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MEMÓRIAS POÉTICAS.

Maria Luiza Figueiredo.

2023, autoral.

o início
A poesia é museu de arte, arte aquela que vê quem quer. Desesperados, por quadros,
molduras, danças, rascunhos.
Estão todos de olhos fechados, de olhos fechados para as palavras.
Palavras não são palavras, são visões. E por isso, você deve abrir os olhos.

Abrace-as.

Elas sempre irão te abraçar de volta quando todas as palavras que você gostaria de
escutar, vão embora.
Abrace as palavras, beije sua voz, veja a vida tão bonita, porque artistas vêem a arte
que o coração já não mais vê.

As palavras que gritam de dentro do meu coração, estranhamente, parecem soar como
suspiros baixos.
E um jovem conselho, escritas baseadas em sentimentos reais serão sentidas por corpo
e alma. Escrever são ressentimentos e reflexões sobre um indivíduo talvez raivoso,
deprimido ou sorridente.
Desde que me sinto única em um mar de impostores, onde os poemas e desabafos são o
meu ar, o remanescente de vida dentro da minha mente excluída, ela mudou.
Onde os campos verdes e coloridos por flores são reais, onde as borboletas voam, o
lugar onde eu posso ser feliz.
Onde, as únicas palavras ouvidas são as palavras diretas de meus pensamentos. Uma
caixa onde é apenas eu e a música mais bela que toca ao meu redor.

Minha música preferida.


Correr, sem parar.
Correr sem parar
Não é como se fosse apagar
Tudo o que eu tenho a ganhar,
O preço de amar.

Me cansar ou chorar
Não muda muita coisa
Agora, tudo o que eu tenho a compartilhar,

É a minha fraqueza a se soltar


E sempre me falta o ar
O que adianta se isolar?

O pior monstro
Do qual eu não consigo me livrar
Nem se cantar ou tentar voar
Sou eu
Algumas vezes, eu tentei o matar
Mas quem continuava a se machucar não era ele ou qualquer um que possa caminhar
O que mudava?

Se tudo começa a cicatrizar


Significa que o processo de superar estava lentamente pronto para começar?
E espero que eu possa continuar,

Por mais que seja difícil tentar.

Abismo.
O branco dos meus olhos,
A confusão do por quê.
Me odeie, me odeio.
Odeio-me por te odiar.
Eu te amo.
E nos odeio.
Porque eu me fiz odiar você.
Um penhasco, que não havia um fim.
Nossa felicidade,
Ela se jogou,
E até hoje, procura um fim.
Corri.
Implorei.
Por favor, volte.
Mas ela já estava caindo paralelamente.
Não tinha subida, ou descida.
Pulei, procurando-a.
Mas, caí, para sempre.
Sem fim.
Chorando, para sempre.
Sinto sua falta.
Mas não volte.
Porque por eu odiar você,
Também me fiz odiar a mim.

Astronomia.
Era astronomia,
O medo de nossas estrelas explodirem,
Que planetas deixem de existir
Que nossas galáxias se apaguem.
É a hora, de ir.
É a hora de ir?
De mercúrio até netuno, tudo o que fizemos foi fugir.
Como sol e lua,
Passamos anos esperando que saturno entregasse nossos anéis.
Uma sinfonia,
Curaria minha dor em segundos com teus olhos.
Eu sei,
Você sabe,
Nós sabemos que somos dois confusos em um universo infinito.
E estava tão frio,
Mas eu sabia que diferentemente da lua,
Não seria uma fase.
E eu sei,
Você sabe
Que quando estrelas explodem,
Elas ficam tão brilhantes quanto o brilho no meu olhar.

Flores.
Flores,
Rosas ou jasmins,
Não tão belas quanto uma dahlia,
Ou até mesmo, cinerárias.
Ambas com profundos corações,
Outras idênticas a neve lá fora.
Rosas brancas que impossivelmente não atraem olhares tristes,
Olhares que procuram a paz.
Andar pela cidade estando parado,
Como uma flor.

Uma flor arrancada,


Tirada de sua vida pacífica e logo em seguida,
Assassinada por mãos humanas.

Raramente salvada pelas mesmas mãos que as mataram,


Murchando a cada segundo e perdendo sua vida restante.
As flores, que receberam uma beleza única, nunca poderiam imaginar que a própria
beleza poderia ser sua morte.
Que na maioria das vezes,
A água não causa vida,
Mas falta de oxigênio
Que na maioria das vezes,
A beleza não é eterna.

Era uma vez.


Existe uma história
Uma história que hoje
Está no passado
Que deixou despedaçado
Algo que nunca deveria
Ser contado.

Essa história
Agora por mim falada
Envolta de palavras,
Tristemente forçadas
A serem algo que corromperia
Toda hora, algo que corrompe tua glória
A cada dor,
Uma flor
Tão florido meu coração
Desde a primeira decepção
Eu percebi
O grande jardim que existia em mim.
Quanta paz inigualável
A algo que um dia,
Foi praga.

E eu esbanjava!
A beleza de cada rosa
Enquanto não percebia seus espinhos
Furando a minha pele,
E eu esbanjava…
- O vermelho vivo cor de sangue, sangue que escorre, mas se você não se espeta,
como esperas cicatrizar?

Flores só crescem
Flores não caem.
Caminhei pela felicidade
E me perdi no meio do caminho
Distraída por borboletas
E fora isso a qual eu poderia comparar com minhas rosas, oh, doloridas rosas.

Se a beleza me atrai,
Como eu sei que a beleza também me trai?
Se a inconformável beleza me distrai,
Como posso seguir de olhos abertos?

E quando eu nasci
Beleza destinada a existência
De alguém, que só pediu desistência
Inconscientemente era resistência.

Você abraça os dias,


Para que não chegue as noites.
Você abraça o amanhecer, para que não chegue as noites.
Você abraça a si mesmo,
Porque ninguém é capaz de segurar os dias por você.

Álcool.
Você me tomou
Como um copo insignificante de álcool
Que rasga tua garganta
Incapaz de gritar por socorro
Sem chance de voltar
E pensar
"Eu deveria mesmo tentar?"

Você tomou
A bebida mais amarga.
Quebrou esse copo
Em estilhaços
E começou a se arrepender
Agora não tinha como consertar
Algo que estava destinado a se perder

Não
Vou
Voltar

Estrada.
Sementes crescidas no meu coração
Formaram flores que um dia
Já foram vivas e coloridas
Alimentadas por felicidade,
Existe agora escuridão
Que possuiu cada parte dessa vasta densidão
Flores murchas;
Arrastadas por sorte, pedindo nutrição
Alimentadas por tristeza
Se esforçando até uma última gota de vida
Para manter cores
Que não podem ser mantidas.

As flores que me perseguiram nessa estrada,


Morreram sem ajudar intuição
Caminhando por essa estrada
Quem sabia se eu me encontrei,
Ou só pra sempre me perdi.

Conversar.
E isso a machuca
Porque agora é história.

Pés pequenos sobre o chão


O inverno levou todo o calor
Que existia em seu coração
Casa agora não é abraço
Chorar não é lágrimas secar
"Suas mãos estão em outro lugar"
Lugar que agora ela
Não é capaz de acompanhar

Não é saudade
Mas ela queria você ali
E não é querer voltar
Mas ela queria te ver

O inverno levou
Ela te amou
Te ama
Não existe consolo
Pra uma mente de solidão
Calor.

Calor...
Por uma noite
Ela pisou naquele chão
Que um dia já foi inimaginavelmente tudo o que ela considerou o amor de uma
consolação.

Sentir algo.
Não sentir algo
É sentir algo
Vazio se chama,
Mas vazio não existe nada.

Encare teu vazio,


Viste uma angústia.

Viste vazio angustiante.


Não existir algo também é algo,
O eco dos teus pulsos cardíacos
Por algo tão vazio
Peito teu, lágrimas apáticas

De melancolia a gritar
Você diz que não consegue chorar
Mas não se permite soltar

Diz que não consegue preencher


Preencher o que te faz se esconder
Mas existe algo
Que mantém acordado
Teu objetivo de encher
Algo que sempre esteve completo

Tua alma é bonita


Não é forte.

A vida.
Escrevo com desesperação
Para tentar encontrar meu coração.

A resposta não esteve nesse furacão.


Se não,
Naquela sensação.
Sensação de te amar.
Que agora não me tira mais o ar
Mas tenta me mostrar
Que a vida não é tão espetacular
E sim algo para memorizar
Não é necessário amar,

Mas sim valorizar.

A vida se torna bonita não quando você tenta correr do mal que evita ver, mas sim
quando você para de fechar os olhos quando começa a chover.

Ela se torna algo de se admirar quando você para de pensar em coisas para se
desesperar e começar a respirar todo o ar que te restar.

Superfície que te mantêm imerso, fundo no raso, se afogar em amar e se afogar em um


mar.

Não existe fórmula de vivência.

Você formula cada passo, até decidir não estar em decadência.

Memórias.
Quero dormir
E meus olhos,
Nunca mais abrir.

Quero apagar,
Apagar a ponto de não me lembrar
Que amanhã eu preciso acordar.
Quero sentar,
Chorar e decidir
Como eu devo te apoiar
Sem que você comece a desmoronar…

Quero saltar,
Para cima de todos esses problemas
Que formaram todos nossos dilemas
E agora são impossíveis de soltar;

Quero nos livrar,


Dessas correntes difíceis de quebrar
Quero voar para longe desse lugar
E nunca mais voltar.

O tempo é.
Tempo é
Tempo
Que voa com vento,

Mas passa bem lento


E traz sentimento

Passa devagar
E devagar é tudo o que com você quero passar

Que tudo isso seja algo difícil de soltar,


Não conseguir parar de me apaixonar
Todos os dias
Por um olhar

Tempo é,
Caminhar sem parar
Chorar até se curar
Sangrar até cicatrizar
E esperar

Até que tudo isso comece a desmoronar


E a gravidade comece a não puxar
Presente agora não se pode comemorar

Porque tudo começa a se fechar


E na memória ficar

Por isso,
Tempo passa devagar
Para eu poder te amar todos meus minutos
Antes do presente apagar

Eu
Te
Amo
O mar.
Sou aquele castelo de areia na beira do mar.
Por muito tempo, me fizeram pensar que eu resistiria, até que as ondas mais pequenas
com suas pressões tiveram de me levar.

Existem ciclos.

Eu poderia ter resistido se fosse um pouco melhor, resistente ou maior?


Eu, que não tenho vida e sou fruto de uma memória, não consegui lutar.
Eu continuo o mesmo castelo de areia mal feito, que agora, faz parte das ondas frias
desse lugar.
Sou um grão de areia insignificante na imensidão e escuridão, tentando atravessar o
fundo desse mar.

Não consegui manter sequer as memórias de uma vida.


Não fui suficiente para conseguir durar.

Desde o começo iriam me esquecer,


Crescer,
Até que o mar me levasse.
E ninguém nunca iria se lembrar, até que eu renascesse em talvez outro mar, em outras
mãos, outras memórias.

Azul, cor do azar.


O raiar da luz do luar
Me pinte de azul

Me faça colorida
Azul como o céu do mar a noite
Azul como lágrimas
Azul o meu olhar
Sem brilhar
Mas azul…
Azul é magoado, não acha?
Azul se mantém encaixado
Mas nunca destinado,

Nunca designado ao honrado.

Azul, meu pensamento


Se esse é meu testamento final
Eu fui desleal?
Ou temperamental?
Ou dá igual?

Me pinte de azar,
Antes que tudo me tire o ar

Português.
Sou singular
Sempre um,
Nunca dois, três... por aí, continua
Indico somente solidão;

Ah, quem dera ser plural.

Nunca sozinho, sempre quatro, cinco... por aí, vai.

Meu "s" era mudo,


Não existia eles
Somente ele
Não existia sorrisos
Somente sorriso
E por aí dizemos,

Sigo singular,
Até que o "s" seja falante,
Tão alto quanto meu silêncio.

Me prometi.
Me prometi que tentaria te esquecer,
Agora,
A lua continua a me comprometer, quando toda hora ela faz questão de me lembrar
você.

O que um girassol morto pode fazer?


Teu último final, fiel ao sol.
Agora, ele não poderia florescer.
Antes de morrer, tentou encarar e tamanha luz lhe foi capaz de cegar.

Secou sem intenção,


Agora,
Era servinte da lua
Lua ouvinte, lua resplandecente
A luz de um dia durante a tua noite
Como teu sorriso na minha mente
Entre no meu coração.

Sol brilhante, sol ardente


Me use como uma corrente
Eu preciso de ti para viver
Ou somente para me aquecer?
Por favor, não me faça desaparecer.

Eclipse lunar, eclipse solar


Devo completar minha vivência
Imersa ao teu calor
Sozinha a tua ausência.

Fui pura insignificância


Acreditei em minha ganância
Me perdi na arrogância
E em ti encontrei a cura

Mas,
Pelo o que vale meu sacrifício?
Cicatriz.
E então, chorei.

Talvez a necessidade de esconder os meus sentimentos e acreditar que uma ferida não
doía, fez parecer que o corte doía ainda mais.

Mas para suprimir e tentar me sentir melhor, tampei o sangue que escorria.
E por um minuto sozinha, chorei.

Chorei de dor e medo do julgamento alheio, o que poderiam dizer quando ver que eu
estava com um sangramento?
Batem na porta, e novamente, tampo o sangramento.
Era como um ciclo, quanto mais eu tentava ser forte, mais a ferida piorava.

E por mais eu soubesse que aquilo pioraria,

Eu dei um sorriso e disse que estava tudo bem.

Coloquei as mãos nos meus joelhos, sentindo meu coração arder. Minhas mãos
vermelhas cor de vida, mais a ferida piorava.

Não dói… Não dói.

Me chame de
Cairemos, eu disse.

Caímos, e não há subida que nos leve ao antes, um passado distante.


Sonhos foram desperdiçados, me chame de ódio, me chame de tempo.

Mas o que fazer? Isso era uma pregunta sem resposta.

Sempre foi.

Todos dormiam, ao menos que a sirene ocoasse. Me chame de luto, me chame de


futuro.
O que podemos ver no presente se não há um futuro?
Somos cegos do mundo a nossa frente, não enxergamos o pior do que normalmente já
achamos o pior.

Mas a vida ainda sim poderia ser linda.


Me chame de beleza, e então, me chame de fim.

Monótona.
Risco de monotonía
Cinza toca o piano
Cinza da monotonía

Corra até a hamornia


E nos teus olhos tinham…

Sintonia

Dance comigo,
Toque o piano
E seremos saída
Segurei a ousadia
Esperei chegar o dia

Estive branca escura


Na minha mente
Volta, poesía

Um país distante.
Um país, no meio do mar.
Um país azul, cor de céu.
Com peixes,
Peixes que nadam com memórias.
Peixes que nadam,
Buscando algum lugar…
Algum destino.

A canção que consigo escutar,


A luz no fundo do mar,
Luz castanha que conheci no teu olhar.
Por uma lei que a vida marinha concedeu,
O céu do oceano brilhou com paz,
Depois que toda essa vida encontrou um lar,
Com as rochas que pediam por consolo,
Com o vento frio,
Que levava almas frias.
Epílogo

O formato feliz da tua boca me alucina


A cada gota d’água que caí desse céu pesado
Vejo uma única luz
Tal luz que queima meus olhos mas tal luz a mais quente naquela noite fria de inverno

Essas águas que passam por mim


E eu me afogo na ideia de que talvez seja mais
E eu penso a lua toda que sequer compara a brilho de um olhar
Esse olhar castanho
Eu não canso de me apaixonar
Penso a noite toda em você
Penso no quanto eu fui afortunada e oportunamente abençoada
Mesmos sorrisos passageiros
Vejo uma vida inteira
Vejo no teu interesse viajante a maior viagem da minha vida
Escrevo líricas de amor cada vez mais sem sentido porque te amar não merece
explicação e sim sensação
Te amar é confusão e emoção
Te amar é sentir que tudo isso nunca vai ser em vão

Tenho medo de te perder


Mesmo que para você eu não seja nada mais do que mais um elemento que vê todos os
dias enquanto está no processo de viver
Você se tornou meu viver
E não reciprocidade me mantêm mais viva ao teu lado na esperança de que talvez eu
consiga fazer ser algo mais do que só poemas insignificantes que não conseguem
descrever o brilho que você exala perto de mim e cada sorriso bobo desprevenido nos
cantos da minha mente porque você me deixa contente.

De cada bloqueio você me fez conhecer a pureza de amar algo


Algo que eu não posso ter
Nem chamar de meu
Mas eu amo algo
E algo é você

Não consigo dizer o tanto que tu faz questão de acelerar esse fraco coração
Me deixa nervosa com um simples sorriso
As vezes me intriga o fato de saber que ao meu lado tem você
E também me deixa intrigada o fato de toda minha insuficiência parecer não existir
quando provoco tua risada
Quero desaparecer quando sei que não vou com você crescer
Muito menos te ver, mesmo que por acidente em cada canto dessa pequena cidade
Mas com tantas lágrimas
Veio a esperança
De que

Talvez
Eu
Seja
Mais.

Incontáveis parágrafos, quero te conhecer


Quero te conhecer e saber mais do que já sei o motivo dos teus medos e felicidades
Quero amar cada parte de ti
Mais do que já amo
E eu juro, que se tu me amar, não existe nada mais no mundo que eu possa encarar
com um olhar apaixonado além de você, do teu nome, teu sorriso, tuas pintas e tua voz,
tua personalidade e a constante falta que faz você a cada minuto que fico longe de
você.
Não é como se fosse impossível te esquecer, mas queria compartilhar cada parte de
mim e que teu amor fosse igual o meu

Que todos os dias o motivo de levantar fosse eu


Que quando você fosse para aquele lugar, eu fosse o motivo do seu brilho no olhar
Que eu seja a primeira pessoa que você venha conversar
E um dia, tudo isso, tudo isso não vai ser em vão
Porque eu deixei claro que vou te conquistar
Mesmo com minhas imperfeições, que não são poucas
Eu não posso me deixar soltar você.
A poesia virou memória.
Não tem dor maior que a dor do poeta quando lembra que sua presença predileta
agora não é mais notória.
As palavras sim me deram significado, tanto quanto aquela música dramática que
tocava no fundo da minha mente.
Elas me deram o significado da vida, a oportunidade de descobrir quem sou, o que é,
como é.

Me canso de pensar, por isso escrevo. Me canso de viver, por isso, escrevo. Escrevo,
sem medo de negação, porque só eu sei que essas palavras são o que me deixam sã.
E se você sentir que não existe mais caminho, escreva. Tudo, tudo é poesia. A sua dor é
arte, sua felicidade dança, seus olhos lacrimejam e eu vou te ouvir.

Porque eu
Nunca tive forças para reerguer-me
Tampouco para correr
Ou esquecer.
Porque eu
Escuto o teu choro
E te reerguerei
Farei por ti,
Lutarei por ti,
Serei a ti
O que nunca foram para mim
Escuto teu sofrer
E estarei disposta
A te socorrer.

De quando meus pés saíram do chão e pisaram no frio. De quando eu voei para longe
da minha vida procurando ser melhor e entrei na pior.

Buscando pássaros azuis,


Só vejo cinza ao céu
E tua comida
Gosto de vida,
Sons da vida.
Suporte da dor,
E não me espere, porque não volto
Não me espere, porque não tem volta
Não pare, viva
Siga.

E não me espere, porque fugi


E me perdi nesse céu
Pintando felicidade no papel
A tristeza deslizou no meu pincel
E voei para longe, tentando te encontrar,

Me encontrar.

Porque o pensador é pura confusão. Quem saberá se eu tenho solução? Me sinto


perdida nesse vão, na mesma forma que tinha me encontrado no seu coração.

Eu não quero te enganar,


Porque desde o começo,
Senti que queria te ganhar.
Você abriu o brilho no meu olhar,
Esse brilho que avistei em todas estrelas,
Mas já não sei mais
Como te amar
Sem me machucar,
Sem esperar.
Sei que isso vai passar,
Porque eu sou incapaz de não me apaixonar
Sou incapaz de te deixar sem confirmar
E não porque quero me amarrar em tua alma;
Mas porque quero acreditar,
Quero acreditar que você foi a minha escolha.

Maru.
Mar, onde eu consigo me encontrar. Onde a Luiza não pode me matar. Meu sorriso é
sincero. Minha essência é sincera, mas a minha dor, é honesta e existente. Me chame
de atriz, me chame de amadora, mas se eu tentei gritar, foi porque eu queria me salvar.
Abra os olhos, sinta a luz que te levou aos momentos.
Te deixei levar, com o vento.

E ainda me falta muito,


Muito,
Para terminar.

Obrigado.

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