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Podemos aproveitar o crédito do ICMS ST de matéria prima, componentes do produto, etc (todo tipo que
será utilizado para produzir meu produto)?
Qual o critério para podermos aproveitar esse crédito? Os nossos fornecedores nos enviam notas sem o
destaque do ICMS ST, mas informando que o ICMS foi recolhido por ST (de acordo com destaque dos
CFOPs 5401/ 5403/ 5405)
Podemos aproveitar o crédito quando qualquer um desses CFOPs informados, mesmo sem haver
destaque do ICMS próprio e ST.? O valor aproveitado será baseado na alíquota de 18%, ou 12% do total
dos produtos mesmo? E no caso de mercadoria adquirida de outros Estados?
E quando adquirimos mercadorias que vieram tributadas pelo ICMS próprio, ICMS ST e IPI (CFOP 5403)
e esses materiais ora serão industrializados, ora revendidos pela nossa empresa, podemos aproveitar o
crédito de todos esses impostos? E como fica na saída? A saída deverá ser tributada pelo ST tanto os
produtos que forem industrializados quanto os revendidos?
Se não aproveitarmos o crédito desses impostos, na revenda podemos vender como 5405/ 6404 sem o
destaque do ICMS normal, do ST e do IPI.??
1. Crédito do ICMS
Conforme esclarece a Decisão Normativa CAT 01/2001 geram direito ao crédito do ICMS as
matérias-primas, produtos intermediário e materiais de embalagens utilizados na industrialização de
produtos que na saída do estabelecimento estejam sujeitos a tributação do ICMS.
Também será admitido o crédito, ainda que a saída não seja tributada (casos de isenção, não incidência
ou redução de base de cálculo) quando o dispositivo legal que determinar as situações de não cobrança
do ICMS expressamente garantir a manutenção do crédito do ICMS.
Diante disso, observa-se que a correta análise do crédito do ICMS tem que ser realizada a cada
operação do estabelecimento.
Nas aquisições de mercadorias de contribuintes substituídos a nota fiscal será identificada pelo CFOP
5.405 e não haverá destaque do ICMS próprio e ICMS ST, tendo em vista que tais valores já foram
recolhidos, em operações anteriores, pelo contribuinte substituto.
Neste caso, observadas as regras descritas no item 1, o estabelecimento poderá creditar-se do ICMS,
ainda que não destacado no documento fiscal, mediante a aplicação da alíquota interna do produto
sobre o valor da operação, conforme prevê o artigo 272 do RICMS/SP.
No que se refere à alíquota do ICMS é importante observar que nas operações internas existem 4
percentuais (7%, 12%, 18% e 25%) que são definidos pelo produtos. Tais percentuais estão previstos
nos seguintes dispositivos legais:
a) 7% - artigo 53-A do RICMS/SP;
b) 12% - artigo 54 do RICMS e Resoluções SF 4/1998 e 31/2008;
c) 25% - artigo 55 do RICMS/SP;
Caso o produto não esteja relacionado na legislação acima será aplicada a alíquota de 18% (artigo 52, I
do RICMS/SP).
Nas aquisições de substituto tributário, o estabelecimento adquirente tem que comunicar o fornecedor
sobre a destinação do produtos, para que não haja a aplicação da substituição tributária, conforme
artigo 264, I do RICMS. A cada aquisição o adquirente tem que firmar declaração para o fornecedor
sobre a destinação das mercadorias, conforme determina a Decisão Normativa CAT 15/2009.
Neste caso, a nota fiscal será emitida apenas com destaque do ICMS próprio, com CFOP 5.102 ou
5.102, conforme o caso, e em dados adicionais da nota fiscal haverá a indicação da não aplicação da
substituição tributária conforme artigo 264, I do RICMS/SP.
Caso tenha havido a aplicação indevida da substituição tributária, será necessário comunicar o fato para
o fornecedor, mediante declaração assinada pelo responsável da empresa de que o ICMS ST foi
destacado indevidamente. A partir disso o fornecedor tem que emitir carta de correção para corrigir o
CFOP da nota fiscal (de 5.401 ou 5.403 para 5.101 ou 5.102), e conceder desconto referente ao valo do
ICMS ST que foi cobrado a maior, uma vez que tal valor compõe o valor total da NF.
O adquirente então pode efetuar o registro do documento fiscal com o CFOP 1.101 e aproveitar o crédito
da operação própria conforme item 1.
Caso o documento já tenha sido escriturado, e a GIA já transmitia, e a aplicação indevida da substituição
tributária somente tenha sido identificada após tais eventos, entendemos que o adquirente somente
pode recuperar o ICMS da operação própria, a nota fiscal e os registros não são alterados e haverá
perda do valor do ICMS ST cobrado no total da nota fiscal.
Considerando que os protocolo são firmados por mercadoria e podem possuir apenas dois Estados ou
mais, a análise da aplicação da substituição tributária na operação interestadual depende da indicação
do convênio ou do protocolo.
Desta forma, sem a descrição do produto e a classificação fiscal não é possível determinar a aplicação
da substituição tributária.
A substituição tributária tem por objetivo o recolhimento do ICMS das operações que serão realizadas.
Diante disso, quando o estabelecimento industrial ou importador realizam a aplicação da substituição
tributária, os estabelecimentos que realizam a compra de tais produtos para revenda não pagam o ICMS,
ou seja, realizam a saída com o CFOP 5.405 sem destaque do ICMS. Nesta hipótese considerando que
não há o débito na saída não haverá qualquer crédito na entrada.
Importante observar que no caso de indústria que fabrica produtos sujeitos a substituição e adquire
produtos para revenda de outra indústria, pode não haver a aplicação da substituição tributária na
aquisição, desde que se trate do mesmo produto fabricado pela duas indústrias (mesma NCM), ou se
trate de produtos relacionados no mesmo artigo do RICMS que prevê a substituição tributária.
Neste caso, adquirente e fornecedor têm que se comunicar sobre o produto adquirido e a respectiva
destinação para que seja identificado se se trata de caso de não aplicação da substituição tributária,
conforme descrição acima. Nesta hipótese na nota fiscal será indicado que a não aplicação da
substituição tributária ocorre em razão do artigo 264, IV do RICMS/SP. Diante disso, quando o
adquirente promover a saída da mercadoria aplicará a substituição tributária, observando as regras
descritas no item 3.
Em caso de operação interestadual, ainda que revenda, a aplicação da substituição tributária depende
da existência de convênio ou protocolo entre os Estados, conforme indicado no item 2.3.