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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
(PUC-SP)
SÃO PAULO
2015
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
(PUC-SP)
SÃO PAULO
2015
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Prof. (a) Edith – a quem dedico este trabalho – por me
acompanhar nesta trajetória educacional, sempre me proporcionando a melhor
educação, sem medir esforços, com muito carinho e amor. Tenho em mente a
frase que ela salientava nos momentos difíceis: “Estudar é amargo, mas os
seus frutos são doces” (Aristóteles).
This Master's Dissertation reflects upon the subject Smart City: sustainable
development, control society and the city of the future. In this thematic
framework, the object of study is the contemporary scenario of Smart City
development. Founded upon theoretical and empirical elements that are
assumptions about the aforementioned object, the research proposes a line of
argument guided by sociological and technological concepts. In the outline, the
concepts of sustainability and technology pertain to proposed actions and
mobilization for social engagement and for the political agenda, promoting
equitable development. However, some obstacles to contextualizing the Smart
City are, for example, the control society, and particularly, regulatory policies.
Thus, an ideal society is established based on media visibility about private
initiatives promoted by corporations for the equitable advancement of people.
Leading the community in a meaningful way presupposes essential interests
that raise the social level in the world in the search for a green economy. The
counterpart of sustainability is the result of rapacious industrialization, which
seeks to satisfy social expectations and, through the media, interferes in the
customs and desires in popular culture. Based on these theoretical and
practical elements, the research problem consists in the growing human and
social evolutionary complexity which points to possible new civil turmoil. This
problem concerns the question of how Smart Cities are currently structured and
their future development. This research involved the use of combined methods
of qualitative and hands-on analysis to discover the directions the Smart City
proposes for society and for consumption. The analysis of the corpus of
research delves into the current methods of customs as they pertain to
interaction with the ecosystem and with man engaged in conscious sustainable
development. In addition, the methodological procedures involved a literature
review. The thematic link between sustainability, technology, control society and
consumption was based on the epistemological framework of theories of
communication, knowledge, administration and marketing, sustainability and
consumption. Authors that stand out in this study are Foucault, Deleuze, Parkin
and Kotler. With these characteristics, the relevance of this research centers on
deepening the debate in the discursive field of politics, the social, the current
context and sustainable consumption.
3. 3. SMART CITY....................................................................................... 51
4.5.Resultados.................................................................................... 90
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 93
REFERÊNCIAS....................................................................................... 99
ANEXO I................................................................................................... 108
ANEXO II.................................................................................................. 114
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INTRODUÇÃO
Deleuze, por sua vez, em sua obra, faz referência ao sistema global de
comportamentos, que cria um tipo determinado de evidências. Em função
delas, que tipo de ação deve-se tomar com relação à sociedade atual? Como
pensar a sociedade de controle, em tempos presentes e futuros?
1Baseado no livro de FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. São Paulo: Vozes, 2014.
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O contexto atual retrata características mais aprofundadas dos seres
humanos, proporcionando-lhes “poder” relativo, dado que temos de considerar
que atrás das máquinas sempre existirá o homem. Anseios, desejos,
satisfações o acompanham na sua contemporaneidade, como a Smart City,
conceito descrito na dissertação.
Desse modo, projetos como o da Smart City são concebidos como uma
das soluções imediatas para desenvolver pontos estratégicos em metrópoles e
megalópoles, como São Paulo, por exemplo.
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O projeto Smart City visa a interação com a sociedade civil, o setor
privado e os governos. Suas parcerias têm apoio dos mais diversos setores
privados, como a Telecom, o TI e o Startups. Além disso, o Terceiro setor
reforça sua parceria em comunidades com a multiplicação do conhecimento,
suprindo-se de informações e pesquisas relativas ao tema.
2Muitos adventos ocorrem, 80% das consequências advêm de 20% das causas.
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preocupação, na medida em que ele trata de garantir os desejos dos
reivindicadores, não assegurando o direito de propriedade.
3 Não se pretende aqui tratar a fundo aspectos educacionais das instituições privadas e
públicas. Muito menos discutir ações estruturais de mobilidade e sanitária. Trata-se apenas do
ponto ético e formação do homem.
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como fraca perante o consumo, mas, ainda assim, ela ocupa o seu lugar,
porque é imprescindível para se ter acesso ao desempenho econômico.
Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um
passatempo. Mas uma visão com ação pode mudar o mundo.
Joel Barker (1993, p. 44)
Terceiro Setor:
Sistema capitalista:
6 Palácio do Planalto – Presidência da República. Disponível em:
<http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/releases/governo-federal-lanca-plano-para-
o-desenvolvimento-sustentavel-do-xingu. Acesso em: 10 abr. 2015.
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Desse modo, o nosso setor privado é caracterizado nestes termos:
crescimento contínuo num planeta finito; extração de minérios, petróleo, gás,
ultrapassando os limites biofísicos; modificações dos ciclos naturais da terra,
estações; destruição do ecossistema e modificação genética de plantas e seres
animais, para minimizar o impacto causado pelo crescimento.
Sociedade:
capitalista, gerando um esgotamento de recursos. Existe a busca de uma transição do
biológico, para uma semiosfera nãolinear em sistemas vivos afastados do equilíbrio. Há
também uma termodinâmica, um estudo e transformação da energia, existe uma
termodinâmica nos sistemas abertos e abastados do equilíbrio, é a sutileza de estrutura e
simpatia. Não basta que o sistema seja termodinamicamente aberto, ou seja, tem de estar
abastado do equilíbrio. Normalmente, quando o sistema é afastado do equilíbrio, ele tende a
romper, tende a ser extinto, mas a vida é uma estratégia sistêmica tal, que este afastamento do
equilíbrio induz à auto-organização, ou seja, todo o sistema deve ter um conteúdo de
desorganização, conteúdo de entropia, para quando ele for atirado numa crise, se afastar do
equilíbrio, para que possa recuperar o equilíbrio, se equilibrando de novo pela construção de
um novo nível de organização, usando as regras de entropia que tinha para gerar ou ver a
organização e a auto-organização. A ideia é que a organização não entre em choque com a
entropia, (MENDE,1981). Em outras palavras, no nosso caso, o sistema da terra é um sistema
bastante organizado, com um processo de auto-organização em forma de vida e se alimentado
deste sistema, ele tem uma queda de entropia local, devido à grande relação de entropia do
sol. Quem está pagando a conta da entropia para nós é o sol (MENDE, 1981).
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2. PROCESSOS ATUAIS DE COMUNICAÇÃO E CONSUMO
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Há diversas traduções para o conceito de Smart City, mas considera-se a ideia de que a
cidade inteligente é composta de negociações, que tem o caráter de estabelecer parcerias
público-privadas, como forma de contribuição para a erradicação das distorções ambientais,
constituídas durante esses anos, nos quais houve a falta do Estado e do setor privado,
engajados no mesmo interesse, futuro social.
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Atos punitivos eram deferidos para os crimes, como forma de obter-se
uma sociedade disciplinar. Essa ferrenha “justiça do crime” (FOUCAULT, 2014,
p. 15) buscava legitimar seu poder através de penas mortais. Atualmente,
ainda evocamos tais penais letais, quando a punição se julga com a
descontinuidade da vida, uma cena que, com inteira justiça, é preciso proibir.
Fonte: Diagrama modulado pelo autor, com base na ideia de tracking citado por
COSTA (2006, p. 39). Com utilização de imagens do Google.
Fonte: Diagrama modulado pelo autor, com base referencial do diagrama de Maslow.
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O homem, criador, desenvolvedor e detentor de conhecimentos e
desejos, passa a não existir sob a ótica de autores como Shields (1992) e
Featherstone (1991), dado que as relações humanas são subvertidas para
relações incorpóreas, sem materialidade social. O homem, então, passa a ser
um fantoche do sistema que manipula suas necessidades. Porém, a
construção desse sistema é desenvolvida por esse mesmo homem, que a cada
geração se reinventa, constrói e refaz aquilo que já foi feito. Ao se reinventar, o
homem discute novos temas sociais, culturais e econômicos, buscando ser
mais assertivo ao seu tempo. Assim, segundo Albrecht (1992): “É uma
combinação de coisas e experiências que criam no cliente uma percepção total
do valor recebido”.
Tabela 2: Meadows
9 estoques materiais e fluxos (para dentro e para fora - administração de recursos, podendo incluir pessoas)
8 a força de feedbacks negativos relativos aos impactos que estão tentando amenizar (piorando as coisas)
6 a estrutura dos fluxos de informação (quem tem e não tem acesso aos diversos tipos de informação)
3 os objetivos do sistema
a mentalidade, paradigma ou visão de mundo a partir dos quais o sistema (seus objetivos, estrutura, regras,
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parâmetros etc ) se origina
Fonte: Diagrama retirado do livro de Sara Parkin (2010, p. 83), com imagens
adequadas para a pesquisa do autor, sob a pesquisa de Meadows (2009).
3.2 Smart City – tudo está conectado: sociedade, política, setor privado e
meio ambiente
1- Sustentabilidade;
2- Garantir as necessidades básicas;
3- Preservação ambiental;
4- Solidariedade com as gerações futuras;
5- Satisfação do sistema social, educacional, segurança, mobilidade
urbana.
Fonte: Diagrama retirado do livro de Sara Parkin (2010, p.127), com imagem do
Google e adequada para a pesquisa do autor.
O"Diagrama"de"
conexões"de"
aprendizado"do"
divergente"posi5vo"
Entenda!! Comunicações!!
Desenvolvimento! Aprender!estratégias! Tecnológica!! Advocacia!! Futuros!
Hábitos!de! Sustentabilidade! Econômica!! Relacionamentos! Cinco!medidas!capitais!
insustentável,!áreas! ecológica! próprios!/!redes! De!outros! Mudança!de!
principais!de! pensamento!etc! Social! comportamento! de!ciclo!de!vida!
conhecimento! Futuros!etc.!
Compreensão" Estratégias"
Princípios" Conjunto"de"
própria"de"como"o" próprias"para"
próprios"de" ferramentas"
mundo" influenciar"os"
prá5ca" próprio"
“Funciona”" outros"
Com o App, houve uma contribuição para que o cidadão mais jovem,
conectado à tecnologia, ganhasse mais tempo e qualidade de vida. Os
benefícios alcançaram e agradaram ao turista. Por meio do App
SmartSantander, é possível saber e até visualizar as imagens, em tempo real,
da localização de ônibus, táxis, viaturas policiais, situação do trânsito, zonas
de poluição sonora e do ar. As informações turísticas, histórias sobre os
monumentos da cidade e espaços públicos também estão disponíveis.
Os 12 mil sensores (figura 15) que captam essas informações, via rádio,
as transmitem para uma central que codifica tudo em milésimos de segundos,
com a finalidade de gerar, automaticamente, uma atividade que facilite a vida
de quem vive na cidade. Simultaneamente, os gastos públicos ganham
considerável redução. Assim, todos os moradores e não moradores podem ter
acesso às informações, diretamente da tela do celular ou do computador, com
conexão à internet. Uma nova mentalidade vai ocupando concretamente os
aperfeiçoados espaços de Santander.
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Figura 15: Centro da Cidade Santander
Sala de Monitoramento:
Figura 28:
Figura29:
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Visibilidade da Gestão Pública:
Figura 30:
Fonte: Diagrama parcialmente modulado pelo autor com base do Livro O Divergente
Positivo de Sara Parkin (2010, p. 212).
O Smart City tem como primeiro desafio, com sua essência de criação,
provar que realmente a sua eficácia é destinada para o tema da
sustentabilidade. É constituído da seguinte forma:
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1. O que propõe?
4.5. Resultados
De certa maneira, essa é uma ponderação que deve ser bem avaliada,
posto que, se houver escassez de algum recurso natural, podemos caminhar
para o fim dos tempos / caos geral. A principal relevância de diversos estudos
em torno do tema liga-se à escassez definitiva de certo recurso natural. Uma
forma eficaz de redução para esse impacto ambiental pode ser realizada pelas
políticas públicas vinculadas à iniciativa privada, ou seja, regulamentar políticas
dirigidas ao setor. As empresas já se preparam, cada vez mais, com áreas de
negócios voltadas ao meio ambiente e sustentabilidade, vislumbrando apenas
maximizar mais os seus negócios.
Fonte:Diagrama do autor.
2.2- Essa comunidade necessita, via de regra, ser trabalhada com ações
socioeducativas. A mesma não possui o ideal de conhecimento e
desconhece informações básicas em torno do assunto. É necessário
que o homem desenvolva aspectos sustentáveis com ele e com a
sua comunidade.
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2.3- Deve ser compartilhado, com a indústria, o maior impacto sobre o
meio ambiente. Devem ser criadas políticas públicas, municipais, leis
que façam reduzir o impacto da industrialização sem interferir na
geração de capital. Treinar um gestor hábil para articular
planejamentos estratégicos, com responsabilidade social e
desenvolvimento privado. Exemplo: às vezes, criar ou desenvolver
uma nova unidade de uma empresa XPTO na costa litorânea é um
investimento maior do que no interior do estado, uma vez que o
município necessita preservar mais o meio ambiente, devido aos
portos que mobilizam maior concentração de transportes terrestres,
gerando maior CO2.
FILHO, L. V., Antologia. Rio de Janeiro: Publicado por Casa de Rui Barbosa,
1953.
DVD’s.
VÍDEOS
Figura 34:
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Figura 35:
Figura 36:
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Figura 37:
Figura 38:
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Figura 39: