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SISTEMAS DE MANUFATURA

Curso: Engenharias
A Transformação da Manufatura – da Produção em Massa
para a Manufatura Estratégica
A Transformação da Manufatura – da Produção em
Massa p
para a Manufatura Estratégica
A manufatura tem passado por um processo de transformação:
Avanços da tecnologia Saltos nos indicadores de produtividade

Melhoria nos níveis de qualidade

Redução dos tempos de resposta

Infância da Motores e Sistemas Manufatura


Manufatura 4.0
industrialização Elétricos Estratégica

Energia a vapor e Produção em Manufatura Pos


ferrovias (1830 – 1880) Série Moderna
A Transformação da Manufatura – da Produção em
Massa p
para a Manufatura Estratégica
A transição da produção em massa para a manufatura estratégica se deu
principalmente por 03 movimentos.
movimentos

‰ Tecnologias associadas à Manufatura Integrada ao Computador (CIM):


ƒ Auxílio
A computadorizado “para qualquer coisa” (CAx)
A
ƒ Sistemas de informação em Engenharia
ƒ Sistemas de comunicação computadorizada no chão de fábrica
‰ Técnicas de organização da produção:
ƒ Implementação de conceitos de gestão: grupo de trabalho, Célula Flexível de Manufatura
(FMC), Just in Time (JIT), Teoria das Restrições (TOC)
‰ Gestão empresarial:
ƒ Difusão do Controle Total de Qualidade (TQC)
A Transformação da Manufatura – da Produção em
Massa p
para a Manufatura Estratégica
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Just in Time
Just in Time (JIT)
Conceito: é mais uma filosofia do que uma técnica. Tem como objetivo entregar produtos de
qualidade nos prazos e quantidades solicitados.
Como funciona: o JIT ajusta a capacidade produtiva à demanda efetiva e às flutuações do
mercado. De certa forma, busca expor os problemas para busca das soluções. Possui como metas:
• Minimizar estoques, manipulação, tempos de preparação, tempos de processamento, defeitos e paradas
de máquinas;
• Aceitar
A it lotes
l t menores possíveis.
í i
Grande objetivo é buscas metas que permitam a redução global de custo a partir da
descentralização das tomadas de decisão.
Limitações: exige previsibilidade do ambiente de produção, forte dependência dos fornecedores
(com a necessidade de alocação para as proximidades dos clientes), geração de aumento de
complexidade de materiais.
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Just in Time
Vídeo:

Modelo Toyota JIT


Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)
Conceito: é a busca pelo aumento do retorno financeiro do sistema de produção pela
maximização dos fluxos, administrando-se os gargalos da produção.
Como funciona:
• Parte da premissa que a otimização dos gargalos leva a otimizar a capacidade produtiva
para maximizar o atendimento dos pedidos.
• Todos os recursos / processos são classificados como gargalos ou não-gargalos.
• Muito utilizado por sistemas de produção com características de complexidade.
• Se molda bem à sistemas de gerenciamento centralizados

Li it õ requer muitos
Limitações: i pulmões
l õ (estoques
( momentâneos
â d matéria
de é i prima,
i sub
b produtos).
d )
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)

Em um processo de manufatura um Constraint é a operação ou estação com a atual menor JPH


(jobs per hour).
O Constraint
C é a operação ou estação que inibe
b alcançar
l a produção
d ao máximo em uma linha.
l h
A melhora em JPH de um Constraint gerará uma melhora na produtividade do departamento.
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Teoria das Restrições
ç
Teoria das Restrições (TOC)

Fundamentos do gerenciamento dos Constraints:


• Focar nos maiores contribuidores de perdas até eliminá-los ou reduzi-los
• Observe e acompanhe os indicadores para validar se as ações realmente foram efetivas
• Traçar correlações entre as perdas e o plano de ação
• Certifique-se que ações efetivas estão sendo tomadas para manter a boa performance dos
equipamentos
• Mova
M para um novo Constraint
C i e promova a melhoria
lh i continuamente
i
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Moderna: Controle Total de Qualidade
Controle Total da Qualidade (TQC)
Conceito: é o conjunto de técnicas apoiadas na valorização do homem na empresa (ações
construtivas dos colaboradores). Fundamenta-se no conceito de melhorias e nas ações preventivas.
Como funciona:
• Requer investimento na educação e treinamento dos colaboradores
• Busca uma relação de confiança apoiada nos valores da empresa e na cultura
organizacional

Limitações:
• Pode ser conflitante com práticas gerenciais altamente dinâmicas (mudanças estruturais na
organização,
i ã demissões,
d i õ terceirização
i i ã ded atividades
i id d
• Difícil retomada de confiança dos colaboradores
A Transformação da Manufatura – da Manufatura Estratégica
para Manufatura 4.0
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna
Estudos passaram a apontar que fatores organizacionais têm influência importante e
efetiva:
efetiva
Eficiência aumenta propocionalmente à sua qualificação para eliminação de
pequenas falhas sem intervenção externa
Paradas nos sistemas devem-se muito mais a causas organizacionais do que técnicas

Sistemas de prêmios por produtividade das equipes têm eficiência bem maior se
comparadas aos métodos tradicionais na produção individual
O novo perfil somado à demanda de maior
produtividade
d i id d gera o surgimento
i da
d demanda
d d
por sistemas de manufatura para complementar
e até substituir sistemas tradicionais.
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna
Daí surgem técnicas que podem ser agrupadas em cinco conjuntos:

1. Manufatura Enxuta ou "Ágil"


2 Fábrica Focada
2.
3. Manufatura Virtual ou Estendida
4. Estratégia do Tempo
5. Manufatura Distribuída
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing)
ƒ O termo Lean Manufacturing surgiu de um estudo citado do MIT divulgado em 1988, para
representar toda nova filosofia de manufatura baseada em técnicas originalmente surgidas no
Japão;
ƒ Objetivo: é tornar as empresas mais flexíveis e capazes de responder efetivamente às
necessidades dos clientes e ainda conseguir desenvolver, produzir e distribuir produtos com menos
esforço
ç humano,, espaço,
p ç , recursos,, tempo
p e despesas
p globais
g
ƒ Principais metas:
ƒ Eliminação de etapas desnecessárias do processo
ƒ Alinhamento
Ali h t das
d etapas
t d cada
de d atividade
ti id d em um fluxo
fl contínuo

ƒ Organização do pessoal em equipes interdisciplinares
ƒ Melhoria contínua do processo
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing)
ƒ Principais características:
ƒ Produção integrada: pequenos etoques através do JIT / Kanban
ƒ Controle de q
qualidade com ênfase na p
prevenção,
ç , em vez de detecção
ç e correção
ç
ƒ Inclui-se o CEP (Controle Estatístico de Processo)
ƒ Produção puxada
ƒ Trabalho organizado com ênfase nas equipes (teams)
ƒ Poucos níveis hierárquicos
ƒ Equipes interdisciplinares dedicadas à eliminação
ç de atividades que não agregam valor
ƒ Integração de toda rede: dos suprimentos / matéria prima até cliente final
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing)
ƒ Foco em melhoria contínua:
ƒ Produtividade
ƒ Qualidade do Produto
ƒ Fluxo

ƒ Foco no worklevel (todos os funcionários e não apenas na liderança)


Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing)
ƒ Padrão do Lean Manufacturing:
ƒ Busca de métodos para continuamente e sistematicamente eliminar as perdas (“Waste”) a
fim de eficientemente agregar valor.

ƒ Anormalidades:
ƒ Sintomas
S d não seguimento do
de d padrão.
d E
Exemplos:
l
ƒ Defeitos de qualidade
ƒ Falha do equipamento
q p
ƒ Falta de peças na linha
ƒ Deriva de uma falha, à qual devemos agir na causa raiz
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Vídeo:

Origem do Lean Manufacturing


Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Exercício:
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: 07 Desperdícios
Quall percentuall d
Q de um
sistema de manufatura
tradicional é Waste?
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: 07 Desperdícios

Qual o conceito de Waste (desperdício)?

ƒ Qualquer atividade que absorve recursos mas sem criar valor


ƒ Qualquer atividade que não muda a forma, ajuste ou função do produto para atender
os requerimentos do cliente
ƒ Qualquer coisa que o cliente não está disposto a pagar
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: 07 Desperdícios
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Vídeo:

Eliminação de Waste
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: Ferramentas Lean

Gerenciamento Resolução de Workstation Confirmação de


Error Proofing
Visual Problema Methodization Processo

Quadro de
Mapeamento Análise de
Balanceamento Lean Layout Sistema Puxado
de Processo Constraint
de Trabalho

Trabalho Melhoria Manutenção


Kitting T&DM
Padronizado Contínua preventiva
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: Value Stream Mapping (Mapeamento de Fluxo de Valor)

Qual o conceito de Valor?

ƒ Definido apenas pelo consumidor (Cliente)


ƒ Definição de “Valor” dos clientes e fabricantes nem sempre são os mesmos
ƒ Uma medida de quão bem o produto ou serviço atende às necessidades em um tempo específico, e
a um preço específico.
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: Value Stream Mapping (Mapeamento de Fluxo de Valor)

ƒ Value Stream = o conjunto de todas as atividades envolvidas com a criação e produção de um


produto ou serviço. Através da identificação, mapeamento, análise e redesenho de um fluxo de valor
podemos eliminar o desperdício e iniciar a transformação Lean.

ƒ Engloba:
ƒ Design (conceito inicial, engenharia e planejamento detalhado, lançamento de um produto /
serviço)
ƒ Produção (todas as tarefas requeridas para fisicamente transformar materia bruta em
produtos / serviços
p ç acabados))
ƒ Gerenciamento de informações (todas as tarefas requeridas para manipulação e tratamento
dos dados necessários para prover produtos / serviços)
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: Value Stream Mapping (Mapeamento de Fluxo de Valor)
ƒ Classificação
Cl ifi ã de d cada
d uma das
d atividades
ti id d em:
ƒ Com valor agregado
ƒ Sem valor agregado
ƒ Sem valor agregado mas necessário
ƒ Características a se incorporar:
ƒ Fluxo: movimento estável (sem paradas e reinícios),
reinícios) lotes pequenos,
pequenos sem atividades que não
agregam valor, sem scraps
ƒ Sistema puxado
ƒ Definição de métricas para avaliar
a aliar performance:
performance
ƒ Takt time = (tempo disponível de produção / demanda do mercado)
ƒ Cycle time (tempo de ciclo) = tempo que se leva para completar uma peça ou operação
Estruturas e Técnicas de Organização da
Manufatura Pós Moderna: Manufatura Enxuta
Lean Manufacturing: Value Stream Mapping (Mapeamento de Fluxo de Valor)
Bibliográficas Consultada
† Lepikson, H. A. Sistemas Integrados de Manufatura. Notas de Aula. Salvador: PEI / Mecatrônica, 135p., 2008.
† Rocha, E.V.M.. Métodos e sistemas de gestão de produção de veículos sob a ótica das tendências de produção sob
encomenda e de customização em massa. Dissertação de Mestrado – Rio de Janeiro : PUC-Rio, Departamento de
Engenharia Industrial, 2005.
† Chi
Chiavenato,
t II. Ad
Administração
i it ã d de materiais:
t i i uma abordagem
b d iintrodutória.
t d tó i Ri Rio d
de JJaneiro:
i El Elsevier,
i 2005.
2005
† Braga, F. A. S.; Andrade, J. H. Planejamento e controle da produção: relato do processo de implantação e uso de um
sistema de apontamento da produção. Anais. XXXII ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
ABEPRO: Bento Gonçalves, 2012.
† Marin, J. A. - Análise da Implementação de um Sistema de Manufatura Híbrido Composto por Células Dedicadas e
Flexíveis, para Usinagem de Autopeças. Dissertação de Mestrado – Universidade Metodista de Piracicaba. Stª
Bárbara do Oeste: 2017.

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