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Dispositivo de expansão

http://www.ambientegelado.com.br/index.php/artigos-tecnicos/circuito-da-refrigeracao/697-
dispositivo-de-expansao-ou-controle-de-refrigerante

O dispositivo de expansão é um dispositivo usado nos sistemas de refrigeração


e condicionamento de ar para mudar a pressão do refrigerante de alta para baixa.
Os refrigerantes nos evaporadores deverão estar a baixa temperatura e, portanto,
irão evaporar a baixa temperatura, cumprindo o objetivo da refrigeração. O líquido
refrigerante proveniente do condensador estará a uma pressão relativamente alta,
portanto um dispositivo deve ser colocado entre o condensador e o evaporador de
maneira que automaticamente cause uma queda de pressão da linha de líquido para
a entrada do evaporador.
Este dispositivo reduz então a pressão no evaporador para uma pressão baixa, que
resulta na temperatura de evaporação que desejamos para determinado fluido
refrigerante.
O dispositivo de expansão deverá controlar também simultaneamente a vazão de
fluido refrigerante líquido que deverá alimentar o evaporador.
Ao longo do desenvolvimento tecnológico da refrigeração vários diferentes tipos de
“dispositivos de expansão” foram desenvolvidos e colocados no mercado, abaixo
alguns deles:
válvula de expansão automática; válvula de expansão termostática; válvula de
expansão termo-elétrica/eletrônica; boia de baixa-pressão; boia de alta-pressão;
tubo capilar;

(1) mudar a pressão do refrigerante de alta para baixa e simultaneamente (2)


controlar a vazão de fluido refrigerante líquido que deverá alimentar o evaporador
Dispositivo de expansão

https://www.refrigeracao.net/Topicos/dispositivo_expansao.htm

O dispositivo de expansão está instalado entre a saída do condensador e a entrada


do evaporador. O refrigerante, com alta pressão e temperatura vindo do
condensador, entra no dispositivo de expansão e sai dele como uma mistura de
líquido e vapor de baixa pressão e baixa temperatura. Essa mistura que entra no
evaporador é conhecida como "flash gas".

Independente do tipo, o dispositivo de expansão é utilizado para realizar duas


importantes funções no ciclo de refrigeração:

 permite que o refrigerante líquido entre no evaporador numa vazão


compatível com a velocidade que ele evapora;
 proporciona uma queda de pressão e temperatura, separando o lado de alta
pressão do de baixa do sistema.

É essa diferença de pressão entre o lado de alta e baixa que faz com o refrigerante
evapore no evaporador a uma temperatura suficientemente baixa para absorver o
calor do ar ambiente e que ele condense no condensador a uma temperatura alta o
suficiente para remover o calor para o ar externo

O tempo para o calor ser trocado entre o refrigerante no dispositivo de expansão e


o ar externo que o circunda é tão curto que pode ser ignorado para fins práticos. Por
isso podemos dizer que o dispositivo de expansão é apenas um dispositivo de queda
de pressão. A mudança na temperatura do refrigerante é o resultado da queda de
pressão apenas.

Como não ocorre rejeição do calor no dispositivo de expansão, apenas queda de


temperatura, parte do calor sensível transforma-se em calor latente.

Tipos de dispositivos de expansão

Na prática, os dispositivos de expansão dividem-se em 2 categorias gerais: os que


tem uma abertura ou orifício fixo e não ajustável e aqueles onde o orifício pode ser
ajustado para acomodar a carga de refrigerante do sistema

Orifício fixo e não ajustável


Tubo Capilar

É o mais simples dos dispositivos de expansão. Trata-se de um tubo de cobre de


pequeno diâmetro e comprimento fixo, normalmente com um diâmetro de 1/16 a 1/8
de polegada.

Costuma estar localizado imediatamente à frente do evaporador. Devido à sua alta


resistência ao fluxo ele restringe ou regula o fluxo de refrigerante líquido desde o
condensador até o evaporador. Quanto maior for o comprimento ou menor o
diâmetro do tubo capilar, maior a queda de pressão gerada por ele. Costuma ter a
forma de espiral para economizar espaço e para protegê-lo contra eventuais danos.
Se o tubo capilar tiver um comprimento grande demais ou um diâmetro pequeno
demais, o evaporador terá uma subalimentação e uma quantidade excessiva de
refrigerante se acumulará no condensador. O efeito combinado disso fará com que
o sistema opere com uma pressão de descarga alta demais e com uma capacidade
inadequada de resfriamento.

Esses mesmo sintomas ocorrem quando um tubo capilar corretamente


dimensionado está parcialmente bloqueado por partículas sólidas.

Se o tubo capilar for curto demais ou seu diâmetro for grande demais, o evaporador
sofrerá um excesso de alimentação. Isso pode gerar golpes de líquido no
compressor e uma quantidade pequena demais de refrigerante será acumulada no
condensador. O resultado combinado fará com que o sistema opere com uma
pressão de descarga baixa demais e talvez, com uma pressão de sucção mais alta
do que o correto. Essas condições também geram uma capacidade reduzida de
resfriamento.

Por ser crítico no projeto, o tubo capilar costuma ser projetado de forma
personalizada e instalado na fábrica ao invés de no campo.

Sua melhor aplicação é para sistemas split ou compactos, tais como os aparelhos
janela que conhecemos.

Quando corretamente selecionado e aplicado, o tubo capilar compensa as


mudanças de carga numa faixa razoável de condições operacionais. Não serve para
equipamentos com grandes mudanças na carga de refrigeração. Por isso, é utilizado
na maioria das vezes em equipamentos com uma capacidade de resfriamento de 3
TRs ou menos, onde as cargas de resfriamento são relativamente constantes. Os
refrigeradores e os freezers residenciais, condicionadores de ar, bebedouros são
exemplos que usam tubo capilar como dispositivo de expansão.

Como o tubo capilar tem um diâmetro muito pequeno, é facilmente entupido por
partículas sólidas que podem circular com o refrigerante. Por essa razão é que um
filtro de linha costuma ser instalado antes do tubo capilar.

O tubo capilar não tem como parar o fluxo de refrigerante líquido até o evaporador
quando o sistema está desligado. Quando o compressor é desligado, as pressões
dos lados de alta e baixa se equalizam circulando pelo tubo capilar aberto. Qualquer
líquido deixado no condensador no momento do desligamento tende a se acumular
no evaporador, onde permanece até o compressor voltar a ser ligado. Esse
refrigerante na forma líquida tem o potencial de ser puxado pelo compressor na
partida, o que pode causar um golpe, especialmente quando o sistema está
sobrecarregado.

Em certos casos, o refrigerante líquido pode migrar até o cárter do compressor


quando este é desligado. Isso gerará espuma e uma lubrificação incorreta quando
o compressor voltar a ligar. Para evitar isso, pode ser instalado um acumulador na
linha de sucção em sistemas que usam um tubo capilar. O acumulador captura o
refrigerante líquido e o retorna ao sistema sob a forma de vapor. Esse é um motivo
porque se deve dar atenção especial na carga de refrigerante em sistemas que
utilizam tubo capilar.

Orifício calibrado

Uma alternativa ao tubo capilar é o orifício calibrado que executa a mesma função
dele porém tem uma montagem mais compacta e robusta, dificultando quebras.

Em unidades que trabalham com ciclo reverso o orifício calibrado apresenta uma
grande vantagem sobre o capilar pois ele pode ser feito numa válvula de retenção
que permite o fluxo ao contrário com menos tubulações e peças do que as
necessárias com um tubo capilar.

Tal como o tubo capilar, o orifício calibrado apresenta as 3 características a seguir:

1. precisa ser bem selecionado para combinar com o sistema onde está
instalado;
2. requer uma carga de gás precisa;
3. permite a migração do refrigerante do evaporador até o compressor quando
o aparelho está desligado. Por isso, as mesmas precauções, acessórios
recomendados e orientação sobre soluções de problemas aplicam-se aos
orifícios calibrados.

Nos splits, o pistão correto deve ser colocado no dispositivo de expansão quando
da instalação. O pistão entregue com a condensadora combina com a capacidade
dela.

Um equipamento que utiliza um capilar ou orifício calibrado operará com sua


eficiência máxima somente nas condições padrão para o qual foi projetado. Eles não
contam com meios mecânicos para ajustar-se a mudança de carga no sistema. Em
condições que não as padrões, a eficiência não será a máxima.

A realidade é que esses tipos de dispositivos de expansão operam muito bem nas
condições padrão. Apenas quando as cargas se alteram rapidamente ou
amplamente, ou no caso de cargas térmicas extremamente baixas é que os
problemas surgem.

Uma das melhores maneiras de se evitar cargas térmicas extremamente baixas é


evitar superdimensionar o sistema. Um sistema superdimensionado é forçado a
passar a maior parte do tempo operando com carga baixa. Em alguns casos pode
ter um golpe de líquido, danificando o compressor.

Embora um dispositivo de expansão fixo não tenha meios mecânicos para ajustar-
se automaticamente as mudanças de carga no sistema, ele pode ajustar-se
automaticamente ou "flutuar com a carga" da mesma maneira
que compressores e evaporadores. Um equipamento normal para conforto com
capacidade de 3 TRs ou menos, flutua com a carga bem o bastante para operar de
maneira estável sem a necessidade de sofisticados dispositivos de controle de
capacidade no compressor, condensador, dispositivo de expansão ou evaporador.
O sistema ajustará automaticamente sua capacidade para cima ou para baixo para
combinar o seu resfriamento à sua capacidade.
Consultando compressores e evaporadores você entende como isso funciona.
Resumidamente, quando a carga fica abaixo da capacidade do sistema, para
compensá-la automaticamente, ele é desligado. Consulte também o
tópico componentes elétricos para entender o funcionamento dos termostatos e
sensores.

A razão porque a capacidade do dispositivo de expansão fixo flutua para baixo com
uma carga que se reduz é:

No evaporador é produzida uma quantidade menor de vapor refrigerante porque


menos refrigerante é evaporado, já que menos calor está sendo absorvido pelo
refrigerante devido a uma menor carga.

Já no compressor o mesmo volume de gás é succionado do evaporador. Assim, a


pressão cai no evaporador.

Com isso, no compressor cai tanto a pressão de sucção como a pressão de


descarga, o que reduz a pressão e a temperatura no condensador.

Em seguida, no dispositivo de expansão, uma menor pressão em sua entrada


(pressão de condensação) gera um menor fluxo de refrigerante no dispositivo de
expansão. Isso significa que uma menor capacidade de refrigeração está disponível
para o sistema.

Além dessa mudança que começou no evaporador, a pressão de condensação


costuma ficar menor ainda por causa das temperaturas externas menores que
acompanham uma redução da carga de resfriamento. Esse fato aumenta a
compensação para baixo automática do sistema.

O inverso ocorre quando há um amento na carga de resfriamento.

Dispositivos de expansão ajustáveis

Existem seis tipos de dispositivos de expansão que se ajustam mecanicamente às


mudanças na carga de resfriamento. Seus mecanismos são diferentes, bem como
sua forma de controle, porém todos eles regulam o fluxo de refrigerante de maneira
que a capacidade do evaporador combine com a carga de resfriamento. Enquanto
os dispositivos de orifício fixo são mais utilizados em equipamento residenciais ou
comerciais de baixa capacidade os ajustáveis são utilizados em equipamentos de
grande capacidade com cargas variáveis.

Válvula de expansão de operação manual

Esse tipo de válvula mostra o modo básico com que o refrigerante é regulado em
dispositivos de expansão ajustáveis. É uma válvula de agulha de operação manual.
A vazão do refrigerante na válvula é determinada por 3 coisas: o tamanho do orifício
ou abertura da válvula, a diferença de pressão no orifício e o percentual de abertura
da válvula.

Um aumento em qualquer uma dessas coisa aumentará a vazão enquanto uma


diminuição reduzirá

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