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Ricardo Torques em Concursos Públicos


23/05/2019

Lei 13.831/2019: o que


mudou na legislação
eleitoral?
Olá pessoal, tudo certo?

Estudar Direito Eleitoral é sempre um desa!o, pois além de uma colcha


de retalhos de normas (Constituição, CE, Lei das Eleições, Lei dos
Partidos Políticos, Lei de Inelegibilidades…), as atualizações são
frequentes.

E não é que veio mais uma?!

No dia 20 de maio foi publicada a Lei 13.831/2019.

Essa é menor, se comparada às atualizações da Lei 13.165/2015, Lei


13.487/2017 e Lei 13.488/2017. Contudo, como sabemos que o
examinador !ca atento às atualizações legislativas, vamos analisar
didaticamente a Lei 13.831/2019 que altera trechos da Lei dos Partidos
Políticos.

A nova Lei trata dos seguintes temas:

1 – Prazo de vigência dos diretórios provisórios de partidos políticos;

2 – Dispensa de prestação de contas quando o diretório municipal não


movimentar recursos;

3 – Proibição de inscrição dos dirigentes partidários no CADIN;

4 – Responsabilidade dos dirigentes partidários em caso de


desaprovação das contas; e

5 – Regras sobre aplicação dos recursos nos programas de


participação da mulher na política.

São vários pontos, mas não se assuste, pois são alterações pontuais na
legislação.

Evidentemente que todos esses pontos serão alterados em nossos livros


digitais publicados no Estratégia. Se você é aluno, receberá uma
mensagem na plataforma, com informações sobre a substituição das
aulas e eventuais acréscimos/substituição de aulas em vídeo.

Antes de seguirmos, deixo abaixo meu contato no Instagram e por e-


mail.

Temos um per!l especí!co para tratar exclusivamente de Direito


Eleitoral:

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O voto em trânsito foi criado em 2009 apenas para a eleição aos cargos
de Presidente e de vice-Presidente da República. Com a Lei nº
13.165/2015, o voto em trânsito foi ampliado para abranger todos os
cargos das eleições gerais.
O voto em trânsito vem disciplinado no art. 233-A. Vejamos o caput:
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o
direito de votar para Presidente da República, Governador, Senador,
Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital em urnas
especialmente instaladas NAS CAPITAIS E NOS MUNICÍPIOS COM MAIS
DE CEM MIL ELEITORES. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
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Aguardo seu contato.

Vamos lá!

Lei 13.831/2019: o que mudou na legislação eleitoral?

1 – Prazo de vigência dos diretórios provisórios de partidos políticos

Essa é uma alteração pontual! Os diretórios provisórios de partidos


políticos são constituídos em fase de transição da direção do órgão
partidário ou quando da sua constituição inicial. A pretensão é manter
uma gestão minimamente organizada até que haja constituição desse
novo diretório pelo trâmite e regras do estatuto do partido.

Na prática, entretanto, esse diretório provisório acabava se tornando


de!nitivo! Uma vez constituído provisoriamente, em alguns casos, esses
diretórios não são votados ou demoravam ser constituídos de forma
de!nitiva.

Em razão disso, na Res. TSE 23.571/2018, o órgão máximo da Justiça


Eleitoral !xou prazo de 180 dias para constituição de diretórios
de!nitivos.

A Lei 13.831/2019 !xou outro prazo: até 8 anos!

§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos


políticos poderá ser de até 8 (oito) anos.

§ 4º Exaurido o prazo de vigência de um órgão partidário, !cam


vedados a extinção automática do órgão e o cancelamento de
sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Além disso, como reação à Resolução acima citada – que previa


cancelamento automático caso não fosse constituído o diretório
de!nitivo até 30/6/2019 – vedou-se expressamente a extinção
automática.

Sigamos!

2 – Dispensa de prestação de contas quando o diretório municipal não


movimentar recursos

Anualmente os partidos prestam contas à Justiça Eleitoral com a


apresentação de balanço contábil do ano anterior. E se o partido não
teve movimentação !nanceira, ainda assim deveria prestar contas?

Os §4º, 6º e 7º do art. 32, da Lei dos Partidos Políticos, esclareceram essa


discussão para !xar a desnecessidade de prestação de contas, desde
que haja apresentação até o dia 30/4 de “declaração de ausência de
movimentação de recursos”. Esse prazo de 30/4 é o que todos os
partidos devem observar para prestação de contas anual. Assim, se o
partido não teve movimentação !nanceira, deverá apresentar tão
somente a declaração.

Veja:

§ 4º Os órgãos partidários municipais que não hajam


movimentado recursos !nanceiros ou arrecadado bens
estimáveis em dinheiro !cam desobrigados de prestar contas à
Justiça Eleitoral e de enviar declarações de isenção, declarações
de débitos e créditos tributários federais ou demonstrativos
contábeis à Receita Federal do Brasil, bem como !cam
dispensados da certi!cação digital, exigindo-se do responsável
partidário, no prazo estipulado nocaputdeste artigo, a
apresentação de declaração da ausência de movimentação de
recursos nesse período.

(…)

§ 6º A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil reativará


a inscrição dos órgãos partidários municipais referidos no § 4º
deste artigo que estejam com a inscrição baixada ou inativada,
mediante requerimento dos representantes legais da
agremiação partidária à unidade descentralizada da Receita
Federal do Brasil da respectiva circunscrição territorial, instruído
com declaração simpli!cada de que não houve movimentação
!nanceira nem arrecadação de bens estimáveis em dinheiro.

§ 7º O requerimento a que se refere o § 6º deste artigo indicará


se a agremiação partidária pretende a efetivação imediata da
reativação da inscrição pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil ou a partir de 1º de janeiro de 2020, hipótese
em que a efetivação será realizada sem a cobrança de
quaisquer taxas, multas ou outros encargos administrativos
relativos à ausência de prestação de contas.

Para encerrar, duas observações:

1ª – Se a inscrição perante a Receita Federal do órgão municipal estiver


desativada por ausência de prestação de contas, a apresentação da
declaração será o su!ciente para que a inscrição CNPJ seja regularizada;
e
2ª – É possível requerer que essa reativação da inscrição do órgão
municipal do partido se dê apenas a partir de 1° de janeiro de 2020, ano
das eleições municipais. Assim, mesmo que requerido antes, pode-se
requerer os efeitos da reativação no início de 2020.

3 – Proibição de inscrição dos dirigentes partidários no CADIN.

O CADIN é um banco de dados com informações de pessoas (naturais e


jurídicas) que são devedoras de créditos da Administração Pública
Federal, direta ou indireta. Por consequência, quem estiver inscrito no
cadastro não poderá abrir contas, utilizar cheque especial e participar de
licitações.

A Lei 13.831/2019 estabeleceu que o dirigente do partido não poderá, na


hipótese de desaprovação das contas, ser inserido no CADIN.

Con!ra:

§ 8º As decisões da Justiça Eleitoral nos processos de prestação


de contas não ensejam, ainda que desaprovadas as contas, a
inscrição dos dirigentes partidários no Cadastro Informativo dos
Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).

Fácil essa, não?!

4 – Responsabilidade dos dirigentes partidários em caso de


desaprovação das contas.

O §13 do art. 37 da Lei dos Partidos Políticos prevê a “responsabilização


pessoal civil e criminal dos dirigentes partidários decorrente da
desaprovação das contas partidárias e de atos ilícitos atribuídos ao
partido político apenas quando !car comprovada “irregularidade grave e
insanável resultante de conduta dolosa que importe enriquecimento
ilícito e lesão ao patrimônio do partido”.

Parte da doutrina critica a redação desse artigo, no sentido que ela cria
um benefício ao dirigente do partido. A!nal, o cidadão (nas suas relações
entre privados) se submete às regras do Código Civil que permitem a
responsabilização pela prática de ato ilícito, não apenas ilícitos graves e
insanáveis, que decorram de conduta dolosa capaz de importar
enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do partido. Entende essa
corrente haver violação ao princípio republicano, à igualdade e à
proporcionalidade.

Justamente em razão dessa discussão, a Procuradoria da República


ajuizou a ADI 5.478, ainda em trâmite.

Nesse contexto, a Lei 13.831/2019 veio justamente no sentido contrário


do que se pleiteia na ADI, con!ra:

§ 15. As responsabilidades civil e criminal são subjetivas e, assim


como eventuais dívidas já apuradas, recaem somente sobre o
dirigente partidário responsável pelo órgão partidário à época
do fato e não impedem que o órgão partidário receba recurso do
fundo partidário.

Prevê a lei que além de a responsabilização se dar nas hipóteses de


“irregularidade grave e insanável resultante de conduta dolosa que
importe enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do partido”, trata-se
de hipótese subjetiva de responsabilização, por intermédio da qual
deve-se demonstrar o dolo ou culpa do dirigente partidário.
Duas observações !nais:

1ª – A responsabilidade deve atingir apenas o dirigente que estava à


frente do órgão partidário na época do fato.

2ª – Caso !que provada a responsabilidade (civil e criminal) do dirigente,


o partido político, por esse fato, não estará impedido de receber
recursos do fundo partidário.

Sigamos!

5 – Regras sobre aplicação dos recursos nos programas de


participação da mulher na política.

Aqui temos três alterações pequenas dentro de um mesmo grupo de


assuntos.

Antes vamos contextualizar o tema.

De acordo com o art. 44, V, da Lei dos Partidos Políticos, o mínimo de 5%


dos recursos do Fundo deve ser destinado à criação e manutenção de
programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres.

Para melhor aplicação da regra, a Lei 13.831/2019, trouxe algumas


alterações na Lei dos Partidos Políticos:

1ª alteração: Os partidos devem abrir conta exclusiva para


movimentação desses recursos.

2ª alteração: Os partidos políticos que antes de 2019 não observaram o


percentual de 5% não podem ter contas rejeitadas ou sofrer outras
penalidades. O fundamento dessa regra está no fato de que os partidos
políticos não dispuseram de tempo su!ciente para se adaptar à
exigência legal.

Em síntese, a exigência dos 5% do Fundo para criação e manutenção de


programas de promoção e difusão da participação política das mulheres
passa a valer efetivamente em 2020.

É justamente em razão dessa regra que a Lei 13.831/2019 previu que o


partido que reservou o dinheiro para utilização para essa !nalidade, mas
ainda não usou do recurso, poderá utilizá-lo em 2020, como forma de
compensação ao que deveria ter utilizado.

3ª alteração: A partir de 2020, se não aplicar o recurso conforme


prescrito, o partido político sofrerá desaprovação das contas.

Para encerrar, vamos ler a legislação:

Art. 42. (…)

§ 1º O órgão de direção nacional do partido está obrigado a abrir


conta bancária exclusivamente para movimentação do fundo
partidário e para a aplicação dos recursos prevista no inciso V
do caput do art. 44 desta Lei, observado que, para os demais
órgãos do partido e para outros tipos de receita, a obrigação
prevista neste parágrafo somente se aplica quando existir
movimentação !nanceira.

§ 2º A certidão do órgão superior, ou do próprio órgão regional e


municipal, de inexistência de movimentação !nanceira tem fé
pública como prova documental para aplicação do art. 32 desta
Lei, sem prejuízo de apuração de ilegalidade de acordo com o
disposto no art. 35 desta Lei.
Art. 55-A. Os partidos que não tenham observado a aplicação de
recursos prevista no inciso V do caput do art. 44 desta Lei nos
exercícios anteriores a 2019, e que tenham utilizado esses
recursos no !nanciamento das candidaturas femininas até as
eleições de 2018, não poderão ter suas contas rejeitadas ou
sofrer qualquer outra penalidade.”

Art. 55-B. Os partidos que, nos termos da legislação anterior,


ainda possuam saldo em conta bancária especí!ca conforme o
disposto no § 5º-A do art. 44 desta Lei poderão utilizá-lo na
criação e na manutenção de programas de promoção e difusão
da participação política das mulheres até o exercício de 2020,
como forma de compensação.

Art. 55-C. A não observância do disposto no inciso V do caput do


art. 44 desta Lei até o exercício de 2018 não ensejará a
desaprovação das contas.

É isso, chegamos ao !nal de nossa análise.

Podemos concluir, em síntese, que as alterações foram as seguintes:


Fico à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas!

Bons estudos

Prof. Ricardo Torques

rst.estrategia@gmail.com

www.instagram.com/eleitoralparaconcurso
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Ricardo Torques
Ricardo Torques é natural de Colombo/PR, formado em Direito pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR) em 2009, pós-graduado em Direito Processual Civil pela
Faculdade Assis Gurgacz (FAG), em 2012. Em 2009 foi aprovado no concurso de
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda. Foi assessor jurídico em
Vara de Infância e Juventude na Comarca de Cascavel/PR. Entre os anos de 2010 a 2015
foi aprovado em concursos de tribunais, TRT da 9ª região, TRT da 4ª Região, TRE-PR, TRT
da 1ª Região. Foi assistente de Juiz do TRT da 9ª Região. Foi professor no Concurseiros
24 Horas e Focus Concursos. Atualmente é professor e coordenador do Estratégia
Carreira Jurídica nas disciplinas de Direito Processual Civil, Direito Eleitoral, Direitos
Humanos e Direito da Criança e do Adolescente.

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VEJA OS COMENTÁRIOS:

DIOGENES SANTOS DE SOUZA 20/01/2020 às 11:59


LEGAL

Paulo sutil 15/09/2019 às 4:05


Olá amigo, difícil acreditar que o sistema politico caminha para facilitar a vida da
população sem antes de facilitar a vida daqueles que detém o poder.. Acredito que a
participação da população na reforma politica via plebiscito é imprescindível mas
certamente incomoda e confronta os interesses dos poderosos que desejam facilitar
a vida na ação politica corrompida que hoje é visível e agressiva a sociedade
brasileira.

Lucio Antonio Madureireira 24/06/2019 às 9:08


Caro Mestre muito bem explicado, mas como !ca essa caso da Resolução TSE 23.571
e esse 180 dias previsto que o prazo termina dia 30.06.2019, e para os partidos que
ainda não tem nem comissão provisória na cidade, como !ca e o prazo começa
quando para !ns da eleição de 2020.

Lílian 23/05/2019 às 8:39


Texto muito esclarecedor. Muito obrigada, professor por disponibilizar. Parabéns!
Um grande abraço. Lílian.

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