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INTRODUÇÃO
No entanto, o Orixá não pode e não deve ser utilizado para esses
fins. A ideia desse culto é direcionar cada pessoa e emparelha-la
com seu destino. Cada pessoa possui sua entidade de cabeça e, de
acordo, com a crença, carrega suas qualidades e defeitos. Diz-se,
por exemplo, que os filhos de Iemanjá são pessoas muito amorosas
e caridosas assim como ela.
Essa é uma questão que precisa ser elucidada, pois várias coisas já
mudaram nesse culto desde a chegada dos negros africanos aqui
no Brasil. Por conta de algumas diferenças e pela situação em que
os africanos viviam no Brasil colônia, muita coisa precisou ser
adaptada – principalmente por conta dos portugueses brancos que
queriam catequizá-los a todo custo.Uma dessas mudanças está
justamente na quantidade de divindades cultuada que diminuiu
bastante.
Exú – Mensageiro
Por conta disso, acredita-se que ela atua como a força da natureza,
que tem papel central na vida dos seres humanos, já que rege as
casas e lares. Os devotos da Umbanda entendem que ela é a
responsável por dar o sentido da família às pessoas que vivem
juntas no mesmo ambiente. É esta Orixá que desperta o sentimento
de amor entre os familiares, dando sentido às relações construídas
por mães, pais e filhos.
Obá está presente também nos coriscos, poder que lhe foi dado
pelo marido Xangô, pois ela também tem ligação com a energia
elétrica, a eletricidade.É poderosa, sábia, madura e realista.
Pela lenda, Obá foi enganada por Oxum, que a levou a corta sua
própria orelha para oferecer a Xangô, Ele, num gesto de
repugnância, expulsou-a de seu reino. E toda essa dor, essa
desesperança, esse abandono, ficou com marca registrada de Obá,
e tais sentimentos tem a sua regência.
E a lógica diz que Obá é a "ultima gota", que faz transbordar nossos
sentimentos. Daí sua regência também nas enchentes e
inundações. É um ato de excesso, de excesso, de explosão, de
revolta, desencadeado por esta força cósmica.
Obá gosta de receber seus axés no encontro das águas do rio com
o mar.
Ela gosta de viver na pororoca, como não é fácil servir neste local,
ela aceita receber as oferendas na beira de ribeirões límpidos, que
tenham bastantes seixos cujas águas emitam sons. Obá também
gosta de receber seus axés em pedreiras. A pedreira é local
predileto de Xangô e quem quiser cair nas graças de Obá, deve
também fazer oferecimento na mesma ocasião que servir ela
oferecer para ele amalá.
Para Obá, Oiá não tem juízo e a odiosa Oxum é a mais frívola das
rainhas.
Por motivo que a lenda esclarece, não possui uma orelha, por ter
oferecido como comida especial à Xangô, que foi uma peça que
Oxum lhe pregou.
Rainha guerreira e justiceira.
Das esposas de Xangô, a mais sofrida por ser rejeitada por ele.
Seus domínios são as corredeiras, águas revoltas.
Na personalidade representa as emoções reprimidas e insatisfeitas,
o sofrimento que dá a sensibilidade para sintonizar como as vítimas
da injustiça.
Oiá é guerreira pela causa enquanto Obá luta pela guerra. Para ela
a guerra existe como controle da natalidade, limite da vida, da
própria ecologia. Obá é a própria guerra.
Ela era uma grande feiticeira, muito poderosa, o que fazia com que
Xangô tivesse medo dela, desdenhando ela só pelas costas ,mas
não se atrevia a enfrenta-la. Obá, é homenageada como padroeira
das sociedades secretas das mulheres.
Ela usa ofá (arco e flecha) assim como Ewa e ambas são
identificadas também com Odé. Obasy usa a festa da fogueira de
xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é
considerada uma das esposas de Xangô mais fiéis a ele.