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TCC II - Destalonadora - Impressão Final v2 PDF
TCC II - Destalonadora - Impressão Final v2 PDF
TCC II - Destalonadora - Impressão Final v2 PDF
GOIÂNIA
NOVEMBRO DE 2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA)
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
GOIÂNIA
NOVEMBRO DE 2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA)
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
AVALIADORES:
_______________________________________________________________
Profa.Me. Evlyn de Jesus Fernandes
Leitor – UNIALFA
______________________________________________________________
Prof.Esp. Wender Rabelo Pereira
Leitor – UNIALFA
GOIÂNIA
NOVEMBRO DE 2019
RESUMO
This research performed a case study on automation of a hydraulic tire misalignment equipment
(Single Hook Tire Debacking Machine), using improvements in the execution of a floor tire
processing plant. This work consists of a case study with quantitative approach, exploratory
objective and applied application. The methodology used was the literature review on the
subject and the detailed study of the equipment with data collection, analysis of possible points
of improvement and the suggestion of a new model of equipment to perform the same service,
however, more often. use and less dependence of the company on manual operations. To use
the simulation software that allows to validate the entire design of the hydraulic circuit and its
components with emphasis on pumps, actuators such as valves, reservoir and hoses. The
simulations also allow anticipating possible project failures, highlighting the technology that
works in favor of students. The automation process, the main improvement suggested to achieve
the largest increase, is detailed in Ladder language. The goal has been demonstrated how to
achieve general improvements in the general use of equipment used using bottlenecks,
primarily using hydraulic automation by implementing an idea of using computer controlled
machines. The estimated results of changes in work lead the company to a nominal capacity
increase of this equipment by 236%.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 12
1.1 Reciclagem de pneus ........................................................................................... 12
1.2 Sistemas hidráulicos ........................................................................................... 14
1.2.1 Tipos de circuitos Hidráulicos ....................................................................... 15
1.2.2 Bombas ............................................................................................................ 17
1.2.3 Atuadores ........................................................................................................ 19
1.2.4 Controle direcional ......................................................................................... 24
1.2.5 Controle de Pressão ........................................................................................ 25
1.2.6 Controle de Vazão .......................................................................................... 27
1.2.7 Tubulações ....................................................................................................... 28
1.3 Controladores Lógicos programáveis ............................................................... 30
1.4 Sensores ............................................................................................................... 31
1.5 Produtividade ...................................................................................................... 32
1.6 Sistemas de Automação ...................................................................................... 33
1.7 Manufatura auxiliada por computador (CAM) .............................................. 34
2 METODOLOGIA................................................................................................... 36
3 DISCUSSÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS DADOS COLETADOS ........ 39
3.1 O estudo de caso .................................................................................................. 39
3.2 Dados coletados referente ao processo de destalonamento inicial ................. 40
3.3 Análise dos dados iniciais e pontos de melhoria .............................................. 42
3.4 Dimensionamentos dos Atuadores .................................................................... 45
3.5 Dimensionamento das Tubulações e Mangueiras Hidráulicas ....................... 49
3.6 Seleção das Válvulas hidráulicas ....................................................................... 49
3.7 Dimensionamento da Bomba ............................................................................. 49
3.8 Esquema Hidráulico e Eletrônico ..................................................................... 50
3.9 Resultados de Produtividade ............................................................................. 50
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 53
APÊNDICE A – Esquema Hidráulico ......................................................................... 56
APÊNDICE B – Lógica Ladder e Circuito Eletrônico .............................................. 57
10
INTRODUÇÃO
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme pode ser observado na Figura 1 os equipamentos são dispostos de forma linear,
facilitando o transporte do pneu/granulado por meio de esteiras entre cada etapa do processo.
Visto que todo o processo neste modelo de reciclagem é mecânico não se tem nenhuma
produção de resíduo atmosférico ou hídrico (CAMPOS; FLORÊNCIO, 2013). Sendo assim, é
possível conseguir com um processo relativamente limpo a reciclagem dos pneus, que devido
ao grande número de veículos que circulam nas cidades e rodovias do Brasil acabam por
representarem um grande impacto. No Brasil, apenas no ano de 2011, de acordo com Campos
e Florêncio (2013), foram gerados cerca de 29,9 milhões de pneus inservíveis. Ressalta-se ainda
14
que a busca da correta destinação desses pneus atentando-se ao meio ambiente há tempos é
regulada por leis ambientas como por exemplo a Resolução CONAMA nº 258 (1999).
Circuitos hidráulicos são sistemas que usam de fluidos confinados e pressurizados como
meio de transferência de movimento e força (DURFEE;SUN;VEN, 2015). Para tal é necessário
que um conjunto de "componentes com funções bem definidas, conversão, controle e limitação
de energia" (LINSINGEN, 2013, p. 17) sejam associados.
Por meio da ilustração apresentada na Figura 2 é possível verificar um macaco hidráulico
que funciona a partir do Princípio de Pascal no qual um circuito hidráulico extremamente
simples permite ao operador erguer cargas consideráveis a partir da aplicação de uma força
relativamente baixa. Isso é realizado através de uma amplificação da força F0 devido a
diferença nas áreas dos êmbolos. Segundo Fialho (2015), temos uma conversão da energia
mecânica em energia hidráulica, seguida de uma conversão de energia hidráulica para energia
mecânica.
Fonte: Scoda1
1
Disponível em:<www.scoda.itEnglishPdf> Acesso em Oct. 2019
16
Fonte: lunchboxsession2
Assim sendo, na maior parte das vezes que os dois modelos de circuito – série e paralelo
– são possíveis de projetar é recomendado adotar os circuitos em paralelo quando objetiva-se
maior eficiência simplificação da automação do circuito.
2
2Disponível em:<https://bit.ly/2os5VV1> Acesso em Oct. 2019
17
1.2.2 Bombas
Fonte: Scoda3
Fonte: lunchboxsession54
3
3Disponível em:<www.scoda.itEnglishPdf> Acesso em Oct. 2019
4
Disponível em:<https://bit.ly/2os5VV1> Acesso em Oct. 2019
18
Existem dois modos de alterar a vazão das bombas. O primeiro é pela variação da
rotação do motor de acionamento, geralmente pelo uso de inversores de frequência
para motores de indução. O segundo é pela variação de volume deslocado, que implica
na variação da geometria da bomba. Esse expediente somente se aplica a bombas de
volume variável, ou seja, bombas de palhetas de excentricidade variável ou bombas
de êmbolo axiais com prato inclinado. Para todas as outras, o volume deslocado é fixo.
(FIALHO, 2011, p. 83)
Pode-se então dizer que, em circuitos hidráulicos que se deseja um melhor controle sobre
a vazão – e consequentemente um maior controle sobre a velocidade de avanço dos atuadores
lineares - uma solução usual é a seleção de bombas de deslocamento variável. Sendo assim,
para circuitos hidráulicos industriais em que se deseja um controle de velocidade dos atuadores
lineares é importante a utilização de bombas hidrostáticas com deslocamento variável. Para a
seleção da bomba hidrostática adequada utiliza-se as equações dadas por Fialho (2015), em que
a equação 1.3.2.1 calcula a vazão da bomba e a equação 1.3.2.2 calcula a pressão.
𝐐𝐁 :Vazão da Bomba
𝐐𝐢𝐫 : Vazão induzida de Recuo
𝐐𝐢𝐚: Vazão induzida de Avanço
𝑃𝐵 ≥ 𝑃𝑇𝐵 + Δ𝑇 (1.2.2.2)
Sendo:
𝑃𝐵 :Pressão da Bomba
𝑃𝑇𝐵 : Pressão de Trabalho
𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎𝑇 : Perda de Carga Total
1.2.3 Atuadores
Os atuadores lineares, ilustrados na Figura 8, que também são conhecidos por motores
lineares ou cilindros hidráulicos são responsáveis por movimentar cargas linearmente através
do seu avanço e recuo. Este movimento ocorre devido a pressão aplicada em um êmbolo. Os
cilindros hidráulicos, então, agem "transformando energia hidráulica previamente condicionada
na unidade de limitação e controle em energia mecânica de saída." (LINSINGEN, 2013, p. 93).
Os atuadores lineares podem ser classificados em função da sua forma de ação, tipo
construtivo e modo de fixação (LINSINGEN, 2013). Para a forma de ação tem-se cilindro de
ação simples ou dupla e quando se trata da forma de fixação tem-se a forma articulada ou fixa
(EXNER; FREITAG; GEIS, 1991). O cilindro exposto na Figura 8 é definido como um
20
atuador hidráulico de dupla ação fixo. A simbologia utilizada para a representação dos diversos
tipos de cilindros está indicada na Figura 9.
η𝑎𝑡 ・𝐹𝑎
𝐷𝑝𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑇𝐵 = 2 ∙ √
π ・𝑃𝑡𝑏
(1.2.3.2)
sendo:
𝜂𝑎𝑡 : rendimento do atuador
𝐹𝑎 : Força de Avanço
𝑃𝑡𝑏 : Pressão de trabalho
𝐷𝑝𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑇𝐵 : Diâmetro do pistão calculado
21
4 ・𝐹𝑎 ・η𝑎𝑡
𝑃𝑡𝑏 = (1.2.3.3)
π ・𝐷2
sendo:
𝜂𝑎𝑡 ∶ redimento do atuador
𝐹𝑎 : Força de Avanço
𝑃𝑡𝑏 : Pressão de trabalho
𝐷𝑝 : Diâmetro do pistão comercial
O dimensionamento da haste, de acordo com Fialho (2011), deve ser feito pelo critério
de Euler, no qual se obtém o diâmetro mínimo da haste, dada pela equação (1.2.3.4) observando
principalmente a forma de fixação do pistão e a forma de fixação da carga na ponta da haste
que pode ser observada em Figura 10. Com diâmetro mínimo pode-se escolher a haste que
atende a relação expressa na equação(1.2.3.5).
4 64 ・ 𝑆 ・λ2 ・𝐹𝑎
𝐷ℎ = √ (1.2.3.4)
π3 ・𝐸
sendo:
𝑆 ∶ Coeficiênte de Segurança (3,5)
𝐹𝑎 ∶ Força de Avanço
𝑃𝑡𝑏 ∶ Pressão de trabalho
𝑑ℎ ∶ Diâmetro mínimo da haste
22
Para cursos maiores que 100 cm, é necessário o uso de buchas distanciadores, escolhidas
de acordo com catálogos dos fabricantes, de forma a diminuir cargas sobre a haste no ponto
máximo de avanço do cilindro. (FIALHO, 2015) . Tendo em mãos os tempos necessários para
os processos de avanço e recuo do cilindro utiliza-se a equação (1.2.3.6) para calcular a
velocidade de avanço e equação (1.2.3.7) para a velocidade de recuo. Para determinar as vazões
de avanço e recuo são usados as equações (1.2.3.8) e (1.2.3.9) respectivamente
𝐿ℎ
𝑣𝑎 = (1.2.3.6)
Δ𝑡𝑎
sendo:
23
𝐿ℎ
𝑣𝑟 = (1.2.3.7)
Δ𝑡𝑟
sendo:
𝑣𝑟 : Velocidade de Avanço
𝛥𝑡𝑎 : tempo de avanço
𝐿ℎ : Curso da haste
π ・𝐿ℎ ・𝐷2
𝑄𝑎 = (1.2.3.8)
Δ𝑡𝑟4 ・Δ𝑡𝑎
sendo:
𝑄𝑎: Velocidade de Recuo
𝛥𝑡𝑎 : tempo de avanço
𝐿ℎ : Curso da haste
𝐷𝑝 : Diâmetro do pistão comercial
π ・𝐿ℎ・(𝐷𝑝2 − 𝑑ℎ2 )
𝑄𝑟 = (1.2.3.9)
4 ・Δ𝑡𝑟
sendo:
𝑄𝑟: Vazão de Recuo
𝛥𝑡𝑟 : tempo de recuo
𝐿ℎ : Curso da haste
𝐷𝑝 : Diâmetro do pistão comercial
𝑑ℎ : Diâmetro da haste comercial
24
As ações de avanço e recuo dos atuadores lineares são provocadas pelo fluxo de óleo que
é direcionado para as câmaras do cilindro. Tal condução do óleo ocorre devido às válvulas
direcionais, vistas na Figura 11, que são definidas como dispositivos mecânicos que regulam
a direção do fluxo por meio de uma série de canais embutido em seu corpo. (DURFEE, SUN e
VEN, 2015).
Fonte: lunchboxsession5
É possível verificar, na Figura 11, uma válvula direcional em corte que faz o uso de
carretéis deslizantes. De acordo com Linsingen (2013) as válvulas direcionais que utilizam
carretéis deslizantes são o tipo mais comum de válvulas encontradas no mercado. Estas válvulas
são classificadas em catálogos pelo seu número de orifícios (vias de passagem interna de óleo)
e posições de acionamento. (FIALHO, 2015).
As válvulas são determinadas por suas posições, que se referem ao número de mudanças
que o carretel pode assumir internamente de forma a direcionar o fluxo para suas devidas linhas,
sendo que na simbologia estas posições são representadas por quadrados, também chamados de
envelopes. Já portas são a quantidade de entradas e saídas, ou seja por onde o óleo é conduzido
através do corpo da válvula. (SILVA, 2016). Na Figura 12, observa-se uma válvula de 4 vias,
3 posições, centro fechado e operada via solenoide ou linha piloto.
5
Disponível em:<https://bit.ly/2os5VV1> Acesso em Oct. 2019
25
Figura 12: Simbologia Válvula Direcional 4 portas, 3 Posições, centro fechado e operada
via solenoide ou linha piloto
Fonte: lunchboxsession6
As válvulas direcionais podem ser acionadas via linhas piloto, alavancas ou solenoides.
Mas quando se trata de interligação entre sistemas de energia e sistemas de informação
normalmente opta-se por controle via solenoides que serão acionadas pelo CLP. (EXNER;
FREITAG; GEIS, 1991). O dimensionamento das válvulas direcionais conforme Durfee, Sun
e Ven (2015) é realizado pelo cálculo da vazão e pressões máximas que deverão ser suportadas.
Como apontando por Fialho (2015), as válvulas direcionais podem ter vários tipos de
configurações de centro. Estes centros também são utilizados para identificar o tipo de válvula
direcional. Os nomes e diferentes tipos de centros podem ser observadas na Figura 13.
Fonte: lunchboxsession67
6
Disponível em:<https://bit.ly/2os5VV1> Acesso em Oct. 2019
7
Disponível em:<https://bit.ly/2os5VV1> Acesso em Oct. 2019
26
Fonte: USP8
8
Disponível em:<https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=925274> Acesso em Oct. 2019
27
´
Fonte: (EXNER, FREITAG e GEIS, 1991)
28
Fonte: USP9
1.2.7 Tubulações
𝑣 ・ 𝑑𝑖
𝑅𝑒 = (1.2.7.1)
υ
Sendo
𝑣: Velocidade recomendadas
𝑑𝑖: Diâmetro interno da tubululação
𝜐 : Viscosidade do Fluido em Stokes
𝑅𝑒 : Número de Reynolds
De acordo com Fialho (2011) para tubulações de pressão a velocidade recomendada pode
ser obtida a partir da Equação (1.2.7.2), sendo tal velocidade usada para encontrar o diâmetro
mínimo da tubulação e também para checagem da condição de escoamento laminar. Além disso,
9
Disponível em:<https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=925274> Acesso em Oct. 2019
29
𝑐𝑚
para tubulações de retorno e sucção as velocidades recomendas são respectivamente, 300 𝑠
𝑐𝑚
e 100 .
𝑠
1
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐 = 121,65 ・𝑃3,3 (1.2.7.2)
Sendo
𝑃 : Pressão máxima do atuador
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐: velocidade recomendada para tubulações de pressão
𝑄
𝑑𝑖𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 ≥ √ (1.2.7.3)
0,015 ・π ・ 𝑣
Sendo:
Q: vazão máxima do sistema em 𝑙/𝑚𝑖𝑛
v: velocidade recomendada 𝑐𝑚/𝑠
Para o cálculo da bomba considera-se a perca de carga nas tubulações das linhas de
pressão, sendo que tais perdas são calculadas a partir da Equação (1.2.7.4)
5 ・ (𝐿1 + 𝐿2)・ρ ・ 𝑣 2
Δ𝑃 = Ψ ∙ (1.2.7.4)
𝑑𝑖 ・ 1010
Sendo:
𝛹 : fator de atrito dada pela
𝐿1 : Comprimento da tubulação retilínea em cm
𝐿2 : Comprimento equivalente das singularidades em cm.
𝑑𝑖: Diâmetro interno do tubo comercial em cm
𝜌 ∶ Massa espec. do fluido em 𝑘𝑔/𝑚3
ΔP : Perca de Carga na tubulação (localizada + distribuída)
30
1.4 Sensores
Sensores são elementos de entrada de um circuito, que muitas vezes executam a função
de transdução de um tipo de energia em outra, sendo assim denominados também como
transdutores. Segundo Dunn (2013, p. 45) transdutor é um “elemento, dispositivo ou
instrumento que recebe a informação na forma de uma quantidade e converte esta informação
para esta mesma forma ou outra diferente”.
É possível verificar, por exemplo, que em sistemas hidráulicos são utilizados os sensores
para controlar os atuadores lineares, sendo dessa forma localizados em posições que facilitem
a identificação no fim do processo de recuo ou avanço de um cilindro hidráulico. Portanto, de
acordo com Ordoñez, Penteado e Silva (2005) os sensores fim de curso ou chave-limite são
dispositivos eletrônicos que contêm duas partes principais: atuador e contatos elétricos, como
pode ser visto na Figura 18. Estes tipos de sensores funcionam partindo do princípio de que ao
se tocar no atuador é fechado um contato que possibilita o envio do sinal para informar que se
chegou na posição desejada.
As chaves fim de curso são projetadas para operar apenas quando um limite
predeterminado é alcançado, e são geralmente acionadas pelo contato com um objeto,
como um ressalto. Estes dispositivos tomam o lugar dos operadores humanos e são
muitas vezes utilizados em circuitos de acionamento de processos de máquinas para
comandar a partida, a parada ou a reversão dos motores (PETRUZELLA, 2005, p. 87).
Logo, pode-se dizer que o controle de processos e o aumento de produtividade pode ser
obtido pela inclusão de sensores fim de curso e sistemas de controle que visam a automação do
processo. Neste contexto, para Silva (2016) a utilização dos chaves-limitadoras possui as
seguintes vantagens: baixo custo de aquisição, facilidade na instalação, manutenção e
32
inspecionamento, boa vedação o que lhes confere alta resistência em ambientes hostis. Em suma,
a utilização é indicada para sistemas hidráulicos mesmo quando expostos a ambientes hostis.
1.5 Produtividade
𝑜𝑢𝑡𝑝𝑢𝑡
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑖𝑛𝑝𝑢𝑡 (1.5.1)
Fica evidente, diante desse quadro que a produtividade é relativa ao processo que será
mensurado e com o objetivo da empresa. Vale ressaltar que para Costa Junior (2008) o aumento
de produtividade deve ser focado em processos "gargalos", ou seja aqueles que tem grande
importância na linha de produção, sendo que tal intervenção pode ser feita por meio da
implementação dos recursos de automação e mecanização.
O senso comum leva a entender o aumento de produtividade de maneira bem mais direta
e simples como sendo simplesmente sempre produzir mais em menos tempo. Este conceito se
aplica sem grandes ressalvas nas análises quantitativas de qualquer fábrica. No entanto, quando
feita uma análise mais aprofundada, percebe-se que existe um certo antagonismo entre
33
Uma série de simulações podem ser realizadas objetivando evitar grandes gastos com
protótipos. A ideia de softwares auxiliando possibilita de maneira simples que as falhas sejam
previstas antes dos gastos com a produção e ainda se pode através de simulações obter o
desempenho esperado (valores nominais) para cada item projetado. Esses dados projetados
permitem com um custo extremamente baixo quantificar qual será o impacto do projeto. Logo,
a manufatura auxiliada por computador ou computer aided manufacturing (CAM) se torna um
método seguro para este tipo de trabalho.
O entendimento de CAM pode ser, conforme Rao, Tewaki e Kundra (1993)restrito ao
controle da produção ou extensivo ao planejamento ou monitoramento dos recursos de
produção. Enfim, no geral, sempre que se utiliza a informática e a tecnologia vinculada a
produção podemos encaixar os conceitos aplicados a CAM. Elimina-se assim as intervenções
do ser humano via decisões que estão sujeitas a uma série de falhas.
35
2 METODOLOGIA
Como bem nos assegura Mendonça, Rocha e Nunes (2008), pode-se dizer que pesquisa
cientifica é utilizar o raciocínio lógico em paralelo com os conjuntos de procedimentos, bem
definidos pela comunidade cientifica, de forma a solucionar um problema proposto . Neste
contexto, fica claro que tal processo ajuda no desenvolvimento intelectual e artísticos dos
futuros profissionais graduados. O mais preocupante, contudo, é constatar que podem acontecer
erros ao longo do caminho, sendo dessa forma necessário o conhecimento de noções básicas de
metodologias de pesquisa cientifica.
Pesquisa aplicada, segundo Gardner (1987, p. 22) “corresponde a pesquisa cujos os
resultados tem que ser aplicados na solução de um problema definido”. Logo, considerando o
objetivo desta pesquisa bastante prático através do desenvolvimento da automação hidráulica
do sistema de destalonamento de pneu, optou-se pela pesquisa aplicada.
Pesquisas exploratórias, é o primeiro passo de um trabalho de monografia, no qual
proporciona ao pesquisador informações sobre o tema de forma a ajuda-lo a delimitar e definir
os objetivos da pesquisa (MENDONÇA; ROCHA; NUNES , 2008). Logo, neste trabalho
também foi utilizado a pesquisa exploratória visto que para encontrar a solução para os
problemas levantados foi necessário a realização da pesquisa em livros e artigos conceituados
sobre hidráulica, automação, reciclagem e produtividade.
"Pesquisa quantitativa tem por objetivo traduzir, em números, opiniões e informações
para classificar e analisar através de recursos e técnicas estatísticas. É uma abordagem que
considera possível e, às vezes, suficiente, explicar a realidade por meio de processos de
quantificação." (MENDONÇA; ROCHA; NUNES , 2008).. Devido ao uso de uma coleta de
dados sobre a máquina destalonadora inicial, visando o entendimento sobre como acontece a
remoção dos talões e sobre o os tempos de cada etapa no processo de destalonamento para o
cálculo do índice de produtividade essa pesquisa terá também uma abordagem quantitativa.
Nesse sentido, é usado o modo de analise o hipotético-dedutivo, pois foi formulado um
problema e hipótese para ao final se chegar a solução.
Conforme verificado por Mendonça, Rocha e Nunes (2008), estudo de caso é um estudo
detalhado sobre uma entidade bem definida, buscando o entendimento de um fenômeno
quando é impraticável a sua generalização. Devido análise mais pontual, logo restrita desta
pesquisa sobre o sistema de automação hidráulico de um equipamento e empresa específicos
classifica-se todo o desenvolvimento como um estudo de caso.
37
Como instrumento para coleta de dados foi utilizado uma observação direta da máquina
destalonadora desta empresa de reciclagem, além de uma pesquisa bibliográfica buscando
embasamento para formulação de uma solução para o problema enfrentado. Objetivando
validar o dimensionamento do novo sistema de automação hidráulico utilizou-se um software
de simulação hidráulica, o Fluidsim 4.3. que possui uma versão gratuita para uso estudantil e
está disponível no mercado.
A escolha deste software se fez segura por ele utilizar a mesma linguagem padrão da
maioria dos outros softwares de simulação hidráulica. Sendo assim, a sua utilização é realizada
somente incluindo os blocos (definidos pelos conceitos de diagramas) e interligando por linhas.
Após isso a simulação pode ser executada e o comportamento dos itens do circuito verificados
visualmente de maneira bem próxima a um protótipo, mas sem os custos de fabricação que
envolveria um protótipo ou equipamento novo. A utilização do Fluidsim 4.3 neste caso permite
que o projeto seja executado em um tempo muito menor também visto que é tudo realizado
somente via o software. Dessa forma tem-se um tempo de execução de projeto bem menor e a
maior assertividade visto que foi tudo simulado antes.
De acordo com Gressler (2004, p. 55)
A fonte primária é aquela que teve relação física direta com os fatos analisados, isto
é, quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza-se de materiais
de primeira mão, como por exemplos obras originais de Fernando Pessoa( em se
tratando de estudos determinados na época). Uma pessoa que vivencia ou observa um
acontecimento é uma fonte primária.
Para realização desta pesquisa utilizou-se as fontes primárias visto que foi necessário
medir os tempos na empresa onde se localiza a máquina destalonadora e da simulação do
sistema de automação hidráulica proposto. Em resumo pode-se classificar essa pesquisa de
acordo com a tabela Tabela 3.
O primeiro problema abordado que motivou a realização deste estudo de caso foi a
melhora na produtividade de empresas do ramo de reciclagem. Para a definição do escopo que
teria melhor resultado foram realizadas observações em uma empresa de reciclagem de Goiânia.
Nesta observação em campo foi notado que o principal gargalo de produção era o baixíssimo
desempenho do processo de destalonamento de pneus.
É importante entender que o processo de destalonamento pode ser removido do processo
produtivo e desta forma os trituradores e granuladores passariam a realizar o corte dos pneus
mesmo com o talão de aço. No entanto, isso aumentaria ainda mais os gastos com manutenção
das facas dos trituradores e granuladores. Logo, também foi unanimidade como o bom
desempenho do processo de destalonamento indiretamente implicaria em redução no custo de
produção. Apesar destas falas, foi possível entender também que o processamento dos pneus
sem o destalonamento é prática comum nas empresas para aumentar a produtividade quando
tem desempenho insuficiente dos destalonadores.
Como o maior custo de produção está na troca de facas do equipamento que faz o corte
da borracha o objetivo foi postergar ao máximo este serviço por meio do aumento de
produtividade e confiabilidade do destalonador. A troca das facas poderia demorar mais de uma
década se os pneus utilizados já tiverem sido destalonados antes de serem cortados.
Diferentemente do custo das facas, o custo de peças de reposição do equipamento de
destalonamento é insignificante. Logo, o equipamento de destalonamento acaba sendo um
gargalo para produção devido à baixa produtividade dada pelo processo atual de
destalonamento e pela grande dependência do operador que executa um trabalho totalmente
manual.
A empresa escolhida para o desenvolvimento da pesquisa foi uma pequena empresa que
produz piso ecológico a partir de pneus inservíveis de 900-1200. Para cada metro quadrado de
piso ecológico produzido são necessários aproximadamente quatro pneus. Na linha de produção
dessa empresa o equipamento de destalonamento de pneus utilizado é o Single Hook Tire
Debeader machine (máquina destalonadora de pneus de gancho único) conforme pode ser
observado na Foto 1. Esta empresa foi selecionada por utilizar o mesmo processo das demais
40
empresas da região e por ser possível ter acesso às informações devido a localização da planta
e a abertura do proprietário.
Assim, a realização deste estudo teve como objeto de pesquisa a máquina destalonadora
que atualmente se usa uma lógica de automação por botoeiras e remoção unitária de talão. Para
isso os pneus são manualmente colocados, virados e retirados do destalonador.
5º. O gancho é recuado tracionando um dos talões do pneu assim com a borracha de uma das
laterais. Nesta etapa, um dos talões de arame é removido pelo gancho através do
tracionamento do cilindro hidráulico.
6º. O operador abre a porta do equipamento e solta o arame que ficou no gancho.
7º. O operador remove o pneu da plataforma, gira o mesmo para que a lateral agora exposta ao
gancho seja a que ainda está com o talão de arame, e então, ele coloca o pneu novamente
na plataforma.
8º. A plataforma é hidraulicamente suspensa para que o gancho fique posicionado no centro do
pneu. Esta operação é realizada através de uma botoeira e a posição também é controlada
visualmente pelo operador.
9º. O gancho é acionado até que ele avance em uma das laterais do pneu ficando no centro do
pneu, sendo novamente posicionado entre as duas bandas dele. Esse acionamento também
é realizado através de uma botoeira e a inspeção de posição visualmente controlada.
10º. A plataforma é hidraulicamente descida para que o pneu fique pendurado com o gancho
posicionado exatamente abraçando uma das laterais do pneu.
11º. O gancho é recuado tracionando um dos talões do pneu assim como a borracha de uma
das laterais. Sendo assim, o talão de arame é todo removido pelo gancho tracionado pelo
cilindro hidráulico.
12º. O operador abre a porta do equipamento e solta o arame que ficou no gancho.
13º. O operador remove o pneu da plataforma e disponibiliza o mesmo em uma pilha de
pneus a ser conduzidos para esteira que leva ao triturador.
consultado o vídeo 10 de máquinas que executam mesmo processo, sendo os mesmos expostos
na Tabela 5:
10
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=tLUlcWjZoUs> Acesso em Nov. 2019
44
Para determinar a força necessária para a extração dos dois talões de aço, mencionadas
na proposta de melhoria II, foram realizadas simulações com um protótipo, visto na Foto 2.
Pela pressão medida de 200 bar e diâmetro do cilindro de 180 mm utilizado na simulação foi
obtido o valor de força efetiva de acordo com a equação (1.2.3.3) de 45 𝑡𝑜𝑛𝑓.
Também foi utilizada a máquina inicial exposta na Foto 1, para cálculo do curso efetivo
que cada cilindro precisaria ter. Estes dados são apresentados na Tabela 10.
Para Fialho (2011), o dimensionamento da haste deve utilizar o critério de Euler que
considera a deformação por flambagem. Portanto com os dados obtidos a partir Tabela 10 e
Anexo A considerando para o cilindro do destalonador caso número 4 e para o os demais
cilindros caso 1, se obtêm pela Equação (1.2.3.4) os dados expostos na Tabela 11.
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▪ Todas as linhas de pressão serão consideradas como 3 metros pois esta foi a maior
medida encontrada na máquina usada antes das modificações propostas por este
trabalho, considerando ainda uma margem de segurança. Logo, L1 = 300cm
▪ Prevendo o futuro uso de singularidades estabelece-se um comprimento
equivalente de 1 m. Logo, L2 = 100cm
▪ A bomba será dimensionada a partir do cilindro do destalonador em decorrência
do mesmo requerer maior vazão.
▪ Perda de carga válvula direcional TN10 a 160 L/min , 𝑑 𝑝 = 14 bar
▪ Perda de carga na tubulação, Equação 2.16, 𝛥𝑃 : 2,073 bar
▪ Perca de Carga Total, 𝛥𝑃𝑡 = 𝑑 𝑝 + 𝛥𝑃 = 16,073 bar
Portanto pela Equação (1.2.2.2) a pressão da bomba deverá ser maior ou igual a 182,893
bar e a sua vazão de acordo com a Figura 9, deverá estar entre 129,591 L/min e 152,681 L/min.
Considerando que a marca selecionada foi novamente a Rexroth, uma opção adequada é a
A10VO85, Anexo C, cuja vazão a 1750 rpm é de 141,313 L/min.
Para Fialho (2011) o volume do reservatório deverá ser o suficiente para suprir o sistema
por um período de no mínimo 3 minutos. Então considerando a vazão da bomba selecionada o
reservatório deverá ter o volume mínimo de 423,939 L.
paradas por falha de operação e indisponibilidade de mão de obra que sem dúvida é bem maior
quando se tem uma máquina não automatizada como a do modelo inicial.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AKATU. Pesquisa Akatu 2018 traça Panorama do Consumo Consciente no Brasil. O AKatu,
2018. Disponivel em: <https://www.akatu.org.br/noticia/pesquisa-akatu-2018-traca-
panorama-do-consumo-consciente-no-brasil/>. Acesso em: Nov. 2019.
DURFEE, W.; SUN, Z.; VEN, J. V. Fluid Power System Dynamics. Minneapolis:
University of Minnesota, 2015.
EXNER, H.; FREITAG, R.; GEIS, H. Basic Principles and Components of Fluid
Technology: The Hydraulic Trainer. Alemanha: Mannesmann Rexroth AG, v. 1, 1991.
FERREIRA, A. F. Análise da gestão dos resíduos sólidos urbanos no Brasil sob uma
perspectiva tributária. Timburi: Cia do eBook, 2016.
SULLIVAN, J. A. Fluid Power: theory and applications. New Jersey: Prentice-Hall, 1989.
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ANEXO A – Tubos
ANEXO B – Tubulações
ANEXO C – Bomba