Você está na página 1de 2

Eu nunca soube ser metade.

Admiro muito a imparcialidade mas, ainda não a


alcancei. Eu não sei ser meio amiga…gostar mais ou menos, estar em um lugar
onde meu coração não possa entrar. Viver em cima dos muros da vida…gosto de
saber onde estou pisando, embora ache um tanto monótono terrenos planos… Eu
não sei falar mais baixo…nem escrever menos. Nem sentir menos.

Eu nunca estive com alguém com quem eu não quisesse muito estar só para
gastar o meu tempo. Eu não sei me envolver com cautela, ir devagar. Separar os
sentimentos. Permanecer sem me apegar. Eu gosto de me prender em abraços
que me fazem perder o tempo-espaço. Gosto de estar junto. Gosto da liberdade de
poder me viciar em um cheiro, em um pescoço específico, e fazê-lo único no meu
Universo.

Eu gosto de beijos que transcendem o corpo, a boca…que arrepiam cada poro do


corpo, e da alma. Eu gosto de poder fazer planos para o futuro, mesmo que eles
não se cumpram. Se não puder sonhar, suspirar e sentir saudade, desculpa, mas
prefiro me retirar. Não vejo graça nenhuma em começar algo já pensando em
acabar. Não costumo manter meu coração em cárcere privado. O deixo livre para
sentir tudo que ele quiser.

Eu adoro ser plural, agora que aprendi a me bastar no singular. Eu adoro nós;
emaranhado. Dedos e almas entrelaçados. Amor que se faz com um olhar. Porque
existem várias formas de fazer amor nessa vida…e a conexão espiritual é a minha
preferida. Sexo, qualquer um sabe fazer…AMOR, é raro de encontrar. Eu gosto de
quem me multiplica; de quem me dá corda, de quem é fogo, quando sou gasolina….
Eu gosto de ver as paixões nascerem. E cederem…dando lugar ao amor. Eu gosto
que peguem no meu cabelo, e que me digam tudo, sem uma palavra dizer.

É…eu trago comigo essa mania de me envolver. De me perder em outro alguém


sem a menor pressa para me achar.

Eu vou revirar a tua vida, a tua cama, a tua forma de se enxergar. Vou te provar que
Newton estava errado e que dois corpos podem sim ocupar o mesmo lugar, ao
menos no tempo… Newton nunca deve ter se apaixonado por alguém… Eu vou te
mostrar que romances não são ficção; que é fácil fazer poema e o quão ansiosas
mãos podem se tornar…
Eu vou te dar o amor de uma forma única, da única forma que eu sei amar… com
todo o meu ser. Com cada célula neurônios inteiros. Até você esquecer de como é
viver sem isso que nós temos. O “isso” que dá sentido à vida e que é tão difícil de
se encontrar.

Estou cansada de tentar mostrar as belezas que só existem no fundo do mar, para
pessoas que estão tão acostumadas a viver na superfície. Eu sou um oceano nada
pacífico, com ondas grandes, nem se achegue se você tem medo de mergulhar.

Eu vou te dedicar vários textos, vou te ligar cedinho só pra ouvir a sua voz. Vou
acatar teus silêncios e te fazer companhia até você se sentir melhor. Eu vou te
fazer surpresas malucas fora das datas especiais. Te ofereço uma rotina de
intenso amor…e paz. Com longas conversas pela madrugada. Com manhãs dignas
de serem lembradas…
Com tardes de domingo aproveitadas, com cheiro de café fresco e direito à visitas
na casa dos pais…

Eu serei cais onde tu sempre podes ancorar.

Se isso te apavora, esteja livre para ir embora. Mas saibas que outro amor assim,
tu não há de encontrar…

Não sei amar de outro jeito, não sei ser faísca quando quero calor, não sei
esconder o que estou sentindo, não sei guardar o amor, só para mim. Eu gosto de
transbordar. E que o mundo inteiro saiba! Você nunca terá dúvidas.

Essa sou eu.

Leve. Como um meteoro.

Você também pode gostar