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Umbanda - Uma Religião Divergente
Umbanda - Uma Religião Divergente
Incrível como os mestres espirituais nos mandam recados em forma de filmes e livros
inspirados na esperança que a humanidade pense...apenas pense...
Esse filme me levou a pensar na nossa própria sociedade e, sinceramente, não vejo
muita diferença sobre o que acontece na vida real...
Suponhamos que o sistema de facções fosse implantado no meio religioso e você tivesse
que passar por um teste.
Se no seu “teste” perante a sociedade, você escolher entre as religiões dominantes, vai
ficar na sua “facção” e não será incomodado, desde que não questione as regras, é claro.
Mas e se no teste você respondesse que não quer escolher uma religião apenas? Que
acredita que não há uma só forma de se relacionar com Deus e que a verdade não está em
nenhuma religião em particular, mas espalhada por todas elas a fim de alcançar as diversas
personalidades e formas de pensar dos filhos de Deus...você seria considerado um divergente.
Ser um divergente é, antes e tudo, uma ameaça. Um ser que pensa por si só e se recusa
a pensar pela cabeça dos outros põe em risco todo o controle que o sistema religioso tem sobre
os que aceitam serem comandados.
Ou iriam querer subdividir essa facção entre espíritos de Luz, Orixás e catiços? Ou talvez
subdividir a Umbanda em esotérica, cristã, branca e sagrada?
Isso não é ficção, queridos irmãos! Isso acontece todos os dias. E os divergentes são
perseguidos, pois, se despertar a si mesmo é um perigo, imaginem despertar os outros...
Onde já se viu acreditar que, se a casa do Pai tem muitas moradas, nós não temos
necessariamente que escolher apenas uma!
Que absurdo acreditar que Orixá não tem dono e atende a quem chamá-lo,
independente de cor, raça, gênero, opção sexual ou o que seja inclusive religião!
Uma religião que não separa o Criador da Criação, não pergunta a quem pisa nos
terreiros a qual religião ele pertence ou até mesmo se ele tem uma.
Esclareço que falo da Umbanda e não dos umbandistas, pois regras humanas são criadas
o tempo todo, como se fosse possível limitar o campo de ação de uma divindade ou rotular o
que é praticado dentro dos terreiros sob a bandeira da Umbanda, que nada mais pede do que a
presença das entidades para a prestação da verdadeira caridade...
Mais de 2.000 anos se passaram, e continuam a julgar os outros sem tirar a trave do
próprio olho...e esta sentença continua atual como nunca: hipócritas!!!
O divergente busca, quer saber, aprender descobrir, experenciar...e tirar suas próprias
conclusões sobre a vida e as coisas.