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Eletrônica Analógica

Transistor Bipolar de Junção –


Amplificador Diferencial
Prof. Paulo Piber
Amplificador Diferencial
O amplificador diferencial é mais utilizado em CI analógico. Por
exemplo, o estágio de entrada dos AMPOPs é constituído de um amplificador
diferencial.
A configuração básica é mostrada abaixo. Consiste em dois transistores
casados, Q1 e Q2, cujos emissores estão conectados juntos e polarizados por uma
fonte de corrente constante I. O circuito tem duas entradas, vB1 e vB2, e três saídas,
vC1, vC2 e vod = vC1 – vC2.
Amplificador Diferencial
O amplificador diferencial amplifica a diferença entre as duas entradas
ou amplifica somente uma entrada simplesmente aterrando a outra.
Modo Comum e Modo Diferencial
O amplificador diferencial é muito utilizado para amplificar a diferença
entre os dois sinais de entrada, esta diferença será chamada de vid, tal que
vid = vB1 – vB2
Este é o chamado modo diferencial do amplificador. Para completar, necessitamos
um termo para o valor médio das tensões de entrada, que chamaremos de vcm.
Esta tensão será definida como
v +v
v cm = B1 B2
2

Como vcm é a média das tensões de entrada, costuma-se chamar de


tensão de entrada em modo comum.
Podemos expressar vB1 e vB2 como uma função de vid e vcm, conforme
segue:
Amplificador Diferencial
vid
v B2 = v cm −
2
v
v B1 = v cm + id
2

Das expressões acima vemos que as tensões de entrada podem ser


representadas em função da tensão de modo comum e da tensão em modo
diferencial.
Nas aplicações do amplificador diferencial a entrada em modo
diferencial é a desejada e será amplificada enquanto a entrada em modo comum
será rejeitada e não amplificada.
Curva de Transferência do Amplificador Diferencial

I
i E1 =
(1 + e( v 2 - v1 )/VT
)
I
i E2 =
(1 + e( v1 - v 2 )/VT
)

Observe que uma diferença de tensão de cerca de 4VT (≈100mV) é suficiente para
chavear quase inteiramente a corrente para um lado do par. Nesta situação haverá
pouco incremento na saída (limitação).
O objetivo é utilizar o par como amplificador de pequenos sinais. Desta
forma, vamos trabalhar com a diferença do sinal de entrada limitada a VT/2, a fim
de podermos operar sobre um segmento linear das características em torno do
ponto x.
Curva de Transferência do Amplificador Diferencial

Figure - Range da operação linear estendido pela inclusão de resistores nos emissores.
Fonte: Sedra e Smith, 5ª Edição
Corrente de Coletor:

I I vd
i C1 = +
2 2VT 2
I I vd
i C2 = −
2 2VT 2
Corrente incremental

As tensões VBE serão:

vd
vBE1 = VBE1 +
2
vd
vBE2 = VBE2 −
2
Corrente incremental ie
Suponha que a fonte I seja ideal. A tensão vd aparece através de uma
resistência total de 2re, em que:
VT VT
re = =
I E I/2
Conforme ilustrado na figura 6.5,
a corrente incremental ie é
determinada por:

vd
ie =
2re Quando se
tem resistor
de polarização
vd
ie = nos emissores

2(re + RE )
Resistência Diferencial de Entrada
ie vd / 2re
ib = =
 +1  +1
vd
Rid  = ( + 1)2re = 2r
ib Quando se tem resistor de
polarização nos emissores

Rid = ( + 1)(2re + 2RE)


Ganho Diferencial (vd << 2VT)
vC1 − vC2
Ad = = − gm  RC
Em um vd
dos
vC1 1 
Ad = = −  gm  RC gm =
coletores

Entre os vd 2 re
dois
coletores   ( 2  RC) RC
Ad = − −
2  re + 2  RE re + RE
Ganho em modo comum – Figura 6.10 (meio-circuito em modo comum)
vCM
ie =
2R + re
  RC   RC
vC1 = − vCM   − vCM 
2R + re 2R
  RC   RC
vC2 = − vCM   − vCM 
2R + re 2R
  RC
Acm = −
2R
Ad
CMRR =  gm  R  =1
Acm
Ad
ou em dB  CMRR = 20  log
Acm
Resistência de Entrada em modo comum – Figura 6.11
Como Ricm é muito alta será afetada por rμ e por ro.
Sendo o ganho em modo comum muito pequeno, o sinal do coletor será
pequeno, ou seja, estará em terra para sinais. Então, Ricm será:

2  Ricm = r //( + 1)2R  //( + 1)ro


r  ro 
Ricm = //( + 1)  R  // ( + 1)  
2  2

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