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FLORIANÓPOLIS - 2011.
Sumário
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO E HISTÓRICO...................................................................................... 1
1.1. Justificativas ........................................................................................................................ 2
1.2. Fundamentos físicos............................................................................................................ 3
1.3. Limitações de utilização dos elementos pneumáticos ........................................................ 6
1.4. Aplicações práticas de componentes pneumáticos ............................................................. 7
2. PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO ........................................................................... 8
2.1. Instalação de produção ........................................................................................................ 8
2.2. Tipos de compressores ........................................................................................................ 9
2.2.1. Compressor de êmbolo ........................................................................................... 9
2.2.2. Compressor rotativo ............................................................................................. 12
2.2.3. Turbo - Compressores .......................................................................................... 13
2.3. Critérios para a escolha de compressores ......................................................................... 16
2.3.1. Volume de ar fornecido ........................................................................................ 16
2.3.2. Pressão .................................................................................................................. 16
2.3.3. Acionamento ......................................................................................................... 17
2.3.4. Regulagem ............................................................................................................ 18
2.3.5. Refrigeração.......................................................................................................... 21
2.3.6. Lugar de montagem .............................................................................................. 22
2.3.7. Reservatório de ar comprimido ............................................................................ 22
2.4. A rede de distribuição de ar comprimido .......................................................................... 25
2.5. Esquema de instalação de uma rede de distribuição de ar comprimido ........................... 26
2.6. Dimensionamento de uma rede de ar comprimido ........................................................... 27
2.7. Umidade contida no ar ...................................................................................................... 30
2.8. Filtros de ar comprimido ................................................................................................... 32
2.9. Regulador de pressão ........................................................................................................ 34
2.9.1. Regulador de Pressão com exaustão (escape): ..................................................... 34
2.9.2. Regulador de pressão sem escape ......................................................................... 35
2.10. Lubrificador................................................................................................................... 36
2.10.1. Os óleos empregados ........................................................................................ 36
2.10.2. Principio de funcionamento .............................................................................. 36
3. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO .................................................... 38
3.1. Elementos pneumáticos de movimento retilíneo (cilindros pneumáticos) ....................... 38
3.1.1. Cilindros de ação simples ..................................................................................... 38
3.1.2. Cilindros de ação dupla ........................................................................................ 40
3.1.3. Cilindros de ação dupla com execução especial ................................................... 41
3.2. Tipos de fixação ................................................................................................................ 48
3.3. Construção do cilindro ...................................................................................................... 49
3.4. Cálculo dos cilindros......................................................................................................... 51
3.4.1. Força do êmbolo ................................................................................................... 51
3.4.2. Comprimento do curso ......................................................................................... 53
3.4.3. Velocidades do cilindro ........................................................................................ 54
3.4.4. Consumo de ar ...................................................................................................... 54
3.5. Elementos pneumáticos com movimento giratório........................................................... 56
3.6. Efeito Venturi.................................................................................................................... 60
3.7. Elementos Geradores de Vácuo ........................................................................................ 62
3.8. Capacidade de Geração de Vácuo ..................................................................................... 63
3.9. Ventosas ............................................................................................................................ 64
4. VÁLVULAS ..................................................................................................................... 66
4.1. Generalidades .................................................................................................................... 66
4.2. Válvulas direcionais .......................................................................................................... 67
4.2.1. Simbologia das válvulas ....................................................................................... 67
4.2.2. Tipos de acionamentos das válvulas ..................................................................... 70
4.2.3. Características de construção das válvulas direcionais ........................................ 72
4.3. Válvulas de bloqueio......................................................................................................... 83
4.3.1. Válvula de retenção .............................................................................................. 83
4.3.2. Válvula alternadora............................................................................................... 84
4.3.3. Válvula reguladora de fluxo unidirecional ........................................................... 85
4.3.4. Válvula de escape rápido ...................................................................................... 86
4.3.5. Válvula de simultaneidade.................................................................................... 88
4.4. Válvulas de pressão........................................................................................................... 88
4.4.1. Válvula reguladora de pressão .............................................................................. 88
4.4.2. Válvula limitadora de pressão .............................................................................. 89
4.4.3. Válvula de seqüência ............................................................................................ 89
4.5. Válvula de fluxo ................................................................................................................ 90
4.5.1. Válvula de Controle de Fluxo Variável Bidirecional ........................................... 91
4.5.2. Válvula de Controle de Fluxo Unidirecional........................................................ 91
4.6. Controle de Velocidade de um Cilindro ........................................................................... 92
4.7. Válvulas de fechamento .................................................................................................... 93
4.8. Acionamento pneumático com comutação retardada (temporizador) .............................. 94
5. DIMENSIONAMENTO DE ATUADORES PNEUMÁTICOS LINEARES ............ 96
5.1. Atuadores Pneumáticos lineares comerciais ..................................................................... 96
5.1.1. Diâmetro do atuador ............................................................................................. 96
5.1.2. Verificação e dimensionamento do diâmetro da haste pelo critério de Euler ...... 98
5.1.3. Exercício exemplo ................................................................................................ 99
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CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO E HISTÓRICO
1.1. Justificativas
A superfície terrestre é totalmente cercada por uma camada de ar. Esse ar, que é de
interesse vital, é uma mistura gasosa de seguinte composição:
Nitrogênio aproximadamente 78% do volume, Oxigênio 21% do volume. Além disso,
o ar contém também resíduos de dióxido de carbono, argônio, hidrogênio, neônio, hélio,
criptônio e xenônio.
Para melhor compreender as leis e o comportamento do ar, devemos antes de tudo
considerar as grandezas físicas e sua classificação nos sistemas de medidas. Com o fim de
estabelecer relações inequívocas e claramente definidas, os cientistas e técnicos na maioria
dos países estão empenhados em definir um só sistema de medidas que será valido para todos
denominado “SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS”, abreviadamente “SI”.
A seguinte apresentação estabelece a relação entre o até agora chamado “Sistema
Técnico de Medição” e o novo “Sistema de Unidades, SI”.
Grandezas fundamentais
Unidades e símbolos
Unidade Símbolo Sistema técnico Sistema S.I.
Comprimento L Metro (m) Metro (m)
Massa m Kp.s2/m Quilograma (kg)
Tempo t Segundos (s) Segundos (s)
Temperatura T Celsius (°C) Kelvin (K)
Corrente elétrica l Ampère (A) Ampère (A)
Intensidade luminosa l Candela (cd)
Quantidade de matéria n Mol (mol)
Grandezas derivadas
Unidades e símbolos
Unidade Símbolo Sistema técnico Sistema S.I.
Newton (N)
Quilopound (kp) 1 kg.m
Força F
Quilograma-força (kgf) N=
s2
Área A Metro quadrado (m2) Metro quadrado (m2)
Volume V Metro cúbico (m3) Metro cúbico (m3)
Vazão Q Litros/minuto (lpm) Metro cúbico /segundo (m3/s)
Pascal (Pa) 1Pa = 1 N/m2
Pressão P Atmosfera (at) (kp/cm2)
1 Bar = 105 Pa = 100 kPa
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Conversão de unidades
Grandeza Descrição
1 kp ⋅ s 2
Massa 1 (kg ) =
9,81 m
1 (kp ) = 9,81 ( N )
Força
Para cálculos aproximados, pode-se empregar 1 (kp ) = 10 ( N )
2) Pascal, Pa
Bar, bar (pressão absoluta no sistema padrão SI)
N 10 5 N
1 Pa = 1 2 = 10 −5 bar 1 bar = 2
= 10 5 Pa = 1,02 at
m m
Pressão
3) Atmosfera física, atm (pressão absoluta no sistema físico)
1 atm = 1,033 at = 1,013 bar (101,3 kPa )
Para converter as grandezas antes indicadas de um sistema para outro, são usados os
seguintes valores de conversão:
Força 1 kgf = 9,81 N para cálculos aproximados pode-se empregar 1 kgf =~10N
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Pressão Além das unidades de pressão mencionadas (at no sistema técnico, bem como
Bar e Pascal no sistema SI), outras expressões serão ainda usadas frequentemente. Para
completar o já exposto, as mesmas serão apresentadas a seguir.
1 bar = 14,5 PSI, 1 bar = 14,5 lbf/pol² , 1 kgf/cm² = 14,22 PSI = 0,981 bar
− O transporte e armazenamento:
Facilmente transportado por tubulações, não nos preocupamos com o seu retorno, sendo
devolvido à atmosfera sem provocar poluição; facilmente podemos armazená-lo em
reservatórios de construção simples e barata.
− Segurança e limpeza:
Inexiste o perigo de explosão ou de incêndios, não necessitando de complexas e custosas
proteções contra incêndio e de utilização muito racional na indústria petroquímica e de
explosivos.
O ar que ao longo de seu percurso possa escapar, é limpo e isento de partículas poluidoras
e por isso muito empregado na indústria farmacêutica, alimentícia e química,
O ar, como fluido de trabalho, não causa problemas ao meio ambiente.
2. PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Compressor ROOT
Nestes compressores o ar é transportado de um lado para o outro sem alteração de
volume. A compressão (vedação) efetua-se no lado da pressão pelos cantos dos êmbolos.
Figura 2.10
Figura 2.11
Apenas o volume efetivo fornecido pelo compressor é que interessa, pois com este é
que são acionados e comandados os aparelhos pneumáticos, mas, mesmo assim, muitos
fabricantes de compressores baseiam os dados técnicos no valor teórico.
Indicações segundo as normas DIN são valores efetivos (por exemplo: DIN 1945, DIN
1962). O volume fornecido é indicado em mm³/hora.
2.3.2. Pressão
Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor, bem como a pressão do
reservatório e a pressão na rede distribuidora até o consumidor.
Pressão do trabalho é a pressão necessária nos pontos de trabalho.
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Figura 2.12
2.3.3. Acionamento
O acionamento dos compressores, conforme as necessidades fabris será por motor
elétrico ou motor a explosão. Em instalações industriais, aciona-se na maioria dos casos, com
motor elétrico.
Tratando-se de uma estação móvel, emprega-se para o acionamento geralmente um
motor a explosão (gasolina, óleo diesel).
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Figura 2.13
2.3.4. Regulagem
Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é necessária uma
regulagem dos compressores.
Dois valores limites pré-estabelecidos (pressão máxima/mínima), influenciam o
volume fornecido.
Existem diferentes tipos de regulagem:
* Regulagem intermitente
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Regulagem intermitente
Com esta regulagem, o compressor funciona em dois campos (carga máxima e parada
total). Ao alcançar a pressão máxima, o motor acionador do compressor é desligado, e quando
a pressão chega ao mínimo, o motor se liga novamente e o compressor trabalha outra vez.
A freqüência de comutações pode ser regulada num pressostato e para que os períodos
de comando possam ser limitados a uma medida aceitável, é necessário um grande
reservatório de ar comprimido.
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Figura 2.17
2.3.5. Refrigeração
Provocado pela compressão do ar e pelo atrito cria-se calor no compressor, o qual
deve ser dissipado. Conforme o grau de temperatura no compressor é necessário escolher a
refrigeração mais adequada.
Em compressores pequenos serão suficientes palhetas de aeração, para que o calor seja
dissipado. Compressores maiores estão equipados com um ventilador para dissipar o calor.
Figura 2.18
Exemplos:
Consumo Q = 20m³/min
Interrupções/h Z = 20
Diferença de pressão ∆p = 1,0 bar
Volume do reservatório Vβ =?
Resultado:
Volume do reservatório Vβ = 15 m³ (vide diagrama)
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Diagrama 2.2
25
Figura 2.20
1. Compressor
2. Resfriador posterior ar/ar
3. Separador de condensados
4. Reservatório
5. Purgador automático
6. Pré-filtro coalescente
7. Secador
8. Purgador automático eletrônico
9. Pré-filtro coalescente grau x
10. Pré-filtro coalescente grau y
11. Pré-filtro coalescente grau z
12. Separador de água e óleo
Figura 2.23
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Solução:
1º Inicialmente vamos determinar o diâmetro provisório do tubo, pois não vamos levar
em consideração os elementos redutores de fluxo, utilizando o monograma diâmetro do tubo.
− Liga-se, no diagrama, a linha “A” (comprimento da tubulação) com “B” (volume
aspirado), e prolonga-se até “C” (eixo 1).
− Liga-se a linha “E” (pressão de trabalho) com “G” (queda de pressão), obtendo-se, assim,
em “F” (eixo 2) um ponto de interseção.
− Os pontos de interseção (eixo 1 e eixo 2) serão ligados entre si e na linha “D” (diâmetro
interno), obteremos um ponto que nos fornece o diâmetro do tubo.
Diâmetro provisório = 90 mm
2º Devemos levar em consideração os elementos redutores de fluxo (válvulas de
gaveta, de passagem , de assento, peças em T, cotovelos), pois esses elementos oferecem certa
resistência ao fluxo de ar, e que são transformados em comprimentos lineares equivalentes.
Como comprimento equivalente compreende-se o comprimento linear de um tubo,
cuja resistência a passagem de ar seja igual a resistência oferecida pelo elemento em questão.
Para isso vamos determinar os comprimentos equivalentes em monograma de mesmo
nome, e então se obtém o seguinte resultado:
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EXEMPLO:
Vamos determinar a quantidade de água produzida no problema anterior.
Dados: Quantidade de ar aspirado V= 960 m³/hora
Pressão P= 8 bar
Temperatura T = 50°C
Umidade relativa do ar Ur = 60%
Determinar:
Quantidade de saturação Qs = ?
Umidade absoluta do ar Ua = ?
Ur ⋅ Qs
Fórmula: Ua =
100%
Qs = Quantidade de saturação (g/m³)
Ur = Umidade relativa (%)
Ua = Umidade absoluta do ar (g/m³)
condensado acumulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar ao atingir o nível
máximo, se isto não ocorrer, o condensado será arrastado novamente pelo ar que passa.
2.10. Lubrificador
Exemplo:
Uma instalação consome em média de Qn = 6m³/h de ar. Supomos que 1m³ de ar seja
enriquecido com 5 gotas de óleo; isto representa que o lubrificante deve estar regulado para
trinta gotas de óleo por uma hora ou 1 gota de óleo a cada dois minutos.
O desvio de ar, enriquecido com óleo, é feito por intermédio da bucha “F, e as gotas
grandes demais recaem no ambiente “E”. Somente a neblina ar/ óleo chega através do canal
“G” para a saída “B”.
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Cilindro de êmbolo
A vedação é feita por um material flexível alojado em um êmbolo metálico ou de
material sintético (Perbunan). Durante o movimento do êmbolo, os lábios da junta deslizam
sobre a superfície interna do cilindro.
Na segunda execução mostrada, o curso de avanço é feito por uma mola e o retrocesso
por ar comprimido. São utilizados para freios de caminhões e vagões ferroviários. Vantagem:
Frenagem instantânea quando falta energia.
Cilindro de membrana
Uma membrana, que pode ser de borracha, de material sintético ou também metálico,
assume a tarefa de êmbolo. A haste do êmbolo é fixada no centro da membrana. Nesse caso a
vedação deslizante não existe. Em ação contrária existe somente a força elástica da
membrana.
Estes elementos são utilizados na fabricação de ferramentas e dispositivos, bem como
em prensas de cunhar, rebitar e fixar peças em lugares estreitos.
Figura 3.2
Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um cilindro, deve existir
neste, um sistema de amortecimento para evitar impactos secos ou até danificações. Antes de
alcançar a posição final, um êmbolo de amortecimento interrompe o escape direto do ar,
deixando somente uma pequena passagem geralmente regulável.
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Com o escape do ar restringido, cria-se uma sobre depressão que, para ser vencida
absorve parte da energia e resulta em perda de velocidade nos fins de curso, invertendo o
movimento do êmbolo, o ar entra sem impedimento pelas válvulas de retenção, e o êmbolo
pode, com força e velocidade total, retroceder.
Cilindro Tandem
Esta construção nada mais é que dois cilindros de ação dupla, os quais formam uma só
unidade. Desta forma, com simultânea pressão nos dois êmbolos, a força é uma soma das
forças dos dois cilindros. O uso desta unidade é necessário para se obter grandes forças em
locais onde não se dispõe de espaço suficiente para a utilização de cilindros de maior
diâmetro.
Figura 3.8
43
Aplicação:
− Seleção de materiais para transporte de peças em esteiras.
− Acionamento de alavancas.
− Dispositivo selecionador (peças boas, refugadas e a serem aproveitadas.)
Cilindro de impacto
O uso de cilindros normais para trabalho de deformação é limitado. O cilindro de
impacto é utilizado para se obter energia cinética elevada. Segundo a fórmula de energia
cinética, pode-se obter uma grande energia de impacto, elevando a velocidade.
m ⋅ v2
E=
2
kg ⋅ m 2
E = energia em = Nm = Joule
s2
m = massa em kg
v = velocidade em m/s
Funcionamento:
A câmara A do cilindro está sob pressão. Por acionamento de uma válvula a pressão
aumenta na câmara B. A câmara A é exaurida. Quando a força exercida na superfície C for
maior que a força sobre a superfície da coroa na câmara A, o pistão se movimenta em direção
a Z. Com isso, libera-se o restante da superfície do êmbolo e sua força é aumentada. O ar
comprimido contido na câmara B pode fluir rapidamente pela grande secção de passagem,
acelerando fortemente o êmbolo do cilindro.
Cilindro de cabos
Aqui se trata de um cilindro de ação dupla. De cada lado do embolo está deixado um
cabo, guiado por rolos. Este cilindro trabalha tracionando. É utilizado em abertura e
fechamento de portas, onde são necessários grandes cursos com pequenas dimensões de
construção.
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Cilindro rotativo
Neste tipo, a haste de êmbolo tem um perfil dentado (cremalheira). A haste de êmbolo
aciona com esta cremalheira uma engrenagem, transformando o movimento linear num
movimento rotativo à esquerda ou direita, sempre de acordo com o sentido do curso. Os
campos de rotação mais usuais são vários, isto é, de 45º – 90º – 180º – 290º até 720º. Um
parafuso de regulagem possibilita porém a determinação do campo de rotação parcial, dentro
do total.
O momento de torção depende da pressão de trabalho da área do embolo e da relação
de transmissão. O acionamento giratório é utilizado para virar peças, curvar tubos, regular
instalações de ar condicionado, e no acionamento de válvulas de fechamento e válvulas
borboleta.
Figura 3.11
momentos de torção (torque). Estes cilindros raramente são usados na pneumática, porém
frequentemente na hidráulica.
Hydro-Check
qualquer posição e pode ser preparado para regular o movimento da haste de um cilindro
pneumático ou de qualquer outro elemento de máquina em qualquer ponto desejado.
Por exemplo, em certas operações de furação, o avanço da ferramenta durante a
furação pode ser desejado com regulagem ao longo de todo o curso, enquanto que em outros
casos a regulagem só é necessária a partir do início da operação propriamente dita. Assim, o
Hydro-Check se adapta rápida e facilmente, ajustando-se às necessidades de aplicação. Desta
forma, o Hydro-Check permite rápido avanço ao ponto de início da operação, velocidade
controlada durante a usinagem e rápido retorno da ferramenta ao ponto inicial. Esta unidade,
compacta e versátil, oferece uma alternativa de baixo custo, que aumentará consideravelmente
a vida útil de ferramentas com grande redução de peças refugadas por defeitos de usinagem.
O Hydro-Check encontra um grande campo em máquinas operadas manualmente que muitas
fábricas reservam para pequenos lotes de peças ou para serviços especiais. Em máquinas
operadas manualmente, o uso do Hydro-Check assegura um trabalho uniforme e inalterado
pela fadiga. Os Hydro-Checks da série B171-1 podem ser montados com cilindros
pneumáticos de três diâmetros diferentes (1 1/2", 2" e 2 1/2")*, podendo o curso do cilindro
variar de 50 até 457 mm. Estas unidades integradas podem ser montadas com o Hydro-Check
em linha ou em paralelo.
A montagem em linha é utilizada onde a ação de controle é desejada ao longo de todo
o percurso da haste do cilindro. A montagem em paralelo permite que a ação do Hydro-Check
se faça em uma predeterminada parte do percurso da haste do cilindro.
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Material:
Perbunan Para temperatura entre -20ºC e +80ºC
Viton Para temperatura entre -20ºC e +190ºC
Teflon Para temperatura entre -80ºC e +200ºC
Juntas tóricas ou “O-ring” (9) são utilizadas para a vedação estática. Este tipo de
vedação não é recomendado em vedações móveis, pois provocam relativa perda de carga por
atrito. Construção do cilindro pneumático.
51
Figura 3.14
(
A' = D 2 − d 2 )π4
5
p = pressão de trabalho (100 kPa, 10 N/m², bar)
Fr = Resistência de atrito (N) (3-20% de Fth )
F f = Força da mola de retrocesso (N)
Cálculo de exemplo:
Fn = ?
D = 50 mm
d = 12 mm
A = 19,625cm²
A’ = 18,5cm²
Fr = Valor médio 10%
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Superfície do êmbolo
π 3.14
A = D2 = 5cm ⋅ 5cm ⋅ = 19,625cm 2
4 4
3.4.4. Consumo de ar
É importante conhecer o consumo de ar da instalação para poder produzi-lo e para
saber quais as despesas de energia.
Em uma determinada pressão de trabalho, num determinado diâmetro e num
determinado curso, calcula-se o consumo de ar como segue:
Q = Relação de compressão · superfície de êmbolo · curso
pe2
A relação de compressão p será calculada assim:
e1
101,3 + pressãotrabalho
101,3 (baseada no nível do mar)
Com a ajuda do diagrama 3.2 o consumo de ar pode ser determinado mais simples e
rapidamente. Os valores são dados em cm de curso para os usuais diâmetros de cilindro e para
pressões de 200 a 1500 kPa (2 a 15 bar).
O consumo de ar é dado em litros (aspirados) por minuto.
Exemplo:
Calcular o consumo de ar de um cilindro de ação dupla com 50 mm de diâmetro
(diâmetro da haste de 12 mm) e 100 mm de curso:
A pressão de trabalho é de 600 kpa e o cilindro faz 10 ciclos por minuto.
Relação de compressão:
101,3 + pressãotrabalho 101,3kPa + 600kPa 701,3kPa
= = = 6,9
101,3 101,3kPa 101,3kPa
Consumo de ar:
D2 ⋅π (D 2 − d 2 ) ⋅ π
Q = s ⋅ + s⋅ ⋅ n ⋅ relaçãodecompressor (l / min)
4 4
Q = 381,2cm 3 ⋅ 69 min −1
Q = 26.302,8cm 3 / min ≅ 26,3(l / min)
Motores a ar comprimido
O motor pneumático com campo angular ilimitado, é um dos elementos de trabalho
mais utilizado na pneumática. Os motores pneumáticos estão classificados, segundo a
construção em:
- Motores de pistão;
- Motores de palhetas;
- Motores de engrenagem;
- Turbo motores (turbinas)
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Motores de pistão
Este tipo está subdividido em motores de pistão radial e axial. Por pistões em
movimento radial, o êmbolo, através de uma biela, aciona o eixo do motor. Para que seja
garantido um movimento sem golpes e vibrações são necessários vários pistões. A potência
dos motores depende da pressão de entrada, número de pistões e do curso dos mesmos.
O funcionamento dos motores de pistão axial é similar ao dos motores de pistão radial.
Um disco oscilante transforma a força de 5 cilindros, axialmente posicionados, em
movimento giratório. Dois pistões são alimentados simultaneamente com ar comprimido.
Com isso obter-se-á um momento de inércia equilibrado, garantindo um movimento do motor,
uniforme e sem vibrações.
Existem motores pneumáticos com rotação à direita e à esquerda.
A rotação máxima está fixada em 5000 rpm e a faixa de potência, em pressão normal,
varia entre 1,5 a 19 kW (2 a 25 CV).
Motor de palhetas
Graças à construção simples e pequeno peso, os motores pneumáticos geralmente são
fabricados segundo este tipo construtivo. Estes são, em principio, de funcionamento inverso
aos compressores multicelular de palhetas (compressor rotativo).
O rotor esta fixado excentricamente em um espaço cilíndrico. O rotor é dotado de
ranhuras. As palhetas colocadas nas ranhuras serão pela força centrifuga, afastadas contra a
parede interna do cilindro.
A vedação individual da câmara é garantida por meio da pequena quantidade de ar, as
palhetas serão afastadas contra a parede interna do cilindro, já antes de acionar o rotor. Em
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tipos de construção diferente, o encosto das palhetas é feito por pressão de molas. Motores
desta execução tem geralmente entre 3 e 10 palhetas. Estas formam no motor, câmaras de
trabalho, nas quais pode atuar o ar, sempre de acordo com o tamanho da área de ataque das
palhetas. O ar entra na câmara menor, se expandindo na medida do aumento da câmara.
A rotação do rotor varia de 3000 a 3500 rpm e a faixa de potência, em pressão normal,
é de 0,1 a 17kW (0,1 a 24 CV).
Existem motores pneumáticos com rotação à direita e a esquerda.
Figura 3.18
Motores de Engrenagem
A geração do momento torção efetua-se neste tipo, pela pressão do ar contra os flancos
dos dentes de duas engrenagens engrenadas. Uma engrenagem é montada fixa no eixo do
motor, a outra livre no outro eixo.
Estes motores são utilizados como máquinas de acionar; estão à disposição com até
44kW (60 CV). O sentido de rotação deste s motores, fabricados com engrenagens retas ou
helicoidais, é reversível.
Turbo motores
Turbo motores somente são usados para trabalhos leves, pois sua velocidade de giro é
muito alta (são utilizados em equipamentos dentários de até 500000 rpm). O principio de
funcionamento é o inverso dos turbo compressores.
- Seguro contra-sobrecarga;
- Insensível contra poeira, água, calor e frio;
- Seguro contra explosão;
- Conservação e manutenção insignificantes;
- Sentido de rotação fácil de inverter.
Esse princípio é utilizado pela maioria das bombas de vácuo encontradas no mercado
onde, por meio do movimento de peças mecânicas especialmente construídas para essa
finalidade, procura-se retirar o ar atmosférico presente em um reservatório ou tubulação,
criando em seu interior um "vazio", ou seja, uma pressão atmosférica externa. Um aspirador
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de pó caseiro, por exemplo, funciona a partir desse princípio. Quando ligamos o aspirador,
uma bomba de vácuo acionada por um motor elétrico retira o ar atmosférico presente no
interior da magueira flexível, expulsando-o pela saída exaustora. Dessa maneira, gera-se uma
pressão negativa na entrada do aspirador, de modo que a pressão atmosférica do ambiente,
sendo maior que o vácuo parcial gerado na mangueira, entra pela tubulação, levando com ela
as partículas sólidas próximas da extremidade da mangueira.
Essas partículas são então retidas dentro do aspirador, o qual permite que apenas o ar
saia pelo pórtico de exaustão. A figura a seguir demonstra o funcionamento esquemático de
um aspirador de pó que, por meio da técnica do vácuo, gera um fluxo contínuo de ar para
captar e reter partículas sólidas presentes em superfícies expostas à pressão atmosférica.
Para aplicações industriais, existem outras formas mais simples e baratas de se obter
vácuo, além das bombas já mencionadas. Uma delas é a utilização do princípio de Venturi. A
técnica consiste em fazer fluir ar comprimido por um tubo no qual um giclê, montado em seu
interior, provoca um estrangulamento à passagem do ar. O ar que flui pelo tubo, ao encontrar
a restrição, tem seu fluxo aumentado devido à passagem estreita. O aumento do fluxo do ar
comprimido, no estrangulamento, provoca uma sensível queda de pressão na região.
Um orifício externo, construído estrategicamente na região restringida do tubo, sofrerá
então uma depressão provocada pela passagem do ar comprimido pelo estrangulamento. Isso
significa que teremos um vácuo parcial dentro do orifício que, ligado à atmosfera, fará com
que o ar atmosférico, cuja pressão é maior, penetre no orifício em direção à grande massa de
ar que flui pela restrição. A figura a seguir ilustra como é gerado um vácuo pelo princípio de
Venturi.
61
Outra forma muito utilizada para se obter vácuo é por meio da técnica do injetor de ar,
uma derivação do efeito Venturi visto acima. Nessa técnica, pressuriza-se um bico injetor com
ar comprimido e, nas proximidades do pórtico de descarga para a atmosfera, constrói-se um
orifício lateral perpendicular à passagem do fluxo de ar pelo injetor.
O ar comprimido, fluindo a grande velocidade pelo injetor, provoca um vácuo parcial
no orifício lateral que, conectado à atmosfera, fará com que o ar atmosférico penetre por ele
em direção à massa de ar que flui pelo injetor. A próxima figura ilustra esquematicamente o
funcionamento do bico injetor e o vácuo parcial gerado no orifício lateral.
62
Essa técnica, conhecida como tecnologia do vácuo, vem crescendo dia após dia na
indústria, tanto na manipulação de peças como no transporte de materiais a serem trabalhados.
Seja qual for a aplicação, no projeto de um sistema de vácuo, é importante serem observados
os seguintes aspectos:
- O efeito do ambiente sobre os componentes do sistema;
- As forças necessárias para movimentação das peças ou materiais;
- O tempo de resposta do sistema;
- A permeabilidade dos materiais a serem manipulados ou transportados;
- O modo como as peças ou materiais serão fixados;
- A distância entre os componentes;
- Os custos envolvidos na execução do projeto.
3.9.Ventosas
Garras
A série de pegadores paralelos é provida de duas garras móveis. Estão englobados os
compactos pegadores precisos e seguros, desenvolvidos especificamente para serviços de
automação das empresas.
Esses pegadores robustos ou leves têm várias características:
• Alta força de pega de acordo com relação de peso;
• O curso de extensão mordente provém da força de operação de garra para curto e longo
curso;
• Com a opção da ajuda de mola é oferecida uma força extra para garra ou uma segurança
durante a falha de energia;
65
• Com a opção de mola de retorno permite operação para simples ação, segurança para os
componentes;
• Opção de curso ajustável para os fins de curso, dando maior precisão de localização do
mordente;
O curso e posição dos pegadores são realizados através de sensores e êmbolos
magnéticos, para que seja acomodado, podendo ser sensor magnético ou controladores de
vazão de ar para que haja um controle de deslocamento do mordente.
Para serviços em alta temperatura é recomendado vedações em fluorcarbono. A
associação com outros produtos de automação é simples de ser realizada. Com tamanho
compacto, baixo peso e uma vida útil que excede 10 milhões de ciclos, o pegador é a solução
perfeita para o manuseio de peças pequenas em espaços limitados.
Músculos
66
4. VÁLVULAS
4.1. Generalidades
1- Válvulas direcionais
2- Válvulas de bloqueio
3- Válvulas de pressão
4- Válvulas defluxo (vazão)
5- Válvulas de fechamento
São elementos que influenciam no trajeto do fluxo de ar, principalmente nas partidas,
nas paradas e na direção do fluxo.
1- Acionamento contínuo
Durante o tempo da comutação, a válvula é acionada mecânica, manual, pneumática
ou eletricamente. O retorno efetua-se manual ou mecanicamente através da mola.
2- Acionamento momentâneo
72
Figura 4.1 Válvula direcional de 2 vias por 2 Figura 4.2 Válvula direcional de 3 vias por 2
posições posições - Acionada
Figura 4.3 Válvula direcional de 3 vias por Figura 4.4 Válvula direcional de 3 vias por 2
2 posições (normal aberta) posições (normal aberta) - Acionada
74
Uma válvula direcional de 4 vias (4/2), construída com sede de prato, consiste na
combinação de duas válvulas de 3 vias (3/2); uma válvula em posição inicial fechada e outra
aberta.
Na figura 4.7 estão abertas as vias de P para B e de A para R. Ao serem acionados
simultaneamente os dois apalpadores, serão fechadas as vias de P para B e de A para R.
Empurrando-se ainda mais os apalpadores até os pratos, deslocando-os contra a mola de
retorno, serão abertas as vias de P para A e de B para R. Esta válvula é livre de exaustão
cruzada e volta à posição inicial por meio de mola. Estas válvulas são usadas em comando de
cilindro de ação dupla.
Uma outra válvula de 3/2 vias construída com sede de prato está representada na
figura 4.10. A pressão de comando na conexão Z aciona uma membrana ligada ao pistão de
comutação, afastando o prato de sua sede. Invertendo-se as ligações P e R, pode ser
constituída uma válvula normal fechada ou aberta. A pressão mínima de acionamento é de
120kPa (1,2 bar); a pressão de trabalho é de 600kPa (6 bar). A faixa de pressão está entre
Figura 4.10 Válvula direcional de 3 vias por 2 posições com principio de assento de prato
A figura 4.11 mostra uma válvula direcional de 5/2 vias (5 vias e 2 posições). Trata-se
de uma válvula da linha miniatura que trabalha segundo o principio de assento flutuante. Esta
válvula é comutada alternadamente por impulsos, mantendo a posição de comando até receber
um novo impulso (bi-estável). O pistão de comando desloca-se, como no sistema de
corrediça, ao ser submetido à pressão. No centro do pistão de comando encontra-se um prato
com anel vedante, o qual seleciona os canais de trabalho A e B, com o canal de entrada P de
pressão. A exaustão é feita através dos canais R ou S.
77
Montada sobre uma placa de conexões padronizadas, a válvula pode ser retirada e
substituída sem interferir nas ligações.
Figura 4.11 Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (Principio de assento flutuante)
Válvulas eletromagnéticas
Estas válvulas são utilizadas onde o sinal de comando parte de um timer elétrico, de
uma chave fim de curso elétrica, de um pressostato ou de aparelhos eletrônicos. Em comandos
com distância relativamente grande e de tempo de comutação curto, escolhe-se na maioria dos
casos, comando elétrico.
As válvulas de acionamento eletromagnético dividem-se em válvulas de comando
direto e indireto. As de comando direto são usadas apenas para pequenas secções de
passagem. Para passagens maiores são usadas as válvulas eletromagnéticas com
servocomando (indireto).
Figura 4.13 Válvula Unidirecional de 4 vias por 2 posições (solenóide e servo comando)
Funcionamento:
Da alimentação P na válvula principal deriva uma passagem para a sede da válvula
para a sede da válvula de servocomando (comando indireto). O núcleo da bobina é
pressionado por uma mola contra a sede da válvula piloto. Após excitação da bobina, o
induzido se ergue e o ar flui para o pistão de comando da válvula principal, afastando o prato
da sede. O ar comprimido pode agora fluir de P para A. O canal de exaustão R, porém, já foi
fechado (sem cruzamento). Em válvulas direcionais de 4 vias (4/2), ocorre, simultaneamente,
uma inversão, o lado fechado se abre o lado aberto se fecha.
Ao desenergizar a bobina, uma mola pressiona o induzido sobre a sede e fecha o canal
do ar piloto. O pistão de comando da válvula principal será recuado por uma mola na posição
inicial.
79
Figura 4.14 Válvula direcional de 3 vias por 2 posições, com acionamento por rolete,
servocomandada (normal fechada) (normal aberta)
Funcionamento:
A válvula piloto é alimentada através de uma pequena passagem com o canal de
alimentação P. Acionando a alavanca do rolete, abre-se a válvula de servocomando. O ar
comprimido flui para a membrana e movimenta o prato da válvula principal para baixo.
A comutação da válvula é feita em duas etapas:
Primeiro, fecha-se a passagem de A para R; segundo, abre-se a passagem de P para A.
O retorno é feito após soltar-se a alavanca do rolete. Isto provoca o fechamento da passagem
do ar para a membrana, e posterior exaustão. Uma mola repõe o pistão de comando da válvula
principal na posição inicial.
Este tipo de válvula também pode ser utilizado como válvula normal aberta ou
fechada. Devem ser intercambiadas apenas as ligações P e R e deslocada 180° a unidade de
acionamento (cabeçote).
Em válvulas direcionais servopilotadas de 4 vias (4/2) serão, através da válvula piloto,
acionadas simultaneamente duas membranas e dois pistões de comando que conectam os
pontos de ligação. A força de acionamento não se altera; é de 1,8N (0,180kp).
80
Figura 4.16 Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (principio de corrediça longitudinal)
a 0,004mm. Uma folga maior provocaria grandes vazamentos internos. Para diminuir as
despesas para este custoso ajuste, veda-se geralmente anéis “O” (O-ring) ou com guarnições
duplas tipo copo, montados no pistão (dinâmico) ou com anéis “O” (O-ring) no corpo da
válvula (estático). As aberturas de passagem de ar podem ser distribuídas na circunferência
das buchas do pistão evitando assim danificações dos elementos vedantes. Tipos de vedação
entre êmbolo e corpo de válvula.
Figura 4.17
A figura 4.18 mostra uma simples válvula corrediça longitudinal manual. Por
deslocamento da bucha serão unidas as passagens de P para A ou de A para R. esta válvula,
de construção simples, é utilizada como válvula de fechamento (alimentação geral) antes da
máquina ou dispositivo pneumático.
Figura 4.19 Válvula direcional corrediça plana longitudinal de 4 vias por 2 posições de
comando, com comutação pneumática por impulso
Uma outra válvula corrediça plana longitudinal difere da anterior pelo tipo de
acionamento. Esta é uma válvula comutada por alivio de pressão.
O ar comprimido, nesta, deve ser também enviado às duas câmaras de comando. Por
isso existem em ambos os lados do pistão de comando pequenos orifícios, os quais estão
ligados com o canal P. na existência de ar comprimido no canal P, ambos os lados do pistão
de comando também ficam sob pressão. Existe equilíbrio de forças.
83
Exaurindo o canal Y, a pressão cai deste lado. No lado oposto Z, existe uma pressão
maior e esta pressão empurra o pistão de comando para o lado despressurizado. O canal P será
ligado com o canal B e o canal de trabalho A como escape R.
Símbolo:
Válvula de retenção com fechamento por atuação de uma pressão sobre o elemento
vedante.
Válvula de retenção com fechamento por atuação de contra pressão, por exemplo, por
mola. Fecha quando a saída é maior ou igual a entrada.
regulável. Em sentido contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção aberta. Estas
válvulas são utilizadas para a regulagem da velocidade em cilindros pneumáticos.
Para os cilindros de ação dupla, são possíveis dois tipos de regulagem. As válvulas
reguladoras de fluxo unidirecional devem ficar o mais próximo possível dos cilindros.
Expulsor Pneumático
Na indústria, há muito tempo é utilizado o ar comprimido para limpar e expulsar
peças. O consumo de ar é neste caso, muito alto. Ao contrário do método conhecido, no qual
o consumo de ar da rede é contínuo, com o expulsor o trabalho se torna mais econômico. O
elemento consiste de um reservatório com uma válvula de escape rápido. O volume do
reservatório corresponde ao volume de ar necessário.
Uma válvula direcional de 3/2 vias, aberta na posição inicial é utilizada como
elemento de sinal. O ar passa pela válvula e pela válvula de escape rápido até o pequeno
reservatório. Ao acionar a válvula de 3/2 vias, a passagem de ar é interrompida para o
reservatório e o canal ate a válvula de escape rápido ser exaurido. O ar do depósito escapa
então rapidamente pela válvula de escape rápido para a atmosfera. A vazão de ar concentrada
permite expulsar peças de dispositivos e ferramentas de corte, de esteiras transportadoras,
dispositivos classificadores e equipamentos de embalagens.
O sinal para a expulsão pode ser feito de forma manual, mecânica, pneumática ou
elétrica.
88
Figura 4.27 Reguladora de pressão sem Figura 4.28 Reguladora de pressão com
escape escape
Exemplo:
A haste do cilindro 1.0 retorna somente após a válvula de seqüência ter alcançado a
pressão regulada.
• Fluxo Livre - no sentido oposto ao mencionado anteriormente, o ar possui livre vazão pela
válvula de retenção, embora uma pequena quantidade passe através do dispositivo,
favorecendo o fluxo.
92
Esta unidade consiste de uma válvula direcional de 3/2 vias, com acionamento
pneumático de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional e um reservatório de ar.
Funcionamento:
O ar comprimido entra na válvula pelo orifício P. O ar de comando entra na válvula
pelo orifício Z e passa através de uma reguladora de fluxo unidirecional; conforme o ajuste da
válvula, passa uma quantidade maior ou menor de ar por unidade de tempo para o depósito de
ar, incorporado. Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando afasta o
prato do assento da válvula dando passagem de ar de P para A . O tempo de formação da
pressão no reservatório corresponde ao retardo da válvula.
Para que a válvula temporizadora retorne a sua posição inicial, é necessário exaurir o
ar do orifício Z. O ar do reservatório escapa através da válvula reguladora de fluxo; o piloto
da válvula direcional fica sem pressão, permitindo que a mola feche a válvula, conectando a
saída A com o escape R.
Ap
Dp = 2 ⋅ 3.33
π
97
Fa
Dp = 2 ⋅ 3.35
π ⋅ Pt
Fp ⋅ ϕ
Dp = 2 ⋅
π ⋅ Pt
π2 ⋅E⋅J
K= 3.39
λ2
Sendo que:
dh 4 ⋅ π
J= 3.40
64
Isso significa que com essa carga ocorre a flambagem da haste e, portanto, a maior
força de avanço admitida será quando Fa estiver na iminência de atingir o valor de K:
K=Fa 3.41
Para dimensionarmos o diâmetro da haste utilizando o critério de Euler, basta que
façamos com que a força do avanço Fa, seja igual a carga de flambagem K, dividida por um
coeficiente de segurança s.
K
Fa = 3.42
S
99
64 ⋅ S ⋅ λ2 ⋅ Fa
dh = 4 3.43
π3 ⋅E
Em que:
λ= Comprimento livre de flambagem (cm), (Tabela A.3 do apêndice A)
7 2
E= Módulo de elasticidade do aço (módulo de young) = 2,1 ⋅ 10 N / cm
4
J= Momento de inércia para seção circular da haste ( cm )
K=Carga de flambagem (N)
Fa=Força de avanço (N)
S= coeficiente de segurança (3,5 - 5)
Solução:
Determinação do diâmetro do pistão.
Fp ⋅ ϕ
Dp = 2 ⋅
π ⋅ Pt
150kp ⋅ 1,5
Dp = 2 ⋅ = 6,9cm = 69mm
kp
π ⋅6 2
cm
100
S=5
Λ = L =100cm -> Caso 2, Tabela A.3 – Apêndice A
7 2
E = 2,1 ⋅ 10 N / cm
Fa = Fp· φ =150kp.1,5=225kp=2207,25N
64 ⋅ S ⋅ λ2 ⋅ Fa
dh = 4
π3 ⋅E
64 ⋅ 5 ⋅ (100cm) 2 ⋅ 2207,25
dh = = 1,84cm = 18,4mm
4 3 7 N
π ⋅ 2 ⋅ 10
cm 2
BIBLIOGRAFIA