemas#
-alve o aso mais impressionante de aordo seCa aKuele entre os
psilo3os e;avioristas e os da psiolo3ia da *estalt, Kuanto P
impropriedade da maneira onvenional de defnir a atividade nervosa#
)as;le, tratando diretamente om o sistema nervoso e om o
omportamento maniesto, lan.ou as mais sérias dMvidas sore a
onep./o
toda a idéiade
dere\eo e re\eo ondiionado
omportamento da mOKuina
omo sendo ormado or3Qniadee sore
de unidades
rea.Jes menores e relativamente estOveis# (s 3estaltistas, ome.ando om
prolemas sore perep./o omo é imediatamente pereida pelo paiente,
onveneram?se de Kue a mesma n/o podia ser epliada pela atividade de
um sistema nervoso ormado de ondutores isolados# "esmo em seu
aspeto positivo, estas teorias s/o notavelmente idntias# -anto na teoria
da a./o em massa de )as;le omo na onep./o de ;ler da intera./o
dinQmia, o sistema nervoso onsiderado omo uma estrutura na Kual a
a./o do todo é
%siolo3ia8 do &éulo
7:9
de importQnia inesapOve e na Kual est/o em a./o lin;as de in\unia
mais sutis do Kue as inluLdas no unionamen## to de uma parte separada
sore outra parte separada#
(utros pontos de aordo sur3iram diversas vees# [lpe e seus disLpulos
ampliando os métodos do laoratrio Sundtiano, Binet oupado om os
testes de inteli3nia, WoodSort; usando a ori3em dos movimentos
voluntOrios, todos ;e3aram de modo independente P onlus/o de Kue
o pensamento n/o é uma Kuest/o de ima3ens e sensa.Jes ominadas de
orma variada de Kue n/o pode, realmente, ser desrito em un./o de
onteMdo estrutural# HO uma li3a./o evidente, tamém, entre esta
desoerta e a outra ;O pouo menionada mais uru elemento ontra a
teoria do mosaio# Entretanto, muitos psilo3os mostraramse étios
perante este resultado inesperado e, realiando estudos posteriores sore
os proessos rentaCs mais elevados, desoriram nos mesmos ? Ps vees,
nas Oreas de pensamento aparentemente Vsem onteMdoV sensa.Jes e
ima3ens inestésias de um tipo ailmente esKueido# Emora a oorrnia
de tal onteMdo osse interpretada de modo diverso pelos vOrios
pesKuisador, a sua presen.a ;amou a aten./o para o aspeto motor do
omportamento ;umano# A evidnia de Kue a inestesCa é uma parte da
onsinia do pensamento pcs em relevo a defni./o de pensamento omo
al3o Kue n/o pode ser onsiderado separado da atividade do or3anismo
Lsio no Kual se maniesta#
Este aspeto dos estudos dos proessos mais elevados do pensamento
su3ere ainda um outro tra.o de uni/o Kue li3a as vOrias esolas, um
resente reon;eimento da importQnia do aspeto motor da atividade
;umana# ( ato aparentemente laro de Kue os proessos psiol3ios se
verifam em indivLduos Kue a3em e se movem, somente aos pouos
adKuiriu destaKue em psiolo3ia# Anti3amente e no perLodo moderno mais
reente, emora o movimento e a a./o CO ossem eaminados Ps vees, o
destaKue era dado resolutamente a avor da o3ni./o# %orém, assim Kue se
desenvolveu a oserva./o sistemOtia de laoratrio, assim Kue os
psilo3os se entre3aram delieradamente ao eame dos proessos Kue se
desenvolviam P sua rente, em ve de re\etir sore eperinias
relemradas do passado, as provas da rea./o motora ome.aram a se
impor de modo notOvel# De orma astante si3nifaCv, a possLvel
importQnia do aspeto motor da atividade ;umana oi revelada muito edo
pela introspe./o# ( aso mais notOvel oi a desoerta do
7::
Edna Heidreder
VonCunto motorV por "[ller e &;umann ? a desoerta de Kue Kuando o
indivLduo ompara os pesos Kue levantou, o seu Olulo é resultante das
sensa.Jes musulares imediatamente sentidas, e n/o de proessos
inteletuais mais elevados nos Kuais as sensa.Jes presentes s/o
omparadas om ima3ens representando o passado# "ais tarde, os estudos
introspetivos dos proessos mais elevados do pensamento novamente
ressaltaram o possLvel si3nifado da atividade musular# ( aspeto motor
da atividade tornou?se ainda mais pronuniado nos estudos sore a maneira
omo o indivLduo aprende, onde a aKuisi./o das ;ailidades motoras era
muitas vees usada omo material para estudo e onde os dados
introspetivos, Kuando usados, ompletavam os re3istros do andamento da
prpria a./o motora# ( lLma de aten./o a este movimento do or3anismo
oi alan.ado pelo e;aviorismo, Kue sustenta Kue a onduta ou
movimento, implLito ou eplLito, é o oCeto prprio da psiolo3ia# Uma
onseK[nia importante de toda esta tendnia de levar em onta o
movimento e a a./o oi a de Kue a psiolo3ia adKuiriu o ;Oito de oservar
o seu material tanto de ora para dentro omo de dentro para ora, e de
enarar o ;omem omo um animal rea3indo ao seu meio amiente omo os
outros animais o aem# ( ;omem, assim oloado na série flo3enétia e
evolutiva, oi eposto P lu reveladora da psiolo3ia omparada, e omo
resultado a psiolo3ia liertou?se da idéia de Kue os seres ;umanos
onstituem um aso espeial e Mnio na ordem da naturea#
Ainda outro movimento no Kual os psilo3os de muitas esolas
partiiparam oi a modifa./o 3radual da no./o de ;omem raional# %or
al3um motivo, os seres ;umanos, Kuando ome.am a re\etir, tm orte
tendnia para enarar a naturea raional do ;omem omo pertenendo
essenial e peuliarmente ao prprio ;omem# Foi ertamente este o
pensamento dos flsoos 3re3os e os esolOstios da Idade "édia, emora
dierentes dos 3re3os em temperamento e inten./o, ealtaram a ra/o no
mesmo 3rau Kue os primeiros# A mesma tendnia se enontra no inLio do
perLodo moderno pois a psiolo3ia dos séulos @II e @III estava
preoupada, se n/o om os proessos raionais no sentido estrito do termo,
pelo menos om o on;eimento em 3eral# E, todavia, mesmo neste
movimento, ;avia indLios de Kue a onep./o do ;omem raional devia ser
modifada# )o]e e Hume CO supun;am Kue os eeitos do pensamento s/o
em 3rande parte KuestJes de ;Oito e ostume e da eperinia
%sioio3ias do &éulo
7:<
Vimpressa nos sentidosV vinda do eterior# E Kuando oram eetuados
estudos eperimentais do pensamento, os resultados indiaram Kuase de
imediato uma onep./o do pensamento omo sendo uma atividade muito
menos ri3orosamente raional do Kue pareia# -alve as eperinias mais
impressionantes deste tipo seCam aKuelas Kue, adaptando os métodos da
psiolo3ia animal ao eame do pensamento ;umano, revelaram amiMde a
reK[ente oorrnia do método do ensaio e erro, Vtipiamente animalV no
pensamento ;umano oloado so estas ondi.Jes, e salientaram repetida?
mente semel;an.as em lu3ar de dieren.as entre os atos ;umanos e
animais#
do métodoDodo
ponto de evista
ensaio errooposto ? isto é, da oorrnia de Vinsi3;tV em ve
? o estudo dos maaos de [;ler indiou tamém a ontinuidade da
inteli3nia ;umana om a animal# E n/o apenas oram os prprios
proessos inteletuais oneidos omo menos raionais do Kue pareiam
na orma em Kue se apresentam, e seCam Kuais orem, passaram a ser
enarados omo muito menos deisivos do Kue se ;avia pensado Kuanto P
determina./o da onduta ;umana# (s psianalistas, naturalmente, oram
muito positivos sore este ponto mas os psilo3os aadmios inlinaram?
se na mesma dire./o# De seus vOrios pontos de vista, 2ames, DeSe e
"Dou3a\, todos oram ontra a no./o ea3erada da potnia da ra/o na
onduta ;umana e Watson, ;amando a aten./o para a importQnia das
atividades 3landulares e viserais, tomou essenialmente a mesma posi./o#
+ interessante notar Kue todos os psilo3os onordam em Kue os
aspetos raionais e o3;itivos da naturea ;umana oram muitLssimo
ea3erados no passado#
Ao lon3o dessas lin;as onver3iram a prOtia e a opini/o, e, em
onseK[nia, a psiolo3ia estO ;oCe diri3indo?se a um material muito
dierente daKuele Kue onstituiu o seu oCeto um séulo ou meio séulo
atrOs# (s seres ;umanos Kue a psiolo3ia estuda a3ora s/o riaturas Kue
possuem um lu3ar defnido na série animal e no mundo da naturea em
3eral, e Kue s/o estudadas tanto pela oserva./o dos Kue ol;am suas a.Jes
visLveis, omo através de suas prprias desri.Jes de atividades invisLveis
ao espetador riaturas nas Kuais a emo./o e o impulso s/o atores
poderosos na determina./o da onduta e nos Kuais a ra/o paree menos
importante do Kue muito tempo se supcs# &/o riaturas, tamém, Kue
pareem n/o ser estruturadas de aordo om nen;um padr/o muito
evidente de onstru./o em mosaio,
8:9
Edna He[ireder
%sSolo.nas do &éulo
7:6
seCa de elementos onsientes ou de rea.Jes motoras# N/o asta estudar as
suas rea.Jes aos peda.os é preiso levar em onta o or3anismo omo um
todo#
-odos esses pontos de i3ualdade oram enontrados em one/o om um
material de atos astante onreto, porém# mesmo nas ases terias dos
sistemas, nas prprias araterLstias Kue distin3uem um do outro, podem
ser desoertos tra.os de onordQnia#
+ estran;o dier Kue eiste uma identidade undamental de atitude om
rela./o ao i;o?pap/o da psiolo3ia, o prolema sempre presente da
rela./o entre a mente e o orpo# -alve esta atitude seCa mel;or desrita
omo uma tentativa de entrar em aordo om o prolema, de maneira Kue
n/o interfra sempre no amin;o# De orma mais positiva e espeLfa, a
atitude é a de Kuem onsidera o oCeto da psiolo3ia n/o omo ormando
um mundo P parte, mas sim omo assumindo o seu lu3ar na ordem natural#
Historiamente, a psiolo3ia ome.ou om o estudo da mente ou
onsinia, e esta irunstQnia oloou o prolema de relaionar os atos
da psiolo3ia om os das inias Lsias# Al3uns sistemas tentaram resolver
o prolema pela ado./o de uma ormula./o 3eral Kue esperavam servisse
de uma ve por todas a esta fnalidade# (utros apenas anotaram todas as
rela.Jes Kue enontraram na eperinia, supondo Kue um ientista, pela
prpria naturea de seu prolema, n/o é ori3ado a desrever suas rela.Jes
em termos metaLsios# Além disso, esta atitude omum, esta tendnia
para relaionar os atos psiol3ios om os das inias naturais em 3eral,
estO presente, Kuer seCa o sistema VdualistaV ou n/o, no sentido de
onsiderar o mental e o Lsio omo duas ordens dierentes# De uma orma
ou de outra, a li3a./o é eita# ( estruturalismo, por eemplo, pela doutrina
do paralelismo psioLsio, torna possLvel distin3uir entre o mental e o Lsio
e ainda relatar as rela.Jes oservadas entre eles# ( e;aviorismo, pela
redu./o do mental ao Lsio, sustenta Kue esta rela./o é de identidade# (
unionalismo assevera Kue as suas idéias e prOtias s/o ompatLveis om
KualKuer uma das numerosas interpreta.Jes metaLsias# 'ada sistema, ou
onee um modo dierente de Custifar os seus proessos ou afrma Kue
n/o é neessOria uma Custifa./o# Eiste, realmente, uma tendnia
resente parasinais
Kue é um dos desprear a metaLsia
mais ertos de Kuenoa prolema
psiolo3iada
se mente e do orpo, o
estO transormando
em inia# %ois desde Kue a inia, por defni./o, restrin 3
as suas pesKuisas ao mundo da eperinia, n/o ;O motivo para Kue as
rela.Jes mente?orpo na orma em Kue s/o oservadas na eperinia n/o
devam ser tratadas omo as outras rela.Jes oservadas ? omo, por
eemplo, s/o realmente tratadas na fsiolo3ia dos sentidos# Do ponto de
vista empLrio, as rela.Jes mente?orpo n/o s/o nem mais nem menos
inteli3Lveis do Kue as rela.Jes enontradas em outras inias e se
pareem representar um prolema espeialmente importante, assim o
aem porKue os interesses pessoais e os valores emoionais os isolaram
omo um aso espeial# *eralmente, toda inia natural enontra atos e
rela.Jes Kue n/o pode epliar ? e Kue \e\i rnemo t?
epliar# E isto n/o si3nifa Kue a inia esteCa impre3 nada de mistério#
%elo ontrOrio, a inia leva avante o seu traal;o eatamente porKue
aeita ertos atos e rela.Jes empLrias omo assentados e omo
onstituindo os limites prOtios de sua investi3a./o, sem se deter para
ponderar porKue s/o assim#
'omo inia, a psiolo3ia a;a?se na mesma situa./o# -anto omo
KualKuer inia, n/o é ori3ada ou soliitada ? a pronuniar?se sore a
naturea Mltima de seus dados# N/o mais do Kue a KualKuer inia, ei3e?
se dela ? ou se l;e permite ? admitir KualKuer oisa ora da ordem natural
em suas eplia.Jes# &ua un./o, di3amo ?l novamente, omo a de KualKuer
inia, é a de determinar as rela.Jes Kue oserva na eperinia e
desrever o seu material em un./o de tais rela.Jes# Isto se tornou lu3ar?
omum no pensamento ientLfo, a tal ponto Kue pode pareer supér\uo
menionO?lo# E todavia, de pontos de vista diversos do ientLfo, os atos
3eralmente lassifados omo mentais s/o t/o reK[entemente
onsiderados omo ate3oriamente Mnios Kue, Ps vees, é neessOrio
epor epliitamente Kue podem ser onsiderados simplesmente omo
aonteendo na ordem natural# "as, o ;Oito de ver a die## ren.#a entre os
atos materiais e mentais so o mesmo aspeto em Kue s/o vistas outras
dieren.as empLrlas, de onsiderar amas as lasses de eventos omo
atos de eperinia Kue podem ser lassifados de orma diversa e entre
os Kuais é possLvel estaeleer rela.Jes empLrias de oservar os
pensamentos e sentimentos mais Lntimos e intriados, seCa omo or Kue
possam ser ;amados, omo partes da mesma ordem natural omo as
marés, os planetas e as ontra.Jes musulares ? este ;Oito assinala a
onseu./o da atitude ientLfa# E a psiolo3ia estO a3ora adKuirindo este
;Oito# %ois
7<5
75_
Edna He]ireder
&eria em possLvel, realmente, aer uma desri./o dos sistemas Kue, em
lu3ar de ressaltar as araterLstias pelas Kuais se distin3uem, sulin;asse
as suas i3ualdades sui aentes mostrasse Kue, apesar de suas dieren.as,
est/o todos orientados para a mesma lasse de atos e Kue até mesmo
su3erisse Kue as suas prprias diver3nias provm de uma elosa
preoupa./o para Kue essa lasse de atos seCa orretamente oservada#
&eria possLvel, realmente, asear
7<7
7<
Edna Heidreder
tal desri./o nas delara.Jes pelas Kuais ertos sistemas se destaam
epressamente de outros ? nos arti3os de -it;ener eomun3ando o
unionalismo e o e;aviorismo, por eemplo, e nas delara.Jes de
independnia de Watson e Wert;eimer# + interessante onsiderar Kuanta
psiolo3ia n/o?sistemOtia fa de pé depois Kue os ataKues das esolas
rivais atin3iram o mOimo Kuantos dados undamentais est/o implLitos no
ato de Kue elas podem tornar suas rLtias reiproamente si3nifativas#
Um dos aspetos n/o menos importantes de tais ontrovérsias estO em Kue
os anta3onistas, Kuando assinalam uma diver3nia, usam palavras e se
reerem a atos Kue impliam onordQnias por amas as partes#
Derontam?se em terreno omum para tornar suas diver3nias mais
nLtCdas#
%or outro lado, seria possLvel, e talve da maneira mais via, tomar os
sistemas om todas as suas dieren.as e tra.ar uma lin;a ontLnua de
desenvolvimento mostrar Kue mesmo os movimentos revoluionOrios
etraem al3o de sua orma e muito de seu poder dos sistemas ontra os
Kuais se revoltam e Kue os protestos suessivos resultaram em amplia./o
do ampo da psiolo3ia, e n/o em aniKuilamento de KualKuer e suas
3enuLnas realia.Jes mostrar, em suma, Kue a asens/o e a Kueda das
esolas e dos sistemas n/o ormam um aos, mas sim uma ordem# &eria
possLvel, tamém, mostrar Kue a psiolo3ia se estO tornando ada ve mais
cnsia de tais atos a seu respeito# Ultimamente, tm apareido ;istrias
de psiolo3ia, desri.Jes de suas eperinias relevantes, sLnteses de seus
materiais em ertos setores e avalia.Jes de suas esolas e teorias
ontemporQneas Kue, em onCunto, indiam Kue a psiolo3ia se estO
tornando meditativa, aendo pausas, ao Kue paree, para aer o seu
alan.o e ver o Kue o seu desvelo e empreendimentos realiaram# -alve
estas medita.Jes si3nifKuem desapontamento, ansa.o ou desilus/o ou
Kue a primeira onfan.a Cuvenil oi aalada, ou ainda Kue a ori3inalidade e
riatividade primitivas est/o temporariamente es3otadas# "as podem
tamém si3nifar Kue a psiolo3ia estO reunindo os seus reursos para uma
luta mais Ordua e demorada do Kue P primeira vista pareia neessOria#
Ent/o, poder?se?ia afrmar, om ;umilde prudnia, Kue a psiolo3ia estO
tendendo para a ;armonia e a estailidade# %orém, tal ar3umento seria
proundamente also se pretendesse eprimir mais do Kue a verdade parial
Kue enerra# -oda a ar3umenta./o neste sentido paree ilusria e or.ada
^s(I(6W do &éulo
desde Kue deie de ser aompan;ada pela advertnia, Kue n/o deve ser
esKueida, de Kue eiste um outro aspeto da Kuest/o# A psiolo3ia, de
ato, possui realiaJes defnitivas a seu rédito, e seria tolo e inCusto
menospreO5as# "as é i3ualmente tolie e inCusti.a pretender Kue elas
seCam maiores do Kue o s/o na realidade? Nada poderia ser mais errcneo do
Kue pretender Kue a psiolo3ia esteCa mais adiantada do Kue estO, ou Kue CO
ten;a onse3uido uma inte3ra./o dos materiais ao seu alane# %ois o ato
si3nifativo sore a psiolo3ia na orma em Kue eiste atualmente n/o é
Kue seC a ontraditria ou Kue sei a inepta e Kue seu traal;o seCa
desordenado mas Kue é Covem e Kue pode estar pro3redindo, Kue tem
tanto a ineperinia omo a promessa de Cuventude, e estO no meio da luta
em usa daKuele ontrole de instrumentos e materiais Kue é tLpio de uma
inia desenvolvida#
A psiolo3ia é realmente interessante, se n/o por outro motivo, pelo menos
porKue permite a @is/o de uma inia ainda em orma./o# A uriosidade
ientLfa, Kue penetrou em tantos amin;os da naturea, estO sendo neste
aso oservada na prpria oasi/o em Kue are amin;o através de uma
re3i/o Kue apenas ome.ou a eplorar, topando om arreiras, tateando
através de onusJes, traal;ando & vees desastradamellte, outras vees
astuiosamente, eitada ou ansada, num prolema Kue estO ainda em
3rande parte sem solu./o# %ois a psiolo3ia é uma inia Kue ainda n/o e
a sua 3rande desoerta# Nada enontrou Kue fesse por ela o Kue a teoria
atcmia e pela KuLmia, o prinLpio da evolu./o or3Qnia para a iolo3ia, e
as leis do movimento para a Lsia# N/o oi ainda desoerto (U reon;eido
nada Kue l;e desse um prinLpio unifad(r# %or via de re3ra, uma inia é
apresentada do ponto de vista do seu oCeto e do seu desenvolvimento, P
lu de seus 3randes itos# &uas ;ipteses onfrmadas ormam as lin;as
estaeleidas sore as Kuais oloa seus atos em ordem, e sore os Kuais
or3ania a sua pesKuisa# A psiolo3ia, porém, ainda n/o oteve a sua
3rande vitria unifad(ra# -em tido vislumres de perep./o, pos&Ui uma
por./o de pistas, mas n/o onse3uiu ainda uma sLntese ou um Vinsi3;tV Kue
seCa onvinente, em omo plausLvel# E nin3uém presta al3um servi.o P
psiolo3ia pretendendo Kue a situa./o seCa outra# + ertamente um elo3io
duvidoso atriuir P psiolo3ia Kualidades Kue n/o possui# %ois a psiolo3ia
tem tanta neessidade de se desulpar Kuanto tem um Covem por n/o ser
ainda adulto ou
7<9
s5
Edna Heidreder
um aprendi por n/o ser mestre# + somente Kuando pretende ser al3o Kue
n/o é, Kue a psiolo3ia se torna pouo onvinente e, Ps vees, ridLula#
&eus proessos s/o Custifados n/o Kuando d/o ril;o aos atos, mas
Kuando os apresentam de maneira eata#
'ertamente é desses atriutos da psiolo3ia ? sua imperei./o, sua
Cuventude, seu esor.o em dire./o a um alvo ainda lon3LnKuo ? Kue os
sistemas etraem o seu si3nifado# N/o onstituem o estO3io fnal da
psiolo3ia, nem tm essa pretens/o# "as omo pro3rama de a./o e
instrumentos de disiplina, tornam?se ao mesmo tempo inteli3Lveis e
importantes# A sua prpria variedade torna?se si3nifativa, su3erindo Kue a
situa./o provoou a rea./o variada do método de ensaio e erro pelo Kual a
inteli3nia ;umana normalmente ataa os prolemas em setores
deson;eCdos# &eu arOter eperimental, tamém, eplia e Custifa
al3umas de suas araterLstias seundOrias, entre outras a emotividade
Kue, Ps vees, os aompan;a e Kue muitas vees paree estran;amente
desloada nas pesKuisas austeras da inia# Realmente, al3o muito
pareido om uma utilidade iol3ia se peree na emotividade Kue os
sistemas atuais reKuerem pois, emora um ato frmemente estaeleido
n/o provoKue e nem eiCa uma deesa ou propa3anda ativa, uma teoria Kue
pode possivelmente ser verdadeira mas Kue n/o oi ainda provada pode ser
apoiada ou ritiada, durante o perLodo em Kue estO sendo testada, por
uma preernia ou avers/o de ori3em emotiva# ( arOter eperimental dos
sistemas eplia
soial, omo tamém
a emo./o, a sua tendnia
ortalee para ormar
as onvi.Jes esolas#
ainda n/o ( apoio
estaeleidas
omo verdadeiras e é diLil ima3inar mel;or instrumento soial para
manter elevado o Qnimo do Kue uma esola reon;eida, omposta de
traal;adores dediados a uma ausa omum, estimulados por esperan.as,
lealdades e aversJes omuns, apliadas na tentativa de derrotar um inimi3o
omum# N/o é de admirar, portanto, Kue a psiolo3ia esteCa em 3rande
parte or3aniada em esolas e uma defni./o satisatria de uma esola é
dier Kue é um 3rupo de investi3adores Kue dedia a uma erta idéia ou a
um determinado onCunto delas muCto maCs do Kue uma simples parela de
aten./o e entusiasmo#
Novamente devemos dier Kue n/o ;O nada de ver3on;oso nesta situa./o
e Kue os sistemas est/o, ao ontrOrio, entre os instrumentos le3Ltimos,
prOtios, e pode?se dier, indispensOveis, Kue est/o sendo utiliados para
onstruir uma
%siolo3i do &éulo
?
psiolo3ia ientLfa# %elo menos, d/o eatid/o e orienta./o
a uma empresa t/o vasta e amiiosa e ainda t/o imprei&a Kue as
limita.Jes artifiais impostas ao seu esor.o est/o, ao Kue paree, entre as
ondi.Jes neessOrias para onse3uir al3um resultado# Realmente, a
maioria dos atos de posse da psiolo3ia derivaram de esolas e sistemas#
"esmo a mais notOvel ee./o a esta re3ra ? a pesKuisa da psiolo3ia
apliada, eduaional e industrial ? é uma prova disso pois, neste aso, os
limites, tais omo os impostos por um sistema, s/o se3urad_9 pelas
ei3nias de um prolema prOtio# Além disso, nem mesmo as dissensJe&
entre as esolas s/o de todo deseva\taCosaZ A rivalidade pode estimular o
esor.o e assim aumentar a realia./o# As esolas mais intolerantes &(
muitas vees as mais produtivas e as lealdades, aversJes e preoneitos
ortemente emoionais podem ontriuir para a orma./o da verdade
impessoal# %ois o resultado de pensamento ientLfo n/o se identifa om
os meios nem om as ondi.Jes de sua orma./o ( resultado é Kue é
imparial e impessoal# ( método ientLfo é um instrumento para tornO?lo
assim, independente das ondi.Jes Kue provoaram a sua oten./o# -alve
a prova mais notOvel da efinia do método ientLfo, a esse respeito, é
aKuela enontrada no traal;o dos pesKuisadores Kue, omo adeptos de
uma determinada esola, realiam pesKuisas Kue revelam atos em
desaordo om os ensinamentos dessa mesma esola# Em seus prprios
atritos, além disso, as esolas se orri3em entre si# Reon;eem, sem
ee./o, Kue a prova de uma doutrina, seCa a Kue est/o apoiando ou a Kue
est/o ataando, é a verifa./o eperimental e é a sua aeita./o deste ato
Kue torna os sistemas de psiolo3ia mais do Kue simples espeula.Jes
aéreas# Faendo a prova real das suas asser.Jes ? Kuer as prprias Kuer as
das outras ? as vOrias esolas realiaram todas as onKuistas Kue f3uram a
seu rédito#
e outras E se
desse apareer
teor uma
ormar/o ( inia psiol3ia
seu aervo de atos#estOvel, essas onKuistas
Naturalmente, ao aandonar as esolas e os sistemas, ;O um impulso para
fltrar e esol;er os resultados Kue apresentam# "as a tentativa de assim
aer seria prematura na mel;or das ;ipteses, e na pior daria a idéia de
uma onlus/o ilusria, p(i& teria a aparnia de um deseCo de ontornar
uma realia./o# 'omparar um sistema de al3uma orma om outros e
aptar sinais de sua in\unia na psiolo3ia em 3eral é possLvel,
naturalmente, e mesmo neessOrio
7<: Edna Heidred
P sua ompreens/o#
verifa.Jes + anCmador
pelas Kuais passou, oservar as onKuistas
as empresas Ku realiou,
Ku promoveu, as Kue
a oposi./o
estimulou, as alian.as Kue e, er suma, para determinar o mais eatamente
possLvel o sei lu3ar no padr/o Kue a psiolo3ia apresenta atualmente# %o
rém, este padr/o é apenas um parte de um todo até a3ora apresentado de
orma imprpria# =ualKuer fltra3em o esol;a eita nessa ase ? KualKuer
oisa dessa naturea im plLita nos apLtulos preedentes, por eemplo ?
deve sei onsiderada da mesma maneira Kue os prprios sistemas0
omo dando uma interpreta./o eperimental e temporOria a um onCunto de
atos Kue é reon;eidaniente inompleto# Além disso, a tentativa para
Coeirar e esol;er é supér\ua, em omo prematura e inerta# De orma
mais efiente
sistemas est/odo Kue podeaser
umprindo eitaede
tarea KualKuer
assim outra
o aem maneira,
n/o somenteaspor
esolas e
espeula./o e ar3umenta./o, mas tamém pelas provas Kue est/o
deididamente aumulando sore suas ren.as# =uando a .vidnia or
sufiente em volume e solide, determinarO a orma da psiolo3ia e ormarO
a sua sustQnia# Nessa oasi/o, n/o ser/o mais neessOrios os sistemas
ter/o preen;ido a sua fnalidade# "as esta époa ainda n/o ;e3ou#
Atualmente est/o na plenitude de seu vi3or e utilidade# + mel;or, portanto,
onservar a vis/o de uma a./o inaaada, e deiar Kue as esolas e
sistemas de psiolo3ia ontinuem atuando no sentido de produir uma
estrutura defnitiva se esses esor.os orem em suedidos, a eistnia
dessas esolas e sistemas se tornarO desneessOria#
III 5
(& %RI"RDI(& DA %&I'()(*IA 'IEN-FI'A
)
%8i(lois do &éulo
A dieren.a entre a psiolo3ia de laoratrio e a teria n/o é a Kue eiste
entre a oserva./o e a n/o?oserva./o# -amém n/o é aKuela entre a oa e
a mO oserva./o# + a Kue eiste entre dois métodos de oserva./o# (s
oupantes das Otedras s/o, Ps vees, oservadores sutis ? provam isso
Hoes, )o]e e Rume ? mas Kuando respondem a uma per3unta aseada
em oserva./o, utiliam as Kue CO oorreram, isto é, aKuelas Kue n/o oram
eitas espeialmente om o fm de etrair os atos relevantes sore um
determinado prolema# Em tais irunstQnias, onde os dados s/o limitados
elusivamente a asos Kue CO se verifaram espontaneamente, e Kue
oram oservados e lemrados, é vio Kue mesmo para os oservadores
mais em intenionados, atores, tais omo a dire./o da aten./o, limita./o
da eperinia, aidentes do meio amiente e lapsos da memria, podem
in\ueniar a esol;a da evidnia# ( sinal distintivo de uma eperinias
ientLfa é o de ser um meio de aiKuirir s a inorma./o Kue é relevante ?
n/o simplesmente usando o Kue CO estO P m/o ? e de adKuiri?la em
irunstQnias Kue eluem o mais ompletamente possLvel os atores
partiulares e inidentais na oserva./o# %ortanto, o pesKuisador ome.a
por ormular sua Kuest/o de modo defnido e prosse3ue dispondo o onCunto
tLpio de ondi.Jes Kue possa revelar mel;or os atos a ela assoiados#
Repete suas oserva.Jes uidadosamente, tanto para aumentar a preis/o
Kuanto paratanto
ondi.Jes, reduir
parao aaso
alar3araoa mLnimo
sua vis/omuda sisteinatiamente
Kuanto para testar suasas;ipteses
e ontrola a situa./o toda o mais ri3orosamente possLvel a fm de Kue
saendo eatamente o Kue oloou em sua eperinia, n/o se en3ane
Kuanto ao Kue dela resultou# &empre Kue possLvel, redu os seus resultados
a termos Kuantitativos e os sumete a tratamento estatLstio, anotando
esrupulosamente os asos ne3ativos, em omo os positivos# E a tudo
isso para reduir ao mLnimo possLvel a in\unia de seus prprios
araterLstios e as ontin3nias de sua situa./o ? os seus prprios deseCos
e esperan.as, suas preernias e aversJes, suas susetiilidades a
impressJes de uma erta espéie e seus prprios modos de enarar o
prolema# %orKue, num sentido muito real, o método ientLfo é um
dispositivo para prote3er
na prpria pesKuisa# aKuele Kue
As ondi.Jes s/oinvesti3a
dispostasa de
in\unia
orma ado seu
Kue osinteresse
atos
sur3ir/o t/o impessoais Kuanto possLvel# A importQnia de tal proeder em
psiolo3ia, Kue trata de um assun
<
Edna Heidreder
%siolo3S# do &éulo
<7 5
to pelo Kual as pessoas s/o inlinadas a ter idéias preoneidas e
preernias sutilmente determinadas, é t/o evidente Kue dispensa
omentOrios# A psiolo3ia ientLfa nada mais é do Kue um prolon3amento
do método ientLfo a uma re3i/o onde a oserva./o desinteressada tem
sido partiularmente diLil#
Uma ve Kue as inias Lsias ;aviam apareido e pro3redido astante,
era inevitOvel Kue sur3isse a psiolo3ia ientLfa# As inias mais anti3as
tornaram isso neessOrio# (s pesKuisadores estavam amiMde tendo sua
aten./o atraLda para o or3anismo oservador e para a neessidade de levar
em onta as suas rea.Jes, a fm de tornar seus prprios Olulos eatos e
ompletos# ( eemplo lOssio é enontrado na astronomia, em um
inidente Kue todo estudante de psiolo3ia vem a on;eer mais edo ou
mais tarde# Em 5<6:, "as]elne, o astrcnomo real do oservatrio de
*reenSi;, reparou Kue o seu Covem auiliar, inneroo], re3istrara
oserva.Jes estelares Kue dieriam das suas, em mais de meio se3undo#
=uando elas ontinuaram a dierir, mesmo aps o Covem ;aver sido
inormado da disrepQnia, "as]elne a;ou neessOrio demiti?lo# 'era de
vinte anos mais tarde, o astrcnomo alem/o Bessel estudou, o inidente#
Desonfado de sua importQnia, omparou as oserva.Jes de um erto
nMmero de astrcnomos de reputa./o onsa3rada, e verifou Kue ;avia,
re3ra 3eral, li3eiras disrepQnias na oserva./o em outras palavras, Kue
eistem dieren.as individuais entre os oservadores no tempo de rea./o
ei3ido para o proesso altamente ompleo de anotar e alular, até a um
déimo
lin;a node se3undo,
ampo o instanteBessel
do telespio# em Kue uma estrela
;amou atravessa
o encmeno uma dada
de eKua./o
pessoal# %esKuisou?a eperimentalinente, salientando a importQnia de sua
orre./o, e assim e a astronomia far iente do papel Kue o oservador
desempen;a entre o aonteimento Lsio e a perep./o psiol3ia#
Foi prinipalmente em fsiolo3ia, entretanto, Kue os pesKuisadores
depararam om o ato de Kue proessos ompleos intervm entre o oCeto
Lsio e a perep./o psiol3ia# (s encmenos da mistura de or, Kue
estavam reeendo onsiderOvel aten./o nessa époa, s/o o mel;or dos
eemplos# &e duas ores omplementares, aul e amarelo, por eemplo, s/o
apresentadas em propor.Jes adeKuadas num diso Kue 3ira rapidamente, o
oservador n/o v o aul nem o amarelo, mas o inento# "as omo é
possLvel Kue Kuando
duas ores s/o postas fsiamente em ontato o oservador veCa al3o Kue é
inolor^ Evidentemente, n/o eiste uma simples orrespondnia ponto?a?
ponto entre a perep./o imediata e seu oCeto Lsio# A ;iptese mais
provOvel é a de Kue a resposta deve estar na naturea do or3anismo Kue
rea3e, prinipalmente na a./o dos r3/os dos sentidos, interpostos entre a
perep./o e seu estLmulo eterno# (utras pesKuisas onduiram ao mesmo
prolema# %lateau, em seu estudo da persistnia da sensa./o aps o
estLmulo, BreSster e W;eatstone nas suas pesKuisas da vis/o
estereospia, e %ur]inCe em suas oserva.Jes das araterLstias da vis/o
repusular, todos evideniaram, de uma orma ada ve mais onreta e
minuiosa, ser impossLvel deiar de lado o ol;o Kue v, Kuando se desreve
a oisa vista# E, ertamente, a teoria das ener3ias espeLfas dos nervos
ontin;a a mesma implia./o# De aordo om esta doutrina, um nervo
rea3e sempre de uma determinada orma Kue l;e é prpria, n/o importando
omo é estimulado o nervo ptio, por eemplo, mesmo Kuando estimulado
meaniamente, produ a sensa./o de lu# + laro Kue, de aordo om esta
teoria, a sensa./o n/o pode ser oneida omo uma pia do estLmulo, e
Kue a impress/o reeida do mundo eterior pelo ser ;umano deve ser
onsiderada omo determinada, em 3rande parte, pela sua prpria
onstitui./o# 2o;annes "[ller, um dos 3randes pioneiros da nova inia da
fsiolo3ia, ormulou e sustentou a teoria das ener3ias espeLfas e, mais
devido ao seu entusiasmo pela mesma, estimulou uma pesKuisa em massa
da fsiolo3ia dos sentidos Kue determinou de modo muito direto o
desenvolvimento da psiolo3ia# Assim, a fsiolo3ia, sendo uma inia nova,
;amando a aten./o para o papel desempen;ado pelo or3anismo Kue rea3e
em ae da sensa./o e da perep./o, muito ontriuiu para preparar o
amin;o para a inia da psiolo3ia, ainda mais reente#
+ interessante oservar Kue, tanto na flosofa Kuanto na inia, o interesse
pela psiolo3ia se desenvolveu tarde e oi, de inLio, aidental# A flosofa,
dispondo?se a desrever o universo em lin;as 3erais, ome.ou om a
osmolo3ia, e somente Kuando se viu envolvida nos prolemas da
epistemolo3ia, dediou?se séria e diretamente ao material psiol3io# A
inia, tamém, prinipiou om uma tentativa para epliar o mundo em
3eral, ome.ando om a Lsia e a astronomia# E a inia Lsia, assim
omo P flosofa, deu aten./o, pela primeira ve, P psiolo3ia de um modo
sério,
<
Edna Heid;reaer %siolo3ias do &éulo
<9
Kuando enontrou na inia a ontrapartida do prolema da epistemolo3ia
? a neessidade de onsiderar o or3anismo Kue oserva, a fm de dar uma
desri./o ompleta do universo estudado#
Em rela./o P Histria, a ora de Ernst Heinri; Weer oi de primordial
importQnia para a psiolo3ia# Weer, ontemporQneo de "[ller, tamém
um pioneiro em flosofa, estava interessado prinipalmente no sentido do
tato# (u mel;or, era um dos fsilo3os Kue estavam demonstrando Kue n/o
eiste um sentido Mnio do tato Kue, ao ontrOrio, eistem muitos sentidos
do tato e Kue sensa.Jes diversas, tais omo as de press/o, temperatura e
dor, podem ser distin3uidas e Kue os mMsulos, a pele e o interior do orpo,
todos aem ontriui.Jes espeiais e separadas# !A propsito, lemremos
Kue o ato de n/o ser orreto alar?se dos anti3os ino sentidos oi
onsiderado pela ima3ina./o popular omo uma das mais revoluionOrias
desoertas da inia moderna#$ EnKuanto Weer estava pesKuisando a
sensiilidade relativa dos sentidos musulares e utQneos, eetuou uma
eperinia Kue estava destinada a ser de importQnia vital para o
desenvolvimento da psiolo3ia# ( seu prolema, Kue pareia astante
prosaio, era desorir até Kue ponto o sentido musular in\ui na
disrimina./o de pesos# A sua eperinia oi eita primeiramente para
determinar se dieren.as de peso podem ser pereidas de modo mais
preiso Kuando os pesos s/o levantados pelo prprio paiente ou Kuando
s/o oloados em sua m/o pelo pesKuisador ? isto é, om e sem a
partiipa./o ativa dos mMsulos#
A pesKuisa resultou em duas desoertas# A primeira oi a resposta direta
ao ponto prinipal da eperinia0 a sensiilidade ao peso é muito mais
a3uda Kuando é inluLdo o sentido musular# A se3unda oi a desoerta
Kue se tornou depois a lei de Weer, e o ponto de partida de uma série de
eperinias Kue levaram diretamente P psiolo3ia eperimental#
A desoerta oi, em suma, Kue n/o ;avia uma rela./o simples de um para
um entre a 3randea de uma dieren.a e a ;ailidade do paiente para
pere?la# &e um peso padr/o de 7 on.as osse oloado na m/o do
paiente, e se pedLssemos ao mesmo para omparO?lo om outros pesos
i3ualmente apresentados, ele provavelmente notaria um aumento no peso
Kuando oito ou nove on.as 5 ? aproima5 Estas Kuantidades s/o usadas
omo eemplo n/o s/o os valores eatos otidos por Weer, emora os
pesos padrJes menionados, 7 e on.as,
damente 5 do peso padr/o ? ossem aresentadas# Este valor tem sido
;amado a dieren.a mLnima pereptLvel# %orém, se osse usado um peso
padr/o de on.as, poderia ser notado um aumento de peso Kuando osse
aresentada mais uma on.a aproimadamente# Em outras palavras, um
aumento asoluto muito menor ausou a mesma dieren.a pereptLvel,
tanto num aso Kuanto noutro porém, novamente a dieren.a oi era de
5 do peso padr/o# primeira vista, a perep./o da dieren.a dependeu
n/o do taman#;o asoluto da dieren.a, mas sim da ra/o entre a dieren.a
e o padr/o# A ra/o oi dierente, era de um para Kuarenta, Kuando o
sentido musular partiipou, mas ainda pereitamente onstante# E dentro
de ada um dos ampos dos sentidos estudados, os resultados para as
Kuatro
mesmos#pessoas Kue serviram
Além disso, omo oram
os resultados paientes oram mais
?onfrmados emouuma
menos os
eperinia
posterior, muito mais ontrolada# N/o seria possLvel, ent/o, eprimir, dentro
de um dado ampo dos sentidos, a dieren.a mLnima pereptLvel em un./o
de uma ra/o onstante^ Weer estava disposto a onsiderar esta
3eneralia./o# %ara provO?la, prolon3ou suas oserva.Jes até P
disrimina./o das distQnias visuais e a;ou Kue, em 3eral, os resultados
onfrmavam as suas ;ipteses# Areditava, tamém, emora estivesse
errado ao assim aer, Kue o estudo de Deleenne em aMstia onfrmava o
seu ponto de vista no ampo da disrimina./o da altura do som e om os
elementos disponLveis, aventou a ;iptese de Kue dentro de ada ampo
sensorial a ;ailidade para distin3uir dieren.as mLnimas pereptLveis n/o
depende da 3randea asoluta da dieren.a em Kuest/o, mas de uma ra/o
onstante entre a dieren.a e a unidade de ompara.ao#
Era esse o mesmo ato Kue se apresentara de orma menos pronuniada,
porém inalLvel e repetidamente, no traal;o de outros ientistas# N/o se
pode admitir Kue ;aCa uma orrespondnia simples, literal, ponto por
ponto, entre
o estLmulo Lsio e a sua perep./o# %ara Weer, isto era um ato fsiol3io
interessante e nada mais# Ele n/o o apresentou omo a lei de Weer, nem o
onsiderou omo tendo um si3nifado flosfo de maior alane# A seu
ver, a
ossem usados em sua eperinia# ( leitor enontrarO um estudo da
eperinia de Weer no livro de E# B# -lt;ener, Eperimental %s;olo3,
Instrutors "anual, Ii, V=uantitative EperimentsV# III?#
Erroneamente, visto Kue Deleenne n/o e nen;uma determina./o
omparativa do D#)#V E# a -lt;ener, op# it#, @III#
<:
Edna Heidreder
<<
3eneralia./o era t/o importante, mas n/o mais do Kue KualKuer outra
re3ra empLria#
%orém, esta desoerta oi aproveitada Kuase omo uma revela./o por
*ustav -;eodor Fe;ner, Kue a oloou no prprio entro de estudo
psiol3io# %ara ele, sua importQnia residia no ato de ela revelar uma
li3a./o entre o Lsio e o psLKuio ? uma rela./o matemOtia eata ? e uma
li3a./o de al3uma orma entre os dois mundos era o Kue Fe;ner estivera
usando durante lon3os e ansiosos anos om toda a 3rande dedia./o de
sua naturea amante da unidade# Dediou pratiamente toda a sua vida
para provar a lei de Weer, e ao assim aer, elaorou métodos de pesKuisa
Kue auiliaram a tornar possLvel a psiolo3ia ientLfa#
Fe;ner é, Ps vees, ;amado o pai da moderna psiolo3ia, porém é
duvidosa a paternidade desta Covem inia# Foi, Ps vees, atriuLda a
Helm;olt, Wundt e *alton# %orém, se a psiolo3ia estO prourando um
anestral su3estivo, n/o poderO aer uma esol;a mais eli do Kue
Fe;ner, ;omem simples, sutil, proundamente ulto, asinado por um
impulso irresistLvel de levar as idéias a sério e totalmente P mer de sua
sineridade inteletual# Fe;ner era ao mesmo tempo ientista e mLstio#
Aossado por ei3nias inteletuais opostas, era inteiramente inapa de
desistir de uma em avor de outra e i3ualmente inapa de pa sem vitria#
'omo ientista, seus interesses eram vastos e proundos# Iniiou sua
arreira omo estudante de mediina, mas lo3o depois suas atividades
orientaram?se para a Lsia, KuLmia e matemOtia# Foi prinipalmente na
Lsia Kue adKuiriu sua reputa./o, em parte pelas suas pesKuisas sore as
propriedades da orrente elétria e, em 587, aos 77 anos de idade, oi
nomeado proessor de Lsia em )eipi3# E n/o oi somente reon;eido no
movimento ientLfo omo um de seus ativos pesKuisadores, nem estava
apenas inteiramente a par da inia de sua époa estava tamém
proundamente impressionado, emoional e inteletualmente, pela inia
em si ? pelos seus métodos eatos e ri3orosos, pela naturea ordeira do
mundo Kue esta revelava# A;ava Kue era impossLvel i3norar os seus
oneitos e leis# %orém, em onronto om o mundo da inia, oloou o
mundo dos valores, pelo Kual a inia n/o se interessava, mas Kue ele
onsiderava i3ualmente real, le3Ltimo e atraente omo oCeto de interesse
inteletual# Em sua Cuventude, Fe;ner impressionara?se proundamente
om a flosofa de &;ellin3, e esta
%aiolo3ias do &éulo
eperinia inutira?l;e a sensa./o duradoura de Kue i3norar o apelo
imediato da vida e da mente seria aastar?se da realidade realmente
sentida# =uando tin;a apenas vinte anos de idade, esreveu, so o
pseudcnimo de Dr# "ises, um estudo sore a tese de Kue a )ua era eita de
iodo, o primeiro de um erto nMmero de traal;os, nos Kuais, so o mesmo
pseudcnimo, eprimia 3eralmente em orma de sOtira P inia o lado de
sua naturea Kue ela n/o satisaia# ( on\ito, ao mesmo tempo sutil e
vi3oroso, era Kuase um eo sem saLda# Na Kualidade de proessor de Lsia,
Fe;ner ensinou a inia ofial de sua époa om o nome de Dr# "ises,
enontrou uma vOlvula de esape para a impress/o de Kue a inia era
insatisatria e inompleta# 'om esse esor.o, sua saMde fou aalada,
porém, apesar de sua doen.a, realiou eperinias sore ima3ens
remanesentes positivas ? encmenos, é de notar, Kue servem de limiar
entre os mundos mental e Lsio# Assim proedendo preCudiou sua vis/o,
fando Kuase e3o# &ua saMde arruinou?se ompletamente# %ediu demiss/o
de seu ar3o e viveu durante trs anos desli3ado do mundo, vLtima de
doen.a, dor e depress/o#
Fe;ner reuperou a saMde, nin3uém soue omo, muito menos ele prprio
porém,
arin;o na man;/ do?l;dia
? soreveio uma idéia
de outuro de 589_
Kue satise as ?ei3nias
ele anota esta data
de sua om
naturea
;umanista e ientLfa# (orreu?l;e Kue poderia ;aver uma rela./o
oservOvel e até mensurOvel entre o estLmulo e a sensa./o e, portanto,
entre os mundos mental e Lsio# (servou Kue a sensa./o e o estLmulo
pareem n/o aumentar de intensidade no mesmo 3rau asoluto# %or
eemplo, se uma vela estO aesa em uma sala e aendemos outra, a
dieren.a é imediatamente notada porém se est/o aesas de velas e é
aresentada mais uma, a dieren.a Kuase n/o é pereida# + possLvel,
ent/o, Kue a sensa./o res.a em pro3ress/o aritmétia, ao passo Kue o
estLmulo aumenta em pro3ress/o 3eométria# A sensa./o em si n/o pode
ser diretamente medida, mas o estLmulo pode, e serO possLvel mostrar Kue
um aumento no estLmulo, por uma ra./o onstante dele mesmo, é
re3ularmente orrelaionado om ada aumento pereptLvel na sensa./o#
Em outras palavras, pode?se enontrar a rela./o Kuantitativa eata entre os
mundos mental e Lsio# %ara Fe;ner, esta onep./o era ompletamente
satisatria se osse onfrmada, uniria o Kue ;avia pareido desoneo e
irreoniliOvel daria a ele o sentido da unidade
<8
%sioLo3ias do &éulo
<6
Edna Heidreder
do mundo Kue sempre usara ? uma unidade do mundo, além disso, Kue
ele poderia demonstrar om evidnia matemOtia, eata#
Restava, entretanto, a tarea de provar eperimental? mente sua ;iptese, e
s depois de iniiada esta tarea oi Kue se deparou om a desoerta de
Weer# %ara Fe;ner, ela pareia onfrmar suas esperan.as# Deu orma
matemOtia aos resultados otidos por Weer, deu P 3eneralia./o o nome
de lei de Weer e dediou?se sem reservas P tarea de verifO?la por meio
de eperinias# %ara esse fm, passou a levantar pesos, pratiamente
mil;ares de pesos,
om os pesos tentando
fsiamente omparar suas
determinados dos impressJes imediatas
oCetos er3uidos# de peso
Fe estudos
semel;antes dos 3raus de ril;o, e das distQnias visual e tOtil, areditando
sempre Kue se a sensa./o, isto é, o ponto de ontato entre o Lsio e o
psLKuio, pudesse ser demonstrada omo tendo rela./o matemOtia
defnida em reernia ao estLmulo, a unidade do mundo Kue prourava
poderia ser estaeleida#
Enontrou raJes onstantes, pelo menos em Kuantidade sufiente e om
raoOvel aproima./o dos reKuisitos ideais, para enoraCar seus anseios e
esor.os# %orém, a sua importQnia para a psiolo3ia n/o estO de orma
al3uma na idéia do mundo Kue esperava estaeleer om suas pesKuisas#
Enontra?se, antes, nos métodos eperimentais Kuantitativos e eatos Kue
desenvolveu ao realiO?los, ( prprio Fe;ner elaorou trs dos métodos
psioLsios ? assim ;amados devido P sua onep./o de uma inia
psioLsia Kue tratava da rela./o entre os mundos Lsio e psLKuio# (
nMmero de pontos ontrovertidos e ténios Kue sur3em numa eperinia
P primeira vista simples de levantamento de pesos é, de ato, notOvel
ontudo, tais pontos enerram um pouo das oisas esseniais de al3uns
dos prolemas mais undamentais e persistentes da psiolo3ia
eperimental0 a difuldade em ontrolar tanto as ondi.Jes eternas
Kuanto a atitude do paiente, a neessidade de oserva.Jes repetidas, de
anOlises Kuantitativas em eitas, e de uma disposi./o en3en;osa de
onCunto e de método, a fm de Kue todos os atores de pertura./o seCam
eluLdos,por
utiliadas um outros
aps outro# As téniasmodifadas,
perKuisadores, aperei.oadas por Fe;ner
usadas oramde
omo pontos lo3o
partida para outras ténias e apliadas em outros ampos além do da
sensa./o# ( prprio Fe;ner ampliou?as até o ampo da estétia,
omparando maniestas preernias om situa.Jes
oCetivas, por eemplo, retQn3ulos de dierentes taman;os, rela.Jes
lineares de vOrias espéies, de um modo um tanto pareido ao utiliado
para a sensa./o# Realmente, para os ontemporQneos de Fe;ner, o tra.o
notOvel dos métodos psioLsios estava em serem Kuantitativos# Era
onsiderado uma inova./o surpreendente medir os proessos mentais as
eperinias eitas om eles para oter dados Kuantitativos assinalam a
aurora de um novo dia# A pulia./o em 58:_ do livro Filemente der
%s;op;si] !Elementos de %sioLsia$, no Kual Fe;ner relata seu traal;o
e suas idéias, é omparOvel P unda./o do laoratrio de )eipi3, omo um
dos atos mais destaados no desenvolvimento da psiolo3ia# 'omo
tentativa séria, ori3inal e uidadosamente planeCada de tratar os proessos
psiol3ios no estilo das inias eatas, este livro é, Ps vees, onsiderado
omo um maro da primeira realia./o defnida da psiolo3ia omo inia#
(s prprios métodos psioLsios despertaram o maior interesse# Foram
eaminados detidamente por notOveis estudiosos da époa e, emora
ten;am sido ritiados avorOvel ou desavoravelmente, a promessa Kue
traiam veneu o etiismo Kue provoaram# N/o demorou muito, de ato,
para Kue os métodos de Fe;ner, em omo outros aresentados por seus
se3uidores,
rapidamentesesetornassem um lu3ar?omum
tornando uma nova inia,na a3a3em do
a psiolo3ia# Kue métodos
Estes estava
tm persistido até os nossos dias e ainda onservam o seu lu3ar entre os
mel;ores instrumentos de pesKuisa em psiolo3ia#
%orém, por mais diundido Kue ten;a sido o uso dos métodos de Fe;ner, a
interpreta./o de seus dados tem sido de um tipo muito dierente do Kue
pretendera# A interpreta./o mLstia, Kue para ele era o prinipal resultado
de suas eperinias e a sua prpria ra/o de ser, nuna oi aeita em
psiolo3ia# "esmo num sentido ténio e mais restrito, as interpreta.Jes de
suas eperinias n/o tiveram aeita./o 3eral# Havia e ainda ;O muito
desaordo Kuanto ao 3rau de preis/o das medi.Jes eitas pelas
eperinias psioLsias e ;ouve pelo menos um rLtio importante Kue
onsiderou todo o movimento iniiado por Fe;ner omo inteiramente sem
valor# Esreveu William 2ames0
V( "aasormel e;neriano e sua onep./o omo sendo uma lei
psioLsia fnal permaneerO omo um Ldolo das avernas, se al3uma ve
eistiu al3um# De ato, o prprio Fe;ner era um *er;rter alem/o do tipo
ideal, ao mesmo tempo simples e perspia, mLstio e eperimentador,
simples e ousado, t/o leal para om os atos, omo
8_
Edna Heidreder
r
%siolo3ias do &éulo
85
para as suas teorias# %orém seria terrLvel se mesmo um ;omem t/o om
omo esse pudesse sorearre3ar nossa inia om os seus ontLnuos
apri;os e, num mundo t/o ;eio de outros oCetos mais di3nos de
aten./o, ori3asse todos os uturos estudantes de psiolo3ia a lutar om as
difuldades, n/o s de seus prprios traal;os, omo tamém de outros
ainda mais Oridos esritos ontra eles# AKueles Kue deseCarem esta ;orrLvel
literatura podem enontrO?la possui um valor disiplinar mas, nem
mesmo a menionarei num rodapé# ( lado cmio do assunto é Kue os
rLtios de Fe;ner sentem?se ori3ados, aps omater suas teorias pondo
tudo aaio desapiedadamente, a dier Kue, n/o ostante, a ele pertene a
3lria impereivel de as ;aver ormulado pela primeira ve e, dessa orma,
tornado a psiolo3ia uma inia eata,
VAnd everod praised t;e du]e
VE todos louvaram o duKue
W;o t;is 3reat f3;t did Sin#
por ter venido esta 3rande atal;a#V
But S;at 3ood arne o it at last^
V"as, afnal, Kue resultados troue^V,
=uot; little %eter]in#
disse o peKueno %edrin;o#
W;, t;at 5 annot teu, said ;e,
VIsso eu n/o sei epliarV, disse ele,
But tSas a amous vitor V7
V"as oi uma amosa vitriaV
"as, por mais plausLvel Kue W# 2arnes onsiderasse este assunto,
permanee o ato ;istrio de Kue uma das ontes da psiolo3ia moderna
reside nas pesKuisas paientes e talve Orduas do VsimpOtio vel;in;oV Kue
realiou a primeira tentativa de medir realmente os proessos psiol3ios,
ainda Kue mal defnidos, e orrelaionO?los om os atos Lsios# "esmo Kue
n/o restasse a mLnima parte de suas doutrinas espeLfas, o
estaeleimento da psiolo3ia omo inia seria ainda, em 3rande parte,
resultado de seu traal;o#
A ria./o da nova inia oi tamém, em 3rande parte, o traal;o de
Hermann von Helm;olt, Kue oi assistente de Fe;ner durante vinte anos#
Assim omo este, Helm;olt ora antes estudante de mediina, e depois
Lsio, uCo interesse n/o estava de maneira al3uma limitado P Lsia# %orém,
Helm;olt n/o se interessava muito pela unidade do universo# =ueria saer,
entre outras oisas, a maneira eata omo os ol;os e os ouvidos
unionavam, e para tanto, entre?
7 WlllIam 2ames, %rinipies o %s;olo3, 9, 96#
3ou?se a uma série de pesKuisas Kue en3loaram a tremenda Kuantidade
de atos e teorias Kue onstituem seus dois 3randes livros, Handu; des
p;siolo3is;en opti] !"anual
-onempfndun3 !-eoria de ptia
da sensa./o fsiol3ia$
dos tons$# e )e;re
Do ponto von do volume
de vista
total de traal;o eetuado, a realia./o é ma3nLfa# Helm;olt eaminou
uidadosamente todo o on;eimento eistente sore p assunto, testou?o
eperimentalmente, oneeu novas eperinias, desoriu novos atos e
su3eriu novas teorias# 'om a mesma ailidade, inventava aparel;os,
oneia métodos eperimentais e elaorava teorias# %ossuLa um talento
etraordinOrio para tratar tanto om oisas Kuanto om idéias# &eus poderes
de oserva./o, visuais e auditivos, eram onsiderados muito a3udos e
sensLveis# Nen;um aspeto de seu estudo deiava de interessO?lo suas
pesKuisas iam desde a anatomia da vista e do ouvido até a ;istria do
desenvolvimento da ;armonia#
As pesKuisas de Helm;olt sore a vista e o ouvido eKuiparam?se Ps
maiores onKuistas da inia# (s estudos undamentais e iniiais neste
ampo pertenem P Lsia, fsiolo3ia e psiolo3ia# A sua importQnia para o
desenvolvimento da psiolo3ia difilmente pode ser sorestimada n/o
somente desvendaram a enorme ompleidade de proessos psiol3ios
aparentementes simples, omo seCa ver oCetos e ouvir sons, mas ao
mesmo tempo demonstraram de maneira ril;ante a possiilidade de se
estudar estes proessos pelos métodos das inias naturais# Em seu
traal;o sore aMstia, Helm;olt mostrou omo um som aparentemente
simples, omo o produido por uma Mnia orda virando, possui 9_?
retons além do undamental e omo dois sons emitidos Cuntos podem dar
ori3em
ausa daa tons a3re3ados,
desarmonia# tons dierentes
Helm;olt Ps VatidasV
determinou Kue ele mais
os sons audLveis onsiderava a
elevados
e os mais aios e os intervalos entre os mesmos# Epcs tamém a sua
teoria de ressonQnia da audi./o, em Kue afrma ser o ouvido i3ual a uma
;arpa# Em ptia, tratou de prolemas omo os de rera./o por meio de
lentes, métodos de estimular a retina e o nervo ptio, ima3ens
remanesentes, ima3em da retina, ilusJes de ptia, movimentos dos ol;os,
vis/o mono e inoular e a perep./o da distQnia# Aps estudar os
aspe.tos da vis/o olorida, epcs a teoria de Kue todos os encmenos da
vis/o olorida podem ser epliados em un./o das trs ores primOrias,
vermel;o, verde e aul ? teoria Kue ele em parte atriuLa ao pesKuisador
ritQnio
8
Edna Heidreder
&ir -;omas 1oun3, e Kue atualmente é on;eida omo a teoria de 1oun3?
Helm;olt# Ao epliar a perep./o do espa.o, adotou o ponto de vista
empLrio em ve do inatista, ou seCa, n/o onsiderava a perep./o espaial
omo VdadaV, mas omo resultado da eperinia# Em oposi./o ao ponto de
vista ]antiano, pelo Kual o espa.o é uma das ormas de intui./o, Helm;olt
afrmava Kue a perep./o do espa.o é um traal;o da mente, o produto de
onlusJes inonsientes, etraLdas de numerosas e variadas eperinias
Kue n/o s/o espaiais em si mesmas# A ontrovérsia entre o inatismo e o
empirismo, em suas vOrias ormas, teve uma lon3a ;istria em psiolo3ia e
n/o estO de modo al3um resolvida porém, oi om Kue, no onCunto
espeial de irunstQnias em Kue traal;ou, Helm;olt lan.asse a parte
maior de sua in\unia para o lado do empirismo porKue a sua atitude
neste aso si3nifou a anOlise de proessos Osios Kue seriam de outra
orma aeitos sem disuss/o# Foi em 3rande parte por esse motivo Kue
Helm;olt demonstrou a possiilidade de realiar oserva.Jes ientLfas
eatas sore a sensa./o e a perep./o, proessos Kue em seu tempo eram
tidos omo aendo parte do undamento da vida mental# Assim omo
Fe;ner estaeleeu frmemente tanto a idéia Kuanto a prOtia da medi./o
em psiolo3ia,
suedidas soretamém Helm;olt
a sensa./o provou, através
e a prep./o, de suas
ser possLvel pesKuisas
apliar a em
oserva./o eata e a eperimenta./o a um material estritamente
psiol3io#
(utra eperinia realiada por Helm;olt, ori3inada na onsidera./o de um
prolema fsiol3io, teve onseK[nias importantes para a psiolo3ia#
Helm;olt oi a primeira pessoa Kue mediu a veloidade da orrente
nervosa# NaKuela époa era ren.a 3eral, em parte aseada na autoridade
de 2o;annes "[ller, Kue a veloidade da transmiss/o nervosa n/o poderia
ser medida porKue n/o ;averia espa.o em nen;um or3anismo animal para
determinar uma veloidade t/o 3rande# Helm;olt mediu?a na perna de uma
r/# Em primeiro lu3ar, estimulou um nervo motor primo ao mMsulo Kue
inervava, e mediu o espa.o de tempo entre o estLmulo do nervo e a
ontra./o do mMsulo em se3uida, estimulou o nervo em um ponto mais
distante do mMsulo, e mediu omo antes o tempo deorrido entre o
estLmulo nervoso e a resposta musular ent/o sutraiu a primeira medida
da se3unda, e assim oteve o tempo Kue a orrente nervosa ;avia
A taa de transmiss/o é alulada atualmente em era de 57 metros
por se3undo#
%sioio3ias do &éulo
87
eatid/o de'ompreender
duradoura# oCetivo sufientes
a orapara provoar
de Wundt a mLnima
si3nifa impress/o
entender uma rede
intrinada de rela.Jes, na Kual o destaKue e a larea est/o normalmente
suordinados P riKuea de detal;es# %ois Wundt estava t/o pereitamente
cnsio das Kualidades Kue aompan;am um determinado ato Kue oi
desrito omo um ;omem Kue Vnuna disse uma oisa tola nem uma
3enialV# InstruLdo, l3io, ativo e sistemOtio, adaptava?se de modo
admirOvel, tanto por treino Kuanto por temperamento, P tarea de
entraliar, or3aniar e inte3rar, o Kue para a psiolo3ia era a 3rande
neessidade da époa#
=uando Covem, o prinipal interesse de Wundt estava na fsiolo3ia, tornou?
se, é natural, inteiramente amiliariado om a pesKuisa fsiol3ia se3undo
a tradi./o de Weer, Fe;ner e Helm;olt# Assoiara?se, na realidade, tanto
a Helm;olt Kuanto a Fe;ner em Heideler3, palo de seu primeiro urso
universitOrio, om Helm;olt em )eipi3, Kue preseniou o seu apo3eu,
om Fe;ner# Essas li3a.Jes pessoais, entretanto, pareem n/o ;aver
desempen;ado um papel deisivo, ou mesmo importante, na orienta./o de
seu pensamento# &uas rela.Jes om Helm;olt nuna oram Lntimas, nem
mesmo partiularmente ordiais, e seu traal;o
%sSolo3ias do &éulo
assumiu seu un;o araterLstio antes de on;eer Fe;ner em )eipi3#
=uando ainda em Heideler3, esreveu o livro *rund[3e der
p;siolo3is;en
Kue é tido, mais %s;olo3ie !Elementos
do Kue KualKuer de psiolo3ia
outro livro, fsiol3ia$,
omo o Kue tratado
tra.ou a primeira
estrutura da psiolo3ia omo inia P parte# Em al3uns de seus primeiros
esritos, ;ouve realmente anteipa.Jes de sua onep./o de uma
psiolo3ia eperimental porém em seu livro Elementos de psiolo3ia
fsiol3ia esta oi defnitivamente ormulada e elaorada, e muita oisa Kue
;avia estado va3amente implLita na psiolo3ia dos laoratrios de
fsiolo3ia oi tratada de orma eplLita e sistemOtia# ( livro, em verdade,
tentava duas tareas0 a primeira, uma apresenta./o ompreensLvel dos
atos on;eidos da psiolo3ia da époa e a se3unda, o estaeleimento
dos prinLpios de um sistema# Este Mltimo, emora repetidamente
modifado nas muitas edi.Jes posteriores do livro, era em tra.os 3erais
aKuele Kue Wundt
sua onvi./o aeitou
Osia durante
de Kue toda aésua
a psiolo3ia vida# Afrmando
o estudo omomentais
dos onteMdos o e,
e uma inia Kue atin3e esses onteMdos prinipalmente por meio da
introspe./o e da eperimenta./o, seu livro Elementos de psiolo3ia
fsiol3ia tornou?se uma das maiores in\unias na determina./o do
arOter do primeiro traal;o eperimental da nova inia#
( livro ontém, na realidade, a onep./o de Wundt ? a mesma Kue CO ;avia
apareido em seus primeiros traal;os
? defnindo eatamente o Kue seria uma eperinia psiol3ia# Na orma
em Kue a desreve, a eperinia psiol3ia imita laramente a fsiol3ia0
é um método no Kual o proesso a ser estudado é mantido em primo de
um estLmulo ontrolOvel e de uma resposta oCetiva, e no Kual a
introspe./o é um ato uidadosamente preparado, intenso e de peKueno
alane# + di3no de nota o ato de Kue apesar de toda a sua é na
introspe./o e na eperimenta./o, Wundt nuna areditou Kue esses
métodos ossem apliOveis ao estudo dos proessos mentais mais elevados
e Kue mais tarde, Kuando al3uns de seus disLpulos ? notadamente [lpe ?
tentaram estudar os proessos mais elevados do pensamento pela
introspe./o so ondi.Jes ontroladas, malifaram esses métodos de
Valsos eperimentosV# Areditava Kue os proessos mentais miis
elevadospuiessem ser estudados somente por meio dos Vprodutos soiaisV
s/o ompreensLveis 9_?
6
Edna Hedreder psioio3ias do &éulo
67
ol3io é o ato de reerir?se a al3o Kue n/o a parte dele
? de Vsi3nifarV um oCeto# Um proesso psiol3io verdadeiro, portanto, é
um ato e n/o um onteMdo# De aordo om Wundt, entretanto, é o onteMdo
sensitivo o d natural Kue representa o proesso psiol3io de ato,
eatamente tais proessos Kue ormam a vida psLKuia é Kue onstituem
seus elementos# Além disso, somente o onteMdo pode ser estudado por
introspe./o# (s atos n/o podem sorer oserva./o direta e, portanto, n/o
podem ser material de estudo de uma inia porém, os proessos, tais
omo ouvir sons, s/o onteMdos sensitivos e lu3ares?omuns de um
laoratrio fsiol3io# +, realmente, o estudo de tais proessos pelos
métodos reon;eidos da inia natural Kue deverO onstituir o
undamento da psiolo3ia# Assim, uma dieren.a de oCeto ori3a a uma
dieren.a de método# (s atos n/o se oereem P introspe./o analLtia, o
Kue era onsiderado em )eipi3 omo essenial para uma psiolo3ia
eperimental# (s Kue estudavam os atos mentais aiam uso da oserva./o
em um sentido mais amplo e menos esotério, emora nem sempre menos
uidadoso, do Kue aKuele aeito pelos introspeionistas ortodoos# Esta
espéie de oserva./o oi ;amada enomenol3ia, e distinta da
introspe./o num sentido ténio omo resultado, a psiolo3ia do ato oi
planeCado,
suesso Kueoil;e
interrompido pela
pediram Kue sua morte#
fesse ( primeiro
duas revisJes paravolume
novas e tanto
edi.Jes,
enKuanto estava ainda traal;ando no se3undo volume, o Kual aps sua
morte oi ompletado por D[rr# %or Mltimo, é interessante o ato de
Ein3;aus ;aver inventado o teste de ompleta./o# 2O em 586<, num
estudo dos possLveis eeitos da adi3a, e de uma distriui./o mais
satisatria das ;oras de traal;o para os esolares ? pesKuisa Kue l;e oi
soliitada pela idade de Breslau ? Ein3;aus usou este sistema, Kue tem
provado ser um dos mais Mteis pro3ramas de testes#
A in\unia de *# E# "[lIer sore a nova psiolo3ia eereu?se em parte
através de suas prprias ontriui.Jes pessoais, e tamém por meio do
ativo laoratrio Kue diri3iu em *otin3a# A ora de "[ller, Kue se
arateriou pela etraordinOria inteirea e a3udo senso rLtio, reMne era
de trs tpios prinipais0 vis/o, memria e psioLsia# &ore a vis/o, seu
traal;o mais on;eido é sua modifa./o e amplia./o da teoria da vis/o
olorida de Herin3 ? a Kual eplia o encmeno da vis/o em ores em un./o
de trs pares de ores omplementares, aul?amarelo, vermel;o?verde e
preto?rano# "[ller, ao aeitar omo Osia a lassifa./o de Herin3, deu
uma eplia./o fsiol3ia um pouo dierente, e aresentou o Vinento
ortialV Kue aparee Kuando os proessos sensorias Kue aompan;am as
sensa.Jes de or s/o eitados ao ponto de uma neutralia./o mMtua# Em
seu traal;o sore a memria, "[ller utiliou os métodos de Ein3;aus,
revisou?os na esperan.a de ontrolar as ondi.Jes de modo mais minuioso,
introduiu novos métodos, e om seus disLpulos levou a eeito pesKuisas
eaustivas, arateriadas por uidadoso planeCamento e metiulosa realia?
E
6:
Eina Heidreder
./o# Este traal;o inluLa um estudo dos vOrios VauLliosV usados para
memoriar# (s resultados dessas pesKuisas, puliados em trs 3randes
volumes, onstituem o tratado mais eaustivo eistente sore a memria#
Em psioLsia tamém "[ller revisou uidadosamente o aervo eistente,
sumeteu?o a uma anOlise rLtia ompleta e introduiu modifa.Jes no
método# Uma das desoertas de "[ller, eita por aaso em seu prinipal
traal;o sore psioLsia, oi a Kue resultou no oneito de
Vondiionamento motorV# Em seu estudo de levantamento de pesos, inluiu
oserva.Jes introspetivas uidadosas do proesso pelo Kual o paiente
Cul3ava um peso ser maior do Kue outro# %areia raoOvel supor, aseado
em uma anOlise inteletual, Kue para ormar um CuLo de Vmais leveV ou
Vmais pesadoV a ima3em?memria do peso anterior deveria ser omparada
om a sensa./o ou memria da ima3em remanesente do peso atual#
Entretanto, esta anOlise provou n/o orresponder aos atos oservados# Um
paiente, ao levantar um peso, 3eralmente saia de imediato se este era
mais leve ou mais pesado do Kue um outro ;O pouo levantado seu ra.o
suia depressa se o peso era menor e mais deva3ar, om maior difuldade,
se aKuele era maior ;avia?se inonsientemente VondiionadoV para um
dado impulso, e o peso onfrmava essa disposi./o ou provava Kue ela ora
ea3erada ou insufiente# Em outras palavras, seu Cul3amento era
resultado de uma rea./o musular sentida imediatamente, e n/o de uma
ompara./o inteletual# Este ato, aparentemente simples, é muito si3ni
iativo omo mais uma prova de Kue uma anOlise inteletual a priori do
material psiol3io pode onduir a uma desri./o alsa dos atos# -al
anOlise tem 3rande proailidade de inteletualiar em eesso a situa./o e
é improvOvel Kue seCa posta em dMvida até Kue uma oserva./o verLdia
mostre Kue os atos, neste aso, s/o dierentes# A eplia./o de "[ller da
situa./o oservada em un./o do ondiionamento motor é ainda mais
si3nifativa omo sendo outra india./o de Kue o lado motor da rea./o
estava aos pouos sendo pereido# Neste aso, a interpreta./o de "[ller
resultou no oneito 3eral de VondiionamentoV do or3anismo, Kue tem
provado ser muito Mtil ? Ps vees até um tanto Mtil demais ? na interpreta./o
da onduta# + interessante oservar Kue no aso de "[ller omo no de
)ipps, o reon;eimento do papel eerido pela atividade musular oi
resultado da introspe./o#
%aiolo3ias do &éulo
6<
Estes ;omens e muitos outros dediavam?se P psiolo3ia na Aleman;a#
%siolo3ias do &éulo
5__
Edna Heidreder
-
%siolo3ias do &éulo
5_5
ser desritas# ( método oi Kuase de imediato aproveitado por Wundt, Kue o
simplifou e alterou em parte, prinipamente ei3indo Kue a ada palavra?
estLmulo orrespondesse uma Mnia resposta, ontrolando mel;or as
ondi.Jes, e reduindo o todo a um método mais uniorme, Kue
proporionasse respostas susetLveis de serem medidas em rela./o ao
tempo, lassifadas e tratadas Kuantitativamente# Dessa orma, o estudo
de *alton deu ori3em a eperinias sore assoia./o livre e ontrolada,
Kue se tornaram um dos métodos mais proveitosos na pesKuisa dos
proessos mentais mais ompleos, inteletuais e emoionais, tanto em
paientes normais Kuanto nos anormais#
( estudo da ima3ina./o inluiu o uso de um KuestionOrio, onsiderado o
primeiro a ser utiliado numa pesKuisa em lar3a esala em psiolo3ia#
Ei3iu Kue o paiente Vpensasse em al3um oCeto defnido ? ima3inasse
omo era sua mesa do aé Kuando ao lado dela se sentara pela man;/ ? e
eaminasse uidadosamente o Kuadro Kue apresentava em sua vis/o
mentalV# ( paiente, em sua desri./o, deveria levar em onta KuestJes
tais omo se a ima3em era lara ou osura, olorida, pereitamente
defnida ou apa3ada# (s resultados mostraram n/o s Kue os indivLduos
variam muito em sua ima3ina./o, omo tamém Kue n/o eiste uma
orrela./o ori3atria entre a ima3ina./o e a apaidade ? isto é, Kue um
pintor, por eemplo, poderia n/o possuir ima3ina./o visual, ou Kue um
ientista ou um erudito poderia n/o ter Kuadros onretos dos atos nos
Kuais s/o espeialistas# Havia sido 3eralmente aeito, mais ou menos va3a?
mente, Kue as ima3ens eram os materiais utiliados pelo pensamento e,
omo orolOrio, Kue a ima3ina./o lara e értil aia parte da ;ailidade
mental superior# %orém, novamente os atos ontradisseram as previsJes
aseadas em anOlises a priori mais uma ve a oserva./o n/o provou
aKuilo Kue, de aordo om tal inda3a./o, devia ser verdade# E neste aso,
tamém, assim omo no estudo da assoia./o, os métodos usados nesta
eperinia oram amplamente apliados em psiolo3ia, om modifa.Jes#
Assim, *alton, Kue n/o era psilo3o e uCo interesse pela psiolo3ia era em
3rande parte asual, ontriuiu mais para essa pro3ressista inia do Kue
muitos profssionais assLduos# Fe inu ? idas nos ampos da assoia./o,
ima3ina./o e ; eia, ndo introduido, em todos eles, métodos p af ente v9
de pesKuisa# + lar3amente responsOvel p i rm\or e te da moderna
psiolo3ia0
o estudo das dieren.as individuais# Além disso, toda a sua maneira de
estudar a psiolo3ia era dierente daKuela dos ientistas alem/es# Ao
estudar os proessos inte3rais e os or3anismos ompletos, tal omo
apareiam ao senso omum, ompletou o método de anOlise minuiosa
eerida nos laoratrios alem/es om um outro de oserva./o Kue
utiliava onCuntos maiores omo unidades, Kue revelava prolemas de
outro teor, e Kue os apresentava so uma nova perspetiva#
A in\unia tLpia dos raneses no desenvolvimento da psiolo3ia eereu?
se prinipalmente através de seu interesse pelos encmenos anormais e
pela psiKuiatria# A rela./o dos raneses notOveis neste setor inlui nomes
amosos omo os de %inel, Kue CO em 5<6_ onveneu o mundo Kue os
louos s/o doentes e n/o endemonin;ados de ';arot Kue, traal;ando na
metade do séulo se3uinte, ;amou a aten./o de seus ole3as e disLpulos
para o estudo ientLfo da ;isteria e desordens desse tipo de Bern;eim e
)iéeault, Kue ar3umentaram n/o ser o ;ipnotismo ou mesmerismo mais
misterioso e, por esta ra/o, nem mais pato3io, Kue a su3est/o de %ierre
2anet, um dos disLpulos de ';arot e, omo este, pesKuisador da ;isteria e
da dissoia./o em 3eral e de Riot, Kue tentou enarar os distMrios da
vida mental P lu da nova psiolo3ia fsiol3ia# ( estudo dos doentes
mentais, Kue durante séulos ;avia sido onsiderado omo inteiramente
dierente daKuele dos seres ;umanos normais, inlinou?se aos pouos para
a idéia, a3ora omumente aeita, de Kue as rea.Jes anormais s/o somente
um ea3ero das normais e, omo tal, s/o devidas a ondi.Jes idntias
PKuelas Kue produem suas eKuivalentes menos desinte3radoras nos
indivLduos normais# 'omo resultado do estudo proundo dos estados
anormais, o ;omem pode ser onsiderado omo um or3anismo ompliado
Kue Ps vees se desarranCa esperava?se Kue as suas mais estran;as
antasias ossem epliOveis em un./o das leis Kue a3em em seu viver
mais sadio a VunidadeV de sua ValmaV n/o era mais onsiderada omo
asoluta e indissolMvel, mas sim suCeita P desinte3ra./o n/o s pela morte
omo tamém pelo esor.o e o ansa.o de viver# A psiKuiatria, om sua
resente valoria./o do ato da i3ualdade essenial entre o normal e o
anormal, reor.ou astante a tendnia ada ve maior em psiolo3ia para
onsiderar todo o omportamento ;umano onorme uma lei natural#
i
5_
Edna Heidi,reder
%siolo3ias do &éulo
5_7
-odos esses movimentos, assim na Aleman;a omo na In3laterra e na
Fran.a, aiam parte daKuele proesso altamente ompleo pelo Kual veio a
lume a psiolo3ia atual# 'omo inia, n/o resultou do traal;o de um s
;omem ou de um s 3rupo# N/o sur3iu em onseK[nia de um prolema
ou de um onCunto deles# Foi, na realidade, uma das muitas maniesta.Jes
do modo de pensar ientLfo Kue arateriou a vida inteletual do séulo
I# N/o ;O dMvida de Kue o entro do movimento estava nas universidades
alem/s, e a VnovaV psiolo3ia, omo ome.ava a ser on;eida# li3ava?se
3eralmente om aKuela desenvolvida na Aleman;a, prinipalmente om a
do laoratrio de )eipi3# %orém, em toda parte ;avia indLios de Kue o
pensamento ientLfo ;avia enontrado o seu lu3ar na psiolo3ia# Durante a
se3unda metade do séulo I, a psiolo3ia estava eerendo atividades
em mMltiplos setores# Estava adKuirindo ténias, eKuipando laoratrios,
realiando pesKuisas e riando esolas e sistemas# 'omo resultado, ;avia
asse3urado o reon;eimento dos eruditos omo disiplina independente, e
na Mltima déada do séulo, instalara?se defnitivamente omo inia#
(nde Kuer Kue os estudiosos se reunissem para oservar mais do Kue para
re\etir sore material psiol3io ? emora pudessem diver3ir em suas
defni.Jes ormais ? onde Kuer Kue enarassem a sua matéria omo parte
de um mundo natural, onde Kuer Kue tentassem oservar om o auLlio de
métodos eperimentais e Kuantitativos as ondi.Jes em Kue oorrem ou
deiam de oorrer os proessos psiol3ios, ali ;avia ome.ado a
psiolo3ia ientLfa#
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NDI'E ANA)-I'(
Aadmios de psiolo3ia e psianOlise, 7<, 797
A./o de massa, 75
A./o retlea, 5# 589?58:, 569, :, 7_:
Aordo sore sistema, 7:8
Adapta./o de atividades mentais,
6<
Boneo# 55:
'alvinismo, 97
'apaidades# @eCa Dons
'atarse, 77_, 777
'Otedra de psiolo3ia, <_?<5
'ausa, 7:, ::, 558, 5, 97# @er tamém Eplana./o em psiolo3ia e
teolo3ia
'ausalidade, 6, 95
'ensor, 777, 77
'etiismo, _, 9, :, 9_, 97
';ia3o, Universidade de %siolo3ia, 5<6, 5
'olMmia, Universidade de %siolo3ia, 5, 9, 99, :_
V'omo se, 5
'ompleta./o, 7_, 7_:
'ompleo de idipo, 778, 7, 79
'onep./o, 5:7
'ondillae, :5
'onduta ;umana, 75
'onf3ura./o# @er *estatt
'on\ito, dentro de um MnIo eu,
5:_, 777, 779, 7:
'on;eimento, minuioso, :7
'onsinia da a./o, 56
'onsinia, 8<, 65, 55, 57, 59_,
585, 56_, _<, _8, <, , :9,
759, 77<, 7:9# @er tamém psiolo3ia do ato, onteMdo psiol3io e
introspe./o
'onsiente, 77<
'onteMdo latente, 777
'onteMdo psiol3io, 65, 559, 57, 57:, 58_, 56, 7:9# @er tamém
psiolo3ia do ato, onteMdo psiol3io e introspe./o
'ontinuidade da onsinia, 96
'ontinuidade do desenvolvImento em psiolo3ia, 7<
'ontrole, 5, , <8
'onvers/o do eeito ori3inal, 76
'opérnio, teoria de, 56
'ornell, !Universidade$ estudo de psiolo3ia, 55_
'rte, 75, 77
'osmolo3ia, 8, ::, <7
'ren.a, 97, 5:9
'rian.a, rea.Jes inatas, 57 ;umana, 58, :, <
88
'ritia do on;eimento, 75, 77, 76, 5, 7?, 9_, ::# @er tamém
Epistemolo3ia
Dons, <9
Dualismo, 7, 5, 98, 56, 569, _, _8, :8, 75, 7:8# @er
tamém 'onsinia e %aralelismo
VE?'oneJesV, 69
Edua./o, 59, 7, :, 59, 96, 7<9
Eeito, lei do, 98
E3o, !Eu$, 95, 777, 779, 7?79
Einstein, teoria, 58
Elementarismo, 8, 5:, 59_, 58:, 56_, 8:, 6# @er tamém
Assoiaionismo, Atomismo e Elementos
Elementos, atriutos dos, 5 Elementos estatistios, 66# @er tamém
"étodos Kuantitativos em psiolo3ia
Eletra, ompleo, 778n# @er tamém 'ompleo de dipo
Emo./o, :, 56, 5<_, 56, <, <8, 8_# @er tamém %sianalise e
Homem raional
VEmpatiaV, 67
Empirismo, 5, 97# @er tamém Assoiaionismo
Empirismo radial, 57, 5<:
Ener3ia espeifa, <7
E?(?R, <5, <8
E?R, <5
Epistemolo3ia, <, , ::, <7, 7__, 759, 77# @er tamém 'ritia do
on;eimento
EKua./o pessoal, <
EKuipamento ori3inal, 58, <
EKuipotenialidade, 77
Erro de estimulo, 556
Esola de *ra# 6
Edna Heidreler
ém Assoiaionismo
étia, <, ::
Eu3enia, 68
Evidnia, naturea da, para a teoria psianalltia, 7<, 79
Eerido, lei do, 98
Eiiionismo, 77
Eistenialismo, 5555#
Eperinia do tempo de rea./o,
87
Eperinia em psiolo3ia, <_, <5, 8<, 55, 5, 599, _5, 9:, :_,
755
Eperimentalismo, _5
Eperimentalistas, 5_6, 599
Eplia./o em psiolo3ia, 5, _5, 97
Epress/o indireta dos deseCos,
777
Fauldades de psiolo3ia, :7 Fantasia, 779# @er tamém &on;os
Fencmeno de mistura de or, <
Fenomenolo3ia, 6, 57_n#, 759
Fenmeno p;i, 8<
Fi3ura e undo, 7_7
Fisia, 9, <7, 55, 7_8, 759
Fisiolo3ia, <, <7, :, 8:, 6<# @er tamém &istema nervoso e Re\eo
ondiionado
Fia./o, 776
For.a, 97# @er tamém Intera./o dinQmia e %sianalise
Forma matemOtia, <8 Forma da parte e do todo, 78, ::, 8_, 85
Forma e matéria, 7:
Fun./o, 7<, 58_, 565, 56:# @er tamém Funionalismo
Funionalismo, 575? 5<6?_9, 5 Fundamentos de 2ames, 59
*estalt, 75, 8<?7__, 7_?7#
V*estaltenV, fsia, 5:, 7_<
V*estaltKualit/tV, 65
*radiente, 757
*radiva, 7
*ra, esola de, 6
VHOitos larin3eosV, 5
HOitos manuais, _
Haituais, 5<7
Harm(nia# alta de em osiol( ^yeran.
das arateristias mentais, 68
VHeran.a da 3enialidadeV, 68
VHeran.a naturalV, 68
Herartismo, 76, :7, ::, 59<
Hereditariedade, 58, 9, <6, 85, 8
Heterosseualidade, 776
Hipnose, 78, 77
Hiptese de li3a./o, 6
Hiptese de persistnia, 69, 756
Histeria, 78# @er tamém %sianOlise
Homem raional 77, , 5<:, <7, 75, 7::, 7:<# @er tamém %sianOlise e
Inteleto
td, 79
Idade "édia, 78
Idéias astratas, 8, ::, 59
Idéias inatas, 5, ?9, ::, 9
Ilus/o psiol3ia, 59<
Ima3erV# 57, 5:, 57_
Ima3ina./o visual, 5__
Imaturidade na psiolo3ia, 7<7
Inidente, Eplia./o de Freud,
7_
Inonsiente, 96, :9, ::, 76, 777, 779# @er tamém %sianOlise
Vlnsl3;tV, 7_<, 777, 7:< Instinto, 97, :_, 5:<, 5, 56, <7, 7_<
Inteleto, 9, 57, 5:7, 75# @er tamém Homem raional
Inteleto ativo, 7<
Inteletualismo, :, 57# @er lamem Inteleto, Raionalismo e %siolo3ia
raional
Inteli3nia, 98, 96# @er tamém -estes
Intera./o dinQmia, 7_8, 757, 7:
Interaionismo, 5, 98, 558
Introspe./o, 8<, 88, 55n#, 556, 59, 585, 569, 59, :n#, 9:,
:9, 85, 6:# 759
"atéria e orma, 7:
"aterialismo, 6, :_, :5, _8, 79
"e/nio, 5,
"eanismo e impulso, :8
"eanismo na teoria psianalltia, 77n#
"eaniismo, 5, :_, :<, _8, 9, 7_8
"emria, 6
"etatisia, e psiolo3ia, 9?:<, <7, 558, 576, 7# 8?87# @er tamem
determinismo, Epistemolo3ia, "aterialismo, "eaniismo, "ente e @italismo
"étodo omparativo, 59:# @er tamém %roduto soial
"étodo da onversa, 77_
"étodos de estudo na psiolo3ia,
<8, <6, 88, 6, 68, 59, 585, 569#
5, 97, :9, 755, 75, 77_, 7<5#
@er tamém %siolo3ia eperimental# Introspe./o e oCetividade
"étodos Kuantitativos na psiolo3ia, 5, 59, :, <<, 7, 9:,
:_, 75i @pr tamém -estes e
Elementos estatistios
"odifa./o no sisten, de Freud,
778, 7:
"otivo, 56<, <, 755
Nativismo, 5, 95, 85, 5<
omparativa
%siolo3ia apliada, 59, 7, 7<, 55<, 57_, 585, _, 5, :, 7<,
7<9
%siolo3ia omparativa, 6<, 55<# @er tamém %siolo3ia 3enétia e
%siolo3ia animal
%siolo3ia das auldades, :7
%siolo3ia da vida otidiana, 7_
%siolo3ia dinQmia, 95?87
%siolo3ia do ato, 65, 67, 5<, 575, 587, 5
%siolo3ia dos povos# @er tamém %siolo3ia omparativa
%siolo3ia eduativa, 59, 7<9
%siolo3ia empiria, 95, 65
%siolo3ia eperimental, 6_# 5_6, 575, 57, 5_, 9<# @er tamém %siolo3ia
do ato e %siolo3ia
%siolo3ia 3enétia, 6<, 59, 57, 58, <
%siolo3ia Industrial, 59, 59, 7<9
%sioio3ia raional, , 95, :
%sioneUr(ses, 77
%sioses, 77
%siKuiatria, 5_5# @er tamém %sianOlise
=ualidade primaria, 9
=uestionOrio, 5__
=ulmia mental, 9:
Raioinio, 5:9
Raional, ;omem, 77, , 5<:, , 75, 7::?7:<# @er tamém %sianOlise
Raionalismo, 76, 98
Raionalia./o, 7
Ra/o entroniada, 75
Rea./o, <9?<8
Rea./o preparatcr!o, :7, <, <<# @er tonrn E?(?R
Rea./o retardada, <!5# <_n#
Rea./o motora, 9, :, :<, 67, 6:, 58:, 7::
Rea./o musular, 8?89
Rea.Jes n/o veraliadas,
Re3ress/o, 776
Reinte3ra./o, 99
Repress/o, 77, 777
RepMlia, 79
Res o3itans, _
&ele./o, 87
&em ima3em, 8, 57
&ensa./o, 7, , 9, 5
&ensaionalismo, :5
&enso omum, 7_, 97, 55:, 58_#
<#
&olu./o do prolema, 7_<# @er tamém VInsi3;tV
&on;os, 777, 77
&ustQnia material, :
-eleolo3ia, 7:, 56, 568, 566, _5
-endnias determinantes, 57
-eoria da sensa./o dos tons, 67
V@orstellun3V, 595
NDI'E *ERA)
%reOio
IN-R(I$UG_
5 &istemas de %siolo3ia0 sua un./o e si3nifado 57
55 %siolo3ia pré?ientLfa 9