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Quantos Orixás existem?

INTRODUÇÃO

Os orixás são entidades que vieram de religiões africanas,


adaptaram-se ao Brasil, e hoje são cultuados por muitas pessoas.
Infelizmente, não só a Umbanda, como o Candomblé são alvos de
preconceitos na atualidade – principalmente por pessoas que não
conhecem nada do assunto, mas são as primeiras a julgarem.
Lembre-se, a Umbanda pratica somente o bem, qualquer coisa
diferente disso não é Umbanda.

Os Orixás são divindades e são tidos como nossos antepassados.


O culto aos nossos ancestrais é algo cheio de mistérios e de
magias e seu objetivo é equilibrar a energia das pessoas,
melhorando sua vida espiritual e material.
Cada Orixá possui suas características particulares e é responsável
por uma parte da natureza. Oxum, por exemplo, é das águas doces.
Já Iemanjá das águas salgadas, Xangô é trovão, Oxóssi é das
matas e por aí vai.

Por pura falta de conhecimento, muitos acreditam que esses sejam


seres maléficos e que são usados para fazer o mal, principalmente
Exú que é, na verdade, nosso mensageiro.

No entanto, o Orixá não pode e não deve ser utilizado para esses
fins. A ideia desse culto é direcionar cada pessoa e emparelha-la
com seu destino. Cada pessoa possui sua entidade de cabeça e, de
acordo, com a crença, carrega suas qualidades e defeitos. Diz-se,
por exemplo, que os filhos de Iemanjá são pessoas muito amorosas
e caridosas assim como ela.

quantos Orixás existem?

Essa é uma questão que precisa ser elucidada, pois várias coisas já
mudaram nesse culto desde a chegada dos negros africanos aqui
no Brasil. Por conta de algumas diferenças e pela situação em que
os africanos viviam no Brasil colônia, muita coisa precisou ser
adaptada – principalmente por conta dos portugueses brancos que
queriam catequizá-los a todo custo.Uma dessas mudanças está
justamente na quantidade de divindades cultuada que diminuiu
bastante.

Aqui, atualmente, cultuamos 16 entidades, mas saiba que não são


apenas eles que existem. Quer saber quantos Orixás existem
exatamente é um pouco mais complicado.

Estudiosos do assunto afirmam que existem mais de 400


divindades espalhadas no continente africano, entretanto, poucos
chegaram e permaneceram aqui. É importante lembrar que cada
orixá foi trazido para o Brasil pela nação onde era cultuado na África
e nós não recebemos pessoas de todos os locais.

Em relação à quantidade, podemos dizer que hoje são cultuados


aqui, aproximadamente 16 – considerados os principais. São eles:

Exú – Mensageiro

Exú é uma das figuras mais conhecidas das religiões de matriz


africana. Considerado como o Orixá da comunicação, também
possui influência na disciplina, paciência e sexualidade. É
conhecido também por trazer uma grande conexão entre os
sentimentos humanos e dos Orixás.

Oxalá – Orixá da paz

Oxalá é o Orixá presente nos momentos em que a calma e a paz


foram estabelecidas. É ele quem rege a paz no ambiente, o silêncio
e a tranquilidade. Dessa forma, proporciona a harmonia entre os
homens levando a compreensão e o sossego. Essa virtude não se
dá apenas entre homens, mas também com as forças da natureza.

Enquanto Exú representa o começo de tudo, Oxalá é aquele que


representa o fim. É o Orixá ligado ao princípio da morte e ao
equilíbrio do Universo. É também o “Pai dos Orixás”, já que é ele
quem define o fim de todos os seres.

Ogum – Orixá da guerra


Símbolo de luta e conquistas, Ogum é um dos Orixás mais
cultuados no Brasil. Muito respeitado, representa o “comandante
supremo”. Ao precisar de proteção em momentos de perigo, é a ele
quem se deve chamar e pedir ajuda. Afinal, é o Orixá das batalhas,
que luta à frente de todos com suas forças.

Foi Ogum quem passou à humanidade os conhecimentos sobre


batalhas e trabalho com o metal. Dessa forma, levou evolução para
toda a humanidade. Filho de Iemanjá, é o irmão mais velho de Exú
e Oxóssi, sendo bastante próximo ao último.

Oxóssi – Orixá da caça e da fartura

É o Orixá da mata, dos animais, da caça e da fartura de alimentos.


É um dos principais Orixás na Umbanda e no Candomblé. Tem forte
ligação com a natureza, enaltecendo tudo o que ela proporciona e
sabendo usá-la com moderação, sem exageros e conforme a
necessidade. Conheça mais sobre esse ser poderoso e como ele
pode beneficiar na vida de alguém. É um Orixá ligado a tudo aquilo
que é natural e às artes, como a dança e o canto. Ter uma vida em
sintonia com Oxóssi é esperar sempre retribuições positivas,
buscando no mundo tudo o que ele oferece naturalmente de bom.
Por ter esse caráter de contemplar tudo o que é natural, também
pode representar a preguiça e a comodidade, já que para aproveitar
tudo isso é preciso paciência e tempo de relaxamento.

Xangô – Orixá do fogo e do trovão

Uma das figuras mais conhecidas da Umbanda e do


Candomblé, Xangô é considerado o Orixá da justiça e da sabedoria.
Está ligado ao equilíbrio e a natureza, sendo considerado deus do
fogo, dos trovões e dos raios. Também é conhecido por ser um
Orixá que protege os intelectuais.
A diversidade de características que Xangô carrega faz com que o
Orixá seja sincretizado de diferentes formas na tradição católica.
Alguns o relacionam com São João Batista, outros com São
Jerônimo ou São Judas Tadeu. Conheça melhor esse Orixá e
entenda todo o sincretismo com os Santos da Igreja Católica.

Omolú – Orixá das doenças e das curas

Responsável pela terra, pelo fogo e também pela morte, Omolú é


considerado o mais temido Orixá entre todos os outros. Sua força e
poder de controlar a passagem dos seres de um plano para outro é
o que o torna temido entre os seres humanos. Ele possui duas
energias fortes e distintas, o que faz com que ele seja identificado
de mais uma forma. Sua versão mais jovem recebe o nome de
Obaluaiê, sincretizado com São Roque. Já a sua versão mais velha,
é conhecida como Omolú e faz sincretismo com São Lázaro.
Conheça mais sobre esse poderoso Orixá!

Logun Edé – Orixá da caça e da pesca

é o único Orixá que não possui qualidades. Isso porque ele se


transforma naquilo que quiser e já que carrega em si três energias
diferentes: a dele, de Oxum e de Oxóssi. Ele é o resultado do
encantamento de Oxum e Oxóssi, que se fundaram e se misturaram
como mistério da criação. Logun Edé é considerado “Senhor da
Pesca” e Orixá dos rios, sendo simultaneamente pescador e
caçador. Esse conhecimento e domínio da natureza foram
apreendidos com os pais, já que vive seis meses caçando com o
pai Oxóssi e seis meses na água doce com a mãe, Oxum. No
sincretismo religioso, relaciona-se com Santo Expedito e é
homenageado no dia 19 de abril.

Oxumaré – Orixá da chuva e do arco-íris

Sendo representado pela figura da cobra e do arco-íris, Oxumaré é


um Orixá masculino que simboliza a permanência, a continuidade, a
riqueza e a fortuna. É ele quem rege o princípio da multiplicidade da
vida, os diferentes caminhos a se seguir e os variados destinos.
Esse Orixá é responsável pela sustentação do mundo, controlando
o movimento do oceano e dos astros. Oxumaré é considerado o
“senhor das transformações” e com as figuras que o representam, o
arco-íris e a cobra, espalha as energias da renovação, da fortuna e
da riqueza. A “cobra arco-íris” que o Orixá carrega leva para a
entidade as características marcantes do animal: mobilidade e
agilidade. Já o arco-íris, representa a forma como ele viaja do céu,
onde mora, até a Terra

Ossain – Orixá das folhas sagradas e dos animais

Considerado o pai das plantas sagradas e milagrosas, Ossain é o


Orixá da cura. Por ter o conhecimento e poder sobre qualquer
vegetação, consegue a cura de todos os males de maneira natural.
Dessa forma, é um Orixá que atua em trabalhos pela saúde e ajuda
quem procura levar uma vida saudável.

É um dos Orixás mais misteriosos da Umbanda e tem um


comportamento bastante reservado. Entre todos os outros Orixás,
Ossain não tem nenhum relacionamento com os demais e é o que
menos se sabe sobre a vida. No sincretismo religioso, é relacionado
com São Benedito.

Oxum – Reina sobre as águas doces do rio e amor

Orixá feminina, Oxum é responsável por manter o equilíbrio das


emoções, da fecundidade e da natureza. É a deusa do amor, Orixá
da água doce e considerada mãe de todos os povos, intercedendo
pelos humanos em todas as situações.

Na tradição cristã e católica, Oxum é sincretizada com diversas


figuras de Nossa Senhora, sempre aquelas que são representadas
com querubins aos seus pés. O sincretismo mais conhecido é o da
Orixá com Nossa Senhora da Conceição, já que ambas
são homenageadas no dia 8 de dezembro.

Iemanjá – Também conhecida como rainha do mar


Uma das divindades mais conhecidas da Umbanda e do
Candomblé é a Rainha do Mar, Iemanjá. Ela recebe esse título por
ser a Orixá ligada aos oceanos, a água e até a natureza. Mãe de
todos os Orixás, ela é muito importante! Por isso, suas energias são
bastante ligadas à fecundidade, o que a faz ser responsável pelo
Mistério da Geração. Na tradição católica, geralmente é associada a
Nossa Senhora dos Navegantes, por conta da proteção aos
pescadores. Iemanjá é Orixá das águas salgadas e também
protetora dos pescadores e dos jangadeiros. Inclusive, seu nome é
derivado da expressão Iorubá “Yèyé omo ejá” que significa “Mãe
cujos filhos são peixes”. Na tradição católica, geralmente é
associada a Nossa Senhora dos Navegantes. De acordo com
as lendas da Umbanda e do Candomblé, Iemanjá é a segunda
esposa de Oxalá e a rainha das águas salgadas. Ela é a regente
dos lares e protetora da família, atuando em uniões, aniversários,
festas de casamentos e todas as comemorações que envolvem a
família, seja ela de sangue ou não.

Por conta disso, acredita-se que ela atua como a força da natureza,
que tem papel central na vida dos seres humanos, já que rege as
casas e lares. Os devotos da Umbanda entendem que ela é a
responsável por dar o sentido da família às pessoas que vivem
juntas no mesmo ambiente. É esta Orixá que desperta o sentimento
de amor entre os familiares, dando sentido às relações construídas
por mães, pais e filhos.

Iansã – Orixás dos ventos, raios e tempestades

Orixá dos fenômenos climáticos, Iansã também é conhecida na


Umbanda e no Candomblé como Oyá. A Orixá representa a força
dos ventos e o poder da natureza, mostrando sua energia quando a
chuva cai dos céus e quando a ventania atravessa os ares. Com
garra e independência como principais características, é Iansã
quem representa a força feminina. Seu nome representa a
expressão “A mãe do entardecer” e na tradição cristã e católica, o
sincretismo religioso da Orixá se relaciona com Santa Bárbara.

Sobre a poderosa Orixá Iansã


Iansã representa o arquétipo perfeito da mulher guerreira, aquela
que não tem medo de ir à batalha e de se arriscar. Ela muda seu
caminho, se julgar necessário, vai à luta e segue como uma figura
feminina independente. Aqueles que procuram a ajuda da Orixá
encontraram energias de garra e coragem para vender e alcançar
os objetivos almejados. O fato de ser uma guerreira a diferencia das
características das demais Orixás. Sua garra e força para
acompanhar as batalhas mostra que ela não nasceu para ficar em
casa cuidando do lar. Ela é uma mulher que vai à luta e não tem
medo de julgamentos.

Apesar de se apaixonar com frequência e se entregar


completamente ao amor quando o encontra, a Orixá é bastante fiel
aos seus relacionamentos. As histórias da Umbanda contam que
sua grande paixão foi Xangô. Inclusive, foi o Orixá da justiça quem
escolheu que ela recebesse o nome de Iansã.

Nanã – Protege idosos e desabrigados

é Orixá dos mangues e do pântano. Também chamada de mãe e


avó, ela é a “Senhora da Morte”, responsável pelos portais de
entrada e saída das almas. Acredita-se que sua energia está
presente desde a criação da humanidade e que ela representa a
memória do povo, já que vivenciou a concepção do Universo.

É uma das mais respeitadas e temidas entre os outros Orixás. Pode


também ser chamada de Nanã Buruku, Nanã Buru, Nanã Boroucou,
Anamburucu, Nanamburucu ou Nanã Borodo. No sincretismo
religioso, ela está relacionada à Santa Ana.

Yewá – Orixás das moças virgens Orixá do sexto sentido e da


vidência, a presença de Yewá é mais forte e tradicional
no Candomblé do que na Umbanda. Acredita-se que a sua principal
força é originária da Nigéria, onde há um rio com seu nome.

Yewá também simboliza e a sensualidade, apesar de nunca ter se


entregado a nenhum homem. Por ter se conservado casta, acabou
se tornando protetora de tudo aquilo que é considerado virgem e
puro, desde o que diz respeito ao ser humano até as florestas e
rios.

Obá – Dona das guerras e das águas revoltas

Obá, a verdadeira dona do cobre é um Orixá africano do Rio Obá


ou rio Níger, primeira esposa de Xangô, a qual recebeu do seu Real
esposo todo o seu armamento de guerra no puro cobre africano,
reforçando assim sua realeza e poder.

Ela foi coroada como sendo o primeiro general do exército de


Xangô, a invencível Deusa da guerra ostenta uma coroa do mais
maciço cobre como primeira Rainha, onde suas duas irmãs, Oyá e
Oxum são na verdade as segundárias.

Geralmente ela é identificada no jogo do merindilogun pelos odu


obeogunda e ossá e Odí.

A primeira Amazona, chefe das guerreiras, caçadora, feminista,


justiceira e camponesa veste vermelho e branco e em nosso axé
usa o bordô, leva um escudo, espada Arco e flecha (Ofá).

Oba é a senhora da sociedade elekoo, porém no Brasil esta


sociedade passou a cultuar egungun.

Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa.

Obá representa as águas revoltas dos rios.

As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são


considerados domínios de Obá.

Ela também controla o barro, aguá parada, lama, lodo e as


enchentes. Trabalha junto com Nanã.

Representa também o aspecto masculino das mulheres


(fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.
Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada
mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá,
Xangô e Orumilá.

Na natureza, Obá está ligada às enchentes, às cheias dos rios, às


inundações. É ela quem vai reger todos esses fenômenos, sejam
naturais ou provocados por erros humanos. Seu encantamento é
feito desta forma, quando um rio transborda, inundando tudo.

Obá está presente também nos coriscos, poder que lhe foi dado
pelo marido Xangô, pois ela também tem ligação com a energia
elétrica, a eletricidade.É poderosa, sábia, madura e realista.

Na vida dos seres humanos, Obá rege a desilusão amorosa, a


tristeza, o sentimento de perda, o ciúme, a incapacidade do homem
de ter aquilo que ama e deseja. Obá é a raiva, a solidão, a
depressão, o sentimento de abandono.

Obá é também a frustração do homem e da mulher. Embora a lenda


diga ser Obá uma guerreira, vencedora, ela consegue seu
encantamento nas desilusões e frustrações, na derrota.

Pela lenda, Obá foi enganada por Oxum, que a levou a corta sua
própria orelha para oferecer a Xangô, Ele, num gesto de
repugnância, expulsou-a de seu reino. E toda essa dor, essa
desesperança, esse abandono, ficou com marca registrada de Obá,
e tais sentimentos tem a sua regência.

Quando nos sentimos traídos, abandonados, sem esperança, com


raiva, frustrados em nossos objetivos, desencadeamos essa força
da natureza chamada Obá, que mexe no nosso interior.

E a lógica diz que Obá é a "ultima gota", que faz transbordar nossos
sentimentos. Daí sua regência também nas enchentes e
inundações. É um ato de excesso, de excesso, de explosão, de
revolta, desencadeado por esta força cósmica.

Se um rio enche e transborda, é porque não suporta mais o volume


de água, deixando escapar "aquilo que já não cabe mais". Isso é
Obá, essa é a sua regência, seus encantamento, sua influência.
Obá é o desabafo: " já não suporto mais..." , é a agitação do
sentimento indevidamente mexido, afetado por algo ruim.

Obá tem um caráter apaixonado, irascível e corajoso, não teme


nada nem ninguém. Gosta de brigar.

Nada mais natural que ela aprecie a cor vermelha.

Obá se veste como os demais orixás de energia negativa ativa, ou


seja, feminina velha, apreciando tecido simples encorpado, sem
brilho. As ferramentas de Obá são sempre feitas de cobre.

Obá senhora da guerra, amazona destemida, uma sábia e justa


feiticeira.

Xangô desdenha Obá porque ela é idosa e sem atrativos, mas


morre de medo dela, do poder enorme que ela tem.
Obá desconhece o medo e não existe empecilhos que a desviem de
suas finalidades. Ela é prática, objetiva, poderosa, leal e
corretíssima.

Todo aquele que tenha uma questão em fase de apelação, isto é,


se tiver perdido e necessitar recorrer para instância superior, deverá
pedir ajuda a Obá.

Mas existe um importante lembrete: ELA SÓ AJUDA OS


INJUSTIÇADOS. É considerada a padroeira dos advogados.
Quem quiser incidir na ira cega de Obá, de um falso testemunho.

Ajuda a encontrar objetos perdido, e toma sob sua proteção toda


esposa que tiver sido traída pelo marido.
Obá tem muito ciúme e raiva de Oxum, a ninfa das cascatas, e ódio
mortal da relação que Xangô mantém com a charmosa senhora dos
rios, ribeirões e lagos límpidos.

A esperta Oxum foi junto com Iansã a causadora do aleijão de Obá,


quando ludibriada perdeu a orelha esquerda.
Pela tradição nos terreiros, não se pode deixar dançar perto uma da
outra.

O fenômeno da pororoca, o encontro da maré com as águas do rio,


que não se misturam e formam em vagalhão de muitos metros de
altura, é atribuída à contenda que Obá mantém eternamente com
Oxum. A enorme onda provoca um barulho belicoso.

Obá gosta de receber seus axés no encontro das águas do rio com
o mar.

Ela gosta de viver na pororoca, como não é fácil servir neste local,
ela aceita receber as oferendas na beira de ribeirões límpidos, que
tenham bastantes seixos cujas águas emitam sons. Obá também
gosta de receber seus axés em pedreiras. A pedreira é local
predileto de Xangô e quem quiser cair nas graças de Obá, deve
também fazer oferecimento na mesma ocasião que servir ela
oferecer para ele amalá.

Obá tem fortes ligações com os elementos do ar, dado a sua


liderança junto ás entidades espirituais femininas que andam nos
ares.

É ligada a terra porque se esconde nas florestas e ao fogo,


fortemente relacionada com coisas de magia, especialidade de
Obá.

Obá é uma feiticeira implacável, poderosíssima, de vontade férrea e


determinada, uma amazona justa e combativa, apaixonada, com
ciúmes da preferência que Xangô demonstra pela companhia de
outras.

Para Obá, Oiá não tem juízo e a odiosa Oxum é a mais frívola das
rainhas.

Obá é uma iabá velha, feiticeira poderosa, líder da confraria de


mulheres guerreiras -a sociedade elecô - Por isso domina todos os
elementos.

É com personalidade tenaz, solucionadora e desembaraçadora das


causas impossíveis.
Orixá feminino do Adô.

A mais forte, destemida e dotada de um temperamento apaixonado


e irascível.
Pode-se dizer que seja a iabá de gênio mais difícil, tem o poder de
se disfarçar e, de acordo com o humor do momento, ou assume a
aparência de uma mulher idosa ranzinza e implacável, ou o aspecto
de uma amazona guerreira, destemida e belicosa.

Obá não é nem um pouco vaidosa, não liga para a própria


aparência.

Por motivo que a lenda esclarece, não possui uma orelha, por ter
oferecido como comida especial à Xangô, que foi uma peça que
Oxum lhe pregou.
Rainha guerreira e justiceira.
Das esposas de Xangô, a mais sofrida por ser rejeitada por ele.
Seus domínios são as corredeiras, águas revoltas.
Na personalidade representa as emoções reprimidas e insatisfeitas,
o sofrimento que dá a sensibilidade para sintonizar como as vítimas
da injustiça.

Obá é a que mais traz atributos de Odudua e de Odu.

Introspectiva, gosta de solidão, não é sociável e fala pouco.


Generosa. mas não é dada a folguedos, não aceita pedido de
desculpas. Amarga, em virtude do desprezo do marido bonito,
charmoso e egoísta.

Obá desdenha a juventude e a vaidade de Oiá, que é leve enquanto


Obá é pesada e desajeitada.

Oiá é guerreira pela causa enquanto Obá luta pela guerra. Para ela
a guerra existe como controle da natalidade, limite da vida, da
própria ecologia. Obá é a própria guerra.

Obá não é esposa de Odé conforme pensam alguns, mas


companheira de aventuras do senhor da caça, em cuja companhia
costuma sair para caçar. Obá dança em certas ocasiões como se
utilizasse o arco-e-flecha.

Obá tem traços de personalidade parecidos com os de Euá,


senhora das possibilidades, do segredo.

Obá é padroeira das famílias, das viúvas, das mulheres infelizes no


casamento e de toda e qualquer esposa traída pelo marido infiel.
Amante da solidão e do silêncio. É de difícil reconciliação.
Caçadora e protetora da caça e dos animais da floresta. Padroeira
das amazonas.
Obá adora orobôs, também falando através deles.

É a mulher desprezada e ridicularizada, muito mais poderosa que o


marido em questão de feitiçaria, mas que se deixa desprezar por
paixão, para escarnio das demais iabás.

Obá se aproxima de Nanã, pois Obá adora a guerra e Nanã a


morte, e guerra e morte andam de mãos dadas.
Obá não é boa cozinheira para comidas de sal, mas não tem igual
nas iguarias doces.
Não gostava de cantar.
Não gostava de dançar.
Não gostava de cozinhar.
Não tinha vaidade e só se vestia com suas roupas de montaria e
cheirava a estrebaria.

Obá era a melhor guerreira do reino. Guerreava por puro prazer de


guerrear, quando queria.

Ela era uma grande feiticeira, muito poderosa, o que fazia com que
Xangô tivesse medo dela, desdenhando ela só pelas costas ,mas
não se atrevia a enfrenta-la. Obá, é homenageada como padroeira
das sociedades secretas das mulheres.

Obá é menos dotada fisicamente, distante da beleza. Os filhos e


filhas desta grande orixá carregam muito dos seus traços.

Obá nasceu do ventre rasgado de Yemonjá após o incesto de


Orugan, ela e mais um sem-número de Orixás.

Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora


do poder feminino, por isso também é saudda como Iyá Agbá, e
mantém estreitas relações com as Iya Mi.

Obasy é a senhora da sociedade Eleko, porém no Brasil esta


sociedade está muito restrita, sendo assim, esta sociedade passou
a cultuar egungun. Deste modo, obasy é a senhora da sociedade
lesse-orixa.
Tudo relacionado a Obasy é envolto em um clima de mistérios, e
poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil.

Certas pessoas a cultuam como se fosse da família ji, ao passo que


outras a cultuam como se fosse um Xangô fêmea. Obasy e Yewa
são semelhantes, são primas e ambas possuem oro omi osun.

Ela usa ofá (arco e flecha) assim como Ewa e ambas são
identificadas também com Odé. Obasy usa a festa da fogueira de
xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é
considerada uma das esposas de Xangô mais fiéis a ele.

Obá é Orixá ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas


são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa
de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada.
Conta e lenda que Obá, repudiada por Xango. vivia sempre
rondando o palácio para voltar.

Xangô fica horrorizado com a mutilação e expulsa-a para sempre. 0


tipo psicológico dos filhos de Obá, constitui o estereótipo da mulher
de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao
contrário de Iansã, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São
combativas, impetuosas e vingativas. Obá é um Orixá que
raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.

Obá é amulher consciente de seu poder, que luta e reinvidica seus


direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar
seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas se rende a uma
paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.

Obá nasceu do ventre rasgado de Yemanjá após o incesto de


Orugan, ela e mais um sem-número de Orixás. Em toda a África
Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder
feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém
estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que
comandava as demais e desafiava o poder masculino. Obá lutou
contra todos os Orixás, venceu a batalha contra Oxalá, derrotou
Xangô e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses.

Embora Obá tenha se transformado em rio, é uma deusa


relacionada ao fogo, pois, quem conhece o rio Obá, na Nigéria,
sabe que é um rio de águas revoltas, em constante movimento, por
isso é sinônimo de fogo.

Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer


que o ciúme é o colário inevitável do amor, por tanto Obá é um
Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos
que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.

O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por


uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é
saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer qe é a guardiã
de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do
coração, pois Obá pensa com o coração.

Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, se dedicar à


guerra? Toda energia de suas paixões frustradas ela canaliza para
a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem
ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada.
Mas será que Obá nunca foi amada de fato?

Obá troca um palácio por uma tapera, troca todas as riquezas do


mundo por uma frase: “Eu te amo”.

Ibeji – Orixá das crianças

O Ibeji na Umbanda e no Candomblé são vistos como filhos de


criação de Oxum, devido a esse fato, em rituais voltados
especialmente a Orixá costuma-se dedicar algo também as crianças
Ibejis. A característica dos gêmeos mais particular é o seu poder de
desfazer coisas realizadas por outros Orixás, mas algo feito por
Ibejis jamais poderá ser desfeito por nenhum outro Orixá. Os Ibejis
são muito confundidos com Erês, por serem crianças e terem os
mesmos atributos de características infantis, mas os gêmeos são na
verdade uma divindade e possuem história e missões diferentes
dos Erês. A maioria das histórias diz que os gêmeos são um casal,
um menino e uma menina. O primeiro a nascer chama-se Taiwo e o
segundo Kehinde, na cultura Yorubá acredita-se que Kehinde deixa
a função de supervisionar o mundo nas mãos de seu irmão Taiwo,
que o faz sem discutir com sua irmã, por isso acredita que ele seja
o mais velho e carrega responsabilidades a mais. Os Ibejis são
filhos de Iansã e Xangô. Ao dar a luz as crianças, ela os repudiou,
os abandonando nas águas de um rio. Oxum estava a passear por
perto e escutou o choro das crianças, sem hesitar correu na direção
do som e encontrou os dois pequeninos recém nascidos. Diz a
lenda que ambos irmãos sorriram para Oxum quando a viram, o que
fez o coração da Orixá derreter de amor pelos pequenos. Oxum
então passou a ser a mãe dos Ibejis e os deu os nomes: Taiwo e
Kehinde. Ibejis é o único Orixá que possui dupla representação e
eles simbolizam o nascimento de todas as coisas. Os gêmeos eram
dois príncipes capazes de trazer sorte a todos que os
consultassem. Com muita alegria e sabedoria o jeito infantil de
enxergar as situações os possibilitavam a encontrar as melhores
respostas para qualquer tipo de problema questionado. Em troca,
eles pediam como pagamento doces.Como toda criança levada,
eles adoravam fazer traquinagens e um dia brincando próximo a
uma cachoeira um deles caiu, na queda das águas e morreu
afogado.O irmão sobrevivente não conseguia mais encontrar a
felicidade em viver e em meio aos seus prantos de saudades
implorava a Orunmila que o levasse para perto de seu irmão.
Tocado pelo sofrimento do pequeno, Orunmila resolveu atender ao
seu pedido, e o desencarnou. Para confortar a todos que os
amavam ele deixou em seu lugar duas estátuas de barro
representando os príncipes gêmeos. Por isso é muito comum
oferendas aos Ibejis no pé da estátua de gêmeos.
FINALIZANDO:

Contudo, algumas casas cultuam outros como tempo (Iroko) e


Olorum, o Deus supremo.

Se quiser saber mais alguma coisa sobre o quantos Orixás


existem deixe um comentário aqui. Aproveite e leia também novos
conteúdo sobre essa grande e tão importante religião de resistência
que é a Umbanda.

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