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Amplificadores diferenciais – Prof.

Eberson José Thimmig Silveira

Tensão diferencial de saída


v o = v o1 − v o 2

Tensão comum às duas entradas =


média entre as duas tensões de
entrada
v1 + v 2
va =
2
Tensão diferencial de entrada
vd
v1 = v a −
2 v d = v 2 − v1
vd
v2 = va + Então, se V1=2,9V e V2=3,1V,
2 vd=200mV e va=3V

v d v 1 + v 2 (v 2 − v 1 ) v 1 v 2 v 2 v 1
v1 = v a − = − = + − + = v1
2 2 2 2 2 2 2
v v + v 2 (v 2 − v 1 ) v 1 v 2 v 2 v 1
v2 = va + d = 1 + = + + − = v2
2 2 2 2 2 2 2

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VCC − iCR C − v CE − iE 2RE + VEE = 0


VCC − i C (R C + 2R E ) − v CE + VEE = 0
VCC − i C (R C + 2R E ) − v CE + VEE = 0

Equação da Reta de Carga de Modo Comum


VCC + VEE − iC (RC + 2RE ) − v CE = 0
Para iC=0 ⇒ VCC + VEE = v CE
VCC + VEE
Para vCE=0 ⇒ iC =
R C + 2R E

A Reta de Carga de Modo Comum é RC+2RE

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Para o cálculo da corrente de coletor em função da tensão de modo


comum, faz-se uso da malha base-emissor

Assim, para vd=0V

v a − VBE + VEE
i C1 = iE1 =
RB
+ 2R E
(1 + hFE )

Para va=0V, como vd=0V, tem-se somente tensões DC no circuito. Então,

VEE − VBE
IEQ1 = ICQ1 =
RB
+ 2R E
(1 + hFE )

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Modelagem do amplificador diferencial com resistor de emissor

O modelo híbrido equivalente do amplificador diferencial com o circuito de base


refletido para o emissor está desenhado a seguir

a) Circuito equivalente de entrada b) circuito equivalente de saída

Substituindo as fontes v1,v2, ie1 e ie2 pelos seus equivalentes


vd v
v1 = v a − ; v 2 = v a + d ; i e1 = i a − i d e i e2 = i a + i d
2 2

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Pela figura vê-se que:


9 As correntes ia, por terem a mesma polaridade, provocam,
simultaneamente, variações de tensão em RE e RC.
Por isso, RE e RC formam a carga para a tensão de modo comum (va).
9 As correntes id, por terem polaridades opostas, não provocam
variação de tensão em RE, somente em RC.
9 Por isso, somente RC é carga para a tensão de modo diferencial (vd) e
9 RE é um curto-circuito virtual para vd (vd não “enxerga” RE).

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Portanto, na análise de pequenos sinais, o circuito de entrada pode ser


dividido em dois circuitos: um para o cálculo de ia=f(va) e outro para o
cálculo de id=f(vd), conforme a figura seguinte.

va vd
ia = id =
RB  RB 
+ h ib 1 + 2R E 2 + h ib 1 
(h fe + 1)
 (h fe + 1) 

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va vd
circuito de entrada i e1 ≅ i c1 = ia − i d = −
RB  RB 
+ h ib 1 + 2R E 2
(h fe + 1)  (h + 1) + h ib 1 
 fe 

va vd
ie2 ≅ ic 2 = ia + i d = +
RB  RB 
+ hib 1 + 2R E 2
(h fe + 1)  (h + 1) + h ib 1 
 fe 

circuito de saída
RC RC
v o1 = −R C ic1 = vd − va
 RB  RB
2 + h ib 1  + h ib 1 + 2R E
 (h fe + 1)  (h fe + 1)

RC RC
v o 2 = −R C i c 2 = − vd − va
 RB  RB
2 + h ib1  + h ib 1 + 2R E
 (h fe + 1)  (h fe + 1)

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Daí conclui-se que:

RC
Ad = é o ganho diferencial
 RB 
2 + h ib 1 
 (h fe + 1) 

RC
Aa = é o ganho de modo comum;
RB
+ h ib 1 + 2R E
(h fe + 1)

v o1 = A d v d − A a v a
v o2 = −A d v d − A a v a

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Razão de Rejeição de Modo Comum

É uma figura de mérito dos amplificadores diferenciais que indica o quão próximo
ele está do ideal - quanto maior, melhor. Ele é medido pela relação entre os
ganhos de modo comum e de modo diferencial.
Ad
CMRR =
Aa
RB
+ hib 1 + 2R E
Ad R/ C (h fe + 1)
RRMC = = ×
Aa  RB  R/ C
2 + hib 1 
(h
 fe + 1 ) 

 RB 
Fazendo 2R E 〉〉  + hib 1 
 (h fe + 1) 
Ad 2/ R E RE
RRMC = = ≅
Aa  RB  RB
2/  + h ib 1  + h ib 1
 (h fe + 1)  (h fe + 1)

RE
RRMC =
RB
+ h ib 1
(h fe + 1)

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Exercício
Para o amplificador diferencial a seguir,
a) Calcule a máxima tensão simétrica de modo comum de entrada, vamáxsim, tal
que não ocorram distorções por corte e/ou saturação no sinal de saída;
b) va = +3V, determine vdmáx simétrico tal que não haja distorções por corte ou
saturação no sinal de saída;
c) Considerando va=+3V e vdmáx calculado no item anterior, calcule v1, v2, vo1,
vo2 e vod;

d) Determine os ganhos de modo comum e


diferencial e a Razão de Rejeição de
Modo Comum – CMRR;

Dados para os
transistores:
hfe =399; vmin= 0,7V;
icmin=0,20mA;

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Exercício
Para o amplificador diferencial a seguir,
a) Para -4V ≤ va ≤ +4V, determine a variação simétrica máxima permissível em
iC1 e/ou iC2, devido ao sinal vd, de tal forma que o funcionamento permaneça
linear;
b) Para o item anterior, calcule o valor da tensão simétrica máxima de modo
diferencial de entrada, vdmáxsim, que provoca tais variações em iC1 e/ou iC2;
c) Considerando va=+4V e vdmáx calculado no item anterior, calcule v1, v2, vo1,
vo2 e vod;

e) Ainda para o item c, determine todos os


pontos extremos de ic e vce, que
formam a região de operação dos
transistores;
f) Determine os ganhos de modo comum
e diferencial e a Razão de Rejeição de
Modo Comum – CMRR;

Dados para os
transistores:
hfe =399; vmin= 0,7V;
icmin=0,20mA;

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AMPLIFICADOR DIFERENCIAL COM FONTE DE CORRENTE CONSTANTE

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Onde:

R1 × R 2 VEE × R1
R Bf = VBB =
R1 + R 2 R1 + R 2
Fonte de
corrente
VEE − VBB − VBE
IEQ 3 = ICQ3 =
R Bf
+ RE
(h fe + 1)

ICQ3
ICQ1 = ICQ2 =
2

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Em seguida, a equação da reta de carga de modo


comum. Para tanto, faz-se vd=0V ⇒ v1=v2=va
A equação da reta de carga de modo comum é dada por:

VCC − ICQ1 × R C − v CE1 − v CE3 − ICQ3 × R E + VEE = 0 V

VCC + VEE − ICQ1 × R C − 2ICQ1 × R E − v CE1 − v CE3 = 0 V

VCC + VEE − ICQ1 (R C + 2R E ) − v CE1 − v CE 3 = 0 V

E, a equação de vCE1 em função de va é dada por:

v C1 = VCC − ICQ1 × R C = cons tan te

RB
v E1 = v a − ICQ1 − VBE1
(h fe + 1)
 RB 
v CE1 = −v a + VCC + VBE1 − ICQ1 − + RC 
 (hfe + 1) 

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Modelagem do amplificador

a) Circuito equivalente de entrada b) circuito equivalente de saída

Substituindo as fontes v1,v2, ie1 e ie2 pelos seus equivalentes

vd v
v1 = v a − ; v 2 = v a + d ; i e1 = i a − i d e i e2 = i a + i d
2 2

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Neste modelo, as correntes ia, não sofrem variação uma vez que a
resistência de emissor assume um valor de, tipicamente, (1/hob3=500kΩ), e

va v
ia ≅ ≅ a
2 1MΩ
h ob3
Por isso, a reta de carga de modo comum é uma constante.

Também, as correntes id por terem polaridades opostas, não provocam


variação de tensão em RE - somente em RC.
vd
id ≅
 RB 
2 + h ib1 
 (1 + h fe ) 

Por isso, somente RC é carga para a tensão de modo diferencial (vd)


e RE é um curto-circuito virtual para vd (vd não “enxerga” RE). Desta
forma,

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va vd
i e1 ≅ i c1 = ia − i d = −
2  RB 
2 + h ib1 
h ob 3  (1 + h fe ) 

va vd
ie2 ≅ ic 2 = ia + id = +
2  RB 
2 + hib 1 
h ob 3  (h fe + 1) 

RC R
v o1 = −R C i c1 = vd − C va
 RB  2
2 + h ib 1 
 (h fe + 1)  h ob 3

RC R
v o 2 = −RC ic 2 = − vd − C va
 RB  2
2 + hib1 
 (hfe + 1)  h ob 3

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RC é o ganho diferencial;
Daí conclui-se que: Ad =
 RB 
2 + hib 1 
 (h fe + 1) 

RC R × h ob 3
Aa = = C é o ganho de modo
2 2 comum;
h ob 3

v o1 = A d v d − A a v a
v o2 = − A d v d − A a v a

Razão de Rejeição de Modo Comum


Ad
RRMC =
Aa
1
Ad R/ C h ob3 1
RRMC = = × =
Aa  RB  R/ C  RB 
2 + hib 1  h ob3  + hib 1 
(h
 fe + 1 )  (h
 fe + 1) 

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Para o amplificador diferencial a seguir,


a) Determine suas condições quiescentes;
b) Calcule a máxima e a mínima tensões de modo comum de entrada, vamáx e
vamin, tais que seja preservada a excursão simétrica máxima da tensão de
modo diferencial de entrada, vdmáxsim, e não haja distorções por corte ou
saturação do sinal de saída. Determine o valor de vdmáxsim.
c) Para va =+3V e vdmáxsim, determine as tensões vo1, vo2 e vod.
d) Calcule o ganho de modo comum
e) Calcule o ganho de modo diferencial
f) Calcule a CMRR

Dados para os
transistores:
hfe =399; vcemin= 0,7V;
icmin=0,20mA;
1/hob=500kΩ

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