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1. Introdução
As pessoas são os talar deve definir o perfil dos profissionais que
principais recursos das atuarão no apoio operacional, bem como os
organizações. A gestão critérios de seleção e avaliação de desempe-
de pessoas é uma área nho, respeitando as diretrizes da política de
contingencial e situa- recursos humanos da organização.
cional, que depende, dentre outras variáveis, Para a excelência dos serviços prestados
da cultura de cada organização. e o cumprimento da sua missão, a farmácia
Muitos foram os momentos pelos quais hospitalar precisa contar com profissionais em
a gestão de pessoas passou no mundo, desde número suficiente e perfil adequado ao de-
o mecanicismo, passando pela reengenharia, sempenho de suas funções.
chegando atualmente na era da globalização
dos negócios e crescente concorrência mun-
dial. O cenário atual tem como palavras de
ordem: produtividade, qualidade e competiti-
vidade e, nesse contexto, as pessoas são consi-
deradas como vantagens competitivas dentro
das organizações, aí inseridos os hospitais e
como subsistema a farmácia hospitalar. As pes-
soas deixam de ser o recurso organizacional
mais importante para se tornarem os parceiros
principais do negócio, conferindo-lhe dinâmi-
ca, vigor e inteligência1. O grau de instrução dos colaboradores
O desenvolvimento de uma cultura hu- que comporão o quadro de pessoal da farmá-
manística e o posicionamento interdisciplinar cia hospitalar deve ser compatível com a com-
do farmacêutico hospitalar se faz necessário plexidade das funções, que lhes são delegadas
para o bom desempenho profissional, face à e estes devem ser capacitados e treinados de
articulação e integração da farmácia hospitalar acordo com programas previamente elabo-
com os demais serviços e unidades clínicas. De- rados. Treinamentos periódicos, por meio de
senvolver habilidades e usar da empatia para ser programa de educação continuada, são neces-
capaz de entender e motivar pessoas e grupos é sários para a otimização de processos.
fundamental nas relações interpessoais e para a Estabelecer parcerias com o setor de Re-
eficácia dos resultados na gestão de pessoas. cursos Humanos do hospital contribui para a
Na função de gerente de recursos huma- melhoria da qualidade e eficácia dos progra-
nos, o farmacêutico chefe da farmácia hospi- mas de treinamento e educação continuada.
medicamentos e drogas de risco aquelas que tão ou poderão estar expostos, o empregador
possam causar genotoxicidade, carcinogeni- deve fornecê-las gratuitamente. O empregador
cidade, teratogenicidade e toxicidade séria deve fazer o controle da eficácia da vacinação
e seletiva sobre órgãos e sistemas. O PPRA é sempre que for recomendado pelo Ministé-
parte integrante do conjunto mais amplo das rio da Saúde e seus órgãos e providenciar, se
iniciativas da empresa no campo da preserva- necessário, seu reforço. A vacinação deve ser
ção da saúde e da integridade dos trabalhado- registrada no prontuário clínico individual do
res, devendo estar articulado com o disposto trabalhador, previsto na NR-07. Deve ser forne-
nas demais NR, em especial com o Programa cido ao trabalhador comprovante das vacinas
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – recebidas.
PCMSO previsto na NR- 07 e as Comissões In-
ternas de Prevenção de Acidentes de Trabalho
(CIPA), prevista na NR 05. 1.3 Sistemas de trabalho
A Norma Regulamentadora – NR 07
estabelece a obrigatoriedade de elaboração 1.3.1 Organização da força de trabalho e
e implementação, por parte de todos os em- estrutura de cargos
pregadores e instituições que admitam tra-
balhadores como empregados, do Programa A estrutura de cargos é um recurso im-
de Controle Médico de Saúde Ocupacional portante para melhorar o desempenho dos
– PCMSO, com o objetivo de promoção e colaboradores. As organizações criam em seu
preservação da saúde do conjunto dos seus organograma uma estrutura de cargos, que os
trabalhadores. Esta NR estabelece os parâme- define e hierarquiza.
tros mínimos e as diretrizes gerais a serem ob- Para a compreensão da estrutura de
servados na execução do PCMSO, podendo cargos, faz-se necessário conhecer conceito
os mesmos ser ampliados mediante negocia- de cargo, tarefas e funções. Segundo Cunha
ção coletiva de trabalho. O PCMSO deve in- (2004) a tarefa existe como um conjunto de
cluir, entre outros, a realização obrigatória dos elementos que requer o esforço humano para
exames médicos: admissional, periódico, de determinado fim. Quando tarefas suficientes
retorno ao trabalho, de mudança de função e se acumulam para justificar o emprego de um
demissional6. trabalhador, surge a função. Assim a função é
A todo trabalhador dos serviços de saúde um agregado de deveres, tarefas e responsabili-
deve ser fornecido, gratuitamente, programa dades que requerem o serviço de um indivíduo.
de imunização ativa contra tétano, difteria, he- Deste modo, as funções que são semelhantes
patite B e os estabelecidos no PCMSO. Sem- em sua natureza e requisitos são chamadas de
pre que houver vacinas eficazes contra outros cargo. Portanto, cargo pode ser definido como
agentes biológicos a que os trabalhadores es- um grupo de funções idênticas na sua maioria
2. Qualidade de vida
motivação do trabalhador em relação ao seu este motivo que as organizações devem estar
trabalho tem sido tema constante em várias em constante avaliação do grau de motiva-
pesquisas efetuadas por cientistas do compor- ção dos seus colaboradores, pois o foco de
tamento humano. O fenômeno motivacional satisfação das necessidades muda continua-
pode ser entendido, genericamente, como sen- mente, assim como o objeto de motivação.
do uma fonte de energia interna que direciona A motivação é o fator chave para o alcance
ou canaliza o comportamento do indivíduo na dos objetivos propostos pela organização.
busca de determinados objetivos e ainda como Nenhum indivíduo desmotivado envolve-se
um conjunto de forças que leva as pessoas a se plenamente em direção ao abarcamento des-
engajar numa atividade em vez de outra. tes objetivos.
Este estado interno que energiza o com- A teoria da equidade parte do pressupos-
portamento está diretamente relacionado to de que as pessoas querem ser tratadas de
com as necessidades de cada pessoa, neces- maneira justa em relação às demais; e se acre-
sidades estas que variam de indivíduo para ditam que seu tratamento é desigual, adotam
indivíduo, em razão das diferenças individuais ações para reduzir essa disparidade8.
inerentes ao próprio ser humano. Daí a dificul- A teoria da expectativa sustenta que as
dade de se estudar e compreender o homem e pessoas se motivam a trabalhar para alcançar
sua interação com o seu trabalho. As organiza- um objetivo que desejam e que acreditam ter
ções no âmbito geral são sustentadas por uma uma possibilidade razoável de alcançar. Os
gama de recursos, dentre os quais é convenien- componentes gerais do modelo são esforço e
te destacar a importância dos recursos huma- resultados, descritos sob a ótica da combina-
nos. Afinal, é o único recurso insubstituível. No ção entre os elementos: expectativa de esforço
entanto, para que as pessoas possam exercer o e desempenho e expectativa de desempenho
máximo da sua eficiência nas organizações, é e resultado.
necessário que estejam bem motivadas18 “Para gerar motivação, o gestor terá de
descobrir quais recompensas cada funcionário
quer, quão valiosas essas recompensas são para
cada um, medir as várias expectativas e, final-
mente, ajustar as relações entre esses fatores8”.
Ainda sobre a teoria da expectativa, esta
oferece linhas mestras à atuação cotidiana dos
gestores, tais como:
1. Determine que resultados primordiais
cada funcionário almeja;
A motivação não é estática. As pessoas 2. Decida que níveis de desempenho são
não costumam ficar motivadas por muito necessários para alcançar as metas organiza-
tempo pelo mesmo fator motivacional. É por cionais;
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Marco Aurélio Ilenir Leão Tuma Eugenie Desireé José Ferreira Marcos George Washington
Schramm Ribeiro Rabelo Neri Bezerra da Cunha
Este encarte foi idealizado e organizado pela Comissão de Farmácia Hospitalar do Conselho Federal de Far-
mácia (Comfarhosp), composta pelos farmacêuticos hospitalares Marco Aurélio Schramm Ribeiro, Presidente
(CE), Ilenir Leão Tuma (GO), Eugenie Desireé Rabelo Nery (CE), José Ferreira Marcos (SP) e George Washing-
ton Bezerra da Cunha (SP). O e-mail da Comissão é comfarhosp@cff.org.br