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05 - Compactação Dos Solos
05 - Compactação Dos Solos
DOS
SOLOS
COMPACTAÇÃO
Aula 5
PROPRIEDADES
DOS SOLOS
FÍSICAS MECÂNICAS
Princípio Geral
Muitas obras geotécnicas (barragens, muros de arrimo, estradas, aeroportos,
etc) implicam a utilização de aterros compactados; compactar um solo
significa torná-lo um material mais denso;
O estado mais denso é obtido através da redução do ar intersticial, com
pequena ou nenhuma variação do teor de umidade do solo. A compactação
pode ser feita em superfície ou em profundidade, utilizando solicitações
estáticas, impacto e/ou vibração, por meio de equipamentos manuais ou
mecânicos.
Objetivos:
redução dos recalques futuros
aumento da resistência ao cisalhamento
redução da permeabilidade
Ensaio de Compactação em Laboratório
• Histórico
(Das, 1998)
Ensaio de Compactação em Laboratório
Curva de
Proctor
Modificado
Proctor
Normal
wot
Teor de umidade w (%) Holtz e Kovacs, 1981
Procedimentos e Resultados
• Curva de Saturação
Linha traçada através dos pontos máximos das diferentes curvas de compactação, obtidas
para os ensaios realizados em um mesmo solo sob diferentes energias de compactação; sua
posição tende a ser aproximadamente paralela à linha de saturação.
Procedimentos e Resultados
γ wS γ S
γd = = w
γ S
w+ w S w+
γs Gs wot
Procedimentos e Resultados
Na wopt:
ρd
Ponto ‘ótimo’ de equilíbrio entre os efeitos
que ocorrem acima e abaixo da wot.
Solo ‘borrachudo’: na compactação de um solo com umidade acima da ótima, atinge-se um estado de
quase saturação e, assim, toda a energia é transferida para a água, aumentando-se as poropressões e
induzindo o cisalhamento horizontal do solo (laminação do solo). A energia aplicada é recuperada pela
ação elástica da água que se comporta como uma borracha sob pressão.
Comportamento de Solos Compactados
- dispersa
• Para um dado teor de umidade, o
aumento da energia de direções de aumento
da dispersão
compactação tende a tornar a
estrutura do solo menos floculada
no ramo seco e mais dispersa no
ramo úmido.
Comportamento de Solos Compactados
w
Comportamento de Solos Compactados
baixas tensões
tensões elevadas
Comportamento de Solos Compactados
• Solos argilosos compactados no ramo seco tendem a ser mais rígidos e
apresentarem maiores resistências do que os solos compactados no ramo úmido
Numa determinada obra geotécnica, não importa apenas o comportamento do solo compactado,
mas o comportamento do mesmo sob as diferentes condições de carregamento ao longo da vida
útil da estrutura (p.ex.: barragem de terra: aumento das tensões construtivas, saturação do solo
sob percolação, etc.
Equipamentos de Compactação
• rolos vibratórios
Equipamentos de pequeno porte
Rolo de Grelha
Rolo Vibratório
• classificação: podem ser dos três tipos
anteriores, possuindo um vibrador acoplado
ao rolo compactador
• área efetiva de compactação: variável
• eficiência: função da freqüência de
vibração e da velocidade de compactação
do rolo (comumente inferior a 5 km/h)
• solos mais indicados (solos menos
indicados): solos granulares, desde areias a
enrocamentos (solos coesivos)
• aplicações mais comuns: aterros, barragens
de terra e enrocamento
Equipamentos de Compactação - Síntese
Equipamentos de Compactação - Síntese
• distribuição granulométrica;
• forma das partículas sólidas;
• Gs
• natureza e porcentagem dos finos presentes
Variáveis da Compactação – Procedimentos de Campo
• Especificações Técnicas:
(i) pelo produto final: fixação das condições limites para a aceitação da obra
(não importa o como, interessa o resultado). Ex.: obras rodoviárias
(ii) pelo método construtivo: fixação das variáveis de compactação pela
caracterização expressa dos procedimentos de campo (interessa o como e o
resultado em si). Ex.: barragens de terra
Controle da Compactação em Campo
• espessura das camadas: < 30cm de material fofo para se ter 15 a 20cm de solo
compactado (incluindo-se 2 a 5cm da camada anterior)
• rolagem em passadas longitudinais das bordas ao centro da praça de trabalho
com superposição de, no mínimo, 20cm entre as passadas
• equipamentos de campo: motoscrapers para lançamento e espalhamento do
material; motoniveladora para regularização das camadas; caminhões pipa ou
irrigadeiras para irrigação ou arados de discos para aeração; rolos compressores
para compactação.
Parâmetros de Controle da Compactação
Grau de Compactação
γ d − campo
GC = × 100%
γ d max − laboratório
Desvio de Umidade
∆w = w − wot
Especificações de Referência
• GC ≥ 95% ; ∆w = ± 2%
Determinação de γd
Métodos Diretos
(a)
Métodos
Procedimentos
• valores conhecidos: Ms ; Vt
• calcula-se γd campo e w
• compara-se γd campo com γd max-lab (c)
• calcula-se o grau de compactação GC
Erros dos Ensaios
Métodos
ρd
• método da estufa: prazos incompatíveis
com o cronograma da obra
GC = 90%
• ‘método da frigideira’
1
• ‘garrafa de Speedy’ ρd max 2
3
As propriedades geotécnicas podem ser
bastante diferentes entre amostras
compactadas para umidades acima ou Aumento de EC
abaixo da ótima.
w1 w2 w
Densímetro Nuclear
Princípios do Ensaio
Princípios do Ensaio
Densidade
As radiações gamas emitidas pelo dispositivo (b)
(fonte de rádio ou isótopo radiativo de césio) são
dispersadas pelas partículas do solo e a
magnitude desta dispersão é proporcional à
densidade do solo.
Teor de Umidade
(Holtz and Kovacs, 1981)
O teor de umidade é determinado em função da
dispersão de nêutrons emitidos pelo dispositivo (c)
(fonte de isótopos de amerício - berílio) pelos
átomos de hidrogênio presentes na água do solo.
Produtividade da compactação
BEvt
p= . 1000
n
p – volume de solo compactado por unidade de tempo (m3/h);
B- largura (diâmetro) do rolo (m);
E – eficiência da compactação (entre 75% e 85%)
v – velocidade do rolo (km/h);
t – espessura da camada de solo a ser compactada (m);
n – número de passadas do rolo
Controle da Compactação em Campo
(Método de HILF)
∆W w
zi = ‘parâmetro das umidades’
W
z
W + ∆W w W(1 + z i )
γi = = = γ (1 + z i ) ∴ γ i = γ d . (1 + w)(1 + z i )
V V
γi
γ ic = ∴ γ ic = γ d (1 + w )
1 + zi
γ γ γ
c − campo
= =C − campo
(1 + w )
GC = d − campo . GC
∴ GC
γ d max − lab (1 + w ) γ c max − lab
γ c max − lab
Controle da Compactação em Campo
(Método de HILF)
Ww Ww + ∆Ww wW s + W s (1 + w)zi
w = ; wi = =
Ws Ws Ws
∴ w i = w + (1 + w) zi ou 1 + w i = (1 + w) (1 + zi )
para 10% ≤ wot ≤ 35% : γ imax = 2,36 − 1,69 wot (relação empírica)
z
∆wi i==− − zot ot. (2,4. (2,4
∆w −imax
− 0,6γ 0,6) γ i max )
1 +1z+ot zot
Controle da Compactação em Campo
(Método de HILF)
• laboratório:
∆w (%) γi (g/cm3)
0 1,820
-1 1,770
+1 1,848
+1,5 1,840
Determinar:
(i) a eficiência da compactação;
(ii) o grau de compactação;
(iii) o desvio de umidade da camada compactada.
Ensaio CBR ou Índice de Suporte Califórnia
soquete
molde
camadas de solo
compactado
disco espaçador
• conjunto de 5 ensaios
• medidas de γd e w para cada amostra
• obtenção da curva de compactação
Ensaio CBR ou Índice de Suporte Califórnia
Expansão: definida pela relação (expressa em %) do acréscimo de altura dos CP’s compactados
após imersão por 4 dias, em relação às respectivas alturas iniciais.
Aplicação de sobrecarga correspondente ao peso do pavimento
velocidade do ensaio:
1,27 mm/minuto
determina-se o maior valor das leituras de cargas lidas (curvas sem correção) ou
corrigidas (curvas com correção) correspondentes às penetrações de 2,54mm e
5,08mm (geralmente será o valor correspondente à leitura de 5,08mm)
compara-se o valor desta leitura com a leitura padrão, obtida para as respectivas
penetrações, da brita graduada de alta qualidade e CBR = 100%
alturas: 10 a 30m
n0 de golpes: até 10
colchão granular
• peso: 100 kN
• alturas: 3 a 8m
• compactação das crateras preenchidas e da camada
≈ 1,0 – 1,5m)
mais superficial (≈
• obtenção de uma superfície regularizada final
1
3
W
R = (Lyman, 1942)
C