Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POLÍTICA DESENVOLVIMENTO ECONOMIA CULTURA CONSUMIDOR CIDADANIA LUIS NASSIF REVISTA Anuncie
SAÚDE ESPORTE EDUCAÇÃO BLOGS GRUPOS MEMBROS SEMINÁRIOS MUTIRÕES GESTÃO PALESTRAS Pesquisa personalizada
POLÍTICA
Leonardo Avritzer
o
A estratégia da esquerda na conjuntura político
eleitoral de 2018, por Leonardo Avritzer
LEONARDO AVRITZER SEX, 11/05/2018 - 15:49
CLIPPING DO DIA
Ver conteúdo 3
FORA DE PAUTA
Ver conteúdo 0
MULTIMÍDIA DO DIA
Ver conteúdo 0
A estratégia da esquerda na conjuntura político eleitoral de 2018
https://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-da-esquerda-na-conjuntura-politico-eleitoral-de-2018-por-leonardo-avritzer 1/5
12/05/2018 A estratégia da esquerda na conjuntura político eleitoral de 2018, por Leonardo Avritzer | GGN
identificação com o P.T. que só começou a ser revertida em 2016. Com o impeachment de Dilma
SOCIEDADE
Rousseff e a reação ao que se convencionou chamar de “golpe parlamentar” e as políticas
Como pessoas marcadas por opressões
econômicas regressivas do governo Temer, se inicia uma recuperação política do P.T. e uma podem se posicionar contra aquilo que
reorganização da influência da esquerda na esfera pública. Esta recuperação ainda não chegou ao as liberta?, por Márcia Tiburi
seu final, mas se expressa por exemplo no dado recentemente encontrado em pesquisa de opinião
ELEIÇÕES
aplicada na UFMG de que a maioria da população considera que o impeachment foi golpe. Partidos devem desenvolver roteiro
programático consensual sobre
Tabela 1: Identificação com o P.T. combate à miséria, por Wanderley
Guilherme dos Santos
EUA/CANADÁ
Documentando os Estados Unidos no
Golpe de 2016 – Parte 1, por Carlos
Coimbra
LEIA MAIS
Fonte: Datafolha/Estadão
A mesma recuperação que ocorre no campo da opinião pública onde os setores conservadores já
não hegemonizam as ruas, não ocorre no campo institucional. O impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff teve um fortíssimo impacto sobre as condições de vida da população de baixa
renda que perdeu empregos, não obteve reajuste no salário mínimo e corre o risco de perder toda
a estrutura de proteção social do Benefício de Prestação Continuada ao SUS e à aposentadoria. O
aumento de limite de idade que praticamente inviabilizava o BPC fez parte da proposta de reforma
da previdência originalmente enviada ao Congresso por Michel Temer e propostas de fortes
regressões no SUS também fazem. Chamo a atenção também que, tal como afirmou Guilherme
Boulos no Roda Viva, a reforma da previdência acentuaria a desigualdade no país. O motivo é
simples. A população de baixa renda tem uma vida profissional menos formalizada do que classe
média e tem interrupções no pagamento das contribuições previdenciárias que irão implicar em
baixa elegibilidade para a previdência mesmo no caso de idade mais elevada do trabalhador. Ao
mesmo tempo, a crise do governo Dilma e o impeachment corroeram o apoio que existia a
algumas políticas importantes de estado como a de educação superior pública e de ciência e
tecnologia.
É neste contexto que precisa ser analisada a prisão do ex-presidente Lula. Ainda que seja
desnecessário, gostaria de reafirmar alguns pontos em relação à prisão de Lula: nunca ficou claro
https://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-da-esquerda-na-conjuntura-politico-eleitoral-de-2018-por-leonardo-avritzer 2/5
12/05/2018 A estratégia da esquerda na conjuntura político eleitoral de 2018, por Leonardo Avritzer | GGN
se Sérgio Moro tinha de fato foro em relação Lula. O próprio juiz afirmou nos embargos que não
havia conexão com a Petrobrás. Sabemos também que as provas em relação à propriedade do
tríplex eram fragilíssimas e não passariam em nenhum tribunal preocupado em julgar, o que não
parece ser o caso da 13ª Vara da Justiça Federal. Já publiquei diversos artigos neste mesmo site
sobre as demais inconsistências da sentença de Sérgio Moro. Mas, descobrimos no dia 24 de
janeiro que Moro é um juiz criterioso comparado com o que vimos no TRF-4, uma corte que se
auto declarou de excepcionalidade utilizando argumentos do teórico jurídico do nacional
socialismo, Carl Schmitt. Todos os recursos da defesa foram descartados pelo TRF-4 com uma
frase do tipo “não foi cerceado o direito de defesa”. Mas, não é apenas a prisão de Lula que
constitui uma das injustiças atrozes desta conjuntura mas a retirada do candidato em primeiro
lugar na corrida presidencial com quase 50% dos votos válidos. É em relação a esta questão que
se coloca a célebre pergunta sobre o que fazer.
Parte do P.T. e das forças de esquerda caminham para uma reação que tem como centro a
questão da reafirmação da inocência de Lula, o que é totalmente compreensível nesta conjuntura,
mas representa uma atitude da esfera pública e não do campo institucional. Assumir uma não
candidatura em defesa de Lula, faz parte de uma estratégia de aumentar a influência do P.T. na
esfera pública mas não se enganem: ela terá o mesmo efeito para a população de baixa renda e
para o setor público que o impeachment. Ela retirará do campo político uma candidatura de
esquerda que pode ser viável e capaz de reverter os principais retrocessos no campo da
organização do estado. Além disso, ela pode ajudar a criar um novo campo institucional que ajude
a reverter a posição do poder judiciário contra a esquerda.
Defendo que o P.T. e as forças de esquerda tenham duas estratégias nesta conjuntura, uma para a
esfera pública e outra para o campo institucional. Para a esfera pública, é importante denunciar a
politização e a parcialidade do poder judiciário, expressas no processo relâmpago contra Lula que
teve como principal objetivo inviabilizar a candidatura dele e que ignorou pressupostos
fundamentais do direito penal brasileiro. Estamos assistindo também o pisoteamento da lei de
execução penal que, diga-se de passagem, foi feita pela ditadura militar, mas parece muito
avançada para o próceres da Lava Jato. É possível afirmar que no campo da esfera pública estas
questões estão cada vez mais claras e que parcelas amplíssimas da população percebem a
parcialidade do poder judiciário. No entanto, esta estratégia não é suficiente para reverter a
conjuntura 2015-2018 e as derrotas das forças de esquerda abordadas acima. Faz-se necessário
uma vitória institucional que retome a trajetória anterior de inclusão social sem a qual nem o
processo de destruição paulatina do setor estatal nem a ofensiva judicial sobre as forças de
esquerda serão interrompidos. Lula não deve em hipótese nenhuma admitir que é culpado, como
ele bem afirmou na sua carta desta quinta feira. Mas ele deve perceber que não será produtivo
nem para o P.T. e nem para as forças de esquerda no Brasil não reverter a derrota institucional
fortíssima sofrida em 2016 e que só pode ser revertida no campo institucional.
Tags
eleição 2018 estratégia esquerdas conjuntura
COMENTAR
[Gallery] Essa Foto Não É Eles perderam tudo! A triste Ganhe dinheiro hospedando
Montagem - Isso É Austrália história desses jogadores! viajantes! A procura está alta na
Coolimba desafiomundial sua cidade
Booking.com
Novo clareador dental caseiro vira Cansei de ser pobre e viver só [Galeria] 20 Coisas incríveis que
febre no Brasil pagando boletos, hoje são meus você não sabe sobre a Coréia do
Bem Estar clientes que pagam as minhas Norte
contas desafiomundial
Negócio em 21 Dias 92
https://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-da-esquerda-na-conjuntura-politico-eleitoral-de-2018-por-leonardo-avritzer 3/5
12/05/2018 A estratégia da esquerda na conjuntura político eleitoral de 2018, por Leonardo Avritzer | GGN
13 das mais atraentes mulheres Pílula que zera fome e seca Como Monique Amin perdeu tanto
bilionárias gordura invade academias peso?
desafiomundial Guia do Corpo Perfeito Vida Orgânica
Recomendado por
Comentários 4 comentários
ESPAÇO COLABORATIVO DE COMENTÁRIOS
Anarquista Lúcida
Existem esquerdas, e, sobretudo, existem FALSAS ESQUERDAS, oportunistas, querendo se dizer de
esquerda para abocanhar os votos realmente de esquerda. Rodrigo Maia está articulando, junto com o
Centrao, apoio a Ciro. Devemos ter o mesmo candidato? Ora, falem sério. AS candidaturas de esquerda
reais no momento sao Lula (ou um substituto indicado por ele), Manuela e Boulos, o resto é querer
comprar gato por lebre.
Lucinei
Celso Amorim pra vice.
Já era, é a Pós República! Nenhum regime, forma ou sistema de governo resiste a tão maciças doses de
desinformação, manipulação e mentira.
Duas estratégias?
sex, 11/05/2018 - 16:40
alexis
“Defendo que o P.T. e as forças de esquerda tenham duas estratégias, uma para a esfera
pública e outra para o campo institucional.” “Não será produtivo nem para o P.T. e nem para as
forças de esquerda não reverter a derrota institucional fortíssima sofrida em 2016 e que só
pode ser revertida no campo institucional”
A solução poderia ser: Manter a candidatura Lula até o final, criando o efeito público e, se não vingar, Lula
indicar o seu sucessor levando este ao 2º turno. No plano institucional, o PT deve montar agora as chapas
para senador e deputados, enchendo o congresso. Com um mínimo de 171 deputados evitamos
impeachment e freamos agendas regressivas.
É imperioso fortalecer a
sex, 11/05/2018 - 16:11
Romanelli
É imperioso fortalecer a presença de progressistas no congresso..
..daí que é incompreensível que líderes como Haddad ..j.wagner ..mesmo Boulos e Manuela não tenham
se lançado como candidatos ao senado ou câmara federal
SEU NOME: *
EMAIL: *
https://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-da-esquerda-na-conjuntura-politico-eleitoral-de-2018-por-leonardo-avritzer 4/5
12/05/2018 A estratégia da esquerda na conjuntura político eleitoral de 2018, por Leonardo Avritzer | GGN
SUA PÁGINA:
ASSUNTO:
COMENTÁRIO: *
CAPTCHA
Salvar Pré-visualizar
https://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-da-esquerda-na-conjuntura-politico-eleitoral-de-2018-por-leonardo-avritzer 5/5