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Europa e em Portugal
MESG | Multimédia e Novos Serviços
Monografia 2
ELABORADO POR:
Cecília Santos (meg10013)
29/10/2010
Índice de Conteúdos
1 Sumário Executivo................................................................................................................4
2 Plano Tecnológico................................................................................................................4
2.1 Enquadramento............................................................................................................4
2.2 Medidas do Plano.........................................................................................................5
2.3 Desafios e Soluções......................................................................................................6
2.4 Avaliação......................................................................................................................8
3 Agenda Digital para a Europa (EDA)...................................................................................10
3.1 Enquadramento..........................................................................................................10
3.2 Caracterização Panorama actual................................................................................11
3.3 Domínios de acção da EDA.........................................................................................12
3.3.1 Um mercado único digital dinâmico...................................................................12
3.3.2 Interoperabilidade e normas..............................................................................14
3.3.3 Confiança e Segurança........................................................................................15
3.3.4 Acesso rápido e ultra-rápido à Internet..............................................................15
3.3.5 Investigação e inovação......................................................................................16
3.3.6 Melhorar a literacia digital, as qualificações nesse domínio e a inclusão na
sociedade digital.................................................................................................................17
3.3.7 Benefícios proporcionados pelas TIC à sociedade, na UE...................................18
3.3.8 Aspectos internacionais da Agenda Digital.........................................................19
3.4 Execução e Governação..............................................................................................19
4 Agenda Digital em Portugal................................................................................................20
4.1 Enquadramento..........................................................................................................20
4.2 Descrição....................................................................................................................20
4.2.1 Redes de Nova Geração......................................................................................20
4.2.2 Melhor Governação............................................................................................21
4.2.3 Educação de Excelência......................................................................................21
4.2.4 Saúde de Proximidade........................................................................................22
4.2.5 Mobilidade Inteligente.......................................................................................22
5 Outras Iniciativas................................................................................................................22
5.1 Millenium Development Goals e Project....................................................................22
5.2 Broadband Commission for Digital Development......................................................23
Índice de Figuras
Figura 1 – Taxa Média de crescimento do Produto Interno Bruto per capita 1960-2002.............4
Figura 2 – Indicadores “Conhecimento”.......................................................................................8
Figura 3 – Indicadores “Tecnologia”.............................................................................................9
Figura 4 – Indicadores “Inovação”..............................................................................................10
Figura 5 – Descarregamentos de títulos musicais por trimestre (em milhões)..........................13
Figura 6 – Penetração do FTTH em Junho de 2009....................................................................15
Figura 7 – Despesa Total de I&D nas TIC em milhares de milhões de euros (2007)...................16
2 Plano Tecnológico
2.1 Enquadramento
No período entre 1960 e 2002, e segundo dados do World Development Indicators (2005) do
Banco Mundial, Portugal foi a 12ª economia que mais cresceu em todo o mundo, a uma taxa
de 3.8% ao ano. Portugal pode crescer. Contudo, nos últimos anos assistiu-se a uma
desaceleração do ritmo de crescimento económico, reflexo do ciclo económico mundial e a
necessidade inadiável de restaurar equilíbrios macroeconómicos fundamentais assim como de
condicionantes de carácter estrutural, nomeadamente ao nível da qualidade do capital
humano e das Organizações, que limitam o potencial de inovação e a adaptabilidade da
economia aos choques a que inevitavelmente está exposta. É necessária uma estratégia e um
forte compromisso para que a economia portuguesa volte a crescer.
Taxa de Crescimento
Portugal
Malaysia
Japan
Ireland
St. Vincent and the Grenadines
Thailand
Hong Kong, China
Malta
Singapore
China
Korea, Rep.
Botswana
0 1 2 3 4 5 6 7
Figura 1 – Taxa Média de crescimento do Produto Interno Bruto per capita 1960-2002
O Plano Tecnológico parte do pressuposto de que o mercado tem um papel fundamental como
mecanismo dinamizador das actividades económicas. A maioria das inovações é fruto de trocas
complexas de ideias, de produtos e de experiências, de projectos que dão frutos no tempo, de
interacções entre agentes, num ambiente de concorrência que leva cada um a procurar a sua
própria superação. A inovação envolve agentes variados, mas importa que chegue ao mercado
e favoreça a modernização administrativa.
Esta é uma oportunidade para Portugal, que têm a ambição de recuperar atrasos estruturais e
voltar à primeira linha do progresso e do desenvolvimento, tendo uma população com um
perfil adaptativo forte (entre a rotura e a rotina).
Conhecimento (38 medidas): pretende-se qualificar os portugueses para a sociedade
do conhecimento, fomentando medidas estruturais vocacionadas para elevar os níveis
educativos médios da população, criando um sistema abrangente e diversificado de
aprendizagem ao longo da vida e mobilizando os portugueses para a Sociedade de
Informação.
Tecnologia (25 medidas): Vencer o atraso científico e tecnológico, apostando no
reforço das competências científicas e tecnológicas nacionais, públicas e privadas,
reconhecendo o papel das empresas na criação de emprego qualificado e nas
actividades de investigação e desenvolvimento (I & D).
2.4 Avaliação
Foram definidos indicadores para medir a evolução das medidas, através dos três eixos
principais: conhecimento, tecnologia, e inovação.
Com estes indicadores, pretende-se caracterizar a posição de Portugal nestas áreas, perceber a
tendência verificada e quantificar os objectivos e as metas que permitam, por um lado, aferir a
dinâmica da inovação e a sensibilidade ao contexto e, por outro, avaliar os efeitos das políticas
num horizonte de médio prazo.
Como se pode observar, no que se refere ao Conhecimento, Portugal têm vindo a melhorar a
em alguns casos já ultrapassou o objectivo, sendo que se encontra melhor classificado
relativamente à média Europeia em “Diplomados em ciência e tecnologia por 1000 habitantes”
com 20,7% para 13,9% da Europa e “Percentagem de Serviços Públicos disponíveis online” com
100% para 71% da Europa.
Nesta componente apenas 2 dos indicadores não atingiu ainda os objectivos propostos
nomeadamente “Despesa das empresas em I&D” com 0,76% para 0,80% e “Despesa Pública
em I&D” com 0,76% para 1%.
3.1 Enquadramento
A agenda digital surge em 19/05/2010 pela Comissão Europeia:
A Agenda Digital para a Europa constitui uma das sete iniciativas emblemáticas da estratégia
Europa 2020 e visa definir o importante papel que a utilização das TIC terá de desempenhar se
a Europa quiser ver as suas ambições para 2020 coroadas de sucesso.
O sector das TIC contribui com números significativos para o aumento geral da produtividade,
com 20% directamente do sector das TIC e 30% dos investimentos nestas tecnologias. Isto
acontece devido aos níveis elevados de dinamismo e inovação inerentes ao sector e no
impacto que este tem nos outros.
A Agenda Digital para a Europa define as suas principais acções em torno destes sete domínios,
sendo necessário um compromisso e acção concertada de todos os países membros.
“Está na altura de tirar partido da era digital através de um novo mercado único”.
Como se pode ver a Europa está bastante atrasada no que se refere às outras
Potencias Mundiais, neste caso nos EUA fazem-se quatro vezes mais
descarregamentos do que na EU.
Principais Acções:
Principais Acções:
o Implementar o Espaço Único de Pagamentos em Euros (SEPA)
o Propor uma revisão da Directiva relativa às assinaturas electrónicas para
criar um quadro legal dos sistemas seguros de autenticação electrónica.
Principais Acções:
o Rever o quadro regulamentar da EU relativo à protecção de dados, de
forma a aumentar a confiança dos indivíduos e reforçar os seus direitos.
Principais Acções:
o Propor medidas que visem a harmonização dos recursos de numeração
para o fornecimento de serviços comerciais na Europa.
o Coordenar as condições técnicas e regulamentares aplicáveis à utilização
do espectro e harmonizar as faixas do espectro para criar economias de
escala no mercado dos equipamentos, garantindo que os consumidores
utilizam os mesmos equipamentos e acedam aos mesmos serviços em toda
a UE.
o Efectuar um estudo do custo da ausência de uma dimensão europeia nos
mercados das telecomunicações, para reforçar os benefícios de um
mercado único.
Promover uma melhor utilização das normas: Para permitir uma maior
concorrência.
Principais Acções:
o Propor medidas de carácter jurídico no domínio da interoperabilidade das
TIC para reformar as regras sobre a aplicação das normas TIC na Europa.
Tal como já referido, os utilizadores das plataformas TIC precisam de sentir confiança na
utilização dos serviços, assim como segurança acerca dos dados disponibilizados nestas
plataformas.
Principais Acções:
o Apresentar medidas que visem por em prática uma política reforçada e de alto
nível em matéria de segurança das redes e da informação.
o Apresentar iniciativas legislativas que visem combater os ciberataques contra
sistemas informáticos, assim como regras em matéria de jurisdição do
ciberespaço aos níveis europeu e internacional.
Principais Acções:
Figura 7 – Despesa Total de I&D nas TIC em milhares de milhões de euros (2007)
Este tema torna-se crítico quando se identifica o peso das TIC em sectores que são pontos
fortes da Europa, como indústria automóvel, aparelhos de consumo e até saúde, e por isso
constitui uma ameaça para a globalidade da industria e dos serviços na Europa.
Impulsionar a inovação nas TIC tirando partido do mercado único: Deverá existir
um investimento da despesa pública no sentido de promoção da inovação, assim
Iniciativas do sector para uma inovação aberta: Cada vez mais as empresas
necessitam de soluções abertas e interoperáveis para explorarem o máximo
potencial das TIC, pelo que será fomentado todas as iniciativas que visem o
estabelecimento de normas e plataformas abertas para novos produtos e
serviços.
Principais Acções:
o Induzir mais investimento privado através da utilização estratégica dos
contractos públicos e parcerias público-privadas, através de fundos
estruturais para IID.
Principais Acções:
o Definir como prioridade para o regulamento relativo ao Fundo Social
Europeu a literacia e as competências em matéria digital.
Principais Acções:
o Verificar se o sector das TIC cumpriu o calendário de adopção de métodos
comuns de medição do desempenho energético.
o Apoiar o estabelecimento de parcerias entre o sector das TIC e os sectores
que mais produzem emissões.
Cuidados de saúde sustentáveis e apoio, assente nas TIC, a uma vida digna e
autónoma: As TIC podem aumentar consideravelmente a qualidade dos cuidados de
saúde, reduzir os custos e promover uma vida autónoma. Portanto, torna-se
necessário as plataformas actuais interagirem de forma a assegurar que os dados
pessoais de saúde estejam guardados em linha e sejam acessíveis por quem necessite.
Principais Acções:
o Realizar acções piloto para dotar os cidadãos europeus de um acesso em linha
seguro, assim como implementação generalizada dos serviços de
telemedicina.
o Recomendar um conjunto mínimo comum de dados dos doentes para facilitar
o acesso e intercâmbio dos registos entre Estados-Membros.
Principais Acções:
o Apresentar uma proposta de decisão do Conselho e do Parlamento que
assegura o reconhecimento mútuo da identificação e autenticação electrónica
em toda a EU com base em serviços de autenticação em linha, a oferecer a
todos os Estados-Membros.
Principais Acções:
o Promover a internacionalização da governação da Internet e a cooperação à
escala mundial.
o Trabalhar em conjunto com países terceiros para melhorar as condições do
comércio internacional de bens e serviços digitais, mais concretamente nos
direitos de propriedade intelectual.
O foco do Plano Tecnológico na Agenda Digital 2015 visa criar valor e oportunidades de
internacionalização a partir das competências adquiridas e das redes desenvolvidas, tendo em
conta os novos desafios da economia internacional e o forte investimento em curso nas Redes
de Nova Geração para disponibilizar uma cobertura nacional de banda larga de nova geração.
4.2 Descrição
A Agenda Digital 2015 foca-se em cinco áreas de intervenção prioritárias.
o Âmbito:
o Algumas medidas:
Banda larga de nova geração de acesso generalizado.
Disponibilização de serviços baseados nas RNG.
Plataforma de suporte às empresas.
Desenvolvimento de competências industriais TIC e RNG em rede para a
internacionalização.
o Âmbito:
o Algumas medidas:
Serviços públicos multicanal.
Empresa na internet.
Licenciamento Zero.
Administração aberta.
o Âmbito:
o Algumas medidas:
Espaços do aluno, do docente e do encarregado de educação.
Plataforma virtual de aprendizagem.
Caderno de exercícios virtuais.
Matrículos e certificados online.
o Âmbito:
o Algumas medidas:
Rede de Nova Geração da Saúde.
Acesso online aos serviços de saúde.
Serviços de tele-saúde para o cidadão idoso e/ou com doença crónica.
o Âmbito:
o Algumas medidas:
Passe Portugal Total.
Plataforma Mobi.E para utilização nos veículos eléctricos.
Serviços de tele-saúde para o cidadão idoso e/ou com doença crónica.
5 Outras Iniciativas
5.1 Millenium Development Goals e Project
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG) constituem um modelo acordado por
todos os países do mundo e todas as instituições líderes de desenvolvimento mundiais, que
Esta vem reforçar as iniciativas apresentadas em cima, tanto na Europa como em Portugal, na
medida em que defende que as altas velocidades e conexões de alta capacidade na Internet
são elementos essenciais para uma sociedade moderna, contribuindo de forma significativa a
nível económico e social. Nesse sentido, a sua missão é promover a adopção de práticas e
políticas de RNG simples e eficazes para que toda a população mundial possa usufruir das
vantagens associadas a estas redes.
6 Conclusão
Como pudemos comprovar existem várias iniciativas a decorrer, umas mais orientadas para a
vertente de melhoria de vida das populações com o suporte das TIC (Agenda Europeia) e
outras mais orientadas para o factor social/humano, no entanto no essencial todas estão
alinhadas no que se refere á importância das RNG.
Até 2012 Portugal vai investir cerca de 2,5 mil milhões de euros no desenvolvimento de
serviços de valor acrescentado e na criação duma infra-estrutura com cobertura nacional para
oferta de aumento da largura de banda. Cerca de 1100 milhões serão investidos pelos
operadores em infra-estruturas de fibra instaladas no mercado, 600 milhões serão investidos
pelos diversos agentes do mercado no desenvolvimento de serviços e conteúdos e 750
milhões em desenvolvimento e modernização de redes.
Existirá ainda um programa de redes rurais, com comparticipação directa de fundos públicos
mobilizará 200 milhões de euros, para garantir a universalidade e a equidade do acesso
inclusive em zonas com menor interesse comercial.
Estudos independentes estimam que a concretização deste investimento gerará anualmente
1,8% do PIB considerando o impacto directo e o efeito multiplicador noutros sectores, criando
15 a 20 000 empregos qualificados e reduzindo 1,4 milhões de toneladas de emissões de CO2
(Estudo BCG: The Economic and Social Impact of Next Generation High Speed Broadband).
Este investimento, a ser bem sucedido, posicionará Portugal entre os seus parceiros mais
evoluídos a nível destas infra-estruturas (ex: Holanda, a Dinamarca, a Suécia…), sendo uma
oportunidade para disponibilizar mais e melhores serviços desenvolvidos de e para Portugal.
Convém no entanto referir o risco de estas iniciativas não serem implementadas devido ao
panorama geral económico. Os operadores Portugueses assumiram recentemente o
compromisso de investimento, no entanto isso não é suficiente. Por exemplo, como melhorar
a literacia quando os alunos em zonas rurais não têm acesso garantido nem para as aulas,
devido à política de centralização das mesmas? As iniciativas definidas em Portugal serão as
mais adequadas? Se pensarmos no combate ao desemprego como referido no plano
tecnológico, na essência o site NetEmprego já existia pelo que não terá grande impacto na
resolução destas questões. A crise económica irá obviamente também condicionar os
investimentos necessários para assegurar o sucesso destas iniciativas: a Europa continua a
investir muito pouco em Investigação e desenvolvimento no domínio das TIC, sendo que em
Portugal mais concretamente como podemos constatar nos indicados do Plano tecnológico
ainda nos encontramos muito longo do objectivo. Deverá assim ter-se em conta uma revisão
destas iniciativas de acordo com o mercado financeiro mundial.
http://www.planotecnologico.pt/
http://ec.europa.eu/
www.ibm.com
http://www.millennium-project.org/millennium/challenges.html
http://www.un.org/millenniumgoals/bkgd.shtml
http://ec.europa.eu/information_society/digital-agenda/index_en.htm
www.umic.pt
www.portal.gov.pt
http://www.escola.gov.pt/pte/PT/
http://www.anacom.pt
http://www.ligarportugal.pt/
www.ama.pt