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08/08/2018

Tratamento Fisioterapêutico das


fraturas de Membros Superiores
(MMSS)

Profa Msc Talita Regina Coelho

SUMÁRIO
 Tipos mais frequentes de fraturas de MMSS.
 Classificação das fraturas de MMSS.
 Tratamento fisioterapêutico das fraturas de MMSS

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RX Antero-posterior (AP) da articulação do Ombro

Netter, 2003.

FRATURAS DA
CLAVÍCULA
Fraturas da clavícula podem
ser tratadas com imobilização
em 8, em 6 semanas pode ser
visto calo ósseo no RX. Só são
cirúrgicas as do 1/3 distal da
clavícula, devido ao possível
envolvimento ligamentar
(ligamento conoide;
trapezoide; coracoacromial)
e/ou articular, as quais podem
ser fixadas com placa e
parafusos.

Imobilização em 8 Greenspan, 2001.


Fratura Clavícula Greenspan, 2006.

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Fratura de Clavicula do terço distal

Tto FT das Fraturas de Clavicula

FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA

 Promover analgesia
 Diminuir edema
 Atenuar atrofia muscular

 Crioterapia
 Mobilização articular dos dedos, punho e cotovelo
 Exercícios pendulares conforme tolerância do pcte e tipo de
fratura (checar com médico ortopedista).
 ADM; alongamento e Relaxamento muscular da região da
coluna cervical e cintura escapular (trapézio superior e médio,
esternocleidomastóide e deltóide anterior).

GABRIEL et al, 2001

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Incidência de
pneumotórax em
pcte com fratura de
escápula é de
50%, logo, avaliar
a parte respiratória
(Dutton, 2010).

Greenspan, 2006.

Tto FT das fraturas de Escápula


FASE DE IMOBILIZAÇÃO ABSOLUTA
- Diminuir quadro álgico e reduzir edema: crioterapia
- Prevenir complicações da imobilização:
 Exercícios de ADM ativa:
 Cervical: flexo-extensão, inclinação lateral e rotações.
 Punho
 Mão
 Cotovelo
 Exercícios isométricos para musculatura da cintura escapular como
adução da escápula.

FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA

Dor: crioterapia
ADM: mobilização da articulação da coluna cervical, punho, mão, cotovelo e
do ombro, exercícios de Codman (checar se o tipo de fratura e condição do
paciente permite). Dependendo tipo de fratura e processo de consolidação,
checar quais ADMs de ombro são possíveis.
Fortalecimento muscular: exercícios isométricos para musculatura cintura
escapular e os possíveis de ombro.
GABRIEL et al, 2001

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FRATURAS DA PORÇÃO PROXIMAL DO ÚMERO

Greenspan, 2006.

Greenspan,
2006.

Greenspan, 2006.

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CLASSIFICAÇÃO DE NEER
• Fraturas são diferenciadas pelo nº de fragmentos, direção de deslocamento e
envolvimento da superfície articular;

• Fraturas de 1 parte (61%) - sem deslocamento ou com angulação


inferior a 45º ou impactadas;
• Fratura de 2 partes (28%) - Fraturas das tuberosidades maior ou menor com
deslocamento, ou do colo cirúrgico ou anatômico com descolamento;
• Fratura de 3 partes (9%)- Fratura com deslocamento/angulação da cabeça e diáfise +
fratura da tuberosidade maior ou menor;
• Fratura de 4 partes (2%) - Deslocamento /angulação das 4 partes (cabeça, diáfise,
tuberosidade maior e menor).

(Neer, 1970 apud Mauro 2011)

Tratamento da Fratura Proximal de Úmero


MÉTODO CONSERVADOR:

-Para fraturas com desvios pequenos:


imobilização com tipóia simples por um período de
quatro semanas+fisioterapia.

MÉTODO CIRÚRGICO
-Para fraturas com desvios e instáveis, diferentes métodos de fixação da
fratura como:

Placa de bloqueio proximal e parafusos


fixação percutânea com fios metálicos
 banda de tensão
fixação externa
placas de ângulo fixo
 placas de bloqueio proximal
artroplastia
Tenor Junior, 2010

Monteiro et al 2011.

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PRÓTESE
DE OMBRO
(artroplastia)

RX Perfil
ombro com
prótese
(artroplastia)
+fio cerclagem

RX AP ombro com prótese


RX Perfil ombro
(artroplastia) +fio cerclagem
Fratura proximal úmero
completa, espiral,
cominutiva desviada.

T 2011
Caso
Clínico

RX Perfil ombro RX AP ombro


RX AP ombro espaçador espaçador
espaçador (cimento+fio (cimento+fio (cimento+fio
Kirchner) Kirchner) Kirchner)

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Tratamento fisioterapêutico das Fraturas Proximais do Úmero


Avaliação
Dor;
ADM
Função
Força
Capacidade do paciente colocar e retirar a tipóia sozinho.

Objetivos do tratamento:
Diminuir dor;
Restabelecer ADM (gradativamente até conseguir 60% da ADM passiva comparada
com o membro são, com exceção da rotação externa);
Restabelecer função e força muscular (manguito rotador e estabilizadores
escapulares);

Tratamento Fisioterapêutico
Crioterapia (15-20min), 3x/dia, 2-3 dias;
Prescrição de exercícios de ADM para coluna cervical, ombro, mão, punho e cotovelo.
Podem ser realizados 2x/dia.
Prescrição de alongamento;
Exercícios pendulares de Codman são permitidos com o cotovelo sustentado, dependendo
do procedimento cirúrgico (conversar com cirurgião).
Prescrição de exercícios isométricos (rotação interna; externa; flexão; extensão e abdução-
todos com o ombro abaixo de 90º de flexão).
Prescrição de exercícios isotônicos (concêntricos e excêntricos), resistidos quando possível
(normalmente após a 3ª semana). Dutton, 2006

Tratamento fisioterapêutico das Fraturas Proximais do Úmero

Prescrição de exercícios isométricos p ombro: rotação interna; externa; flexão


(ADM restrita); extensão (ADM restrita) e abdução- todos com o ombro abaixo
de 90º de flexão; adução isométrica da escápula.
 Dia 1- 3ª semana PO:
 ADM deve estar dentro de 60% comparada com a extremidade não acometida.
 Paciente deve estar apto a colocar e retirar a tipóia sozinho.

Dutton, 2006

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Tratamento fisioterapêutico das Fraturas Proximais do Úmero


Exercícios pendulares de Codman:
quando permitidos, realizar com o cotovelo sustentado, dependendo do
procedimento cirúrgico (conversar com cirurgião).
 Ombro não deve exceder 60º de flexão nem 45º de abdução.

30s-60s; repetir a cada 2-3h.

Circundução no sentido horário e anti-horário.

Dutton, 2006

Exercícios Pendulares - Codman


•Técnica de automobilização que
usam efeito da gravidade para
separar o úmero da glenóide.

•Promovem alívio da dor através de


movimentos oscilatórios com leve
tração, promovendo mobilidade
precoce da articulação.

Técnica: O pêndulo ou balanço do braço é iniciado fazendo com que o


paciente mova seu tronco ligeiramente para frente e para trás.

Kisner & Colby, 2007

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Reabilitação de paciente com fratura proximal de úmero fixada com placa de


ângulo-fixo (artigo estudo de caso)
Paciente com fratura de úmero proximal (Neer 4- Deslocamento /angulação das 4 partes
(cabeça, diáfise, tuberosidade maior e menor). Reabilitação desde o 1º PO, por 12
semanas.
FASES CONDUTAS
Fase 1 (1ª semana) mobilização precoce do membro fraturado.
Fase 2 (2ª e 3ª semanas) Conduta Fase 1 + exercícios terapêuticos (ADM
ativa) para o ombro e a cintura escapular.
Exercícios isométricos deltóide; rotação ext e int
ativo-assistida.
Tipóia somente ao sair de casa.
Fase 3 (4ª semana-8ª semana) Treinamento de força muscular com exercícios
resistidos com faixa elástica para ombro e cintura
escapular (flx; ext; adç; abdç; toaç ext e int).
Fase 4 (9-12 semanas) Liberação de descarga de peso no membro
afetado. Trabalho proprioceptivo e pliometria.
Na metodologia do artigo não foram descritos os parâmetros de prescrição dos
exercícios terapêuticos, tais como, número de repetições, séries; intervalo entre
séries, cor da faixa elástica utilizada, como foi realizada a progressão dos exercícios.

Barbosa et al, 2010

Reabilitação de paciente com fratura proximal de úmero fixada com placa de


ângulo-fixo (artigo estudo de caso)

Conclusão: Reabilitação do paciente


permitiu ganho funcional, aumento de
força muscular e de ADM.

Barbosa et al, 2010

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Tratamento fisioterapêutico imediato após artroscopia de


ombro para reparo de lesão do manguito rotador

Extensão da lesão Tipo de imobilização*


Pequena (<1cm) Tipoia (1-2 semanas); remover tipoia para
exercícios no 1º PO.
Média (>5cm) Tipoia (3-6 semanas); remover tipoia para
exercícios entre 1º-2º PO.

Grande (>5cm) Tipoia (4-8 semanas); remover tipoia para


exercícios entre 1º-3º PO.

*Idade do paciente; tipo de lesão; qualidade do reparo influenciam a posição


e a duração da imobilização. Portanto, sempre conversar com o cirurgião e
checar descrição cirúrgica no prontuário.

Kisner & Colby, 2007

Tratamento fisioterapêutico imediato após artroscopia de ombro para


reparo de lesão do manguito rotador
Objetivos Tratamento fisioterapêutico

Analgesia e anti-inflamatório Crioterapia, suporte (imobilização) e mobilização.

Evitar efeitos adversos da Mobilização passiva de ombro com restrições em ADM sem dor;
imobilização Exercícios de relaxamento p coluna cervical e ombro;
ADM ativa p cotovelo, punho e mão; exercícios de pêndulo
(ADM de flexão e abdução restritas)- neste exercício pode-se
ensinar ao paciente como fazer higiene da axila;
Evitar tensão na área Uso de tipoia ou apoio com toalha na posição sentada.
reparada
Ganhar ADM Com auxílio do membro superior não acometido realizar ADM
assistida restrita do ombro acometido, entre 1-2 semanas PO.
Desenvolver controle dos Exercícios isométricos submáximos da musculatura escapular,
estabilizadores evitando tensão no local reparado, isto é, com o úmero com
escapulotorácicos suporte (tipoia ou toalha) com cotovelo fletido e no máximo 45º
abdução ombro;
Kisner & Colby, 2007

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Tratamento fisioterapêutico imediato após artroscopia de


ombro para reparo de lesão do manguito rotador

Mobiizações PO
ADM passiva de ombro restrita, sem dor, respeitando
recomendações do cirurgião.
ADM passiva de ombro restrita em posição supina
para garantir a estabilidade da cintura escapular.
Restringir ADM de flexão de ombro. 6-8 semanas
Em repouso na posição supina ou sentada pode-se
colocar toalha ou manter tipoia p sustentar o peso do
úmero.
ADM passiva de ombro, ativa de cotovelo e punho
restritas, em posição sentada ou em pé com cuidado
para não gerar tensão no local do reparo.

Kisner & Colby, 2007

Tratamento fisioterapêutico imediato após artroscopia de


ombro para reparo de lesão do manguito rotador
Exercícios terapêuticos de força muscular
Iniciar com exercícios isométricos dos músculos do manguito
rotador com suporte para úmero, para garantir que não há
tensão no local reparado;
Treinar força do supra e infraespinais, antes de realizar
exercícios dinâmicos de força dos flexores e abdutores de
ombro.
Prescrever baixa carga; não deve ser realizada cadeia cinética 6-8 semanas
fechada; não realizar exercício resistido progressivo.
Se o supra espinal foi reparado, prescrever exercício resistido 6-8 semanas
de rotação externa com mta restrição e no plano da escápula.
Se o subescapular foi reparado, prescrever exercício resistido 6-8 semanas
de rotação interna com mta restrição e no plano da escápula.
Não realizar exercício resistido progressivo. Em lesões de gde 12 semanas
extensão.
Se a cirurgia foi aberta, restringir exercício isométricos 6-8 semanas
resistidos de deltoide e manguito.
Kisner & Colby, 2007

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Tratamento fisioterapêutico imediato após artroscopia de


ombro para reparo de lesão do manguito rotador

Exercícios terapêuticos de alongamento muscular PO


Evitar alongamento 6-12 semanas
Se o supra espinal foi reparado, evitar alongamento dos músculos 6-8 semanas
responsáveis pela rotação externa .
Se o subescapular foi reparado, evitar alongamento dos músculos 6-8 semanas
responsáveis pela rotação interna .
Se a cirurgia foi aberta ou deltóide reparado, restringir exercício 6-8 semanas
de alongamento de adução; extensão; adução horizontal.

Exercícios que requeiram atividades de vida diária PO


Evitar prescrever exercícios que exijam empurrar, puxar, levantar; 6-12 semanas
carregar objetos pesados.

Kisner & Colby, 2007

Fratura de Diáfise de Úmero

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TTO FT DAS FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO

FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA

- Diminuir edema
- Promover analgesia
- Atenuar consequências da imobilização

 Crioterapia.
 Mobilização articular dos dedos, punho e cotovelo.
 Exercícios isométricos de rotadores internos/externos de ombro.
 Exercícios pendulares conforme tolerância do pcte, em alguns
casos tem que fazer o pendular com o cotovelo sustentado).
 Relaxamento Muscular da musculatura da coluna cervical e
cintura escapular.

GABRIEL et al, 2001

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FRATURAS DA PORÇÃO DISTAL DO ÚMERO

Greenspan, 2006.

CABEÇA DO RÁDIO

Greenspan, 2006.

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FRATURA DO OLÉCRANO
ULNA

ll b

lll
Greenspan, 2006.

Fratura-Luxação de Monteggia: combinação


de lesões envolvendo fratura da ulna e luxação
da extremidade proximal do rádio
(Dutton,2010).

Greenspan, 2006.

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Fraturas Diafisárias de Rádio e Ulna

Tto FT das fraturas supracondilianas e intercondilianas,


côndilo e tróclea, epitróclea e epicôndilo, olécrano, cabeça
de rádio
FASE DE IMOBILIZAÇÃO ABSOLUTA

 Diminuir edema: posição elevada do MS, mobilização dos dedos


 Promover analgesia
 Prevenir efeitos da imobilização
 Manter e/ou ganhar ADM

 Exercícios de relaxamento da cintura escapular e coluna cervical.


 Mobilização passiva ou ativo-assistida ou ativa de cotovelo e punho, de acordo com
a condição do paciente, tipo de fixação e processo de consolidação da fratura.
 Quando possível prescrever exercícios de alongamento para o ganho de amplitude
de movimento, especialmente do cotovelo.
 Mobilização ativa de ombro, coluna cervical e dedos.

FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA

 Manter e/ou aumentar ADM


 Manter e/ou ganhar força muscular e função.
GABRIEL et al, 2001

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FRATURA DE COLLES
Localização da linha de fratura na porção distal do radio, se é intra ou
extra articular, com ou sem envolvimento da ulna.

Greenspan, 2006.

FRATURA DE COLLES
Colles (1/3 distal do radio, comum em
mulheres, ossos osteoporóticos).

Greenspan, 2006.

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FRATURA DISTAL DO RADIO

Greenspan, 2006.

TTO FT DAS FRATURAS DIAFISÁRIAS DO RÁDIO E ULNA


Fratura de radio diafisária, cominutiva, desviada em adulto tratamento cirúrgico, em
criança tem q avaliar o caso.

FASE DE IMOBILIZAÇÃO ABSOLUTA

- Diminuir dor

- Reduzir edema: elevação da mão (apoios); mobilização dos dedos

- Prevenir atrofia muscular: exercícios isométricos dos dedos e do cotovelo

- Relaxar musculatura da coluna cervical e cintura escapular

GABRIEL et al,
2001; Kisner &
Colby, 2007.
MOBILIZAÇÃO DOS DEDOS E METACARPOFALANGEANAS

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FRATURA DISTAL DO RADIO

Pardini Junior et al, 2012.

TTO. FT. DE FRATURAS DISTAIS DE RÁDIO E ULNA

FASE DE IMOBILIZAÇÃO ABSOLUTA

- Reduzir quadro álgico


- Diminuir edema
- Manter função e ADM dedos

Tratamento: Elevação da mão, mobilização dos dedos e cotovelo.

FASE PÓS IMOBILIZAÇÃO

- Diminuir quadro álgico


- Diminuir edema
- Ganhar ADM

Tratamento: Elevação da mão, mobilização dos dedos e cotovelo. Se houver perda


importante de ADM, prescrever exercícios de alongamento.

FASE DE RECUPERAÇÃO FUNCIONAL


-Ganhar ADM
-Promover fortalecimento muscular

Tratamento: Elevação da mão, mobilização dos dedos e cotovelo. Se houver perda


importante de ADM, prescrever exercícios de alongamento. Prescrição de exercícios
isométricos ou isotônicos quando possível, para melhorar a força muscular e função.

Gabriel, 2001; Kisner & Colby, 2007

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TTO FT DAS FRATURAS DE SMITH

FASE DE IMOBILIZAÇÃO ABSOLUTA


 Diminuir Edema e dor: mão elevada, mobilização ativa dos
dedos.

FASE PÓS IMOBILIZAÇÃO


 Aumentar ADM
 Aquecer com exercícios de ADM antes da mobilização com mão
elevada
 Mobilizar (ADM): prono-supino, flexo-extensão cotovelo e
metacarpofalangianas até 90º.
 Mobilizar de punho de acordo com o tipo de fixação e condição
do paciente.

FASE DE RECUPERAÇÃO FUNCIONAL


 Promover fortalecimento: exercícios resistidos progressivos.

GABRIEL et al, 2001

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FRATURA ESCAFÓIDE

Greenspan, 2006.

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DOENÇA DE KIENBOCK
 Etiologia desconhecida.
 Necrose avascular,
fragmentação e colapso
do semilunar. Causa dor e
diminuição progressiva da
ADM de punho.

Salmon et al, 2000; Greenspan,


2006.

Protocolo de tratamento aplicado em pacientes portadores da doença de


Kienböck e submetidos a ressecção da fileira proximal do carpo.

Lima et al 2000

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FRATURA BENNETT

- Fratura-luxação da base do 1º metacarpal (Bennett)

Fratura-luxação Redução e osteossíntese


com 2 parafusos

LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES DOS DEDOS


A causa mais freqüente de insucesso após um reparo de tendão flexor é a
formação de aderências. Na zona 2, isto é particularmente evidente, porque nela
se encontram os dois tendões flexores em íntimo contato deslizando em um
estreito canal osteofibroso.

Braga-Silva et al 2005

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LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES DOS DEDOS

Sinais e sintomas:
- Perda de função da mão;

Objetivos de tratamento Fase Aguda (Dia 5 a 3 semanas)


 Estabilizar e proteger local da cirurgia com uso de suporte.
 Diminuir o edema para 50% em relação ao lado não envolvido.
 Favorecer o deslizamento do tendão (discutir técnica de reparo com o cirurgião
para saber o tipo de ADM a ser realizada).
 Aumentar a ADM passiva de todos os dedos até 80% em relação ao lado não
acometido.
 Evitar/minimizar contraturas em flexão.
 Manter a ADM de todas as articulações adjacentes a lesão.
 Promover o autocuidado independente, dentro dos limites das restrições pós-
cirúrgicas.

Dutton, 2006

LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES DOS DEDOS


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

FASE 1 (DIA 5 A 3 SEMANAS)

Prescrição dos exercícios terapêuticos


 Saber que 3-5mm de excursão do tendão são necessários para impedir a
formação de aderência;
 ADM ativa contribui para impedir contratura em flexão, porém, discutir com o
cirurgião se é possível da Fase 1.
 Nenhum exercício prescrito deve aumentar dor, edema ou rigidez.
 Prescrever exercícios iniciais de ADM de extensão passiva das MCF, IFP e IFD.
 A extensão da IF passiva é seguida pela extensão ativa dentro do suporte
(órtese), em cerca de 3 a 4 semanas após a cirurgia, se permitido pelo cirurgião,
com a articulação MCF mantida em 90º de flexão para evitar a tensão excessiva
sobre o local do reparo.
 Os exercícios de punho cerrado são iniciados, seguido pela extensão ativa dos
dedos, se permitido pelo cirurgião.
 Os exercícios de ADM passiva devem ser repetidos 10 vezes. Cada posição
deve ser mantida por 5s.
 Manter o membro envolvido elevado para evitar edema e não flexionar
ativamente os dedos envolvidos.
 Trazer ativamente os dedos para ponta do polegar, em seguida estender o dedo
Dutton, 2006

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Tto FT das fraturas de escafóide, primeiro metacarpiano,


metacarpianos, falanges
FASE DE IMOBILIZAÇÃO
 Diminuir dor e edema: mão elevada, exercícios ativos dos dedos,
massagem de derivação circulatória dos dedos não imobilizados e
do dorso da mão.

FASE PÓS-IMOBILIZAÇÃO

 Aumentar ADM.
 Prevenir instalação de retrações tendinosas.

Tto Ft: Mobilização passiva ou ativa das articulações interfalangianas,


metacarpofalangianas, carpometacarpianas e intercapianas.

FASE DE RECUPERAÇÃO FUNCIONAL


 Aumentar força muscular
 Evitar aderências
GABRIEL et al, 2001

FRATURAS DE MMSS

Identificação do tipo de tto:


 conservador
 cirúrgico

Padrão da Fatores
Fratura intrinsecos do
paciente

Opções de Qualidade do
reconstrução Osso

 Cirúrgico: osteossíntese com placas, parafusos, fios, hastes


intramedulares, fixadores externos, prótese.
 Conservador: imobilização gessada, trações, tipóias, talas.

HEBERT et al, 2003.

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COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS


• Infecção
• Consolidação retardada
• Não consolidação
• Necrose avascular
• Consolidação viciosa
• Encurtamento

Greenspan, 2006.

PRINCÍPIOS PARA TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DAS FRATURAS DE MMSS

FASE DE IMOBILIZAÇÃO
- aguda

DEVE AVALIAR:
-Dor;
- Inflamação;
- Edema;
-Derrame articular
- Trofismo e força muscular (se possível);
-ADM (se possível)
- Função;

Objetivos de Tratamento:
-orientar o paciente sobre o manejo dos sinais e sintomas e
curso da doença.
-Diminuir dor; edema; derrame articular; espasmo muscular;
atrofia muscular;;
- Manter e/ou ganhar ADM; força muscular e função da
região acometida e adjacentes.
Kisner & Colby, 2007

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Tratamento Fisioterapêutico para fraturas de MMSS –


fase aguda

Manutenção Manutenção
Analgesia da ADM da força
muscular

ADMA
ADMP p/ assistido ou
Crioterapia articulação ativa para Isometria
acometida articulações Isotônicos
adjacentes
quando
Mobilização possível
articular

Orientações

Movimentos que
Posicionamento devem ser evitados
no leito nessa fase

Dutton, 2010

PRINCÍPIOS PARA TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DAS FRATURAS DE MMSS

FASE PÓS - IMOBILIZAÇÃO

Quadro Clínico:
-Dor articular;
- Atrofia Muscular;
-Déficit de força muscular;
- Diminuição de ADM;
- Limitações funcionais

Objetivos de Tratamento:
-Promover analgesia;
-Reduzir a probabilidade de ocorrência de artrofibrose;
-Favorecer a vascularização e nutrição da cartilagem;
- Reduzir a atrofia muscular;
-Manter e/ou ganhar função;
- Aumentar força muscular;
-Ganhar ADM;
- Orientar o paciente em relação aos movimentos funcionais.
Kisner & Colby, 2007; Dutton, 2010.

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Crioterapia
• É a modalidade mais comum de intervenção de lesões
musculoesqueléticas agudas (Dutton, 2010).

• Efeitos Fisiológicos:
• Vasoconstrição;
• Redução da Função Metabólica;
• Redução na velocidade de Condução Sensorial e motora (Dutton, 2010).

Como prescrever a
Crioterapia?

Modalidades de Aplicação:
•Pedaços de gelo em uma toalha;
• Bolsas de gelo;
• Compressas frias.
(Zenke et al., 1998)

• Atualmente a recomendação é crioterapia diretamente na área


comprometida por 20 a 30 minutos, a cada duas horas (Dutton,2010).

CUIDADO: A APLICAÇÃO PROLONGADA DE GELO PODE PROVOCAR


VASODILATAÇÃO REFLEXA AGRAVANTE PARA EDEMA

Contraindicação:
 Pacientes com sensibilidade ao frio;
 Doença de Raynaud;
 Áreas com má circulação;
(VEGA et al., 2012)

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TRATAMENTO IMEDIATO DE LESÕES MUSCULARES

- ‘RICE’-Rest, Ice, Compression and Elevation (15-20min, diminui 3-7º, ↓ 50%


fluxo sanguíneo intramuscular).
- Anti-inflamatórios não hormonais (AINH). Há indícios de que participam da
inibição das células satélites, no entanto, são necessários mais estudos em
humanos (Mendias et al, 2004; Mackey et al, 2012).
- Corticóides são contra-indicados tanto oralmente quanto injetável.

Mobilização nos limites da dor.

Alongamento: passivo ou ativo sem dor, iniciando com 10-15s, várias


repetições, preferencialmente com aquecimento prévio. Não existem parâmetros
para prescrição.

Ultra-som terapêutico: poucas evidências científicas.

Laser: poucas evidências científicas (Weiss & Oron, 1992).

Oxigênio Hiperbárico: poucas evidências científicas.


Järvinen et al. Vol. 21, No. 2, pp. 317–331, 2007.

RICE: Rest, Ice, Compression and Elevation

REST:
 Fase inicial da lesão (fase inflamatória). Nesta fase a força de
tensão dos tecidos está diminuída.
 Recomenda-se entre 1-5 dias de repouso, dependendo da
severidade da lesão:
Moderada: 3-5 dias.
Leve: 24h
Severa: 1 semana.
 Mobilizações devem ser realizadas após o período de
repouso e devem respeitar a diminuição da força de tensão
dos tecidos lesados.
 Exercício isométrico deve ser realizado durante o período de
repouso.

Guidelines PRICE, 1998

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RICE: Rest, Ice, Compression and Elevation

Ice:
 Deve ser aplicado imediatamente após a lesão (gelo triturado
embrulhado em toalha ou sacola plástica com gelo ou bolsas de gel
congeladas).
 Cuidar com queimaduras.
 Aplicar por 20-30min, a cd 2h. Áreas com mais de 2cm de gordura
devem ser aplicadas por 30min. Cuidar com paciente com pequena
camada de gordura, pode induzir lesão nervosa pelo alto resfriamento,
nestes casos pode-se reduzir p 10min, tempo mínimo necessário p
resfriar o músculo).
 Não retornar a atividades após aplicação do gelo (↓ condução nervosa,
extensibilidade do tecido conjuntivo, sensibilidade).
 Contra-indicações: paciente c história de hipertensão após uso de gelo,
alergias, dor articular, síndrome de Raynaud; doença vascular periférica.
 Se há suspeita de lesão nervosa, a crioterapia não deve exceder 20min e
a pele deve ser inspecionada a cd 5min.
Guidelines PRICE, 1998

RICE: Rest, Ice, Compression and Elevation

 COMPRESSÃO:
 Auxilia na diminuição do edema, da dor, ganho de ADM e função.
 Realizar no sentido distal para proximal, em espiral, nunca em
circunferência.
 Fazer revestimento com algodão ou outro material, caso a compressão
seja na fossa poplítea, proeminências ósseas ou tendões superficiais.
 Checar constantemente compressões em regiões distais, no intuito de
avaliar a circulação local.
 Remover ou reaplicar, caso a compressão não esteja constante e
uniforme. Trocar a cada 24h. Manter compressão por 72h após a lesão
ou até cessar o edema.
 Em caso de uso de compressão intermitente, usar por 30’’ on e 30’’ off,
compressão de 60mmHg, 30min/dia, nos 1os 5 dias.
 Algumas evidências mostram que não é necessária a compressão qdo o
membro está em elevação.

Guidelines PRICE, 1998

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08/08/2018

RICE: Rest, Ice, Compression and Elevation

ELEVATION
 Elevar acima do nível do coração nas 1as 72h.
 O segmento elevado deve estar suportado por
algum objeto, como travesseiro, almofada.
 Qdo em elevação, não é necessário realizar a
compressão simultaneamente.

Guidelines PRICE, 1998

Tratamento Fisioterapêutico

 Melhor motilidade
 Mobilização Precoce
 Período de internação menor
 Retomada precoce da função de sustentação
 Mortalidade menor
 Morbidade menor
 ↓gastos

 Mobilidade
 Dor
Como decidir quando liberar o paciente
 Edema
para realizar as atividades normais?
 Força muscular

R. Liberar atividade vigorosa


quando o déficit de força
muscular for de 15% ou
menos em relação ao membro
contralateral não afetado.
Malone et al, 2002.

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08/08/2018

EFEITO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR NA FASE INICIAL DA ATROFIA

Manutenção da síntese e não redução da degradação (Dupont et al 2006).

AO Surgery Guidelines

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08/08/2018

Tipo de fratura e Posição pós- Tipo de Fisioterapia Atenção


fixação operatório imobilização

Proximal Úmero - Braço apoiado em Imobilização por 3 Exerc. Pendulo Lesões associadas
fixação por fio de posição elevada semanas Leve, ADM ativo- (ex: manguito
Kirschner assistida na 2ª rotador)
semana

Úmero, proximal: Braço apoiado em Tipóia por 2 ou 3 ADM ativo-assistido ADM passiva para
fixação "estável": posição elevada semanas imediata de ombro
*PHILOS, PHN cotovelo e punho

Diáfise úmero: Braço apoiado em Tipóia ADM ativa-assistida Mobilização do


fixação "estável": posição elevada imediata. Uso ombro e cotovelo
haste intramedular, funcional parcial e
placa limitada de rotação:
4ª a 6ª semanas.

Úmero, distal: Braço apoiado em Tala de braço ou ADM ativa-assistida Mobilização do


estável posição elevada tipóia imediata. Uso ombro, nenhuma
funcional parcial 4ª manipulação
a 6ª sem. passiva forçada

Olécrano: fixação Braço apoiado em Nenhuma ADM ativa-assistida Mobilização do


por banda de posição elevada imediata. Uso ombro
tensão funcional parcial 4ªa
8ªsem

Cabeça do rádio: Braço apoiado em tala removível ADM ativa-assistida lesões ligamentares
estável posição elevada imediata. associadas,
mobilização do
ombro AO
* PHILOS (proximal humeral interlocking system) Tipos de osteosíntese Surgery
PHN (proximal humeral nail) Guidelines

Tipo de fratura e Posição pós- Tipo de Fisioterapia Atenção


fixação operatório imobilização

Diáfise de rádio e Braço apoiado em Tipóia ADM ativo-assistido mobilização da


ulna: fixação com posição elevada imediata mão, punho,
placa estável cotovelo e ombro,
tala para lesões
neurológicas
associadas

Radio, distal: posição elevada Tala de ADM ativo-assistido Mobilização das


fixação com placa posicionamento imediata articulações
estável adjacentes
(incluindo o ombro)

Radio, distal: posição elevada Tala Dorsopalmar Mobilização ativo-


fixação "instável": por 4-6 semanas assistida das
fio de Kirschner articulações
adjacentes

Radio, distal: posição elevada Tala Exercícios ativos mobilização do


fixação externa para dedos cotovelo e ombro

AO Surgery Guidelines

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08/08/2018

 Para prescrição de exercícios terapêuticos


deve-se considerar:

Condição de saúde do paciente;


Condicionamento físico do paciente;
Objetivos de tratamento.
Acesso a equipamentos de treinamento.
Tempo disponível para treinamento.

Dutton, 2006.

A progressão dos exercícios para pacientes


pós-cirúrgicos musculoesqueléticos deve
levar em conta:

Estágio de cicatrização;
Grau de irritabilidade (dor a resistência ou
sensibilidade terminal) das estruturas acometidas;

Sinais de progressão no processo de cicatrização são:


↓ dor
↓edema
↑ADM

Dutton, 2006.

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08/08/2018

EXERCÍCIOS DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO


(ADM)

Qual a finalidade da prescrição dos exercícios de ADM?


 Para examinar o paciente.
 Para o início do tratamento fisioterapêutico.
 Antes de exercícios de alongamento, como aquecimento prévio.
 Para a ADM normal ser mantida os segmentos precisam ser movidos por suas
amplitudes disponíveis periodicamente, para manter a mobilidade das
articulações e dos tecidos moles (músculos, tecido conjuntivo intramuscular,
ligamentos, tendões, fáscias), de forma a minimizar a formação de
contraturas.
 Para evitar as complicações decorrentes da imobilização como: degeneração
da cartilagem articular; formação de contraturas; estagnação circulatória.
 Reduzir a dor; favorecer o processo de regeneração tecidual; manter a
percepção do movimento pelo paciente.
 Em articulações adjacentes (acima e/ou abaixo) de uma articulação
imobilizada, para manter as regiões próximas, mais perto da normalidade.
 Prevenir atrofia muscular; aumentar a força ou resistência muscular.
 Recomenda-se exercícios de ADM de forma precoce e contínua, dentro do
limite de dor do paciente e da ADM permitida, de acordo com o tipo de lesão
tecidual.
 Recomenda-se movimentos de forma suave e rítmica, de 5-10 repetições.

Kisner & Colby, 2005 e 2007.

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08/08/2018

Tipos de Exercícios de Amplitude de Movimento (ADM)

- Amplitude de Movimento Passiva

- Amplitude de Movimento: - Ativa


- Ativo-Assistida

Hierarquia para prescrição:

passiva→ativo assistida→ativa

Kisner & Colby, 2005.

Quando prescrever os exercícios de ADM passiva?

• Produzido inteiramente por uma força externa (como o


fisioterapeuta, ou uma máquina como o CPM, ou um outro
equipamento ou parte do corpo do próprio indivíduo).
• Deve ser prescrito quando o paciente não é capaz de realizar
contração voluntária.
• É utilizado para demonstrar (ensinar) o movimento ao paciente.
• Recomendado em casos que haja presença de processo
inflamatório agudo (2-7 dias).

Kisner & Colby, 2005.

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08/08/2018

Movimento Passivo Contínuo CPM

Graduação de Movimentos Passivos

Deve-se considerar a fase da lesão para determinar a


carga aplicada!

Movimentos Oscilatórios Graduais:


• Grau I: oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da ADM
•Grau II: oscilações rítmicas de grande amplitude dentro da ADM fisiológica
existente, não atingindo seu limite;
•Grau III: oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da mobilidade
existente, forçada na resistência do tecido (movimentos acessórios);
•Grau IV: oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da mobilidade
existente e forçadas na resistência do tecido (movimento acessórios)

• Grau I e II – tto de dor nas articulações


• Grau III e IV – manobras de alongamento tecidual

Dutton, 2010

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08/08/2018

Graduação de Movimentos Passivos

Movimentos de translação mantida:

Grau I (frouxo): tração articular de pequena amplitude em que as estruturas


cápsulo-ligamentares não são sobrecarregas;
Grau II (tenso): tração ou deslizamento das superfícies articulares, suficiente
para tensionar as estruturas cápsulo-ligamentares;
Grau III (alongado): tração ou deslizamento nas superfícies articulares com
amplitude suficiente para produzir alongamento da própria cápsula articular.

Grau I – alívio da dor


Grau II – conhecer a “sensibilidade” da articulação
Grau III – ganho de mobilidade intra-articular e alongamento das estruturas
cápsulo-ligamentares

Dutton, 2010

Exercícios de ADM Ativo-Assistida

Alguma força externa fornece assistência, manual (fisioterapeuta


ou o próprio paciente) ou mecânica (bastão; barra; skate; escada
de dedos; bolas; rolos, etc), porque os músculos motores primários
necessitam de algum auxílio para completarem o movimento.
Indicado quando o paciente é incapaz de mover ativamente uma
articulação ao longo da amplitude desejada.

Paciente em decúbito lateral, iniciou o movimento de


extensão de ombro esquerdo, com o cotovelo
esquerdo fletido e o fisioterapeuta finalizou o
movimento de extensão do ombro. Kisner & Colby, 2007.

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08/08/2018

Exercícios de ADM Ativa

ADM ATIVA: É o movimento dentro de ADM sem


restrições, produzido por contração ativa dos
músculos que compõem a articulação.
Indicado quando o paciente é capaz de contrair
ativamente os músculos e mover o segmento
sem assistência.

Kisner & Colby, 2007.

EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS

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08/08/2018

Treinamento Isométrico

• Contração Isométrica: desenvolve tensão sem nenhum movimento.

• Utilizar precocemente, quando se tem:


 Lesão aguda; pós cirúrgico; dor; restrição de movimento; derrame
articular; crepitação; consolidação insuficiente.
 Contrações de 6s a 10s, 20 repetições, todos os dias. Existem
estudo que utilizaram de 6 a 100s, mas a maioria usa 6s.
 Cuidado com manobra de valsalva em paciente hipertenso!!
 Indicado até que se tenha contração com ADM total sem dor.
 Para indivíduos com déficit força pode ocorrer ganho de até 12%/
semana.
 Em indivíduos hígidos o ganho é de apenas 2%/semana.
 É recomendado exercitar o músculo em posição alongada, exceto
se houver alguma restrição.

Bandy & Sanders, 2003; Dutton, 2006..

Treinamento Isométrico Terapêutico

 Recomendações:
 6s-10s (não exceder 10s)
 20 repetições
 Qdo possível treinar de 4-6 ângulos.
 Indicado fase aguda e subaguda.

OBJETIVOS:
prevenir e minimizar atrofia muscular.
Diminuir dor e espasmo muscular após lesão.
ativar musculatura.
Restabelecer controle neuromuscular.
Desenvolver estabilidade postural e articular.
Aprimorar força muscular estática em ângulo específico ate q dinâmica seja
possível.

Imobilização:
↓8%/semana podendo chegar 5%/dia da força muscular está ca

Kisner & Colby, 2007.

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08/08/2018

Treinamento Isométrico

Manter 75% da resistência máxima durante 6s é o suficiente


para aumentar a resistência, desde que o exercício seja
repetido pelo menos 20 repetições.

Dutton, 2006.

PROGRESSÃO DE EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS

HIERARQUIA PARA PROGRESSÃO DE EXERCÍCIOS


ISOMÉTRICOS
Exercícios isométricos submáximos, com ângulos únicos,
1o executados na posição neutra;
2o Exercícios isométricos submáximos, com ângulos
múltiplos, executados em vários ângulos de amplitude;
3o Exercícios isométricos máximos com ângulos múltiplos.

Dutton, 2006.

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ESCALA DO ESFORÇO RELATIVO PERCEBIDO

Escala Classificação Verbal


6 Excessivamente leve
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Dutton, 2006.

Prescrição dos exercícios resistidos para pacientes


pós-cirúrgicos musculoesqueléticos:

 A resistência e a frequência de realização do exercício devem ser


regulados pela resposta individual ao exercício (que pode ser avaliada
pelo esforço relativo percebido);
 Recomenda-se resistência entre 10-15RM;
 Recomenda-se frequência diária, até que a dor, edema e restrição de
ADM estiverem presentes. A melhora destes sinais e sintomas
determinam a progressão da frequência diária para dias
alternados.

Dutton, 2006.

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PROGRESSÃO DE EXERCÍCIOS ISOTÔNICOS

HIERARQUIA PARA PROGRESSÃO DE EXERCÍCIOS ISOTÔNICOS


1o Exercícios isotônicos submáximos realizados em ADM
restrita;
2o Exercícios isotônicos submáximos realizados em ADM
completa;
3o Exercícios isotônicos submáximos realizados em ADM
funcional;

Dutton, 2006.

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08/08/2018

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08/08/2018

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