4 U n a h e r r a m i e n t a básica d e l

psicólogo h o s p i t a l a r i o : el counselling

Pilar Arranty Hernán Cando

1. Introducción

E l psicólogo d e l a S a l u d , c u a n d o d e s a r r o l l a s u l a b o r e n e l ámbito h o s p i -
t a l a r i o , s e e n c u e n t r a c o n s i t u a c i o n e s d o n d e e x i s t e n a l t o s n i v e l e s d e estrés y
experiencias de s u f r i m i e n t o , derivados de l a impredecibilidad, incontrolabili-
dad e i n c e r t i d u m b r e asociadas a l a enfermedad. E l h e c h o d ee n f e r m a r supo-
ne, e n m u c h o s casos, u n a r u p t u r a del e q u i l i b r i o p e r s o n a l al tener q u e hacer
f r e n t e a múltiples a m e n a z a s . L a pérdida d e l a s a l u d s u p o n e u n a c r i s i s s i t u a -
cional e n l a q u e las personas s u f r e n reacciones emocionales d e u n a i n t e n s i -
d a d s i g n i f i c a t i v a y r e q u i e r e n u n o s r e c u r s o s específicos p a r a r e s t a u r a r e l p r o -
pio equilibrio.
E l m a n e j o a d e c u a d o d e l a tecnología médico-biológica, s i e n d o i m p r e s c i n -
dible, r e s u l t a i n s u f i c i e n t e s i l o q u e p r e t e n d e m o s es d a r u n a r e s p u e s t a eficaz,
eficiente y efectiva a l a crisis s i t u a c i o n a l q u e a f r o n t a e l e n f e r m o . Se necesitan,
además, h a b i l i d a d e s d e relación p a r a g e n e r a r e l e n t o r n o d e c o n f i a n z a q u e
f a c i l i t e l a intervención.
E l m o d e l o biopsicosocial (Engel,1977) nos proporciona el m a r c o concep-
l l i a l a d e c u a d o p a r a d a r u n a r e s p u e s t a d e c a l i d a d a l a s múltiples n e c e s i d a d e s
y a m e n a z a s q u e s e p r o d u c e n e n e l ámbito s a n i t a r i o , f o r t a l e c i e n d o u n a visión
lULÚtidimensional d e l s e r h u m a n o e n l a q u e e l c u e r p o , m e n t e y e n t o r n o s e
¡Uterrelacionan. N o h a y e n f e r m e d a d e s s i n o e n f e r m o s , c o n s u p e c u l i a r p e r s o -
Míüidad y biografía. E s t e m o d e l o p r o p o n e u n c a m b i o e n e l r o l d e " p a c i e n t e " ,
94 E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O
a p o s t a n d o p o r d a r l e l a p a l a b r a e n e l p r o c e s o a s i s t e n c i a l , y así p a s a r ... " d e
s e r m e r o o b j e t o a s e r s u j e t o d e l a c t o clínico"...(Borrell, 2 0 0 2 ) .
E l d e s a r r o l l o d e e s t a p e r s p e c t i v a , e n l a práctica clínica, h a g e n e r a d o e l l l a -
m a d o " m o d e l o centrado e n e l paciente" (Bartz,1999; V e g n i , 2001) q u e reco-
m i e n d a e x p l o r a r creencias y expectativas d e l paciente p a r a hacerle p a r t i c i p a r
e n u n plano d e igualdad e n l a t o m a d e decisiones q u e conciernen a s u salud.
A l i n c o r p o r a r a l paciente e n e lp r o c e s o asistencia! surge l anecesidad d e esta-
b l e c e r u n a relación d e "simetría m o r a l " ( B a r b e r o , 2 0 0 1 ) e n l a c u a l e s p r e c i s o
e x p l o r a r e l p r o c e s o d e e n f e r m a r a través d e l a s u b j e t i v i d a d d e l e n f e r m o . S e
s u p e r a , d e e s t e m o d o , e l m o d e l o clásico s a n i t a r i o , h e r e d e r o d e l a ética h i p o -
crática, e n e l c u a l e l p a c i e n t e e s u n r e c e p t o r p a s i v o d e c u i d a d o s p a r a p a s a r a
u n tipo d e relación d e l i b e r a t i v a ( G r a c i a , 2 0 0 1 ) d o n d e s e c o m p a r t e i n f o r m a -
ción y e m o c i o n e s c o n e l p a c i e n t e d e n t r o d e l r e s p e t o a l o s p r i n c i p i o s q u e l a
m o d e r n a bioética p r o p o n e .
T e n e m o s e lm a r c o asistencial q u e p r o p o n e e l m o d e l o biospsicosocial y e l
m o d e l o d e c o m p e t e n c i a e n e lq u e s e c o n s i d e r a q u e las personas t i e n e n capa-
cidades p a r a hacer frente a situaciones adversas (Alby, 1980; A r r a n z , 1996;
C o s t a y López, 1 9 9 6 ) - u n o s p r i n c i p i o s ético- d e n o m a l e f i c e n c i a , j u s t i c i a , d e
b e n e f i c e n c i a y autonomía, y u n tipo d e relación simétrica d e t i p o d e l i b e r a t i -
v o , q u e servirán d e b a s e p a r a u n a a s i s t e n c i a d e s d e c r i t e r i o s d e c a l i d a d y e x c e -
l e n c i a . P e r o , ¿cómo s e i n s t r u m e n t a l i z a e n l a práctica d i a r i a ? ¿Qué n e c e s i t a -
r e m o s p a r a l l e v a r l o a c a b o y c o n s e g u i r u n a relación d e c o n f i a n z a c o n e l
paciente?
P a r a u n a práctica clínica e f i c a z e s i m p r e s c i n d i b l e u n a b u e n a comunicación
y p a r a d e s a r r o l l a r e s t e tipo d e relación terapéutica e s n e c e s a r i o i n c o r p o r a r
c o n o c i m i e n t o s , h a b i l i d a d e s y a c t i t u d e s . U n i n s t r u m e n t o terapéutico q u e h a
m o s t r a d o s e r m u y útil e n e l ámbito clínico e s e l counselling a l s e r u n a m e t o -
dología idónea p a r a l a comunicación terapéutica (Bayés, 2 0 0 1 ; G r e e n s t e a d ,
2 0 0 0 ; K a m e n g a , 1 9 9 1 ; S w e a t , 2 0 0 0 ) . E s e l m e d i o q u e n o s proveerá d e l a s
e s t r a t e g i a s relaciónales prácticas d o n d e i n s e r t a r t o d o e l i n m e n s o b a g a j e d e
tecnología y c o n o c i m i e n t o s científicos q u e , a c t u a l m e n t e , d i s p o n e l a c i e n c i a .
N o e s n u e s t r a intención d e t e n e r n o s d e f o r m a e x h a u s t i v a e n l o s d i s t i n t o s
m o d e l o s d e l c o u n s e l l i n g c o m o e l psicodinámico, h u m a n i s t a o c o g n i t i v o - c o n -
d u c t u a l y a q u e e l l e c t o r p u e d e e n c o n t r a r l o s e n o t r o s lugares ( M e a r n s y
T h o r n e , 2 0 0 0 ; O k u n , 2 0 0 1 ; W a t s o n , 1 9 9 8 ) p e r o sí n o s gustaría h a c e r énfa-
sis e n l o s e l e m e n t o s q u e l o c o n f o r m a n y e n d e t e r m i n a d o s aspectos q u e , e n e l
c a s o d e l o s psicólogos, s e d a n p o r s u p u e s t o s y podrían m e j o r a r s e . N o s r e f e -
r e m i m o s a l a s h a b i l i d a d e s d e l t e r a p e u t a y d e comunicación q u e n o s u e l e n
t e n e r , e n l a formación básica d e l psicólogo, l a r e l e v a n c i a q u e deberían, s i e n -
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING
d o c o m o s o n , l a h e r r a m i e n t a básica d e t r a b a j o d e l a s q u e d e p e n d e , e n g r a n
m e d i d a , l a e f i c a c i a d e l a intervención. L a f o r m a d e c o m u n i c a r s e e s l a t a r j e t a
d e presentación d e l p r o f e s i o n a l y , s i n e m b a r g o , e n más o c a s i o n e s d e l a s d e s e -
a b l e s , está d e s c u i d a d a . D e l t i p o d e relación q u e s e e s t a b l e z c a c o n e l p a c i e n t e
dependerá s u vínculo d e c o n f i a n z a . Y e s t a relación d e c o n f i a n z a e s , p a r a l o s
profesionales sanitarios, imprescindible (Baile, 1997).
L a psicología, a c t u a l m e n t e , p r e p o n d e r a l o s r e s u l t a d o s m u y p o r e n c i m a d e
l o s p r o c e s o s d e realización ( L a z a r u s 2 0 0 0 ) y , e n l a l a b o r clínica, a m b o s s o n
fundamentales. P r o p o n e m o s e lcounselling c o m o "ciencia y arte" p a r a mejo-
r a r l a d e s t r e z a clínica, d e t a l m o d o q u e f a c i l i t e l a c a l i d a d d e l a atención g l o -
b a l q u e s e l e d a a l o s p a c i e n t e s f o m e n t a n d o s u p r o c e s o d e adaptación y e l
máximo b i e n e s t a r p o s i b l e , a l m i s m o tiempo q u e p r e s e r v a l a i n t e g r i d a d e m o -
cional del profesional.
P a r a c o n s e g u i r u n a e f e c t i v i d a d terapéutica e s n e c e s a r i o c o n o c e r e n p r o -
f u n d i d a d n o sólo l a s técnicas d e intervención, p r o p i a m e n t e psicológicas e n
l o s d i s t i n t o s ámbitos d e s a l u d , s i n o q u e también e s n e c e s a r i o d i s p o n e r d e u n a
a l t a tecnología r e l a c i o n a l . V e a m o s u n e j e m p l o :
I m a g i n e m o s p o r u n m o m e n t o a u n a p e r s o n a q u e q u i e r e l l e g a r a ser c h e f d e
c o c i n a . P a r a e l l o , s e d i r i g e a u n c e n t r o d e formación e n e l q u e invertirá v a r i o s
años d e s u v i d a y q u e , a l finalizar, l e proveerá d e u n v a s t o c o n o c i m i e n t o d e d i s -
t i n t a s recetas y t i p o s d e gastronomía. Conocerá t o d o t i p o d e especias y e l a b o r a -
c i o n e s s o f i s t i c a d a s , i n c l u s o a l g u n a s q u e jamás utilizará. Dedicará h o r a s d e f o r -
mación a a p r e n d e r métodos d e c o c i n a q u e y a n o s e u t i l i z a n o q u e n o r e s u l t a n
útiles. P e r o e n este c e n t r o l e enseñarán m u y p o c o a c e r c a d e cómo u t i l i z a r l o s
u t e n s i l i o s d e c o c i n a básicos: l a sartén, e l h o r n o , etc., n i cómo o r g a n i z a r l a c o c i -
n a y a s u s a y u d a n t e s . A s p e c t o s q u e , p o s t e r i o r m e n t e , serán m u y i m p o r t a n t e s e n
e l desempeño d e s u t r a b a j o .
A c a b a d a s u formación n u e s t r o c h e f l l e g a a l r e s t a u r a n t e q u e l e h a c o n t r a t a d o :
es s u p r i m e r t r a b a j o , y estará, s u p o n e m o s , l l e n o d e n e r v i o s i s m o y g a n a s d e
h a c e r l o b i e n ; p e r o ahí s e e n c u e n t r a c o n q u e s a b e l o q u e tiene q u e h a c e r p e r o n o
s a b e CÓMO l l e v a r l o a c a b o . P o r e l l o , p r e s a d e l a a n s i e d a d , improvisará a s u
m a n e r a , quizás basándose e n l o q u e aprendió e n s u f a m i l i a , l a m a n e r a d e p r e -
p a r a r s u s m a r a v i l l o s a s recetas. E l r e s u l t a d o será, p r o b a b l e m e n t e , m u y i n f e r i o r a
l o q u e podría ser.
E n o t r a s p a l a b r a s , n u e s t r a formación académica p r e s t a m u c h a atención a
l o q u e h a y q u e h a c e r , p e r o m u c h o m e n o s a cómo h a c e r l o . Y c u a n d o u n o está
f r e n t e a u n p a c i e n t e i n g r e s a d o e n e l h o s p i t a l q u e s e l l a m a J u l i a , tiene 1 6 años
y u n a l e u c e m i a d e o m i n o s o pronóstico e s fácil d a r s e c u e n t a q u e u n a cosa es
saber lo que h a y que hacer ( r e d u c i r l a a n s i e d a d , p e r n f i t i r l a ventilación
e m o c i o n a l , f a v o r e c e r e l d e s a r r o l l o d e r e c u r s o s q u e f a c i l i t e n l a adaptación) y
otra, bien diferente, saber cómo hacerlo ( " v o y a p r e g u n t a r l e e s t o , h a b l a r
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E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O
d e s p a c i o p o r q u e v e o q u e está m u y a f e c t a d a y s e n s i b l e , m e acercaré u n
p o c o . . . e t c . " ) , y t o d o e s e c o n j u n t o d e a u t o i n s t r u c c i o n e s cognitívas q u e s e d a
e l p r o f e s i o n a l m i e n t r a s actúa c o n e l p a c i e n t e y q u e s o n e l know how.
Si n o see m p a n z a y conecta c o nel paciente, s in o s ecrea u n " c l i m a e m o -
c i o n a l " a d e c u a d o ; s i n o s e es flexible e n e l e s t i l o , d e t a l m o d o q u e s e p u e d a
c o n v e r s a r cómodamente c o n u n a g r i c u l t o r , u n e m p r e s a r i o o u n t e s t i g o d e
Jehová; s i n o s e t r a n s m i t e c o n f i a n z a y s e g u r i d a d , g r a n p a r t e d e l a e f i c a c i a d e
l a s técnicas s e verá m e r m a d a . C r e e m o s q u e d e t e r m i n a d a s f o r m a s d e relación
y comunicación s o n terapéuticas e n sí m i s m a s y q u e a m e n u d o s o n l a s r e s -
p o n s a b l e s d i r e c t a s d e l c a m b i o e n e l p a c i e n t e . I n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a téc-
n i c a e , i n c l u s o , d e l a e s c u e l a terapéutica a l a q u e e l psicólogo r e s p o n d a . S o n
el efecto d e l a s d e n o m i n a d a s variables c o m u n e s : e l h e c h o d e q u e l a expe-
r i e n c i a d e l clínico s e a u n f a c t o r p r e d i c t o r d e éxito ( S t r o n g , 1 9 6 8 ) i n d e p e n -
d i e n t e m e n t e d e l a e s c u e l a q u e p r o f e s e , debería h a c e r n o s p e n s a r q u e e s t o s f a c -
t o r e s tienen más i m p o r t a n c i a d e l a q u e h a b i t u a h n e n t e l e c o n c e d e m o s . Y e n
e s t o s f a c t o r e s , n o l o d u d a m o s , s e i n c l u y e n m u c h a s d e l a s d e s t r e z a s relació-
n a l e s q u e p o s t u l a e l counselling.
L l a m a r e m o s a r t e y n o sólo técnica a l counselling'por c u a t r o r a z o n e s :
1 . - E l a r t e incluye l a técnica: E l a r t e e s u n 9 0 % t r a b a j o y u n 1 0 % d e i n s -
piración, decía P i c a s s o . P l a n t e a r s e e l a r t e e n contraposición a l o técnico
r e v e l a u n a concepción errónea d e l a realización d e l a r t e : n o e x i s t e a r t e d e
c a l i d a d s i n u n a a d e c u a d a formación y práctica: ¿Van G o g h s e levantó u n a
mañana y pintó l o s g i r a s o l e s s i n más?... ¿No será más r a z o n a b l e p e n s a r
q u e habrá d e d i c a d o p r e v i a m e n t e h o r a s d e e s t u d i o y práctica d e l a s técni-
c a s h a s t a d o m i n a r l a d e s t r e z a q u e l e llevaría después a e s e m a r a v i l l o s o
resultado?
2 . - E l a r t e i n c l u y e u n e s t a d o e m o c i o n a l e n s u ejecución q u e e s p r o p i c i o a
la flexibilidad y a l autoconocimiento.
3. - N o es repficable. A l m e n o s d e u n m o d o e x a c t o . S e p u e d e a p r e n d e r
cómo r e a l i z a r c o s a s e n u n d e t e r m i n a d o e s t i l o , i m p r e s i o n i s m o p o r e j e m -
p l o , p e r o n o tiene s e n t i d o a p r e n d e r a c o p i a r u n c u a d r o e n c o n c r e t o . E l
a r t e e s p e r s o n a l . L a f o r m a d e c o m u n i c a r s e también l o e s y e s i m p o r t a n t e
r e s p e t a r l o t a n t o p a r a u n o m i s m o , c o n e l fin d e c u l t i v a r l a c o n g r u e n c i a
interna, c o m o c o nel paciente hablando s u m i s m o lenguaje.
4. - E s capaz d e expresar y captar aspectos d e l a r e a l i d a d q u e n o s o n e x p l i -
c a b l e s r a c i o n a l m e n t e . E l a r t e es e m o c i o n a l . L a s r e l a c i o n e s h u m a n a s t a m -
bién l o s o n , e n g r a n m e d i d a . E s t i e m p o d e r e c u p e r a r l a s e m o c i o n e s c o m o
h e r r a m i e n t a s terapéuticas e n sí m i s m a s .
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING 97
E l counselling nos dará e l " c o n t e x t o " r e l a c i o n a ! a d e c u a d o p a r a m a x i m i z a r l a
e f i c a c i a d e l a s d i s t i n t a s h e r r a m i e n t a s q u e s e a n d e elección p a r a l a d i f i c u l t a d o
t r a s t o r n o q u e p r e s e n t a e l p a c i e n t e . Será, c o n t i n u a n d o c o n l a metáfora c u l i n a -
r i a e x p u e s t a a n t e r i o r m e n t e , e l c a l d o q u e n o s permitirá h a c e r b i e n l a r e c e t a .
E n e s t e p u n t o , p a r a e n t e n d e r l a filosofía d e l counselling, r e s u l t a útil a c l a r a r
a l g u n o s c o n c e p t o s q u e c o n s i d e r a r e m o s p r e m i s a s básicas:
1 . - L a f o r m a d e utilización d e l a comunicación e n l a intervención psicoló-
gica es u n a v a r i a b l e f u n d a m e n t a l p a r a c o n s e g u i r l a eficacia y o p e r a , e n
g r a n m e d i d a , d e m o d o i n d e p e n d i e n t e a l a s técnicas d e intervención e s p e -
cíficas q u e s e a p l i q u e n ( M i l l e r y R o l l n i c k , 1 9 9 9 ) . E n función d e cómo s e
u t i l i c e l a comunicación p u e d e s e r más o m e n o s b e n e f i c e n t e o más o
m e n o s iatrogénica.
2 . - E n e l e n c u e n t r o clínico e s i m p o s i b l e n o c o m u n i c a r ( W a t z l a w i c k , 1 9 7 1 ) .
E l silencio, l a m i r a d a , e l gesto, l a p o s t u r a s o n interpretadas p o r e l pacien-
te c o m o mensaje.
3 . - E n l a comunicación n o s e i n t e r c a m b i a n s i g n i f i c a d o s s i n o señales. E n -
t e n d e m o s p o r comunicación, t o d o e l i n t e r c a m b i o d e señales c o n s c i e n t e s e
inconscientes, verbales y n o verbales q u e se p r o d u c e n entre personas y e l
c o n t e x t o e n q u e ese i n t e r c a m b i o se p r o d u c e ( d e t e r m i n a n las reglas, roles
y expectativas). E n t e n d e m o s las palabras, ideas y / o gestos c o m o u n a
señal, e n e l s e n t i d o más físico d e l término, q u e e l s u j e t o e l a b o r a p o s t e -
r i o r m e n t e e n s u p r o p i o código. E l s i g n i f i c a d o y s e n t i d o final d e uñ m e n -
s a j e l o i n t r o d u c e e l r e c e p t o r . E l m e n s a j e , e n sí m i s m o , n o c o n t i e n e l a m i s -
m a información q u e procesará e l r e c e p t o r q u e agregará, podará y t r a n s -
formará e l m e n s a j e d e a c u e r d o a s u h i s t o r i a d e a p r e n d i z a j e y e l c o n t e x t o
d e l a situación.
Veámoslo c o n u n e j e m p l o : L e s u g e r i m o s q u e l e a d e s p a c i o y q u e o b s e r v e
sus cogniciones m i e n t r a s lee.
..La escuda a la que iba en la primaria era un gran edificio cuyaJachada era de már-
mol granate y ladrillos vistos y las ventanas de las aulas tenían rejas. Estaba en una avenida
muy ancha, llena de tiendas y autobuses. Cada mañana debía vestirme con un uniforme azul
y siempre, en el camino a mi casa, me compraba un bollo de crema. Sin duda lo mejor para mí
en aquellos años era la sensación de salir al recreo despue's de un rato largo en clase con mis
compañeros yjugar a policías y ladrones, que, en aquel momento, era mi juegofavorito. Tesos
veinte minutos de libertad que suponían el trayecto a casa en los que descubría el mundo sin el
cobijo de mis padres ni mis maestros. En clase lo que más me costaba era la lengua y las ora-
dones: aquello del objeto directo, objeto indirecto, de sujeto y predicado; y lo que más me gus-
taba era la Biología y Geografía; la lista de ríos: Miño, Ebro, Duero, Tajo, Guadiana y
Guadalqiávir...
98 E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O
M i e n t r a s l e e e s t o s u m e n t e , ¿Qué h a c e ? ¿ C ó m o r e s p o n d e a e s t e m e n s a j e
e s c r i t o ? ¿Le h a s u r g i d o algún r e c u e r d o d e s u p r o p i a e x p e r i e n c i a d e l a e s c u e -
l a ? ¿Usted t u v o d i f i c u l t a d e s c o n l a l e n g u a o s u m e n t e l e d i j o " y o n o " c u a n -
d o l o leyó e n e l t e x t o ? P a r a e n t e n d e r l o q u e u s t e d está l e y e n d o s u m e n t e
a c t u a l i z a i n v o l u n t a r i a m e n t e información d e s u p r o p i a e x p e r i e n c i a . E l m e n s a -
j e tiene s e n t i d o p a r a u s t e d g r a c i a s a e l l o . Así e s p o s i b l e e m p a t i z a r . E s t o s e e j e -
c u t a d e u n m o d o a b s o l u t a m e n t e i n v o l u n t a r i o . E l s e n t i d o final s e c o n s t r u y e
cogmavamente dependiendo d el a historia individual d eaprendizaje. E l m e n -
s a j e (estímulo) d i s p a r a e l p r o c e s o d e construcción p e r o e l p r o d u c t o final, l a
i m a g e n q u e u s t e d s e h a y a h e c h o m i e n t r a s leía e l t e x t o y q u e constituirá s u
r e a l i d a d , s e hará c o n relación a s u s p r o p i o s e s q u e m a s c o g n i t i v o s .
P r o b a b l e m e n t e u s t e d n o h a t e n i d o ningún p r o b l e m a e n e l c o l e g i o , p e r o :
¿se i m a g i n a cómo habría s i d o l a e x p e r i e n c i a d e l e e r e s e f r a g m e n t o s i h u b i e -
r a n a b u s a d o s e x u a l m e n t e d e u s t e d e n e l c o l e g i o ? , ¿o s i s e h u b i e r a s e n t i d o
rechazado e n l a escuela? N o p o d e m o s controlar l a experiencia previa d e l
s u j e t o q u e influirá e n t o d a s l a s e m o c i o n e s q u e e l m i s m o s i e n t a r e s p e c t o a l o
que l e decimos y e nl a idea q u e se haga d e ello. D e b e m o s ser m u y cautos y
n o p r e s u p o n e r n a d a , s i n o p r e g u n t a r . E neste p u n t o , e l p o e m a d e A n t o n i o
M a c h a d o es u n aexcelente sugerencia... " P a r a h a b l a r : p r e g u n t a d p r i m e r o ,
después e s c u c h a d " . . .
E l hecho d e q u e l ai m a g e n i n t e r n a q u ee lsujeto tenga a l ah o r a d e res-
p o n d e r esté d e t e r m i n a d a p o r s u s p r o p i o s e s q u e m a s t i e n e u n a i m p o r t a n t e
consecuencia: p a r a l o s seres h u m a n o s n o existe e x p e r i e n c i a o b j e t i v a . . . " L a s
leyes del u n i v e r s o q u e creemos conocer seh a l l a n p r o f u n d a m e n t e i n c o r p o r a -
d a s a n u e s t r o s p r o c e s o s d e percepción" ( B a t e s o n , 1 9 9 3 ) . L o q u e c r e e m o s
s a b e r i n f l u y e e n l o q u e c r e e m o s p e r c i b i r y e n t e n d e r . Y e s t o e s válido t a n t o
para e lpaciente c o m o para e l terapeuta.
3 . - E l c o n t e x t o y l a c o n d u c t a n o v e r b a l actúan d e m e t a m e n s a j e d a n d o l a s
c l a v e s p a r a i n t e r p r e t a r l o . D e a c u e r d o c o n C o s t a y López ( 1 9 9 6 ) . . . " L o q u e d a
s e n t i d o a l o q u e s e d i c e e s cómo s e d i c e " . E s t e a s p e c t o , q u e n a d i e dudaría e n
aceptar, r a r a v e z s e m a n i p u l a v o l u n t a r i a y d e l i b e r a d a m e n t e e n l a i n t e r v e n -
ción. E l t o n o , l a p o s t u r a , l a i n d u m e n t a r i a , e l c o n t a c t o o c u l a r , l a cercanía, e l
l u g a r físico... d a n c l a v e s a l p a c i e n t e p a r a i n t e r p r e t a r n o s y c o n e l l o , d e c i d i r s i
nos p e r m i t e n entrar e ns um t f m i d a d o n o .
E s t e t e x t o q u e u s t e d está l e y e n d o a h o r a , p r o b a b l e m e n t e , s e n t a d o e n u n a
s i l l a o t u m b a d o e n u n sillón, l e p u e d e r e s u l t a r i n t e r e s a n t e o n o ; p e r o . . . ¿se
i m a g i n a s i u n o d e n o s o t r o s l e e m p e z a r a a c o n t a r e s t o e n u n l a v a b o público
s i n c o n o c e r l e d e n a d a ? . . . ¿o e n u n a fiesta? Y e s t o , q u e r e s u l t a r a z o n a b l e e n
f o r m a d e texto, pasa a serabsurdo sin e lcontexto adecuado. P o r eEo, u n a
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING 99
v e z d e f i n i d o e l counsellingj s u s e l e m e n t o s , d e d i c a r e m o s u n a p a r t a d o a c e r c a d e
cómo g e n e r a r u n c o n t e x t o q u e f a c i l i t e y h a g a a c e p t a b l e l a intervención p a r a
e l p a c i e n t e , e n t e n d i e n d o p o r c o n t e x t o t o d a s a q u e l l a s c i r c u n s t a n c i a s físicas,
s i t u a c i o n a l e s , s o c i a l e s , e t c . q u e r o d e a n l a relación c o n e l p a c i e n t e .
E n e l p r e s e n t e capítulo también a b o r d a r e m o s e l counselling e n s u s d i v e r s a s
d i m e n s i o n e s : l o s p r i n c i p i o s q u e s u b y a c e n a s u práctica, l a s a c t i t u d e s q u e c o n -
s i d e r a m o s básicas p a r a s e r e f i c a z e n e l e n t o r n o h o s p i t a l a r i o y t o d o e l c o n j u n -
t o d e h a b i l i d a d e s relaciónales q u e éste p o s t u l a : comunicación a s e r t i v a , h a b i l i -
d a d e s p e r s o n a l e s d e autorregulación, p a r a a y u d a r a t o m a r d e c i s i o n e s y , final-
m e n t e , n o s d e t e n d r e m o s e n qué e s y cómo p r o p o r c i o n a r a p o y o e m o c i o n a l .
2. E l counselling
C o n s i d e r a m o s e l counselling n o sólo c o m o u n a h e r r a m i e n t a d e i n t e r v e n -
ción e n l a resolución d e p r o b l e m a s centrándose e n e l aquí y e n e l a h o r a y e n
las necesidades d e l o s e n f e r m o s , s i n o u n a m a n e r a d e concebir las relaciones
i n t e r p e r s o n a l e s d e s d e u n a ética b a s a d a e n e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a c a p a c i d a d
d e l o t r o p a r a t o m a r sus propias decisiones, siendo responsables d e ello; d e s u
l i b e r t a d d e elección, i n c l u s o c u a n d o s u s o p c i o n e s s e e n c u e n t r a n l i m i t a d a s p o r
l a e n f e r m e d a d , r e s p e t a n d o s u s v a l o r e s y s u s c r e e n c i a s . L o s c i m i e n t o s d e l coun-
selling s e e n c u e n t r a n r e p a r t i d o s e n t r e conocimientos - a c e r c a d e l a s e s t r a t e -
g i a s , v a r i a b l e s c o m u n i c a t i v a s y a q u e l l o s c o n o c i m i e n t o s técnicos a s o c i a d o s a
l o s p r o b l e m a s específicos q u e s e h a n d e a t e n d e r - ; habilidades relaciónales
-comunicación a s e r t i v a , h a b i l i d a d e s p e r s o n a l e s d e autorregulación y p a r a l a
solución d e p r o b l e m a s - ; y u n a s actitudes específicas. P a r e c e n e c e s a r i o c o n -
t a r c o n u n a c o n t r a s t a d a b a s e teórica q u e f u n d a m e n t e e l e m p l e o d i f e r e n c i a l d e
d i s t i n t o s p l a n t e a m i e n t o s o técnicas d e l counselling.
2 . 1 . Definición
E s u nproceso interactivo q u e f o m e n t a l a salud, reduce l o s estados e m o -
c i o n a l e s a d v e r s o s y f a v o r e c e l a adaptación p e r s o n a l y s o c i a l . E l c o u n s e l l i n g
es c a p a z d e p r o m o v e r e l c a m b i o , l a relación d e c o n f i a n z a y d e c o m p e t e n c i a
a l m e n o r c o s t e e m o c i o n a l p o s i b l e , e n e l q u e s e r e s p e t a l a autonomía m o r a l
d e l paciente. R e s u l t a d e g r a n a y u d a e n e n t o r n o s d e crisis d o n d e l a c o m u n i -
cación e s difícil y h a y q u e a f r o n t a r d e c i s i o n e s y p r o b l e m a s d e l i c a d o s . L a s
s i t u a c i o n e s límite p r e c i s a n d e u n a auténtica tecnología r e l a c i o n a ! q u e a p u n t e
hacia l a excelencia: a m a y o r v u l n e r a b i l i d a d del paciente m a y o r exigencia d e
u n a respuesta adecuada del profesional q u el e atiende.
E x i s t e n m u c h a s d e f i n i c i o n e s d e counselling. Quizá D i e t r i c h ( 1 9 8 6 ) n o s o f r e -
c e u n a d e l a s más c o m p r e n s i v a s : ... "en su núcleo sustancial es esaforma de relación
100 E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING 101

auxiliante, interventiva y preventiva, en la que un asesor, a través de la comunicación, s u m o d o d e v i v i r . S i n e s t e t i p o d e a c t i t u d e s , l a s h a b i l i d a d e s d e l counselling

intenta, en un lapso de tiempo relativamente corto, provocar en una persona desorientada podrán t e n e r u n a c i e r t a e f e c t i v i d a d , p e r o sólo a c o r t o p l a z o y c o n u n e n o r -
o sobrecargada, un proceso activo de aprendizaje de tipo cognitivo-emocional, en el curso m e r i e s g o d e manipulación d e l a relación terapéutica ( B a r r e t o , 1 9 9 7 ) .
del cual se pueda mejorar su disposición de autoayuda, su capacidad de autodireccióny su
competencia operativa"... 2 . 3 . Habilidades relaciónales
E n e s t e s e n t i d o , p a r a n o s o t r o s e l counselling es " e l a r t e d e h a c e r r e f l e x i o n a r
L a transformación q u e e n n u e s t r o país están e x p e r i m e n t a n d o l a s r e l a c i o -
a u n a persona por m e d i o d e preguntas, d em o d o que pueda llegar a t o m a r
nes sanitarias, pasando d emodelos paternalistas o maternalistas a modelos
d e c i s i o n e s q u e c o n s i d e r e a d e c u a d a s p a r a él y p a r a s u s a l u d " ( A r r a n z , 1 9 9 7 ) .
participativos y deliberativos (Emanuel, 1999), requiere el desarrollo d e pro-
Sé f u n d a m e n t a e n u n a ética p e r s o n a l i s t a q u e t o m a a l p a c i e n t e c o m o s u j e t o y
c e d i m i e n t o s d e relación y comunicación i n t e r p e r s o n a l e s e i n t e r p r o f e s i o n a l e s
n o c o m o o b j e t o d e l a c t o clínico; u n fin y n o u n m e d i o colocándole c o m o p r o -
capaces d e ajustarse a las n u e v a s necesidades. E n ellos se h a d e considerar l a
t a g o n i s t a d e l a situación, r e s p e t a n d o s u d i g n i d a d y s u autonomía, u t i l i z a n d o
obligación m o r a l d e o p t i m i z a r l a participación d e l o s p a c i e n t e s e n l a t o m a d e
l a reflexión y l a persuasión; e v i t a n d o l a imposición y c o n s i d e r a n d o a l a p e r -
d e c i s i o n e s , r e c o n o c i e n d o y p r o m o v i e n d o s u autonomía, así c o m o f a c i l i t a n d o
s o n a c a p a z d e h a c e r f r e n t e a s u situación, transmitiéndole e n e l t r a t o u n a i m a -
l a incorporación d e l a f a m i l i a e n e l c u i d a d o . L o s psicólogos, e n e s t e a s p e c t o ,
g e n c o m p e t e n t e d e sí m i s m o . A c t u a r basándose e n l o s p r o p i o s v a l o r e s d e l a
d e b e m o s servir d e recordatorio a lresto d eprofesionales, d e esta f o r m a d e
p e r s o n a s i e m p r e q u e ésta s e e n c u e n t r e e n disposición d e h a c e r l o , d e s d e u n
relación y a q u e s e c o n s i d e r a l a más a d e c u a d a d e l a s d i s p o n i b l e s p a r a p r o -
c r i t e r i o d e u n i v e r s a l i d a d , v u l n e r a b i l i d a d y personalización ( B a r b e r o , 2 0 0 0 ) ,
m o v e r el bienestar y la calidad d e v i d a del paciente.
p o t e n c i a e n e l p a c i e n t e s u c a p a c i d a d d e e l e g i r y d e c i d i r p o r sí m i s m o .
L a c o s t u m b r e eñ n u e s t r a c u l t u r a e s r e a l i z a r i n t e r v e n c i o n e s p a t e r n a l i s t a s
E l counselling, c o m o p r o c e s o , n o e s n u e v o . Y a Sócrates l o u t i l i z a b a c o m o
y / o a u t o r i t a r i a s q u e s e t r a d u c e n e n m e n s a j e s i m p o s i t i v o s d e l tipo: "tiene que,
método didáctico, a s p e c t o q u e r e c o g e n u e s t r a c u l t u r a c o n e l c o n c e p t o d e
haga, salga, no se preocupe, llore ..." q u e r e s p o n d e n a l a n e c e s i d a d d e l s e r h u m a -
"diálogo socrático". E l filósofo sostenía q u e l a s r e s p u e s t a s a l a s d u d a s d e s u s
n o d e e j e r c e r c o n t r o l s o b r e l o s demás. I n t e r v e n c i o n e s q u e , a p e s a r d e l a f r e -
discípulos e s t a b a n e n e l l o s m i s m o s y q u e s u única función e r a q u e éstas s a l i e -
cuencia c o n que se usan, h a n sido incapaces d e d e m o s t r a r s uutilidad. S e tra-
r a n a l a l u z . Y p a r a e l l o preguntaba y escuchaba.
ta d e evolucionar desde u n a racionalidad impositiva a o t r a prudencial y deli-
b e r a d o r a d o n d e el protagonista - e l e n f e r m o - p u e d a ser i n f o r m a d o y a y u d a -
2.2. Counselling: principios y actitudes
d o a t o m a r l a s d e c i s i o n e s q u e c o n s i d e r e a p r o p i a d a s p a r a él. P a r a e l l o h a y q u e
S i n s e n s i b i H d a d h a c i a e l s u f r i m i e n t o , y s i n s a b e r m a n e j a r l o , difícilmente p r e g u n t a r l e y explorar, escuchar, empatizar, reflejar, m i r a r a los ojos, facilitar
se p u e d e s e r u n b u e n p r o f e s i o n a l d e l a s a l u d . E l p r o f e s i o n a l s a n i t a r i o , s e a e l autoanálisis, a c o g e r y a f r o n t a r , y u n l a r g o etcétera q u e , d e s d e l u e g o , n o e s
c u a l f u e r e s u e s p e c i a l i d a d , a l a c c e d e r a s u profesión, s e c o m p r o m e t e a a y u - fácil p e r o q u e s e p u e d e a p r e n d e r . C o n s i d e r a r e m o s q u e t o d o e l m u n d o tiene
d a r a l a promoción d e l a s a l u d e n t o d a s s u s d i m e n s i o n e s , n o sólo e n l a e v i - . s u s r a z o n e s p a r a a c t u a r d e d e t e r m i n a d a m a n e r a . No estamos para enjuiciar, sino
tación d e l d o l o r . S e c o m p r o m e t e a l fin último d e f a c i l i t a r e l d e s a r r o l l o d e u n a para entender.
v i d a h u m a n a digna, c o n sentido, dentro d e u n m a r c o e ne lque experiencias
2.3.1. La comunicación asertiva
t a n h u m a n a s c o m o l a a c o g i d a , e l a m o r y l a reconciliación p u e d a n e s t a r p r e -
s e n t e s . D e t e r m i n a d a s a c t i t u d e s , q u e podríamos c a l i f i c a r " d e rnínimos" p o r l a
...Un maestro sufi siempre contaba una parábola alfinalizar cada clase. Los alumnos no siem-
bioética m o d e r n a , - s u a u s e n c i a generaría m a l e f i c e n c i a ( G r a c i a , 2 0 0 1 ) - c o i n -
pre entendían el sentido de la misma...
c i d e n c o n l a s a c t i t u d e s f o r m u l a d a s p o r u n o d e l o s p i o n e r o s d e l counselling
-Maestro -lo encaró uno de ellos una tarde-. Tú nos cuentas los cuentos pero no nos explicas
C a r i R o g e r s , q u i e n sitúa c o m o a c t i t u d e s f u n d a m e n t a l e s : a ) l a empatia: d i s -
su significado...
posición o h a b i l i d a d p a r a c o m p r e n d e r y t r a n s m i t i r comprensión a l a p e r s o -
-Pido perdón por eso -se disculpó el maestro-. Permíteme que en señal de reparación te convi-
n a a l a q u e e s t a m o s acompañando; b ) l a congruencia/veracidad: e x p r e s a r -
de con un rico melocotón.
s e e n c o h e r e n c i a c o n l o q u e s e v i v e y s e s i e n t e ; y c ) l a aceptación incondi- -Gracias maestro -respondió halagado el discípulo-
cional: a c e p t a r s i n r e s e r v a s y s i n j u i c i o s d e v a l o r , l a biografía d e l a p e r s o n a , -Quisiera para agasajarte, pelarte el melocotón yo mismo... ¿Me permites?
 102 E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
—Sí. Muchas gradas -dijo el alumno-.
-¿Te gustaría ya que tengo en mi mano el cuchillo, te lo corte en trozos para que te sea
más cómodo comerlo?...
-Me encantaría... Pero no quisiera abusar de su hospitalidad...
-No es un abuso ayo te lo ofrezco. Sólo deseo complacerte... Permíteme también que te lo
mastique antes de dártelo...
-No maestro. ¡No me gustaría que hiciera eso! -se quejó sorprendido el alumno-.
E l maestro hizo una pausa y dy'o:
-Si yo les explicara el sentido de cada parábola... sería como darles una fruta mastica-
,da. (Jorge Bucay. Cuentos para pensar. Editorial Nuevo Extemo).
E l counselling d e f i n e l a s h a b i l i d a d e s p r o p i a s d e l a comunicación a s e r t i v a
c o m o e l núcleo d e l a s r e l a c i o n e s p e r s o n a l e s e f i c a c e s . D e s t a c a l a s h a b i l i d a d e s
d e : l a e m p a t i a , l a e s c u c h a a c t i v a , l a s p r e g u n t a s a b i e r t a s , r e c o g e r l a s señales o
" p i s t a s " d e l a comunicación n o - v e r b a l - l o s g e s t o s c a r g a d o s d e c o n t e n i d o s - e l
r e s p e t o d e l o s s i l e n c i o s , l a c o n g r u e n c i a i n f o r m a t i v a , l a comunicación e n p r i -
m e r a persona (mensajes Y O ) - l a cual p e r m i t e a s u m i r responsabilidad p o rl o
q u e s e d i c e - , e l r e f u e r z o , l a confrontación d e s d e l a e m p a t i a y p a r a f r a s e a r . S e
centra e nlos aspectos positivos - e naquellos q u ese p u e d e n cambiar e n l u g a r
d e c e n t r a r s e e n l o s q u e n o s e tiene ningún c o n t r o l - y a y u d a a l a p e r s o n a q u e
recibe l aa y u d a a a s u m i r la responsabilidad sobre s upropio proceso d e salud-
e n f e r m e d a d y sobre las decisiones q u e t o m a ( O k u n , 2001).
E l counselling f a c i l i t a e l d e s a h o g o e m o c i o n a l , r e f u e r z a l a e s p e r a n z a y u t i l i z a
l a p r e g u n t a y n o l a aseveración, p a r a q u e e l p a c i e n t e s e dé r e s p u e s t a s a sí m i s -
m o d e n t r o d e s u p r o p i o m a r c o d e r e f e r e n c i a . S e e n m a r c a e n l a dinámica d e
l a elección, n o e n l a d e l c o n t r o l . E s e l a r t e d e e x p l o r a r , p r e g u n t a r , i n f o r m a r y
hacer reflexionar a l " o t r o " para q u e pueda t o m a r decisiones q u e considere
a d e c u a d a s p a r a él. C o n t e m p l a , así m i s m o , l a s d i f i c u l t a d e s d e l p r o f e s i o n a l e n
l a comunicación c o n l o s p a c i e n t e s y f a m i l i a s : a n t e s u s p r o p i o s t e m o r e s , a l
c o n t e s t a r p r e g u n t a s difíciles y a l d a r m a l a s n o t i c i a s ( A r r a n z , B a r b e r o ,
B a r r e t o , Bayés, 2 0 0 3 ) .
C o n frecuencia, l a labor hospitalaria sedesarrolla e n u n contexto d o n d e
la m u e r t e se h a l l a m u y presente y, a u n q u e m u c h o s profesionales perciben l a
m u e r t e c o m o u n a r e a l i d a d c o t i d i a n a , l e s r e s u l t a m u y difícil h a b l a r , i n c l u s o
e s c u c h a r h a b l a r s o b r e e l l a , c o n s o s i e g o y n a t u r a l i d a d . N o s o n sólo l o s p a c i e n -
t e s l o s q u e n e c e s i t a n a p o y o psicológico, p r o b a b l e m e n t e también l o s demás
p r o f e s i o n a l e s s a n i t a r i o s , i n c l u i d o s l o s psicólogos, y a q u e p u e d e n v i v i r l a
m u e r t e a d i s t a n c i a c o m o p a r a p r o t e g e r s e d e u n a p o s i b l e sobreimplicación, e n
u n a sociedad q u ei n t e n t an e g a r l a o darle l aespalda. R e f l e x i o n a r sobre el p r o -
p i o p r o c e s o d e m o r i r y p r e p a r a r s e p a r a este v i a j e s i n r e t o r n o , a u n q u e gene-
r e angustia; r e c o n o c e r las causas q u e p u e d e n favorecer u n distanciamiento,
U N A H E R R A M I E N T A B A S I C A D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING 103
de l a m u e r t e - n o del paciente- s o n u n p r i m e r paso d e acercamiento a l a per-
s o n a q u e s u f r e y m u e r e . Y sería b u e n o q u e l o s psicólogos fuéramos l o s p r i -
m e r o s e n c o n f r o n t a r n o s c o n nuestros propios t e m o r e s y creencias acerca d e
l a v i d a y l a m u e r t e , d e l a e s p e r a n z a y l a desesperación, d e l a v u l n e r a b i l i d a d
física y n o m o r a l , . . . s i q u e r e m o s a y u d a r a q u e l a s p e r s o n a s e n e s t a s s i t u a c i o -
nes p u e d a n abordarlas c o n l am a y o r coherencia i n t e r n a posible.
U n c o n j u n t o d e e s t r a t e g i a s d e relación, q u e d e n o m i n a r e m o s f a c i l i t a d o r a s ,
p u e d e n s e r útiles e n u n a m p l i o a b a n i c o d e i n t e r v e n c i o n e s , p e r s o n a l i z a n d o ,
e v i d e n t e m e n t e , e n c a d a situación ( A r r a n z , 2 0 0 1 ) :
• R e a l i z a r p r e g u n t a s a b i e r t a s d i r i g i d a s : ¿ C o n qué ánimo s e e n c u e n t r a
h o y ? ¿ A qué a t r i b u y e s u e m p e o r a m i e n t o ?
• I d e n t i f i c a r d e l m o d o más específico p o s i b l e l a s p r e o c u p a c i o n e s , necesi-
dades y temores. N o se puede m t e r v e n i r cuando e l paciente manifiesta
g e n e r a l i z a c i o n e s t a l e s c o m o : " t e m o p o r m i f a m i l i a " . "¿Qué e s l o q u e t e m e
exactamente c o n respecto a s u familia?"
• A t e n d e r a las pistas indirectas p r o p o r c i o n a d a s p o r l o s pacientes, t e n i e n -
d o e n c u e n t a q u e l a m a y o r p a r t e d e ellas s o n n o - v e r b a l e s , p a r a p o d e r
escuchar sus mensajes importantes (Atender tanto a l a letra c o m o a l a
música d e s u m e n s a j e ) .
• U t i l i z a r u n diálogo empático. R e c o n o c e r l a emoción d e l p a c i e n t e , i d e n -
tificar s u o r i g e n y d a r señales d e q u e u n o t r a t a d e p o n e r s e e n s u l u g a r y
d e q u e s e e n t i e n d e n s u s s e n t i m i e n t o s . L a participación a f e c t i v a e n e l s u f r i -
m i e n t o y r e a l i d a d d e l paciente, requiere u n t r e m e n d o esfuerzo d e des-
p r e n d i m i e n t o y a u t o c o n t r o l . M o t i v a r a c o m u n i c a r s e : "Bien...continúe, l e
escucho".
• P r e g u n t a r s i n d a r n a d a p o r s u p u e s t o : "¿Qué e n t i e n d e p o r a p l a s i a ? "
• E s c u c h a r a n t e s d e h a b l a r . S e s u e l e t e n e r e l hábito d e c o m e n z a r d a n d o
información s i n , p r e v i a m e n t e , d e H m i t a r l a s n e c e s i d a d e s d e c o n o c i m i e n t o
específicas d e l p a c i e n t e e n c a d a m o m e n t o c o n c r e t o .
• E x p l o r a r o t r o s p r o b l e m a s : Además d e e s t e p r o b l e m a "¿tiene o t r a s p r e o -
cupaciones?".
• I d e n t i f i c a r a t r i b u c i o n e s : " ¿ A qué a t r i b u y e s u m a l e s t a r ?¿Qué c r e e q u e l e
ayudaría e n e s t o s m o m e n t o s ? "
• Escuchar y respetar las objeciones. " E n t i e n d o q u e tiene sus razones
para...sin embargo..."
• R e s p e t a r l o s m e c a n i s m o s d e negación a d a p t a t i v o s , m i e n t r a s n o g e n e r e n
dificultades p a r a l o s pacientes o familiares.
• Facilitar q u e e l paciente funcione p o r objetivos a u m e n t a n d o , c o n ello, l a
percepción d e c o n t r o l s o b r e s u b i e n e s t a r .
102 E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
— • S I Muchas gradas -dijo el alumno-.
—¿Te gustaría ya que tengo en mi mano el cu Aillo, te, lo corte en trozos para que te sea
más cómodo comerlo?...
—Me encantaría... Pero no quisiera abusar de su hospitalidad...
—No es un abuso si yo te lo ofrezco. Sólo deseo complacerte... Permíteme tambiái que te lo
mastique antes de dártelo...
—No maestro. ¡No me gustaría que hiciera eso! -se quejó sorprendido el alumno-.
E l maestro hizo una pausa y dijo:
—Si yo les explicara el sentido de cada parábola... sería como darles una fruta mastica-
.da. (Jorge Bucay. Cuentos para pensar. Editmial Nuevo Extremo).
E l counselling d e f i n e l a s h a b i l i d a d e s p r o p i a s d e l a comunicación a s e r t i v a
c o m o e l núcleo d e l a s r e l a c i o n e s p e r s o n a l e s e f i c a c e s . D e s t a c a l a s h a b i l i d a d e s
d e : l a e m p a t i a , l a e s c u c h a a c t i v a , l a s p r e g u n t a s a b i e r t a s , r e c o g e r l a s señales o
" p i s t a s " d e l a comunicación n o - v e r b a l - l o s g e s t o s c a r g a d o s d e c o n t e n i d o s - e l
r e s p e t o d e l o s s i l e n c i o s , l a c o n g r u e n c i a i n f o r m a t i v a , l a comunicación e n p r i -
m e r a persona (mensajes Y O ) - l a cual p e r m i t e a s u m i r responsabilidad p o r l o
q u e s e d i c e - , e l r e f u e r z o , l a confrontación d e s d e l a e m p a t i a y p a r a f r a s e a r . S e
centra e n los aspectos positivos - e n aquellos que se p u e d e n cambiar e n l u g a r
d e c e n t r a r s e e n l o s q u e n o s e tiene ningún c o n t r o l - y a y u d a a l a p e r s o n a q u e
recibe l a a y u d a a a s u m i r la responsabilidad sobre su propio proceso d e salud-
e n f e r m e d a d y s o b r e las decisiones q u e t o m a ( O k u n , 2 0 0 1 ) .
E l counselling £a.düt3. e l d e s a h o g o e m o c i o n a l , r e f u e r z a l a e s p e r a n z a y u t i l i z a
l a p r e g u n t a y n o l a aseveración, p a r a q u e e l p a c i e n t e s e dé r e s p u e s t a s a sí m i s -
m o d e n t r o d e s u p r o p i o m a r c o d e r e f e r e n c i a . S e e n m a r c a e n l a dinámica d e
l a elección, n o e n l a d e l c o n t r o l . E s e l a r t e d e e x p l o r a r , p r e g u n t a r , i n f o r m a r y
hacer reflexionar a l " o t r o " p a r a q u e pueda t o m a r decisiones q u e considere
a d e c u a d a s p a r a él. C o n t e m p l a , así m i s m o , l a s d i f i c u l t a d e s d e l p r o f e s i o n a l e n
l a comunicación c o n l o s p a c i e n t e s y f a m i l i a s : a n t e s u s p r o p i o s t e m o r e s , a l
contestar p r e g u n t a s dificiles y a l d a r m a l a s noticias ( A r r a n z , B a r b e r o ,
B a r r e t e , Bayés, 2 0 0 3 ) .
C o n frecuencia, l alabor hospitalaria se desarrolla e n u n contexto d o n d e
la m u e r t e se h a l l a m u y presente y, a u n q u e m u c h o s profesionales perciben l a
m u e r t e c o m o u n a r e a l i d a d c o t i d i a n a , l e s r e s u l t a m u y difícil h a b l a r , i n c l u s o
e s c u c h a r h a b l a r s o b r e e l l a , c o n s o s i e g o y n a t u r a l i d a d . N o s o n sólo l o s p a c i e n -
t e s l o s q u e n e c e s i t a n a p o y o psicológico, p r o b a b l e m e n t e también l o s demás
p r o f e s i o n a l e s s a n i t a r i o s , i n c l u i d o s l o s psicólogos, y a q u e p u e d e n v i v i r l a
m u e r t e a d i s t a n c i a c o m o p a r a p r o t e g e r s e d e u n a p o s i b l e sobreimplicación, e n
u n a sociedad que i n t e n t a negarla o darle l a espalda. R e f l e x i o n a r sobre el p r o -
p i o p r o c e s o d e m o r i r y p r e p a r a r s e p a r a este v i a j e s i n r e t o r n o , a u n q u e g e n e -
r e a n g u s t i a ; r e c o n o c e r las causas q u e p u e d e n favorecer u n d i s t a n c i a m i e n t o ,
U N A H E R R A M I E N T A B A S I C A D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLIJÍG 1 0 3
de la m u e r t e - n o del paciente- s o n u n p r i m e r paso d e acercamiento a la per-
s o n a q u e s u f r e y m u e r e . Y sería b u e n o q u e l o s psicólogos fuéramos l o s p r i -
m e r o s e n c o n f r o n t a r n o s c o n n u e s t r o s propios t e m o r e s y creencias acerca d e
l a v i d a y l a m u e r t e , d e l a e s p e r a n z a y l a desesperación, d e l a v u l n e r a b i l i d a d
física y n o m o r a l , . . . s i q u e r e m o s a y u d a r a q u e l a s p e r s o n a s e n e s t a s s i t u a c i o -
nes p u e d a n abordarlas c o n l a m a y o r coherencia i n t e r n a posible.
U n c o n j u n t o d e e s t r a t e g i a s d e relación, q u e d e n o m i n a r e m o s f a c i l i t a d o r a s ,
p u e d e n s e r útiles e n u n a m p l i o a b a n i c o d e i n t e r v e n c i o n e s , p e r s o n a l i z a n d o ,
e v i d e n t e m e n t e , e n c a d a situación ( A r r a n z , 2 0 0 1 ) :
• R e a l i z a r p r e g u n t a s a b i e r t a s d i r i g i d a s : ¿ C o n qué ánimo s e e n c u e n t r a
h o y ? ¿ A qué a t r i b u y e s u e m p e o r a m i e n t o ?
• I d e n t i f i c a r d e l m o d o más específico p o s i b l e l a s p r e o c u p a c i o n e s , necesi-
dades y temores. N ose puede m t e r v e n i r cuando e l paciente manifiesta
g e n e r a l i z a c i o n e s t a l e s c o m o : " t e m o p o r m i f a m i l i a " . "¿Qué e s l o q u e t e m e
exactamente con respecto a s ufamilia?"
• A t e n d e r a las pistas mdirectas p r o p o r c i o n a d a s p o r los pacientes, t e n i e n -
d o e n c u e n t a q u e l a m a y o r p a r t e d e ellas s o n n o - v e r b a l e s , p a r a p o d e r
escuchar sus mensajes importantes (Atender tanto a l a letra c o m o a l a
música d e s u m e n s a j e ) .
• U t i l i z a r u n diálogo empático. R e c o n o c e r l a emoción d e l p a c i e n t e , i d e n -
t i f i c a r s u o r i g e n y d a r señales d e q u e u n o t r a t a d e p o n e r s e e n s u l u g a r y
d e q u e s e e n t i e n d e n s u s s e n t i m i e n t o s . L a participación a f e c t i v a e n e l s u f r i -
m i e n t o y realidad d e l paciente, requiere u n t r e m e n d o esfuerzo d e des-
p r e n d i m i e n t o y a u t o c o n t r o l . M o t i v a r a c o m u n i c a r s e : "Bien...continúe, l e
escucho".
• P r e g u n t a r s i n d a r n a d a p o r s u p u e s t o : "¿Qué e n t i e n d e p o r a p l a s i a ? "
• E s c u c h a r a n t e s d e h a b l a r . S e s u e l e t e n e r e l hábito d e c o m e n z a r d a n d o
información s i n , p r e v i a m e n t e , d e l i m i t a r l a s n e c e s i d a d e s d e c o n o c i m i e n t o
específicas d e l p a c i e n t e e n c a d a m o m e n t o c o n c r e t o .
• E x p l o r a r o t r o s p r o b l e m a s : Además d e e s t e p r o b l e m a "¿tiene o t r a s p r e o -
cupaciones?".
• I d e n t i f i c a r a t r i b u c i o n e s : " ¿ A qué a t r i b u y e s u malestar?¿Qué c r e e q u e l e
ayudaría e n e s t o s m o m e n t o s ? "
• Escuchar y respetar las objeciones. " E n t i e n d o q u e tiene sus razones
para...sin embargo..."
• R e s p e t a r l o s m e c a n i s m o s d e negación a d a p t a t i v o s , m i e n t r a s n o g e n e r e n
dificultades p a r a los pacientes o familiares.
• Facilitar que el paciente funcione p o r objetivos a u m e n t a n d o , c o nello, l a
percepción d e c o n t r o l s o b r e s u b i e n e s t a r .
104 E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
• C o n v e r t i r las dificultades e n oportunidades: Potenciar, tanto corno sea
p o s i b l e , l a visión d e l p r o c e s o c o m o u n r e t o d e a p r e n d i z a j e p e r s o n a l .
• P r e s t a r atención a l o q u e s e d i c e y cómo s e d i c e . C o n f r e c u e n c i a , l o q u e
d a s i g n i f i c a d o a l o q u e s e d i c e e s cómo s e d i c e : e l t o n o , l a cercanía, l a m i r a -
da, etc.
• E l e g i r u n l u g a r t r a n q u i l o e v i t a n d o p r i s a s , p a s i l l o s , teléfonos móviles y
salas d e espera.
• C e n t r a r l a comunicación e n l o q u e s e p u e d e h a c e r , e n l u g a r d e l a m e n -
tarse p o r l o q u e n o se p u e d e realizar.
• D e t e r m i n a r l a v e r d a d e r a n a t u r a l e z a y extensión d e l p r o b l e m a c u a n d o e l
p a c i e n t e e x p r e s a u n a preocupación o n e c e s i d a d . A c l a r a r c o n e l p a c i e n t e
l o q u e q u i e r e d e c i r , d e t e r m i n a n d o l a i n t e n s i d a d , duración y f r e c u e n c i a d e l
problema.
• G r a d u a r y a n t i c i p a r l a información n e g a t i v a .
• Utilizar u ncontexto d eafirmaciones positivas.
• C o m u n i c a r " l a v e r d a d " a l r i t m o d e las necesidades y d e m a n d a s d e l
p a c i e n t e . E s s u d e r e c h o y , además, n o d e b e m o s a r r i e s g a r n o s a r o m p e r l a
relación d e c o n f i a n z a c o n l o s p a c i e n t e s . L a m e n t i r a i n h i b e l a c a p a c i d a d d e
adaptación d e l p a c i e n t e .
2.3.2. Ayudando a tomar decisiones
U n a d e l a s f u n c i o n e s básicas d e l counselling e s l a d e a y u d a r e n l a t o m a d e
d e c i s i o n e s e n s i t u a c i o n e s c o m p l i c a d a s y difíciles. P a r a s u a b o r d a j e h a d e m o s -
t r a d o s u u t i l i d a d e l m o d e l o d e solución d e p r o b l e m a s , i d e a d o p o r D ' Z u r i l l a
y G o l d f r i e d , q u e s e d e s c r i b e a continuación:
a ) I d e n t i f i c a r e l p r o b l e m a d e l m o d o más específico p o s i b l e . N o v a l o r a r o
e n j u i c i a r e l p r o b l e m a ; s i n o d e f i n i r l o . C o n s i d e r a r e m o s q u e estará b i e n d e f i -
nido e nel m o m e n t o e nq u e podamos " v e r l o " y tengamos u n a i m a g e n
c o n c r e t a d e él.
b) G e n e r a r alternativas c o n " t o r m e n t a d eideas". E s r e s p o n d e r a l a pre-
g u n t a d e qué s e p u e d e h a c e r . E s c o n v e n i e n t e s e p a r a r e l p r o c e s o d e e v a -
luación d e l a s o p c i o n e s d e l p r o c e s o d e c r e a r l a s .
c) E v a l u a r l a s a l t e r n a t i v a s q u e s o n más a d e c u a d a s . R e u n i r información y
establecer criterios objetivos d eeficiencia y v i a b i l i d a d .
d ) E l e g i r y d e c i d i r . Qué s e v a a h a c e r y cómo.
e) E s t a b l e c e r u n p l a n d e acción.
f ) S e g u i m i e n t o y Re-evaluación. C o m p r o b a r s i f u n c i o n a y , s i e s p r e c i s o ,
c a m b i a r l a a l t e r n a t i v a d e solución.
U N A H E R R A M I E N T A B A S I C A D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING 105
C o n f r e c u e n c i a l o s psicólogos d e l a s a l u d n o s v e m o s e n f r e n t a d o s a s i t u a -
ciones d o n d e l a a n s i e d a d d e l paciente se v e d e t e r m i n a d a p o r l a t o m a d e
a l g u n a decisión i m p o r t a n t e p a r a éste: d e s d e quién l e gustaría q u e f u e r a
el t u t o r d e sus hijos, e n e l caso d eq u e falleciera, h a s t a s i debe seguir u n
t r a t a m i e n t o o a b a n d o n a r l o . P a r a e l l o r e s u l t a m u y útil e s t e e s q u e m a y a
q u e p e r m i t e clarificar y p o n e r e no r d e n ideas y posibilidades q u e , e n
m u c h a s ocasiones, l ai n t e n s i d a d d e las e m o c i o n e s n o p e r m i t e n p o n d e r a r
adecuadamente.
2.3.3. Habilidades de autorregulación: manejo emociones del terapeuta
U n o d e l o s g r a n d e s d i l e m a s q u e s e l e p r e s e n t a n a l psicólogo q u e t r a b a j a
c o n e n f e r m o s g r a v e s e s cómo c o n s e g u i r u n e q u i l i b r i o e n e l vínculo a f e c t i v o
q u e s e establece c o n e l paciente. S a b e m o s q u e s i n o s alejamos d e m a s i a d o
(evitación) n o s e r e m o s e f i c a c e s p e r o también q u e s i n o s a c e r c a m o s d e m a s i a -
d o a f e c t i v a m e n t e a l p a c i e n t e (sobreimplicación) n o s sucederá l o m i s m o . C o n
e l a g r a v a n t e añadido d e a u m e n t a r e l c o s t e e m o c i o n a l {La cuerda, si la aprietas
demasiado se rompe', si la aprietas demasiado poco, no suena. Aforismo budista).
P a r a c o n s e g u i r u n a c e r c a m i e n t o a d e c u a d o a las e m o c i o n e s d e l p a c i e n t e es
imprescindible conocer y canalizar las propias. S e trata d e identificarlas
(ponerles n o m b r e ) , conocer s u significado y canalizarlas adecuadamente. E n
e l m o m e n t o e n q u e s a b e m o s qué s i g n i f i c a n , qué n o s i n d i c a n ; p o d r e m o s
p o n e r e n m a r c h a n u e v o s r e c u r s o s y m o d o s d e a f r o n t a r más e f e c t i v o s . P o r
e l l o s e p r o p o n e e l término d e autoregulación e n v e z d e l d e a u t o c o n t r o l p a r a
designar t o d o e l c o n j u n t o d eestrategias personales encaminadas a m a n t e n e r
u n e q u i l i b r i o c o n l a s d e m a n d a s d e l m e d i o y e l i m p a c t o q u e éstas p r o v o c a n .
E n e l caso concreto d e l e n t o r n o hospitalario, c o n l a presencia d e l a enfer-
medad, l am u e r t e y l aexperiencia de sufrimiento, resulta imprescindible u n a
s e r i a reflexión p e r s o n a l y filosófica a c e r c a d e l a p r o p i a m a n e r a d e e n t e n d e r
la m u e r t e y l a e n f e r m e d a d c o m o u np r i m e r paso p a r a acercarse a l a m u e r t e
y a l s u f r i m i e n t o d e l " o t r o " d e u n a m a n e r a a p r o p i a d a y s i n r e s u l t a r dañados.
Y a q u e , c o m o a f i r m a S a n z ( 2 0 0 2 ) , sólo a q u e l l o s q u e h a y a n a s u m i d o l a p r o -
p i a posibilidad d e e n f e r m a r y m o r i r , p u e d e n d a r a los e n f e r m o s l a a y u d a q u e
éstos n e c e s i t a n .
A s u m i r ( a c e p t a r ) n u e s t r a p r o p i a finitud y f r a g i l i d a d n o r e s u l t a fácil. N u e s t r a
sociedad actual, donde p r i m a n valores infantiles y hedonistas, n o n o s provee
d e l a s c r e e n c i a s a d e c u a d a s p a r a h a c e r f r e n t e a e s t a situación y , p o r t a n t o , e s
c o n v e n i e n t e plantearse realizar cambios e n las creencias q u e y a t e n e m o s .
C a m b i o s e n l o s q u e serán m u y útiles l a s e m o c i o n e s y a q u e n o s servirán c o m o
señal p a r a i d e n t i f i c a r c r e e n c i a s a i s f u n c i o n a l e s q u e o p e r a n e n e l p r o f e s i o n a l .

106 E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
L a cultura occidental actual, absolutamente obsesionada por e lcontrol y
l a s e g u r i d a d , o p e r a c o m o u n f a c t o r d e v u l n e r a b i l i d a d q u e e x a c e r b a más aún
e l i m p a c t o e m o c i o n a l d e l a e n f e r m e d a d y l a m u e r t e . S i n o . . . ¿cómo e x p l i -
c a r s e l a reacción e m o c i o n a l d e u n a m u j e r d e 6 8 años a n t e l a m u e r t e d e s u
m a d r e d e 9 2 años, m u e r t e s e r e n a y a u s e n t e d e d o l o r e s , c o n t e r r i b l e s m u e s -
t r a s d e s u f r i m i e n t o , g r i t o s e i n c r e d u l i d a d ? . . . ¿acaso n o había p e n s a d o n u n c a
q u e s u m a d r e tenía q u e m o r i r a l g u n a v e z ? E n n u e s t r a s o c i e d a d l a m u e r t e
r e a l , l a q u e t i e n e q u e v e r c o n n o s o t r o s , p a r e c e q u e n o e x i s t i e r a . Y e s t o n o sólo
a f e c t a a l o s p a c i e n t e s , s i n o también a l o s p r o f e s i o n a l e s c o m o p a r t e i n t e g r a n -
t e d e u n a época y u n a s o c i e d a d .
A c e r c a r s e a l a s e m o c i o n e s p r o p i a s , e i n i c i a r e l p r o c e s o d e aceptación d e l
hecho q u e tarde o temprano tendremos q u e afrontar l aenfermedad y l a
m u e r t e , tiene e f e c t o s p o s i t i v o s e n n o s o t r o s : n o s dará u n m a y o r a u t o c o n o c i -
m i e n t o e incrementará n u e s t r o p o d e r d e i n f l u e n c i a e n e l p a c i e n t e y a q u e , a
a q u e l q u e c o n s i g u e i d e n t i f i c a r s u s p r o p i o s v a l o r e s y e m o c i o n e s l e r e s u l t a más
sencillo a y u d a r a l o t r o a hacerlo. P o r o t r a parte, e lconocimiento d e u n o m i s -
m o hace posible l aautenticidad (Gorey, 1996).
A h o r a b i e n ¿qué e s a c e p t a r ? A c e p t a r e s s i m p l e m e n t e s u s p e n d e r e l j u i c i o
de v a l o r h a c i a las cosas ( M c k e y D a v i s , Farrning, 1 9 9 5 ) . E n f r e n t a r s e a l o q u e
e s , s i n d i s c u s i o n e s a c e r c a d e cómo debería s e r . A c e p t a r n o i m p l i c a e s t a r d e
acuerdo, n i siquiera tener sentimientos positivos hacia u n hecho. T a m p o c o
significa resignarse y, p o r ello, cesar n u e s t r a actividad. E s s i m p l e m e n t e asu-
m i r q u e l a s c o s a s s o n c o m o s o n , n o c o m o m e gustaría q u e f u e r a n , n i c o m o
p i e n s o q u e deberían s e r .
L a r e a l i d a d es q u ee n f e r m a m o s , envejecemos y m o r i m o s todos, t a r d e o
t e m p r a n o . E l h e c h o es q u e este t r a n c e se p u e d e v i v i r d e m u c h a s y m u y dife-
r e n t e s m a n e r a s y q u e l o s p r o f e s i o n a l e s influirán n o t a b l e m e n t e e n cómo s e
e x p e r i m e n t e . P u e d e ser u n m o m e n t o l l e n o d et e r n u r a y a m o r , o d e soledad
y silencio.
E l d e s a r r o l l o d e u n a relación e s u n p r o c e s o a l q u e h a y q u e d e d i c a r tiem-
p o . H a y algo h e r m o s o y l l e n o d e v i r t u d e n acercarse a o t r o ser h u m a n o q u e
s u f r e . E s t o d a u n p r o f u n d o s i g n i f i c a d o a l a interacción c o n e l p a c i e n t e q u e , a l
ser m u y intensa, desde l a h u m i l d a d y el respeto, p u e d e ser e n o r m e m e n t e ins-
t r u c t i v a . S e a p r e n d e n m u c h a s c o s a s h a b l a n d o c o n p e r s o n a s que-están a f r o n -
t a n d o l a a d v e r s i d a d y l a m u e r t e . Encontrar u n sentido y u n a vía de apren-
dizaje y desarrollo personal en este acercamiento a l enfermo, hace que,
aunque difícil y costoso, sea enriquecedor. C o n l o s p a c i e n t e s a p r e n d e m o s a
valorar l aimportancia d el o q u edamos p o r hecho, q u e estamos vivos, q u e
nuestro cuerpo funciona. Los enfermos nos recuerdan que l o que importa, y
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUXSELUNG 107
l o q u e t e n e m o s , está aquí y a h o r a . E s t e a s p e c t o d e a p r e n d i z a j e c o m p a r t i d o
c o n los pacientes hace innecesarios los b u n k e r s emocionales p a r a defenderse.
G o m o c o n s e c u e n c i a , r e s u l t a m u c h o más c o n v e n i e n t e e d u c a r q u e r e p r i m i r
n u e s t r a p r o p i a r e s p u e s t a e m o c i o n a l . Y a h o r a b i e n : ¿cómo s e e d u c a l a r e s -
puesta emocional? Educar requiere aprender y, p o r tanto, experimentar.E s
c o n v e n i e n t e d a r s e p e r m i s o p a r a s e n t i r l o q u e s e s i e n t e . N o permitírselo e s l o
q u e a c u m u l a tensión, engañarse c o n u n a a c t i t u d d e " f a l s a f r i a l d a d " ; l o q u e
significaría a p r e n d e r a " a f e c t a r s e " s i n d o l o r d e s d e l a normalización d e l
impacto emocional.
A continuación p r e s e n t a m o s a l g u n a s s u g e r e n c i a s q u e p u e d e n r e s u l t a r úti-
l e s p a r a a u m e n t a r n u e s t r a s h a b i l i d a d e s d e autorregulación:
1 . - P r e s t a r e s p e c i a l atención a l o s o b j e t i v o s d e l a intervención y q u e s e a n
reales y realizables. P a r a ello es s i e m p r e c o n v e n i e n t e tenerlos presentes
c o m o guía, b i e n e x p l i c i t a d o s e n c a d a acción y situación.
3 . - T o m a r c o n c i e n c i a n o sólo d e l a s c o m p e t e n c i a s p e r s o n a l e s y p r o f e s i o -
n a l e s , s i n o también d e l o s límites q u e t e n e m o s y a c e p t a r l o s . R e s u l t a más
fácil l l e g a r a l s e n t i m i e n t o d e i m p o t e n c i a d e s d e l a p r e p o t e n c i a .
4 . - U t i l i z a r a l g u n a técnica r e d u c t o r a d e a n s i e d a d y h a c e r l o c o t i d i a n a m e n -
t e : relajación, a u t o h i p n o s i s , y o g a , meditación, e t c . D e d i c a r u n o s m i n u t o s
a l día a u n o m i s m o p u e d e a u m e n t a r l a r e s i s t e n c i a p e r s o n a l a l estrés.
5. - S a b e r p e d i r a p o y o y d e s a h o g a r s e c u a n d o r e s u l t e n e c e s a r i o .
6. - D a r s e p e r m i s o p a r a e m o c i o n a r s e . U n o s i e n t e l o q u e s i e n t e ; n o l o q u e
debe sentir.
7-Desarrollar estrategias d e a u t o c o n t r o l cognitivo y estar alerta a n u e s t r o
p r o p i o p r o c e s a m i e n t o y evaluación c o g n i t i v a c o n e l fin d e e v i t a r p e n s a -
mientos distorsionados.
8 . - ... " S i n o e r e s n e g l i g e n t e c o n t u o c i o , serás e f i c i e n t e m i e n t r a s t r a b a - '
j a s " . . . ( H u a n c h u D a o r e n , 1 5 0 0 ) . E s c o n v e n i e n t e l i b e r a r tensión c o n a c t i -
vidades gratificantes y m a n t e n e r u n adecuado equilibrio entre placeres y
obligaciones.
9 . - C o m p a r t i r l a s d i f i c u l t a d e s . L a l a b o r d e contención e n t r e l o s m i e m b r o s
del e q u i p o es f u n d a m e n t a l (Broggi, 2 0 0 0 ) .
2 . 4 . Objetivos del counselling
L o s o b j e t i v o s d e l counselling s e d i r i g e n a m a x i m i z a r e l n i v e l d e c o m p e t e n -
c i a a l mínimo c o s t e e m o c i o n a l p o s i b l e . D e s d e u n p u n t o d e v i s t a más especí-
f i c o s e trataría d e :
108 E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . E l COUNSELLING 109

a) E s t a b l e c e r r e l a c i o n e s d e a y u d a e f i c a c e s , e n l a s q u e s e m e j o r e l a a u t o - 2.5.2. Empezando el contacto

conciencia y l a capacidad d e resolver problemas.
Significa escuchar tanto l o s hechos c o m o l o s sentimientos asociados
b ) F a c i l i t a r l a percepción d e c o n t r o l d e l a s p e r s o n a s y l a r e s p o n s a b i l i d a d
( H o l l a n d , 1 9 9 9 ) . E l o b j e t i v o es q u e l ap e r s o n a se sienta escuchada, e n t e n d i -
sobre sus decisiones y conductas.
da y apoyada. A lreconocer y legitimar los sentimientos, e lesfuerzo se pue-
c) I d e n t i f i c a r p e r c e p c i o n e s d e a m e n a z a s y r e c u r s o s y r e b a l a n c e a r l a s .
d e d i r i g i r h a c i a l a acción ( A r r a n z y C a n c i o , 2 0 0 0 ) . Los primeros 5 minutos son
d ) D e s a r r o l l a r l a a u t o e s t i m a y aceptación d e l a s c o s a s c o m o s o n . fundamentales en el tipo de vínculo que se establezca. E l p a c i e n t e tiene e x p e c t a t i v a s
e) R e f o r z a r y a c l a r a r información. q u e determinarán l o q u e e s y n o e s a d e c u a d o e n c a d a situación; l o q u e e s p e -
f) Acoger, c o n t e n e r y r e s o l v e r crisis situacionales. r a d e l p r o f e s i o n a l y cómo e s t e d e b e c o m p o r t a r s e , e t c , e n u n h o s p i t a l l l e v a r
g ) F a v o r e c e r l a adhesión a l t r a t a m i e n t o a través d e l a c o n f i a n z a . u n a b a t a e s y a , e n sí m i s m o , u n símbolo d e p o d e r y u n p o d e r o s o e l e m e n t o
h) A y u d a r a l paciente a esclarecer las m e t a s d e lt r a t a m i e n t o q u e recibe. que debe tenerse e n cuenta y saber utilizar e n beneficio del paciente.
i ) O r i e n t a r a l a f a m i l i a s o b r e diagnóstico, pronóstico y m a n e j o a d e c u a d o ,
E l e n f e r m o , cuando se enfrenta a alguien c o n b a t a q u e se presenta c o m o
j ) F a v o r e c e r l a comunicación a b i e r t a d e información y e m o c i o n e s .
psicólogo, tiene y a u n montón d e i d e a s a c e r c a d e l a psicología, s i l a v e útil o
k) Prevenir l a "soledad emocional" e ne l paciente.
n o y qué a c t i t u d v a a a d o p t a r a n t e n o s o t r o s e n función d e s u p r o p i a e x p e -
1) C o n s t i t u i r u n e n l a c e e n t r e e l médico y e l p a c i e n t e .
riencia. Es, p o rello, i m p o r t a n t e presentarse, explicar e l objetivo d e nuestra
intervención y p e d i r p e r m i s o p a r a i n i c i a r u n a conversación s o b r e t e m a s p e r -
2.5. Procedimiento
sonales..
A n t e s d e i n i c i a r l a evaluación e s c o n v e n i e n t e a s e g u r a r s e u n a relación c o r -
2.5.1. Generando un contexto emocional óptimo
dial y q u e e lpaciente se sienta entendido y escuchado. P a r a ello puede resul-
L a adopción d e l a s a c t i t u d e s p o s t u l a d a s e n e l p u n t o a n t e r i o r p o r p a r t e d e l
t a r útil c o m e n t a r t e m a s n o e s t r i c t a m e n t e psicológicos q u e p u e d e n s u r g i r a l
psicólogo servirán p a r a g e n e r a r u n c o n t e x t o e m o c i o n a l óptimo q u e , e n n u e s -
r e c o g e r l o s d a t o s sociodemográficos. Así, p o r e j e m p l o : s i e s u n a m u j e r m a y o r
t r a opinión, i n c l u y e y g e n e r a e n e l e n f e r m o :
p r e g u n t a r l e a qué s e d e d i c a n s u s h i j o s . S i e s u n a g r i c u l t o r p r e g u n t a r l e c o s a s
1. - L a sensación de que es él mismo el motor de l a intervención y del
a c e r c a d e s u s c u l t i v o s . S i e s u n niño d e qué e q u i p o d e fútbol e s , e t c . D e e s t e
cambio a través de sus recursos internos. E l t e r a p e u t a e s l a p e r s o n a q u e l e
m o d o podemos generar u n clima apropiado d e acercamiento q u en o s d a
" a y u d a a q u e s e a y u d e a sí m i s m o " . P o r e l l o h a c e r e s p o n s a b l e a l p a c i e n t e d e
tiempo a m o s t r a r l e a l p a c i e n t e interés p o r él. L a relación p r e t e n d e d i r i g i r s e
l o s éxitos terapéuticos y a p r o v e c h a c u a l q u i e r c i r c u n s t a n c i a p a r a r e f o r z a r l o .
h a c i a él, n o h a c i a l a e n f e r m e d a d . E s útil r e c o r d a r q u e l a m e j o r m a n e r a d e
P a r a e l l o h a y q u e t e n e r l a r i e n d a m u y c o r t a a l a n e c e s i d a d d e aprobación y
o b t e n e r atención e s d a r l a .
refuerzo d e nuestro trabajo p o r parte d e l paciente.
. E s e n e s e m o m e n t o q u e e l p a c i e n t e está fisto p a r a s i n t o n i z a r e m o c i o n a l -
2. - S u autonomía y su responsabilidad sobre sí mismo, si es que el
m e n t e y permitirnos entrar e n s um t i m i d a d e nu n contexto siempre cordial
paciente así lo desea. S e a s u m e e l p r i n c i p i o d e S k i n n e r d e q u e u n a a y u d a e s
y p o s i t i v o . ... "Solemos hacer una serie de preguntas a los pacientes cuando ingresan con
eficaz s i p u e d e suspenderse p o r c o m p l e t o .
elfin de conocer cuáles son las necesidades y así poder atenderle mejor... ¿Tendría incon-
3. - E l respeto a sus emociones; "Los sentimientos no se j u z g a n n i evalú-
veniente que lo hiciéramos ahora?"...
an" n o h a y n i b u e n o s n i m a l o s y , p o r e l l o , n o s e l e d i c e l o q u e e s c o r r e c t o
s e n t i r . T a m p o c o s e l e p r e g u n t a p o r qué s i e n t e l o q u e s i e n t e . S e l e c o m p r e n d e 2.5.3. Analizando las dimensiones del problema
y ayuda a q u e se haga cargo d e los mismos. E l o b j e t i v o es j e r a r q u i z a r l o s p r o b l e m a s , n o r m a l m e n t e s e p r e s e n t a n v a r i o s
4. - L a percepción de que el terapeuta es congruente con su propia posi- a l a v e z , y a b o r d a r l o s u n o a u n o . S e evalúan l o s h e c h o s q u e l o h a n p r o v o c a -
ción. A l r e l a c i o n a r s e p r e s e n t a c o h e r e n c i a e n t r e l o s 3 c a n a l e s d e r e s p u e s t a : l o d o y s e e x p l o r a n las necesidades y recursos d e l a p e r s o n a .
q u e p i e n s a , s i e n t e y h a c e , está e n armonía. E s t o p r o v o c a l a sensación d e
" a u t e n t i c i d a d " y , c o n ella, l a c o n f i a n z a d e lpaciente. P a r a efio d e b e preparar, 2.5.4. Analizando las posibles soluciones
c o n s u s p r o p i a s características y t e n d e n c i a s , u n e s t i l o p e r s o n a l c o n g r u e n t e d e E s l a identificación d e u n r a n g o d e s o l u c i o n e s a l t e r n a t i v a s a s u s n e c e s i -
comunicación terapéutica. dades. G u a n d o e lp a c i e n t e v i v e u n a crisis, e n las d i s t i n t a s fases d e l a e v o l u -
110 E L PSICÓLOGO E N E L ÁMBITO H O S P I T A L A R I O
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELUJÍG 1 1 1

d o n d e l a enfermedad, suele presentar distintas reacciones emocionales

— ¿A qué lo atribuyes?
intensas q u e suelen dificultar l at o m a d e decisiones.
— No sé, llevo unos días muy nerviosa. Hoy ya no puedo más...
2.5.5, Llevando a cabo las decisiones y seguimiento — ¿Qué es lo que más te preocupa?
S e a y u d a a l e n f e r m o , d e u n m o d o n o d i r e c t i v o , a c l a r i f i c a r qué a l t e r n a t i - —No sé... ¡Tantas cosas!... (Rompe a llorar)
v a l e r e s u l t a más a d e c u a d a y a l l e v a r a c a b o l a s a c c i o n e s p e r t i n e n t e s p a r a e l — ... (en silencio el terapeuta se aproxima y establece un ligero contacto Jisico)
m a n e j o d e l a crisis. S e p r o p o n e u n s e g u i m i e n t o p a r a verificar e l p r o g r e s o e n —No aguanto más ...en la planta no puedo llorar delante de mi marido. Sabes que
l a resolución d e l a c r i s i s . está muy mal.
— ¿Es la despedida de tu marido lo que más te preocupa?
2 . 6 . Guía de una sesión de counselling —No, no creo que sea eso. Ta lo tengo muy asumido. Es más, me gustaría que dejara
de sufrir...
C u a l q u i e r tipo d e interacción p r o f e s i o n a l c o n e l p a c i e n t e y / o f a m i l i a r p u e -
— ¿Tú agobio tiene relación con tus hijos?
d e s e r d e s a r r o l l a d a d e s d e e l r e f e r e n t e d e l counselling. N o o b s t a n t e , e x i s t e n
— ...Sí, creo que sí.
algunas pautas q u e p u e d e n sercomunes, combinadas c o nl a adecuada per-
— ¿Qué es lo que temes?
sonalización d e l a intervención.
— ... Es que si me pasara lo mismo que le está pasando a Juan. ¿Qué será de ellos?
¿Quién se hará cargo de ellos?
1 . I d e n t i f i c a r e d a d , situación f a m i l i a r y / o e n f e r m e d a d .
— Si nos pusiéramos en esa tesitura, ¿Quién te gustaría que se ocupara de ellos?
2.1dentificar preocupaciones, situaciones d em a y o r t e m o r y necesidades,
—No sé...porque-... mi madre, ni hablar ...y no tengo hermanos ...
d e l m o d o más específico p o s i b l e . F a c i l i t a r expresión e m o c i o n a l .
— ¿Tíafamilia de tu marido?
3.Ayudar a jerarquizar l o q u ese h a identificado, empatizando c o n sus
— No, nunca han sido cariñosos con los niños. No me gustaría que crecieran en un
emociones y los valores subyacentes a l o expresado.
ambiente tanfrío.
4.1dentificar recursos y capacidades, y asean internos o externos.
— ¿Has pensado en sus padrinos?
5 . P r o p o r c i o n a r información. I d e n t i f i c a r l o q u e e l p a c i e n t e s a b e , l o q u e
—No, pero... sí, podría ser.
quiere saber y l o q u e h a entendido e n t o r n o a l o q u e l e preocupa.
— ¿Qué te pareceplanteárselo?
6 . A b o r d a r l a s p r e o c u p a c i o n e s u n a v e z j e r a r q u i z a d a s , combinándolas c o n
— Sí, creo que así me quedaremos tranquila.
los recursos y capacidades q u e dispone l apersona, e n p r i m e r lugar, y c o n
—De acuerdo. Sin olvidar que estás asintomática y ¡todavíatienesmucha guerra que
o t r o s q u e p o d a m o s s u g e r i r . E s c u c h a r l o q u e d i c e e l p a c i e n t e ... y l o q u e
dar! además, esa situación sólo es hipotética.
n o dice.
— ¡Eso espero!
7. C l a r i f i c a r , c o n j u n t a m e n t e , l a s d i s t i n t a s o p c i o n e s e v a l u a n d o p r o s y c o n -
— Si te parece, nos vemos en unos días y me cuentas qué tal han ido las cosas...
tras.
8. A y u d a r e n l a t o m a d e d e c i s i o n e s d e s d e l a c o n g r u e n c i a c o n l o s p r o p i o s
3. Apoyo emocional
valores y recursos d e l paciente.
9. R e s u m i r y p l a n i f i c a r e l f u t u r o . U n a d e l a s f u n c i o n e s básicas d e u n psicólogo d e l a s a l u d e s l a d e p r o v e e r
a p o y o e m o c i o n a l a pacientes y allegados q u e a f r o n t a n u n a e n f e r m e d a d y
Mostraremos u n ejemplo: t o d a s l a s c o n s e c u e n c i a s q u e l a s a m e n a z a s c o n l l e v a n : pérdida d e autonomía,
Julia, paciente de 35 años diagnosticada de VLH asintomática, madre de dos hijos, r i e s g o d e m u e r t e , s e c u e l a s , e t c . E s t a s c i r c u n s t a n c i a s s u e l e n e s t a r acompaña-
tiene a su marido ingresado,tambiénseropositivo, en situación terminal. Acude a la das p o r u n e n o r m e i m p a c t o e m o c i o n a l y c o l o c a n a l ap e r s o n a e n u n a crisis
consulta con un altísimo nivel de ansiedad. s i t u a c i o n a l d e máxima v u l n e r a b i l i d a d psicológica. E n función d e cómo s e
m o v i l i c e n e s t a s e m o c i o n e s s e incrementará o disrrrinuirá l a r e s i l i e n c i a d e l
—Buenos días Julia... ¿Qué te sucede? e n f e r m o ( r e s i s t e n c i a f l e x i b l e ) a n t e ésta "situación n o d e s e a d a " y s e d i f i c u l t a -
—No sé, me siento muy mal, muy nerviosa ... rá o facilitará e l p r o c e s o d e adaptación d e l e n f e r m o y d e s u s f a m i l i a r e s a l a
 112 U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUNSELLING
E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O

situación q u e t i e n e n q u e a f r o n t a r . E l b i e n e s t a r d e l e n f e r m o d e p e n d e e n g r a n d u c e n ( G r e e n b e r g y P a i v i o , 2 0 0 0 ) . Y esto serealiza, e n g r a n m e d i d a , ajeno

m e d i d a d e ello. por completo a l avoluntad del a persona.
A c t u a l m e n t e , e n a l g u n o s ámbitos d e l a psicología s e tiende a c o n s i d e r a r l a s E n este c o n t e x t o , e l o b j e t i v o d e l a p o y o e m o c i o n a l es a y u d a r a l e n f e r m o a
reconocer sus emociones p a r a p o d e r entenderse y hacerse cargo d e ellas;
e m o c i o n e s c o m o epifenómenos c o g n i t i v o s , f o r z a n d o c o n e s t o u n a i n t e l e c t u a l i -
a p r e n d e r a c t i v a m e n t e a m a n e j a r las emociones desagradables y a p r e v e n i r l a s
zación e x c e s i v a d e l o s s e n t i m i e n t o s q u e , e n e s t e e n t o r n o d e c r i s i s q u e s u p o n e
ante situaciones futuras. P a r a conseguir esto deberemos:
l a e n f e r m e d a d , n o f a c i l i t a l a normalización y e l e n c u a d r e d e e s a s r e a c c i o n e s ,
d e s d e l a comprensión, e l p e r m i s o p a r a s e n t i r y l a búsqueda d e s i g n i f i c a d o . 1 ) Acompañar a l e n f e r m o , t r a b a j a r j u n t o a él p a r a q u e v i v a s u e x p e r i e n -
E n t e n d e r l a s e m o c i o n e s c o m o reacción a l p e n s a m i e n t o e s u n a i d e a útil e n cia d e s a l u d - e n f e r m e d a d ; v i d a - m u e r t e ; esperanza-desesperanza, c o n e l
algunos momentos, pero resulta perturbadora llevada a s u extremo y revela m e n o r s u f r i m i e n t o posible.
m u c h o d e l c o n t e x t o s o c i a l e n e l q u e s u r g e , d o n d e l o s científicos h a n o c u p a - 2 ) C o m p r e n d e r l o q u e l e o c u r r e e n función d e s u f o r m a d e i n t e r p r e t a r l a
do e l l u g a r y l ap r e e m i n e n c i a social q u e e notros tiempos t u v i e r o n los artis- r e a l i d a d . S u m a n e r a d e a d a p t a r s e a l a n u e v a condición q u e l a e n f e r m e d a d
t a s . V i v i m o s e n e l s i g l o d e l a razón, c o n t o d o s s u s p r o s y s u s c o n t r a s y l a p s i - i m p o n e . T r a n s m i t i e n d o l a creencia d e q u e es capaz d e p a r t i c i p a r a c t i v a -
cología n o q u e d a e x e n t a d e e s t a i n f l u e n c i a , p r i m a n d o l o s a s p e c t o s c o g n i t i v o s m e n t e e n s u t r a t a m i e n t o y e n l a t o m a d e decisiones p r e s e r v a n d o u n esta-
y c o n d u c t u a l e s s o b r e l o s a f e c t i v o s y e m o c i o n a l e s ... "Desde los tiempos de la do emocional "saludable".
Antigua Grecia ha resultado atractivo responsabilizar a las emociones de la estupidez
S e e n t i e n d e p o r d a r apoyo emocional l a creación d e u n a relación t e r a -
humana..., s i n e m b a r g o , . . . l a s emociones siguen u n a lógica implacable siem-
péutica e n l a q u e e l e n f e r m o n o s e s i e n t a j u z g a d o , n i m a r g i n a d o , . s i n o e n t e n -
p r e que las veamos desde el punto de vista de las premisas del individuo sobre
dido y ayudado p a r a poder confrontar, desde l a acogida y e lrespeto, sus
el s e l f y el mundo, incluso cuando no son realistas"... (Lazarus 2000).
temores, deseos y necesidades. A p r e n d e r a reconocer y explorar los senti-
A s p e c t o q u e también i n c l u y e e l s a b e r p o p u l a r e n e l d i c h o : ".. . E l corazón tie- m i e n t o s d e l o s o t r o s e s u n a h a b i l i d a d f u n d a m e n t a l p a r a e l psicólogo d e l a
ne razones que la razón no entiende". Y l a exploración d e e s t a s " r a z o n e s " será, c o n s a l u d . A y u d a n d o a q u e e l p a c i e n t e s e r e s p o n s a b i l i c e (dé r e s p u e s t a ) a s u s p r o -
frecuencia, n u e s t r o p r i n c i p a l o b j e t i v o e n e l a p o y o e m o c i o n a l . D eeste m o d o p i a s n e c e s i d a d e s e m o c i o n a l e s . E n o t r o c o n t e x t o , d e a y u d a a alcohólicos
conseguiremos q u e e l paciente capte s u significado y , a l entenderlas, se facili- (Wilson, 1976), se sugiere:
t e l a c a p a c i d a d p a r a m o d u l a r l a s s a b i e n d o qué s o n y d e dónde p r o v i e n e n .
... "Déjele que centre la conversación en cualquier dirección que desee... Será más exi-
E l r e c o n o c i m i e n t o d e e s t e s i g n i f i c a d o facilitará s u a f r o n t a m i e n t o . P o r
toso con los alcohólicos si no muestra pasión alguna por reformarlos y someterlos. No haga
e j e m p l o : s i u n p a c i e n t e oncológico d e s c u b r e q u e s u t e m o r e s p r o d u c t o d e l
callar a un alcohólico... Debe decidir por sí mismo hasta dónde quiere llegar. No debe ser
m i e d o a q u e s u f a m i l i a n o t e n g a r e c u r s o s económicos s i a él l e o c u r r i e r a a l g o ,
forzado o empujado... Si piensa que puede hacer el trabajo de alguna otra manera, o pre-
c o m i e n z a a p o d e r m o v i l i z a r m o d o s n u e v o s d e a f r o n t a r ese t e m o r . L o c a l i z a d a
fiere algún otro tipo de ayuda, estimúlele a que siga lo que le dieta su propia conciencia.
l a f u e n t e d e l a a n g u s t i a y c o n s i d e r a n d o a l a emoción c o m o u n a señal a d a p -
No tenemos monopolio alguno; tan sólo un método que podemos decir que resulta útil para
tativa y n o c o m o algo q u eh a y a q u e controlar, facilitaremos a l apersona q u e
nosotros"...
detecte sus necesidades emocionales y a que, c o n frecuencia, las personas n o
están h a b i t u a d a s a l a introspección. P e r r m t i r l e p a r a r s e y m i r a r s e s i n j u i c i o s ,
n i e v a l u a c i o n e s , n i g a n a s d e c a m b i a r l e . Ayudándole a p r i o r i z a r l o i m p o r t a n -
te e n u n contexto d eafirmaciones y sugerencias positivas (Erickson, 1975).
Las emociones n o s o n n iracionales, n iirracionales; sino adaptativas
P a r w i n , 1 8 7 2 / 1 9 5 5 ) . I n d i c a n qué e s l o q u e está s i e n d o i m p o r t a n t e p a r a e l
s u j e t o y l e o r g a n i z a n p a r a l a acción. G o m o e s q u e m a p r i m a r i o d e r e s p u e s t a
a n t e e l m e d i o , s u función e s m e j o r a r l a s u p e r v i v e n c i a . L a s e m o c i o n e s r e g u -
l a n l a atención, c o n t r o l a n e l e n t o r n o , b u s c a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s q u e s o n
r e l e v a n t e s p a r a l a adaptación y a l e r t a n a l a c o n c i e n c i a c u a n d o éstos s e p r o -
r
E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
"Tabla LLas ocho normas del apoyo emocional ( P a y a s , 2 0 0 1 ) .
I. N o juzgues.
II. Sé empático.
III. N o des consejos.
IV. N o p r e g u n t e s p o r qué s i e n t e l o q u e s i e n t e .
V. N u n c a cojas l a r e s p o n s a b i l i d a d d e l p r o b l e m a d e l o t r o .
VI. N o quieras interpretar.
VIL Concéntrate e n e l aquí y e l a h o r a .
VIII. Concéntrate s i e m p r e e n l o s s e n t i m i e n t o s
3 . 1 . Cómo facilitar apoyo emocional
Es i m p o r t a n t e ayudar a que el paciente t o m e conciencia d e s uderecho d e
estar o sentirse m a l , y a q u e esto facilita u n c a m i n o d e salida a los s e n t i m i e n -
t o s más d o l o r o s o s . E s d e c i r , o t o r g a r y facilitar a l paciente l a libertad de
sentirse como se siente, liberándole d e c u l p a s y e s f u e r z o s o r i e n t a d o s a f o r -
z a r s u s e m o c i o n e s h a c i a cómo d e b e s e n t i r s e .
Si se considera necesario inducir cambios e n el paciente, debe tenerse e n
c u e n t a q u e es más fácil motivar a l cambio desde l a persuasión que des-
de l a imposición. L a persuasión, a r g u m e n t a d a c o n r a z o n e s , e s c a p a z d e
movilizar, e n sentido p o s i t i v o , las emociones d el a p e r s o n a , m i e n t r a s q u e l a
imposición s u e l e g e n e r a r r e a c t i v i d a d y s e n t i m i e n t o s d e oposición. F r a s e s
t a l e s c o m o . "No esté triste, hombre, piense en positivo..." n o t r a n q u i l i z a n s i n o q u e
s u e l e n s u s c i t a r d i s t a n c i a m i e n t o e incomprensión.
E s preciso recordar q u e d a r consejos directamente - e n l u g a r d e preguntar,
explorar e lproblema y escuchar- a u m e n t a n l a^ c e r t i d u m b r e y l a ansiedad
d e l p a c i e n t e , l o c u a l es p r e c i s a m e n t e l o o p u e s t o a l o q u e s e c o n s i d e r a u n a d e -
c u a d o a p o y o e m o c i o n a l . E s c o n v e n i e n t e , además, c o n s i d e r a r q u e l o s p a c i e n -
tes q u e p a d e c e n u n a e n f e r m e d a d g r a v e n o p r e s e n t a n s i e m p r e p r o b l e m a s e m o -
c i o n a l e s q u e r e q u i e r a n d e u n a intervención psicológica específica. E n m u c h o s
casos, e l paciente d i s p o n e d e recursos personales y sociales q u e l e p e r m i t e n
hacer frente al reto que la enfermedad supone y restaurar s u equilibrio.
E n síntesis, e l a p o y o e m o c i o n a l c o n s i s t e e n : a ) a c e p t a r e l i m p a c t o e m o -
c i o n a l ; b ) p e r m i t i r q u e l a emoción s e m a n i f i e s t e e n e l e n f e r m o ; c ) c o n s e g u i r
q u e éste l a s i e n t a y l a i d e n t i f i q u e ; y , finalmente, d ) q u e éste l a c a n a l i c e e n u n a
dirección q u e f a c i l i t e e l p r o c e s o d e adaptación a l a situación e n q u e s e
encuentra.
U N A H E R R A M I E N T A B A S I C A D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUXSELLWG U 5
E l a b o r d a j e a d e c u a d o d e l m u n d o e m o c i o n a l d e l p a c i e n t e es u n p o d e r o s o
r e o r g a n i z a d o r d e l a v i d a psíquica y d e b e o c u p a r u n l u g a r c e n t r a l e n l a a t e n -
ción q u e e l psicólogo p r o p o r c i o n a e n e l ámbito h o s p i t a l a r i o . S i n o s e a c c e d e a
este n i v e l e l p o d e r d e i n f l u e n c i a d e l p r o f e s i o n a l p a r a a c t i v a r los r e c u r s o s d e l
sujeto se v e m e r m a d o . E n los casos concretos e n q u e el paciente presente u n
t r a s t o r n o psicológico d i a g n o s t i c a b l e u t i l i z a r e m o s t o d o e l a c e r v o d e técnicas
d i s p o n i b l e s d e l a psicología s i n o l v i d a r n u n c a q u e e s e l counsellingnuesttZL e s t r a -
t e g i a d e intervención p r i m a r i a . E v i t a n d o l a utilización e x c e s i v a d e e t i q u e t a s
diagnósticas e n u n c o n t e x t o d o n d e l o n o r m a l s o n r e a c c i o n e s e m o c i o n a l e s
intensas. L o s profesionales d e salud m e n t a l debemos poner m u c h o cuidado
e n e s t o s a s p e c t o s r e a l i z a n d o u n a d e c u a d o diagnóstico d i f e r e n c i a l y a q u e , e n
m u c h o s c a s o s , e s p r e f e r i b l e l a normalización d e l a emoción a l e t i q u e t a j e y p o s -
t e r i o r intervención e s t r i c t a m e n t e psicológica. P a r a finalizar, m o s t r a r e m o s u n
ejemplo:
Dra.: Bueno, María, las pruebas han dado muy buenos resultados, así que mañana
empezamos con la hidratación.
Paciente:(respira Hondo) vale...
D: Me parece que estás preocupada por algo...
Pfbqja la cabeza, encoje los hombros).
D: ¿Te apetece que hablemos de ello? (sentándose a su lado y apoyando su brazo en el
hombro).
P: (Dubitativay emocionada)... ¿y sime pasa como a Salva? (refiriéndose a unpacien-
te en trasplante quefalleció hace unos días).
D:Todos lamentamos lo que le ocurrió a Salva. Era muy especial...pero no es tu caso:
como te comentamos, tu trasplante es autólogo y no tiene porqué producirse rechazo a
tus células. Con ios métodos que contamos no hemos encontrado ningún rastro de tu
enfermedad, podríamos decir que estás curada. De hecho, hace unos años, cuando no
contábamos con este tratamiento, eso era lo que te hubiéramos dicho. En tu caso, el tras-
plante es preventivo. No queremos que te quede ninguna célula mala dando vueltas que
te pueda causar problemas a largo plazo, por eso te lo propusimos...
P: Entonces no me voy a morir durante el trasplante?
D: María, sabes que no contamos con un den por den en mediana... y creo, sincera-
mente, que en casi nada en esta vida... pero en tu caso, no tenemos nada que nos haga
pensar eso. Todo lo que sabemos nos conduce a pensar que las cosas van a salir muy
bien: has tolerado aceptablemente los ciclos de quimio anteriores, no te han salido lla-
gas en la boca, te has repuesto rápidamente, no Jiay posibilidades de rechazo hacia tus
células... como te dijimos, en tu caso hay datos para hacernos sentir muy optimistas...
P: ¿Tsi vuelve la enfermedad?
D: Me temo que eso lo desconocemos. Sólo sabemos que con el trasplante buscamos que
116 E L PSICÓLOGO E N E L A M B I T O H O S P I T A L A R I O
eso no ocurra. Tú enfermedadfue muy sensible a la quimio, por eso ahora te daremos
mayores dosis, por si quedan células que pudieran hacerla volver...
P: Pero con esas dosis no me va a pasar como a Salva, ¿no?
D: fe repito que no: tu caso es muy distinto, y aunque todos extañemos a Salva, aho-
ra tenemos que pensar en ti, y en que entres al trasplante lo mejor posible, ¿hay algo
que podamos hacer para ayudarte?
P: (Secándose las lágrimas) nada más, doctora... gracias, muchas gracias.
E l e f e c t o d e c u a l q u i e r relación d e a y u d a d e p e n d e , t a n t o d e l a s técnicas y
e s t r a t e g i a s u t i l i z a d a s , c o m o d e l a c a l i d a d d e l a relación e s t a b l e c i d a . P o r t a n -
t o , e s t i e m p o d e u n i r razón c o n emoción p a r a l l e v a r a c a b o i n t e r v e n c i o n e s d e
calidad, y ello, n o se i m p r o v i s a .
Referencias Comentadas
• O k u n , B . ( 2 0 0 1 ) . Ayudar De Forma Efectiva (Counseling): Técnicas de terapia
y entevista. B a r c e l o n a : Paidós Ibérica.
E s t a o b r a , c o n u n m a r c a d o propósito d e i n t e g r a r l o s d i s t i n t o s n i v e l e s d e
r e l a c i o n e s p e r s o n a l e s e n s u m a r c o ecológico, r e s u l t a m u y útil p a r a e l p r o -
fesional, q u e desarrolla s u l a b o r e ne l c a m p o d elas relaciones d e a y u d a .
O b r a m o d e r n a , e n e l s e n t i d o d e o r i e n t a r l a relación y l a e f e c t i v i d a d d e l
profesional por m e d i o de objetivos concretos y a corto plazo, incluye tan-
t o h a b i l i d a d e s c o m o c o n o c i m i e n t o s así c o m o u n capítulo a l a intervención
e n crisis.
E l m a r c a d o énfasis e n l o práctico l a c o n v i e r t e e n u n a o b r a útil t a n t o p a r a
f o r m a d o r e s , c o n ejercicios q u e p u e d e n r e a l i z a r s e " e n clase", c o m o p a r a
psicólogos q u e y a e j e r c e n p o r m e d i o d e o p o r t u n a s a u t o e v a l u a c i o n e s .
• M i l l e r , W . y R o l l n i c k , S . ( 1 9 9 9 ) . La Entrevista Motivacional. Preparar para el
cambio de conductas adictivas. B a r c e l o n a : Paidós Ibérica.
S i b i e n e s t a o b r a está o r i e n t a d a i n i c i a l m e n t e a l c a m p o d e l a s c o n d u c t a s
a d i c t i v a s e s , p o r s u d e s a r r o l l o e intención, u n a o b r a útil p a r a c u a l q u i e r
c a m p o d e l a psicología e n e l c u a l d e b a n r e a l i z a r s e c a m b i o s y s e a n e c e s a -
r i a l a motivación d e l p a c i e n t e . E l énfasis e n l a n o d i r e c t i v i d a d y e n lá
asunción d e l a a m b i v a l e n c i a q u e l o s p a c i e n t e s p r e s e n t a n así c o m o e l p r o -
f u n d o h u m a n i s m o q u e desprende s uf o r m a d e concebir las relaciones
h u m a n a s , a s p e c t o n u c l e a r d e l counselling, l o h a c e u n a o b r a v a l i o s a y útil.
S i g u i e n d o las fases d e P r o c h a s k a y D i C l e m e n t e v a p e r f i l a n d o las h a b i l i -
dades y formas d e abordaje d elos ditintos retos que sele presentan al pro-
f e s i o n a l q u e a y u d a a l c a m b i o . S i n o l v i d a r l a d e u d a histórica q u e tiene e l
U N A H E R R A M I E N T A BÁSICA D E L PSICÓLOGO H O S P I T A L A R I O . EL COUJÍSELUKG 1 1 7
counselling c o n q u i e n f u e p r o b a b l e m e n t e e l p r i m e r o e n c r e a r u n m o d e l o
c o h e r e n t e d e l a s h a b i l i d a d e s d e l t e r a p e u t a n e c e s a r i a s p a r a l a facilitación
d e l c a m b i o : C a r i R o g e r s y s u relación c e n t r a d a e n e l p a c i e n t e ( 1 9 5 9 ) q u e
t a n t o s e a s e m e j a a las actitudes q u e s e c o n s i d e r a n i m p r e s c i n d i b l e s e n e l
counsellinghay e n día.
• P e t e r M a g u i r e ; A n n F a u l k n e r ( 1 9 8 8 ) . C o m m u n i c a t e w i t h cáncer p a t i e n t :
1 H a n d l i n g b a d n e w s a n d d i f f i c u l t q u e s t i o n s . British Medical Journal, 297,
907-909.
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E s t o s d o s artículos, q u e p u e d e n c o n s i d e r a r s e c o m o u n a u n i d a d , p e s e a
t e n e r más d e d i e z años, s i g u e n s i e n d o t a n t o p o r s u e n f o q u e práctico y d i r e c -
t o , c o n e j e m p l o s d e diálogos extraídos d e l a práctica d i a r i a e n u n h o s p i t a l ,
c o m o p o r las sugerencias e nl a f o r m a d e a b o r d a r a l paciente y sus p r e o c u -
p a c i o n e s u n r e f e r e n t e e n l a práctica d e l counselling. A b o r d a c o m o d a r m a l a s
n o t i c i a s , c o n t e s t a r p r e g u n t a s difíciles y m a n e j a r l a s r e a c c i o n e s e m o c i o n a l e s
q u e e l p r o f e s i o n a l s a n i t a r i o s e e n c u e n t r a e n e l p a c i e n t e oncológico.
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