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Pensemos em Deus como uma presença, energia primeva, que não teve início e nem
terá fim.
Esta força divina criadora, para nós Pai Olorum – o “Senhor do Alto”, impenetrável em
Seu Íntimo, emanou-se em infinitas centelhas vivas, cuja jornada consiste na vivencia das mais
variadas experiências.
Muitas religiões, cujo termo comumente aceito significa “religar”, pela sede de poder e
controle sobre os fiéis e todos os benefícios que advém desse poder, ao invés de aproximar as
pessoas/centelhas de Deus, fizeram no passado, e continuam fazendo, exatamente o contrário.
Incutiram na mente dos homens que Deus está fora, separando criador e criatura, e a
centelha passou a acreditar que o objetivo de estar encarnado neste planeta é passar pela dor
e pelo sofrimento.
Assim, o Todo, origem de tudo o que é criado, passou a representar o punidor, alguém
que observa de fora cada um de nós, pronto a dar o terrível veredicto ao menor erro, afinal,
somos imperfeitos e insignificantes...
Se fomos emanados, não existe separação. Quando o Mestre Jesus esteve na Terra, foi
dito: vós sois deuses!
Ela não está sujeita ao tempo, nem à inconstância das emoções, tampouco à jornada da
alma nas sucessivas encarnações...ela continua sendo una com sua fonte.
O ego que recobre a centelha não quer o ser desperte, pois se isso acontecer, ele, o ego,
deixa de existir.
O ego gosta de celular, videogame, compras, carros, mansões e festas, pois essas coisas
impedem o despertar.
O ego adora orações decoradas, rituais padronizados e dogmas, mas tem medo das
palavras que saem do coração, da forma mais simples, da única vela acesa que realiza milagres
e da liberdade de procurar a Deus onde bem quisermos.
O ego morre de medo de quem pensa pela própria cabeça, estuda, busca o
conhecimento e toma nas mãos as rédeas da própria evolução.
Ele gosta dos que se deixam ser conduzidos sem questionar, que acham que pobreza é
sinal de humildade, enquanto seus líderes enriquecem às suas custas.
Quanto mais profundo o sono, melhor para o ego, e não só para ele. Existem seres que
se alimentam dos nossos medos, das nossas dúvidas, da nossa baixa estima, da nossa culpa.
Mas a centelha não está só! Os trabalhadores da Luz, presentes nas religiões e também
fora delas, formados por espíritos das mais variadas procedências, da Terra e de fora dela, se
empenham para que que haja o despertar do maior número possível de pessoas, pois esta é a
única forma da centelha ser lembrada.
Quando isto acontece, já não há mais o “eu”. Não há mais você ou ele. Só há o Um.
Esse “Eu” é parte da natureza, se vê se reconhece em todas as pessoas, pois sabe que
cada centelha é ele mesmo.
Para terminar, uma frase perfeita da Grande Fraternidade Branca: se não puder amar
determinada pessoa, ame a centelha que existe nela.