Você está na página 1de 1

Poema “Adeus” - Folhas Caídas de Almeida Garret

- depois da dedicatória com Ignoto Deo, temos a despedida com Adeus!.


Segue-se Folhas Caídas, o resto, onde, numa analepse narrativa, se descreve
o caminho percorrido pelas duas personagens, eu e tu, e que as conduziu ao
momento do Adeus!;
- o relato é feito no presente, evocando o passado, embora com
perspetivas futuras que não implicarão o sujeito poético;
- o sujeito poético lamenta não ter amado o tu como ele o amou;
- e o Amor será o seu destino, será amá-la quando ela tiver outro Amor e
essa será a vingança deste tu uma vez que o eu sentirá ciúme e remorso:
- contradição 1: porque será ele castigado se já tinha confessado não
amar o tu?
- contradição 2: como se pode sentir ciúme por alguém que já não se
ama? ou o que sente é apenas frustração pelo vazio de não se poder ter o
objeto de prazer? (futuro)
- as perguntas de retórica apontam para a existência de teatralidade pois
"questionam" o tu sobre o que ela lhe teria dito num possível diálogo entre
os dois;
- auto-critica-se mas não é vingança;
- ela terá dito que o perdoava mas ele afirma que isso seria atirar pérolas
a porcos uma vez que ele não merece o seu perdão;
- o desafio (hybris) existiu quando esta estrela desceu do céu e ele ousou
fitá-la;
- marcas de Romantismo: tom confessional; teatralidade; introduz o
tema ciúme; alude/refere-se ao amor sensual; mulher-anjo; referência ao
Inferno;
- é o eu que pede ao tu para o deixar, não é ele quem toma a iniciativa;
- à semelhança da tragédia, assistimos a um conflito que conduz à
catástrofe que consiste na dificuldade ou quase impossibilidade de sair da
vida do eu que assim não tem paz.

Você também pode gostar