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Então escrevo
Mais um poema.
De gota em gota
A pia pinga,
Pinga a pia,
Sem piedade.
No plift-ploft,
Enchendo
A rima,
Que esvazia
Quando chora
De saudade.
Eu te esqueceria,
se fosse possível voltar no tempo
e apagar o nosso momento de encontro,
se a minha existência fosse extinta do mundo
como uma falha na Matrix,
onde ninguém notaria a minha ausência,
se caso fizesse a lobotomia dos anos 30
para remover do encéfalo essa patologia chamada
paixão,
se a minha pele nunca tivesse tocado a tua pele,
se meus olhos nunca tivessem encarado os teus
nos momentos de amor,
se por acaso tu fosses diferente
e eu fosse outra,
mas a vida não é assim, meu bem
e ao querer te esquecer
não faço outra coisa
que não seja lembrar,
cada vez mais.
eu quero tudo,
viver tudo em cada canto
do mundo,
sentir o insignificante
e o extraordinário.
assim eu me defino
e mesmo que não te agrade,
não me desculpo por isso,
não sei ser outra coisa além disso
encontro o amor
quando vou ao mar
e ele sempre me sorri
do mesmo jeito gostoso,
salgado e horizontal.
E vou me esquecendo
ao procurar qualquer coisa
que me faça acreditar
que em algum lugar,
você ainda existe.
Esperando-me
em teu melhor esconderijo
para concluirmos
esta brincadeira de esconde-esconde.