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SOBRE UM MOTE DE CAMÕES – Manuel Alegre – (Oposição entre o «levar» e o «deixar»)

Conseguimos antes de mais perceber que há uma enorme oposição entre o «levar» e o
«deixar»

Se me desta terra for

eu vos levarei amor. O sujeito poético começa por despedir-se da sua casa, do local onde este
cresceu e foi como que obrigado a o abandonar. Este vai então rumo à
Nem amor deixo na terra procura do amor, da liberdade.
que deixando levarei.

Deixo a dor de te deixar

na terra onde amor não vive Este quer levar amor, mas contrasta constantemente com a ideia que no
na que levar levarei lugar q este deixa n existia sequer amor, mas mesmo assim promete
conseguir levá-lo
amor onde só dor tive.

Nem amor pode ser livre


Vemos que há muitas restrições que condicionam a liberdade da
se não há na terra amor. população onde os atos de amor também são bastante restringidos, pois o
ambiente vivido é de opressão e perseguição. (e) Mesmo por todas as
Deixo a dor de não levar
coisas más da terra, este vai sentir saudades.
a dor de onde amor não vive.

E levo a terra que deixo


O sujeito poético leva consigo as lembranças e recordações da terra
onde deixo a dor que tive.

Na que levar levarei


Finalmente o Sujeito poético suspira de alegria porque dá-se conta que
este amor que é livre, livre. agora está num lugar onde existe amor e por fim, livreee

Há uma enorme oposição entre o «levar» e o «deixar»

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