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Essa frase carrega uma boa quantidade de sabedoria popular, é verdade, e no começo de
uma empresa realmente é possível gerenciar “no olho”. Mas até onde a visão do dono
alcança? Quanto cabe dentro deste limite de visão?
Na Gestão Empresarial a coisa funciona mais ou menos da mesma forma. À medida que a
empresa cresce, fica praticamente inviável “ver o trabalho” que cada pessoa está realizando
e os níveis intermediários de gerência e supervisão vão começando a surgir naturalmente.
Todavia, ter alguns gerentes de confiança é só o começo. Uma empresa que quer crescer
de forma rápida e consistente precisa se preparar para formar um time de excelência,
delegar responsabilidades e trabalhar de forma colaborativa, como um organismo vivo e
autônomo.
Como dizia Steve Jobs, é preciso contratar pessoas melhores que você e depois deixa-las
fazer seu trabalho.
A verdade é que dono precisa ser substituível, nem que seja por um tempo. Isso mesmo, a
empresa precisa “fluir”, trabalhar de forma cadenciada e autônoma.
Na teoria parece simples, mas na prática, delegar exige um alto grau de comprometimento
da alta direção na criação de uma cultura organizacional que consiga trabalhar orientada a
resultados e embasada pelo pensamento de “liberdade com responsabilidade”. Isto pode ser
bastante desafiador no começo.
Você já ouviu a frase “duas cabeças pensam melhor que uma”? Agora imagine se estas
cabeças estiverem alinhadas em uma mesma visão e missão, compartilhando
dos valores da empresa. O efeito de potencialização possível nos resultados de uma equipe
trabalhando de forma sinérgica não tem limites.
Seu principal desafio como líder, é trabalhar para criar essa cultura de cooperação e
colaboração na empresa e garantir a melhoria contínua do processo.
“Como líder, você precisa trabalhar para que sua equipe não precise de você
para trabalhar!”
Este é o famoso “dar um passo para trás para dar dez passos pra frente”.
É preciso que a empresa se acostume com essa ideia, sem se acomodar. Ou seja, é
preciso aceitar a perda de eficiência temporária, mas sempre focando em primeiro fazer
funcionar e depois aperfeiçoar constantemente em busca da melhoria contínua dos
resultados.
O que acontece é que quando a empresa ainda é menor, esses papeis e responsabilidades
não possuem profissionais dedicados, e geralmente são executados pelos próprios sócios
ou há uma sobreposição de papeis com alguns profissionais que “batem o escanteio e
correm pra cabecear”.
Em muitos casos, por falta de tempo disponível e por uma questão de priorização, alguns
destes papeis acabam não sendo exercidos. Mas não se engane, eles continuam existindo e
continuam sendo importantes.
Dica: uma boa estratégia para quem está buscando profissionalizar a gestão é realizar um
levantamento inicial dos papeis e responsabilidades que sua empresa deveria ter alguém
responsável quando for maior e listar todos eles. Depois disto é pensar em como estes
papéis e responsabilidades podem ser distribuídos entre os profissionais da empresa, quais
deles talvez possam ser terceirizados e principalmente, onde estão as oportunidades de
alavancagem contratando um profissional especializado para executar a função.