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2023, autoral.
o início
A poesia é museu de arte, arte aquela que vê quem quer. Desesperados, por quadros,
molduras, danças, rascunhos.
Estão todos de olhos fechados, de olhos fechados para as palavras.
Palavras não são palavras, são visões. E por isso, você deve abrir os olhos.
Abrace-as.
Elas sempre irão te abraçar de volta quando todas as palavras que você gostaria de
escutar, vão embora.
Abrace as palavras, beije sua voz, veja a vida tão bonita, porque artistas vêem a arte
que o coração já não mais vê.
As palavras que gritam de dentro do meu coração, estranhamente, parecem soar como
suspiros baixos.
E um jovem conselho, escritas baseadas em sentimentos reais serão sentidas por corpo
e alma. Escrever são ressentimentos e reflexões sobre um indivíduo talvez raivoso,
deprimido ou sorridente.
Desde que me sinto única em um mar de impostores, onde os poemas e desabafos são o
meu ar, o remanescente de vida dentro da minha mente excluída, ela mudou.
Onde os campos verdes e coloridos por flores são reais, onde as borboletas voam, o
lugar onde eu posso ser feliz.
Onde, as únicas palavras ouvidas são as palavras diretas de meus pensamentos. Uma
caixa onde é apenas eu e a música mais bela que toca ao meu redor.
Me cansar ou chorar
Não muda muita coisa
Agora, tudo o que eu tenho a compartilhar,
O pior monstro
Do qual eu não consigo me livrar
Nem se cantar ou tentar voar
Sou eu
Algumas vezes, eu tentei o matar
Mas quem continuava a se machucar não era ele ou qualquer um que possa caminhar
O que mudava?
Abismo.
O branco dos meus olhos,
A confusão do por quê.
Me odeie, me odeio.
Odeio-me por te odiar.
Eu te amo.
E nos odeio.
Porque eu me fiz odiar você.
Um penhasco, que não havia um fim.
Nossa felicidade,
Ela se jogou,
E até hoje, procura um fim.
Corri.
Implorei.
Por favor, volte.
Mas ela já estava caindo paralelamente.
Não tinha subida, ou descida.
Pulei, procurando-a.
Mas, caí, para sempre.
Sem fim.
Chorando, para sempre.
Sinto sua falta.
Mas não volte.
Porque por eu odiar você,
Também me fiz odiar a mim.
Astronomia.
Era astronomia,
O medo de nossas estrelas explodirem,
Que planetas deixem de existir
Que nossas galáxias se apaguem.
É a hora, de ir.
É a hora de ir?
De mercúrio até netuno, tudo o que fizemos foi fugir.
Como sol e lua,
Passamos anos esperando que saturno entregasse nossos anéis.
Uma sinfonia,
Curaria minha dor em segundos com teus olhos.
Eu sei,
Você sabe,
Nós sabemos que somos dois confusos em um universo infinito.
E estava tão frio,
Mas eu sabia que diferentemente da lua,
Não seria uma fase.
E eu sei,
Você sabe
Que quando estrelas explodem,
Elas ficam tão brilhantes quanto o brilho no meu olhar.
Flores.
Flores,
Rosas ou jasmins,
Não tão belas quanto uma dahlia,
Ou até mesmo, cinerárias.
Ambas com profundos corações,
Outras idênticas a neve lá fora.
Rosas brancas que impossivelmente não atraem olhares tristes,
Olhares que procuram a paz.
Andar pela cidade estando parado,
Como uma flor.
Essa história
Agora por mim falada
Envolta de palavras,
Tristemente forçadas
A serem algo que corromperia
Toda hora, algo que corrompe tua glória
A cada dor,
Uma flor
Tão florido meu coração
Desde a primeira decepção
Eu percebi
O grande jardim que existia em mim.
Quanta paz inigualável
A algo que um dia,
Foi praga.
E eu esbanjava!
A beleza de cada rosa
Enquanto não percebia seus espinhos
Furando a minha pele,
E eu esbanjava…
- O vermelho vivo cor de sangue, sangue que escorre, mas se você não se espeta,
como esperas cicatrizar?
Flores só crescem
Flores não caem.
Caminhei pela felicidade
E me perdi no meio do caminho
Distraída por borboletas
E fora isso a qual eu poderia comparar com minhas rosas, oh, doloridas rosas.
Se a beleza me atrai,
Como eu sei que a beleza também me trai?
Se a inconformável beleza me distrai,
Como posso seguir de olhos abertos?
E quando eu nasci
Beleza destinada a existência
De alguém, que só pediu desistência
Inconscientemente era resistência.
Álcool.
Você me tomou
Como um copo insignificante de álcool
Que rasga tua garganta
Incapaz de gritar por socorro
Sem chance de voltar
E pensar
"Eu deveria mesmo tentar?"
Você tomou
A bebida mais amarga.
Quebrou esse copo
Em estilhaços
E começou a se arrepender
Agora não tinha como consertar
Algo que estava destinado a se perder
Não
Vou
Voltar
Estrada.
Sementes crescidas no meu coração
Formaram flores que um dia
Já foram vivas e coloridas
Alimentadas por felicidade,
Existe agora escuridão
Que possuiu cada parte dessa vasta densidão
Flores murchas;
Arrastadas por sorte, pedindo nutrição
Alimentadas por tristeza
Se esforçando até uma última gota de vida
Para manter cores
Que não podem ser mantidas.
Conversar.
E isso a machuca
Porque agora é história.
Não é saudade
Mas ela queria você ali
E não é querer voltar
Mas ela queria te ver
O inverno levou
Ela te amou
Te ama
Não existe consolo
Pra uma mente de solidão
Calor.
Calor...
Por uma noite
Ela pisou naquele chão
Que um dia já foi inimaginavelmente tudo o que ela considerou o amor de uma
consolação.
Sentir algo.
Não sentir algo
É sentir algo
Vazio se chama,
Mas vazio não existe nada.
De melancolia a gritar
Você diz que não consegue chorar
Mas não se permite soltar
A vida.
Escrevo com desesperação
Para tentar encontrar meu coração.
A vida se torna bonita não quando você tenta correr do mal que evita ver, mas sim
quando você para de fechar os olhos quando começa a chover.
Ela se torna algo de se admirar quando você para de pensar em coisas para se
desesperar e começar a respirar todo o ar que te restar.
Memórias.
Quero dormir
E meus olhos,
Nunca mais abrir.
Quero apagar,
Apagar a ponto de não me lembrar
Que amanhã eu preciso acordar.
Quero sentar,
Chorar e decidir
Como eu devo te apoiar
Sem que você comece a desmoronar…
Quero saltar,
Para cima de todos esses problemas
Que formaram todos nossos dilemas
E agora são impossíveis de soltar;
O tempo é.
Tempo é
Tempo
Que voa com vento,
Passa devagar
E devagar é tudo o que com você quero passar
Tempo é,
Caminhar sem parar
Chorar até se curar
Sangrar até cicatrizar
E esperar
Por isso,
Tempo passa devagar
Para eu poder te amar todos meus minutos
Antes do presente apagar
Eu
Te
Amo
O mar.
Sou aquele castelo de areia na beira do mar.
Por muito tempo, me fizeram pensar que eu resistiria, até que as ondas mais pequenas
com suas pressões tiveram de me levar.
Existem ciclos.
Me faça colorida
Azul como o céu do mar a noite
Azul como lágrimas
Azul o meu olhar
Sem brilhar
Mas azul…
Azul é magoado, não acha?
Azul se mantém encaixado
Mas nunca destinado,
Me pinte de azar,
Antes que tudo me tire o ar
Português.
Sou singular
Sempre um,
Nunca dois, três... por aí, continua
Indico somente solidão;
Sigo singular,
Até que o "s" seja falante,
Tão alto quanto meu silêncio.
Me prometi.
Me prometi que tentaria te esquecer,
Agora,
A lua continua a me comprometer, quando toda hora ela faz questão de me lembrar
você.
Mas,
Pelo o que vale meu sacrifício?
Cicatriz.
E então, chorei.
Talvez a necessidade de esconder os meus sentimentos e acreditar que uma ferida não
doía, fez parecer que o corte doía ainda mais.
Mas para suprimir e tentar me sentir melhor, tampei o sangue que escorria.
E por um minuto sozinha, chorei.
Chorei de dor e medo do julgamento alheio, o que poderiam dizer quando ver que eu
estava com um sangramento?
Batem na porta, e novamente, tampo o sangramento.
Era como um ciclo, quanto mais eu tentava ser forte, mais a ferida piorava.
Coloquei as mãos nos meus joelhos, sentindo meu coração arder. Minhas mãos
vermelhas cor de vida, mais a ferida piorava.
Me chame de
Cairemos, eu disse.
Sempre foi.
Monótona.
Risco de monotonía
Cinza toca o piano
Cinza da monotonía
Sintonia
Dance comigo,
Toque o piano
E seremos saída
Segurei a ousadia
Esperei chegar o dia
Um país distante.
Um país, no meio do mar.
Um país azul, cor de céu.
Com peixes,
Peixes que nadam com memórias.
Peixes que nadam,
Buscando algum lugar…
Algum destino.
Não consigo dizer o tanto que tu faz questão de acelerar esse fraco coração
Me deixa nervosa com um simples sorriso
As vezes me intriga o fato de saber que ao meu lado tem você
E também me deixa intrigada o fato de toda minha insuficiência parecer não existir
quando provoco tua risada
Quero desaparecer quando sei que não vou com você crescer
Muito menos te ver, mesmo que por acidente em cada canto dessa pequena cidade
Mas com tantas lágrimas
Veio a esperança
De que
Talvez
Eu
Seja
Mais.
Me canso de pensar, por isso escrevo. Me canso de viver, por isso, escrevo. Escrevo,
sem medo de negação, porque só eu sei que essas palavras são o que me deixam sã.
E se você sentir que não existe mais caminho, escreva. Tudo, tudo é poesia. A sua dor é
arte, sua felicidade dança, seus olhos lacrimejam e eu vou te ouvir.
Porque eu
Nunca tive forças para reerguer-me
Tampouco para correr
Ou esquecer.
Porque eu
Escuto o teu choro
E te reerguerei
Farei por ti,
Lutarei por ti,
Serei a ti
O que nunca foram para mim
Escuto teu sofrer
E estarei disposta
A te socorrer.
De quando meus pés saíram do chão e pisaram no frio. De quando eu voei para longe
da minha vida procurando ser melhor e entrei na pior.
Me encontrar.
Maru.
Mar, onde eu consigo me encontrar. Onde a Luiza não pode me matar. Meu sorriso é
sincero. Minha essência é sincera, mas a minha dor, é honesta e existente. Me chame
de atriz, me chame de amadora, mas se eu tentei gritar, foi porque eu queria me salvar.
Abra os olhos, sinta a luz que te levou aos momentos.
Te deixei levar, com o vento.
Obrigado.